O documento relata um caso de telepatia entre uma mulher, seu marido e seu cachorro hindi chamado Megatherium. Na noite, ambos ouviram sons característicos de Meg pulando na cama de sua filha, mas ele não estava lá. Logo depois, a filha disse que Meg estava morrendo, e ele foi encontrado quase estrangulado por sua roupa. O autor argumenta que isso foi um chamado de socorro telepático simbólico de Meg.
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
Alucinações telepáticas em que o animal é o agente
1.
2. Primeira categoria
Alucinações telepáticas em que o animal é
o agente
Caso 9 (Auditivo-coletivo)
Eu destaco do Journal of the S. P. R. (vol. 4, pág. 289), o caso
seguinte, relatado pela senhora Beauchamp, de Hunt Lodge,
Twiford, em carta endereçada à senhora Wood, de Colchester, do
qual reproduzimos a seguinte passagem:
3. “Megatherium” é o nome do meu cachorrinho hindu, que dorme no
quarto da minha filha. Na noite passada, levantei-me de supetão ao
escutá-lo pular no quarto. Conheço bem suas maneiras de pular,
bastante características. Meu marido, por sua vez, não demorou a
acordar. Eu lhe perguntei: “Está ouvindo?” e ele me respondeu: “É Meg”.
4. Acendemos rapidamente uma vela, olhamos por toda parte, mas
nada pudemos encontrar no quarto; no entanto, a porta estava
realmente fechada. Então, veio-me a ideia de que uma desgraça tinha
acontecido com Meg; tinha a sensação de que ele tinha morrido naquele
exato momento; olhei o relógio para ter certeza da hora e cismei que
tinha de descer e ir imediatamente me certificar da intuição. No entanto,
isso me parecia bastante absurdo e, além do mais, estava tão frio...
Permaneci por um instante indecisa, e o sono me venceu.
5. Pouco tempo deve ter se passado até o momento em que alguém
veio bater à porta; era minha filha que, com uma enorme expressão de
tristeza, avisou-me: “Mamãe, mamãe, Meg está morrendo”. Descemos
pela escada e encontramos Meg virado de lado, com as pernas
alongadas e rígidas, como se já estivesse morto. Meu marido o levantou
dali e certificou-se de que o cão ainda vivia: ele não se deu conta
imediatamente do que havia acontecido. Constatamos enfim que Meg,
sabe-se lá como, enrolou ao redor de seu pescoço a fita de sua roupinha
de tal maneira que quase foi estrangulado por ela. Nós o livramos
imediatamente e, assim que o cão pôde respirar, não demorou a se
reanimar e a se recobrar.
6. Para outras informações sobre este assunto, remeto
o leitor ao citado jornal.
Doravante, se me for dado
sentir sensações dessa
natureza em relação a alguém,
proponho-me ir socorrer sem
delongas. Juraria ter ouvido os
saltinhos tão característicos de
Meg ao redor da cama e meu
marido pôde dizer o mesmo.”
7. Neste caso, mais uma vez, a gênese genuinamente telepática parece
indubitável (tanto mais porque, dessa vez, duas pessoas tiveram as
impressões auditivas); mais uma vez aqui, afirmo, a manifestação
telepática se processa de forma simbólica: um chamado urgente de
socorro, vindo da mentalidade do cão agente, chega ao percipiente
transformado num eco característico do saltinho que o animal repetia
todas as manhãs ao redor da cama de seus donos. Ora, é incontestável
que uma percepção telepática dessa categoria, ao considerar as
circunstâncias em que ela se produziu, não podia constituir a expressão
exata do pensamento do cão, mas unicamente uma tradução simbólico-
verídica do pensamento em questão. De fato, se é lógico e natural
pensar que um animal a ponto de morrer estrangulado tenha voltado
intensamente seu pensamento para aqueles que eram os únicos em
condições de salvá-lo, não seria, ao contrário, de modo algum admissível
que o animal, naquele instante supremo, tenha pensado em outra coisa
a não ser nas estripulias costumeiras que fazia todas as manhãs ao
redor da cama de seus donos.