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PROJETO INTEGRADOR
II
Definição de Estrutura para Operações de Armazenagem
e Suprimentos
Senac RJ | Técnico Em Logística
2
Sumário
Apresentação............................................................................................................................................. 4
Planejamento ................................................................................................................................................ 5
1. Produtos ............................................................................................................................................ 6
1.1. Acondicionamento ......................................................................................................................... 6
1.2. Paletização..................................................................................................................................... 7
2. Posições de Armazenagem................................................................................................................. 8
3. Estruturas de Armazenagem .............................................................................................................. 9
4. Aparelhos de Movimentação.............................................................................................................. 9
5. Sistema de Gestão.............................................................................................................................. 9
6. Estrutura Organizacional ...................................................................................................................10
Implementação.............................................................................................................................................11
1. Dimensionamento.............................................................................................................................12
1.1. Estruturas de Armazenagem..........................................................................................................12
1.2. Corredores ....................................................................................................................................12
1.3. Área de Conferência......................................................................................................................12
1.4. Docas ............................................................................................................................................12
1.5. Planta Baixa...................................................................................................................................12
1. Estratégia de Armazenagem..............................................................................................................14
2. Fluxo Operacional .............................................................................................................................15
2.1. Controle de Chegada de Veículos...................................................................................................15
2.2. Processo de Recebimento..............................................................................................................15
2.3. Processo de Armazenagem............................................................................................................15
2.4. Processo de Separação..................................................................................................................15
2.5. Processo de Expedição ..................................................................................................................15
3. Segurança no Trabalho......................................................................................................................17
3.1. Equipamentos de Proteção Individual............................................................................................17
3.2. Equipamentos de Proteção Coletiva ..............................................................................................17
Controle .......................................................................................................................................................18
1. Metodologias de Gestão ...................................................................................................................19
1.1. 5s ..................................................................................................................................................19
1.2. PDCA/SDCA ...................................................................................................................................19
1.3. Ágil................................................................................................................................................19
1.4. Kanban..........................................................................................................................................19
2. Indicadores de desempenho .............................................................................................................20
2.1. Utilização dos equipamentos de movimentação............................................................................20
3
2.2. Acuracidade do inventário.............................................................................................................20
2.3. Utilização da capacidade de estocagem.........................................................................................20
2.4. Tempo médio de carga/descarga...................................................................................................21
3. Balanced Scorecard...........................................................................................................................21
Referências...............................................................................................................................................23
4
Apresentação
Este documento foi organizado em 3 unidades e tem por finalidade
apresentar os estudos realizados para o dimensionamento dos recursos
materiais, tecnológicos e humanos necessários às operações de
armazenagem de um pequeno armazém. Todos os dados são fictícios e
foram criados para possibilitar o desenvolvimento do conteúdo e facilitar o
entendimento.
INTRODUÇÃO
Sediado em Cajamar - SP, às margens da Rodovia Presidente Dutra, nosso
Centro de Distribuição usufrui de localização estratégica no eixo Rio x São
Paulo, atendendo com eficiência e rapidez quinze lojas na região Sudeste,
sendo cinco no RJ e dez em SP.
MISSÃO
Atuar como solução logística de alta performance, simplificando
processos com segurança e qualidade, satisfazendo os stakeholders a fim
de assegurar a longevitude da empresa.
VISÃO
Ser referência em soluções logísticas de armazenagem nos setores em
que atuamos.
VALORES
Responsabilidade, Integridade, Qualidade, Segurança e Melhoria
Contínua.
Uma logística eficiente valoriza a obtenção e análise de dados, a melhoria
contínua de processos e capacitação dos colaboradores. Assim sendo, serão
abordados assuntos como planejamento, metodologias de gestão e
indicadores de desempenho, a fim de otimizar a estrutura funcional e física
da empresa.
Boa leitura!
Integrantes:
Fabrício S. Barbosa
Johnattas Marques
José Jonathan
Kevin Souza
Rodrigo Silva
Tharcio Silva
Wallace Valério
Orientação:
Prof. Marcus Vinicius
5
1
Planejamento
Análise estratégica das necessidades
6
1. Produtos
Definimos 8 itens pertencentes à categoria de papelaria e materiais de escritório, além de suas
especificações. Definimos 8 itens pertencentes à categoria de papelaria e materiais de escritório, além de
suas especificações. Veja:
SKU Produto Dim. Embalagem Peso (Kg)
FA4-500F-CHMX-BRA Papel A4 75g 500 folhas Branco Chamex 22 x 30 x 4,8 1,87
CAN-C050-CPCT-PRE
Caneta Esferográfica Preto 50 unidades
Compactor
8 x 8 x 15 0,2
CAN-C050-CPCT-AZU
Caneta Esferográfica Azul 50 unidades
Compactor
8 x 8 x 15 0,2
CAN-C050-CPCT-VML
Caneta Esferográfica Vermelho 50 unidades
Compactor
8 x 8 x 15 0,2
LAP-C072-FCAS-PRE Lapis Preto 72 unidades Faber-Castell 9 x 4,5 x 18 0,2
LAP-C144-FCAS-PRE Lápis Preto 144 unidades Faber-Castell 9 x 9 x 18 0,4
GPD-26M6-EASY-PRE Grampeador 26/6 Preto EasyOffice 15 x 4 x 5 0,15
BOR-C020-MCUR-BRA Borracha Branca CX 20UN Mercur 10 x 8 x 4 0,4
1.1. Acondicionamento
Nossa operação visa atender à rede de lojas e ao e-commerce. As caixas, portanto, deverão ter dimensões
e peso que possibilite o manuseio com pouco ou nenhum esforço. Observe que o item FA4-C005-CHMX-
BRA consiste numa embalagem autoexpositiva e, assim sendo, iremos trabalhar com as dimensões do
próprio produto.
SKU Embalagem Peso (Kg) Cx. Envio Qtde. Intens
Peso Total
(Kg)
FA4-500F-CHMX-BRA 22 x 30 x 4,8 1,87 22,7 x 32 x 24 5 10
CAN-C050-CPCT-PRE 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6
CAN-C050-CPCT-AZU 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6
CAN-C050-CPCT-VML 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6
LAP-C072-FCAS-PRE 9 x 4,5 x 18 0,2 40 x 30 x 30 72 14,4
LAP-C144-FCAS-PRE 9 x 9 x 18 0,4 40 x 30 x 30 36 14,4
GPD-26M6-EASY-PRE 15 x 4 x 5 0,15 40 x 30 x 10 40 6
BOR-C020-MCUR-BRA 10 x 8 x 4 0,4 40 x 30 x 10 30 12
Observe que alteramos a orientação de alguns produtos, como é o caso do item CAN-C050-CPCT-PRE. Sua
embalagem tem altura de 15 cm, e sendo 15 submúltiplo de 30, podemos posiciona-las deitadas em uma
caixa de dimensões 40 x 30 x 30.
7
Cenário Largura (cm) Comprimento (cm) Altura (cm) Qtde. de Itens
1 30 ÷ 15 = 2 40 ÷ 8 = 5 25 ÷ 8 = 3,1 2 × 5 × 3 = 30
2 30 ÷ 8 = 3,75 40 ÷ 8 = 5 25 ÷ 15 = 1,6 3 × 5 × 1 = 15
1.2. Paletização
Tendo em mãos as especificações dos produtos, montaremos agora um palete padrão PBR, empilhando as
caixas no modelo h-mirrored para máximo aproveitamento da superfície e aumento da estabilidade da
coluna. Alguns itens ainda terão de ser empilhados de forma paralela.
Exemplo
VistaSuperiorVistalateral
100 cm 120 cm
Alguns critérios foram definidos nessa etapa, sejam eles:
▪ Altura máxima de empilhamento: 175cm (já descontada a altura do palete)
▪ Surface Usage mínimo: 92%
▪ Volume Usage mínimo: 60%
8
SKU Cx. envio
Peso Cx
(Kg)
Lastro
Num.
Lastros
Total Cx.
Peso Total
(Kg)
Altura
(m)
FA4-500F-CHMX-BRA 22,7 x 32 x 24 10 15 5 75 750 1,20
CAN-C050-CPCT-PRE 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50
CAN-C050-CPCT-AZU 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50
CAN-C050-CPCT-VML 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50
LAP-C072-FCAS-PRE 40 x 30 x 30 14,4 10 5 50 720 1,50
LAP-C144-FCAS-PRE 40 x 30 x 30 14,4 10 5 50 720 1,50
GPD-26M6-EASY-PRE 40 x 30 x 10 6 10 15 150 900 1,50
BOR-C020-MCUR-BRA 40 x 30 x 10 12 10 15 150 1800 1,50
2. Posições de Armazenagem
Reunimos abaixo dados da demanda média mensal de cada produto. Para determinar quantas posições de
armazenagem serão necessárias para cada SKU, precisamos saber quantos itens há em cada palete,
multiplicando itens por caixa por número de caixas possíveis em um palete. Depois, dividimos a demanda
pelo resultado obtido. Observe:
SKU CMM Itens por caixa
Caixas por
palete
Itens por
palete
Posições de
armazenagem
FA4-500F-CHMX-BRA 151.125 5 75 375 403
CAN-C050-CPCT-PRE 337.500 30 50 1.500 225
CAN-C050-CPCT-AZU 337.500 30 50 1.500 225
CAN-C050-CPCT-VML 225.000 30 50 1.500 150
LAP-C072-FCAS-PRE 810.000 72 50 3.600 225
LAP-C144-FCAS-PRE 405.000 36 50 1.800 225
GPD-26M6-EASY-PRE 90.000 40 150 6.000 15
BOR-C020-MCUR-BRA 144.000 30 150 4.500 32
Total 1.500
Posteriormente, será feito o dimensionamento conforme demanda.
9
3. Estruturas de Armazenagem
Definimos uma estrutura porta-paletes convencional como sendo a mais adequada às nossas necessidades,
atentando à similaridade e quantidade de SKU trabalhados.
Níveis Piso + 4
Dimensões A6.00 X L2.30 X P1.00 metros
Capacidade por nível (Kg) 2.000
Capacidade total (Kg) 8.000
Paletes por nível 2 (Padrão PBR 1.00 x 1.20 metros)
Capacidade total (Paletes) 8 (Padrão PBR 1.00 x 1.20 metros)
Critérios: Seletividade
4. Aparelhos de Movimentação
A fim de evitar um ambiente de trabalho estressante, reduzir despezas e eliminar gargalos, determinamos
alguns aparelhos essencias para uma movimentação interna fluida e eficiente.
Classe Fabricante Modelo Tipo
Capacidade
(Kg)
Elevação (mm)
Empilhadeira
STILL
FM-X 20 Elétrica, Retrátil 2.500 13.000
RX 20-20P Elétrica 2.000 7.915
Transpalete ERX Elétrica 2.750 152
Selecionadora EK-X Elétrica, Vertical 1.200 12.000
5. Sistema de Gestão
A fim de otimizar a gestão do estoque e possibilitar novas formas de análise por meio da coleta intensiva de
dados para geração de relatórios, devemos fazer uso de um WMS. Alguns dos pontos mais interessantes de
sua utilização são o cross-docking, a otimização do Picking e a redução de movimentações.
WMS
ERP
CRMASE
Inventário
Picking
RFID
SEFAZ
10
6. Estrutura Organizacional
Por fim, definimos o organograma do Centro de Distribuição, mantendo o foco na operação logística.
Gerente de
Logística
Líder de Turno
Conferente
Recebimento
Auxiliar 1
Auxiliar 2
Selecionadora
Operador 1
Operador 2
Empilhadeira
Retrátil
Operador 1
Operador 2
Empilhadeira
Convencional
Operador 1
Operador 2
Conferente
Expedição
Auxiliar 1
Auxiliar 2
11
2
Implementação
Estrutura e atividades desenvolvidas
12
1. Dimensionamento
Sabendo que precisamos de 1500 posições de armazenagem no total, iremos agora calcular as estruturas
porta paletes necessárias, usando os dados técnicos de referência. Observe:
Posições de armazenagem 1500
Dimensões da estrutura A6.00 X L2.30 X P1.00
Níveis de armazenagem Piso + 4
Capacidade por nível 2
Capacidade total (Paletes) 8
Prédios desejados 2x5
Paletes por nível (total) 1500 ÷ 5 = 300
Estruturas necessárias 300 ÷ 2 = 150
Estruturas por prédio 150 ÷ 10 = 15
Comprimento do prédio (m) 15 × 2,3 = 34,5
Podemos, portanto, ter 5 estruturas duplas de 34,5m de comprimento. Agora, vamos realizar os demais
cálculos do CD.
1.1. Estruturas de Armazenagem
São 10 racks com 1m de profundidade cada, totalizando 10 metros de largura. Cada conjunto contém o rack
inicial + 14 complementares, totalizando 15 racks de 2,3 metros de comprimento cada. Ao todo, temos 34,5
metros de comprimento.
1.2. Corredores
Conforme lâmina técnica da empilhadeira elétrica Still modelo FM-X 20, a largura do corredor de dimensões
de carga pré-determinadas é de 2983mm (2,98m). Usaremos, portando, 3m para todos os corredores. São 6
corredores, totalizando 18 metros. O fundo também terá 3 metros de segurança.
1.3. Área de Conferência
Determinamos 8 metros de área de circulação, respeitando 1m de segurança em todos os lados, além de
considerar a área frontal de circulação das empilhadeiras. Temos, portanto, 208m² destinados à conferência.
1.4. Docas
Definimos 5 docas de recebimento e expedição, cada uma com 2,10m de largura e plataforma de carga de
1,5m de comprimento.
1.5. Planta Baixa
Reunidas as informações, podemos agora rascunhar nosso Centro de Distribuição. Usaremos a planta
disponível na próxima página para determinar e mapear fluxos operacionais, bem como criar e instalar
sinalizações visando a segurança dos colaboradores.
13
14
1. Estratégia de Armazenagem
Temos de facilitar a disposição dos itens de modo a atender critérios de popularidade, compatibilidade, etc.
Para facilitar o entendimento, vamos demonstrar a importância de cada SKU através da classificação ABC,
utilizando os cortes:
▪ A = 80%
▪ B = 90%
▪ C = 100%
SKU CMM Valor Un. Valor Total
%
Valor
Total
%
Acumulado
Classificação
LAP-C072-FCAS-PRE 810000 R$ 43,00 R$ 34.830.000,00 35,68% 35,68% A
FA4-500F-CHMX-BRA 151125 R$ 110,00 R$ 16.623.750,00 17,03% 52,71% A
LAP-C144-FCAS-PRE 405000 R$ 39,00 R$ 15.795.000,00 16,18% 68,89% A
CAN-C050-CPCT-PRE 337500 R$ 32,00 R$ 10.800.000,00 11,06% 79,96% A
CAN-C050-CPCT-AZU 337500 R$ 28,00 R$ 9.450.000,00 9,68% 89,64% B
CAN-C050-CPCT-VML 225000 R$ 28,00 R$ 6.300.000,00 6,45% 96,09% C
BOR-C020-MCUR-BRA 144000 R$ 14,00 R$ 2.016.000,00 2,07% 98,16% C
GPD-26M6-EASY-PRE 90000 R$ 20,00 R$ 1.800.000,00 1,84% 100,00% C
Total R$ 97.614.750,00 100%
15
2. Fluxo Operacional
Vamos agora fazer o detalhamento das atividades comuns de um armazém, de modo a garantir a
continuidade da operação. Tarefas bem definidas contribuem para a melhoria do nível de serviço e, por
consequências, reduzem custos.
2.1. Controle de Chegada de Veículos
Ao chegar à portaria, o veículo será encaminhado à doca planejada. O controle será feito por meio de um
formulário com toda a programação do dia.
Reserva
nº
Carga
Nº de
veículos
Hora Doca(s)
6:00
7:00
001 10 Paletes canetas compactor preta 1 8:00 1
002 10 Paletes lápis Faber-Castell Cx 72un 1 9:00 2
003 12 paletes papel A4 Chamex Cx 5 resmas branco 2 10:00 1 e 3
11:00
12:00
2.2. Processo de Recebimento
Na chegada do veículo à doca, os encarregados posicionam os calços e verificam outros detalhes da
segurança da operação. A partir daí, é retirada a carga, sendo realizada sua conferência, identificação e
triagem posterior.
2.3. Processo de Armazenagem
Após o recebimento, as mercadoria serão alocadas nos endereços obedecendo critérios de popularidade e
compatibilidade, favorecendo o picking. O saldo no sistema será atualizado e, caso seja necessária
movimentação para outro endereço, serão utilizados leitores a fim de manter registro das movimentações.
Nesta etapa também serão realizados os procedimentos visando avaliar a acuracidade do estoque.
2.4. Processo de Separação
Nesta etapa, será utilizada a coleta guiada por voz. Os itens e suas quantidades serão levados à conferência
e, depois, será realizada a expedição. Será também emitida a fatura para o cliente e/ou a Nota Fiscal.
2.5. Processo de Expedição
Após a separação, será realizada nova conferência, além de acumulação e/ou embalagem. Caso a quantidade
não seja suficiente para a formação de um palete, as mercadorias poderão ser acomodadas diretamente no
veículo.
16
Início
Recebimento
Mercadoria
Conferênciae
Identificação
Mercadoria OK? Não Registro N.C.
Devolução ao
Fornecedor
Acompanhamento
Sim
ConferênciaN.F.
Divergências? Sim
Contato com
Fornecedor
Correção e
Faturamento
Não
Endereçamento e
Armazenagem
Entrada do Pedido Em Estoque?
Sim
Separação
Preparação Pedido
Emissão N.F.
Embalagem
Consolidação
Expedição
Acompanhamento
Fim
Não Contato Fornecedor
Emissão O.C.
Acompanhamento
17
3. Segurança no Trabalho
Visando assegurar a integridade física de nossos colaboradores, definimos alguns equipamentos de
segurança inviduais e coletivos, além da sinalização adequada.
3.1. Equipamentos de Proteção Individual
Aplicados quando não for possível neutralizar o risco por meio de medidas de prevenção coletiva. São
obrigações dos colaboradores:
▪ Utilizar os equipamentos quando requerido;
▪ Guardar e conserva-lo responsávelmente;
▪ Comunicar falhas e quebras que o inutilizem;
Para este projeto, foi definido:
Equipamento Finalidade
Capacete
Proteção contra queda de objetos e impactos em
objetos móveis.
Protetor de Lombar
Diminui a tensão em esforços repetitivos como levantar
a movimentar de cargas.
Luvas
Prevenção de calos e lesões provenientes de queda e
fricção.
Calçado de Segurança Proteção contra objetos que possam atingir os pés.
Óculos de Segurança
Proteção contra fragmentos e/ou objetos que possam
atingir os olhos.
3.2. Equipamentos de Proteção Coletiva
Neutraliza o risco na fonte, atuando na prevenção de ações ou condições inseguras, além de servir também
para uso coletivo. Para este projeto, definimos:
▪ Extintores de incêndio
▪ Fitas zebradas
▪ Placas de advertência
▪ Kit de primeiros socorros
▪ Luzes de Operação
18
3
Controle
Qualidade e Melhoria Contínua
19
1. Metodologias de Gestão
Qualidade, termo anteriormente usado apenas para definir conformidade às especificações, hoje define
satisfação do cliente e dos stakeholders. Melhoria contínua depende não apenas da coleta e análise de
informações, mas também do envolvimento assíduo dos gestores, bem como a correta atribuição de
funções. Para este projeto, consideramos algumas metodologias que irão nos ajudar a alcançar os
resultados desejados:
1.1. 5s
De origem japonesa, os 5s dizem respeito a 5 passos para melhorar a aparência e organização no ambiente
de trabalho. São eles:
▪ SEIRI (senso de organização e senso de utilização)
▪ SETON (senso de arrumação e ordenação)
▪ SEISO (senso de Limpeza)
▪ SEIKETSU (senso de padronização)
▪ SHITSUKE (senso de disciplina)
Os 5s criam um senso de pertencimento nos colaboradores, gerando pequenas melhorias localizadas.
1.2. PDCA/SDCA
Envolve quatro etapas, sejam elas:
▪ Plan (Planejar): Planejamento, análise dos riscos e variáveis do projeto
▪ Do (Fazer): Etapa de implementação e atribuição (o que, quem e quando será feito)
▪ Check (Verificar): Verificação da aplicação das medidas
▪ Action (Ação): Caso volte o problema, toma-se as medidas necessárias para correção
Cada vez que se chega na etapa Ação, retornamos a uma nova etapa de Planejamento.
1.3. Ágil
Normalmente aplicado ao setor de Tecnologia, o Agile Project Management visa aumentar a velocidade dos
processos, fracionando as etapas de grandes trabalhos em ciclos menores. Na logística, um supervisor
dedica painéis específicos para controle de estoque, gerenciamento do armazém, compras, relatórios e
afins.
1.4. Kanban
Consiste na gestão das etapas de maneira visual e segmentada em colunas, indicando ao gestor o que ele
fará durante a semana. Normalmente, é organizado da seguinte maneira:
▪ A fazer: tudo que tem para ser feito;
▪ Hoje: tudo que deve ser feito hoje;
▪ Em andamento: tarefas em progresso ou já delegadas para outros funcionários;
▪ Concluídas: etapas finalizadas
20
2. Indicadores de desempenho
O monitoramento e análise de resultados obtidos é parte essencial da gestão estratégica de uma empresa.
São quatro os principais tipos de KPI: capacidade, produtividade, qualidade e estratégico. Para este projeto,
definimos:
2.1. Utilização dos equipamentos de movimentação
Mede a utilização dos equipamentos disponíveis em uma operação de movimentação e armazenagem.
Vamos supor que o CD opere das 9 às 18h e, em um dia comum, dediquemos 6 horas para operações de
movimentação e armazenagem em geral. Assim, temos:
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑠𝑜
𝑥 100
6
8
𝑥 100 = 75%
2.2. Acuracidade do inventário
Corresponde à diferença entre o estoque físico e a informação contábil de estoques.
Vamos supor que, para o item LAP-C144-FCAS-PRE, temos 405.000 como informação contábil. Suponhamos
também que, para o mesmo SKU, temos 404.790 como estoque físico. Assim, tem-se:
𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑆𝐾𝑈
𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙
𝑥 100
404790
405000
𝑥 100 = 94,81%
2.3. Utilização da capacidade de estocagem
Mede a utilização volumétrica ou do número de posições de armazenagem.
Considerando nossa estrutura de armazenagem, temos 1500 posições de armazenagem. São 2m de altura
disponíveis para cada nível, com exceção do mais elevado, que é livre. A Área da base de um palete PBR é
de 1,2m. Logo, a capacidade total de armazenagem será dada por:
1,2 × 2 = 2,4 × 1500 = 3600 𝑚³
Agora, vamos relembrar a altura de empilhamento de cada SKU para termos a ocupação média em m³.
Observe:
SKU Altura (m)
FA4-500F-CHMX-BRA 1,20
CAN-C050-CPCT-PRE 1,50
CAN-C050-CPCT-AZU 1,50
CAN-C050-CPCT-VML 1,50
SKU Altura (m)
LAP-C072-FCAS-PRE 1,50
LAP-C144-FCAS-PRE 1,50
GPD-26M6-EASY-PRE 1,50
BOR-C020-MCUR-BRA 1,50
A altura média será de 1,46m. A ocupação média, em m³, será dada por:
1,2 × 1,46 = 1,75 × 1500 = 2625 𝑚³
21
Assim, temos que:
𝑂𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑚³
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚
𝑥 100
2625 𝑚³
3000 𝑚³
𝑥 100 = 87,5%
Os KPI’s sã t bé x l t s t s d u çã g z l. É t vés d l qu s
empresas podem compartilhar o desenvolvimento das equipes nos mais diversos setores hierárquicos.
2.4. Tempo médio de carga/descarga
Evidencia o tempo de permanência de veículos de transporte nas docas.
Usando como referência o controle de chegada de veículos, podemos perceber que, às 8:00, a doca 1 está
vinculada a reserva 001 e, às 10:00, está atrelada a uma nova reserva. Com isso, temos que:
𝐻𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑎í𝑑𝑎 − 𝐻𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 10 − 8 = 2ℎ
Assim, podemos fazer o seguinte:
Reserva nº
Nº de
veículos
Hora
Entrada
Hora Saída Doca(s) Tempo (Horas)
Tempo Médio
(Horas)
6:00
7:00
001 1 8:00 10:00 1 2 2
002 1 9:00 11:00 2 2 2
003 2 10:00 14:00 1 e 3 4 2,66
11:00
12:00
Total 2,22
O tempo médio é de 2,22 horas, o equivalente a 2 horas e 13 minutos.
3. Balanced Scorecard
O acompanhamento de indicadores para todos os processos pode comprometer a tomada de decisão dos
gestores, dada a densidade e complexidade das informações coletadas. O Balanced Scorecard reúne e
facilita a análise estratégica para possibilitar a rápida absorção do conteúdo. Consiste em 4 pespectivas
principais:
Processos Internos Financeira Aprendizado Cliente
Produtividade
Não-conformidades
Acidentes
Perdas e avarias
Inventário
Movimentação
Retenção de funcionários
Desempenho das equipes
Satisfação geral
Taxa de retorno
Escolhidos os indicadores-chave, teremos metas as quais buscaremos atingir. Também será definida a
variação aceitável do desempenho, a fim de controlar os recursos alocados nestas atividades.
22
“O que não pode ser medido, não pode
ser gerenciado.
William Edwards Deming
”
23
Referências
Nogueira, Amarildo de Souza. Logística Empresarial. Vol. 2. São Paulo: Atlas Ltda., 2018.
Oliveira, Wallace. KPI: saiba o que são indicadores de desempenho empresarial e conheça os principais tipos.
22 de Outubro de 2018. https://www.heflo.com/pt-br/melhoria-processos/indicadores-de-
desempenho-kpi/ (acesso em 12 de Junho de 2020).
Portal Educação. O produto - Logística empresarial. 1 de Fevereiro de 2013.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/o-produto-logistica-
empresarial/31613 (acesso em 12 de Junho de 2020).
Schonardie, Evandro. Implantação do Balanced Scorecard na Logística. 28 de Agosto de 2007.
https://administradores.com.br/artigos/implantacao-do-balanced-scorecard-na-logistica (acesso em
12 de Junho de 2020).
SEBRAE. Estoque e logística: a embalagem no e-commerce. s.d.
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/estoque-e-logistica-a-embalagem-no-e-
commerce,49d99e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD (acesso em 13 de Junho de 2020).
SEST/SENAT. Administração de Materiais. Brasília: EaD, 2016.
—. Embalagem e Armazenagem de Cargas. Brasília: EaD, 2016.
—. Normas para a Movimentação e Armazenagem de Cargas. Brasília: EaD, 2016.

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  • 1. PROJETO INTEGRADOR II Definição de Estrutura para Operações de Armazenagem e Suprimentos Senac RJ | Técnico Em Logística
  • 2. 2 Sumário Apresentação............................................................................................................................................. 4 Planejamento ................................................................................................................................................ 5 1. Produtos ............................................................................................................................................ 6 1.1. Acondicionamento ......................................................................................................................... 6 1.2. Paletização..................................................................................................................................... 7 2. Posições de Armazenagem................................................................................................................. 8 3. Estruturas de Armazenagem .............................................................................................................. 9 4. Aparelhos de Movimentação.............................................................................................................. 9 5. Sistema de Gestão.............................................................................................................................. 9 6. Estrutura Organizacional ...................................................................................................................10 Implementação.............................................................................................................................................11 1. Dimensionamento.............................................................................................................................12 1.1. Estruturas de Armazenagem..........................................................................................................12 1.2. Corredores ....................................................................................................................................12 1.3. Área de Conferência......................................................................................................................12 1.4. Docas ............................................................................................................................................12 1.5. Planta Baixa...................................................................................................................................12 1. Estratégia de Armazenagem..............................................................................................................14 2. Fluxo Operacional .............................................................................................................................15 2.1. Controle de Chegada de Veículos...................................................................................................15 2.2. Processo de Recebimento..............................................................................................................15 2.3. Processo de Armazenagem............................................................................................................15 2.4. Processo de Separação..................................................................................................................15 2.5. Processo de Expedição ..................................................................................................................15 3. Segurança no Trabalho......................................................................................................................17 3.1. Equipamentos de Proteção Individual............................................................................................17 3.2. Equipamentos de Proteção Coletiva ..............................................................................................17 Controle .......................................................................................................................................................18 1. Metodologias de Gestão ...................................................................................................................19 1.1. 5s ..................................................................................................................................................19 1.2. PDCA/SDCA ...................................................................................................................................19 1.3. Ágil................................................................................................................................................19 1.4. Kanban..........................................................................................................................................19 2. Indicadores de desempenho .............................................................................................................20 2.1. Utilização dos equipamentos de movimentação............................................................................20
  • 3. 3 2.2. Acuracidade do inventário.............................................................................................................20 2.3. Utilização da capacidade de estocagem.........................................................................................20 2.4. Tempo médio de carga/descarga...................................................................................................21 3. Balanced Scorecard...........................................................................................................................21 Referências...............................................................................................................................................23
  • 4. 4 Apresentação Este documento foi organizado em 3 unidades e tem por finalidade apresentar os estudos realizados para o dimensionamento dos recursos materiais, tecnológicos e humanos necessários às operações de armazenagem de um pequeno armazém. Todos os dados são fictícios e foram criados para possibilitar o desenvolvimento do conteúdo e facilitar o entendimento. INTRODUÇÃO Sediado em Cajamar - SP, às margens da Rodovia Presidente Dutra, nosso Centro de Distribuição usufrui de localização estratégica no eixo Rio x São Paulo, atendendo com eficiência e rapidez quinze lojas na região Sudeste, sendo cinco no RJ e dez em SP. MISSÃO Atuar como solução logística de alta performance, simplificando processos com segurança e qualidade, satisfazendo os stakeholders a fim de assegurar a longevitude da empresa. VISÃO Ser referência em soluções logísticas de armazenagem nos setores em que atuamos. VALORES Responsabilidade, Integridade, Qualidade, Segurança e Melhoria Contínua. Uma logística eficiente valoriza a obtenção e análise de dados, a melhoria contínua de processos e capacitação dos colaboradores. Assim sendo, serão abordados assuntos como planejamento, metodologias de gestão e indicadores de desempenho, a fim de otimizar a estrutura funcional e física da empresa. Boa leitura! Integrantes: Fabrício S. Barbosa Johnattas Marques José Jonathan Kevin Souza Rodrigo Silva Tharcio Silva Wallace Valério Orientação: Prof. Marcus Vinicius
  • 6. 6 1. Produtos Definimos 8 itens pertencentes à categoria de papelaria e materiais de escritório, além de suas especificações. Definimos 8 itens pertencentes à categoria de papelaria e materiais de escritório, além de suas especificações. Veja: SKU Produto Dim. Embalagem Peso (Kg) FA4-500F-CHMX-BRA Papel A4 75g 500 folhas Branco Chamex 22 x 30 x 4,8 1,87 CAN-C050-CPCT-PRE Caneta Esferográfica Preto 50 unidades Compactor 8 x 8 x 15 0,2 CAN-C050-CPCT-AZU Caneta Esferográfica Azul 50 unidades Compactor 8 x 8 x 15 0,2 CAN-C050-CPCT-VML Caneta Esferográfica Vermelho 50 unidades Compactor 8 x 8 x 15 0,2 LAP-C072-FCAS-PRE Lapis Preto 72 unidades Faber-Castell 9 x 4,5 x 18 0,2 LAP-C144-FCAS-PRE Lápis Preto 144 unidades Faber-Castell 9 x 9 x 18 0,4 GPD-26M6-EASY-PRE Grampeador 26/6 Preto EasyOffice 15 x 4 x 5 0,15 BOR-C020-MCUR-BRA Borracha Branca CX 20UN Mercur 10 x 8 x 4 0,4 1.1. Acondicionamento Nossa operação visa atender à rede de lojas e ao e-commerce. As caixas, portanto, deverão ter dimensões e peso que possibilite o manuseio com pouco ou nenhum esforço. Observe que o item FA4-C005-CHMX- BRA consiste numa embalagem autoexpositiva e, assim sendo, iremos trabalhar com as dimensões do próprio produto. SKU Embalagem Peso (Kg) Cx. Envio Qtde. Intens Peso Total (Kg) FA4-500F-CHMX-BRA 22 x 30 x 4,8 1,87 22,7 x 32 x 24 5 10 CAN-C050-CPCT-PRE 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6 CAN-C050-CPCT-AZU 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6 CAN-C050-CPCT-VML 8 x 8 x 15 0,2 40 x 30 x 30 30 6 LAP-C072-FCAS-PRE 9 x 4,5 x 18 0,2 40 x 30 x 30 72 14,4 LAP-C144-FCAS-PRE 9 x 9 x 18 0,4 40 x 30 x 30 36 14,4 GPD-26M6-EASY-PRE 15 x 4 x 5 0,15 40 x 30 x 10 40 6 BOR-C020-MCUR-BRA 10 x 8 x 4 0,4 40 x 30 x 10 30 12 Observe que alteramos a orientação de alguns produtos, como é o caso do item CAN-C050-CPCT-PRE. Sua embalagem tem altura de 15 cm, e sendo 15 submúltiplo de 30, podemos posiciona-las deitadas em uma caixa de dimensões 40 x 30 x 30.
  • 7. 7 Cenário Largura (cm) Comprimento (cm) Altura (cm) Qtde. de Itens 1 30 ÷ 15 = 2 40 ÷ 8 = 5 25 ÷ 8 = 3,1 2 × 5 × 3 = 30 2 30 ÷ 8 = 3,75 40 ÷ 8 = 5 25 ÷ 15 = 1,6 3 × 5 × 1 = 15 1.2. Paletização Tendo em mãos as especificações dos produtos, montaremos agora um palete padrão PBR, empilhando as caixas no modelo h-mirrored para máximo aproveitamento da superfície e aumento da estabilidade da coluna. Alguns itens ainda terão de ser empilhados de forma paralela. Exemplo VistaSuperiorVistalateral 100 cm 120 cm Alguns critérios foram definidos nessa etapa, sejam eles: ▪ Altura máxima de empilhamento: 175cm (já descontada a altura do palete) ▪ Surface Usage mínimo: 92% ▪ Volume Usage mínimo: 60%
  • 8. 8 SKU Cx. envio Peso Cx (Kg) Lastro Num. Lastros Total Cx. Peso Total (Kg) Altura (m) FA4-500F-CHMX-BRA 22,7 x 32 x 24 10 15 5 75 750 1,20 CAN-C050-CPCT-PRE 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50 CAN-C050-CPCT-AZU 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50 CAN-C050-CPCT-VML 40 x 30 x 30 6 10 5 50 300 1,50 LAP-C072-FCAS-PRE 40 x 30 x 30 14,4 10 5 50 720 1,50 LAP-C144-FCAS-PRE 40 x 30 x 30 14,4 10 5 50 720 1,50 GPD-26M6-EASY-PRE 40 x 30 x 10 6 10 15 150 900 1,50 BOR-C020-MCUR-BRA 40 x 30 x 10 12 10 15 150 1800 1,50 2. Posições de Armazenagem Reunimos abaixo dados da demanda média mensal de cada produto. Para determinar quantas posições de armazenagem serão necessárias para cada SKU, precisamos saber quantos itens há em cada palete, multiplicando itens por caixa por número de caixas possíveis em um palete. Depois, dividimos a demanda pelo resultado obtido. Observe: SKU CMM Itens por caixa Caixas por palete Itens por palete Posições de armazenagem FA4-500F-CHMX-BRA 151.125 5 75 375 403 CAN-C050-CPCT-PRE 337.500 30 50 1.500 225 CAN-C050-CPCT-AZU 337.500 30 50 1.500 225 CAN-C050-CPCT-VML 225.000 30 50 1.500 150 LAP-C072-FCAS-PRE 810.000 72 50 3.600 225 LAP-C144-FCAS-PRE 405.000 36 50 1.800 225 GPD-26M6-EASY-PRE 90.000 40 150 6.000 15 BOR-C020-MCUR-BRA 144.000 30 150 4.500 32 Total 1.500 Posteriormente, será feito o dimensionamento conforme demanda.
  • 9. 9 3. Estruturas de Armazenagem Definimos uma estrutura porta-paletes convencional como sendo a mais adequada às nossas necessidades, atentando à similaridade e quantidade de SKU trabalhados. Níveis Piso + 4 Dimensões A6.00 X L2.30 X P1.00 metros Capacidade por nível (Kg) 2.000 Capacidade total (Kg) 8.000 Paletes por nível 2 (Padrão PBR 1.00 x 1.20 metros) Capacidade total (Paletes) 8 (Padrão PBR 1.00 x 1.20 metros) Critérios: Seletividade 4. Aparelhos de Movimentação A fim de evitar um ambiente de trabalho estressante, reduzir despezas e eliminar gargalos, determinamos alguns aparelhos essencias para uma movimentação interna fluida e eficiente. Classe Fabricante Modelo Tipo Capacidade (Kg) Elevação (mm) Empilhadeira STILL FM-X 20 Elétrica, Retrátil 2.500 13.000 RX 20-20P Elétrica 2.000 7.915 Transpalete ERX Elétrica 2.750 152 Selecionadora EK-X Elétrica, Vertical 1.200 12.000 5. Sistema de Gestão A fim de otimizar a gestão do estoque e possibilitar novas formas de análise por meio da coleta intensiva de dados para geração de relatórios, devemos fazer uso de um WMS. Alguns dos pontos mais interessantes de sua utilização são o cross-docking, a otimização do Picking e a redução de movimentações. WMS ERP CRMASE Inventário Picking RFID SEFAZ
  • 10. 10 6. Estrutura Organizacional Por fim, definimos o organograma do Centro de Distribuição, mantendo o foco na operação logística. Gerente de Logística Líder de Turno Conferente Recebimento Auxiliar 1 Auxiliar 2 Selecionadora Operador 1 Operador 2 Empilhadeira Retrátil Operador 1 Operador 2 Empilhadeira Convencional Operador 1 Operador 2 Conferente Expedição Auxiliar 1 Auxiliar 2
  • 12. 12 1. Dimensionamento Sabendo que precisamos de 1500 posições de armazenagem no total, iremos agora calcular as estruturas porta paletes necessárias, usando os dados técnicos de referência. Observe: Posições de armazenagem 1500 Dimensões da estrutura A6.00 X L2.30 X P1.00 Níveis de armazenagem Piso + 4 Capacidade por nível 2 Capacidade total (Paletes) 8 Prédios desejados 2x5 Paletes por nível (total) 1500 ÷ 5 = 300 Estruturas necessárias 300 ÷ 2 = 150 Estruturas por prédio 150 ÷ 10 = 15 Comprimento do prédio (m) 15 × 2,3 = 34,5 Podemos, portanto, ter 5 estruturas duplas de 34,5m de comprimento. Agora, vamos realizar os demais cálculos do CD. 1.1. Estruturas de Armazenagem São 10 racks com 1m de profundidade cada, totalizando 10 metros de largura. Cada conjunto contém o rack inicial + 14 complementares, totalizando 15 racks de 2,3 metros de comprimento cada. Ao todo, temos 34,5 metros de comprimento. 1.2. Corredores Conforme lâmina técnica da empilhadeira elétrica Still modelo FM-X 20, a largura do corredor de dimensões de carga pré-determinadas é de 2983mm (2,98m). Usaremos, portando, 3m para todos os corredores. São 6 corredores, totalizando 18 metros. O fundo também terá 3 metros de segurança. 1.3. Área de Conferência Determinamos 8 metros de área de circulação, respeitando 1m de segurança em todos os lados, além de considerar a área frontal de circulação das empilhadeiras. Temos, portanto, 208m² destinados à conferência. 1.4. Docas Definimos 5 docas de recebimento e expedição, cada uma com 2,10m de largura e plataforma de carga de 1,5m de comprimento. 1.5. Planta Baixa Reunidas as informações, podemos agora rascunhar nosso Centro de Distribuição. Usaremos a planta disponível na próxima página para determinar e mapear fluxos operacionais, bem como criar e instalar sinalizações visando a segurança dos colaboradores.
  • 13. 13
  • 14. 14 1. Estratégia de Armazenagem Temos de facilitar a disposição dos itens de modo a atender critérios de popularidade, compatibilidade, etc. Para facilitar o entendimento, vamos demonstrar a importância de cada SKU através da classificação ABC, utilizando os cortes: ▪ A = 80% ▪ B = 90% ▪ C = 100% SKU CMM Valor Un. Valor Total % Valor Total % Acumulado Classificação LAP-C072-FCAS-PRE 810000 R$ 43,00 R$ 34.830.000,00 35,68% 35,68% A FA4-500F-CHMX-BRA 151125 R$ 110,00 R$ 16.623.750,00 17,03% 52,71% A LAP-C144-FCAS-PRE 405000 R$ 39,00 R$ 15.795.000,00 16,18% 68,89% A CAN-C050-CPCT-PRE 337500 R$ 32,00 R$ 10.800.000,00 11,06% 79,96% A CAN-C050-CPCT-AZU 337500 R$ 28,00 R$ 9.450.000,00 9,68% 89,64% B CAN-C050-CPCT-VML 225000 R$ 28,00 R$ 6.300.000,00 6,45% 96,09% C BOR-C020-MCUR-BRA 144000 R$ 14,00 R$ 2.016.000,00 2,07% 98,16% C GPD-26M6-EASY-PRE 90000 R$ 20,00 R$ 1.800.000,00 1,84% 100,00% C Total R$ 97.614.750,00 100%
  • 15. 15 2. Fluxo Operacional Vamos agora fazer o detalhamento das atividades comuns de um armazém, de modo a garantir a continuidade da operação. Tarefas bem definidas contribuem para a melhoria do nível de serviço e, por consequências, reduzem custos. 2.1. Controle de Chegada de Veículos Ao chegar à portaria, o veículo será encaminhado à doca planejada. O controle será feito por meio de um formulário com toda a programação do dia. Reserva nº Carga Nº de veículos Hora Doca(s) 6:00 7:00 001 10 Paletes canetas compactor preta 1 8:00 1 002 10 Paletes lápis Faber-Castell Cx 72un 1 9:00 2 003 12 paletes papel A4 Chamex Cx 5 resmas branco 2 10:00 1 e 3 11:00 12:00 2.2. Processo de Recebimento Na chegada do veículo à doca, os encarregados posicionam os calços e verificam outros detalhes da segurança da operação. A partir daí, é retirada a carga, sendo realizada sua conferência, identificação e triagem posterior. 2.3. Processo de Armazenagem Após o recebimento, as mercadoria serão alocadas nos endereços obedecendo critérios de popularidade e compatibilidade, favorecendo o picking. O saldo no sistema será atualizado e, caso seja necessária movimentação para outro endereço, serão utilizados leitores a fim de manter registro das movimentações. Nesta etapa também serão realizados os procedimentos visando avaliar a acuracidade do estoque. 2.4. Processo de Separação Nesta etapa, será utilizada a coleta guiada por voz. Os itens e suas quantidades serão levados à conferência e, depois, será realizada a expedição. Será também emitida a fatura para o cliente e/ou a Nota Fiscal. 2.5. Processo de Expedição Após a separação, será realizada nova conferência, além de acumulação e/ou embalagem. Caso a quantidade não seja suficiente para a formação de um palete, as mercadorias poderão ser acomodadas diretamente no veículo.
  • 16. 16 Início Recebimento Mercadoria Conferênciae Identificação Mercadoria OK? Não Registro N.C. Devolução ao Fornecedor Acompanhamento Sim ConferênciaN.F. Divergências? Sim Contato com Fornecedor Correção e Faturamento Não Endereçamento e Armazenagem Entrada do Pedido Em Estoque? Sim Separação Preparação Pedido Emissão N.F. Embalagem Consolidação Expedição Acompanhamento Fim Não Contato Fornecedor Emissão O.C. Acompanhamento
  • 17. 17 3. Segurança no Trabalho Visando assegurar a integridade física de nossos colaboradores, definimos alguns equipamentos de segurança inviduais e coletivos, além da sinalização adequada. 3.1. Equipamentos de Proteção Individual Aplicados quando não for possível neutralizar o risco por meio de medidas de prevenção coletiva. São obrigações dos colaboradores: ▪ Utilizar os equipamentos quando requerido; ▪ Guardar e conserva-lo responsávelmente; ▪ Comunicar falhas e quebras que o inutilizem; Para este projeto, foi definido: Equipamento Finalidade Capacete Proteção contra queda de objetos e impactos em objetos móveis. Protetor de Lombar Diminui a tensão em esforços repetitivos como levantar a movimentar de cargas. Luvas Prevenção de calos e lesões provenientes de queda e fricção. Calçado de Segurança Proteção contra objetos que possam atingir os pés. Óculos de Segurança Proteção contra fragmentos e/ou objetos que possam atingir os olhos. 3.2. Equipamentos de Proteção Coletiva Neutraliza o risco na fonte, atuando na prevenção de ações ou condições inseguras, além de servir também para uso coletivo. Para este projeto, definimos: ▪ Extintores de incêndio ▪ Fitas zebradas ▪ Placas de advertência ▪ Kit de primeiros socorros ▪ Luzes de Operação
  • 19. 19 1. Metodologias de Gestão Qualidade, termo anteriormente usado apenas para definir conformidade às especificações, hoje define satisfação do cliente e dos stakeholders. Melhoria contínua depende não apenas da coleta e análise de informações, mas também do envolvimento assíduo dos gestores, bem como a correta atribuição de funções. Para este projeto, consideramos algumas metodologias que irão nos ajudar a alcançar os resultados desejados: 1.1. 5s De origem japonesa, os 5s dizem respeito a 5 passos para melhorar a aparência e organização no ambiente de trabalho. São eles: ▪ SEIRI (senso de organização e senso de utilização) ▪ SETON (senso de arrumação e ordenação) ▪ SEISO (senso de Limpeza) ▪ SEIKETSU (senso de padronização) ▪ SHITSUKE (senso de disciplina) Os 5s criam um senso de pertencimento nos colaboradores, gerando pequenas melhorias localizadas. 1.2. PDCA/SDCA Envolve quatro etapas, sejam elas: ▪ Plan (Planejar): Planejamento, análise dos riscos e variáveis do projeto ▪ Do (Fazer): Etapa de implementação e atribuição (o que, quem e quando será feito) ▪ Check (Verificar): Verificação da aplicação das medidas ▪ Action (Ação): Caso volte o problema, toma-se as medidas necessárias para correção Cada vez que se chega na etapa Ação, retornamos a uma nova etapa de Planejamento. 1.3. Ágil Normalmente aplicado ao setor de Tecnologia, o Agile Project Management visa aumentar a velocidade dos processos, fracionando as etapas de grandes trabalhos em ciclos menores. Na logística, um supervisor dedica painéis específicos para controle de estoque, gerenciamento do armazém, compras, relatórios e afins. 1.4. Kanban Consiste na gestão das etapas de maneira visual e segmentada em colunas, indicando ao gestor o que ele fará durante a semana. Normalmente, é organizado da seguinte maneira: ▪ A fazer: tudo que tem para ser feito; ▪ Hoje: tudo que deve ser feito hoje; ▪ Em andamento: tarefas em progresso ou já delegadas para outros funcionários; ▪ Concluídas: etapas finalizadas
  • 20. 20 2. Indicadores de desempenho O monitoramento e análise de resultados obtidos é parte essencial da gestão estratégica de uma empresa. São quatro os principais tipos de KPI: capacidade, produtividade, qualidade e estratégico. Para este projeto, definimos: 2.1. Utilização dos equipamentos de movimentação Mede a utilização dos equipamentos disponíveis em uma operação de movimentação e armazenagem. Vamos supor que o CD opere das 9 às 18h e, em um dia comum, dediquemos 6 horas para operações de movimentação e armazenagem em geral. Assim, temos: 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑠𝑜 𝑥 100 6 8 𝑥 100 = 75% 2.2. Acuracidade do inventário Corresponde à diferença entre o estoque físico e a informação contábil de estoques. Vamos supor que, para o item LAP-C144-FCAS-PRE, temos 405.000 como informação contábil. Suponhamos também que, para o mesmo SKU, temos 404.790 como estoque físico. Assim, tem-se: 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑆𝐾𝑈 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑥 100 404790 405000 𝑥 100 = 94,81% 2.3. Utilização da capacidade de estocagem Mede a utilização volumétrica ou do número de posições de armazenagem. Considerando nossa estrutura de armazenagem, temos 1500 posições de armazenagem. São 2m de altura disponíveis para cada nível, com exceção do mais elevado, que é livre. A Área da base de um palete PBR é de 1,2m. Logo, a capacidade total de armazenagem será dada por: 1,2 × 2 = 2,4 × 1500 = 3600 𝑚³ Agora, vamos relembrar a altura de empilhamento de cada SKU para termos a ocupação média em m³. Observe: SKU Altura (m) FA4-500F-CHMX-BRA 1,20 CAN-C050-CPCT-PRE 1,50 CAN-C050-CPCT-AZU 1,50 CAN-C050-CPCT-VML 1,50 SKU Altura (m) LAP-C072-FCAS-PRE 1,50 LAP-C144-FCAS-PRE 1,50 GPD-26M6-EASY-PRE 1,50 BOR-C020-MCUR-BRA 1,50 A altura média será de 1,46m. A ocupação média, em m³, será dada por: 1,2 × 1,46 = 1,75 × 1500 = 2625 𝑚³
  • 21. 21 Assim, temos que: 𝑂𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑚³ 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑥 100 2625 𝑚³ 3000 𝑚³ 𝑥 100 = 87,5% Os KPI’s sã t bé x l t s t s d u çã g z l. É t vés d l qu s empresas podem compartilhar o desenvolvimento das equipes nos mais diversos setores hierárquicos. 2.4. Tempo médio de carga/descarga Evidencia o tempo de permanência de veículos de transporte nas docas. Usando como referência o controle de chegada de veículos, podemos perceber que, às 8:00, a doca 1 está vinculada a reserva 001 e, às 10:00, está atrelada a uma nova reserva. Com isso, temos que: 𝐻𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑎í𝑑𝑎 − 𝐻𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 10 − 8 = 2ℎ Assim, podemos fazer o seguinte: Reserva nº Nº de veículos Hora Entrada Hora Saída Doca(s) Tempo (Horas) Tempo Médio (Horas) 6:00 7:00 001 1 8:00 10:00 1 2 2 002 1 9:00 11:00 2 2 2 003 2 10:00 14:00 1 e 3 4 2,66 11:00 12:00 Total 2,22 O tempo médio é de 2,22 horas, o equivalente a 2 horas e 13 minutos. 3. Balanced Scorecard O acompanhamento de indicadores para todos os processos pode comprometer a tomada de decisão dos gestores, dada a densidade e complexidade das informações coletadas. O Balanced Scorecard reúne e facilita a análise estratégica para possibilitar a rápida absorção do conteúdo. Consiste em 4 pespectivas principais: Processos Internos Financeira Aprendizado Cliente Produtividade Não-conformidades Acidentes Perdas e avarias Inventário Movimentação Retenção de funcionários Desempenho das equipes Satisfação geral Taxa de retorno Escolhidos os indicadores-chave, teremos metas as quais buscaremos atingir. Também será definida a variação aceitável do desempenho, a fim de controlar os recursos alocados nestas atividades.
  • 22. 22 “O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado. William Edwards Deming ”
  • 23. 23 Referências Nogueira, Amarildo de Souza. Logística Empresarial. Vol. 2. São Paulo: Atlas Ltda., 2018. Oliveira, Wallace. KPI: saiba o que são indicadores de desempenho empresarial e conheça os principais tipos. 22 de Outubro de 2018. https://www.heflo.com/pt-br/melhoria-processos/indicadores-de- desempenho-kpi/ (acesso em 12 de Junho de 2020). Portal Educação. O produto - Logística empresarial. 1 de Fevereiro de 2013. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/o-produto-logistica- empresarial/31613 (acesso em 12 de Junho de 2020). Schonardie, Evandro. Implantação do Balanced Scorecard na Logística. 28 de Agosto de 2007. https://administradores.com.br/artigos/implantacao-do-balanced-scorecard-na-logistica (acesso em 12 de Junho de 2020). SEBRAE. Estoque e logística: a embalagem no e-commerce. s.d. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/estoque-e-logistica-a-embalagem-no-e- commerce,49d99e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD (acesso em 13 de Junho de 2020). SEST/SENAT. Administração de Materiais. Brasília: EaD, 2016. —. Embalagem e Armazenagem de Cargas. Brasília: EaD, 2016. —. Normas para a Movimentação e Armazenagem de Cargas. Brasília: EaD, 2016.