O documento apresenta quatro perspectivas teóricas sobre organizações: (1) sistêmica-estrutural enfatiza adaptação a restrições externas; (2) escolha estratégica foca em autonomia gerencial e construção social; (3) seleção natural vê mudança como resultado de forças ambientais; (4) ação coletiva defende regulação por negociação entre organizações.
Teorias organizacionais centrais de Astley e Van de Ven (1983
1. F U N D A M E N T A D O E M A S T L E Y E V A N D E V E N
( 1 9 8 3 )
Perspectivas centrais na teoria
das organizações
2. Questões centrais
São as organizações sistemas funcionalmente
racionais, tecnicamente limitados, ou são elas
personificações socialmente construídas,
subjetivamente significativas, da ação individual?
São as mudanças nas formas organizacionais
explicadas por adaptação interna ou por seleção
ambiental?
É a vida organizacional determinada por restrições
ambientais intratáveis, ou ela é criada ativamente
por decisões gerenciais estratégicas?
3. Questões centrais (cont.)
Deve o ambiente ser visto como um agregado
simples de organizações governadas por forças
econômicas externas, ou como uma coletividade
integrada de organizações governadas por suas
próprias forças políticas e sociais internas?
Preocupa-se o comportamento organizacional,
principalmente, com a ação individual ou com a
ação coletiva?
4. Questões centrais (cont.)
São as organizações instrumentos técnicos
neutros, programados para lograr metas, ou
são elas manifestações institucionalizadas de
interesses fundados e estruturas de poder da
sociedade mais ampla?
5. Quatro visões
Determinismo – foco nas propriedades estruturais
do contexto.
Voluntarismo – seres humanos e as instituições
criadas por eles são agentes autônomos, proativos
que se autodirigem. Foco nos seres humanos.
Níveis de análise:
a) Micro
b) macro
7. Visão sistêmico-estrutural
Funcionalismo estrutural e teoria de sistemas
Teoria clássica de gestão (Fayol, 1949), teoria da
burocracia (Merton, 1940), teorias estruturais de
contingência (Lawrence; Lorsch, 1967)
Características:
a) Comportamento organizacional moldado por
restrições externas;
b) Elementos estruturais são inter-relacionados;
c) Estrutura – papéis predefinem os
comportamentos esperados.
8. Visão sistêmico-estrutural (cont.)
d) Metas compartilhadas (conformidade e coerência)
e) Indivíduos: participantes de uma coletividade
interdependente
f) Gestor: reativo/ técnico
g) Mudança: adaptativa/mudanças no ambiente
h) Foco da tomada de decisão: coleta de informações
correta/análise técnica das consequências.
9. Escolha estratégica
Interacionismo (Gooffman, 1961),
fenomenologia (Weick, 1979) e etnometodologia
(Bittner, 1965).
Teóricos de gestão estratégica e dependência de
recursos.
Características:
a) Escolha; ambiguidade; ênfase no político.
10. Escolha estratégica (cont.)
b) Atenção aos indivíduos, interações,
construções sociais, autonomia, centrada nos
que estão no poder.
c) gestores: papel proativo, escolhas autônomas.
11. Seleção natural
Ecologistas de população, economistas industriais e
historiadores econômicos.
Recursos ambientais (há limites), estrutura da
indústria evolui de forma determinada.
Historiadores econômicos, Chandler (1977);
economistas institucionais, Williamson (1975).
12. Seleção natural (cont.)
Características:
a) Papel gerencial: inativo
b) Mudança: fluxo natural dos recursos através da
economia
13. Ação coletiva
As condições da sociedade contemporânea são ou
deveriam ser reguladas por ação intencional,
acontecendo em nível coletivo.
Rede interorganizacional
Características
a) Gestor interativo
b) Políticas negociadas em nível macro