O documento discute fraturas do antebraço distal e carpo proximal, incluindo classificações, mecanismos de lesão, sinais e sintomas, exames, tratamentos e complicações possíveis. As fraturas do rádio distal são as mais comuns e podem ser extra ou intra-articulares, enquanto as fraturas do carpo incluem escafoide, semilunar e outros ossos. O tratamento varia de conservador a cirúrgico dependendo do tipo e deslocamento da fratura.
3. INTRODUÇÃO
As fraturas de terço distal do rádio são as mais frequentes
dos membros superiores, correspondem a 1/6 de todas as
fraturas atendidas em setor de urgência.
Durante quase 1 século foi considerada uma fratura de
bom prognóstico com um tratamento conservador.
Porem nos últimos 30 anos observou-se uma grande
incidência de complicações resultantes do tratamento
conservador, tais como consolidação viciosa e acometimento
articular.
4. A superfície articular do rádio funciona como um platô, no
qual se articula os ossos do carpo semilunar, escafoide e
incisura ulnar.
7. A forma anatômica do terço distal do rádio é achatado no
sentido antero-posterior.
Constituída de osso esponjoso
Envolto por fina camada de osso cortical
O que torna essa região vulnerável ao traumatismo.
8. Não podemos nos esquecer da estreita relação do punho:
artérias radial e ulnar
Os nervos mediano e ulnar
O ramo sensitivo radial.
Vale destacar que possíveis lesões podem comprimir ou
mesmo lesar tais estruturas
9. Desde a descrição clássica das fraturas extra-articulares
do rádio distal feita por Abraham Colles (1814) várias
classificações e epônimos foram surgindo.
Abraham Colles (1814)
10. 1. FRATURA EM EXTENSÃO-COMPRESSÃO
– (COLLES).
2. FRATURA POR FLEXÃO-COMPRESSÃO
COM DESLOCAMENTO VOLAR- (SMITH).
3. FRATURA DA APÓFISE DO PROCESSO
ESTILÓIDE DO RÁDIO- (HUTCHINSON)
OU (CHAUFFER).
4. FRATURA LUXAÇÃO DO PUNHO VOLAR
OU DORSAL- (BARTON).
11. O TRAUMA PODE SER CAUSADO POR
TROPEÇO SEGUIDO DE QUEDA COM AÇÃO
REFLEXA DE IMPOSIÇÃO DAS MÃOS. A
MAIORIA DAS QUEDAS SÃO DOMÉSTICAS
SEGUIDAS DE LESÕES NO ESPORTE.
12. ADULTOS JOVENS OU IDOSOS(QUEDAS)
EXPOSTOS A TRAUMATISMO DE GRANDE ENERGIA CINÉTICA
CORRESPONDE DE 10-12% DAS FRATURAS DO ESQUELETO
DEVE SER AVALIADO:
IDADE
OCUPAÇÃO
TIPO DE ATIVIDADE
GRAU DE ENERGIA QUE OCASIONOU A FRATURA
CONDIÇÃO CLÍNICA GERAL:
13. 1. DOR
2. EDEMA
3. DEFORMIDADE ANATOMICA VISIÍVEL
4. DESVIO RADIAL DO PUNHO
15. CLASSIFICAÇÃO AO:
A. FRATURAS EXTRA-
ARTICULARES
SIMPLES.
B. FRATURAS INTRA-
ARTICULARES
C/DESVIO PARCIAL.
C. FRATURAS INTRA-
ARTICULARES
COMPLEXAS.
16. CLASSIFICAÇÃO UNIVERSAL:
1. EXTRA-ARTICULAR SEM DESVIO.
2. EXTRA-ARTICULAR COM
DESVIO.
3. INTRA-ARTICULAR SEM DESVIO.
4. INTRA-ARTICULAR COM DESVIO.
A. REDUTÍVEL ESTÁVEL.
B. REDUTÍVEL INSTÁVEL.
C. IRREDUTÍVEL.
17. 1. REDUÇÃO INCRUENTA
2. ESTABILIZAÇÃO- TALA GESSADA (2 Á 8 SEMANAS)
3. INDICAÇÃO EM FRATURAS CLASSIFICADAS COMO EXTRA-
ARTICULARES
1. FIOS DE KIRSCHNER
2. PARAFUSOS
3. OSTEOSÍNTESE DE PLACA VOLAR- DVR
4. FIXADOR EXTERNO DINÂMICO¹ - (8 á 11 semanas)
¹(Obs: método de fixação que não possibilita a realização de
RAFI)
19. OBJETIVOS DURANTE E APÓS IMOBILIZAÇÃO:
1.Diminuir o quadro álgico
2.Reduzir o edema
3.Melhorar a circulação local
4.Manter a integridade articular
5.Melhorar tônus muscular
6.Reeducação funcional do membro
22. Adultos jovens ou idosos(quedas), esportistas.
Expostos a traumatismo de grande energia cinética
Apenas 10% das fraturas do carpo são isoladas
Escafoide- 70%
Semilunar- 4%
Piramidal- 18,3%
Pisiforme- 1,3%
Deve ser avaliado:
Idade
Ocupação
Tipo de atividade
Grau de energia que ocasionou a fratura
condição clínica geral:
23. Queda com o punho em flexão ou extensão.
Escafoide- impactação com o rádio/ queda com
extensão de punho
Semilunar- queda com punho em hiperextensão/
compressão contra o rádio e o capitato
Piramidal- queda flexão com desvio ulnar/
impactação contra a ulna
24.
25. SINAIS CLÍNICOS:
•Dor (tabaqueira anatômica - escafoide);
• Inchaço;
•Equimose;
•Impotência funcional;
•Pronação forçada do pulso contra resistência causa dor
26. PELO MENOS 4 INCIDENCIAS RX:
PA OU AP
PERFIL
OBLÍQUAS: (PRONAÇÃO 30°
OU SUPINAÇÃO 30°)
PA OU AP COM DESVIO ULNAR
RNM, TC, CINTILOGRAFIA, US.
27. Em 1990, Herbert apresentou uma classificação que
combina localização, instabilidade e prognóstico, inclusive
retardo de consolidação e pseudoartrose :
Tipo A : A1 – fratura da tuberosidade / A2 - fratura
incompleta do colo
Tipo B: B1 – fratura oblíqua distal / B2 – fratura completa
do colo
B3 – fratura do pólo proximal / B4 – fratura luxação
transescafoperisemilunar
Tipo C: C1 – retardo de consolidação
Tipo D: D1: pseudo - artrose fibrosa / D2 – pseudoartrose
28.
29. A)- SEM DESVIO-
TRATAMENTO
CONSERVADOR:
Imobilização em luva
gessada ou TG( englobando o
polegar) por 04 á 06
semanas.
Geralmente apresentam
bom prognóstico.
B)- COM DESVIO-
TRATAMENTO CIRÚRGICO
INDICADO:
São aquelas com degrau de
01 mm.
Redução+ Fios de Kirschner
ou parafusos de Herbert com
uso de TG por até 8 semanas.
32. CLASSIFICAÇÃO:
I - polo volar(mais frequente)
II - avulsão ligamento dorsal("chip fracture")
III - polo dorsal
IV - longitudinal do corpo
V - transversa do corpo
Pode estar associado a outras lesões.
33. TRATAMENTO: a maioria é do tipo I e II
Tipo I
Sem desvio: conservador (TG por 4 sem).
Com desvio – RAFI(redução aberta
Com fixação interna).
Tipo II –
TG antebraquiopalmar por 3 sem
As fraturas de semilunar têm um bom
prognóstico porque é uma área bem vascularizada.
34. 2° fratura mais frequente do carpo
• Varia entre avulsões simples e fraturas do corpo
TTMTO:
Avulsão- TG antebraquiopalmar por 3 sem.
Fratura corpo - TG antebraquiopalmar por 6 sem.
Piramidal não tem problemas de necrose - abundante
vascularização. Com isto seu prognóstico é bom.
35. • Osso sesamóide com fratura rara
•Mecanismo de lesão - trauma direto na região hipotênar
•Classificação:
tipo I - transversa
tipo II - longitudinal
tipo III - cominutiva
• Diagnóstico - RX com punho em 30° de flexão(melhor)
• Pode ocorrer compressão do nervo ulnar. (canal de
Guyon)
36. • TRATAMENTO CONSERVADOR NA MAIORIA DOS CASOS:
A maioria das fraturas de pisiforme não tem desvio e
responde bem ao tratamento.
TG antebraquiopalmar de 3 á 4 semanas.
37. 1. Hebert,Sizínio-Xavier,Renato-Ortopedia e traumatologia-
princípios e prática-2ªed-ed Artmed-Porto Alegre-1998. Pg
1189-1231.
2. Haverback,Dr Juan Fortune-Arenas,Dr Jaime Paulos-Ortopedia
y Traumatologia-Faculdade de Medicina de Chile.fonte
Dreamule.
3. Adams,John Crawford-Hamblen,Davi L.-Manual de Fraturas-
10ªed-ed Artes Medicas-1994.
4. https://traumatologiaeortopedia.com.br/viewtopic.php?t=285.
5. As imagens foram encontradas na página https://google.com.br