Os gregos antigos tinham uma visão mais naturalista do amor e do sexo do que as sociedades contemporâneas, influenciadas pelo cristianismo. Eles acreditavam que existiam diferentes tipos de amor e tratavam o tema de forma filosófica, como discutido no Banquete de Platão. As mulheres tinham poucos direitos e eram vistas como inferiores, destinadas principalmente à maternidade e às tarefas domésticas.
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Amor e Sexualidade na Grécia Antiga
1.
2. • Os gregos cosideravam o amor e o sexo algo completamente
natural e sem tabus;
• E a principal diferença, entre a antiga concepção grega e
contemporânea é que a concepção grega está muito mais
ligada a aceitação da natureza e a adoração do corpo;
Enquanto hoje, temos uma forte influência da concepção
cristã que se baseia no conceito da culpa (pecado original);
• Além disso, criaram o conceito ocidental de amor;
• Tratavam o amor de uma forma muito curiosa: sempre sobre
um ponto de vista moral;
3. • Muitas das palavras que se referem ao erotismo e amor
vem do grego como, por exemplo, erotismo, afrodisíaco,
erógeno etc;
• A principal obra grega que trata sobre o amor é o
banquete de Platão. Nessa obra, há uma versão
mitológica de como nós, seres humanos, surgimos;
4. • Esse mito dizia que éramos seres andrógenos, ou seja,
tínhamos 4 braços, 4 pernas, 2 cabeças e 2 sexos. E esses
primeiros humanos começaram a ameaçar o poder de Zeus,
e Zeus se sentido ameaçado resolveu separar essas criaturas.
E ao ser dividida, começa a buscar a outra metade. E nesse
mito também se explica a origem das lésbicas e dos gays,
dizendo que eles eram seres andrógenos com sexos iguais;
5. • No Banquete, há um discurso sobre o que seria o amor
verdadeiro. Para os gregos, principalmente, atenienses, existiam 2
tipos de amores: um amor carnal bastante simples que era o amor
sexual basicamente, mas esse tipo de amor era considerado
perigoso porque podia escravizar o homem debaixo da ditadura
da libido. Um homem grego e nobre precisava controlar seus
impulsos sexuais. Defende-se que o homem que se entregava para
esse amor carnal não poderia exercer bem suas funções de
cidadão. Já que para eles não se controlar sexualmente significava
não se controlar socialmente;
• E tinha também o amor nobre: alcançado somente entre homens.
Porque era um amor intelectual. Um amor em que se preocupava
em ensinar os valores da cidadania grega;
8. • A mulher sempre estava sob a tutela de um homem, normalmente por seu pai,
marido ou irmão, caso não tivesse nenhum desses, ficaria sob a tutela do
parente mais próximo do sexo masculino;
• Seus papéis eram de mãe e filha, ser mãe configurava o principal objetivo da
mulher, para que pudesse gerar herdeiros e continuar a linhagem;
• A educação das moças estava relacionada administração da residência como a
tecelagem para confeccionar vestuário para família, e uma noção de leitura,
escrita e aritmética;
• As mulheres possuíam poucos direitos , dentre eles: o de poder gerar
legítimos herdeiros, manter o matrimônio e o direito a herança. Como as
mulheres não tinham direitos políticos ou de manter riquezas , caso recebesse
herança, deveriam se casar com um parente o mais rápido possível, como um
tio, para manter a riqueza( terra ) dentro da família;
• Depois de casadas, não podiam sair de casa. Eram confinadas no gineceu;
9. • Ser visto em publico era algo inapropriado tanto para mulher solteira
quanto para que estava casada, podiam sair apenas se fosse algo
muito sério, como um evento religioso. Não podiam sair de casa se
não estivessem acompanhadas por um homem ou uma escrava;
• A Grécia era uma sociedade voltada para modelo patriarcal, onde as
mulheres não desfrutavam de poderes, tem seus papéis minimizados,
são colocadas como inferiores;
10. • O principal motivo do casamento era gerar filhos do sexo masculino que assegurariam a continuidade da
família e que cuidaria do pai quando atingisse a velhice. O segundo motivo era a junção de dois poderes, de
duas famílias que dividiam interesses em comum;
• Entre os noivos não havia votos de amor, apenas os de prosperidade e fertilidade. Até mesmo a atração
sexual entre eles era algo raro, pois o homem só se deitava com sua mulher para gerar filhos, quanto as suas
necessidades se satisfazia com as hetairas ou prostitutas. Mas isso não significa que não poderia existir amor
entre eles;
• As mulheres se casavam com 15 ou 16 anos, os homens por volta dos 30. As moças depois que
permanecessem 5 anos na puberdade e os homens quando terminassem os serviços militar. O casamento
era essencial para continuidade da cidade (polis) e por isso era tratado com assunto de Estado. os homens
que atingiam 40 anos e não haviam se casado deveriam pagar a multa de agamia, isto é, por não terem se
casado. Em Esparta, havia uma lei semelhante;
• O casamento era então uma fase obrigatória a quase todos na sociedade teriam de se submeter. Havendo
uma continuidade muito grande de casos da inexistência de amor entre os conjugues. Abrindo-se assim
portas para relações amorosas fora do casamento. A sociedade aceitava que o homem tivesse além da
relação com a esposa com concubinas, hetairas e prostitutas. Já a mulher ficaria submetida ao homem;
11. • Por ser uma sociedade patriarcal, na maioria das vezes, o divórcio favorecia os homens;
• Se a mulher fosse pega cometendo adultério, seria expulsa de seu lar, degradando-se o matrimônio com o pedido do
divórcio pelo marido, mas, em alguns casos, acarretaria na perda do dote doado pela família da esposa. Alguns maridos
engoliam o adultério para não perder a posse;
• Existia uma lei em Atenas, a lei de Dracon, que caso o marido pegasse sua mulher cometendo infidelidade, poderia
assassinar o amante, que ele seria absolvido ;
• Caso o amante fosse descoberto ele poderia pagar uma multa, na melhor das hipóteses, ou então teria um rabanete
enfiado no ânus em praça publica;
• Já os homens não podiam ser acusados de infidelidade, mesmo que fosse explicito, porque a moral da sociedade aceitava
a "natureza" poligâmica do homem grego;
• A mulher só poderia pedir o divorcio caso sofresse algum tipo de abuso ou violência física. Caso o divórcio obtivesse
sucesso, a mulher, não ficaria privada de se casar novamente, mas teria seu nome publicado e seria tratada com
desconfiança pelos pretendentes;
• Em Esparta, acreditavam que não era possível haver infidelidade por parte das mulheres. Os homens não consideravam
adultério um marido idoso deixar um homem mais jovem e sadio ter relações com uma sua esposa com o intuito de gerar
filhos, que seriam considerados seus;
• Em Atenas e em outros lugares, caso a mulher fosse estéril ou gerasse filhos apenas do sexo feminino, o homem poderia
recorrer as concubinas;
12. • O concubinato é uma prática cuja origem se perde nos tempos mais remotos e
é encontrado em todas as civilizações antigas que se desenvolveram na região
mediterrânea;
• O principal objetivo do concubinato era a procriação, que além de permitido
era incentivado pelo Estado em casos em que a esposa era estéril ou só gerava
filhas;
• As concubinas eram mulheres livres ou metecos (imigrantes) e, raramente,
escravas;
• As mulheres atenienses que recorriam ao concubinato, geralmente, eram de
extrema pobreza e a família não tinha como angariar o dote;
• Os filhos das concubinas eram considerados legítimos;
13. • Embora não houvesse o problema de superpopulação naquela época
(como se entende o termo hoje em dia) a maioria das famílias não
queriam um grande número de descendentes para não ter que dividir o
patrimônio familiar em várias partes;
• Além disso, meninas eram tão bem-vindas como meninos porque por
lado não podiam trabalhar e também que para elas se casarem era
necessário pagar o famoso dote o que causava a redução da propriedade
da família;
• Para Platão, o número ideal de filhos eram 2: Um menino e uma menina;
14. • Na mitologia grega, tivemos a primeira referência ocidental a camisinha. Segundo o mito, uma
moça chamada Procris se torna amante de um filho de Zeus chamado Minos, mas Minos tinha
um problema: quando ele ejaculava, saiam no sêmen dele cobras, lacraias e escorpiões. E
Procs, resolveu envolver o pênis do rapaz numa bexiga de cabra e assim evitar que fosse
morta. Falando simbolicamente esses bichos significavam as doenças sexualmente
transmissíveis que poderiam ser controladas evitando que o sêmen do homem entrasse em
contato com o corpo da parceira ou parceiro;
15. • Os gregos tinham diversos encantamentos e métodos contraceptivos:
As mulheres tomavam chá de testículo de burro para "ficarem" estéreis por
alguns dias;
Acreditavam que amuleto de raíz de aspargo tornava a pessoa estéril;
Se uma mulher gravida pisasse sobre uma raiz de ciclâmen ou comesse ovo
de corvo, abortaria;
Praticavam o coito interrompido e a relação sexual no período da
menstruação;
Caso a criança nascesse e fosse indesejada, os pais, geralmente,
abandonavam-nas, desfaziam-se delas ou matavam-nas;
• Diversas comédias gregas vão retratar o tema das crianças perdidas, e como
a literatura de uma época reflete a realidade do seu tempo, podemos
concluir que o abandono de crianças era praticado em larga escala;
16. • As principais fontes sobre os comportamentos sexuais dos
gregos são a literatura e a representações pictóricas;
• Existia representações eróticas para diferentes finalidades:
A representação com um caráter religioso e votivo, que estava relacionado tanto
à fertilidade animal quanto a vegetal;
17. Existiam também as que pretendiam
proporcionar um estímulo sexual;
Outras revelavam um papel
apotropaico
(precaver-se contra o mal);
18. E por fim, havia também representações
cujo o principal propósito era o humorístico,
que, geralmente, retratavam criaturas
míticas copulando de todas maneiras
possíveis
19. • Nessas representações serão retratadas todas as formas e posições
de relações sexuais: vaginal, anal, intrafemural, felação (tanto do
pênis quanto da vagina), masturbação, emprego de artefatos sexuais
(pênis artificiais), ménage-à-trois, 69, orgias, sadomasoquismo,
zooerastia (relação sexual com animal)
• Havia uma lei contra o estupro para proteger crianças e mulheres,
fossem elas livres ou escravas. A penalidade era uma multa pesada e
o estuprador tinha que pagá-la 2 vezes: uma para vítima e outra para
o Estado. O valor da multa era algo em torno de 100 dracmas
20. • É claro que como toda sociedade sofre mudanças no modo de pensar
conforme o tempo, os gregos não seriam diferentes. O que a gente
conhece com grécia antiga é um período de tempo muito longo
então, por exemplo, numa epóca em que determinada pratica não era
muito aceita, vamos ter menos representações da mesma etc;
As mulheres também se masturbavam com
ajuda de um pênis artificial chamado óslisbos,
que era feito de um couro macio;
21. • Sobre a masculinidade masculina, sabemos que o homossexual
passivo, não o ativo, era o alvo da exprobração social, ou seja, já que
ele era humilhante penetrado. Tal ato era inadmissível e vergonhoso
porque o homem era subjugado e desempenhava o papel da mulher.
Esse é o motivo pela qual nenhuma representação pictórica que
representasse o coito anal entre homens chegou até nós;
22.
23.
24. • Sólon;
• Origem das Moças;
• Proxenetas;
• Categorias;
• Khamanlupha: " as que batem no chão“;
• Leophorio: As que andam pelas ruas;
• Gephyridai: Procuravam seus clientes perto de
pontos;
• Katakleistai: Banhos publicos e prostibulos;
• Prostituição sagrada;
25. • A palavra Hetaira significa “amiga/companheira” ;
• As hetairas deviam sua fama amplamente difundida, sobretudo aos
banquetes (ceias exclusivas para homens);
• Eram educadas, tinham boas maneiras, mantinham-se asseadas,
tocavam instrumentos musical (flauta, lira, tamborim e castanholas) ;
• Há uma crença generalizada de que todas as hetairas eram
extremamente cultas e participavam dos debates filosóficos;
• Viviam em mansões ricamente mobiliadas e decoradas, com escravos à
disposição (embora não pudessem possuí-los legalmente);
• Sua fortuna consistia exclusivamente em dinheiro, já que não podiam
adquirir bem imóveis pelo fato de serem mulheres;
26. • A famosa Hetaira Frinéia costumava cobrar cem dracmas pelo programa, e
Gnatena chegou a pedir certa vez, a quantia de mil dracmas – um preço
exorbitante naquela época;
• Criméia, depois da destruição de Tebas pelo exército de Alexandre o Grande, propôs que a cidade fosse reconstruída as suas expensas com a
condição de que fosse colocada na entrada da cidade uma inscrição declarando que “Alexandre destruiu-a e Frinéia, a hetaira, reconstruiu-a”
As Hetairas, principalmente no período clássico, eram protegidas pela elite – a qual serviam por causa de seus atributos físicos e não por seu
status moral
• Tinham o sonho em comum, encontrar um cidadão abastado que a levasse para
casa, e viver comodamente uma relação de casamento e filhos;
27. • Pederastia denotava a afeição espiritual de um homem adulto por um
garoto;
• A partir do período pós-matriarcado, a homossexualidade desenvolveu-
se em todas as sociedades, antigas ou modernas, nas quais as mulheres
eram (ou ainda são) social e sexualmente reprimidas;
• Um dos ideais da sociedade grega antiga era o cultivo não só do espírito,
mas também do corpo;
• A pederastia é um fenômeno que começou a surgir por volta do século VI
a.C e durou até o fim do século IV a.C;
• Plutarco afirma que a pederastia surgiu quando os jovens começaram a
treinar nas palestras e nos ginásios;
28. • A pederastia era uma instituição pedagógica: um adulto educado
era encarregado de transmitir seus conhecimentos e experiências a
um adolescente (éphebos) e de ajudá-lo a se tornar um cidadão
responsável;
• O termo pederastia é composto a partir das palavras paîs
(“criança”) e erân (“amar”);
• A pederastia seguia um conjunto concreto de regras, nesse
relacionamento, o adulto era denominado erastés (amante) e o
adolescente, erómenos (“amado”);
• O erómenos devia ter entre doze e dezoito anos;
• Cronologicamente a pederastia esta delimitada entre os séculos VI
e IV a.C., e era encontrada somente entre os membros das classes
superiores;
29. • Não há muitos estudos a respeito da homossexualidade feminina
na Grécia Antiga, pois a sociedade era exclusivamente dominada
por homens e, portanto os escritores antigos estavam muito
pouco interessados nas questões femininas;
• O termo que prevaleceu em quase todas as línguas, porem, é a
palavra grega lésbica, derivada da Ilha grega de Lesbos, a pátria de
Safo, que é erroneamente considerada como a sacerdotisa, por
excelência, do amor homossexual feminino;
• Nenhuma outra personalidade jamais esteve tão associada ao
homossexualismo feminino como a famosa poetisa Safo, ou Psafa,
como soaria seu nome no dialeto eólico local;
30. • Safo mantinha uma escola para garotas, onde ensinava poesia, música,
canto e dança;
• A vida naquela escola, a “Casa das Musas”, como Safo a denominava, era
comunitária e toda vez que chegava uma nova garota ou que uma aluna
antiga saia para se casar realizava-se uma comemoração, e Safo escrevia
um poema para a ocasião;
• O sentimento intenso e a atmosfera sensual de sua obra alimentou o
mito sobre sua vida pessoal e sobre as relações intÍmas que teria tido
com suas alunas;