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TERCEIRA PARTE
Emmanuel
III
AMOR
FRATERNIDADE
342 –A resposta de Jesus aos seus discípulos – “Quem é minha mãe e quem são os
meus irmãos”, é um incitamento à edificação da fraternidade universal?
-O Senhor referia-se à precariedade dos laços de sangue, estabelecendo a fórmula
do amor, a qual não deve estar circunscrita ao ambiente particular, mas ligada ao
ambiente universal, em cujas estradas deveremos observar e ajudar, fraternalmente,
a todos os necessitados, desde os aparentemente mais felizes, aos mais desvalidos
da sorte.
343 –Nas leis da fraternidade, como reconhecer na Terra, o Espírito em missão?
-Precisamos considerar que o Espírito em missão experimenta, igualmente; as suas
provas no trabalho a realizar, com a diferença de permanecer menos acessível ao
efeito dos sofrimentos humanos, pela condição de superioridade espiritual.
Podereis, todavia, identificar a missão da alma pelos atos e palavras, na
exemplificação e no ensino da tarefa que foi chamada a cumprir, porque um emissário
de amor deixa em todos os seus passos o luminoso selo do bem.
344 –O “amar ao próximo” deve ser levado até mesmo à sujeição, às ousadias e
brutalidades das criaturas menos educadas na lição evangélica, sendo que o ofendido
deve tolera-lo humildemente, sem o direito de esclarece-las, relativamente aos seus
erros?
-O amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça
útil e necessário. A sujeição passiva ao atrevimento ou à grosseria pode dilatar os
processos da força e da agressividade; mas, ao receber as suas manifestações, saiba
o crente pulveriza-las com o máximo de serenidade e bom senso, a fim de que sejam
exterminada em sua fonte de origem, sem possibilidades de renovação.
Esclarecer é também amar.
Toda a questão reside em bem sabermos explicar, sem expressões de personalismo
prejudicial, ainda que com a maior contribuição de energia, para que o erro ou o
desvio do bem não prevaleça.
Quanto aos processos de esclarecimentos, devem eles dispensar, em qualquer tempo
e situação, o concurso da força física, sendo justo que demonstrem as nuanças de
energia, requeridas pelas circunstâncias, variando, desse modo, de conformidade
com os acontecimentos e com fundamento invariável no bem geral.
345 –O preceito evangélico – “se alguém te bater numa face, apresenta-lhe a outra”
– deve ser observado pelo cristão, mesmo quando seja vítima de agressão corporal
não provocada?
-O homem terrestre, com as suas taras seculares, tem inventado numerosos recursos
humanos para justificar a chamada “legítima defesa”, mas a realidade é que toda a
defesa da criatura está em Deus.
Somos de parecer que, agindo o homem com a chave da fraternidade cristã, pode-
se extinguir o fermento da agressão, com a luz do bem e da serenidade moral.
Acreditando, contudo, no fracasso de todas as tentativas pacificas, o cristão sincero,
na sua feição individual, nunca deverá cair ao nível do agressor, sabendo estabelecer,
em todas as circunstâncias, a diferença entre os seus valores morais e os instintos
animalizados da violência física.
346 –Nas lutas da vida, como levar a fraternidade evangélica àqueles que mais
estimamos, se, por vezes, nosso esforço pode ser mal interpretado, conduzindo-nos
a situações mais penosas?
-De conformidade com os desígnios evangélicos, compete-nos esclarecer os nossos
semelhantes com amor fraternais, em todas as circunstâncias desagradáveis da
existência, como desejaríamos ser assistidos, irmãemente, em situação idêntica dos
que se encontram sem tranqüilidade; mas, se o atrito dos instintos animalizados
prevalece naqueles a quem mais desejamos serenidade e paz, convém deixar-lhes
as energias, depois de nossos esforços supremos em trabalho de purificação, na
violência que escolheram, até que possam experimentar a serenidade mental
imprescindível para se beneficiarem com as manifestações afetuosas do amor e da
verdade.
347 –A Terra é escola de fraternidade, ou penitenciária de regeneração?
-A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e
regeneração dos Espíritos encarnados.
As almas que ai se encontram em tarefas purificadoras, muitas vezes colimam o
resgate de dívidas assaz penosas. Daí o motivo de a maioria encontrar sabor amargo
nos trabalhos do mundo, que se lhes afigura rude penitenciária, cheia de gemidos e
de aflições.
A verdade incontestável é que os aspectos divinos da Natureza serão sempre
magníficos e luminosos; porém, cada espírito os verá pelo prisma do seu coração.
Mas, na dor como na alegria, no trabalho feliz como na experiência escabrosa, todas
as criaturas deverão considerar a reencarnação um processo de sublime aprendizado
fraternal, concedido por Deus aos seus filhos, no caminho do progresso e da
redenção.
348 –Onde a causa da indiferença dos homens pela fraternidade sincera, observando
se que há geralmente em todos grandes entusiasmos pela hegemonia material de
seus grupos, suas cidades, clubes e agremiações onde se verifique a evidência
pessoal?
-É que as criaturas, de um modo geral, ainda têm muito da tribo, encontrando se
encarcerados nos instintos propriamente humanos, na luta das posições e das
aquisições, dentro de um egoísmo quase feroz, como se guardassem consigo,
indefinidamente, as heranças da vida animal. Todavia; é preciso recordar que, após
a eclosão desses entusiasmos, há sempre o gosto amargo da inutilidade no íntimo
dos espíritos desiludidos da precária hegemonia do mundo, instante esse em que a
alma experimenta a dilatação de suas tendências profundas para o “mais alto”. Nessa
hora, a fraternidade conquista uma nova expressão no íntimo da criatura, a fim de
que o Espírito possa alçar o grande vôo para os mais gloriosos destinos.
349 –Fraternidade e igualdade podem, na Terra, merecer um só conceito?
-Já observamos que o conceito igualitário absoluto é impossível no mundo, dada a
heterogeneidade das tendências, sentimentos e posições evolutivas no círculo da
individualidade. A fraternidade, porém, é a lei da assistência mútua e da
solidariedade comum, sem a qual todo progresso, no planeta, seria praticamente
impossível.
350 –Pode a fraternidade manifestar-se sem a abnegação?
-Fraternidade pode traduzir-se por cooperação sincera e legítima, em todos os
trabalhos da vida, e, em toda cooperação verdadeira, o personalismo não pode
subsistir, salientando-se que quem coopera cede sempre alguma coisa de si mesmo,
dando o testemunho de abnegação, sem a qual a fraternidade não se manifestaria
no mundo, de modo algum.
351 –Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho?
-O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de
vigilância, que todos os homens são obrigados a observar.
Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto adoração.
Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de
iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em
esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis
de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender
com o único Mestre, que é Jesus-Cristo.
Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de
outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o
tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que
todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa
própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só
dispensador dos bens, que é Deus.
Da Obra “O CONSOLADOR” – Espírito: EMMANUEL – Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Digitado por: Lúcia Aydir.

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Amor fraternal e a Terra como escola da fraternidade

  • 1. TERCEIRA PARTE Emmanuel III AMOR FRATERNIDADE 342 –A resposta de Jesus aos seus discípulos – “Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos”, é um incitamento à edificação da fraternidade universal? -O Senhor referia-se à precariedade dos laços de sangue, estabelecendo a fórmula do amor, a qual não deve estar circunscrita ao ambiente particular, mas ligada ao ambiente universal, em cujas estradas deveremos observar e ajudar, fraternalmente, a todos os necessitados, desde os aparentemente mais felizes, aos mais desvalidos da sorte. 343 –Nas leis da fraternidade, como reconhecer na Terra, o Espírito em missão? -Precisamos considerar que o Espírito em missão experimenta, igualmente; as suas provas no trabalho a realizar, com a diferença de permanecer menos acessível ao efeito dos sofrimentos humanos, pela condição de superioridade espiritual. Podereis, todavia, identificar a missão da alma pelos atos e palavras, na exemplificação e no ensino da tarefa que foi chamada a cumprir, porque um emissário de amor deixa em todos os seus passos o luminoso selo do bem. 344 –O “amar ao próximo” deve ser levado até mesmo à sujeição, às ousadias e brutalidades das criaturas menos educadas na lição evangélica, sendo que o ofendido deve tolera-lo humildemente, sem o direito de esclarece-las, relativamente aos seus erros? -O amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça útil e necessário. A sujeição passiva ao atrevimento ou à grosseria pode dilatar os processos da força e da agressividade; mas, ao receber as suas manifestações, saiba o crente pulveriza-las com o máximo de serenidade e bom senso, a fim de que sejam exterminada em sua fonte de origem, sem possibilidades de renovação. Esclarecer é também amar. Toda a questão reside em bem sabermos explicar, sem expressões de personalismo prejudicial, ainda que com a maior contribuição de energia, para que o erro ou o desvio do bem não prevaleça. Quanto aos processos de esclarecimentos, devem eles dispensar, em qualquer tempo e situação, o concurso da força física, sendo justo que demonstrem as nuanças de energia, requeridas pelas circunstâncias, variando, desse modo, de conformidade com os acontecimentos e com fundamento invariável no bem geral.
  • 2. 345 –O preceito evangélico – “se alguém te bater numa face, apresenta-lhe a outra” – deve ser observado pelo cristão, mesmo quando seja vítima de agressão corporal não provocada? -O homem terrestre, com as suas taras seculares, tem inventado numerosos recursos humanos para justificar a chamada “legítima defesa”, mas a realidade é que toda a defesa da criatura está em Deus. Somos de parecer que, agindo o homem com a chave da fraternidade cristã, pode- se extinguir o fermento da agressão, com a luz do bem e da serenidade moral. Acreditando, contudo, no fracasso de todas as tentativas pacificas, o cristão sincero, na sua feição individual, nunca deverá cair ao nível do agressor, sabendo estabelecer, em todas as circunstâncias, a diferença entre os seus valores morais e os instintos animalizados da violência física. 346 –Nas lutas da vida, como levar a fraternidade evangélica àqueles que mais estimamos, se, por vezes, nosso esforço pode ser mal interpretado, conduzindo-nos a situações mais penosas? -De conformidade com os desígnios evangélicos, compete-nos esclarecer os nossos semelhantes com amor fraternais, em todas as circunstâncias desagradáveis da existência, como desejaríamos ser assistidos, irmãemente, em situação idêntica dos que se encontram sem tranqüilidade; mas, se o atrito dos instintos animalizados prevalece naqueles a quem mais desejamos serenidade e paz, convém deixar-lhes as energias, depois de nossos esforços supremos em trabalho de purificação, na violência que escolheram, até que possam experimentar a serenidade mental imprescindível para se beneficiarem com as manifestações afetuosas do amor e da verdade. 347 –A Terra é escola de fraternidade, ou penitenciária de regeneração? -A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados. As almas que ai se encontram em tarefas purificadoras, muitas vezes colimam o resgate de dívidas assaz penosas. Daí o motivo de a maioria encontrar sabor amargo nos trabalhos do mundo, que se lhes afigura rude penitenciária, cheia de gemidos e de aflições. A verdade incontestável é que os aspectos divinos da Natureza serão sempre magníficos e luminosos; porém, cada espírito os verá pelo prisma do seu coração. Mas, na dor como na alegria, no trabalho feliz como na experiência escabrosa, todas as criaturas deverão considerar a reencarnação um processo de sublime aprendizado fraternal, concedido por Deus aos seus filhos, no caminho do progresso e da redenção. 348 –Onde a causa da indiferença dos homens pela fraternidade sincera, observando se que há geralmente em todos grandes entusiasmos pela hegemonia material de seus grupos, suas cidades, clubes e agremiações onde se verifique a evidência pessoal? -É que as criaturas, de um modo geral, ainda têm muito da tribo, encontrando se encarcerados nos instintos propriamente humanos, na luta das posições e das aquisições, dentro de um egoísmo quase feroz, como se guardassem consigo, indefinidamente, as heranças da vida animal. Todavia; é preciso recordar que, após a eclosão desses entusiasmos, há sempre o gosto amargo da inutilidade no íntimo dos espíritos desiludidos da precária hegemonia do mundo, instante esse em que a
  • 3. alma experimenta a dilatação de suas tendências profundas para o “mais alto”. Nessa hora, a fraternidade conquista uma nova expressão no íntimo da criatura, a fim de que o Espírito possa alçar o grande vôo para os mais gloriosos destinos. 349 –Fraternidade e igualdade podem, na Terra, merecer um só conceito? -Já observamos que o conceito igualitário absoluto é impossível no mundo, dada a heterogeneidade das tendências, sentimentos e posições evolutivas no círculo da individualidade. A fraternidade, porém, é a lei da assistência mútua e da solidariedade comum, sem a qual todo progresso, no planeta, seria praticamente impossível. 350 –Pode a fraternidade manifestar-se sem a abnegação? -Fraternidade pode traduzir-se por cooperação sincera e legítima, em todos os trabalhos da vida, e, em toda cooperação verdadeira, o personalismo não pode subsistir, salientando-se que quem coopera cede sempre alguma coisa de si mesmo, dando o testemunho de abnegação, sem a qual a fraternidade não se manifestaria no mundo, de modo algum. 351 –Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho? -O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a observar. Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo. Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma. Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só dispensador dos bens, que é Deus. Da Obra “O CONSOLADOR” – Espírito: EMMANUEL – Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER Digitado por: Lúcia Aydir.