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Especialização em SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO BÁSICA
Entrevista Breve Motivacional – Prof.ª Flora Couto
Professora: Psicóloga clínica e social Flora Couto Contato: (071)99148-6876 flora.couto@gmail.com 2016_1
Escola baiana de medicina e saúde pública - http://pos.bahiana.edu.br/
Exercícios de desconstrução Semântica
1. Abaixo está descrito um trecho de entrevista que demonstra armadilhas técnicas do
entrevistador e dificuldades de escuta no processo de acolhimento de uma paciente.
No diálogo terapeuta pode ser um médico, enfermeira, educador físico, psicólogo ou
qualquer outro profissional de saúde.
a. Identifique as armadilhas e o tipo de respostas de não escuta.
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Entrevista Motivacional.
Terapeuta: Então, você está sugerindo que eu sou dependente?
Cliente: Sim. Eu não estou sugerindo...os seus exames mostram isso... e você me
disse que usa cocaína, isso é um problema de doença que causa dependência
química. Você teve um desmaio, se sente desconfortável quando não pode
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P: O que você quer dizer?Muitas pessoas que conheço bebem como eu. Bem, eu não
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P: Eu não estou dizendo que não tenho problemas..uso cocaína mas controlo; e isso
não é um problema grande para mim e não sou dependente. Eu não acho que seja
tão sério.
T: Todos que usam cocaína são dependentes…seus exames mostram isso….essa é
uma questão química, a ciência diz isso.
P: Eu não gosto de ser rotulado como doente, eu uso cocaína porque gosto e ela me
ajuda a criar.
T: Isso é muito comum, como você pode imaginar, muitas pessoas com quem eu falo
não gostam de ser rotuladas, mas aceitar que vc tem um problema é o primeiro
passo para mudar seu comportamento. A minha função é lhe dizer isso. Eu acho
que você usa cocaina para evitar lidar com as dificuldades de sua vida; e fugir da
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P: Eu sinto como se estivessem me colocando em uma caixa.
T: Certo. Deixe-me explicar como eu vejo essa situação e, então, podemos prosseguir.
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um problema para seu corpo quando usa cocaína…e você tem que parar de usar
cocaína ou você pode piorar nas doenças que seu comportamento de dependência
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Especialização em SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO BÁSICA
Entrevista Breve Motivacional – Prof.ª Flora Couto
Professora: Psicóloga clínica e social Flora Couto Contato: (071)99148-6876 flora.couto@gmail.com 2016_1
Escola baiana de medicina e saúde pública - http://pos.bahiana.edu.br/
GABARITO Exercício 1
Terapeuta:Então, você está sugerindo que eu sou dependente?
Cliente: Não, eu realmente não ligo para rótulos. Mas parece que você
sim; e que essa é uma preocupação para você.
P: Bem, eu não gosto de ser chamado de dependente.
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P: Isso!Eu não estou dizendo que não tenho prpoblemas..
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T: Isso é muito comum, como você pode imaginar,muitas pessoas com
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podemos prosseguir. Para mim nõa importa o nome que damos ao
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Entrevista motivacional em saúde mental

  • 1. Especialização em SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO BÁSICA Entrevista Breve Motivacional – Prof.ª Flora Couto Professora: Psicóloga clínica e social Flora Couto Contato: (071)99148-6876 flora.couto@gmail.com 2016_1 Escola baiana de medicina e saúde pública - http://pos.bahiana.edu.br/ Exercícios de desconstrução Semântica 1. Abaixo está descrito um trecho de entrevista que demonstra armadilhas técnicas do entrevistador e dificuldades de escuta no processo de acolhimento de uma paciente. No diálogo terapeuta pode ser um médico, enfermeira, educador físico, psicólogo ou qualquer outro profissional de saúde. a. Identifique as armadilhas e o tipo de respostas de não escuta. b. Proponha uma modificação semântica para modificar a comunicação e facilitar a Entrevista Motivacional. Terapeuta: Então, você está sugerindo que eu sou dependente? Cliente: Sim. Eu não estou sugerindo...os seus exames mostram isso... e você me disse que usa cocaína, isso é um problema de doença que causa dependência química. Você teve um desmaio, se sente desconfortável quando não pode beber e relata dificuldades com a família quando se comporta bebendo. Mas parece que você não aceita seu problema. P: O que você quer dizer?Muitas pessoas que conheço bebem como eu. Bem, eu não gosto de ser chamado de dependente… T: Se vocâ não aceitar que é dependente, você não irá resolver seu problema. P: Eu não estou dizendo que não tenho problemas..uso cocaína mas controlo; e isso não é um problema grande para mim e não sou dependente. Eu não acho que seja tão sério. T: Todos que usam cocaína são dependentes…seus exames mostram isso….essa é uma questão química, a ciência diz isso. P: Eu não gosto de ser rotulado como doente, eu uso cocaína porque gosto e ela me ajuda a criar. T: Isso é muito comum, como você pode imaginar, muitas pessoas com quem eu falo não gostam de ser rotuladas, mas aceitar que vc tem um problema é o primeiro passo para mudar seu comportamento. A minha função é lhe dizer isso. Eu acho que você usa cocaina para evitar lidar com as dificuldades de sua vida; e fugir da realidade não vai ajudar. Você tem que enfrentar sem drogas os seus problemas. P: Eu sinto como se estivessem me colocando em uma caixa. T: Certo. Deixe-me explicar como eu vejo essa situação e, então, podemos prosseguir. Você veio até aqui e fez seus exames e eu estou dizendo que você está causando um problema para seu corpo quando usa cocaína…e você tem que parar de usar cocaína ou você pode piorar nas doenças que seu comportamento de dependência está criando… e depois vai ser mais dificil resolver, colocando sua vida em risco.
  • 2. Especialização em SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO BÁSICA Entrevista Breve Motivacional – Prof.ª Flora Couto Professora: Psicóloga clínica e social Flora Couto Contato: (071)99148-6876 flora.couto@gmail.com 2016_1 Escola baiana de medicina e saúde pública - http://pos.bahiana.edu.br/ GABARITO Exercício 1 Terapeuta:Então, você está sugerindo que eu sou dependente? Cliente: Não, eu realmente não ligo para rótulos. Mas parece que você sim; e que essa é uma preocupação para você. P: Bem, eu não gosto de ser chamado de dependente. T: Quando isso aocntece, você tem vontade de dizer que sua situação não é tão séria assim. P: Isso!Eu não estou dizendo que não tenho prpoblemas.. T: Mas você não gosta de ser rotulado como “tendo um problema”. Isso lhe soa muito mal. P: É verdade… T: Isso é muito comum, como você pode imaginar,muitas pessoas com quem eu falo não gostam de ser rotuladas. Não há nada de estranho nisso. Eu também não gosto que as pessoas me rotulem. P: Eu sinto cmo se estivessem me colocando em uma caixa. T: Certo. Deixe-me explicaar como eu vehjo essa situaçnao e, então, podemos prosseguir. Para mim nõa importa o nome que damos ao problema. Não me importa se o chamamos de “dependencia”, “problema”, “doença”, ou até mesmo “João”. Não temos que lhe dar um nome. O que realmente importa é determinarmos como seu uso de cocaína está ou não lhe prejudicando e o que você quer fazer com isso.