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Aspectos neurais do
sistema muscular
Prof. Dr. Paulo R. P. Santiago
Movimento
Todo movimento humano, do piscar de olhos à
corrida de um maratonista, é gerado pela
ação de um músculo
O músculo é o único tecido do corpo humano
capaz de produzir força, i.e.,
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Tipos de músculos no corpo humano
Os principais grupos musculares no corpo humano
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estrutura
muscular
Estrutura Muscular
A UNIDADE MOTORA
A coordenação da contração de todas as fibras
é feita através de uma subdivisão em unidades
funcionais - as unidades motoras
A unidade motora consiste de um nervo motor,
com seu corpo nervoso e núcleo localizado na
matéria cinza da “medula espinhal” e forma
um longo axônio até os músculos, onde se
ramifica e inerva muitas fibras.
Esquema da
Unidade
Motora
Excitação e Contração
✓ Quando uma unidade motora é ativada, impulsos
(potenciais de ação) viajam pelo axônio e são
distribuídos ao mesmo tempo por todas as fibras na
unidade motora.
✓ A excitação do nervo é transferida pela sinapse para a
membrana da fibra muscular.
✓ A união do nervo motor com a fibra muscular é
chamada de junção neuromuscular ou placa motora.
As unidades motoras são divididas em 3 categorias: [2]
1. Unidades motoras lentas (S) estimulam as pequenas fibras
musculares, que se contraem muito lentamente e fornecem pequenas
quantidades de energia, mas são muito resistentes à fadiga, por isso
são usadas para sustentar a contração muscular, como manter o
corpo ereto. Elas ganham energia através de meios oxidativos e,
portanto, exigem oxigênio. São também são chamadas de fibras
vermelhas. [2]
2. Unidades motoras rápidas e fatigantes (FF) estimulam grupos
musculares maiores, que aplicam grande quantidades de força, mas
que fadigam muito rapidamente. Elas são usadas para tarefas que
exigem grandes explosões breves de energia, como saltar ou correr.
Elas ganham energia através de meios glicolíticos e, portanto, não
necessitam de oxigênio. São chamadas de fibras brancas. [2]
3. Unidades motoras rápidas e resistentes à fadiga (FR) estimulam
grupos musculares de tamanho moderado que não reagem tão
rapidamente quanto as unidades motoras do FF, mas podem ser
sustentados por muito mais tempo (como está implícito no nome) e
fornecer mais força do que unidades motoras S. Usam meios
oxidativos e glicolíticos para ganhar energia. [2]
Tipos
de
Fibras
Musculares
FIBRAS MUSCULARES
CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS
SISTEMA 1 contração lenta contração rápida
a
contração rápida
b
SISTEMA 2 Tipo I Tipo IIa Tipo IIb
SISTEMA 3 SO FOG FG
velocidade de
contração
lenta rápida rápida
resistência à
fadiga
alta moderada baixa
força da unidade
motora
baixa alta alta
capacidade
oxidativa
alta média baixa
capacidade
glicolítica
baixa alta maia alta
CICLO DE PONTES CRUZADAS
No músculo, a força é gerada pela ação de bilhões de cabeças de miosina interagindo
com actina (promovendo a hidrólise do ATP em ADP - a ATPase), movendo-se,
desligando-se, interagindo com outra actina e assim por diante.
Tensão isométrica desenvolvida por uma
fibra muscular
ELETROMIOGRAFIA
✓ O impulso elétrico que atravessa a placa ou junção
pode ser registrado, e é a base da eletromiografia - o
registro da atividade elétrica associada à contração
muscular, sendo o sinal captado, chamado sinal EMG.
✓ A eletromiografia é um importante método de medição
para a biomecânica.
Tensão isométrica desenvolvida por três tipos
de fibras musculares
PRINCÍPIO DO TAMANHO
As fibras musculares são recrutadas numa
ordem crescente de tamanho, por que fibras
maiores apresentam maior limiar de
excitação.
TAMANHO DA FIBRA
⇧⇩
TIPO DE FIBRA
PRINCÍPIO DO TAMANHO
Recrutamento das
unidades motoras
Recrutamento das
unidades motoras
Regulação da força muscular
A regulação da força muscular é
dependente de:
✓ Número de unidades motoras recrutadas.
✓ Frequência de disparos
Recrutamento das
unidades motoras
em função do
tipo de fibra
Freqüência de disparo
e
tensão muscular
Músculo: gerador de tensão
✓ A contração muscular é unidirecional. As forças geradas
entre os filamentos somente encurtam o sarcômero
✓ A extensão do músculo tem que ser feita por uma força
externa
✓ Então, todo músculo do corpo é acompanhado por
outro músculo que pode reagir à sua ação, o
antagonista.
✓ M. esqueléticos trabalham no princípio
agonista-antagonista. Em alguns casos, a função do
antagonista pode ser feita pela força de gravidade.
Ação muscular: o estado da atividade muscular
Exercício
Ação
Muscular
Comprimento Relação FI
-FE
ESTÁTICO ISOMÉTRICA CONSTANTE FI
= FE
DINÂMICO CONCÊNTRICA ENCURTA FI
> FE
DINÂMICO EXCÊNTRICA ALONGA FI
< FE
DINÂMICO
ISOCINËTICO
CONCÊNTRICA
ou EXCÊNTRICA
ENCURTA ou
ALONGA
FI
= FE
Fi
= força interna desenvolvida pelo músculo.
FE
= força externa sobre o músculo.
Relação força e comprimento do sarcômero
Relação força e velocidade de contração
Regulação do movimento
• Agonista: Músculo principal na contração muscular.
Agonista primário e acessório. Ex.: Na flexão do
cotovelo, o m. braquial e o m. bíceps braquial são
agonistas primários, o m. braquiorradial, m. extensor
radial longo do carpo e o m. pronador redondo são
agonistas acessórios.
• Antagonista: Músculo que oferece resistência à
contração muscular. opõe-se a um movimento. Gera
torque em oposição àquele gerado pelo agonista.
Regulação do movimento
• Fixador: Imobiliza uma articulação para realizar o
movimento de outra articulação. Ex.: o m. rombóide
fixa a escápula para movimentar somente o braço.
• Neutralizador: Evita a ação indesejada quando um m.
agonista realiza o movimento. Ex.: O m. bíceps
braquial produz tanto flexão do cotovelo quanto
supinação do antebraço. Se apenas a flexão do
cotovelo é desejada o m. pronador redondo age
como neutralizador na supinação do antebraço.
Coordenação do movimento
Sinergia muscular
Ligações entre estruturas
neuro-músculo-esqueléticas antômica e
funcionalmente independentes que atuam de
forma cooperativa como uma unidade.
(BERNSTEIN, 1967)
Arquitetura do músculo esquelético
Ângulo de penação: ângulo entre o arranjo das
fibras musculares e o eixo longitudinal do músculo
(paralelas ou oblíquas)
ARQUITETURA MUSCULAR
Fibras paralelas ⇨ Amplitude de Movimento ⇨ velocidade
(sartório, reto abdominal, bíceps braquial)
Fibras oblíquas ⇨Mais fibras por unidade de área⇨ força
(tibial posterior, reto femoral, deltóide)
Quanto > ângulo < F total,
independentemente da F das fibras
Fibras Oblíquas - < F efetiva para movimentar grandes
amplitudes, mas como > # fibras por unidade de
volume, pode gerar mais Força
Adaptação neural e muscular
durante o treinamento de resistência
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  • 1. Aspectos neurais do sistema muscular Prof. Dr. Paulo R. P. Santiago
  • 2. Movimento Todo movimento humano, do piscar de olhos à corrida de um maratonista, é gerado pela ação de um músculo O músculo é o único tecido do corpo humano capaz de produzir força, i.e., biomecanicamente, o músculo é a única estrutura ativa do corpo (?)
  • 3. Tipos de músculos no corpo humano
  • 4. Os principais grupos musculares no corpo humano
  • 7. A UNIDADE MOTORA A coordenação da contração de todas as fibras é feita através de uma subdivisão em unidades funcionais - as unidades motoras A unidade motora consiste de um nervo motor, com seu corpo nervoso e núcleo localizado na matéria cinza da “medula espinhal” e forma um longo axônio até os músculos, onde se ramifica e inerva muitas fibras.
  • 9. Excitação e Contração ✓ Quando uma unidade motora é ativada, impulsos (potenciais de ação) viajam pelo axônio e são distribuídos ao mesmo tempo por todas as fibras na unidade motora. ✓ A excitação do nervo é transferida pela sinapse para a membrana da fibra muscular. ✓ A união do nervo motor com a fibra muscular é chamada de junção neuromuscular ou placa motora.
  • 10. As unidades motoras são divididas em 3 categorias: [2] 1. Unidades motoras lentas (S) estimulam as pequenas fibras musculares, que se contraem muito lentamente e fornecem pequenas quantidades de energia, mas são muito resistentes à fadiga, por isso são usadas para sustentar a contração muscular, como manter o corpo ereto. Elas ganham energia através de meios oxidativos e, portanto, exigem oxigênio. São também são chamadas de fibras vermelhas. [2] 2. Unidades motoras rápidas e fatigantes (FF) estimulam grupos musculares maiores, que aplicam grande quantidades de força, mas que fadigam muito rapidamente. Elas são usadas para tarefas que exigem grandes explosões breves de energia, como saltar ou correr. Elas ganham energia através de meios glicolíticos e, portanto, não necessitam de oxigênio. São chamadas de fibras brancas. [2] 3. Unidades motoras rápidas e resistentes à fadiga (FR) estimulam grupos musculares de tamanho moderado que não reagem tão rapidamente quanto as unidades motoras do FF, mas podem ser sustentados por muito mais tempo (como está implícito no nome) e fornecer mais força do que unidades motoras S. Usam meios oxidativos e glicolíticos para ganhar energia. [2]
  • 12. FIBRAS MUSCULARES CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS SISTEMA 1 contração lenta contração rápida a contração rápida b SISTEMA 2 Tipo I Tipo IIa Tipo IIb SISTEMA 3 SO FOG FG velocidade de contração lenta rápida rápida resistência à fadiga alta moderada baixa força da unidade motora baixa alta alta capacidade oxidativa alta média baixa capacidade glicolítica baixa alta maia alta
  • 13. CICLO DE PONTES CRUZADAS No músculo, a força é gerada pela ação de bilhões de cabeças de miosina interagindo com actina (promovendo a hidrólise do ATP em ADP - a ATPase), movendo-se, desligando-se, interagindo com outra actina e assim por diante.
  • 14. Tensão isométrica desenvolvida por uma fibra muscular
  • 15. ELETROMIOGRAFIA ✓ O impulso elétrico que atravessa a placa ou junção pode ser registrado, e é a base da eletromiografia - o registro da atividade elétrica associada à contração muscular, sendo o sinal captado, chamado sinal EMG. ✓ A eletromiografia é um importante método de medição para a biomecânica.
  • 16. Tensão isométrica desenvolvida por três tipos de fibras musculares
  • 17. PRINCÍPIO DO TAMANHO As fibras musculares são recrutadas numa ordem crescente de tamanho, por que fibras maiores apresentam maior limiar de excitação. TAMANHO DA FIBRA ⇧⇩ TIPO DE FIBRA
  • 21. Regulação da força muscular A regulação da força muscular é dependente de: ✓ Número de unidades motoras recrutadas. ✓ Frequência de disparos
  • 22. Recrutamento das unidades motoras em função do tipo de fibra
  • 24. Músculo: gerador de tensão ✓ A contração muscular é unidirecional. As forças geradas entre os filamentos somente encurtam o sarcômero ✓ A extensão do músculo tem que ser feita por uma força externa ✓ Então, todo músculo do corpo é acompanhado por outro músculo que pode reagir à sua ação, o antagonista. ✓ M. esqueléticos trabalham no princípio agonista-antagonista. Em alguns casos, a função do antagonista pode ser feita pela força de gravidade.
  • 25. Ação muscular: o estado da atividade muscular Exercício Ação Muscular Comprimento Relação FI -FE ESTÁTICO ISOMÉTRICA CONSTANTE FI = FE DINÂMICO CONCÊNTRICA ENCURTA FI > FE DINÂMICO EXCÊNTRICA ALONGA FI < FE DINÂMICO ISOCINËTICO CONCÊNTRICA ou EXCÊNTRICA ENCURTA ou ALONGA FI = FE Fi = força interna desenvolvida pelo músculo. FE = força externa sobre o músculo.
  • 26. Relação força e comprimento do sarcômero
  • 27. Relação força e velocidade de contração
  • 28. Regulação do movimento • Agonista: Músculo principal na contração muscular. Agonista primário e acessório. Ex.: Na flexão do cotovelo, o m. braquial e o m. bíceps braquial são agonistas primários, o m. braquiorradial, m. extensor radial longo do carpo e o m. pronador redondo são agonistas acessórios. • Antagonista: Músculo que oferece resistência à contração muscular. opõe-se a um movimento. Gera torque em oposição àquele gerado pelo agonista.
  • 29. Regulação do movimento • Fixador: Imobiliza uma articulação para realizar o movimento de outra articulação. Ex.: o m. rombóide fixa a escápula para movimentar somente o braço. • Neutralizador: Evita a ação indesejada quando um m. agonista realiza o movimento. Ex.: O m. bíceps braquial produz tanto flexão do cotovelo quanto supinação do antebraço. Se apenas a flexão do cotovelo é desejada o m. pronador redondo age como neutralizador na supinação do antebraço.
  • 30. Coordenação do movimento Sinergia muscular Ligações entre estruturas neuro-músculo-esqueléticas antômica e funcionalmente independentes que atuam de forma cooperativa como uma unidade. (BERNSTEIN, 1967)
  • 31. Arquitetura do músculo esquelético Ângulo de penação: ângulo entre o arranjo das fibras musculares e o eixo longitudinal do músculo (paralelas ou oblíquas)
  • 32. ARQUITETURA MUSCULAR Fibras paralelas ⇨ Amplitude de Movimento ⇨ velocidade (sartório, reto abdominal, bíceps braquial) Fibras oblíquas ⇨Mais fibras por unidade de área⇨ força (tibial posterior, reto femoral, deltóide) Quanto > ângulo < F total, independentemente da F das fibras Fibras Oblíquas - < F efetiva para movimentar grandes amplitudes, mas como > # fibras por unidade de volume, pode gerar mais Força
  • 33. Adaptação neural e muscular durante o treinamento de resistência
  • 35. Adaptação mecânica do tecido muscular ao exercício
  • 36. Número de sarcômeros em função da imobilização em ratos
  • 37. Adição de novos sarcômeros no músculo