SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 65
Baixar para ler offline
PATRICK PIRES ALVIM
GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA
DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO
Trabalho apresentado ao curso MBA em
Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato
sensu, Nível de Especialização, do Programa
FGV Management da Fundação Getulio
Vargas, como pré-requisito para a obtenção do
Titulo de Especialista.
Edmarson Bacelar Mota
Coordenador Acadêmico Executivo
MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa
Orientador
Ipatinga – MG
2013
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
O Trabalho de Conclusão de Curso
Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a
incêndio
elaborado por Patrick Pires Alvim e aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como
pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em
Gerenciamento de Projetos, Nível de Especialização, do Programa FGV Management.
Data da Aprovação: Ipatinga, 19 de novembro de 2013.
Edmarson Bacelar Mota
Coordenador Acadêmico Executivo
MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa
Orientador
TERMO DE COMPROMISSO
O aluno Patrick Pires Alvim, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de
Projetos, Turma GP04-Ipatinga do Programa FGV Management, realizado nas dependências
da instituição conveniada Target Business School (TBS), no período de 28/11/2011 a
20/09/2013, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado
Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio,
é autêntico e original.
Ipatinga, 19 de novembro de 2013.
Patrick Pires Alvim
Primeiramente a Deus, para meus pais, namorada, amigos e professores.
RESUMO
Neste trabalho foi realizado o estudo e análise do Gerenciamento do Escopo de Projeto de
Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio de uma empresa de grande porte do setor
siderúrgico nacional. Após uma revisão bibliográfica do tema abordado, foi realizada toda a
coleta dos dados dos documentos do projeto, em especial a Declaração do escopo do projeto e
dos processos do gerenciamento do projeto utilizados, visando identificar as causas das
indefinições no escopo do produto e do projeto e das mudanças ocorridas.
Palavras Chave: Gerenciamento do Escopo de Projeto; Sistema de Detecção, Alarme e
Combate a incêndio; Declaração do Escopo; Indefinições no escopo.
ABSTRACT
On this paper was made a study and analysis of the Project Scope Management of Detection,
alarm and firefighting System in a large company of national steel sector. After a
bibliographical review of the issue, was made all the data collection on the project's
documents, in particular the Statement of work and the project management processes used to
identify the causes of indefiniteness on the scope of the product and the project and its
changes.
Key Words: Project Scope Management; Detection, alarm and firefighting System;
Statement of work; Scope indefiniteness.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Antônio e Neuza, pela educação e o apoio ao longo desta caminhada.
Agradeço à minha namorada Renata pelo apoio, incentivo e bons momentos que vivenciamos
juntos.
Gostaria de agradecer a todos os professores, amigos e família que contribuíram muito para
mais esta realização.
Agradeço a DEUS por todos os momentos vividos e por ter me guiado nesta caminhada, que
sem dúvida, não se completaria sem a Sua direção.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral
(Fonte: PMI-BR, 2008)...................................................................................................................10
Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI,
2008) ...............................................................................................................................................12
Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008)
.........................................................................................................................................................16
Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008) ....18
Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010)..............20
Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008)............21
Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008) .24
Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et
al., 2010).........................................................................................................................................25
Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008)26
Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013)...30
Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR
17240, 2010)...................................................................................................................................31
Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT
NBR 17240, 2010) .........................................................................................................................31
Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013).....................................................32
Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte:
ABNT NBR 17240, 2010)..............................................................................................................32
Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)
.........................................................................................................................................................33
Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013).............................33
Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por
amostragem de ar (Fonte: Xtralis, 2013) .....................................................................................34
Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor).........................52
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$
milhões (Fonte: SIDEROBRAS, 2013).........................................................................................38
Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)........40
Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) ..........................42
Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012) ............................45
Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor) .........................52
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CBMMG – Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
EAP – Estrutura analítica do Projeto (do inglês Work breakdown structure ou WBS)
PMBOK®
– Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (do inglês Project
Management Body of Knowledge)
PMI – Project Management Institute
NR – Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego
SDCAI – Sistemas de detecção, combate e alarme a incêndio
SDAI – Sistema de detecção e alarme a incêndio
SOW – Declaração do escopo do projeto ou simplesmente declaração do escopo ou
declaração de trabalho (Statement of work)
WBS – Estrutura analítica do Projeto ou EAP (do inglês Work breakdown structure)
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................. 5
ABSTRACT ......................................................................................................................... 6
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... 9
LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
1.1. PROBLEMA DE PESQUISA............................................................................................ 11
1.2. OBJETIVOS................................................................................................................. 11
1.2.1. GERAL ..................................................................................................................... 11
1.2.2. ESPECÍFICOS............................................................................................................. 11
2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 12
2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS................................................................................. 12
2.1.1. TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (PROJECT CHARTER) ............................................. 13
2.1.2. REGISTRO DAS PARTES INTERESSADAS (STEAKHOLDERS)............................................ 13
2.2. GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO ............................................................... 14
2.2.1. COLETAR OS REQUISITOS .......................................................................................... 15
2.2.2. DEFINIR O ESCOPO .................................................................................................... 17
2.2.3. CRIAR A EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO) ................................................. 19
2.2.4. VERIFICAR O ESCOPO ................................................................................................ 23
2.2.5. CONTROLAR O ESCOPO.............................................................................................. 24
2.3. SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE DE INCÊNDIO (SDACI)..................... 27
2.3.1. TIPOS DE SISTEMA DE DETECÇÃO............................................................................... 28
2.3.2. CONTEÚDO DO PROJETO............................................................................................ 29
2.3.3. CENTRAL DE INCÊNDIO ............................................................................................. 29
2.3.4. DETECTORES DE INCÊNDIO........................................................................................ 30
2.3.5. ACIONADORES MANUAIS........................................................................................... 34
2.3.6. AVISADORES SONOROS E/OU VISUAIS ........................................................................ 34
2.3.7. SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................... 34
2.4. NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA Nº 23 (NR 23) E CBMMG...................... 35
2.5. PROTEÇÃO PASSIVA................................................................................................... 35
3. METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................. 36
4. COLETA DE DADOS................................................................................................. 37
4.1. DESCRIÇÃO DAS EMPRESAS........................................................................................ 37
4.1.1. EMPRESA CONTRATANTE .......................................................................................... 37
4.1.2. EMPRESA CONTRATADA............................................................................................ 37
4.1.3. O CONTRATO ENTRE AS EMPRESAS ............................................................................ 37
4.2. CONTEXTUALIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO PROJETO .................................................. 38
4.3. ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO ......................................................................... 39
4.3.1. DECLARAÇÃO DO ESCOPO DO PROJETO ...................................................................... 39
4.3.1.1. Requisitos do Produto........................................................................................... 39
4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto............................................................................. 40
4.3.1.3. Premissas e restrições ........................................................................................... 41
4.3.1.4. Exclusões de escopo ............................................................................................. 42
4.3.1.5. Critérios de Aceitação........................................................................................... 42
4.4. PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO UTILIZADOS ................... 43
4.4.1. COLETAR OS REQUISITOS (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ........................ 43
4.4.2. DEFINIR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) .................................. 43
4.4.3. CRIAR A EAP (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ......................................... 44
4.4.4. VERIFICAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE) ....... 44
4.4.5. CONTROLAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE)..... 44
4.5. OUTRAS INFORMAÇÕES.............................................................................................. 46
5. ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................................. 47
5.1. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE INDEFINIÇÕES NO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO .. 47
5.2. ANÁLISE DAS MUDANÇAS DE ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO............................. 48
5.3. METODOLOGIAS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO QUE CONTRIBUEM PARA
MINIMIZAÇÃO DA INDEFINIÇÃO DO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO............................ 50
5.4. REDEFINIÇÃO DO ESCOPO .......................................................................................... 52
6. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 59
10
1. INTRODUÇÃO
No contexto atual, é de fundamental importância o gerenciamento de projetos. Entende-se que
“a globalização, as tecnologias emergentes, a reestruturação das organizações e a busca pela
eficiência na gestão empresarial tornam o gerenciamento de projetos assunto fundamental
para a continuidade e sobrevivência das organizações” (SOTILLE et al., 2010, p.15).
Um estudo de benchmarketing realizado pela Project Management Institute (Brasil) em 2008,
PMI-BR (2008), revela a importância do gerenciamento do escopo do projeto. Como é
possível observar que as mudanças de escopo constantes e escopo não definido
adequadamente são alguns dos problemas mais frequentes do gerenciamento de projetos,
conforme Figura 1 a seguir. Ainda conforme Xavier (2013) e um estudo de benchmarketing
realizado pela Project Management Institute (seção Rio de Janeiro) em 2004, PMI-BR (2004),
também são problemas produtos mal especificados e expectativa do cliente desalinhada com a
realidade do projeto.
Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral
(Fonte: PMI-BR, 2008)
11
A importância do gerenciamento do escopo do projeto também se dá devido o fato do mesmo
ser o pilar da elaboração do cronograma, planejamento dos recursos e estimativa dos custos,
conforme pode ser constatado a seguir:
O gerenciamento do escopo do projeto é o processo que garante que o projeto inclui
todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido, para completá-lo com
sucesso. O gerenciamento do escopo é a base para o planejamento do projeto e para
a criação de sua linha de base, e deve ser conduzido de forma precisa, uma vez que
forma a base do trabalho a ser desenvolvido no projeto (e a ser pago pelo cliente)
(SOTILLE et al., 2010, p.19).
Visto a importância do gerenciamento do escopo do projeto, este trabalho busca com isto
solucionar o problema de pesquisa proposto. O problema de pesquisa apresentado é real,
porém, por motivo de sigilo, os nomes das empresas foram alterados por nomes fictícios.
1.1. Problema de pesquisa
Como a utilização das melhores práticas do gerenciamento de projetos poderia contribuir para
a minimização da indefinição do escopo do projeto do sistema de detecção, combate e alarme
a incêndio (SDCAI) do contratante, denominado empresa SIDEROBRAS, executado pela
contratada, denominada empresa COMBATESYS, durante a etapa de planejamento e evitar
retrabalhos durante a fase de execução?
1.2. Objetivos
1.2.1. Geral
Identificar as melhores práticas do gerenciamento do escopo de projetos para a minimização
da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e alarme a incêndio
(SDCAI) da empresa SIDEROBRAS.
1.2.2. Específicos
- Identificar as indefinições no escopo do produto e do projeto do sistema de detecção,
combate e alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS;
- Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo
do produto;
- Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo
do projeto;
- Redefinir o escopo do projeto.
12
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Gerenciamento de projetos
Primeiramente, antes de aprofundarmos no gerenciamento de projetos, precisamos entender o
que é um Projeto. Segundo o Project Management Institute PMI (2008), projeto é um esforço
de natureza única realizado por período definido buscando a obtenção de um resultado
exclusivo, produto ou serviço.
Conforme o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, PMBOK®
(do inglês
Project Management Body of Knowledge) PMI (2008), o gerenciamento de projetos é a
utilização de técnicas, ferramentas, informações e competências nas atividades do projeto de
modo a atender aos seus respectivos requisitos e com isto obter o sucesso no projeto.
O gerenciamento de projetos é composto por 42 processos integrados e divididos em 5
grupos, como pode ser visto na Figura 2: iniciação; planejamento; execução; monitoramento e
controle; e encerramento. Como podem ser observados, os processos dos grupos de processos
interagem entre si durante todo o ciclo de vida de uma fase ou do projeto.
Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI, 2008)
Ainda conforme PMI, (2004), os processos que compõem os grupos de processos do
gerenciamento de projetos são dividido em nove áreas de conhecimento, sendo elas:
- Gerenciamento de integração do projeto;
- Gerenciamento do escopo do projeto;
- Gerenciamento de tempo do projeto;
13
- Gerenciamento de custos do projeto;
- Gerenciamento da qualidade do projeto;
- Gerenciamento de recursos humanos do projeto;
- Gerenciamento das comunicações do projeto;
- Gerenciamento de riscos do projeto;
- Gerenciamento de aquisições do projeto.
O Gerenciamento do escopo do projeto inicia após a emissão do Termo de abertura do projeto
(Project charter) e do Registro das partes interessadas (steakholders), ambos os documentos
gerados pelos processos de Desenvolver o plano de abertura do projeto e Identificar as partes
interessadas. Estes processos que pertencem ao grupo de processos de iniciação e estão
sitiados nas áreas de conhecimento do Gerenciamento de integração do projeto e
Gerenciamento das comunicações do projeto, respectivamente (PMI, 2008).
Termo de abertura do projeto (Project charter) e do Registro das partes interessadas
(Steakholders) está descrito a seguir:
2.1.1. Termo de abertura do projeto (Project charter)
O Termo de abertura do projeto, que segundo Sotille et al. (2010), é o documento interno da
organização que autoriza oficialmente o início do projeto. Contém informações tais como o
gerente de projetos responsável e seu respectivo nível de autoridade, propósito, justificativas,
objetivos e metas do projeto, descrição da solução com requisitos principais, marcos chave
(custo, prazo, etc.) e critérios de aprovação.
“O termo de abertura do projeto documenta as necessidades do negócio, o entendimento atual
das necessidades do cliente, e o novo produto, serviço ou resultado que pretende satisfazer”
(PMI, 2008, p.72).
2.1.2. Registro das partes interessadas (Steakholders)
Segundo o PMBOK®, (PMI, 2008), é o documento que identifica as partes interessadas que
fornecerão informações sobre os requisitos do projeto e do produto.
De acordo com Chaves et al. (2010), Steakholders são pessoas ou organizações cujos
interesses podem ser afetados positiva ou negativamente pela execução do projeto.
14
Ainda conforme o PMBOK®, este documento que contem detalhes relativos às partes
interessadas, incluindo, entre outros: informações de identificação; informações de avaliação
e; classificação das partes interessadas.
2.2. Gerenciamento do escopo do projeto
De acordo com o PMBOK®
, PMI (2008, p.92), “o gerenciamento do escopo do projeto inclui
os processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e
apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso”. São cinco os processos do
gerenciamento do escopo do projeto que interagem entre si e com as demais áreas de
conhecimento, sendo eles (PMI, 2008):
- Coletar os requisitos – processo de definição e de documentação das necessidades dos
stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto;
- Definir o escopo – definição detalhada do escopo do produto e do escopo do projeto;
- Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) – também conhecida como WBS (Work
breakdown structure), processo de subdivisão das entregas em partes menores e que
facilitem o gerenciamento;
- Verificar o escopo – processo de oficializar as entregas do projeto;
- Controlar o escopo – processo de monitoramento do andamento do escopo do produto
e do projeto e controle das mudanças na linha de base do projeto.
Os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e Criar a EAP pertencem ao grupo de
processos de planejamento e os processos Verificar o escopo e Controlar o escopo pertencem
ao grupo de processos de monitoramento e controle (PMI, 2008, p.43).
Ainda conforme o PMBOK®
o escopo do produto são todas as características que descrevem
o produto, serviço ou resultado e o escopo do projeto é todo o trabalho que precisa ser
realizado para que o escopo do produto seja entregue.
Segundo Xavier (2009), o escopo do projeto é maior que o escopo para o cliente, uma vez
diversas outras tarefas implícitas ao escopo observado pelo cliente deverão ser executadas
para que o projeto seja concluído.
Os processos do gerenciamento do escopo do projeto estão descritos a seguir.
15
2.2.1. Coletar os requisitos
Segundo o PMBOK®
, PMI (2008), este é o processo de definição e de documentação das
necessidades dos stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto. O
sucesso do projeto está intimamente ligado a uma correta coleta nos requisitos do produto e
do projeto.
Sotille et al. (2010) e PMI (2008) informam que os requisitos devem ser coletados, analisados
e registrados pois são base do escopo do projeto e influenciam no planejamento do custo,
prazo e qualidade. “Coletar requisitos é definir e gerenciar as expectativas do cliente” (PMI,
2008, p.93). São dois os tipos de requisitos básicos:
- Requisitos do projeto – são os requisitos do negócio, do gerenciamento do projeto, das
entregas, etc.;
- Requisitos do produto – são os requisitos técnicos, de segurança e de desempenho do
produto, etc.
O processo de Coletar os requisitos possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas
(PMI, 2008):
- Entrada (documentos):
- Termo de abertura do projeto (Project charter);
- Registro das partes interessadas.
- Ferramentas e técnicas:
- Entrevistas;
- Dinâmicas de grupo;
- Oficinas;
- Técnicas de criatividade em grupo (brainstorming, grupo nominal, Delphi, mapas
mentais, diagramas de afinidade);
- Técnicas de tomada de decisão em grupo (unanimidade, maioria, pluralidade,
ditadura);
- Questionários e pesquisas;
- Observações;
- Protótipos;
- Saída (documentos):
- Documentação dos requisitos;
16
- Plano de gerenciamento dos requisitos;
- Matriz de rastreabilidade dos requisitos.
O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 3.
Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008)
Mediante o Termo de abertura do projeto e o registro das partes interessadas – registro dos
stakeholders do projeto, já identificados, classificados e avaliados conforme Sotille et al.
(2010) – aplicam-se as ferramentas e técnicas para a coleta dos requisitos, não sendo
necessárias aplicar todas as técnicas, somente as necessárias.
Executado o processo de Coletar os requisitos, é gerado a Documentação dos requisitos e o
Plano de gerenciamento dos requisitos, que conforme o PMBOK®
, PMI (2008), é onde
documentado como os requisitos serão analisados e gerenciados durante todo o projeto.
Também é gerada a Matriz de rastreabilidade dos requisitos, que é uma tabela que liga os
requisitos à respectiva origem de forma a rastrear o mesmo.
As saídas do processo Coletar os requisitos são entradas de outros processos conforme já visto
na Figura 3.
17
2.2.2. Definir o escopo
Segundo o PMBOK®
, PMI (2008), é o processo de criação da Declaração do escopo do
projeto. Durante este processo são detalhadas as entregas do escopo do produto e do projeto,
podendo a Declaração do escopo do projeto conter:
- Exclusões – o que não é escopo;
- Premissas;
- Restrições e;
- Critérios de aceitação.
Sotille et al. (2010) informa que a Declaração do escopo do projeto (ou simplesmente
declaração do escopo ou declaração de trabalho – Statement of work – como adotado por
inúmeras empresas) é equivalente à um anteprojeto do trabalho a ser executado. A Declaração
do escopo do projeto usualmente repetirá ou expandirá os elementos já contidos no Termo de
Abertura do projeto.
Conforme o PMBOK®
, a declaração do escopo traz as seguintes vantagens:
- Fornece entendimento comum do escopo entre os stakeholders;
- Permite o detalhamento do planejamento;
- Direciona o trabalho da equipe durante a execução;
- Fornece a linha de base para análise das mudanças e;
- Permite verificar quão bem a equipe gerencia o projeto.
O processo de Definir o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI,
2008):
- Entrada (documentos):
- Termo de abertura do projeto (Project charter);
- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a
declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).
- Ferramentas e técnicas:
- Opinião especializada;
- Análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas,
análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor);
18
- Identificação de alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho);
- Oficinas.
- Saída (documentos):
- Declaração do escopo do projeto (Statement of work);
- Atualizações dos documentos do projeto.
O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 4.
Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008)
O processo de Definir o escopo inicia após o processo Coletar os requisitos, como pode ser
visto na Figura 4. Através do Termo de abertura do projeto, a Documentação dos requisitos
(saída do processo Coletar os requisitos) e os Ativos de processos organizacionais é possível
elaborar a Declaração do escopo do projeto.
19
Ativos de processos organizacionais, segundo Sotille et al. (2010), são as políticas e
procedimentos da organização que podem influir no sucesso do projeto, uma vez que afetam
diretamente o escopo do projeto.
Os procedimentos e processos organizacionais correspondem a padrões e políticas
da empresa que descrevem, por exemplo, critérios de definição de alçadas no
tratamento de mudanças no projeto; instruções de auditoria da qualidade e aceitação
dos entregáveis; controles financeiros; regras de avaliação de desempenho e de
conduta; de sigilo de informações; e até mesmo de encerramento de fases ou do
próprio projeto, com critérios associados à aceitação das entregas (SOTILLE et al.,
2010, p.79).
Para a elaboração da Declaração do escopo do projeto utilizam-se os métodos de opinião
especializada, análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas,
análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor), identificação de
alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho) ou através de oficinas
(PMI,2008).
Com o escopo definido (Declaração do escopo do projeto elaborada), é possível seguir para o
processo de criação da Estrutura analítica do projeto (EAP ou WBS) e atualizar os
documentos do projeto, conforme pode ser visto na Figura 4.
2.2.3. Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto)
Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure) é o
processo de subdivisão do escopo do produto e do projeto em partes menores para que com
isto possam ser mais facilmente gerenciadas (PMI, 2008). É a EAP que define e estrutura o
escopo total do representado na Declaração do escopo do projeto.
Ainda segundo o PMBOK®
, PMI (2008), trata-se de uma decomposição hierárquica orientada
às entregas (ou deliverables) no qual possui, em seu nível mais baixo, os chamados pacotes de
trabalho. Conforme Xavier (2013), a representação da EAP pode ser feito na forma gráfica
(semelhante a um organograma) ou na forma analítica (lista enumerada).
O PMBOK®
também informa que a EAP pode ser gerada das seguintes formas (processo de
decomposição):
- Utilizando fases do ciclo de projeto como primeiro nível de decomposição;
- Utilizando as principais entregas como primeiro nível de decomposição;
- Utilizando subprojetos que podem ser desenvolvidos por organizações externas.
20
Na Figura 5 a seguir é possível verificar um exemplo de EAP que utiliza as principais
entregas no primeiro nível de decomposição.
Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010)
O processo de Criar a EAP possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI,
2008):
- Entrada (documentos):
- Declaração do escopo do projeto (Statement of work – saída do processo Definir o
escopo);
- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a
declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).
- Ferramentas e técnicas:
- Decomposição (identificação e análise das entregas, estruturação e organização da
EAP, decomposição dos níveis mais altos da EAP, desenvolvimento e designação
dos códigos de identificação e verificação do grau de decomposição).
21
- Saída (documentos):
- EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure);
- Dicionário da EAP;
- Linha de base do escopo (componente do plano de gerenciamento do projeto que
inclui: Declaração do escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP);
- Atualizações dos documentos do projeto.
O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 6.
Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008)
Através da Declaração do escopo do projeto e da Documentação dos requisitos, que são as
saídas dos processos Definir o escopo e Coletar os requisitos respectivamente, e também dos
22
Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos e modelos para EAP, PMI,
2008) será possível então elaborar a EAP.
Segundo PMBOK®
, PMI (2008), para a elaboração da EAP, realizando com isto a
decomposição completa do trabalho do projeto em pacotes de trabalho, normalmente são
seguidos os seguintes passos:
- Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado;
- Estruturação e organização da EAP;
- Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes detalhados em menor
nível;
- Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos componentes da EAP
e;
- Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é necessário e necessário e
suficiente.
De acordo com o PMBOK®
, PMI (2008), e Sotille et al. (2010), a EAP não pode ser
decomposta em demasia pois poderá acarretar em improdutividade, baixo rendimento e uso
ineficiente de recursos. O PMBOK®
também informa que quando uma entrega ou subprojeto
for realizado em um futuro distante, a decomposição poderá ser realizada futuramente à
medida que o escopo se torna mais claro, técnica esta chamada de planejamento em ondas
sucessivas (rolling wave planning).
Elaborada a EAP (documento de saída do processo Criar a EAP), também faz-se necessário
elaborar o Dicionário da EAP, pois este é o documento que descreverá detalhadamente cada
item da EAP, (PMI, 2008).
Também deve ser elaborada a Linha de base do escopo, que segundo PMBOK®
, PMI (2008),
é um componente do plano de gerenciamento do projeto e é composta pela junção dos
seguintes documentos:
- Declaração do escopo do projeto (saída do processo Definir o escopo);
- EAP (saída do processo Criar a EAP) e;
- Dicionário da EAP (saída do processo Criar a EAP).
Deverá ser realizada também a atualização dos documentos do projeto, incluindo documentos
das outras áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos.
23
2.2.4. Verificar o escopo
O processo Verificar o escopo, segundo o PMBOK®
, PMI (2008), é o processo de aceitação e
formalização das entregas incluindo também a revisão das mesmas com o patrocinador ou
cliente de forma a assegurar que foram concluídas satisfatoriamente.
Conforme Sotille et al. (2010, p.112), “a satisfação do cliente é a base para o sucesso do
projeto”. Sotille et al. (2010) também informa que uma prática forma da identificação das
entregas ao clientes é a utilização da Estrutura analítica do projeto (EAP) e que um bom
mecanismo para aceitação das entregas é que a mesma ocorra em fases, de forma que o
projeto não receba somente um aceite em seu término, e sim vários aceites de várias entregas
agrupadas em fases.
As entregas são validadas através do processo Realizar o controle da qualidade, que conforme
PMBOK®
, PMI (2008, p.185), “é o processo de monitoramento e registro dos resultados da
execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças
necessárias”. Ainda segundo o PMBOK®
e Junior et al. (2010), o processo Realizar o controle
da qualidade se difere do processo Verificar o escopo pois a realização do controle da
qualidade está voltado à eficácia e a conformidade do produto entregue já a verificação do
escopo é voltada para aceitação dos resultados.
O processo de Verificar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas
(PMI, 2008):
- Entrada (documentos):
- Plano de gerenciamento do projeto – Linha de base do escopo (Declaração do
escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP – saída do processo Criar a EAP);
- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Entregas validadas (saída do processo Realizar o controle da qualidade);
- Ferramentas e técnicas:
- Inspeção (medição, exame e verificação).
- Saída (documentos):
- Entregas aceitas;
- Solicitações de mudança;
- Atualizações dos documentos do projeto.
24
O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 7.
Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008)
Através do Plano de gerenciamento do projeto (utilizando a Linha de base do escopo do
projeto), a Documentação dos requisitos, a Matriz de rastreabilidade dos requisitos e Entregas
validadas é possível então verificar, através de inspeções - que incluem exame, medição e
verificação – que o trabalho entregue e com isto definir quais entregas serão ou não aceitas,
quais necessitarão de mudança (através da Solicitação de mudança).
Também será possível atualizar os documentos do projeto.
2.2.5. Controlar o escopo
Segundo o PMBOK®
, “é o processo de monitoramento do escopo do projeto e do produto e
gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo”. Este processo, ainda segundo
o PMBOK®
, é processo utilizado para gerenciamento das mudanças, quando as mesmas
ocorrem, e é integrado aos outros processos de controle.
Conforme Sotille et al. (2010, p 127), “As solicitações de mudança de escopo devem ser
formalizadas como parte do sistema de controle de mudanças do escopo”. Para tal
formalização, pode ser utilizado um formulário conforme visto na Figura 8.
25
Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et
al., 2010)
O processo de Controlar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas
(PMI, 2008):
- Entrada (documentos):
- Plano de gerenciamento do projeto (Linha de base do escopo, Plano de
gerenciamento do escopo, Plano de gerenciamento das mudanças, Plano de
Gerenciamento da configuração e Plano de gerenciamento dos requisitos);
- Informações sobre o desempenho do trabalho.
26
- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);
- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a
declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).
- Ferramentas e técnicas:
- Análise da variação;
- Saída (documentos):
- Medição do desempenho do trabalho;
- Atualização de ativos de processos organizacionais;
- Solicitações de mudança;
- Atualizações do Plano de gerenciamento do projeto (atualizações da Linha de base
do escopo e outras atualizações da linha de base);
- Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz
de rastreabilidade dos requisitos).
O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 9.
Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008)
Conforme o PMBOK®
, para o Plano de gerenciamento do projeto:
27
- A Linha de base do escopo deve ser comparada aos resultados reais para verificação
da necessidade de mudança, prevenção ou ação corretiva.
- O Plano de gerenciamento descreve como deverá ser monitorado e controlado o
processo.
- O Plano de gerenciamento das mudanças define como deverá ser processadas as
mudanças, incluindo a utilização do formulário de solicitação de mudanças, citado
anteriormente.
- O Plano de gerenciamento dos requisitos descrerá como os impactos das mudanças
serão analisados e os níveis de autorização das mudanças.
Através das Informações sobre o desempenho do trabalho (em conjunto ao Plano de
gerenciamento do projeto, Documentação dos requisitos, Matriz de rastreabilidade dos
requisitos e os Ativos de processos organizacionais) será executada a Análise da Variação.
A Análise da variação, segundo PMBOK®
, PMI (2008), é a forma de avaliar a magnitude da
variação entre as Informações de Desempenho e a Linha de base do escopo. O grau de
divergência desta avaliação é que definirá qual ação tomar (corretiva ou preventiva).
Feita a análise, será gerado então a Medição do desempenho do trabalho, a Atualização de
ativos de processos organizacionais (identificando a causa das variações, ações a serem
tomadas e lições aprendidas), e as Solicitações de mudança que alteração a Linha de base do
escopo do projeto.
Também é realizada a Atualizações dos demais itens do Plano de gerenciamento do projeto e
Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz de
rastreabilidade dos requisitos).
2.3. Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI)
Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI) ou simplesmente Sistemas de
detecção e alarme de incêndio (SDAI) são sistemas voltados à proteção das pessoas, das
instalações e do meio ambiente.
O procedimento para a elaboração de projetos, execução de instalações, manutenção e
operação de sistemas de detecção e alarme de incêndio, até 2010, seguia a ABNT NBR
9441:1998 (Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio). Em 01/11/2010, a
norma NBR 17240:2010 (Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
28
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos)
cancelou e substituiu a NBR 9441:1998. Isto ocorreu devido à tecnologia de detecção e
alarme de incêndio ser a que mais evoluiu dentro da área de segurança contra incêndios o que
gerou, por necessidade, uma criação de uma nova norma que contemplasse estas novas
tecnologias (NBR 17240, 2010).
De acordo com a ABNT,
Todo incêndio se distingue pelas suas características intrínsecas. Cada uma das
características presentes em um incêndio tem natureza bastante diversa. Assim
sendo, a proteção adequada de determinada área ou equipamento somente será
possível após cuidadoso estudo de todas as particularidades, visando o emprego dos
componentes e sistemas mais eficazes para cada caso (NBR 17240, 2010, p.7).
Conforme a NBR 17240 (2010), para o projeto do sistema, deverão estar contidos todos os
elementos necessários ao completo e perfeito funcionamento. Os tipos de sistema de detecção,
o conteúdo do projeto, central de incêndio, detectores de incêndio, acionadores manuais,
avisadores sonoros e/ou visuais e sistemas automáticos de combate a incêndio serão descritos
a seguir.
2.3.1. Tipos de sistema de detecção
De acordo com a NBR 17240 (2010), existem quatro tipos de SDAI:
- Sistema de detecção convencional;
- Sistema de detecção endereçável;
- Sistema de detecção analógico;
- Sistema de detecção algorítmico.
No Sistema de detecção convencional, os componentes do sistema de incêndio são instalados
em zonas determinadas e a central detecta somente o alarme na zona, não identificando
especificamente qual componente gerou o alarme e nem permite ajustes do nível dos alarmes
nos componentes. Este sistema é mais antigo e possui menor custo de componentes e
instalações.
No Sistema de detecção endereçável, os componentes do sistema possuem endereços que
permitem à central de incêndio identificá-los e classificá-los nas zonas. Neste tipo de sistema
é possível identificar qual componente gerou o alarme, porém não é possível alterar os níveis
para geração do alarme direto da central.
29
No Sistema de detecção analógico, a central monitora continuamente os presets de
temperatura e fumaça dos componentes do sistema e permite a alteração dos níveis de alarme.
O Sistema de detecção algorítmica, é um sistema de detecção do tipo analógico que além de
monitorar continuamente o componente, possui um ou mais critérios lógicos de avaliação dos
alarmes em função do tempo, validando logicamente (através de algoritmos) um alarme.
2.3.2. Conteúdo do projeto
O projeto executivo deve conter no mínimo as informações (NBR 17240, 2010):
- Desenho indicando a localização de todos os equipamentos do sistema;
- A distribuição da central e equipamentos;
- O trajeto dos condutores elétricos nas diferentes áreas;
- Diagrama multifilar típico, mostrando uma interligação entre todos os equipamentos
dos circuitos de detecção, alarme e comando, e entre estes e a central;
- Lista completa de equipamentos;
- Cálculo de fontes de alimentação e baterias;
- Quadro resumo da instalação;
- Manuais de operação, manutenção preventiva e corretiva do sistema.
2.3.3. Central de incêndio
Conforme a NBR 17240 (2010, p.9), “a central deve ser localizada em áreas de fácil acesso,
salas de controle, salas de segurança ou bombeiros, portaria principal ou entrada de edifícios.
A central deve ser monitorada, local ou remotamente, 24 h por dia, por operadores treinados”.
Também nos é informado que na impossibilidade de instalação da central de incêndio junto à
entrada da edificação, recomenda-se a instalação de um painel repetidor ou sinóptico próximo
à mesma.
Na Figura 10 a seguir é possível visualizar uma central de incêndio para sistemas do tipo
endereçável.
30
Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013)
2.3.4. Detectores de incêndio
Abaixo estão listados os tipos de detectores de incêndio conforme NBR 17240 (2010):
- Detectores pontuais de fumaça;
- Detectores pontuais de temperatura;
- Detectores de chama;
- Detectores lineares de fumaça;
- Detectores lineares de temperatura;
- Detectores de fumaça por amostragem de ar.
Detectores pontuais de fumaça são detectores que visam monitorar ambientes que contenham
materiais cuja característica inicial de combustão seja a geração de fumaça. Podem ser do tipo
fotoelétrico ou iônico. Cobrem uma área de no máximo 81m² quanto numa altura de no
máximo 8 metros e em ambientes com no máximo oito trocas de ar por hora. A área de
cobertura corresponde a um quadrado de 9 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 6,3
metros, conforme pode ser visto na Figura 11 abaixo.
31
Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR
17240, 2010)
Detectores pontuais de temperatura são detectores que visam monitorar ambientes que
contenham materiais cuja característica inicial de combustão seja pouca geração de fumaça e
muito calor. Também indicados para ambientes com vapor, gases e muitas partículas em
suspensão. Podem ser do tipo temperatura fixa ou termovelocimétricos. Cobrem uma área de
no máximo 36m² quanto numa altura de no máximo 5 metros. A área de cobertura
corresponde a um quadrado de 6 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 4,2 metros,
conforme pode ser visto na Figura 12 abaixo.
Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT
NBR 17240, 2010)
32
Na Figura 13 a seguir, é possível visualizar um detector pontual de temperatura, detector este
com aparência semelhante ao pontual de fumaça. A diferenciação entre estes detectores
muitas vezes somente é observada através dos dados de placa dos componentes.
Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013)
Detectores de chama são os instalados em ambientes onde se deseja detectar o surgimento de
alguma chama. Tais detectores devem ser instalados livres de obstáculos no seu campo de
visão (o campo de visão do detector tem a forma de um cone imaginário).
Fora do campo de visão do detector de chama, quando não especificado, ocorre a redução de
50% da sensibilidade do detector à chama, logo, deverá ser previsto a redução da distância de
cobertura ou a instalação de novos detectores. A redução de sensibilidade em função do
ângulo de visão é exemplificada na Figura 14:
Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte: ABNT
NBR 17240, 2010)
Detectores lineares de fumaça são detectores do tipo óptico no qual estão presentes um
emissor do feixe de luz e um receptor. A detecção do incêndio ocorre pela obstrução pela
fumaça do feixe de luz. O feixe de luz deverá ser preferencialmente instalado no sentido
longitudinal do teto e próximo às saídas de ar do ambiente.
33
Conforme a norma, a distância entre o emissor e o receptor e entre os feixes de luz de dois
detectores não poderá exceder o especificado pelo fabricante e nunca ultrapassar 100 metros e
15 metros respectivamente, como pode ser visto na Figura 15.
Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)
Detectores lineares de temperatura são os instalados próximo ou em contato direto com o
material protegido. Normalmente utilizado para proteção de esteiras rolantes, bandeja de
cabos e similares. As características devem ser verificadas com o fabricante. Na Figura 16 é
possível visualizar diferentes cabos detectores lineares de temperatura. A classe de detecção
do cabo (nível temperatura) neste caso é identificada pelo fabricante através de cores.
Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013)
Detectores de fumaça por amostragem de ar ativamente, através de uma tubulação calculada,
aspiram o ar do ambiente, ou seja, extraem uma amostra para análise em sua câmara interna.
Conforme a NBR 17240 (2010) estes são considerados detectores de alta sensibilidade e
34
tornam-se ainda mais eficientes quando monitorados por uma equipe treinada. São detectores
capazes de identificar o princípio de incêndio, atuando antes mesmo que haja fumaça visível.
Na Figura 17 é possível visualizar a estágio de atuação de um detector de fumaça por
amostragem de ar modelo Vesda® da Xtralis.
Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por amostragem
de ar (Fonte: Xtralis, 2013)
2.3.5. Acionadores manuais
São acionadores de corpo rígido e na cor vermelha, com instruções de utilização em
português. Na presença de algum incêndio, qualquer um que tenha visualizado pode acionar
manualmente este componente antes mesmo que algum detector entre em alarme.
2.3.6. Avisadores sonoros e/ou visuais
Os avisadores sonoros e/ou visuais são os componentes do sistema de incêndio que alertam a
ocorrência de incêndio através de um sinal luminoso pulsante e/ou som distinguível dos
outros na área no qual está inserido, sendo que a potência luminosa e sonora deverá ser
conforme a NBR 17240 (2010).
2.3.7. Sistemas automáticos de combate a incêndio
São sistemas utilizados para extinguir o incêndio quando o mesmo já está em ocorrência. São
vários os tipos tais como extintores manuais, hidrantes, sistemas de water spray ou
pulverização e sprinklers (SIEB-RJ, 2013).
Os requisitos de instalação da parte elétrica e eletrônica dos sistemas automáticos de combate
a incêndio obedecem a NBR 17240 (2010), já os cálculos de tempo de descarga, tipo de
35
agente extintor, dispositivos de segurança e outros seguem os requisitos das normas
Brasileiras e Internacionais para sistemas de combate a incêndios.
2.4. Norma Regulamentadora Brasileira Nº 23 (NR 23) e CBMMG
Em sua última alteração, de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 23, Proteção Contra
Incêndios, do Ministério do Trabalho e Emprego, NR 23 (2011, p.1), “todos os empregadores
devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual
e as normas técnicas aplicáveis”.
A penúltima alteração desta norma foi em 2001, onde informava que todas as empresas
deveriam possuir proteção contra incêndio (NR 23, 2011).
As Normas Regulamentadoras brasileiras são de caráter obrigatório e deverão ser cumpridas
por todos os empregadores.
Além da exigência da NR 23, os projetos das edificações deverão atender às Instruções
Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), conforme Lei 14.130
de 19/12/2001 (CBMMG, 2013).
2.5. Proteção Passiva
Proteção passiva é, segundo a ABNT,
Conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo
funcional durante o uso normal da edificação e que reage passivamente ao
desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu
crescimento e propagação, garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos
usuários e a aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações
de combate (NBR 14432, 2001, p.3).
Não existem Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)
que obrigam a instalação de proteção passiva nas edificações, ficando a instalação a critério
do proprietário visando maior proteção às edificações ou equipamentos.
36
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
A pesquisa iniciou com uma revisão bibliográfica pertinente ao tema abordado.
Considerando os critérios de pesquisa, de acordo com Vergara (2009), optou-se por utilizar
uma pesquisa conforme abaixo:
- Quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa aplicada, pois tem finalidade prática e é
motivada pela necessidade de resolver problemas concretos.
- Quanto aos meios – trata-se de uma pesquisa que é estudo de caso e ao mesmo tempo
documental. Estudo de caso, pois tem caráter de detalhamento e profundidade.
Documental, pois fará uso de documentos, relatórios de trabalho e informações
conservados em meio privado, não disponível para consultas públicas.
37
4. COLETA DE DADOS
4.1. Descrição das empresas
4.1.1. Empresa contratante
A empresa contratante, cujo nome fictício é SIDEROBRAS, é uma empresa de grande porte
do setor siderúrgico nacional de capital misto cuja capacidade instalada de produção de aço é
de 9,5 milhões de toneladas ano. A mesma é composta por várias unidades situadas nas
regiões Nordeste, Sudeste e Sul, Aproximadamente 73% da venda dos produtos da empresa
são atualmente para o mercado interno brasileiro (SIDEROBRAS, 2013).
A empresa contratante é composta por vários departamentos, dentre eles, um departamento de
engenharia. Este departamento de engenharia é responsável tanto pela parte de
desenvolvimento ou compra de engenharia de equipamentos de fornecedores e pela
fiscalização da execução da implantação do projeto, sendo cada um destes de
responsabilidade de uma gerência específica, a Gerência de Engenharia e a Gerência de Obras
respectivamente.
4.1.2. Empresa contratada
A empresa contratada, cujo nome fictício é COMBATESYS, é uma empresa de pequeno porte
situada em MG fundada em 1974, cuja é especialidade é o desenvolvimento de engenharia e
montagem de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio em plantas industriais e
edificações.
A empresa também atua na manutenção de sistemas existentes e já forneceu sistemas a
inúmeros clientes em todo o território nacional (COMBATESYS, 2013).
4.1.3. O contrato entre as empresas
Foi firmado um contrato em julho de 2009 entre as empresas SIDEROBRAS, denominada
contratante, e COMBATESYS, denominada contratada, para o fornecimento, montagem e
testes, em regime turnkey1
, de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio para sala
elétrica do resfriamento controlado, desempenadeira on-line e equipamentos auxiliares
1
Contrato Turnkey, segundo Xaviel et al. (2010) é um contrato do tipo EPC (cujo contratado é responsável pela
engenharia, aquisição e construção), em que o empreendimento é entregue pronto, acabado e em operação. Para
tal, são determinadas taxas de desempenho e o contratante não poderá interferir no gerenciamento da contratada.
38
conforme norma técnica da ABNT NBR 9441 (1998), vigente no momento de assinatura do
contrato em questão (SIDEROBRAS, 2009).
O prazo contratual era de 365 dias corridos da data de assinatura do contrato e o preço
contratual foi R$ 2.083.719,44, sendo que:
- R$ 1.456.064,63 para fornecimento de equipamentos;
- R$ 601.556,47 para fornecimento de serviços;
- R$ 26.098,34 para fornecimento de peças sobressalentes.
São partes integrantes deste contrato, dentre outros documentos, a especificação técnica
contratual e o cronograma.
O contrato foi assinado em data anterior a da construção das áreas a serem protegidas. Não foi
realizada nenhuma visita de campo, todo o levantamento dos ambientes foi repassado pela
contratante, SIDEROBRAS, para a contratada, COMBATESYS, através de projetos básicos
encaminhados via correio eletrônico.
A garantia do sistema encerrou-se em agosto de 2013, 12 meses após a aceitação de todas as
entregas do projeto. O encerramento do contrato não ocorreu devido à valores relativos à
pleito que ainda não foram acordados entre as partes.
4.2. Contextualização e importância do projeto
O investimento na implantação do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a
incêndio (SDCAI) pela contratada COMBATESYS foi classificado pela empresa contratante,
a SIDEROBRAS, como investimento cuja finalidade é atender requisitos legalmente
obrigatórios (atender a NR 23:2011).
Além de possuir caráter de atendimento à legislação, o projeto visou também à redução do
seguro da instalação e a proteção dos equipamentos cujos custos totais (R$ 566,813 milhões)
estão apresentados na Tabela 1 a seguir:
Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$ milhões
(Fonte: SIDEROBRAS, 2013)
Código
Projeto
Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Projeto 1
Resfriamento
controlado e
desempenadeira on-
line
0,032 0,81 272,25 144,41 129,94 5,642 3,11 556,19
39
Código
Projeto
Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Projeto 2
Equipamentos
auxiliares
0 0,001 2,748 1,243 6,632 0 0 10,623
Os equipamentos a serem protegidos são parte de outros projetos da empresa, projetos estes
contidos no portfólio de projetos da empresa SIDEROBRAS e que visam atender aos
objetivos estratégicos por ela traçado.
4.3. Escopo do produto e do projeto
Anexo ao contrato do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI),
está a Especificação técnica contratual do projeto. A especificação técnica contratual é o
documento onde estão especificadas as entregas do projeto, ou seja, o escopo do produto e o
escopo do projeto. Também estão descritos no documento os requisitos do produto, as
premissas e restrições bem como as exclusões de escopo e os critérios de aceitação
(SIDEROBRAS, 2009).
A Especificação técnica contratual é, portanto o que chamamos de Declaração do escopo do
projeto ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho (Statement of work -
SOW).
Segue abaixo, conforme SIDEROBRAS (2009) um resumo da Declaração do escopo do
projeto:
4.3.1. Declaração do escopo do projeto
4.3.1.1. Requisitos do Produto
- O sistema em conformidade aos requisitos da NR-23;
- Todos os projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
(CBMMG);
- Todos os sistemas deverão estar montados e testados conforme ABNT NBR
9441:1998;
- Sistema deverá conter todos os equipamentos indicados por área, conforme Tabela 2;
- Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema entregue e aprovado;
- Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema realizado e aprovado;
- Possuir As built e data book do sistema após instalação aprovados;
40
4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto
Elaboração do projeto de engenharia de incêndio, fabricação, fornecimento, montagem e
testes de equipamentos nas áreas descritas conforme Tabela 2 a seguir. Na Tabela 2 estão
marcados com X os equipamentos que deverão ser fornecidos por área.
Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)
Índice Área Equipamentos
Acionadoresmanuais
Avisadoressonorose
visuais
Detectoreslinearesde
temperatura
Detectoresdefumaça
poramostragemdoar
Extintoresmanuaisde
incêndio
Sistemaautomático
decombateaincêndio
ProteçãoPassiva
CentralIncêndio
1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
1.1 Sala Elétrica
1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV X X X X X
1.1.2 2º Andar X X X X X X
1.1.3 Porão de Cabos X X X X X
1.1.4 3º Andar X X X X X
1.2 Cabine Operação
1.2.1 Cabine X X X X X X
1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar X X X X X
1.2.3 Sala Instrumentação X X X X X
1.2.4 Galeria Cabos X X X
2
X
2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares
2.1 Subestação
2.1.1 Transformadores X X X X X
2.1.2 Sala Elétrica X X X X X
2.1.3 Galeria cabos X X X
2
X
2.2 Desempenadeira off-line
2.2.1 Porão de Cabos X X X X X
2.2.2 Sala Elétrica X X X X X
2.2.3 Cabine Operação X X X X X X
2.2.4 Galeria Cabos X X X
2
X
2.3 Prensa hidráulica
2.3.1 Púlpito Operação X X X X X
2.3.2 Sala Elétrica X X X X X
2.3.3 Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação X X X
2
X
2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa X X X
2
X
2.4 Máquina de Ultrassom
2.4.1 Púlpito Operação X X X X X
2.4.2 Sala Elétrica X X X X X
2.4.3 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação X X X
2
X
2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação X X X
2
X
2.5 Mesas de rolos
2.5.1 Sala Elétrica X X X
2
X
2.6 Transferidor 1
2
Detectores lineares de temperatura com módulo de monitoramento.
41
Índice Área Equipamentos
Acionadoresmanuais
Avisadoressonorose
visuais
Detectoreslinearesde
temperatura
Detectoresdefumaça
poramostragemdoar
Extintoresmanuaisde
incêndio
Sistemaautomático
decombateaincêndio
ProteçãoPassiva
CentralIncêndio
2.6.1 Sala Elétrica X X X X
2.7 Transferidor 2
2.7.1 Sala Elétrica X X X X
2.8 Máquina de marcação à frio
2.8.1 Púlpito de operação X X X X X
2.8.2 Sala Elétrica X X X X X
2.8.3 Cabos da Máquina X X X X X
2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente
2.9.1 Sala Elétrica X X X X X
2.9.2 Cabos da Máquina X X X X
2.10 Medidores de forma 1 e 2
2.10.1 Sala Elétrica 1 X X X X X
2.10.2 Sala Elétrica 2 X X X X X
Também faz parte do escopo da contratada, COMBATESYS, os seguintes serviços e
fornecimentos:
- Manual de operação e manutenção e do sistema;
- Treinamento de operação e manutenção do sistema;
- As built e data book do sistema;
- Instalação de canteiro de obras no local da instalação do sistema.
4.3.1.3. Premissas e restrições
Premissas:
- Todo o fornecimento de materiais elétricos e de consumo necessário ao funcionamento
do sistema é escopo da contratada COMBATESYS;
- O ponto de água de conexão do automático de combate a incêndio será disponibilizado
pelo contratante SIDEROBRAS;
- Todo o sistema de automático de combate a incêndio será montado de forma aparente
livre de interferências;
- O projeto e construção de um ambiente para instalação da bomba do sistema
automático de combate a incêndio é contratada COMBATESYS.
Restrições:
42
- O sistema automático de combate a incêndio deverá ser do tipo Water Spray;
- Central de incêndio deverá possuir ponto para interligação em rede de dados;
- Extintores manuais de incêndio serão do tipo CO2 de 6 kg, exceto para item 1.1.1 da
Tabela 2, que deverá ser do tipo PQS3
de 50 kg;
- O Sistema de detecção deverá ser do tipo endereçável;
- Fornecimento e instalação de no máximo 4.460 metros de cabos para detecção linear
de temperatura;
- Fornecimento e instalação de no máximo 22 m² de proteção passiva visando atender
todos os ambientes.
4.3.1.4. Exclusões de escopo
Estão exclusos do escopo da contratada:
- Fornecimento de painel repetidor ou sinóptico;
- Fornecimento de utilidades tais como: água, eletricidade e ar comprimido;
- Obras civis;
- Retirada de interferências;
- Inclusão de equipamentos nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros Militar de
Minas Gerais (CBMMG) para aprovação do projeto além dos já listados na Tabela 2;
- Alterações construtivas nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros de MG para
aprovação do projeto.
4.3.1.5. Critérios de Aceitação
Os critérios de aceitação do sistema por área a ser protegida estão conforme Tabela 3. A área
Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)
Requisito Critério de Aceitação
Sistema em conformidade aos requisitos da NR-23 100% do sistema conforme
Projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas
Gerais (CBMMG)
100% dos projetos aprovados
Sistema montados e testados conforme ABNT NBR 9441:1998 100% do sistema testado
3
PQS – Pó químico seco.
43
Requisito Critério de Aceitação
Sistema com equipamentos especificados 100% equipamentos especificados
presentes na área em questão
Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema
Manual entregue e aprovado
Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema
Treinamento realizado e aprovado
Possuir As built e data book do sistema após instalação
As built e data book aprovados
4.4. Processos do gerenciamento do escopo do projeto utilizados
Durante todo o ciclo de vida do projeto, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo,
Verificar o escopo e Controlar o escopo projeto foram utilizados, mesmo que de forma
parcial. O processo Criar a EAP não foi utilizado pelo projeto.
4.4.1. Coletar os requisitos (grupo de processos de planejamento)
O processo Coletar os requisitos foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do
projeto no qual foram coletados os requisitos do produto e do projeto.
Foi utilizado pelo processo, como documentação de entrada, o Termo de abertura do projeto
(Project charter) e o Registro das partes interessadas. Não foi criado um Termo de abertura
específico para este projeto, o termo que oficializou o início do projeto foram os termos dos
projetos 1 e 2 do Master Plan da empresa contratante SIDEROBRAS (Tabela 1). O Registro
das partes interessadas não constava o cliente que faria a manutenção do SDAI e que também
faria a aceitação, devido à contratante SIDEROBRAS não possuir, no início do projeto,
equipe técnica definida e responsável pela manutenção dos SDAI da empresa.
Para a coleta dos requisitos, foram utilizadas as Técnicas de criatividade em grupo que por
consequência gerou como saída a Documentação dos requisitos. Não foi criado Plano de
gerenciamento dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos.
4.4.2. Definir o escopo (grupo de processos de planejamento)
O processo Definir o escopo foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do projeto.
Através deste processo que foi possível gerar a Declaração do escopo do projeto, cujo resumo
está no item 4.3.1 – Declaração do escopo do projeto – deste mesmo capítulo.
Foram utilizada a Documentação dos requisitos e o Termo de abertura do projeto para sua
elaboração.
44
4.4.3. Criar a EAP (grupo de processos de planejamento)
O processo Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) não foi utilizado neste projeto.
Apesar da Tabela 2 contida na Declaração do escopo do projeto assemelhar-se a uma EAP em
sua forma analítica, a mesma não pode ser chamada de EAP, pois não possui todos os
entregáveis do projeto.
4.4.4. Verificar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle)
O processo Verificar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto.
O contrato entre as empresas SIDEROBRAS e COMBATESYS, firmado em julho de 2009
possuía vigência contratual de 365 dias contados a partir da assinatura do mesmo
(SIDEROBRAS, 2009), esperava-se que o término da execução fosse em julho de 2010.
Porém, como pode ser visto na Tabela 1, o Master Plan da empresa previa investimentos nos
Projetos 1 e 2 até 2013, sendo grande parte finalizando em 2012 o que impossibilitou que
alguns ambientes estivesse pronto à tempo para execução da montagem pela empresa
COMBATESYS.
A SIDEROBRAS optou então, por redução de custos, desmobilizar a contratada
COMBATESYS até que todos os ambientes ficassem prontos, mobilizando-a logo a seguir
para conclusão da implantação do projeto.
Foram emitidos então, dois termos de aceite (documentos oficiais da empresa
SIDEROBRAS), formalizando a aceitação das entregas do projeto, um anterior a paralisação
das atividades e outro após a conclusão do projeto, que ocorreu em agosto de 2012.
A seguir, um resumo dos dois termos de aceite conforme SIDEROBRAS (2009) e
SIDEROBRAS (2012).
- Termo de entrega nº1 (parcial): Ocorreu em novembro de 2009. Foram aceitas as
seguintes entregas (conforme itens da Tabela 2): 1.1.2 2º Andar; 1.1.3 Porão de Cabos;
1.1.4 3º Andar;
- Termo de entrega nº2 (final): Ocorreu em agosto de 2012 no qual foram aceitas todas
as outras entregas do projeto.
4.4.5. Controlar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle)
O processo Controlar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto.
45
A contratante SIDEROBRAS possuía formulário específico para aprovação de solicitações de
mudanças em projetos, sendo estas com nível de aprovação variável em relação ao impacto
causado.
Todas as solicitações de mudanças apresentadas e aprovadas foram registradas em atas de
reunião e/ou e-mails. Não foi utilizado formulário específico para registro das mudanças no
escopo do projeto, devido a estas mudanças não terem impactado na linha de base custo e
tempo do projeto.
Na Tabela 4 a seguir, seguem as mudanças listadas de A a J no campo Índice, ocorridas no
escopo do produto por área, conforme listadas na Tabela 2 e a justificativa de sua solicitação.
Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012)
Índice Área/ Mudança Justificativa
1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
1.1 Sala Elétrica
1.2 Cabine Operação
2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares
2.1 Subestação
A
Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores
sonoros e visuais da área da Galeria de Cabos
Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos
porém o ambiente a ser protegido era um
Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de
instalação
2.2 Desempenadeira off-line
B
Substituído Sistema de Detectores de fumaça por
amostragem do ar por sistema de Detectores lineares
de temperatura no Porão de Cabos
Ambiente aberto, detecção por amostragem de ar
tornou-se ineficiente para ambiente
2.3 Prensa hidráulica
C
Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores
sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Prensa
a Subestação
Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos,
porém o ambiente a ser protegido era um
Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de
instalação
2.4 Máquina de Ultrassom
D
Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores
sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E.
Ultrassom a Subestação
Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos,
porém o ambiente a ser protegido era um
Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de
instalação
2.5 Mesas de rolos
E
Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por
outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de
investimento da empresa em outra área.
A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala
Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4).
Substituído escopo pela montagem na Casa de
Bombas (outro projeto não relacionado).
2.6 Transferidor 1
F
Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por
outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de
investimento da empresa em outra área.
A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala
Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4).
Substituído escopo pela montagem na Casa de
Bombas (outro projeto não relacionado).
2.7 Transferidor 2
G
Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por
outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de
investimento da empresa em outra área.
A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala
Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4).
Substituído escopo pela montagem na Casa de
Bombas (outro projeto não relacionado).
2.8 Máquina de marcação à frio
H
Substituída a instalação no sistema nos cabos da
máquina pela instalação na Sala de Computadores do
Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
Projeto não contemplava a instalação na Sala de
Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line.
46
Índice Área/ Mudança Justificativa
2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente
2.10 Medidores de forma 1 e 2
I
Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 pela
instalação na Sala de Computadores do Resfriamento
controlado e desempenadeira on-line
Sala Elétrica 1 já possuía SDAI.
Projeto não contemplava a instalação na Sala de
Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line.
J
Substituída a instalação na Sala Elétrica 2 pela
instalação na Sala de Computadores do Resfriamento
controlado e desempenadeira on-line
Sala Elétrica 2 já possuía SDAI.
Projeto não contemplava a instalação na Sala de
Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line.
Todas as mudanças do projeto foram acordadas entre as empresas SIDEROBRAS e
COMBATESYS e executadas pela empresa contratada sem ônus à empresa contratante.
4.5. Outras informações
Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala
Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line), conforme item
1.1.1 da Tabela 1, encontra-se atualmente inoperante devido o ponto de água de conexão do
sistema automático de combate a incêndio (Water Spray) disponibilizado pelo contratante
SIDEROBRAS não possuir pressão e vazão necessárias a seu funcionamento.
Atualmente está sendo discutido um pleito relativo à segunda desmobilização e mobilização
no projeto incluindo também atrasos na disponibilização das salas para execução devido a
erro do cronograma do projeto elaborado pela empresa contratante SIDEROBRAS e
repassado à contratada COMBATESYS.
47
5. ANÁLISE DOS DADOS
5.1. Identificação e análise indefinições no escopo do produto e do projeto
As indefinições do escopo do projeto foram:
- Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do
sistema. Conforme Tabela 1 (Master Plan empresa SIDEROBRAS), os investimentos
seriam realizados até 2013 e foi fixada data de julho de 2010 para finalização da
montagem do SDAI pela empresa COMBATESYS e que ocasionou com isto um erro
no cronograma do projeto, erro este que resultou em mudança na linha de base de
tempo e custo (pleito a ser discutido entre as empresas);
- Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção
dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS. Esta
indefinição dificultou a Verificação do escopo do projeto devido ao responsável
definido posteriormente no projeto apresentar restrição quanto ao recebimento da
entrega (exigência de requisitos que não constavam na Declaração do escopo do
projeto). A restrição apresentada pelo responsável da manutenção, ou seja, cliente do
projeto, seria a da inexistência de caixa d’água exclusiva para o Sistema automático de
combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do
Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line). A entrega por sua vez
foi aceita por este item não ser escopo do projeto e a própria empresa SIDEROBRAS
não possuir sistema específico de água para combate a incêndio que atenda aos
requisitos exigidos.
As indefinições do escopo do produto apresentadas foram:
- Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de
água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos
transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line). Esta indefinição ocasionou na desativação do sistema devido
o mesmo não possuir pressão e vazão necessárias a seu correto e eficaz
funcionamento;
- Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de
construção) a serem protegidos. Esta indefinição gerou custos desnecessários de
revisão de projeto para empresa COMBATESYS que por sua vez ocasionou no não
48
fornecimento de alguns equipamentos e/ou substituição por outros de menor valor.
Esta indefinição foi a responsável pelas mudanças A, B, C e D da Tabela 4;
- Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e
Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização.
Verificado posteriormente que não se tratavam de ambientes e sim equipamentos cuja
Sala Elétrica é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom. O custo4
da
implantação do projeto poderia ter sido reduzido já que os ambientes em questão já
estavam contemplados. Esta indefinição foi responsável pelas mudanças E, F e G da
Tabela 4;
- Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida,
logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS. Foi definido
posteriormente que seria utilizada uma sala para abrigar os equipamentos destas duas
salas elétricas e esta sala já possuía sistema de SDAI. O Sistema de SDAI
contemplado no escopo desta sala foi então substituído pelo Ambiente da Sala de
Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line;
- Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-
line não estava definido como escopo do projeto. Inicialmente um dos ambientes mais
importantes do projeto não estava contemplado e visando a equalização do escopo, o
mesmo foi incluído em troca dos ambientes Cabos da Máquina de marcação à frio e
Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2, como pode ser visto nas mudanças
H, I e J da Tabela 4.
5.2. Análise das mudanças de escopo do produto e do projeto
A principal mudança no escopo do projeto foi:
- Alteração da linha de base de tempo do projeto pela contratante SIDEROBRAS, fato
este que gerou uma alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência
uma segunda mobilização da equipe contratada COMBATESYS. Conforme já
4
Foi incluída no escopo do projeto a Casa de bombas (outro projeto não relacionado), em troca da Sala Elétrica
das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e Sala Elétrica do Transferidor 2. Esta mudança também
não foi vantajosa, pois estavam previstos 3 ambientes a serem protegidos e a Casa de bombas só possuía 2
ambientes de menor área.
49
discutido anteriormente, este alteração ocorreu devida uma indefinição das datas em
que os ambientes estariam disponibilizados.
As mudanças do produto estão listadas de A a J na Tabela 4 conforme escopo do produto por
área apresentado na Tabela 2.
- Mudança A: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais
da área da Galeria de Cabos da Subestação. Esta mudança ocorreu devido à
indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;
- Mudança B: Substituído Sistema de Detectores de fumaça por amostragem do ar por
sistema de Detectores lineares de temperatura no Porão de Cabos da Desempenadeira
off-line. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os
ambientes;
- Mudança C: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais
da área da Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à
indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;
- Mudança D: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais
da área da Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à
indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;
- Mudança E, F e G: Substituída a instalação do sistema nas Sala Elétricas do
Transferidor 1, Transferidor 2 e Mesas de rolos por outra Sala Elétrica pertencente a
outro grupo de investimento da empresa em outra área. Esta mudança ocorreu devido
à indefinição de tamanho e localização destas salas. Verificado posteriormente que se
tratava de equipamentos e não ambientes;
- Mudança H: Substituída a instalação no sistema nos cabos da máquina de marcação à
frio pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line. Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no
projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line;
- Mudanças I e J: Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 e 2 dos medidores de forma
1 e 2 pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no
projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line.
50
5.3. Metodologias do gerenciamento do escopo que contribuem para minimização da
indefinição do escopo do produto e do projeto
As indefinições do escopo do projeto, conforme item 5.1, foram:
- Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do
sistema;
- Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção
dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS.
A primeira indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Criar a
EAP. Este processo não foi utilizado pelo projeto. Através da EAP é que as atividades do
projeto poderão ser incluídas no Cronograma do projeto. A Criação de um Cronograma do
projeto sem vínculos com todos os entregáveis e outros projetos relacionados fizeram com
que as atividades fossem programadas em datas que as salas ainda não estavam prontas.
A segunda indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Coletar os
requisitos. Apesar do processo de Coletar os requisitos ter sido usado no projeto, o mesmo
utilizou de um documento de Registro das partes interessadas incompleto, no qual não
constava o cliente que receberia o sistema. Também não foi criado Plano de gerenciamento
dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos. A criação deste plano e matriz e
por consequência sua revisão ao longo do projeto minimizariam a probabilidade de algum
requisito não ser atendido pelo cliente.
As indefinições do escopo do produto, conforme item 5.1, foram:
- Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de
água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos
transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e
desempenadeira on-line);
- Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de
construção) a serem protegidos;
- Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e
Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização.
- Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida,
logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS.
51
- Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-
line não estava definido como escopo do projeto.
A primeira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do
processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveria estar clara a
restrição de vazão e pressão necessárias ao Sistema automático de combate a incêndio bem
como a inclusão ou não do fornecimento de caixa d’água exclusiva para o sistema.
A segunda indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do
processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as
dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas.
A terceira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do
processo de Criar a EAP. Conforme pode ser verificado na Declaração do escopo do projeto, a
mesma estava dividida por áreas. Foi verificado que as Salas elétricas da Mesas de Rolos,
Transferidor 1 e Transferidor 2 eram em ambos os casos a mesma Sala Elétrica da Máquina
de Ultrassom e que não se tratavam de áreas e sim equipamentos pertencentes à Máquina de
Ultrassom. A Criação da EAP estruturada por área de fornecimento contribuiria de forma
significativa pela identificação desta inconsistência e por consequência geraria uma correção
na Declaração do escopo do projeto.
A quarta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do
processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as
dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas.
A quinta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do
processo de Criar a EAP. Com a criação da EAP estruturada por área seria possível observar a
falta deste ambiente que por consequência geraria uma correção na Declaração do escopo do
projeto incluindo este ambiente ao escopo do projeto.
Outro processo que contribui para minimização da indefinição do escopo, mesmo que para
projetos futuros, é o processo de Controlar o escopo. Este processo foi utilizado pelo projeto,
porém não foi utilizado formulário especifico para registro das solicitações de mudanças no
projeto. Todas as mudanças foram registradas em e-mail trocados entra as partes
SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um grande problema em relação a este item seria o da
perda de informações relevantes do projeto e o não registro da mesma em sistema oficial de
gerenciamento de projeto possibilitando com isto que sejam geradas lições aprendidas.
52
5.4. Redefinição do escopo
Conforme análise dos dados do projeto é possível então definir qual é o escopo correto para o
projeto em questão. A seguir, na Figura 18, é apresentada a EAP redefinida com o resumo dos
principais entregáveis em sua forma gráfica. O detalhamento completo da EAP está Tabela 5
a seguir, cuja representação está na forma analítica e onde são apresentados todos os
entregáveis do projeto. A EAP foi concebida pela divisão dos entregáveis por área. Sua
apresentação reforça a importância de sua elaboração realizada através do processo Criar a
EAP, que não foi utilizado neste projeto.
Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor)
Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor)
EAP Projeto Instalação SDAI
1 Projeto Instalação SDAI
1.1 Ger. Do Projeto
1.1.1 Plano Ger. Projeto
1.1.1.1 Declaração do Escopo
1.1.1.2 EAP e Dicionário
53
EAP Projeto Instalação SDAI
1.1.1.3 Matriz de Responsabilidade
1.1.1.4 Plano de Comunicação
1.1.1.5 Registro dos Riscos
1.1.1.6 Plano de Qualidade
1.1.1.7 Mapa de Aquisições
1.1.1.8 Cronograma
1.1.1.9 Orçamento
1.1.1.10 Apresentação do Plano
1.1.2 Monitoramento e Controle
1.1.2.1 Relatórios de progresso
1.1.2.2 Reuniões de Acompanhamento
1.2 Iniciação
1.2.1 Assinatura Contrato
1.2.2 Mobilização Canteiro Obras
1.3 Instalação
1.3.1 Projeto 1 Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
1.3.1.1 Sala Elétrica
1.3.1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV
1.3.1.1.1.1 Acionadores manuais
1.3.1.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.1.1.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.1.1.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.1.1.5 Sistema automático de combate a incêndio
1.3.1.1.2 2º Andar
1.3.1.1.2.1 Acionadores manuais
1.3.1.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.1.2.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.1.1.2.4 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.1.2.5 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.1.2.6 Proteção Passiva
1.3.1.1.3 Porão de Cabos
1.3.1.1.3.1 Acionadores manuais
1.3.1.1.3.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.1.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.1.3.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.1.3.5 Proteção Passiva
1.3.1.1.4 3º Andar
1.3.1.1.4.1 Acionadores manuais
1.3.1.1.4.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.1.4.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.1.4.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.1.4.5 Proteção Passiva
1.3.1.2 Cabine Operação
1.3.1.2.1 Cabine
1.3.1.2.1.1 Acionadores manuais
1.3.1.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.2.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.2.1.5 Proteção Passiva
1.3.1.2.1.6 Central Incêndio
1.3.1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar
1.3.1.2.2.1 Acionadores manuais
1.3.1.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.2.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.2.2.5 Proteção Passiva
54
EAP Projeto Instalação SDAI
1.3.1.2.3 Sala Instrumentação
1.3.1.2.3.1 Acionadores manuais
1.3.1.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.2.3.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.2.3.5 Proteção Passiva
1.3.1.2.4 Galeria Cabos
1.3.1.2.4.1 Acionadores manuais
1.3.1.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.2.4.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.1.2.4.4 Proteção Passiva
1.3.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
1.3.1.3.1 Sala Servidores
1.3.1.3.1.1 Acionadores manuais
1.3.1.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.3.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.3.1.5 Proteção Passiva
1.3.1.3.2 Sala Equipe Automação
1.3.1.3.2.1 Acionadores manuais
1.3.1.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.1.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.1.3.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.1.3.2.5 Proteção Passiva
1.3.2 Projeto 2 Equipamentos Auxiliares
1.3.2.1 Subestação
1.3.2.1.1 Transformadores
1.3.2.1.1.1 Acionadores manuais
1.3.2.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.1.1.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.1.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.1.1.5 Proteção Passiva
1.3.2.1.2 Sala Elétrica
1.3.2.1.2.1 Acionadores manuais
1.3.2.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.1.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.1.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.1.2.5 Proteção Passiva
1.3.2.1.3 Bandejamento Aéreo
1.3.2.1.3.1 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.1.3.2 Proteção Passiva
1.3.2.2 Desempenadeira off-line
1.3.2.2.1 Porão de Cabos
1.3.2.2.1.1 Acionadores manuais
1.3.2.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.2.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.2.1.5 Proteção Passiva
1.3.2.2.2 Sala Elétrica
1.3.2.2.2.1 Acionadores manuais
1.3.2.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.2.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.2.2.5 Proteção Passiva
1.3.2.2.3 Cabine Operação
1.3.2.2.3.1 Acionadores manuais
55
EAP Projeto Instalação SDAI
1.3.2.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.2.3.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.2.3.5 Proteção Passiva
1.3.2.2.3.6 Central Incêndio
1.3.2.2.4 Galeria Cabos
1.3.2.2.4.1 Acionadores manuais
1.3.2.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.2.4.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.2.4.4 Proteção Passiva
1.3.2.3 Prensa Hidráulica
1.3.2.3.1 Púlpito Operação
1.3.2.3.1.1 Acionadores manuais
1.3.2.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.3.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.3.1.5 Proteção Passiva
1.3.2.3.2 Sala Elétrica
1.3.2.3.2.1 Acionadores manuais
1.3.2.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.3.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.3.2.5 Proteção Passiva
1.3.2.3.3 Bandejamento Aéreo S.E. Prensa a Subestação
1.3.2.3.3.1 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.3.3.2 Proteção Passiva
1.3.2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa
1.3.2.3.4.1 Acionadores manuais
1.3.2.3.4.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.3.4.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.3.4.4 Proteção Passiva
1.3.2.4 Máquina de Ultrassom
1.3.2.4.1 Púlpito Operação
1.3.2.4.1.1 Acionadores manuais
1.3.2.4.1.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.4.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.4.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.4.1.5 Proteção Passiva
1.3.2.4.2 Sala Elétrica
1.3.2.4.2.1 Acionadores manuais
1.3.2.4.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.4.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.4.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.4.2.5 Proteção Passiva
1.3.2.4.3 Bandejmento Aéreo S.E. Ultrassom a Subestação
1.3.2.4.3.1 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.4.3.2 Proteção Passiva
1.3.2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação
1.3.2.4.4.1 Acionadores manuais
1.3.2.4.4.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.4.4.3 Detectores lineares de temperatura
1.3.2.4.4.4 Proteção Passiva
1.3.2.5 Máquina de marcação à frio
1.3.2.5.1 Púlpito Operação
1.3.2.5.1.1 Acionadores manuais
1.3.2.5.1.2 Avisadores sonoros e visuais
56
EAP Projeto Instalação SDAI
1.3.2.5.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.5.1.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.5.1.5 Proteção Passiva
1.3.2.5.2 Sala Elétrica
1.3.2.5.2.1 Acionadores manuais
1.3.2.5.2.2 Avisadores sonoros e visuais
1.3.2.5.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar
1.3.2.5.2.4 Extintores manuais de incêndio
1.3.2.5.2.5 Proteção Passiva
1.4 Testes
1.4.1 Projeto 1
1.4.1.1 Sala Elétrica
1.4.1.2 Cabine Operação
1.4.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line
1.4.2 Projeto 2
1.4.2.1 Subestação
1.4.2.2 Desempenadeira off-line
1.4.2.3 Prensa Hidráulica
1.4.2.4 Máquina de Ultrassom
1.4.2.5 Máquina de marcação à frio
1.5 Encerramento
1.5.1 As Built
1.5.2 Data Book
1.5.3 Manual Operação e Manutenção
1.5.4 Treinamento Operação
1.5.5 Treinamento Manutenção
1.5.6 Desmobilização Canteiro Obras
1.5.7 Contrato
A instalação do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) da Casa de
Bombas realizado através das Mudanças E, F e G da Tabela 4 não foi incluído na EAP
redefinida por não pertencer ao escopo original do projeto.
57
6. CONCLUSÕES
Conforme pode ser observado, a empresa SIDEROBRAS utilizou de quatro dos cinco
processos do Gerenciamento do escopo do Projeto, sendo eles: Coletar os requisitos, Definir o
escopo, Verificar o escopo e Controlar o escopo. Não foi utilizado pelo projeto o processo
Criar a EAP.
O processo Coletar os requisitos foi o responsável pelos problemas apresentados na
Declaração do escopo do projeto, elaborada através do processo Definir o escopo. A
Declaração do escopo do projeto a ser executado apresentou-se incompleta, divergente e com
indefinições. Suas causas básicas foram:
- Falha no Registro das partes interessadas, que não constava o cliente que faria a
manutenção do SDAI e que também faria a aceitação;
- Documentação dos requisitos incompleta;
- Falta de Plano de gerenciamento dos requisitos;
- Falta da Matriz de rastreabilidade dos requisitos.
Algumas indefinições no escopo do projeto foram ocasionadas pelo processo Definir o
escopo, pois faltaram informações detalhadas para alguns dos entregáveis do projeto.
A não utilização do processo Criar a EAP foi o causador de alguns dos problemas do processo
Controlar o Escopo.
O Cronograma do projeto não foi elaborado com base na EAP o que fez com que ocorresse
alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência uma segunda mobilização
da equipe contratada COMBATESYS.
Foi possível observar que, com a Criação da EAP, equipamentos pertencentes a uma
determinada área, que estavam como ambientes a serem protegidos gerando com isto uma
duplicação, poderiam ter sido retirados a tempo reduzindo com isto o escopo do projeto.
Também seria através dela que ambientes importantes a serem inseridos no projeto também
poderiam ser adicionados antes do fechamento do escopo do projeto.
A Criação da EAP poderia gerar também correções na Declaração do escopo do projeto, uma
vez que identificaria indefinições antes do fechamento final do escopo.
No geral, a utilização de todos os processos do Gerenciamento do escopo do projeto contribui
para a minimização da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e
58
alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS. Também foi notável que a não
utilização de um dos processos ou a utilização de forma incompleta impacta diretamente na
execução dos demais processos do Gerenciamento do escopo do projeto.
Para este processo específico, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e
principalmente a não utilização do Processo Criar a EAP foram os causadores de inúmeros
problemas no Gerenciamento do escopo do projeto. Foram também as causas de várias
indefinições e das mudanças do projeto.
Outro ponto importante, conforme já dito, não foi utilizado formulário especifico para registro
das solicitações de mudanças no projeto no processo Controlar o escopo. Todas as mudanças
foram registradas em e-mail trocados entra as partes SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um
grande problema em relação a este item seria o da perda de informações relevantes do projeto
e o não registro da mesma em sistema oficial de gerenciamento de projeto possibilitando com
isto que sejam geradas lições aprendidas.
59
REFERÊNCIAS
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 9441: Execução de sistemas de
detecção e alarme de incêndio. Rio de Janeiro, 1998.
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 14432: Exigências de resistência
ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento. Rio de Janeiro, 2001.
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 17240: Sistemas de detecção e
alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de
detecção e alarme de incêndio - Requisitos. 1. ed. Rio de Janeiro, 2010.
ARGUS. Produtos e Sistemas Contra Incêndio – Detecção linear de temperatura. Disponível
em: http://www.argus-engenharia.com.br/sistema-contra-incendio/1/7/detec-o-linear-de-
temperatura/. Acesso em: 8 abr. 2013.
CBMMG, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Legislação. Disponível em:
http://www.bombeiros.mg.gov.br/legislacao.html. Acesso em: 29 jul. 2013.
CHAVES, L.; NETO, F.; PECH, G.; CARNEIRO, M. Gerenciamento da comunicação em
projetos. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
COMBATESYS. Site da Empresa COMBATESYS. Disponível em: internet. Acesso em: 9
jul. 2013.
JUNIOR, I.; CIERCO, A.; ROCHA, A.; MOTA, E.; LEUSIN, S. Gestão da qualidade. 10.ed.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
NOTIFIER. Fire Alarm Sistems and Technology. Disponível em:
http://www.notifier.com/Pages/default.aspx. Acesso em: 8 abr. 2013.
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). NR 23: Proteção Contra Incêndios. 2011.
PMI, Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de
Projetos (Guia PMBOK®®). Tradução oficial para o português do PMBOK® (Project
Management Body of Knowledge) Guide. PMI, 2008.
PMI, Project Management Institute. Estudo de benchmarking: Gerenciamento de projetos
2004 Brasil. Disponível em: http://pmi-rio.ning.com/page/benchmarking-1. Acesso em: 9 jan.
2013. PMI-BR, 2004.
GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO
GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação motores de indução
Apresentação motores de induçãoApresentação motores de indução
Apresentação motores de induçãoLuiz Carlos Farkas
 
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio becoEstruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio becoJonatas Ramos
 
Norma EDP-Escelsa Instalações Individuais
Norma EDP-Escelsa Instalações IndividuaisNorma EDP-Escelsa Instalações Individuais
Norma EDP-Escelsa Instalações Individuaisjacksoow Sobrenome
 
Vasos de pressao (3)
Vasos de pressao (3)Vasos de pressao (3)
Vasos de pressao (3)Jupira Silva
 
Motores weg especificações
Motores weg especificaçõesMotores weg especificações
Motores weg especificaçõesMarcio Lobão
 
Construção de Redes de Distribuição
Construção de Redes de DistribuiçãoConstrução de Redes de Distribuição
Construção de Redes de DistribuiçãoMoisés Gomes de Lima
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestaçãoRafael Silveira
 
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.Jean Paulo Mendes Alves
 
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concretoNbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concretoFabiana Cunha Consultare
 
Luminotécnica ( Iluminância e Cálculos )
Luminotécnica  (  Iluminância e Cálculos )Luminotécnica  (  Iluminância e Cálculos )
Luminotécnica ( Iluminância e Cálculos )Ricardo Akerman
 
Roteira de Manutenção
Roteira de ManutençãoRoteira de Manutenção
Roteira de Manutençãojccabral
 
6.05 _dimensionamento
6.05  _dimensionamento6.05  _dimensionamento
6.05 _dimensionamentoWilson Heck
 
Projetos elétricos residenciais - Completo
Projetos elétricos residenciais  - CompletoProjetos elétricos residenciais  - Completo
Projetos elétricos residenciais - CompletoSala da Elétrica
 
Desenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônicoDesenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônicoFabio Curty
 
E cap 5- divisão da instalação em circuitos
E cap 5- divisão da instalação em circuitosE cap 5- divisão da instalação em circuitos
E cap 5- divisão da instalação em circuitosAndré Felipe
 
50620977 nbr-iec-60439-1-2003
50620977 nbr-iec-60439-1-200350620977 nbr-iec-60439-1-2003
50620977 nbr-iec-60439-1-2003Fabio Prado
 

Mais procurados (20)

Cpfl normas
Cpfl normasCpfl normas
Cpfl normas
 
Apresentação motores de indução
Apresentação motores de induçãoApresentação motores de indução
Apresentação motores de indução
 
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio becoEstruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
 
Norma EDP-Escelsa Instalações Individuais
Norma EDP-Escelsa Instalações IndividuaisNorma EDP-Escelsa Instalações Individuais
Norma EDP-Escelsa Instalações Individuais
 
Vasos de pressao (3)
Vasos de pressao (3)Vasos de pressao (3)
Vasos de pressao (3)
 
Motores weg especificações
Motores weg especificaçõesMotores weg especificações
Motores weg especificações
 
Construção de Redes de Distribuição
Construção de Redes de DistribuiçãoConstrução de Redes de Distribuição
Construção de Redes de Distribuição
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestação
 
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
ATERRAMENTO & SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
 
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concretoNbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
 
Calculo resistencia de solda
Calculo resistencia de soldaCalculo resistencia de solda
Calculo resistencia de solda
 
Luminotécnica ( Iluminância e Cálculos )
Luminotécnica  (  Iluminância e Cálculos )Luminotécnica  (  Iluminância e Cálculos )
Luminotécnica ( Iluminância e Cálculos )
 
Nbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacaoNbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacao
 
Tabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motorTabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motor
 
Roteira de Manutenção
Roteira de ManutençãoRoteira de Manutenção
Roteira de Manutenção
 
6.05 _dimensionamento
6.05  _dimensionamento6.05  _dimensionamento
6.05 _dimensionamento
 
Projetos elétricos residenciais - Completo
Projetos elétricos residenciais  - CompletoProjetos elétricos residenciais  - Completo
Projetos elétricos residenciais - Completo
 
Desenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônicoDesenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônico
 
E cap 5- divisão da instalação em circuitos
E cap 5- divisão da instalação em circuitosE cap 5- divisão da instalação em circuitos
E cap 5- divisão da instalação em circuitos
 
50620977 nbr-iec-60439-1-2003
50620977 nbr-iec-60439-1-200350620977 nbr-iec-60439-1-2003
50620977 nbr-iec-60439-1-2003
 

Destaque

Declaração de escopo MODELO
Declaração de escopo MODELODeclaração de escopo MODELO
Declaração de escopo MODELOSuzana Sarmento
 
Projetos Web - Definição do Escopo do Projeto
Projetos Web - Definição do Escopo do ProjetoProjetos Web - Definição do Escopo do Projeto
Projetos Web - Definição do Escopo do ProjetoOdair Cavichioli
 
Sistemas de Detecção de Intrusão
Sistemas de Detecção de Intrusão Sistemas de Detecção de Intrusão
Sistemas de Detecção de Intrusão r5f4y7s9f8g5b245
 
It 19 sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)
It 19   sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)It 19   sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)
It 19 sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)PCRF1983
 
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projeto
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projetoEstrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projeto
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projetoLuanildo Silva
 
Sistemas prediais de prevencao contra incendio
Sistemas prediais de prevencao contra incendioSistemas prediais de prevencao contra incendio
Sistemas prediais de prevencao contra incendioPaulo H Bueno
 
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)Ana Marques
 
Sistemas de combate a incêndio introduçao a engenharia
Sistemas de combate a incêndio  introduçao a engenhariaSistemas de combate a incêndio  introduçao a engenharia
Sistemas de combate a incêndio introduçao a engenhariaJúnior Pereira
 
O escopo do marketing
O escopo do marketingO escopo do marketing
O escopo do marketingvalter2001
 
Engenharia de segurança no trabalho
Engenharia de segurança no trabalhoEngenharia de segurança no trabalho
Engenharia de segurança no trabalhoR Gómez
 
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...nvenanzoni
 
Prevenção e combate a incêndio.pptx
Prevenção e combate a incêndio.pptxPrevenção e combate a incêndio.pptx
Prevenção e combate a incêndio.pptxLeo Monteiro
 
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistema
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de SistemaGerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistema
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistemaelliando dias
 
Incêndio - Instalações Predias
Incêndio - Instalações PrediasIncêndio - Instalações Predias
Incêndio - Instalações PrediasVeronica Alcântara
 
Leitura e Interpretação de Projeto Arquitetônico
Leitura e Interpretação de Projeto ArquitetônicoLeitura e Interpretação de Projeto Arquitetônico
Leitura e Interpretação de Projeto ArquitetônicoProfbaiano
 
Treinamento para canteiro de obras
Treinamento para canteiro de obrasTreinamento para canteiro de obras
Treinamento para canteiro de obrasneemiasgomes
 

Destaque (20)

Abnt nbr 17240 2010 completa
Abnt nbr 17240 2010 completaAbnt nbr 17240 2010 completa
Abnt nbr 17240 2010 completa
 
Declaração de escopo MODELO
Declaração de escopo MODELODeclaração de escopo MODELO
Declaração de escopo MODELO
 
Projetos Web - Definição do Escopo do Projeto
Projetos Web - Definição do Escopo do ProjetoProjetos Web - Definição do Escopo do Projeto
Projetos Web - Definição do Escopo do Projeto
 
Sistemas de Detecção de Intrusão
Sistemas de Detecção de Intrusão Sistemas de Detecção de Intrusão
Sistemas de Detecção de Intrusão
 
Escopo Allan Loredana(1)
Escopo   Allan   Loredana(1)Escopo   Allan   Loredana(1)
Escopo Allan Loredana(1)
 
It 19 sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)
It 19   sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)It 19   sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)
It 19 sistema de detecção e alarme de incêndio (2011)
 
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projeto
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projetoEstrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projeto
Estrutura Analítica do Projeto: A Espinha dorsal do projeto
 
Sistemas prediais de prevencao contra incendio
Sistemas prediais de prevencao contra incendioSistemas prediais de prevencao contra incendio
Sistemas prediais de prevencao contra incendio
 
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)
Modulo 2 - Execução de programas e projectos do desporto (GPPD)
 
Sistemas de combate a incêndio introduçao a engenharia
Sistemas de combate a incêndio  introduçao a engenhariaSistemas de combate a incêndio  introduçao a engenharia
Sistemas de combate a incêndio introduçao a engenharia
 
O escopo do marketing
O escopo do marketingO escopo do marketing
O escopo do marketing
 
Engenharia de segurança no trabalho
Engenharia de segurança no trabalhoEngenharia de segurança no trabalho
Engenharia de segurança no trabalho
 
A construção civil e seus riscos
A construção civil e seus riscosA construção civil e seus riscos
A construção civil e seus riscos
 
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...
FGV Bauru GPJ7 - Plano de Gerenciamento de Escopo v1 - Disciplina Concorrênci...
 
Prevenção e combate a incêndio.pptx
Prevenção e combate a incêndio.pptxPrevenção e combate a incêndio.pptx
Prevenção e combate a incêndio.pptx
 
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistema
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de SistemaGerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistema
Gerenciamento de Projeto para Desenvolvimento de Sistema
 
Rotas fuga
Rotas fugaRotas fuga
Rotas fuga
 
Incêndio - Instalações Predias
Incêndio - Instalações PrediasIncêndio - Instalações Predias
Incêndio - Instalações Predias
 
Leitura e Interpretação de Projeto Arquitetônico
Leitura e Interpretação de Projeto ArquitetônicoLeitura e Interpretação de Projeto Arquitetônico
Leitura e Interpretação de Projeto Arquitetônico
 
Treinamento para canteiro de obras
Treinamento para canteiro de obrasTreinamento para canteiro de obras
Treinamento para canteiro de obras
 

Semelhante a GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisão
Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisãoData mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisão
Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisãoAntonioEE256
 
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível G
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível GUm estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível G
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível GMarcos Vinícius Godinho
 
Plano de projeto: Bichos do Campus na Web
Plano de projeto: Bichos do Campus na WebPlano de projeto: Bichos do Campus na Web
Plano de projeto: Bichos do Campus na WebJorge Roberto
 
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Igor Costa
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...cmonty
 
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemas
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemasPlanejamento em desenvolvimento_de_sistemas
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemasTiago
 
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...Gilberto De Martino Jannuzzi
 
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURAESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURASabrina Mariana
 
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiais
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiaisPlano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiais
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiaisMarcos Pessoa
 
Estudo layout empresa
Estudo layout empresaEstudo layout empresa
Estudo layout empresathagaus
 
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...Claudio Cosenza, Manager, MBA
 
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...Guilherme Witte Cruz Machado
 
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes final
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes finalModelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes final
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes finalwrcardoso
 
Postgre sql
Postgre sqlPostgre sql
Postgre sqlTiago
 
Dissertação google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...
Dissertação  google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...Dissertação  google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...
Dissertação google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...Sandro Santana
 
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...Diogo Rocha Ferreira de Menezes
 

Semelhante a GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO (20)

Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisão
Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisãoData mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisão
Data mining: Auxiliando as empresas na tomada de decisão
 
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível G
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível GUm estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível G
Um estudo de caso para a avaliação do Scrum sob a Óptica do MPS.BR Nível G
 
Plano de projeto: Bichos do Campus na Web
Plano de projeto: Bichos do Campus na WebPlano de projeto: Bichos do Campus na Web
Plano de projeto: Bichos do Campus na Web
 
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
 
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemas
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemasPlanejamento em desenvolvimento_de_sistemas
Planejamento em desenvolvimento_de_sistemas
 
Gerenciamento escopo 10
Gerenciamento escopo 10Gerenciamento escopo 10
Gerenciamento escopo 10
 
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
 
Tcc carlos ribeiro luiz v02
Tcc   carlos ribeiro luiz v02Tcc   carlos ribeiro luiz v02
Tcc carlos ribeiro luiz v02
 
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURAESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
ESTRATÉGIA DE REAÇÃO EM CALL CENTER: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
 
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiais
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiaisPlano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiais
Plano do projeto de software SIGEM - Sistema de gestão de materiais
 
Estudo layout empresa
Estudo layout empresaEstudo layout empresa
Estudo layout empresa
 
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
 
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...
Tecnologia Industrial Básica - Diretrizes para o Setor de Máquinas e Equipame...
 
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes final
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes finalModelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes final
Modelo plano de projeto de sw oo gerenciamento de clientes final
 
1198-6534-1-PB
1198-6534-1-PB1198-6534-1-PB
1198-6534-1-PB
 
Postgre sql
Postgre sqlPostgre sql
Postgre sql
 
Dissertação google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...
Dissertação  google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...Dissertação  google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...
Dissertação google inc act on general strike suzart Attain to cpf 051 812 95...
 
Engenharia De Requisitos
Engenharia De RequisitosEngenharia De Requisitos
Engenharia De Requisitos
 
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CMMI NIVEL DOIS DE MATURIDADE ...
 

GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

  • 1. PATRICK PIRES ALVIM GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO Trabalho apresentado ao curso MBA em Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização, do Programa FGV Management da Fundação Getulio Vargas, como pré-requisito para a obtenção do Titulo de Especialista. Edmarson Bacelar Mota Coordenador Acadêmico Executivo MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa Orientador Ipatinga – MG 2013
  • 2. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS O Trabalho de Conclusão de Curso Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio elaborado por Patrick Pires Alvim e aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em Gerenciamento de Projetos, Nível de Especialização, do Programa FGV Management. Data da Aprovação: Ipatinga, 19 de novembro de 2013. Edmarson Bacelar Mota Coordenador Acadêmico Executivo MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa Orientador
  • 3. TERMO DE COMPROMISSO O aluno Patrick Pires Alvim, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de Projetos, Turma GP04-Ipatinga do Programa FGV Management, realizado nas dependências da instituição conveniada Target Business School (TBS), no período de 28/11/2011 a 20/09/2013, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio, é autêntico e original. Ipatinga, 19 de novembro de 2013. Patrick Pires Alvim
  • 4. Primeiramente a Deus, para meus pais, namorada, amigos e professores.
  • 5. RESUMO Neste trabalho foi realizado o estudo e análise do Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio de uma empresa de grande porte do setor siderúrgico nacional. Após uma revisão bibliográfica do tema abordado, foi realizada toda a coleta dos dados dos documentos do projeto, em especial a Declaração do escopo do projeto e dos processos do gerenciamento do projeto utilizados, visando identificar as causas das indefinições no escopo do produto e do projeto e das mudanças ocorridas. Palavras Chave: Gerenciamento do Escopo de Projeto; Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio; Declaração do Escopo; Indefinições no escopo.
  • 6. ABSTRACT On this paper was made a study and analysis of the Project Scope Management of Detection, alarm and firefighting System in a large company of national steel sector. After a bibliographical review of the issue, was made all the data collection on the project's documents, in particular the Statement of work and the project management processes used to identify the causes of indefiniteness on the scope of the product and the project and its changes. Key Words: Project Scope Management; Detection, alarm and firefighting System; Statement of work; Scope indefiniteness.
  • 7. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais Antônio e Neuza, pela educação e o apoio ao longo desta caminhada. Agradeço à minha namorada Renata pelo apoio, incentivo e bons momentos que vivenciamos juntos. Gostaria de agradecer a todos os professores, amigos e família que contribuíram muito para mais esta realização. Agradeço a DEUS por todos os momentos vividos e por ter me guiado nesta caminhada, que sem dúvida, não se completaria sem a Sua direção.
  • 8. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral (Fonte: PMI-BR, 2008)...................................................................................................................10 Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI, 2008) ...............................................................................................................................................12 Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008) .........................................................................................................................................................16 Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008) ....18 Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010)..............20 Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008)............21 Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008) .24 Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et al., 2010).........................................................................................................................................25 Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008)26 Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013)...30 Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)...................................................................................................................................31 Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) .........................................................................................................................31 Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013).....................................................32 Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)..............................................................................................................32 Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) .........................................................................................................................................................33 Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013).............................33 Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por amostragem de ar (Fonte: Xtralis, 2013) .....................................................................................34 Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor).........................52
  • 9. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$ milhões (Fonte: SIDEROBRAS, 2013).........................................................................................38 Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)........40 Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) ..........................42 Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012) ............................45 Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor) .........................52
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CBMMG – Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais EAP – Estrutura analítica do Projeto (do inglês Work breakdown structure ou WBS) PMBOK® – Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (do inglês Project Management Body of Knowledge) PMI – Project Management Institute NR – Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego SDCAI – Sistemas de detecção, combate e alarme a incêndio SDAI – Sistema de detecção e alarme a incêndio SOW – Declaração do escopo do projeto ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho (Statement of work) WBS – Estrutura analítica do Projeto ou EAP (do inglês Work breakdown structure)
  • 11. SUMÁRIO RESUMO ............................................................................................................................. 5 ABSTRACT ......................................................................................................................... 6 LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 8 LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... 9 LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................... 10 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 1.1. PROBLEMA DE PESQUISA............................................................................................ 11 1.2. OBJETIVOS................................................................................................................. 11 1.2.1. GERAL ..................................................................................................................... 11 1.2.2. ESPECÍFICOS............................................................................................................. 11 2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 12 2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS................................................................................. 12 2.1.1. TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (PROJECT CHARTER) ............................................. 13 2.1.2. REGISTRO DAS PARTES INTERESSADAS (STEAKHOLDERS)............................................ 13 2.2. GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO ............................................................... 14 2.2.1. COLETAR OS REQUISITOS .......................................................................................... 15 2.2.2. DEFINIR O ESCOPO .................................................................................................... 17 2.2.3. CRIAR A EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO) ................................................. 19 2.2.4. VERIFICAR O ESCOPO ................................................................................................ 23 2.2.5. CONTROLAR O ESCOPO.............................................................................................. 24
  • 12. 2.3. SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE DE INCÊNDIO (SDACI)..................... 27 2.3.1. TIPOS DE SISTEMA DE DETECÇÃO............................................................................... 28 2.3.2. CONTEÚDO DO PROJETO............................................................................................ 29 2.3.3. CENTRAL DE INCÊNDIO ............................................................................................. 29 2.3.4. DETECTORES DE INCÊNDIO........................................................................................ 30 2.3.5. ACIONADORES MANUAIS........................................................................................... 34 2.3.6. AVISADORES SONOROS E/OU VISUAIS ........................................................................ 34 2.3.7. SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................... 34 2.4. NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA Nº 23 (NR 23) E CBMMG...................... 35 2.5. PROTEÇÃO PASSIVA................................................................................................... 35 3. METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................. 36 4. COLETA DE DADOS................................................................................................. 37 4.1. DESCRIÇÃO DAS EMPRESAS........................................................................................ 37 4.1.1. EMPRESA CONTRATANTE .......................................................................................... 37 4.1.2. EMPRESA CONTRATADA............................................................................................ 37 4.1.3. O CONTRATO ENTRE AS EMPRESAS ............................................................................ 37 4.2. CONTEXTUALIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO PROJETO .................................................. 38 4.3. ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO ......................................................................... 39 4.3.1. DECLARAÇÃO DO ESCOPO DO PROJETO ...................................................................... 39 4.3.1.1. Requisitos do Produto........................................................................................... 39 4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto............................................................................. 40 4.3.1.3. Premissas e restrições ........................................................................................... 41 4.3.1.4. Exclusões de escopo ............................................................................................. 42 4.3.1.5. Critérios de Aceitação........................................................................................... 42
  • 13. 4.4. PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO UTILIZADOS ................... 43 4.4.1. COLETAR OS REQUISITOS (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ........................ 43 4.4.2. DEFINIR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) .................................. 43 4.4.3. CRIAR A EAP (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ......................................... 44 4.4.4. VERIFICAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE) ....... 44 4.4.5. CONTROLAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE)..... 44 4.5. OUTRAS INFORMAÇÕES.............................................................................................. 46 5. ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................................. 47 5.1. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE INDEFINIÇÕES NO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO .. 47 5.2. ANÁLISE DAS MUDANÇAS DE ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO............................. 48 5.3. METODOLOGIAS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO QUE CONTRIBUEM PARA MINIMIZAÇÃO DA INDEFINIÇÃO DO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO............................ 50 5.4. REDEFINIÇÃO DO ESCOPO .......................................................................................... 52 6. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS................................................................................................................. 59
  • 14. 10 1. INTRODUÇÃO No contexto atual, é de fundamental importância o gerenciamento de projetos. Entende-se que “a globalização, as tecnologias emergentes, a reestruturação das organizações e a busca pela eficiência na gestão empresarial tornam o gerenciamento de projetos assunto fundamental para a continuidade e sobrevivência das organizações” (SOTILLE et al., 2010, p.15). Um estudo de benchmarketing realizado pela Project Management Institute (Brasil) em 2008, PMI-BR (2008), revela a importância do gerenciamento do escopo do projeto. Como é possível observar que as mudanças de escopo constantes e escopo não definido adequadamente são alguns dos problemas mais frequentes do gerenciamento de projetos, conforme Figura 1 a seguir. Ainda conforme Xavier (2013) e um estudo de benchmarketing realizado pela Project Management Institute (seção Rio de Janeiro) em 2004, PMI-BR (2004), também são problemas produtos mal especificados e expectativa do cliente desalinhada com a realidade do projeto. Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral (Fonte: PMI-BR, 2008)
  • 15. 11 A importância do gerenciamento do escopo do projeto também se dá devido o fato do mesmo ser o pilar da elaboração do cronograma, planejamento dos recursos e estimativa dos custos, conforme pode ser constatado a seguir: O gerenciamento do escopo do projeto é o processo que garante que o projeto inclui todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido, para completá-lo com sucesso. O gerenciamento do escopo é a base para o planejamento do projeto e para a criação de sua linha de base, e deve ser conduzido de forma precisa, uma vez que forma a base do trabalho a ser desenvolvido no projeto (e a ser pago pelo cliente) (SOTILLE et al., 2010, p.19). Visto a importância do gerenciamento do escopo do projeto, este trabalho busca com isto solucionar o problema de pesquisa proposto. O problema de pesquisa apresentado é real, porém, por motivo de sigilo, os nomes das empresas foram alterados por nomes fictícios. 1.1. Problema de pesquisa Como a utilização das melhores práticas do gerenciamento de projetos poderia contribuir para a minimização da indefinição do escopo do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) do contratante, denominado empresa SIDEROBRAS, executado pela contratada, denominada empresa COMBATESYS, durante a etapa de planejamento e evitar retrabalhos durante a fase de execução? 1.2. Objetivos 1.2.1. Geral Identificar as melhores práticas do gerenciamento do escopo de projetos para a minimização da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS. 1.2.2. Específicos - Identificar as indefinições no escopo do produto e do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS; - Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo do produto; - Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo do projeto; - Redefinir o escopo do projeto.
  • 16. 12 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Gerenciamento de projetos Primeiramente, antes de aprofundarmos no gerenciamento de projetos, precisamos entender o que é um Projeto. Segundo o Project Management Institute PMI (2008), projeto é um esforço de natureza única realizado por período definido buscando a obtenção de um resultado exclusivo, produto ou serviço. Conforme o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, PMBOK® (do inglês Project Management Body of Knowledge) PMI (2008), o gerenciamento de projetos é a utilização de técnicas, ferramentas, informações e competências nas atividades do projeto de modo a atender aos seus respectivos requisitos e com isto obter o sucesso no projeto. O gerenciamento de projetos é composto por 42 processos integrados e divididos em 5 grupos, como pode ser visto na Figura 2: iniciação; planejamento; execução; monitoramento e controle; e encerramento. Como podem ser observados, os processos dos grupos de processos interagem entre si durante todo o ciclo de vida de uma fase ou do projeto. Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI, 2008) Ainda conforme PMI, (2004), os processos que compõem os grupos de processos do gerenciamento de projetos são dividido em nove áreas de conhecimento, sendo elas: - Gerenciamento de integração do projeto; - Gerenciamento do escopo do projeto; - Gerenciamento de tempo do projeto;
  • 17. 13 - Gerenciamento de custos do projeto; - Gerenciamento da qualidade do projeto; - Gerenciamento de recursos humanos do projeto; - Gerenciamento das comunicações do projeto; - Gerenciamento de riscos do projeto; - Gerenciamento de aquisições do projeto. O Gerenciamento do escopo do projeto inicia após a emissão do Termo de abertura do projeto (Project charter) e do Registro das partes interessadas (steakholders), ambos os documentos gerados pelos processos de Desenvolver o plano de abertura do projeto e Identificar as partes interessadas. Estes processos que pertencem ao grupo de processos de iniciação e estão sitiados nas áreas de conhecimento do Gerenciamento de integração do projeto e Gerenciamento das comunicações do projeto, respectivamente (PMI, 2008). Termo de abertura do projeto (Project charter) e do Registro das partes interessadas (Steakholders) está descrito a seguir: 2.1.1. Termo de abertura do projeto (Project charter) O Termo de abertura do projeto, que segundo Sotille et al. (2010), é o documento interno da organização que autoriza oficialmente o início do projeto. Contém informações tais como o gerente de projetos responsável e seu respectivo nível de autoridade, propósito, justificativas, objetivos e metas do projeto, descrição da solução com requisitos principais, marcos chave (custo, prazo, etc.) e critérios de aprovação. “O termo de abertura do projeto documenta as necessidades do negócio, o entendimento atual das necessidades do cliente, e o novo produto, serviço ou resultado que pretende satisfazer” (PMI, 2008, p.72). 2.1.2. Registro das partes interessadas (Steakholders) Segundo o PMBOK®, (PMI, 2008), é o documento que identifica as partes interessadas que fornecerão informações sobre os requisitos do projeto e do produto. De acordo com Chaves et al. (2010), Steakholders são pessoas ou organizações cujos interesses podem ser afetados positiva ou negativamente pela execução do projeto.
  • 18. 14 Ainda conforme o PMBOK®, este documento que contem detalhes relativos às partes interessadas, incluindo, entre outros: informações de identificação; informações de avaliação e; classificação das partes interessadas. 2.2. Gerenciamento do escopo do projeto De acordo com o PMBOK® , PMI (2008, p.92), “o gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso”. São cinco os processos do gerenciamento do escopo do projeto que interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento, sendo eles (PMI, 2008): - Coletar os requisitos – processo de definição e de documentação das necessidades dos stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto; - Definir o escopo – definição detalhada do escopo do produto e do escopo do projeto; - Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) – também conhecida como WBS (Work breakdown structure), processo de subdivisão das entregas em partes menores e que facilitem o gerenciamento; - Verificar o escopo – processo de oficializar as entregas do projeto; - Controlar o escopo – processo de monitoramento do andamento do escopo do produto e do projeto e controle das mudanças na linha de base do projeto. Os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e Criar a EAP pertencem ao grupo de processos de planejamento e os processos Verificar o escopo e Controlar o escopo pertencem ao grupo de processos de monitoramento e controle (PMI, 2008, p.43). Ainda conforme o PMBOK® o escopo do produto são todas as características que descrevem o produto, serviço ou resultado e o escopo do projeto é todo o trabalho que precisa ser realizado para que o escopo do produto seja entregue. Segundo Xavier (2009), o escopo do projeto é maior que o escopo para o cliente, uma vez diversas outras tarefas implícitas ao escopo observado pelo cliente deverão ser executadas para que o projeto seja concluído. Os processos do gerenciamento do escopo do projeto estão descritos a seguir.
  • 19. 15 2.2.1. Coletar os requisitos Segundo o PMBOK® , PMI (2008), este é o processo de definição e de documentação das necessidades dos stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto. O sucesso do projeto está intimamente ligado a uma correta coleta nos requisitos do produto e do projeto. Sotille et al. (2010) e PMI (2008) informam que os requisitos devem ser coletados, analisados e registrados pois são base do escopo do projeto e influenciam no planejamento do custo, prazo e qualidade. “Coletar requisitos é definir e gerenciar as expectativas do cliente” (PMI, 2008, p.93). São dois os tipos de requisitos básicos: - Requisitos do projeto – são os requisitos do negócio, do gerenciamento do projeto, das entregas, etc.; - Requisitos do produto – são os requisitos técnicos, de segurança e de desempenho do produto, etc. O processo de Coletar os requisitos possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI, 2008): - Entrada (documentos): - Termo de abertura do projeto (Project charter); - Registro das partes interessadas. - Ferramentas e técnicas: - Entrevistas; - Dinâmicas de grupo; - Oficinas; - Técnicas de criatividade em grupo (brainstorming, grupo nominal, Delphi, mapas mentais, diagramas de afinidade); - Técnicas de tomada de decisão em grupo (unanimidade, maioria, pluralidade, ditadura); - Questionários e pesquisas; - Observações; - Protótipos; - Saída (documentos): - Documentação dos requisitos;
  • 20. 16 - Plano de gerenciamento dos requisitos; - Matriz de rastreabilidade dos requisitos. O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 3. Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008) Mediante o Termo de abertura do projeto e o registro das partes interessadas – registro dos stakeholders do projeto, já identificados, classificados e avaliados conforme Sotille et al. (2010) – aplicam-se as ferramentas e técnicas para a coleta dos requisitos, não sendo necessárias aplicar todas as técnicas, somente as necessárias. Executado o processo de Coletar os requisitos, é gerado a Documentação dos requisitos e o Plano de gerenciamento dos requisitos, que conforme o PMBOK® , PMI (2008), é onde documentado como os requisitos serão analisados e gerenciados durante todo o projeto. Também é gerada a Matriz de rastreabilidade dos requisitos, que é uma tabela que liga os requisitos à respectiva origem de forma a rastrear o mesmo. As saídas do processo Coletar os requisitos são entradas de outros processos conforme já visto na Figura 3.
  • 21. 17 2.2.2. Definir o escopo Segundo o PMBOK® , PMI (2008), é o processo de criação da Declaração do escopo do projeto. Durante este processo são detalhadas as entregas do escopo do produto e do projeto, podendo a Declaração do escopo do projeto conter: - Exclusões – o que não é escopo; - Premissas; - Restrições e; - Critérios de aceitação. Sotille et al. (2010) informa que a Declaração do escopo do projeto (ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho – Statement of work – como adotado por inúmeras empresas) é equivalente à um anteprojeto do trabalho a ser executado. A Declaração do escopo do projeto usualmente repetirá ou expandirá os elementos já contidos no Termo de Abertura do projeto. Conforme o PMBOK® , a declaração do escopo traz as seguintes vantagens: - Fornece entendimento comum do escopo entre os stakeholders; - Permite o detalhamento do planejamento; - Direciona o trabalho da equipe durante a execução; - Fornece a linha de base para análise das mudanças e; - Permite verificar quão bem a equipe gerencia o projeto. O processo de Definir o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI, 2008): - Entrada (documentos): - Termo de abertura do projeto (Project charter); - Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores). - Ferramentas e técnicas: - Opinião especializada; - Análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas, análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor);
  • 22. 18 - Identificação de alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho); - Oficinas. - Saída (documentos): - Declaração do escopo do projeto (Statement of work); - Atualizações dos documentos do projeto. O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 4. Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008) O processo de Definir o escopo inicia após o processo Coletar os requisitos, como pode ser visto na Figura 4. Através do Termo de abertura do projeto, a Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos) e os Ativos de processos organizacionais é possível elaborar a Declaração do escopo do projeto.
  • 23. 19 Ativos de processos organizacionais, segundo Sotille et al. (2010), são as políticas e procedimentos da organização que podem influir no sucesso do projeto, uma vez que afetam diretamente o escopo do projeto. Os procedimentos e processos organizacionais correspondem a padrões e políticas da empresa que descrevem, por exemplo, critérios de definição de alçadas no tratamento de mudanças no projeto; instruções de auditoria da qualidade e aceitação dos entregáveis; controles financeiros; regras de avaliação de desempenho e de conduta; de sigilo de informações; e até mesmo de encerramento de fases ou do próprio projeto, com critérios associados à aceitação das entregas (SOTILLE et al., 2010, p.79). Para a elaboração da Declaração do escopo do projeto utilizam-se os métodos de opinião especializada, análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas, análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor), identificação de alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho) ou através de oficinas (PMI,2008). Com o escopo definido (Declaração do escopo do projeto elaborada), é possível seguir para o processo de criação da Estrutura analítica do projeto (EAP ou WBS) e atualizar os documentos do projeto, conforme pode ser visto na Figura 4. 2.2.3. Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure) é o processo de subdivisão do escopo do produto e do projeto em partes menores para que com isto possam ser mais facilmente gerenciadas (PMI, 2008). É a EAP que define e estrutura o escopo total do representado na Declaração do escopo do projeto. Ainda segundo o PMBOK® , PMI (2008), trata-se de uma decomposição hierárquica orientada às entregas (ou deliverables) no qual possui, em seu nível mais baixo, os chamados pacotes de trabalho. Conforme Xavier (2013), a representação da EAP pode ser feito na forma gráfica (semelhante a um organograma) ou na forma analítica (lista enumerada). O PMBOK® também informa que a EAP pode ser gerada das seguintes formas (processo de decomposição): - Utilizando fases do ciclo de projeto como primeiro nível de decomposição; - Utilizando as principais entregas como primeiro nível de decomposição; - Utilizando subprojetos que podem ser desenvolvidos por organizações externas.
  • 24. 20 Na Figura 5 a seguir é possível verificar um exemplo de EAP que utiliza as principais entregas no primeiro nível de decomposição. Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010) O processo de Criar a EAP possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI, 2008): - Entrada (documentos): - Declaração do escopo do projeto (Statement of work – saída do processo Definir o escopo); - Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores). - Ferramentas e técnicas: - Decomposição (identificação e análise das entregas, estruturação e organização da EAP, decomposição dos níveis mais altos da EAP, desenvolvimento e designação dos códigos de identificação e verificação do grau de decomposição).
  • 25. 21 - Saída (documentos): - EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure); - Dicionário da EAP; - Linha de base do escopo (componente do plano de gerenciamento do projeto que inclui: Declaração do escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP); - Atualizações dos documentos do projeto. O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 6. Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008) Através da Declaração do escopo do projeto e da Documentação dos requisitos, que são as saídas dos processos Definir o escopo e Coletar os requisitos respectivamente, e também dos
  • 26. 22 Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos e modelos para EAP, PMI, 2008) será possível então elaborar a EAP. Segundo PMBOK® , PMI (2008), para a elaboração da EAP, realizando com isto a decomposição completa do trabalho do projeto em pacotes de trabalho, normalmente são seguidos os seguintes passos: - Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado; - Estruturação e organização da EAP; - Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes detalhados em menor nível; - Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos componentes da EAP e; - Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é necessário e necessário e suficiente. De acordo com o PMBOK® , PMI (2008), e Sotille et al. (2010), a EAP não pode ser decomposta em demasia pois poderá acarretar em improdutividade, baixo rendimento e uso ineficiente de recursos. O PMBOK® também informa que quando uma entrega ou subprojeto for realizado em um futuro distante, a decomposição poderá ser realizada futuramente à medida que o escopo se torna mais claro, técnica esta chamada de planejamento em ondas sucessivas (rolling wave planning). Elaborada a EAP (documento de saída do processo Criar a EAP), também faz-se necessário elaborar o Dicionário da EAP, pois este é o documento que descreverá detalhadamente cada item da EAP, (PMI, 2008). Também deve ser elaborada a Linha de base do escopo, que segundo PMBOK® , PMI (2008), é um componente do plano de gerenciamento do projeto e é composta pela junção dos seguintes documentos: - Declaração do escopo do projeto (saída do processo Definir o escopo); - EAP (saída do processo Criar a EAP) e; - Dicionário da EAP (saída do processo Criar a EAP). Deverá ser realizada também a atualização dos documentos do projeto, incluindo documentos das outras áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos.
  • 27. 23 2.2.4. Verificar o escopo O processo Verificar o escopo, segundo o PMBOK® , PMI (2008), é o processo de aceitação e formalização das entregas incluindo também a revisão das mesmas com o patrocinador ou cliente de forma a assegurar que foram concluídas satisfatoriamente. Conforme Sotille et al. (2010, p.112), “a satisfação do cliente é a base para o sucesso do projeto”. Sotille et al. (2010) também informa que uma prática forma da identificação das entregas ao clientes é a utilização da Estrutura analítica do projeto (EAP) e que um bom mecanismo para aceitação das entregas é que a mesma ocorra em fases, de forma que o projeto não receba somente um aceite em seu término, e sim vários aceites de várias entregas agrupadas em fases. As entregas são validadas através do processo Realizar o controle da qualidade, que conforme PMBOK® , PMI (2008, p.185), “é o processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias”. Ainda segundo o PMBOK® e Junior et al. (2010), o processo Realizar o controle da qualidade se difere do processo Verificar o escopo pois a realização do controle da qualidade está voltado à eficácia e a conformidade do produto entregue já a verificação do escopo é voltada para aceitação dos resultados. O processo de Verificar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI, 2008): - Entrada (documentos): - Plano de gerenciamento do projeto – Linha de base do escopo (Declaração do escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP – saída do processo Criar a EAP); - Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Entregas validadas (saída do processo Realizar o controle da qualidade); - Ferramentas e técnicas: - Inspeção (medição, exame e verificação). - Saída (documentos): - Entregas aceitas; - Solicitações de mudança; - Atualizações dos documentos do projeto.
  • 28. 24 O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 7. Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008) Através do Plano de gerenciamento do projeto (utilizando a Linha de base do escopo do projeto), a Documentação dos requisitos, a Matriz de rastreabilidade dos requisitos e Entregas validadas é possível então verificar, através de inspeções - que incluem exame, medição e verificação – que o trabalho entregue e com isto definir quais entregas serão ou não aceitas, quais necessitarão de mudança (através da Solicitação de mudança). Também será possível atualizar os documentos do projeto. 2.2.5. Controlar o escopo Segundo o PMBOK® , “é o processo de monitoramento do escopo do projeto e do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo”. Este processo, ainda segundo o PMBOK® , é processo utilizado para gerenciamento das mudanças, quando as mesmas ocorrem, e é integrado aos outros processos de controle. Conforme Sotille et al. (2010, p 127), “As solicitações de mudança de escopo devem ser formalizadas como parte do sistema de controle de mudanças do escopo”. Para tal formalização, pode ser utilizado um formulário conforme visto na Figura 8.
  • 29. 25 Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et al., 2010) O processo de Controlar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI, 2008): - Entrada (documentos): - Plano de gerenciamento do projeto (Linha de base do escopo, Plano de gerenciamento do escopo, Plano de gerenciamento das mudanças, Plano de Gerenciamento da configuração e Plano de gerenciamento dos requisitos); - Informações sobre o desempenho do trabalho.
  • 30. 26 - Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos); - Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores). - Ferramentas e técnicas: - Análise da variação; - Saída (documentos): - Medição do desempenho do trabalho; - Atualização de ativos de processos organizacionais; - Solicitações de mudança; - Atualizações do Plano de gerenciamento do projeto (atualizações da Linha de base do escopo e outras atualizações da linha de base); - Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz de rastreabilidade dos requisitos). O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 9. Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008) Conforme o PMBOK® , para o Plano de gerenciamento do projeto:
  • 31. 27 - A Linha de base do escopo deve ser comparada aos resultados reais para verificação da necessidade de mudança, prevenção ou ação corretiva. - O Plano de gerenciamento descreve como deverá ser monitorado e controlado o processo. - O Plano de gerenciamento das mudanças define como deverá ser processadas as mudanças, incluindo a utilização do formulário de solicitação de mudanças, citado anteriormente. - O Plano de gerenciamento dos requisitos descrerá como os impactos das mudanças serão analisados e os níveis de autorização das mudanças. Através das Informações sobre o desempenho do trabalho (em conjunto ao Plano de gerenciamento do projeto, Documentação dos requisitos, Matriz de rastreabilidade dos requisitos e os Ativos de processos organizacionais) será executada a Análise da Variação. A Análise da variação, segundo PMBOK® , PMI (2008), é a forma de avaliar a magnitude da variação entre as Informações de Desempenho e a Linha de base do escopo. O grau de divergência desta avaliação é que definirá qual ação tomar (corretiva ou preventiva). Feita a análise, será gerado então a Medição do desempenho do trabalho, a Atualização de ativos de processos organizacionais (identificando a causa das variações, ações a serem tomadas e lições aprendidas), e as Solicitações de mudança que alteração a Linha de base do escopo do projeto. Também é realizada a Atualizações dos demais itens do Plano de gerenciamento do projeto e Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz de rastreabilidade dos requisitos). 2.3. Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI) Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI) ou simplesmente Sistemas de detecção e alarme de incêndio (SDAI) são sistemas voltados à proteção das pessoas, das instalações e do meio ambiente. O procedimento para a elaboração de projetos, execução de instalações, manutenção e operação de sistemas de detecção e alarme de incêndio, até 2010, seguia a ABNT NBR 9441:1998 (Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio). Em 01/11/2010, a norma NBR 17240:2010 (Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
  • 32. 28 comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos) cancelou e substituiu a NBR 9441:1998. Isto ocorreu devido à tecnologia de detecção e alarme de incêndio ser a que mais evoluiu dentro da área de segurança contra incêndios o que gerou, por necessidade, uma criação de uma nova norma que contemplasse estas novas tecnologias (NBR 17240, 2010). De acordo com a ABNT, Todo incêndio se distingue pelas suas características intrínsecas. Cada uma das características presentes em um incêndio tem natureza bastante diversa. Assim sendo, a proteção adequada de determinada área ou equipamento somente será possível após cuidadoso estudo de todas as particularidades, visando o emprego dos componentes e sistemas mais eficazes para cada caso (NBR 17240, 2010, p.7). Conforme a NBR 17240 (2010), para o projeto do sistema, deverão estar contidos todos os elementos necessários ao completo e perfeito funcionamento. Os tipos de sistema de detecção, o conteúdo do projeto, central de incêndio, detectores de incêndio, acionadores manuais, avisadores sonoros e/ou visuais e sistemas automáticos de combate a incêndio serão descritos a seguir. 2.3.1. Tipos de sistema de detecção De acordo com a NBR 17240 (2010), existem quatro tipos de SDAI: - Sistema de detecção convencional; - Sistema de detecção endereçável; - Sistema de detecção analógico; - Sistema de detecção algorítmico. No Sistema de detecção convencional, os componentes do sistema de incêndio são instalados em zonas determinadas e a central detecta somente o alarme na zona, não identificando especificamente qual componente gerou o alarme e nem permite ajustes do nível dos alarmes nos componentes. Este sistema é mais antigo e possui menor custo de componentes e instalações. No Sistema de detecção endereçável, os componentes do sistema possuem endereços que permitem à central de incêndio identificá-los e classificá-los nas zonas. Neste tipo de sistema é possível identificar qual componente gerou o alarme, porém não é possível alterar os níveis para geração do alarme direto da central.
  • 33. 29 No Sistema de detecção analógico, a central monitora continuamente os presets de temperatura e fumaça dos componentes do sistema e permite a alteração dos níveis de alarme. O Sistema de detecção algorítmica, é um sistema de detecção do tipo analógico que além de monitorar continuamente o componente, possui um ou mais critérios lógicos de avaliação dos alarmes em função do tempo, validando logicamente (através de algoritmos) um alarme. 2.3.2. Conteúdo do projeto O projeto executivo deve conter no mínimo as informações (NBR 17240, 2010): - Desenho indicando a localização de todos os equipamentos do sistema; - A distribuição da central e equipamentos; - O trajeto dos condutores elétricos nas diferentes áreas; - Diagrama multifilar típico, mostrando uma interligação entre todos os equipamentos dos circuitos de detecção, alarme e comando, e entre estes e a central; - Lista completa de equipamentos; - Cálculo de fontes de alimentação e baterias; - Quadro resumo da instalação; - Manuais de operação, manutenção preventiva e corretiva do sistema. 2.3.3. Central de incêndio Conforme a NBR 17240 (2010, p.9), “a central deve ser localizada em áreas de fácil acesso, salas de controle, salas de segurança ou bombeiros, portaria principal ou entrada de edifícios. A central deve ser monitorada, local ou remotamente, 24 h por dia, por operadores treinados”. Também nos é informado que na impossibilidade de instalação da central de incêndio junto à entrada da edificação, recomenda-se a instalação de um painel repetidor ou sinóptico próximo à mesma. Na Figura 10 a seguir é possível visualizar uma central de incêndio para sistemas do tipo endereçável.
  • 34. 30 Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013) 2.3.4. Detectores de incêndio Abaixo estão listados os tipos de detectores de incêndio conforme NBR 17240 (2010): - Detectores pontuais de fumaça; - Detectores pontuais de temperatura; - Detectores de chama; - Detectores lineares de fumaça; - Detectores lineares de temperatura; - Detectores de fumaça por amostragem de ar. Detectores pontuais de fumaça são detectores que visam monitorar ambientes que contenham materiais cuja característica inicial de combustão seja a geração de fumaça. Podem ser do tipo fotoelétrico ou iônico. Cobrem uma área de no máximo 81m² quanto numa altura de no máximo 8 metros e em ambientes com no máximo oito trocas de ar por hora. A área de cobertura corresponde a um quadrado de 9 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 6,3 metros, conforme pode ser visto na Figura 11 abaixo.
  • 35. 31 Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) Detectores pontuais de temperatura são detectores que visam monitorar ambientes que contenham materiais cuja característica inicial de combustão seja pouca geração de fumaça e muito calor. Também indicados para ambientes com vapor, gases e muitas partículas em suspensão. Podem ser do tipo temperatura fixa ou termovelocimétricos. Cobrem uma área de no máximo 36m² quanto numa altura de no máximo 5 metros. A área de cobertura corresponde a um quadrado de 6 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 4,2 metros, conforme pode ser visto na Figura 12 abaixo. Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)
  • 36. 32 Na Figura 13 a seguir, é possível visualizar um detector pontual de temperatura, detector este com aparência semelhante ao pontual de fumaça. A diferenciação entre estes detectores muitas vezes somente é observada através dos dados de placa dos componentes. Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013) Detectores de chama são os instalados em ambientes onde se deseja detectar o surgimento de alguma chama. Tais detectores devem ser instalados livres de obstáculos no seu campo de visão (o campo de visão do detector tem a forma de um cone imaginário). Fora do campo de visão do detector de chama, quando não especificado, ocorre a redução de 50% da sensibilidade do detector à chama, logo, deverá ser previsto a redução da distância de cobertura ou a instalação de novos detectores. A redução de sensibilidade em função do ângulo de visão é exemplificada na Figura 14: Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) Detectores lineares de fumaça são detectores do tipo óptico no qual estão presentes um emissor do feixe de luz e um receptor. A detecção do incêndio ocorre pela obstrução pela fumaça do feixe de luz. O feixe de luz deverá ser preferencialmente instalado no sentido longitudinal do teto e próximo às saídas de ar do ambiente.
  • 37. 33 Conforme a norma, a distância entre o emissor e o receptor e entre os feixes de luz de dois detectores não poderá exceder o especificado pelo fabricante e nunca ultrapassar 100 metros e 15 metros respectivamente, como pode ser visto na Figura 15. Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) Detectores lineares de temperatura são os instalados próximo ou em contato direto com o material protegido. Normalmente utilizado para proteção de esteiras rolantes, bandeja de cabos e similares. As características devem ser verificadas com o fabricante. Na Figura 16 é possível visualizar diferentes cabos detectores lineares de temperatura. A classe de detecção do cabo (nível temperatura) neste caso é identificada pelo fabricante através de cores. Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013) Detectores de fumaça por amostragem de ar ativamente, através de uma tubulação calculada, aspiram o ar do ambiente, ou seja, extraem uma amostra para análise em sua câmara interna. Conforme a NBR 17240 (2010) estes são considerados detectores de alta sensibilidade e
  • 38. 34 tornam-se ainda mais eficientes quando monitorados por uma equipe treinada. São detectores capazes de identificar o princípio de incêndio, atuando antes mesmo que haja fumaça visível. Na Figura 17 é possível visualizar a estágio de atuação de um detector de fumaça por amostragem de ar modelo Vesda® da Xtralis. Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por amostragem de ar (Fonte: Xtralis, 2013) 2.3.5. Acionadores manuais São acionadores de corpo rígido e na cor vermelha, com instruções de utilização em português. Na presença de algum incêndio, qualquer um que tenha visualizado pode acionar manualmente este componente antes mesmo que algum detector entre em alarme. 2.3.6. Avisadores sonoros e/ou visuais Os avisadores sonoros e/ou visuais são os componentes do sistema de incêndio que alertam a ocorrência de incêndio através de um sinal luminoso pulsante e/ou som distinguível dos outros na área no qual está inserido, sendo que a potência luminosa e sonora deverá ser conforme a NBR 17240 (2010). 2.3.7. Sistemas automáticos de combate a incêndio São sistemas utilizados para extinguir o incêndio quando o mesmo já está em ocorrência. São vários os tipos tais como extintores manuais, hidrantes, sistemas de water spray ou pulverização e sprinklers (SIEB-RJ, 2013). Os requisitos de instalação da parte elétrica e eletrônica dos sistemas automáticos de combate a incêndio obedecem a NBR 17240 (2010), já os cálculos de tempo de descarga, tipo de
  • 39. 35 agente extintor, dispositivos de segurança e outros seguem os requisitos das normas Brasileiras e Internacionais para sistemas de combate a incêndios. 2.4. Norma Regulamentadora Brasileira Nº 23 (NR 23) e CBMMG Em sua última alteração, de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 23, Proteção Contra Incêndios, do Ministério do Trabalho e Emprego, NR 23 (2011, p.1), “todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis”. A penúltima alteração desta norma foi em 2001, onde informava que todas as empresas deveriam possuir proteção contra incêndio (NR 23, 2011). As Normas Regulamentadoras brasileiras são de caráter obrigatório e deverão ser cumpridas por todos os empregadores. Além da exigência da NR 23, os projetos das edificações deverão atender às Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), conforme Lei 14.130 de 19/12/2001 (CBMMG, 2013). 2.5. Proteção Passiva Proteção passiva é, segundo a ABNT, Conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcional durante o uso normal da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação, garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários e a aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações de combate (NBR 14432, 2001, p.3). Não existem Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) que obrigam a instalação de proteção passiva nas edificações, ficando a instalação a critério do proprietário visando maior proteção às edificações ou equipamentos.
  • 40. 36 3. METODOLOGIA DE PESQUISA A pesquisa iniciou com uma revisão bibliográfica pertinente ao tema abordado. Considerando os critérios de pesquisa, de acordo com Vergara (2009), optou-se por utilizar uma pesquisa conforme abaixo: - Quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa aplicada, pois tem finalidade prática e é motivada pela necessidade de resolver problemas concretos. - Quanto aos meios – trata-se de uma pesquisa que é estudo de caso e ao mesmo tempo documental. Estudo de caso, pois tem caráter de detalhamento e profundidade. Documental, pois fará uso de documentos, relatórios de trabalho e informações conservados em meio privado, não disponível para consultas públicas.
  • 41. 37 4. COLETA DE DADOS 4.1. Descrição das empresas 4.1.1. Empresa contratante A empresa contratante, cujo nome fictício é SIDEROBRAS, é uma empresa de grande porte do setor siderúrgico nacional de capital misto cuja capacidade instalada de produção de aço é de 9,5 milhões de toneladas ano. A mesma é composta por várias unidades situadas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, Aproximadamente 73% da venda dos produtos da empresa são atualmente para o mercado interno brasileiro (SIDEROBRAS, 2013). A empresa contratante é composta por vários departamentos, dentre eles, um departamento de engenharia. Este departamento de engenharia é responsável tanto pela parte de desenvolvimento ou compra de engenharia de equipamentos de fornecedores e pela fiscalização da execução da implantação do projeto, sendo cada um destes de responsabilidade de uma gerência específica, a Gerência de Engenharia e a Gerência de Obras respectivamente. 4.1.2. Empresa contratada A empresa contratada, cujo nome fictício é COMBATESYS, é uma empresa de pequeno porte situada em MG fundada em 1974, cuja é especialidade é o desenvolvimento de engenharia e montagem de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio em plantas industriais e edificações. A empresa também atua na manutenção de sistemas existentes e já forneceu sistemas a inúmeros clientes em todo o território nacional (COMBATESYS, 2013). 4.1.3. O contrato entre as empresas Foi firmado um contrato em julho de 2009 entre as empresas SIDEROBRAS, denominada contratante, e COMBATESYS, denominada contratada, para o fornecimento, montagem e testes, em regime turnkey1 , de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio para sala elétrica do resfriamento controlado, desempenadeira on-line e equipamentos auxiliares 1 Contrato Turnkey, segundo Xaviel et al. (2010) é um contrato do tipo EPC (cujo contratado é responsável pela engenharia, aquisição e construção), em que o empreendimento é entregue pronto, acabado e em operação. Para tal, são determinadas taxas de desempenho e o contratante não poderá interferir no gerenciamento da contratada.
  • 42. 38 conforme norma técnica da ABNT NBR 9441 (1998), vigente no momento de assinatura do contrato em questão (SIDEROBRAS, 2009). O prazo contratual era de 365 dias corridos da data de assinatura do contrato e o preço contratual foi R$ 2.083.719,44, sendo que: - R$ 1.456.064,63 para fornecimento de equipamentos; - R$ 601.556,47 para fornecimento de serviços; - R$ 26.098,34 para fornecimento de peças sobressalentes. São partes integrantes deste contrato, dentre outros documentos, a especificação técnica contratual e o cronograma. O contrato foi assinado em data anterior a da construção das áreas a serem protegidas. Não foi realizada nenhuma visita de campo, todo o levantamento dos ambientes foi repassado pela contratante, SIDEROBRAS, para a contratada, COMBATESYS, através de projetos básicos encaminhados via correio eletrônico. A garantia do sistema encerrou-se em agosto de 2013, 12 meses após a aceitação de todas as entregas do projeto. O encerramento do contrato não ocorreu devido à valores relativos à pleito que ainda não foram acordados entre as partes. 4.2. Contextualização e importância do projeto O investimento na implantação do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) pela contratada COMBATESYS foi classificado pela empresa contratante, a SIDEROBRAS, como investimento cuja finalidade é atender requisitos legalmente obrigatórios (atender a NR 23:2011). Além de possuir caráter de atendimento à legislação, o projeto visou também à redução do seguro da instalação e a proteção dos equipamentos cujos custos totais (R$ 566,813 milhões) estão apresentados na Tabela 1 a seguir: Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$ milhões (Fonte: SIDEROBRAS, 2013) Código Projeto Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total Projeto 1 Resfriamento controlado e desempenadeira on- line 0,032 0,81 272,25 144,41 129,94 5,642 3,11 556,19
  • 43. 39 Código Projeto Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total Projeto 2 Equipamentos auxiliares 0 0,001 2,748 1,243 6,632 0 0 10,623 Os equipamentos a serem protegidos são parte de outros projetos da empresa, projetos estes contidos no portfólio de projetos da empresa SIDEROBRAS e que visam atender aos objetivos estratégicos por ela traçado. 4.3. Escopo do produto e do projeto Anexo ao contrato do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI), está a Especificação técnica contratual do projeto. A especificação técnica contratual é o documento onde estão especificadas as entregas do projeto, ou seja, o escopo do produto e o escopo do projeto. Também estão descritos no documento os requisitos do produto, as premissas e restrições bem como as exclusões de escopo e os critérios de aceitação (SIDEROBRAS, 2009). A Especificação técnica contratual é, portanto o que chamamos de Declaração do escopo do projeto ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho (Statement of work - SOW). Segue abaixo, conforme SIDEROBRAS (2009) um resumo da Declaração do escopo do projeto: 4.3.1. Declaração do escopo do projeto 4.3.1.1. Requisitos do Produto - O sistema em conformidade aos requisitos da NR-23; - Todos os projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG); - Todos os sistemas deverão estar montados e testados conforme ABNT NBR 9441:1998; - Sistema deverá conter todos os equipamentos indicados por área, conforme Tabela 2; - Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema entregue e aprovado; - Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema realizado e aprovado; - Possuir As built e data book do sistema após instalação aprovados;
  • 44. 40 4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto Elaboração do projeto de engenharia de incêndio, fabricação, fornecimento, montagem e testes de equipamentos nas áreas descritas conforme Tabela 2 a seguir. Na Tabela 2 estão marcados com X os equipamentos que deverão ser fornecidos por área. Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) Índice Área Equipamentos Acionadoresmanuais Avisadoressonorose visuais Detectoreslinearesde temperatura Detectoresdefumaça poramostragemdoar Extintoresmanuaisde incêndio Sistemaautomático decombateaincêndio ProteçãoPassiva CentralIncêndio 1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.1 Sala Elétrica 1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV X X X X X 1.1.2 2º Andar X X X X X X 1.1.3 Porão de Cabos X X X X X 1.1.4 3º Andar X X X X X 1.2 Cabine Operação 1.2.1 Cabine X X X X X X 1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar X X X X X 1.2.3 Sala Instrumentação X X X X X 1.2.4 Galeria Cabos X X X 2 X 2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares 2.1 Subestação 2.1.1 Transformadores X X X X X 2.1.2 Sala Elétrica X X X X X 2.1.3 Galeria cabos X X X 2 X 2.2 Desempenadeira off-line 2.2.1 Porão de Cabos X X X X X 2.2.2 Sala Elétrica X X X X X 2.2.3 Cabine Operação X X X X X X 2.2.4 Galeria Cabos X X X 2 X 2.3 Prensa hidráulica 2.3.1 Púlpito Operação X X X X X 2.3.2 Sala Elétrica X X X X X 2.3.3 Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação X X X 2 X 2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa X X X 2 X 2.4 Máquina de Ultrassom 2.4.1 Púlpito Operação X X X X X 2.4.2 Sala Elétrica X X X X X 2.4.3 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação X X X 2 X 2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação X X X 2 X 2.5 Mesas de rolos 2.5.1 Sala Elétrica X X X 2 X 2.6 Transferidor 1 2 Detectores lineares de temperatura com módulo de monitoramento.
  • 45. 41 Índice Área Equipamentos Acionadoresmanuais Avisadoressonorose visuais Detectoreslinearesde temperatura Detectoresdefumaça poramostragemdoar Extintoresmanuaisde incêndio Sistemaautomático decombateaincêndio ProteçãoPassiva CentralIncêndio 2.6.1 Sala Elétrica X X X X 2.7 Transferidor 2 2.7.1 Sala Elétrica X X X X 2.8 Máquina de marcação à frio 2.8.1 Púlpito de operação X X X X X 2.8.2 Sala Elétrica X X X X X 2.8.3 Cabos da Máquina X X X X X 2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente 2.9.1 Sala Elétrica X X X X X 2.9.2 Cabos da Máquina X X X X 2.10 Medidores de forma 1 e 2 2.10.1 Sala Elétrica 1 X X X X X 2.10.2 Sala Elétrica 2 X X X X X Também faz parte do escopo da contratada, COMBATESYS, os seguintes serviços e fornecimentos: - Manual de operação e manutenção e do sistema; - Treinamento de operação e manutenção do sistema; - As built e data book do sistema; - Instalação de canteiro de obras no local da instalação do sistema. 4.3.1.3. Premissas e restrições Premissas: - Todo o fornecimento de materiais elétricos e de consumo necessário ao funcionamento do sistema é escopo da contratada COMBATESYS; - O ponto de água de conexão do automático de combate a incêndio será disponibilizado pelo contratante SIDEROBRAS; - Todo o sistema de automático de combate a incêndio será montado de forma aparente livre de interferências; - O projeto e construção de um ambiente para instalação da bomba do sistema automático de combate a incêndio é contratada COMBATESYS. Restrições:
  • 46. 42 - O sistema automático de combate a incêndio deverá ser do tipo Water Spray; - Central de incêndio deverá possuir ponto para interligação em rede de dados; - Extintores manuais de incêndio serão do tipo CO2 de 6 kg, exceto para item 1.1.1 da Tabela 2, que deverá ser do tipo PQS3 de 50 kg; - O Sistema de detecção deverá ser do tipo endereçável; - Fornecimento e instalação de no máximo 4.460 metros de cabos para detecção linear de temperatura; - Fornecimento e instalação de no máximo 22 m² de proteção passiva visando atender todos os ambientes. 4.3.1.4. Exclusões de escopo Estão exclusos do escopo da contratada: - Fornecimento de painel repetidor ou sinóptico; - Fornecimento de utilidades tais como: água, eletricidade e ar comprimido; - Obras civis; - Retirada de interferências; - Inclusão de equipamentos nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) para aprovação do projeto além dos já listados na Tabela 2; - Alterações construtivas nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros de MG para aprovação do projeto. 4.3.1.5. Critérios de Aceitação Os critérios de aceitação do sistema por área a ser protegida estão conforme Tabela 3. A área Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) Requisito Critério de Aceitação Sistema em conformidade aos requisitos da NR-23 100% do sistema conforme Projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) 100% dos projetos aprovados Sistema montados e testados conforme ABNT NBR 9441:1998 100% do sistema testado 3 PQS – Pó químico seco.
  • 47. 43 Requisito Critério de Aceitação Sistema com equipamentos especificados 100% equipamentos especificados presentes na área em questão Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema Manual entregue e aprovado Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema Treinamento realizado e aprovado Possuir As built e data book do sistema após instalação As built e data book aprovados 4.4. Processos do gerenciamento do escopo do projeto utilizados Durante todo o ciclo de vida do projeto, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo, Verificar o escopo e Controlar o escopo projeto foram utilizados, mesmo que de forma parcial. O processo Criar a EAP não foi utilizado pelo projeto. 4.4.1. Coletar os requisitos (grupo de processos de planejamento) O processo Coletar os requisitos foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do projeto no qual foram coletados os requisitos do produto e do projeto. Foi utilizado pelo processo, como documentação de entrada, o Termo de abertura do projeto (Project charter) e o Registro das partes interessadas. Não foi criado um Termo de abertura específico para este projeto, o termo que oficializou o início do projeto foram os termos dos projetos 1 e 2 do Master Plan da empresa contratante SIDEROBRAS (Tabela 1). O Registro das partes interessadas não constava o cliente que faria a manutenção do SDAI e que também faria a aceitação, devido à contratante SIDEROBRAS não possuir, no início do projeto, equipe técnica definida e responsável pela manutenção dos SDAI da empresa. Para a coleta dos requisitos, foram utilizadas as Técnicas de criatividade em grupo que por consequência gerou como saída a Documentação dos requisitos. Não foi criado Plano de gerenciamento dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos. 4.4.2. Definir o escopo (grupo de processos de planejamento) O processo Definir o escopo foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do projeto. Através deste processo que foi possível gerar a Declaração do escopo do projeto, cujo resumo está no item 4.3.1 – Declaração do escopo do projeto – deste mesmo capítulo. Foram utilizada a Documentação dos requisitos e o Termo de abertura do projeto para sua elaboração.
  • 48. 44 4.4.3. Criar a EAP (grupo de processos de planejamento) O processo Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) não foi utilizado neste projeto. Apesar da Tabela 2 contida na Declaração do escopo do projeto assemelhar-se a uma EAP em sua forma analítica, a mesma não pode ser chamada de EAP, pois não possui todos os entregáveis do projeto. 4.4.4. Verificar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle) O processo Verificar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto. O contrato entre as empresas SIDEROBRAS e COMBATESYS, firmado em julho de 2009 possuía vigência contratual de 365 dias contados a partir da assinatura do mesmo (SIDEROBRAS, 2009), esperava-se que o término da execução fosse em julho de 2010. Porém, como pode ser visto na Tabela 1, o Master Plan da empresa previa investimentos nos Projetos 1 e 2 até 2013, sendo grande parte finalizando em 2012 o que impossibilitou que alguns ambientes estivesse pronto à tempo para execução da montagem pela empresa COMBATESYS. A SIDEROBRAS optou então, por redução de custos, desmobilizar a contratada COMBATESYS até que todos os ambientes ficassem prontos, mobilizando-a logo a seguir para conclusão da implantação do projeto. Foram emitidos então, dois termos de aceite (documentos oficiais da empresa SIDEROBRAS), formalizando a aceitação das entregas do projeto, um anterior a paralisação das atividades e outro após a conclusão do projeto, que ocorreu em agosto de 2012. A seguir, um resumo dos dois termos de aceite conforme SIDEROBRAS (2009) e SIDEROBRAS (2012). - Termo de entrega nº1 (parcial): Ocorreu em novembro de 2009. Foram aceitas as seguintes entregas (conforme itens da Tabela 2): 1.1.2 2º Andar; 1.1.3 Porão de Cabos; 1.1.4 3º Andar; - Termo de entrega nº2 (final): Ocorreu em agosto de 2012 no qual foram aceitas todas as outras entregas do projeto. 4.4.5. Controlar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle) O processo Controlar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto.
  • 49. 45 A contratante SIDEROBRAS possuía formulário específico para aprovação de solicitações de mudanças em projetos, sendo estas com nível de aprovação variável em relação ao impacto causado. Todas as solicitações de mudanças apresentadas e aprovadas foram registradas em atas de reunião e/ou e-mails. Não foi utilizado formulário específico para registro das mudanças no escopo do projeto, devido a estas mudanças não terem impactado na linha de base custo e tempo do projeto. Na Tabela 4 a seguir, seguem as mudanças listadas de A a J no campo Índice, ocorridas no escopo do produto por área, conforme listadas na Tabela 2 e a justificativa de sua solicitação. Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012) Índice Área/ Mudança Justificativa 1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.1 Sala Elétrica 1.2 Cabine Operação 2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares 2.1 Subestação A Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria de Cabos Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação 2.2 Desempenadeira off-line B Substituído Sistema de Detectores de fumaça por amostragem do ar por sistema de Detectores lineares de temperatura no Porão de Cabos Ambiente aberto, detecção por amostragem de ar tornou-se ineficiente para ambiente 2.3 Prensa hidráulica C Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos, porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação 2.4 Máquina de Ultrassom D Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos, porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação 2.5 Mesas de rolos E Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área. A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado). 2.6 Transferidor 1 F Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área. A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado). 2.7 Transferidor 2 G Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área. A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado). 2.8 Máquina de marcação à frio H Substituída a instalação no sistema nos cabos da máquina pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line.
  • 50. 46 Índice Área/ Mudança Justificativa 2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente 2.10 Medidores de forma 1 e 2 I Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line Sala Elétrica 1 já possuía SDAI. Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line. J Substituída a instalação na Sala Elétrica 2 pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line Sala Elétrica 2 já possuía SDAI. Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line. Todas as mudanças do projeto foram acordadas entre as empresas SIDEROBRAS e COMBATESYS e executadas pela empresa contratada sem ônus à empresa contratante. 4.5. Outras informações Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line), conforme item 1.1.1 da Tabela 1, encontra-se atualmente inoperante devido o ponto de água de conexão do sistema automático de combate a incêndio (Water Spray) disponibilizado pelo contratante SIDEROBRAS não possuir pressão e vazão necessárias a seu funcionamento. Atualmente está sendo discutido um pleito relativo à segunda desmobilização e mobilização no projeto incluindo também atrasos na disponibilização das salas para execução devido a erro do cronograma do projeto elaborado pela empresa contratante SIDEROBRAS e repassado à contratada COMBATESYS.
  • 51. 47 5. ANÁLISE DOS DADOS 5.1. Identificação e análise indefinições no escopo do produto e do projeto As indefinições do escopo do projeto foram: - Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do sistema. Conforme Tabela 1 (Master Plan empresa SIDEROBRAS), os investimentos seriam realizados até 2013 e foi fixada data de julho de 2010 para finalização da montagem do SDAI pela empresa COMBATESYS e que ocasionou com isto um erro no cronograma do projeto, erro este que resultou em mudança na linha de base de tempo e custo (pleito a ser discutido entre as empresas); - Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS. Esta indefinição dificultou a Verificação do escopo do projeto devido ao responsável definido posteriormente no projeto apresentar restrição quanto ao recebimento da entrega (exigência de requisitos que não constavam na Declaração do escopo do projeto). A restrição apresentada pelo responsável da manutenção, ou seja, cliente do projeto, seria a da inexistência de caixa d’água exclusiva para o Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line). A entrega por sua vez foi aceita por este item não ser escopo do projeto e a própria empresa SIDEROBRAS não possuir sistema específico de água para combate a incêndio que atenda aos requisitos exigidos. As indefinições do escopo do produto apresentadas foram: - Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line). Esta indefinição ocasionou na desativação do sistema devido o mesmo não possuir pressão e vazão necessárias a seu correto e eficaz funcionamento; - Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de construção) a serem protegidos. Esta indefinição gerou custos desnecessários de revisão de projeto para empresa COMBATESYS que por sua vez ocasionou no não
  • 52. 48 fornecimento de alguns equipamentos e/ou substituição por outros de menor valor. Esta indefinição foi a responsável pelas mudanças A, B, C e D da Tabela 4; - Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização. Verificado posteriormente que não se tratavam de ambientes e sim equipamentos cuja Sala Elétrica é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom. O custo4 da implantação do projeto poderia ter sido reduzido já que os ambientes em questão já estavam contemplados. Esta indefinição foi responsável pelas mudanças E, F e G da Tabela 4; - Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida, logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS. Foi definido posteriormente que seria utilizada uma sala para abrigar os equipamentos destas duas salas elétricas e esta sala já possuía sistema de SDAI. O Sistema de SDAI contemplado no escopo desta sala foi então substituído pelo Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line; - Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on- line não estava definido como escopo do projeto. Inicialmente um dos ambientes mais importantes do projeto não estava contemplado e visando a equalização do escopo, o mesmo foi incluído em troca dos ambientes Cabos da Máquina de marcação à frio e Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2, como pode ser visto nas mudanças H, I e J da Tabela 4. 5.2. Análise das mudanças de escopo do produto e do projeto A principal mudança no escopo do projeto foi: - Alteração da linha de base de tempo do projeto pela contratante SIDEROBRAS, fato este que gerou uma alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência uma segunda mobilização da equipe contratada COMBATESYS. Conforme já 4 Foi incluída no escopo do projeto a Casa de bombas (outro projeto não relacionado), em troca da Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e Sala Elétrica do Transferidor 2. Esta mudança também não foi vantajosa, pois estavam previstos 3 ambientes a serem protegidos e a Casa de bombas só possuía 2 ambientes de menor área.
  • 53. 49 discutido anteriormente, este alteração ocorreu devida uma indefinição das datas em que os ambientes estariam disponibilizados. As mudanças do produto estão listadas de A a J na Tabela 4 conforme escopo do produto por área apresentado na Tabela 2. - Mudança A: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria de Cabos da Subestação. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os ambientes; - Mudança B: Substituído Sistema de Detectores de fumaça por amostragem do ar por sistema de Detectores lineares de temperatura no Porão de Cabos da Desempenadeira off-line. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os ambientes; - Mudança C: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os ambientes; - Mudança D: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os ambientes; - Mudança E, F e G: Substituída a instalação do sistema nas Sala Elétricas do Transferidor 1, Transferidor 2 e Mesas de rolos por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de tamanho e localização destas salas. Verificado posteriormente que se tratava de equipamentos e não ambientes; - Mudança H: Substituída a instalação no sistema nos cabos da máquina de marcação à frio pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line. Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line; - Mudanças I e J: Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 e 2 dos medidores de forma 1 e 2 pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line.
  • 54. 50 5.3. Metodologias do gerenciamento do escopo que contribuem para minimização da indefinição do escopo do produto e do projeto As indefinições do escopo do projeto, conforme item 5.1, foram: - Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do sistema; - Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS. A primeira indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Criar a EAP. Este processo não foi utilizado pelo projeto. Através da EAP é que as atividades do projeto poderão ser incluídas no Cronograma do projeto. A Criação de um Cronograma do projeto sem vínculos com todos os entregáveis e outros projetos relacionados fizeram com que as atividades fossem programadas em datas que as salas ainda não estavam prontas. A segunda indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Coletar os requisitos. Apesar do processo de Coletar os requisitos ter sido usado no projeto, o mesmo utilizou de um documento de Registro das partes interessadas incompleto, no qual não constava o cliente que receberia o sistema. Também não foi criado Plano de gerenciamento dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos. A criação deste plano e matriz e por consequência sua revisão ao longo do projeto minimizariam a probabilidade de algum requisito não ser atendido pelo cliente. As indefinições do escopo do produto, conforme item 5.1, foram: - Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line); - Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de construção) a serem protegidos; - Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização. - Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida, logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS.
  • 55. 51 - Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on- line não estava definido como escopo do projeto. A primeira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveria estar clara a restrição de vazão e pressão necessárias ao Sistema automático de combate a incêndio bem como a inclusão ou não do fornecimento de caixa d’água exclusiva para o sistema. A segunda indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas. A terceira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do processo de Criar a EAP. Conforme pode ser verificado na Declaração do escopo do projeto, a mesma estava dividida por áreas. Foi verificado que as Salas elétricas da Mesas de Rolos, Transferidor 1 e Transferidor 2 eram em ambos os casos a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom e que não se tratavam de áreas e sim equipamentos pertencentes à Máquina de Ultrassom. A Criação da EAP estruturada por área de fornecimento contribuiria de forma significativa pela identificação desta inconsistência e por consequência geraria uma correção na Declaração do escopo do projeto. A quarta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas. A quinta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do processo de Criar a EAP. Com a criação da EAP estruturada por área seria possível observar a falta deste ambiente que por consequência geraria uma correção na Declaração do escopo do projeto incluindo este ambiente ao escopo do projeto. Outro processo que contribui para minimização da indefinição do escopo, mesmo que para projetos futuros, é o processo de Controlar o escopo. Este processo foi utilizado pelo projeto, porém não foi utilizado formulário especifico para registro das solicitações de mudanças no projeto. Todas as mudanças foram registradas em e-mail trocados entra as partes SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um grande problema em relação a este item seria o da perda de informações relevantes do projeto e o não registro da mesma em sistema oficial de gerenciamento de projeto possibilitando com isto que sejam geradas lições aprendidas.
  • 56. 52 5.4. Redefinição do escopo Conforme análise dos dados do projeto é possível então definir qual é o escopo correto para o projeto em questão. A seguir, na Figura 18, é apresentada a EAP redefinida com o resumo dos principais entregáveis em sua forma gráfica. O detalhamento completo da EAP está Tabela 5 a seguir, cuja representação está na forma analítica e onde são apresentados todos os entregáveis do projeto. A EAP foi concebida pela divisão dos entregáveis por área. Sua apresentação reforça a importância de sua elaboração realizada através do processo Criar a EAP, que não foi utilizado neste projeto. Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor) Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor) EAP Projeto Instalação SDAI 1 Projeto Instalação SDAI 1.1 Ger. Do Projeto 1.1.1 Plano Ger. Projeto 1.1.1.1 Declaração do Escopo 1.1.1.2 EAP e Dicionário
  • 57. 53 EAP Projeto Instalação SDAI 1.1.1.3 Matriz de Responsabilidade 1.1.1.4 Plano de Comunicação 1.1.1.5 Registro dos Riscos 1.1.1.6 Plano de Qualidade 1.1.1.7 Mapa de Aquisições 1.1.1.8 Cronograma 1.1.1.9 Orçamento 1.1.1.10 Apresentação do Plano 1.1.2 Monitoramento e Controle 1.1.2.1 Relatórios de progresso 1.1.2.2 Reuniões de Acompanhamento 1.2 Iniciação 1.2.1 Assinatura Contrato 1.2.2 Mobilização Canteiro Obras 1.3 Instalação 1.3.1 Projeto 1 Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.3.1.1 Sala Elétrica 1.3.1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV 1.3.1.1.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.1.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.1.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.1.5 Sistema automático de combate a incêndio 1.3.1.1.2 2º Andar 1.3.1.1.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.2.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.1.2.4 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.2.5 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.2.6 Proteção Passiva 1.3.1.1.3 Porão de Cabos 1.3.1.1.3.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.3.5 Proteção Passiva 1.3.1.1.4 3º Andar 1.3.1.1.4.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.4.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.4.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.4.5 Proteção Passiva 1.3.1.2 Cabine Operação 1.3.1.2.1 Cabine 1.3.1.2.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.1.5 Proteção Passiva 1.3.1.2.1.6 Central Incêndio 1.3.1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar 1.3.1.2.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.2.5 Proteção Passiva
  • 58. 54 EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.1.2.3 Sala Instrumentação 1.3.1.2.3.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.3.5 Proteção Passiva 1.3.1.2.4 Galeria Cabos 1.3.1.2.4.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.2.4.4 Proteção Passiva 1.3.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.3.1.3.1 Sala Servidores 1.3.1.3.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.3.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.3.1.5 Proteção Passiva 1.3.1.3.2 Sala Equipe Automação 1.3.1.3.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.3.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.3.2.5 Proteção Passiva 1.3.2 Projeto 2 Equipamentos Auxiliares 1.3.2.1 Subestação 1.3.2.1.1 Transformadores 1.3.2.1.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.1.1.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.1.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.1.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.1.2 Sala Elétrica 1.3.2.1.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.1.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.1.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.1.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.1.3 Bandejamento Aéreo 1.3.2.1.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.1.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.2 Desempenadeira off-line 1.3.2.2.1 Porão de Cabos 1.3.2.2.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.2 Sala Elétrica 1.3.2.2.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.3 Cabine Operação 1.3.2.2.3.1 Acionadores manuais
  • 59. 55 EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.2.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.3.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.3.6 Central Incêndio 1.3.2.2.4 Galeria Cabos 1.3.2.2.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.2.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.3 Prensa Hidráulica 1.3.2.3.1 Púlpito Operação 1.3.2.3.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.3.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.3.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.3.2 Sala Elétrica 1.3.2.3.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.3.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.3.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.3.3 Bandejamento Aéreo S.E. Prensa a Subestação 1.3.2.3.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.3.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa 1.3.2.3.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.3.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.4 Máquina de Ultrassom 1.3.2.4.1 Púlpito Operação 1.3.2.4.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.4.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.4.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.4.2 Sala Elétrica 1.3.2.4.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.4.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.4.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.4.3 Bandejmento Aéreo S.E. Ultrassom a Subestação 1.3.2.4.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.4.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação 1.3.2.4.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.4.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.5 Máquina de marcação à frio 1.3.2.5.1 Púlpito Operação 1.3.2.5.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.5.1.2 Avisadores sonoros e visuais
  • 60. 56 EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.2.5.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.5.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.5.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.5.2 Sala Elétrica 1.3.2.5.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.5.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.5.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.5.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.5.2.5 Proteção Passiva 1.4 Testes 1.4.1 Projeto 1 1.4.1.1 Sala Elétrica 1.4.1.2 Cabine Operação 1.4.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.4.2 Projeto 2 1.4.2.1 Subestação 1.4.2.2 Desempenadeira off-line 1.4.2.3 Prensa Hidráulica 1.4.2.4 Máquina de Ultrassom 1.4.2.5 Máquina de marcação à frio 1.5 Encerramento 1.5.1 As Built 1.5.2 Data Book 1.5.3 Manual Operação e Manutenção 1.5.4 Treinamento Operação 1.5.5 Treinamento Manutenção 1.5.6 Desmobilização Canteiro Obras 1.5.7 Contrato A instalação do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) da Casa de Bombas realizado através das Mudanças E, F e G da Tabela 4 não foi incluído na EAP redefinida por não pertencer ao escopo original do projeto.
  • 61. 57 6. CONCLUSÕES Conforme pode ser observado, a empresa SIDEROBRAS utilizou de quatro dos cinco processos do Gerenciamento do escopo do Projeto, sendo eles: Coletar os requisitos, Definir o escopo, Verificar o escopo e Controlar o escopo. Não foi utilizado pelo projeto o processo Criar a EAP. O processo Coletar os requisitos foi o responsável pelos problemas apresentados na Declaração do escopo do projeto, elaborada através do processo Definir o escopo. A Declaração do escopo do projeto a ser executado apresentou-se incompleta, divergente e com indefinições. Suas causas básicas foram: - Falha no Registro das partes interessadas, que não constava o cliente que faria a manutenção do SDAI e que também faria a aceitação; - Documentação dos requisitos incompleta; - Falta de Plano de gerenciamento dos requisitos; - Falta da Matriz de rastreabilidade dos requisitos. Algumas indefinições no escopo do projeto foram ocasionadas pelo processo Definir o escopo, pois faltaram informações detalhadas para alguns dos entregáveis do projeto. A não utilização do processo Criar a EAP foi o causador de alguns dos problemas do processo Controlar o Escopo. O Cronograma do projeto não foi elaborado com base na EAP o que fez com que ocorresse alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência uma segunda mobilização da equipe contratada COMBATESYS. Foi possível observar que, com a Criação da EAP, equipamentos pertencentes a uma determinada área, que estavam como ambientes a serem protegidos gerando com isto uma duplicação, poderiam ter sido retirados a tempo reduzindo com isto o escopo do projeto. Também seria através dela que ambientes importantes a serem inseridos no projeto também poderiam ser adicionados antes do fechamento do escopo do projeto. A Criação da EAP poderia gerar também correções na Declaração do escopo do projeto, uma vez que identificaria indefinições antes do fechamento final do escopo. No geral, a utilização de todos os processos do Gerenciamento do escopo do projeto contribui para a minimização da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e
  • 62. 58 alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS. Também foi notável que a não utilização de um dos processos ou a utilização de forma incompleta impacta diretamente na execução dos demais processos do Gerenciamento do escopo do projeto. Para este processo específico, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e principalmente a não utilização do Processo Criar a EAP foram os causadores de inúmeros problemas no Gerenciamento do escopo do projeto. Foram também as causas de várias indefinições e das mudanças do projeto. Outro ponto importante, conforme já dito, não foi utilizado formulário especifico para registro das solicitações de mudanças no projeto no processo Controlar o escopo. Todas as mudanças foram registradas em e-mail trocados entra as partes SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um grande problema em relação a este item seria o da perda de informações relevantes do projeto e o não registro da mesma em sistema oficial de gerenciamento de projeto possibilitando com isto que sejam geradas lições aprendidas.
  • 63. 59 REFERÊNCIAS ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 9441: Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio. Rio de Janeiro, 1998. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 14432: Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento. Rio de Janeiro, 2001. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos. 1. ed. Rio de Janeiro, 2010. ARGUS. Produtos e Sistemas Contra Incêndio – Detecção linear de temperatura. Disponível em: http://www.argus-engenharia.com.br/sistema-contra-incendio/1/7/detec-o-linear-de- temperatura/. Acesso em: 8 abr. 2013. CBMMG, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Legislação. Disponível em: http://www.bombeiros.mg.gov.br/legislacao.html. Acesso em: 29 jul. 2013. CHAVES, L.; NETO, F.; PECH, G.; CARNEIRO, M. Gerenciamento da comunicação em projetos. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. COMBATESYS. Site da Empresa COMBATESYS. Disponível em: internet. Acesso em: 9 jul. 2013. JUNIOR, I.; CIERCO, A.; ROCHA, A.; MOTA, E.; LEUSIN, S. Gestão da qualidade. 10.ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. NOTIFIER. Fire Alarm Sistems and Technology. Disponível em: http://www.notifier.com/Pages/default.aspx. Acesso em: 8 abr. 2013. MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). NR 23: Proteção Contra Incêndios. 2011. PMI, Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®®). Tradução oficial para o português do PMBOK® (Project Management Body of Knowledge) Guide. PMI, 2008. PMI, Project Management Institute. Estudo de benchmarking: Gerenciamento de projetos 2004 Brasil. Disponível em: http://pmi-rio.ning.com/page/benchmarking-1. Acesso em: 9 jan. 2013. PMI-BR, 2004.