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                CURSO DE FISIOTERAPIA



                  AMIRAH ALI ABDALLAH
                    JANAINE GALINDO
              SIMONE DE CARVALHO RIBEIRO




AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DO ÍNDICE DE CAPACIDADE
  LOCOMOTORA DOS AMPUTADOS ATENDIDOS NO CENTRO DE
             REABILITAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU




                     FOZ DO IGUAÇU
                          2010
RESUMO


O objetivo do estudo foi avaliar o nível de capacidade locomotora e da qualidade de
vida de amputados que freqüentaram o Centro de Reabilitação do Centro de
Especialidades Médicas, do município de Foz do Iguaçu, Paraná, e descrever o perfil
sóciodemográfico e socioeconômico destas pessoas. Os pacientes amputados foram
divididos em 2 grupos: A, composto por 16 sujeitos em fase de protetização e
protetizados; e B, por 10 sujeitos que se encontravam na fase de cicatrização da
amputação. Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para
avaliar as características sociodemográficas e socioeconômicas, para avaliação da
qualidade de vida foi utilizado o questionário de qualidade de vida SF-36, já para
avaliação da capacidade locomotora foi utilizado o questionário Medida Funcional
para Amputados (MFA). Ambos os grupos apresentaram redução na qualidade de
vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora, porém sem
diferenças significativas entre eles.


Palavra-chave: Amputação, Reabilitação, fisioterapia, avaliação, locomoção.
ABSTRACT


The main objective of the study was to evaluate the way of amputees to move and
the quality of health that attended on the Rehabilitation Center of the Center of
Medical Specialties in the municipality of Foz do Iguaçu, Paraná, and also describe
the sociodemographic and socioeconomic profile of these people. The amputees
patients were separated into two groups: in the group A had 16 (sixteen) people
during the phase of fitting and hearing aids, and in the group B had 10 (ten) people
who were in the healing phase of amputation. For the characterization of the
amputees a questionnaire was proposed to evaluate the sociodemographic and
socioeconomic, for the evaluation of the quality of life a questionnaire of Short Form
Health Survey 36 (SF-36) was used, as for the evaluation of moving capacity a
questionnaire of Functional Measure for Amputees (FMA) was used. Both of the
groups had reduced their quality of life as well as the negative influence on their
ability to move, but there weren’t any significant differences between them.


Keywords: amputation, rehabilitation, physiotherapy, evaluation, locomotion.
1. INTRODUÇÃO

      Amputação é uma palavra derivada do latim (ambi = ao redor de/em volta de,
e putatio = podar/retirar), a qual também pode ser definida como sendo a retirada,
normalmente cirúrgica, parcial ou total de um membro, após todas as tentativas para
salvá-lo1. A parte restante do membro amputado recebe o nome de coto e sua
principal finalidade é a fixação da prótese, sendo esta empregada para substituir a
região perdida ou malformada do organismo2. São comuns certas complicações com
o coto, como: deformidade em flexão, neuromas dolorosos, complicações cutâneas,
comprometimento vascular, irregularidades ósseas e excesso de partes moles3.
      Outra complicação citada é a sensação fantasma, definida como uma
sensação não dolorosa do membro amputado; enquanto que a dor fantasma é vista
como uma dor referida no membro amputado ou na parte amputada de um membro;
já a dor no coto é uma sensação dolorosa percebida na extremidade do membro
amputado, usualmente na região onde se fez o corte transversal do nervo sensitivo 4.
É de extrema importância a distinção destes termos para uma melhor abordagem
fisioterapêutica que atua, desde a fase pré e pós-operatória, até a fase pré e pós-
protetização, tendo como principais objetivos: visar à cicatrização e a redução do
edema do coto, cuidar com o posicionamento no leito prevenindo contraturas e
deformidades articulares, preparar o coto para a protetização e retorno às atividades
de vida diária, restabelecendo, assim, a independência funcional5.
      A referência escrita mais antiga sobre amputações é encontrada no Rig-Veda
(3.500 E 1.800 a.C) um antigo poema sagrado indiano que conta a história de uma
rainha guerreira que teve um membro inferior amputado devido à guerra, e ela
confeccionou uma prótese de ferro e retornou à batalha 6. Já em 26 de Janeiro de
1971, a agência France Presse publicou um artigo relatando que arqueólogos russos
descobriram um esqueleto de uma mulher com um pé artificial, com data aproximada
de 2300 a.C. A prótese era composta por um pé-de-cabra adaptado ao coto, seu
encaixe foi feito com a própria pele dessecada do animal, esta é provavelmente,
uma das primeiras próteses de que se tem relato7.
      As causas de uma amputação são múltiplas sendo, mais freqüentes em
membros superiores os processos traumáticos e tumorais, enquanto nos membros
inferiores, podem-se encontrar etiologias relacionadas aos processos: congênitos,
infecciosos, traumáticos, neuropáticos e tumorais8. Quanto aos níveis de amputação
dos membros, estes variam conforme a necessidade e as características que o
paciente apresenta, sendo mais comum o nível de amputação transtibial 9.
      A reabilitação de um amputado não depende apenas da protetização. Existe
um tipo de prótese para cada nível de amputação, mas nem sempre estas atendem
as expectativas do protetizado10. Com a amputação o paciente sofre uma grande
alteração funcional, emocional, social, econômica e psicológica que envolve ele e
toda sua família, os quais podem interferir na sua reabilitação. Sendo este processo
imediato e com o objetivo de recuperar a função, permitindo, assim, a readaptação
profissional e a reintegração social. O papel do fisioterapeuta é fundamental na
reeducação funcional destes pacientes, acompanhando-os nas fases pré e pós-
cirúrgico e de pré e pós-protetização, mantendo as funções músculo-esqueléticas11.
      O objetivo do estudo foi avaliar o índice de capacidade locomotora e da
qualidade de vida, assim como traçar o perfil sóciodemográfico e socioeconômico
destas pessoas.
  .
2. MATERIAIS E MÉTODOS


       O presente estudo caracterizou-se como um estudo transversal, baseado em
um modelo epidemiológico descritivo, através da identificação de características
sociodemográficas e socioeconômicas de sujeitos amputados, além de quantificar a
qualidade de vida e o nível de amputação destes sujeitos.
       O estudo iniciou-se após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade Assis Gurgacz (CEP/FAG) sob protocolo de número 064/2010 (Anexo
01).
       No município de Foz do Iguaçu os sujeitos amputados são encaminhados ao
Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas (CR/CEM) para o setor
de prótese e órtese. Neste setor estes sujeitos são cadastrados, e após triagem e
avaliação são encaminhados para aquisição de dispositivos de acordo com as suas
necessidades.
       Foram incluídos na pesquisa sujeitos que aceitaram participar da pesquisa
com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 01),
conforme determina a resolução 196/96 do CNS, sujeitos acima de 18 anos, ambos
o sexo, submetidos à amputação de membros, independente do seu nível e de sua
etiologia; protetizados ou não; que frequentam ou já frequentaram o CR/CEM, Foz
do Iguaçu – PR. E foram excluídos da pesquisa, sujeitos que apresentassem
dificuldade na comunicação verbal e escrita, diagnóstico clínico de doenças
neurológicas.
       Nos meses de setembro e outubro de 2010, após contato e autorização do
responsável pelo CR/CEM (Apêndice 02) iniciou-se um estudo retrospectivo, por
meio de consulta nos cadastros dos usuários deste centro. Foram consultados os
cadastros realizados de janeiro de 2008 até junho de 2010. Cento e sessenta e
cinco cadastros foram consultados, destes 90 eram de sujeitos com amputação de
membros, os demais não se enquadraram nos critérios de inclusão. Foi levantado o
contato telefônico e endereço de todos os sujeitos. Porém, o contato só foi exitoso
com 50 sujeitos, dos quais 16 concordaram em participar da pesquisa.
       No mesmo período, procurou-se o Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida
(PNSA), onde o amputado é atendido na fase pós-cirurgica e de cicatrização, e
somente após a cicatrização completa eles são encaminhados para o CR/CEM. Dez
sujeitos estavam freqüentando o PNSA, e todos concordaram em participar da
pesquisa.
      Desta forma, formou-se 2 grupos: grupo A, composto por 16 sujeitos em fase
de protetização e protetizados; e grupo B, por 10 sujeitos que se encontravam na
fase de cicatrização da amputação.
      Para o grupo A, como os sujeitos já haviam passado pela fase de
protetização, alguns não freqüentavam mais o CR/CEM. Para os que se
disponibilizaram, foram convidados a participar de uma palestra, na qual foram
abordadas as principais dificuldades na reabilitação, formas para facilitar as
transferências, mudanças de decúbitos, demonstrações de tipos de órteses que
auxiliam na locomoção, respeitando o ciclo normal da marcha, assim como,
orientações nas atividades de vida diária, realizada na Clínica-Escola da Faculdade
Anglo Americano, Foz do Iguaçu – PR e logo após todos foram convidados a
participar da pesquisa avaliativa para caracterizar os amputados, assim como avaliar
a qualidade de vida e independência funcional. E para o grupo B, como ainda se
encontravam em fase de cicatrização, estavam freqüentando o PNSA, onde foi
realizada a pesquisa avaliativa.
      Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para avaliar
as relações sociodemográficas e socioeconômicas, além de conter a anamnese do
sujeito (Apêndice 03).
      Para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi aplicada a
versão brasileira do questionário 36-Item Short-Form Survey, (Anexo 02) conhecido
como SF-36, traduzido e validado por Ciconelli et al. (1997), o qual consiste em oito
domínios, com escores que variam de 0 a 100, que consideram a percepção do
paciente sobre a forma como sua saúde, bem-estar e a maneira como desempenha
suas atividades de vida diária interferem em sua qualidade de vida.
      Já para avaliação da capacidade locomotora foi aplicado a versão brasileira
do questionário Functional Measure for Amputees Questionnaire (Medida Funcional
para Amputados – MFA) (Anexo 03), traduzido e validado por Kageyama et al.
(2008). Para esta avaliação foi considerada a questão número 02, a qual consiste de
14 perguntas, permitindo um escore entre 0 a 42, sendo as menores pontuações
associadas às menores disfunções.
      Para análise estatística do questionário SF-36 e do escore da questão 2 do
questionário MFA, atribuiu-se como valores médios para a qualidade de vida e para
a capacidade locomotora 50% dos escores máximos. Assim, cada grupo foi dividido
em 2 subgrupos: os que estavam com escores abaixo de 50% do escore máximo, e
os que apresentavam escore acima de 51% do máximo. Os dados foram submetidos
à análise de contingência inter-grupos, utilizando o qui-quadrado (x2), do programa
GraphPad InStat 3, sendo considerado significativo p<0,05.
3. RESULTADOS


3.1 Caracterização do grupo A


       O grupo A foi composto por 16 sujeitos, sendo 62,5 % protetizados e 37,5%
não protetizados, sendo 10 (62,5%) do sexo masculino e 6 (37,5%) do sexo
feminino, com idade média de 47,81±16,97 anos. O nível de amputação mais
observado foi o transtibial, presente em 50% dos sujeitos, seguido pelo transfemoral
(37,5%), do médio pé (6,3%), e transumeral (6,3%).
       As principais etiologias da amputação citadas foram: trauma direto (75%),
diabetes (18,8%), vascular (6,3%). O tempo médio de amputação foi de 8,12±8,05
anos, enquanto o tempo de protetização era de 5,18±6,52 anos. Todos os sujeitos
abordados    na   pesquisa    foram   atendidos    ou   estavam   em   atendimento
fisioterapêutico, com média de 10,12±14,44 meses. Das possíveis complicações que
podem aparecer após a amputação, a dor fantasma foi citada por 37,5% dos
sujeitos, enquanto a sensação fantasma por 31,25%, já a dor no coto por 6,25% dos
sujeitos.
       Nas atividades de vida diária (AVD’s), 50% dos sujeitos foram classificados
como independentes 37,5% independentes com auxilio e 12,5% dependentes.
Quanto aos hábitos de vida 37,5% dos sujeitos entrevistados relatam serem
tabagistas, 18,5% etilistas e 87,5% sedentários.


3.2 Caracterizações do grupo B


       O grupo B foi composto por 10 sujeitos, sendo 5 (50%) do sexo masculino e 5
(50%) do sexo feminino, com idade média de 46,4±9,66 anos. O nível de amputação
mais presente foi o transtibial (40%), seguido do médio pé (30%), o transfemoral
(20%) e o quinto dedo do pé (10%).
       As principais etiologias da amputação foram: trauma direto (60%) e
comprometimento vascular (40%). O tempo médio de amputação foi de 4,9±3,38
meses. Todos os sujeitos abordados na pesquisa foram atendidos ou estavam em
atendimento fisioterapêutico, com tempo médio de 2,7±1,159 meses. Das possíveis
complicações que podem aparecer após a amputação a dor fantasma esteve
presente em 80% dos sujeitos, enquanto a sensação fantasma foi relatada por todos
 os sujeitos e a dor no coto por 70%.
        Nas AVD’s, todos os sujeitos foram classificados como independentes com
 auxílio. Quanto aos hábitos de vida, 30% relataram serem tabagistas, 40% etilistas e
 todos sedentários.


 3.3 Análise do questionário SF-36


        Quando comparadas as médias das respostas do questionário SF-36 pode-se
 observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 01), exceto para o
 domínio “vitalidade”. Porém, apesar destas diferenças, quando os grupos foram
 comparados estatisticamente não foram observadas diferenças significativas entre
 os domínios deste questionário (Tabela 02).


Tabela 01: Médias e desvios padrões dos domínios do Questionário SF-36
         Domínios                        Grupo A                   Grupo B
Capacidade Funcional                    56,88±32,8               19,50 ± 31,2
Aspectos Físicos                        48,44±41,7                22,50±30,0
Dor                                     69,25±30,2                58,80±30,8
Estado geral de saúde                   69,81±24,0                47,70±19,4
Vitalidade                              50,63±15,0                54,00±17,1
Aspectos Sociais                        86,11±28,3                57,14±29,4
Aspecto Emocional                       38,46±46,2                25,00±44,0
Saúde Mental                            52,94±16,9                51,60±16,3
Tabela 02: Análise inter-grupos dos domínios do Questionário SF-36
                            <50%          > 50%           Total        P
Capacidade Funcional
      grupo A              8 (31%)        8 (31%)       16 (62%)
                                                                     0,2647
      grupo B              8 (31%)        2 (8%)        10 (38%)
Aspectos Físicos
      grupo A              9 (35%)        7 (27%)       16 (62%)
                                                                     0,7031
      grupo B              8 (31%)        2 (8%)        10 (38%)
Dor
      grupo A              5 (19%)       11 (42%)       16 (62%)
                                                                     0,5880
      grupo B              5 (19%)        5 (19%)       10 (38%)
Estado geral de saúde
      grupo A              4 (15%)       12 (46%)       16 (62%)
                                                                     0,1706
      grupo B              6 (23%)        4 (15%)       10 (38%)
Vitalidade
      grupo A             10 (38%)        6 (23%)       16 (62%)
                                                                     0,8986
      grupo B              6 (23%)        4 (15%)       10 (38%)
Aspectos Sociais
      grupo A              4 (15%)       12 (46%)       16 (62%)
                                                                     0,3789
      grupo B              5 (19%)        5 (19%)       10 (38%)
Aspecto Emocional
      grupo A              6 (23%)       10 (38%)       16 (62%)
                                                                     0,4744
      grupo B              6 (23%)        4 (15%)       10 (38%)
Saúde Mental
      grupo A              7 (27%)        9 (35%)       16 (62%)
                                                                     0,8506
      grupo B              4 (15%)        6 (23%)       10 (38%)
3.4 Análise do questionário MFA


      Quando comparadas as médias das respostas do questionário MFA pode-se
observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 03). Porém,
apesar desta diferença, quando os grupos foram comparados estatisticamente não
foram observadas diferenças significativas (Tabela 04).


Tabela 03: Médias e desvios padrões do Questionário MFA
              Questão 2                         Grupo A              Grupo B
 Capacidade locomotora                          31±9,70              12,2±6,62




Tabela 04: Comparação do Índice de Capacidade Locomotora, análise inter-grupos
                             <50%           >50%           Total           P
Questão 2
   grupo A                 13 (50%)        3 (12%)        16 (62%)
                                                                        0,9657
   grupo B                  9 (35%)        1 (4%)         10 (38%)
4. DISCUSSÃO


       A alteração na qualidade de vida é uma situação comum em pessoas que
sofreram alguma amputação de membros. Nesta pesquisa foi observada uma
redução em pelo menos um domínio na qualidade de vida de todos os sujeitos.
Destaca-se que a maior redução foi observada nos sujeitos com amputação
transtibial.
       Segundo Diogo14, a presença de uma incapacidade funcional, determinada
por uma amputação de membros inferiores implica em interferência sobre a
autonomia e independência da pessoa. No presente estudo foram encontradas
incapacidades funcionais em todos os sujeitos, sendo as maiores nos sujeitos em
fase de cicatrização da amputação. Rosa et al15, definem a incapacidade funcional
pela presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas
atividades da vida cotidiana, ou mesmo, pela impossibilidade de desempenhá-las.
       Um importante indicador da qualidade de vida é a capacidade funcional,
destacando-se as relações sociais, as condições de saúde, a realização de atividade
e renda, como fatores objetivos. Pesquisas mostram que o bem estar físico objetivo
está diretamente relacionado à ausência de doença ou de comprometimento da
capacidade locomotora e do conforto, portanto, uma boa saúde física é considerada
um forte indicativo de bem estar psicológico (Diogo16).
       Ciconelli et al12, ressaltam que é importante descrever o comprometimento da
qualidade de vida de determinada patologia de forma genérica e ao compará-la com
outras doenças pode-se demonstrar sua importância para o individuo, em nível
social ou de saúde, dentro de uma comunidade. Dessa forma, é de extrema
importância possuir parâmetros de avaliação, tais como a avaliação da qualidade de
vida, para nortear a decisão quanto à melhor distribuição de recursos dentro do
sistema de saúde.
       Kageyama     et   al13, traduziu   e   validou   o   questionário MFA,   criado
especificamente para pacientes amputados, considerando-se sua facilidade de
aplicação, rapidez e avaliação de aspectos relevantes referentes ao uso da prótese.
A questão 02 deste questionário, que gera o Índice da Capacidade Locomotora, é a
única a apresentar um escore (0 a 42 pontos), o que indica que é possível avaliar a
mobilidade dos pacientes que usam ou não prótese por meio deste índice.
Ao avaliar a população de pacientes amputados, é importante considerar
todos os aspectos: idade, gênero, nível da amputação, etiologia, existência de
doenças associadas, tempo de protetização, o tempo que realizou fisioterapia,
condição socioeconômica, condição sociodemográfica, hábitos de vida, entre outros.
      Devido    à    necessidade     de   traçar   um   perfil   socioeconômico    e
sociodemográfico, foi criado um questionário abordando os itens citados
anteriormente, onde foi possível observar que todos (100%) os sujeitos entrevistados
tinham renda familiar menor que R$1.000, justificando a procura pelo serviço do
Sistema Único de Saúde (SUS).
      No estudo de Helm et al17, com 257 pacientes submetidos à amputação de
membros inferiores, os autores constataram que 6% dos pacientes tornaram-se
menos dependentes após a amputação, 36% apresentaram grau de dependência
inalterado, enquanto que em 58%, o grau de dependência aumentou. No atual
estudo, foram constatados no grupo A que 37,5% dos sujeitos, foram considerados
independentes com auxilio, 50% foram considerados independentes e 12,5%
dependentes, já no grupo B 100% dos sujeitos foram considerados independentes
com auxilio, justificando através da fase inicial da amputação o nível maior de
dependência, não sendo considerado o grau de independência anterior a
amputação.
      O´Sullivan e Schimtz18, afirmam que a causa mais frequente de amputação é
por doença vascular periférica, combinada ou não com diabetes. Pinto et al19,
descreve que o nível transtibial é o mais freqüente em sujeitos que sofreram
amputação de um membro, apresentando como causas principais, as complicações
vasculares para indivíduos na faixa entre 50 e 75 anos e traumatismos observados
em adultos jovens, porém Bonamigo et al20, observa que a idade média dos
brasileiros amputados é de 63,3 anos. Silva21 mostra que o mecanismo de trauma
direto é o resultado de diversas situações, acometendo em maior escala os
adolescentes e adultos jovens, devido aos acidentes automobilísticos e de trabalho.
No presente estudo pode-se observar que o nível mais freqüente de amputação foi o
transtibial, com prevalência de 50% no grupo A e 40% no grupo B, porém a faixa
etária resultou-se entre 22 e 78 anos.
      Para o presente estudo, destaca-se que o município de Foz do Iguaçu
encontra-se em uma região de tríplice fronteira (Paraguai e Argentina), desta forma o
trânsito favorece o acontecimento de acidentes. Fato que pode ser comprovado com
dados divulgados pelo Anuário Estatístico da Secretaria de Estado de Segurança
Pública do Estado do Paraná, no qual é divulgado que Foz do Iguaçu apresenta a 6ª
maior prevalência de acidentes de trânsito no Estado do Paraná com 2.490
acidentes no ano de 2008.
      Teixeira et al22, relatam que a dor fantasma é referida no membro ou em parte
do membro amputado, os mecanismos pelos quais a dor fantasma ocorre ainda não
foram elucidados. Devido à inadequada resposta a diferentes formas de tratamento,
a dor fantasma foi associada a transtornos psicológicos ou a mecanismos
periféricos, ocorrendo em 0,4% a 88% dos indivíduos que sofreram amputação. O
que se confirma com o atual estudo, pois no grupo A, a dor fantasma esteve
presente em 37, 5% dos entrevistados e no grupo B em 80%.
      Thomaz e Herdy23, afirmam que a incidência de amputações é maior nos
homens (60%). Confirmando os dados desses autores, foi constatada que a
incidência de amputações, de modo geral, é maior no sexo masculino, sendo 62, 5%
no grupo A e 50% no grupo B.
      Já em relação à fisioterapia, os sujeitos que realizavam ou já realizaram
fisioterapia relataram que a maior dificuldade na realização destas foi à questão da
locomoção até as clínicas de fisioterapia. Fato que pode ser correlacionado com o
nível de dependência/independência. Pois conforme observado, muitos dos sujeitos
foram classificados como dependentes com auxílio, e para estes é necessário auxílio
de outra pessoa (acompanhante) ou de alguma órtese.
CONCLUSÃO

       Tanto o grupo que já passou pela fase pré e pós-protetização, como os
amputados que se encontram na fase de cicatrização, apresentam redução na
qualidade de vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora.
       Embora     não   tenha   sido   possível   obter   resultados   estatisticamente
significativos,   pôde-se   observar     que      os   fatores   socioeconômicos     e
sociodemográficos têm uma relação direta com a reabilitação, podendo progredir ou
retardar este processo.
REFERÊNCIAS


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  aspectos clínicos e práticos da reabilitação. São Paulo: Artes Médicas, 2005.
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  Reabilitação - guias de medicina ambulatorial e hospitalar da UNIFESP-EPM.
  Barueri: Manole, 2010.
3- Pastre CM, Salioni JF, Oliveira BAF, Micheletto M, Júnior JN. Fisioterapia e
  amputação transtibial. Arq Ciênc Saúde 2005, 12 (2):120-24.
4- Probstner D, Thuler LCS. Incidência e prevalência de dor fantasma em pacientes
  submetidos à amputação de membros: revisão de literatura. Rev Bras de
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5- Nunes MAP, Resende KF, Castro AA, Pitta GBB, Figueiredo LFP, Junior FM.
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  significados culturais atribuídos à reconstrução corporal de amputados mediante a
  protetização. Comunicação Saúde Educação 2008, 12 (26):485-97.
7- Carvalho JA, Amputações de membros inferiores. In: Carvalho JA. Introdução.
  Barueri, Manole: 2003.
8- Guarino P, Chamlian TR, Masiero D. Retorno ao trabalho em amputados dos
  membros inferiores. Acta Fisiatr 2007, 14 (2):100-103.
9- Agne JE, Cassol CM, Bataglion D, Ferreira FV. Identificação das causas de
  amputações de membros no hospital universitário de Santa Maria. Saúde 2004,
  30 (1-2):84-89.
10-   Gamba MA, Gotlieb SLD, Bergamaschi DP, Vianna LAC. Amputações de
  extremidades inferiores por diabetes mellitus: estudo caso-controle. Rev. Saúde
  Pública 2004, 38 (3):399-404.
11-   Lima KBB, Chamlian TR, Masiero D. Dor fantasma em amputados de membro
  inferior como fator preditivo de aquisição de marcha com prótese. Acta Fisiatr
  2006, 13 (3):157-162.
12- Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma RM. Tradução para o
  português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida
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13- Kageyama ERO, Yogi M, Sera CTN, Yogi LS, Pedrinelli A, Camargo OP.
  Validação da versão para a língua portuguesa do questionário de Medida
  Funcional para Amputados (Functional Measure for Amputees Questionnaire).
  Fisioter Pesq 2008, 15(2):164-71.
14- Diogo MJD. A dinâmica dependência-autonomia em idosos submetidos à
  amputação de membros inferiores. Rev. Latino-am. Enfermagem - Ribeirão Preto
  1997, 5 (1):59-64.
15- Rosa, TEC. Benício, MHD. Latorre, MRDO. Ramos, LR. Fatores determinantes
  da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003, 37(1):40-8.
16- Diogo MJD. Avaliação funcional de idosos com amputação de membros
  inferiores atendidos em um hospital universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem
  2003, 11(1):59-65.
17- Helm, P. Engel, T. Holm, A. Kristiansen, VB. Rosendahi, S. Function after lower
  limb amputation. Acta Orthop Sand 1986, 57 (12):154-157.
18- May BJ. Amputação. In: O´Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e
  tratamento. 5ª ed. Barueri: Manole, 2010.
19- Pinto MAGS, Astur Filho N, Guedes JPB, Yamahoka MSO. Ponte óssea na
  amputação transtibial. Rev Bras Ortop 1998, 33 (7):525-31.
20- Bonamigo TP, Burihan E, Cinelli M, Ristow AV. Doenças da aorta e seus ramos:
  Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1991.
21- Silva CPD. Perfil dos pacientes amputados de membro inferior internados no
  hospital Nossa Senhora da Conceição – Tubarão/SC, 2008
22- Gutmann RMB, Freitas A, Rêgo CACS, Filho ALG, Pustilnick A, Silva SC, Rosa
  P. Anuário Estatistico da Secretária de Estado da Segurança Pública do Estado
  do Paraná, 2008.
23- Teixeira MJ, Imamura M, Calvimontes RCP. Dor fantasma e no coto de
  amputação. Revista de Medicina. Rev. Med. 1999, 78 (2):192-6.
24- Thomaz JB, Herdy CDC. Fundamentos de Cirurgia Vascular e Angiologia. São
  Paulo: BYK, 1997.
ANEXOS
ANEXO 01
ANEXO 02


Questionário SF-36


1. Em geral, você diria que sua saúde é:
Excelente                                                                          1
Muito boa                                                                          2
Boa                                                                                3
Ruim                                                                               4
Muito ruim                                                                         5


2. Comparada há um ano, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
Muito melhor agora do que há um ano atrás                                          1
Um pouco melhor agora do que há um ano atrás                                       2
Quase a mesma de um ano atrás                                                      3
Um pouco pior agora do que há um ano atrás                                         4
Muito pior agora do que há um ano atrás                                            5


3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente
durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer
essas atividades? Neste caso, quanto?
                 Atividades                   Sim. Dificulta Sim. Dificulta    Não. Não
                                                 muito         um pouco       dificulta de
                                                                              modo algum
a. Atividades vigorosas, que exigem muito           1              2               3
esforço, tais como correr, levantar objetos
pesados, participar em esportes árduos
b. Atividades moderadas, tais como mover            1              2               3
uma mesa, passar aspirador de pó, jogar
bola, varrer a casa
c. Levantar ou carregar mantimentos                 1              2               3
d. Subir vários lances de escada                    1              2               3
e. Subir um lance de escada                         1              2               3
f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se             1              2            3
g. Andar mais de 1 quilômetro                      1              2            3
h. Andar vários quarteirões                        1              2            3
i. Andar um quarteirão                             1              2            3
j. Tomar banho ou vestir-se                        1              2            3


4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência
de sua saúde física?
                                                                         Sim   Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu             1        2
trabalho ou a outras atividades?
b. Realizou menos tarefas do que gostaria?                                1        2
c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades?       1        2
d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex:    1        2
necessitou de um esforço extra?)


5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com o seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de
algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso?
                                                                         Sim   Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu             1        2
trabalho ou a outras atividades?
b. Realizou menos tarefas do que gostaria?                                1        2
c. Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado     1        2
como geralmente faz?


6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em
relação a família, vizinhos, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma                                                                1
Ligeiramente                                                                    2
Moderadamente                                                                   3
Bastante                                                                        4
Extremamente                                                                    5


7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma                                                                         1
Muito leve                                                                      2
Leve                                                                            3
Moderada                                                                        4
Grave                                                                           5
Muito grave                                                                     6


8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho
normal (incluindo tanto o trabalho fora de casa e dentro de casa)?
De maneira nenhuma                                                              1
Um pouco                                                                        2
Moderadamente                                                                   3
Bastante                                                                        4
Extremamente                                                                    5


9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido
com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma
resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente em relação as
últimas 4 semanas.
                                      Todo    A      Uma     Algum    Uma       Nunca
                                      tempo maior    boa       a     pequena
                                             parte   parte   parte   parte do
                                              do      do      do      tempo
                                             tempo tempo tempo

a. Quanto tempo você tem se sentido    1      2       3        4        5           6
cheio de vontade, cheio de força?
b. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
uma pessoa muito nervosa?
c. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
tão deprimido que nada pode animá-
lo?
d. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
calmo ou tranqüilo?
e. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
com muita energia?
f. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
desanimado e abatido?
g. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
esgotado?
h. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
uma pessoa feliz?
i. Quanto tempo você tem se sentido   1     2      3      4         5       6
cansado?


10. Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais?
Todo o tempo                                                            1
A maior parte do tempo                                                  2
Alguma parte do tempo                                                   3
Uma pequena parte do tempo                                              4
Nenhuma parte do tempo                                                  5
11. O quanto é verdadeiro ou falso cada uma das afirmações para você?
                                  Definitiva- A maioria   Não     A       Definiti-
                                    mente    das vezes    sei   maioria   vamente
                                  verdadeiro verdadeiro          das       falsa
                                                                vezes
                                                                 falsa
a. Eu costumo adoecer um              1          2         3      4          5
pouco mais facilmente que as
outras pessoas
b. Eu sou tão saudável quanto         1          2         3      4          5
qualquer     pessoas   que   eu
conheço
c. Eu acho que a minha saúde          1          2         3      4          5
vai piorar
d. Minha saúde é excelente            1          2         3      4          5
ANEXO 03


Questionário de Medida Funcional para Amputados

   1- Você diria que é capaz de colocar sua prótese:
   a) Sozinho, sem qualquer dificuldade?
   b) Sozinho, mas com dificuldade?
   c) Sozinho, mas com outra pessoa orientando?
   d) Somente se tiver ajudar de outra pessoa?


   2- (escore 0 a 42 pontos)
Atualmente, você consegue realizar as seguintes atividades usando a sua
prótese? Mesmo que, para isso, tenha que usar uma bengala ou qualquer
outro auxílio para realizá-las? NÃO – 0; SIM, se alguém me ajudar – 1; SIM, se
alguém estiver próximo -2; SIM, sozinho – 3.
                                                                  0   1   2   3
   a) Levantar-se de uma cadeira?
   b) Pegar um objeto no chão quando você está em pé com a sua
      prótese?
   c) Levantar-se do chão? (por exemplo, se você tivesse caído)
   d) Andar pela casa?
   e) Andar fora de casa em piso liso?
   f) Andar fora de casa em piso irregular ou acimentado?
   g) Andar fora de casa com mau tempo, por exemplo, com chuva?
   h) Subir escadas segurando um corrimão?
   i) Descer escadas segurando um corrimão?
   j) Subir na calçada?
   k) Descer da calçada?
   l) Subir alguns degraus sem um corrimão?
   m) Descer alguns degraus sem um corrimão?
   n) Andar enquanto carrega um objeto? (por exemplo, xícara ou
      copo)
3- Quando você precisa se locomover dentro de casa, aproximadamente
      quanto das suas atividades são feitas...
                                               Nenhuma        Metade     Quase todas
Na cadeira de rodas?
Andando com sua prótese? (Mesmo que
precise usar bengala ou andador)
Andando sem sua prótese, mas usando um
auxílio para andar, como muletas?


   4- Quantas horas por dia você usa sua prótese? __________
      Quantos dias por semana você usa sua prótese? _______


   5- O que impede de usar sua prótese para se locomover dentro de casa?
 ** se o paciente responder que concorda a frase abaixo, ignore os itens
seguintes e passe para a questão 6 **
                                                              Concordo      Discordo
   a) Eu sempre uso minha prótese para me locomover dentro
      de casa.
   b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha
      prótese dentro de casa.
   c) Eu acho muito cansativo me locomover com a minha
      prótese dentro de casa.
   d) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa
      causa problemas para minha perna não amputada. (ex:
      dor)
   e) Quando uso minha prótese para me locomover dentro de
      casa   ela   me    causa     problemas   (ex:   desconforto,
      transpiração)
   f) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa
      causa problemas para meu coto (ex: irritação da pele, dor,
      feridas)
   g) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa me
      faz sentir inseguro.
h) Eu não uso a minha prótese para me locomover dentro de
      casa, porque sinto que ela precisa de ajustes. (ex: larga,
      apertada)
   i) Eu não uso minha prótese para me locomover dentro de
      casa por outras razões.


6- Quando você precisa se locomover fora de casa, aproximadamente quanto
das suas atividades são feitas...
                                                     Nenhuma Metade Quase todas
   a) Na cadeira de rodas?
   b) Andando com sua prótese, mesmo se usando
      bengala?
   c) Andando     sem   sua     prótese,   mas   usando
      muletas?


7- O que o impede de usar a sua prótese para de locomover fora de casa:
 ** se o paciente responder que concorda a frase abaixo ignore os itens
seguintes e passe para a questão 8 **
                                                              Concordo Discordo
   a) Eu sempre uso a minha prótese para me locomover
      fora de casa.
   b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha
      prótese fora de casa.
   c) Eu acho muito cansativo usar minha prótese fora de
      casa.
   d) Usar minha prótese para me locomover fora de casa
      causa problemas para a minha perna não amputada.
   e) Quando uso minha prótese para me locomover fora de
      casa, ela me causa problemas.
   f) Usar minha prótese para me locomover fora de casa
      causa problemas para meu coto.
   g) Quando não uso minha prótese fora de casa tenho
      medo de cair.
h) Não uso minha prótese fora de casa quando a
        distancia a percorrer é muito longa.
   i) Eu não uso minha prótese para me locomover fora de
        casa por outras razões. (ex: muito pesada)


8- Quando você anda com a sua prótese, aproximadamente, qual a distancia
que consegue percorrer sem parar?
   a) Eu posso andar o quanto eu quiser.
   b) Eu posso andar aproximadamente 100 passos sem parar.
   c) Eu posso andar mais que 30 passos de uma vez, mas menos do que
        100 sem parar.
   d) Eu posso andar entre 10 a 30 passos sem parar.
   e) Eu posso andar menos de 10 passos sem parar.
   f)   Eu não consigo andar com a minha prótese.


9- Desde que você recebeu alta, você caiu enquanto usava a sua prótese?
Sim ( ) Quantas vezes no ultimo mês? ____ Não ( )


10- Que tipo de auxílio para andar você mais usa para realizar atividades com a
prótese? (ex: levantar-se, andar, subir escadas) ** As duas próximas questões,
11 e 12, só serão feitas se o paciente não estiver usando a prótese. Se o
paciente usa a prótese, passe para a questão 13.
                                                     Dentro de casa   Fora de casa
Nenhum
1 bengala
2 bengalas
1 bengala com 4 apoios
Muletas
Andador
Outros (especificar)
11- Quando você parou de usar a sua prótese?


   a) Há menos de 1 mês                     b) Há menos de 3 anos
   c) Há menos de 6 meses                   d) Há menos de 4 anos
   e) Há menos de 1 ano                     f) Há 4 anos ou mais
   g) Há menos de 2 anos                    h) Eu nunca a usei


12- Por que você parou de usar sua prótese?
   a) O cartucho da minha prótese estava muito largo para o meu coto.
   b) O cartucho da minha prótese estava muito apertado para o meu
      coto.
   c) Era muito cansativo.
   d) Foi realizada uma nova cirurgia no meu coto (ex: nova amputação.
   e) Outros motivos (especificar)


13- (Reformulada)
Nas suas atividades do dia-a-dia, dentro e fora de casa, qual a resposta que
melhor descreve o grau de dificuldade que você apresenta depois da
amputação?
   a) Eu não era uma pessoa muito ativa antes da minha perna ser amputada.
   b) Eu deixei de fazer a maioria das minhas atividades após amputação da
      perna.
   c) Eu só consigo realizar as atividades dentro de casa.
   d) Eu faço todas as atividades dentro de casa e só consigo fazer algumas
      fora.
   e) Eu retornei as minhas atividades exatamente como antes da amputação.
APÊNDICES
APÊNDICE 01


             TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


      Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário(a), da pesquisa –
Avaliação da Qualidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados
Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do Iguaçu, no caso de você concordar
em participar, favor assinar ao final do documento.
      Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá
desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum
prejuízo em sua relação com o pesquisador(a) ou com a instituição.
      Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do
pesquisador(a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.


TÍTULO DA PESQUISA: Avaliação da Qualidade de Vida e Independência
Funcional dos Amputados Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do
Iguaçu
PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andersom Ricardo Fréz.
ENDEREÇO: Avenida José Maria de Brito, 2930, ap 508.
TELEFONE: (45) 9912-7521
PESQUISADORES PARTICIPANTES: Amirah Ali Abdallah, Janaine Galindo,
Simone de Carvalho Ribeiro.
PATROCINADOR: não consta.


OBJETIVOS: Caracterizar os amputados que freqüentam o Centro de Reabilitação
do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu, Paraná
JUSTIFICATIVA: O Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu não possui dados epidemiológicos sobre amputados, níveis e
etiologias das amputações. Assim como inexiste o controle sobre a demanda de
pacientes atendidos e seus perfis socieoeconômicos e sociodemográficos. Neste
sentido, torna-se de grande importância o levantamento e caracterização dos
usuários deste setor, permitindo, assim, um melhor controle da demanda destes
pacientes, de acordo com a realidade local.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Inicialmente será realizado um levantamento no
banco de dados do Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu para ter o conhecimento do número de sujeitos que frequentaram ou
que frequentam este Centro. Através dos dados dos cadastros os sujeitos serão
recrutados através de contato telefônico e via carta.
RISCOS E DESCONFORTOS: Riscos mínimos.
BENEFÍCIOS: Traçar propostas mais adequadas de acordo com perfil encontrado.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com
sua participação.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Será garantido o sigilo e a privacidade dos
sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa, os dados não serão
divulgados.


                      Assinatura do Pesquisador Responsável
                    _____________________________________


Eu, NOME DO VOLUNTÁRIO (A), declaro que li as informações contidas nesse
documento, fui devidamente informado pelo pesquisador – Andersom Ricardo Fréz
– dos procedimentos que serão utilizados, riscos e desconfortos, benefícios,
custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, concordando
ainda em participar da pesquisa.
      Foi-me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento,
sem        qualquer        penalidade        ou         interrupção   de     meu
acompanhamento/assistência/tratamento. Declaro ainda que recebi uma cópia desse
Termo de Consentimento.
      Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) ou o
CEP/FAG, com endereço na Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep
85807-030, Fone: (45) 3321-3871, no e-mail: comitedeetica@fag.edu.br sempre que
entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de
pesquisa e minha participação no mesmo.
      Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas
concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados
pessoais não sejam mencionados.
Foz do Iguaçu, junho de 2010.


Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e
aceite do sujeito em participar.


Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):




Nome:
________________________________Assinatura:_______________________


Nome:
________________________________Assinatura:_______________________
APÊNDICE 02


             AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE PESQUISA




      Eu Nabil El Hajjar, responsável pelo Centro de Reabilitação do Centro de
Especialidades Médicas, autorizo a realização da Pesquisa intitulada Avaliação da
Quantidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados Atendidos no Centro
de Reabilitação de Foz do Iguaçu, que tem por objetivo Caracterizar os amputados
que frequentam o Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu, Paraná.
      Estou ciente de que a pesquisa será realizada sob a responsabilidade de
Andersom Ricardo Fréz, e concordo que a mesma seja realizada no período de 01
de julho de 2010 a 30 de novembro de 2010.




      Atenciosamente,




          ___________________________________________________
                                 Nabil El Hajjar
           Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas
APÊNDICE 03


Questionário Sociodemográfico e Socioeconômico


Anamnese


Nome: ______________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Sexo: Feminino (          ) Masculino (   )
Nível de Escolaridade: _________________________________________________
Profissão: ___________________________________________________________
Renda Familiar:_______________________________________________________
Nível de amputação: __________________________________________________
Protetizado ( ) Não-protetizado ( )


História da Patologia Atual:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________


História da Patologia Pregressa:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Hábitos de Vida: (Tabagista/etilista/atividade física):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amputados atendidos no centro de reabilitação de foz do iguaçu

  • 1. FACULDADES ANGLO-AMERICANO CURSO DE FISIOTERAPIA AMIRAH ALI ABDALLAH JANAINE GALINDO SIMONE DE CARVALHO RIBEIRO AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DO ÍNDICE DE CAPACIDADE LOCOMOTORA DOS AMPUTADOS ATENDIDOS NO CENTRO DE REABILITAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU FOZ DO IGUAÇU 2010
  • 2. RESUMO O objetivo do estudo foi avaliar o nível de capacidade locomotora e da qualidade de vida de amputados que freqüentaram o Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas, do município de Foz do Iguaçu, Paraná, e descrever o perfil sóciodemográfico e socioeconômico destas pessoas. Os pacientes amputados foram divididos em 2 grupos: A, composto por 16 sujeitos em fase de protetização e protetizados; e B, por 10 sujeitos que se encontravam na fase de cicatrização da amputação. Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para avaliar as características sociodemográficas e socioeconômicas, para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário de qualidade de vida SF-36, já para avaliação da capacidade locomotora foi utilizado o questionário Medida Funcional para Amputados (MFA). Ambos os grupos apresentaram redução na qualidade de vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora, porém sem diferenças significativas entre eles. Palavra-chave: Amputação, Reabilitação, fisioterapia, avaliação, locomoção.
  • 3. ABSTRACT The main objective of the study was to evaluate the way of amputees to move and the quality of health that attended on the Rehabilitation Center of the Center of Medical Specialties in the municipality of Foz do Iguaçu, Paraná, and also describe the sociodemographic and socioeconomic profile of these people. The amputees patients were separated into two groups: in the group A had 16 (sixteen) people during the phase of fitting and hearing aids, and in the group B had 10 (ten) people who were in the healing phase of amputation. For the characterization of the amputees a questionnaire was proposed to evaluate the sociodemographic and socioeconomic, for the evaluation of the quality of life a questionnaire of Short Form Health Survey 36 (SF-36) was used, as for the evaluation of moving capacity a questionnaire of Functional Measure for Amputees (FMA) was used. Both of the groups had reduced their quality of life as well as the negative influence on their ability to move, but there weren’t any significant differences between them. Keywords: amputation, rehabilitation, physiotherapy, evaluation, locomotion.
  • 4. 1. INTRODUÇÃO Amputação é uma palavra derivada do latim (ambi = ao redor de/em volta de, e putatio = podar/retirar), a qual também pode ser definida como sendo a retirada, normalmente cirúrgica, parcial ou total de um membro, após todas as tentativas para salvá-lo1. A parte restante do membro amputado recebe o nome de coto e sua principal finalidade é a fixação da prótese, sendo esta empregada para substituir a região perdida ou malformada do organismo2. São comuns certas complicações com o coto, como: deformidade em flexão, neuromas dolorosos, complicações cutâneas, comprometimento vascular, irregularidades ósseas e excesso de partes moles3. Outra complicação citada é a sensação fantasma, definida como uma sensação não dolorosa do membro amputado; enquanto que a dor fantasma é vista como uma dor referida no membro amputado ou na parte amputada de um membro; já a dor no coto é uma sensação dolorosa percebida na extremidade do membro amputado, usualmente na região onde se fez o corte transversal do nervo sensitivo 4. É de extrema importância a distinção destes termos para uma melhor abordagem fisioterapêutica que atua, desde a fase pré e pós-operatória, até a fase pré e pós- protetização, tendo como principais objetivos: visar à cicatrização e a redução do edema do coto, cuidar com o posicionamento no leito prevenindo contraturas e deformidades articulares, preparar o coto para a protetização e retorno às atividades de vida diária, restabelecendo, assim, a independência funcional5. A referência escrita mais antiga sobre amputações é encontrada no Rig-Veda (3.500 E 1.800 a.C) um antigo poema sagrado indiano que conta a história de uma rainha guerreira que teve um membro inferior amputado devido à guerra, e ela confeccionou uma prótese de ferro e retornou à batalha 6. Já em 26 de Janeiro de 1971, a agência France Presse publicou um artigo relatando que arqueólogos russos descobriram um esqueleto de uma mulher com um pé artificial, com data aproximada de 2300 a.C. A prótese era composta por um pé-de-cabra adaptado ao coto, seu encaixe foi feito com a própria pele dessecada do animal, esta é provavelmente, uma das primeiras próteses de que se tem relato7. As causas de uma amputação são múltiplas sendo, mais freqüentes em membros superiores os processos traumáticos e tumorais, enquanto nos membros inferiores, podem-se encontrar etiologias relacionadas aos processos: congênitos, infecciosos, traumáticos, neuropáticos e tumorais8. Quanto aos níveis de amputação
  • 5. dos membros, estes variam conforme a necessidade e as características que o paciente apresenta, sendo mais comum o nível de amputação transtibial 9. A reabilitação de um amputado não depende apenas da protetização. Existe um tipo de prótese para cada nível de amputação, mas nem sempre estas atendem as expectativas do protetizado10. Com a amputação o paciente sofre uma grande alteração funcional, emocional, social, econômica e psicológica que envolve ele e toda sua família, os quais podem interferir na sua reabilitação. Sendo este processo imediato e com o objetivo de recuperar a função, permitindo, assim, a readaptação profissional e a reintegração social. O papel do fisioterapeuta é fundamental na reeducação funcional destes pacientes, acompanhando-os nas fases pré e pós- cirúrgico e de pré e pós-protetização, mantendo as funções músculo-esqueléticas11. O objetivo do estudo foi avaliar o índice de capacidade locomotora e da qualidade de vida, assim como traçar o perfil sóciodemográfico e socioeconômico destas pessoas. .
  • 6. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo caracterizou-se como um estudo transversal, baseado em um modelo epidemiológico descritivo, através da identificação de características sociodemográficas e socioeconômicas de sujeitos amputados, além de quantificar a qualidade de vida e o nível de amputação destes sujeitos. O estudo iniciou-se após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Assis Gurgacz (CEP/FAG) sob protocolo de número 064/2010 (Anexo 01). No município de Foz do Iguaçu os sujeitos amputados são encaminhados ao Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas (CR/CEM) para o setor de prótese e órtese. Neste setor estes sujeitos são cadastrados, e após triagem e avaliação são encaminhados para aquisição de dispositivos de acordo com as suas necessidades. Foram incluídos na pesquisa sujeitos que aceitaram participar da pesquisa com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 01), conforme determina a resolução 196/96 do CNS, sujeitos acima de 18 anos, ambos o sexo, submetidos à amputação de membros, independente do seu nível e de sua etiologia; protetizados ou não; que frequentam ou já frequentaram o CR/CEM, Foz do Iguaçu – PR. E foram excluídos da pesquisa, sujeitos que apresentassem dificuldade na comunicação verbal e escrita, diagnóstico clínico de doenças neurológicas. Nos meses de setembro e outubro de 2010, após contato e autorização do responsável pelo CR/CEM (Apêndice 02) iniciou-se um estudo retrospectivo, por meio de consulta nos cadastros dos usuários deste centro. Foram consultados os cadastros realizados de janeiro de 2008 até junho de 2010. Cento e sessenta e cinco cadastros foram consultados, destes 90 eram de sujeitos com amputação de membros, os demais não se enquadraram nos critérios de inclusão. Foi levantado o contato telefônico e endereço de todos os sujeitos. Porém, o contato só foi exitoso com 50 sujeitos, dos quais 16 concordaram em participar da pesquisa. No mesmo período, procurou-se o Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida (PNSA), onde o amputado é atendido na fase pós-cirurgica e de cicatrização, e somente após a cicatrização completa eles são encaminhados para o CR/CEM. Dez
  • 7. sujeitos estavam freqüentando o PNSA, e todos concordaram em participar da pesquisa. Desta forma, formou-se 2 grupos: grupo A, composto por 16 sujeitos em fase de protetização e protetizados; e grupo B, por 10 sujeitos que se encontravam na fase de cicatrização da amputação. Para o grupo A, como os sujeitos já haviam passado pela fase de protetização, alguns não freqüentavam mais o CR/CEM. Para os que se disponibilizaram, foram convidados a participar de uma palestra, na qual foram abordadas as principais dificuldades na reabilitação, formas para facilitar as transferências, mudanças de decúbitos, demonstrações de tipos de órteses que auxiliam na locomoção, respeitando o ciclo normal da marcha, assim como, orientações nas atividades de vida diária, realizada na Clínica-Escola da Faculdade Anglo Americano, Foz do Iguaçu – PR e logo após todos foram convidados a participar da pesquisa avaliativa para caracterizar os amputados, assim como avaliar a qualidade de vida e independência funcional. E para o grupo B, como ainda se encontravam em fase de cicatrização, estavam freqüentando o PNSA, onde foi realizada a pesquisa avaliativa. Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para avaliar as relações sociodemográficas e socioeconômicas, além de conter a anamnese do sujeito (Apêndice 03). Para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi aplicada a versão brasileira do questionário 36-Item Short-Form Survey, (Anexo 02) conhecido como SF-36, traduzido e validado por Ciconelli et al. (1997), o qual consiste em oito domínios, com escores que variam de 0 a 100, que consideram a percepção do paciente sobre a forma como sua saúde, bem-estar e a maneira como desempenha suas atividades de vida diária interferem em sua qualidade de vida. Já para avaliação da capacidade locomotora foi aplicado a versão brasileira do questionário Functional Measure for Amputees Questionnaire (Medida Funcional para Amputados – MFA) (Anexo 03), traduzido e validado por Kageyama et al. (2008). Para esta avaliação foi considerada a questão número 02, a qual consiste de 14 perguntas, permitindo um escore entre 0 a 42, sendo as menores pontuações associadas às menores disfunções. Para análise estatística do questionário SF-36 e do escore da questão 2 do questionário MFA, atribuiu-se como valores médios para a qualidade de vida e para
  • 8. a capacidade locomotora 50% dos escores máximos. Assim, cada grupo foi dividido em 2 subgrupos: os que estavam com escores abaixo de 50% do escore máximo, e os que apresentavam escore acima de 51% do máximo. Os dados foram submetidos à análise de contingência inter-grupos, utilizando o qui-quadrado (x2), do programa GraphPad InStat 3, sendo considerado significativo p<0,05.
  • 9. 3. RESULTADOS 3.1 Caracterização do grupo A O grupo A foi composto por 16 sujeitos, sendo 62,5 % protetizados e 37,5% não protetizados, sendo 10 (62,5%) do sexo masculino e 6 (37,5%) do sexo feminino, com idade média de 47,81±16,97 anos. O nível de amputação mais observado foi o transtibial, presente em 50% dos sujeitos, seguido pelo transfemoral (37,5%), do médio pé (6,3%), e transumeral (6,3%). As principais etiologias da amputação citadas foram: trauma direto (75%), diabetes (18,8%), vascular (6,3%). O tempo médio de amputação foi de 8,12±8,05 anos, enquanto o tempo de protetização era de 5,18±6,52 anos. Todos os sujeitos abordados na pesquisa foram atendidos ou estavam em atendimento fisioterapêutico, com média de 10,12±14,44 meses. Das possíveis complicações que podem aparecer após a amputação, a dor fantasma foi citada por 37,5% dos sujeitos, enquanto a sensação fantasma por 31,25%, já a dor no coto por 6,25% dos sujeitos. Nas atividades de vida diária (AVD’s), 50% dos sujeitos foram classificados como independentes 37,5% independentes com auxilio e 12,5% dependentes. Quanto aos hábitos de vida 37,5% dos sujeitos entrevistados relatam serem tabagistas, 18,5% etilistas e 87,5% sedentários. 3.2 Caracterizações do grupo B O grupo B foi composto por 10 sujeitos, sendo 5 (50%) do sexo masculino e 5 (50%) do sexo feminino, com idade média de 46,4±9,66 anos. O nível de amputação mais presente foi o transtibial (40%), seguido do médio pé (30%), o transfemoral (20%) e o quinto dedo do pé (10%). As principais etiologias da amputação foram: trauma direto (60%) e comprometimento vascular (40%). O tempo médio de amputação foi de 4,9±3,38 meses. Todos os sujeitos abordados na pesquisa foram atendidos ou estavam em atendimento fisioterapêutico, com tempo médio de 2,7±1,159 meses. Das possíveis complicações que podem aparecer após a amputação a dor fantasma esteve
  • 10. presente em 80% dos sujeitos, enquanto a sensação fantasma foi relatada por todos os sujeitos e a dor no coto por 70%. Nas AVD’s, todos os sujeitos foram classificados como independentes com auxílio. Quanto aos hábitos de vida, 30% relataram serem tabagistas, 40% etilistas e todos sedentários. 3.3 Análise do questionário SF-36 Quando comparadas as médias das respostas do questionário SF-36 pode-se observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 01), exceto para o domínio “vitalidade”. Porém, apesar destas diferenças, quando os grupos foram comparados estatisticamente não foram observadas diferenças significativas entre os domínios deste questionário (Tabela 02). Tabela 01: Médias e desvios padrões dos domínios do Questionário SF-36 Domínios Grupo A Grupo B Capacidade Funcional 56,88±32,8 19,50 ± 31,2 Aspectos Físicos 48,44±41,7 22,50±30,0 Dor 69,25±30,2 58,80±30,8 Estado geral de saúde 69,81±24,0 47,70±19,4 Vitalidade 50,63±15,0 54,00±17,1 Aspectos Sociais 86,11±28,3 57,14±29,4 Aspecto Emocional 38,46±46,2 25,00±44,0 Saúde Mental 52,94±16,9 51,60±16,3
  • 11. Tabela 02: Análise inter-grupos dos domínios do Questionário SF-36 <50% > 50% Total P Capacidade Funcional grupo A 8 (31%) 8 (31%) 16 (62%) 0,2647 grupo B 8 (31%) 2 (8%) 10 (38%) Aspectos Físicos grupo A 9 (35%) 7 (27%) 16 (62%) 0,7031 grupo B 8 (31%) 2 (8%) 10 (38%) Dor grupo A 5 (19%) 11 (42%) 16 (62%) 0,5880 grupo B 5 (19%) 5 (19%) 10 (38%) Estado geral de saúde grupo A 4 (15%) 12 (46%) 16 (62%) 0,1706 grupo B 6 (23%) 4 (15%) 10 (38%) Vitalidade grupo A 10 (38%) 6 (23%) 16 (62%) 0,8986 grupo B 6 (23%) 4 (15%) 10 (38%) Aspectos Sociais grupo A 4 (15%) 12 (46%) 16 (62%) 0,3789 grupo B 5 (19%) 5 (19%) 10 (38%) Aspecto Emocional grupo A 6 (23%) 10 (38%) 16 (62%) 0,4744 grupo B 6 (23%) 4 (15%) 10 (38%) Saúde Mental grupo A 7 (27%) 9 (35%) 16 (62%) 0,8506 grupo B 4 (15%) 6 (23%) 10 (38%)
  • 12. 3.4 Análise do questionário MFA Quando comparadas as médias das respostas do questionário MFA pode-se observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 03). Porém, apesar desta diferença, quando os grupos foram comparados estatisticamente não foram observadas diferenças significativas (Tabela 04). Tabela 03: Médias e desvios padrões do Questionário MFA Questão 2 Grupo A Grupo B Capacidade locomotora 31±9,70 12,2±6,62 Tabela 04: Comparação do Índice de Capacidade Locomotora, análise inter-grupos <50% >50% Total P Questão 2 grupo A 13 (50%) 3 (12%) 16 (62%) 0,9657 grupo B 9 (35%) 1 (4%) 10 (38%)
  • 13. 4. DISCUSSÃO A alteração na qualidade de vida é uma situação comum em pessoas que sofreram alguma amputação de membros. Nesta pesquisa foi observada uma redução em pelo menos um domínio na qualidade de vida de todos os sujeitos. Destaca-se que a maior redução foi observada nos sujeitos com amputação transtibial. Segundo Diogo14, a presença de uma incapacidade funcional, determinada por uma amputação de membros inferiores implica em interferência sobre a autonomia e independência da pessoa. No presente estudo foram encontradas incapacidades funcionais em todos os sujeitos, sendo as maiores nos sujeitos em fase de cicatrização da amputação. Rosa et al15, definem a incapacidade funcional pela presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana, ou mesmo, pela impossibilidade de desempenhá-las. Um importante indicador da qualidade de vida é a capacidade funcional, destacando-se as relações sociais, as condições de saúde, a realização de atividade e renda, como fatores objetivos. Pesquisas mostram que o bem estar físico objetivo está diretamente relacionado à ausência de doença ou de comprometimento da capacidade locomotora e do conforto, portanto, uma boa saúde física é considerada um forte indicativo de bem estar psicológico (Diogo16). Ciconelli et al12, ressaltam que é importante descrever o comprometimento da qualidade de vida de determinada patologia de forma genérica e ao compará-la com outras doenças pode-se demonstrar sua importância para o individuo, em nível social ou de saúde, dentro de uma comunidade. Dessa forma, é de extrema importância possuir parâmetros de avaliação, tais como a avaliação da qualidade de vida, para nortear a decisão quanto à melhor distribuição de recursos dentro do sistema de saúde. Kageyama et al13, traduziu e validou o questionário MFA, criado especificamente para pacientes amputados, considerando-se sua facilidade de aplicação, rapidez e avaliação de aspectos relevantes referentes ao uso da prótese. A questão 02 deste questionário, que gera o Índice da Capacidade Locomotora, é a única a apresentar um escore (0 a 42 pontos), o que indica que é possível avaliar a mobilidade dos pacientes que usam ou não prótese por meio deste índice.
  • 14. Ao avaliar a população de pacientes amputados, é importante considerar todos os aspectos: idade, gênero, nível da amputação, etiologia, existência de doenças associadas, tempo de protetização, o tempo que realizou fisioterapia, condição socioeconômica, condição sociodemográfica, hábitos de vida, entre outros. Devido à necessidade de traçar um perfil socioeconômico e sociodemográfico, foi criado um questionário abordando os itens citados anteriormente, onde foi possível observar que todos (100%) os sujeitos entrevistados tinham renda familiar menor que R$1.000, justificando a procura pelo serviço do Sistema Único de Saúde (SUS). No estudo de Helm et al17, com 257 pacientes submetidos à amputação de membros inferiores, os autores constataram que 6% dos pacientes tornaram-se menos dependentes após a amputação, 36% apresentaram grau de dependência inalterado, enquanto que em 58%, o grau de dependência aumentou. No atual estudo, foram constatados no grupo A que 37,5% dos sujeitos, foram considerados independentes com auxilio, 50% foram considerados independentes e 12,5% dependentes, já no grupo B 100% dos sujeitos foram considerados independentes com auxilio, justificando através da fase inicial da amputação o nível maior de dependência, não sendo considerado o grau de independência anterior a amputação. O´Sullivan e Schimtz18, afirmam que a causa mais frequente de amputação é por doença vascular periférica, combinada ou não com diabetes. Pinto et al19, descreve que o nível transtibial é o mais freqüente em sujeitos que sofreram amputação de um membro, apresentando como causas principais, as complicações vasculares para indivíduos na faixa entre 50 e 75 anos e traumatismos observados em adultos jovens, porém Bonamigo et al20, observa que a idade média dos brasileiros amputados é de 63,3 anos. Silva21 mostra que o mecanismo de trauma direto é o resultado de diversas situações, acometendo em maior escala os adolescentes e adultos jovens, devido aos acidentes automobilísticos e de trabalho. No presente estudo pode-se observar que o nível mais freqüente de amputação foi o transtibial, com prevalência de 50% no grupo A e 40% no grupo B, porém a faixa etária resultou-se entre 22 e 78 anos. Para o presente estudo, destaca-se que o município de Foz do Iguaçu encontra-se em uma região de tríplice fronteira (Paraguai e Argentina), desta forma o trânsito favorece o acontecimento de acidentes. Fato que pode ser comprovado com
  • 15. dados divulgados pelo Anuário Estatístico da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado do Paraná, no qual é divulgado que Foz do Iguaçu apresenta a 6ª maior prevalência de acidentes de trânsito no Estado do Paraná com 2.490 acidentes no ano de 2008. Teixeira et al22, relatam que a dor fantasma é referida no membro ou em parte do membro amputado, os mecanismos pelos quais a dor fantasma ocorre ainda não foram elucidados. Devido à inadequada resposta a diferentes formas de tratamento, a dor fantasma foi associada a transtornos psicológicos ou a mecanismos periféricos, ocorrendo em 0,4% a 88% dos indivíduos que sofreram amputação. O que se confirma com o atual estudo, pois no grupo A, a dor fantasma esteve presente em 37, 5% dos entrevistados e no grupo B em 80%. Thomaz e Herdy23, afirmam que a incidência de amputações é maior nos homens (60%). Confirmando os dados desses autores, foi constatada que a incidência de amputações, de modo geral, é maior no sexo masculino, sendo 62, 5% no grupo A e 50% no grupo B. Já em relação à fisioterapia, os sujeitos que realizavam ou já realizaram fisioterapia relataram que a maior dificuldade na realização destas foi à questão da locomoção até as clínicas de fisioterapia. Fato que pode ser correlacionado com o nível de dependência/independência. Pois conforme observado, muitos dos sujeitos foram classificados como dependentes com auxílio, e para estes é necessário auxílio de outra pessoa (acompanhante) ou de alguma órtese.
  • 16. CONCLUSÃO Tanto o grupo que já passou pela fase pré e pós-protetização, como os amputados que se encontram na fase de cicatrização, apresentam redução na qualidade de vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora. Embora não tenha sido possível obter resultados estatisticamente significativos, pôde-se observar que os fatores socioeconômicos e sociodemográficos têm uma relação direta com a reabilitação, podendo progredir ou retardar este processo.
  • 17. REFERÊNCIAS 1- Ramos AR, Salles ICD. In: Borges D, Moura EW, Lima E, Silva PAC. Fisioterapia aspectos clínicos e práticos da reabilitação. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 2- Chamlian TR, Masiero D. Amputações: In: Jardim JR, Nascimento AO. Reabilitação - guias de medicina ambulatorial e hospitalar da UNIFESP-EPM. Barueri: Manole, 2010. 3- Pastre CM, Salioni JF, Oliveira BAF, Micheletto M, Júnior JN. Fisioterapia e amputação transtibial. Arq Ciênc Saúde 2005, 12 (2):120-24. 4- Probstner D, Thuler LCS. Incidência e prevalência de dor fantasma em pacientes submetidos à amputação de membros: revisão de literatura. Rev Bras de Cancerol 2006, 52 (4):395-400 5- Nunes MAP, Resende KF, Castro AA, Pitta GBB, Figueiredo LFP, Junior FM. Fatores predisponentes para amputação de membro inferior em pacientes diabéticos internados com pés ulcerados no estado de Sergipe. J Vasc Bras 2006, 5 (2):123-30. 6- Paiva LL, Goellner SV. Reinventando a vida: um estudo qualitativo sobre os significados culturais atribuídos à reconstrução corporal de amputados mediante a protetização. Comunicação Saúde Educação 2008, 12 (26):485-97. 7- Carvalho JA, Amputações de membros inferiores. In: Carvalho JA. Introdução. Barueri, Manole: 2003. 8- Guarino P, Chamlian TR, Masiero D. Retorno ao trabalho em amputados dos membros inferiores. Acta Fisiatr 2007, 14 (2):100-103. 9- Agne JE, Cassol CM, Bataglion D, Ferreira FV. Identificação das causas de amputações de membros no hospital universitário de Santa Maria. Saúde 2004, 30 (1-2):84-89. 10- Gamba MA, Gotlieb SLD, Bergamaschi DP, Vianna LAC. Amputações de extremidades inferiores por diabetes mellitus: estudo caso-controle. Rev. Saúde Pública 2004, 38 (3):399-404. 11- Lima KBB, Chamlian TR, Masiero D. Dor fantasma em amputados de membro inferior como fator preditivo de aquisição de marcha com prótese. Acta Fisiatr 2006, 13 (3):157-162.
  • 18. 12- Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma RM. Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36. Rev Bras Reumatol 1999, 39 (3):580-588. 13- Kageyama ERO, Yogi M, Sera CTN, Yogi LS, Pedrinelli A, Camargo OP. Validação da versão para a língua portuguesa do questionário de Medida Funcional para Amputados (Functional Measure for Amputees Questionnaire). Fisioter Pesq 2008, 15(2):164-71. 14- Diogo MJD. A dinâmica dependência-autonomia em idosos submetidos à amputação de membros inferiores. Rev. Latino-am. Enfermagem - Ribeirão Preto 1997, 5 (1):59-64. 15- Rosa, TEC. Benício, MHD. Latorre, MRDO. Ramos, LR. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003, 37(1):40-8. 16- Diogo MJD. Avaliação funcional de idosos com amputação de membros inferiores atendidos em um hospital universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2003, 11(1):59-65. 17- Helm, P. Engel, T. Holm, A. Kristiansen, VB. Rosendahi, S. Function after lower limb amputation. Acta Orthop Sand 1986, 57 (12):154-157. 18- May BJ. Amputação. In: O´Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5ª ed. Barueri: Manole, 2010. 19- Pinto MAGS, Astur Filho N, Guedes JPB, Yamahoka MSO. Ponte óssea na amputação transtibial. Rev Bras Ortop 1998, 33 (7):525-31. 20- Bonamigo TP, Burihan E, Cinelli M, Ristow AV. Doenças da aorta e seus ramos: Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1991. 21- Silva CPD. Perfil dos pacientes amputados de membro inferior internados no hospital Nossa Senhora da Conceição – Tubarão/SC, 2008 22- Gutmann RMB, Freitas A, Rêgo CACS, Filho ALG, Pustilnick A, Silva SC, Rosa P. Anuário Estatistico da Secretária de Estado da Segurança Pública do Estado do Paraná, 2008. 23- Teixeira MJ, Imamura M, Calvimontes RCP. Dor fantasma e no coto de amputação. Revista de Medicina. Rev. Med. 1999, 78 (2):192-6. 24- Thomaz JB, Herdy CDC. Fundamentos de Cirurgia Vascular e Angiologia. São Paulo: BYK, 1997.
  • 21. ANEXO 02 Questionário SF-36 1. Em geral, você diria que sua saúde é: Excelente 1 Muito boa 2 Boa 3 Ruim 4 Muito ruim 5 2. Comparada há um ano, como você classificaria sua saúde em geral, agora? Muito melhor agora do que há um ano atrás 1 Um pouco melhor agora do que há um ano atrás 2 Quase a mesma de um ano atrás 3 Um pouco pior agora do que há um ano atrás 4 Muito pior agora do que há um ano atrás 5 3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Neste caso, quanto? Atividades Sim. Dificulta Sim. Dificulta Não. Não muito um pouco dificulta de modo algum a. Atividades vigorosas, que exigem muito 1 2 3 esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos b. Atividades moderadas, tais como mover 1 2 3 uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa c. Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3 d. Subir vários lances de escada 1 2 3 e. Subir um lance de escada 1 2 3
  • 22. f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3 g. Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3 h. Andar vários quarteirões 1 2 3 i. Andar um quarteirão 1 2 3 j. Tomar banho ou vestir-se 1 2 3 4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física? Sim Não a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2 trabalho ou a outras atividades? b. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2 c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 1 2 d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex: 1 2 necessitou de um esforço extra?) 5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso? Sim Não a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2 trabalho ou a outras atividades? b. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2 c. Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado 1 2 como geralmente faz? 6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação a família, vizinhos, amigos ou em grupo?
  • 23. De forma nenhuma 1 Ligeiramente 2 Moderadamente 3 Bastante 4 Extremamente 5 7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? Nenhuma 1 Muito leve 2 Leve 3 Moderada 4 Grave 5 Muito grave 6 8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal (incluindo tanto o trabalho fora de casa e dentro de casa)? De maneira nenhuma 1 Um pouco 2 Moderadamente 3 Bastante 4 Extremamente 5 9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente em relação as últimas 4 semanas. Todo A Uma Algum Uma Nunca tempo maior boa a pequena parte parte parte parte do do do do tempo tempo tempo tempo a. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6
  • 24. cheio de vontade, cheio de força? b. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 uma pessoa muito nervosa? c. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 tão deprimido que nada pode animá- lo? d. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 calmo ou tranqüilo? e. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 com muita energia? f. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 desanimado e abatido? g. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 esgotado? h. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 uma pessoa feliz? i. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6 cansado? 10. Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais? Todo o tempo 1 A maior parte do tempo 2 Alguma parte do tempo 3 Uma pequena parte do tempo 4 Nenhuma parte do tempo 5
  • 25. 11. O quanto é verdadeiro ou falso cada uma das afirmações para você? Definitiva- A maioria Não A Definiti- mente das vezes sei maioria vamente verdadeiro verdadeiro das falsa vezes falsa a. Eu costumo adoecer um 1 2 3 4 5 pouco mais facilmente que as outras pessoas b. Eu sou tão saudável quanto 1 2 3 4 5 qualquer pessoas que eu conheço c. Eu acho que a minha saúde 1 2 3 4 5 vai piorar d. Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5
  • 26. ANEXO 03 Questionário de Medida Funcional para Amputados 1- Você diria que é capaz de colocar sua prótese: a) Sozinho, sem qualquer dificuldade? b) Sozinho, mas com dificuldade? c) Sozinho, mas com outra pessoa orientando? d) Somente se tiver ajudar de outra pessoa? 2- (escore 0 a 42 pontos) Atualmente, você consegue realizar as seguintes atividades usando a sua prótese? Mesmo que, para isso, tenha que usar uma bengala ou qualquer outro auxílio para realizá-las? NÃO – 0; SIM, se alguém me ajudar – 1; SIM, se alguém estiver próximo -2; SIM, sozinho – 3. 0 1 2 3 a) Levantar-se de uma cadeira? b) Pegar um objeto no chão quando você está em pé com a sua prótese? c) Levantar-se do chão? (por exemplo, se você tivesse caído) d) Andar pela casa? e) Andar fora de casa em piso liso? f) Andar fora de casa em piso irregular ou acimentado? g) Andar fora de casa com mau tempo, por exemplo, com chuva? h) Subir escadas segurando um corrimão? i) Descer escadas segurando um corrimão? j) Subir na calçada? k) Descer da calçada? l) Subir alguns degraus sem um corrimão? m) Descer alguns degraus sem um corrimão? n) Andar enquanto carrega um objeto? (por exemplo, xícara ou copo)
  • 27. 3- Quando você precisa se locomover dentro de casa, aproximadamente quanto das suas atividades são feitas... Nenhuma Metade Quase todas Na cadeira de rodas? Andando com sua prótese? (Mesmo que precise usar bengala ou andador) Andando sem sua prótese, mas usando um auxílio para andar, como muletas? 4- Quantas horas por dia você usa sua prótese? __________ Quantos dias por semana você usa sua prótese? _______ 5- O que impede de usar sua prótese para se locomover dentro de casa? ** se o paciente responder que concorda a frase abaixo, ignore os itens seguintes e passe para a questão 6 ** Concordo Discordo a) Eu sempre uso minha prótese para me locomover dentro de casa. b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha prótese dentro de casa. c) Eu acho muito cansativo me locomover com a minha prótese dentro de casa. d) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa causa problemas para minha perna não amputada. (ex: dor) e) Quando uso minha prótese para me locomover dentro de casa ela me causa problemas (ex: desconforto, transpiração) f) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa causa problemas para meu coto (ex: irritação da pele, dor, feridas) g) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa me faz sentir inseguro.
  • 28. h) Eu não uso a minha prótese para me locomover dentro de casa, porque sinto que ela precisa de ajustes. (ex: larga, apertada) i) Eu não uso minha prótese para me locomover dentro de casa por outras razões. 6- Quando você precisa se locomover fora de casa, aproximadamente quanto das suas atividades são feitas... Nenhuma Metade Quase todas a) Na cadeira de rodas? b) Andando com sua prótese, mesmo se usando bengala? c) Andando sem sua prótese, mas usando muletas? 7- O que o impede de usar a sua prótese para de locomover fora de casa: ** se o paciente responder que concorda a frase abaixo ignore os itens seguintes e passe para a questão 8 ** Concordo Discordo a) Eu sempre uso a minha prótese para me locomover fora de casa. b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha prótese fora de casa. c) Eu acho muito cansativo usar minha prótese fora de casa. d) Usar minha prótese para me locomover fora de casa causa problemas para a minha perna não amputada. e) Quando uso minha prótese para me locomover fora de casa, ela me causa problemas. f) Usar minha prótese para me locomover fora de casa causa problemas para meu coto. g) Quando não uso minha prótese fora de casa tenho medo de cair.
  • 29. h) Não uso minha prótese fora de casa quando a distancia a percorrer é muito longa. i) Eu não uso minha prótese para me locomover fora de casa por outras razões. (ex: muito pesada) 8- Quando você anda com a sua prótese, aproximadamente, qual a distancia que consegue percorrer sem parar? a) Eu posso andar o quanto eu quiser. b) Eu posso andar aproximadamente 100 passos sem parar. c) Eu posso andar mais que 30 passos de uma vez, mas menos do que 100 sem parar. d) Eu posso andar entre 10 a 30 passos sem parar. e) Eu posso andar menos de 10 passos sem parar. f) Eu não consigo andar com a minha prótese. 9- Desde que você recebeu alta, você caiu enquanto usava a sua prótese? Sim ( ) Quantas vezes no ultimo mês? ____ Não ( ) 10- Que tipo de auxílio para andar você mais usa para realizar atividades com a prótese? (ex: levantar-se, andar, subir escadas) ** As duas próximas questões, 11 e 12, só serão feitas se o paciente não estiver usando a prótese. Se o paciente usa a prótese, passe para a questão 13. Dentro de casa Fora de casa Nenhum 1 bengala 2 bengalas 1 bengala com 4 apoios Muletas Andador Outros (especificar)
  • 30. 11- Quando você parou de usar a sua prótese? a) Há menos de 1 mês b) Há menos de 3 anos c) Há menos de 6 meses d) Há menos de 4 anos e) Há menos de 1 ano f) Há 4 anos ou mais g) Há menos de 2 anos h) Eu nunca a usei 12- Por que você parou de usar sua prótese? a) O cartucho da minha prótese estava muito largo para o meu coto. b) O cartucho da minha prótese estava muito apertado para o meu coto. c) Era muito cansativo. d) Foi realizada uma nova cirurgia no meu coto (ex: nova amputação. e) Outros motivos (especificar) 13- (Reformulada) Nas suas atividades do dia-a-dia, dentro e fora de casa, qual a resposta que melhor descreve o grau de dificuldade que você apresenta depois da amputação? a) Eu não era uma pessoa muito ativa antes da minha perna ser amputada. b) Eu deixei de fazer a maioria das minhas atividades após amputação da perna. c) Eu só consigo realizar as atividades dentro de casa. d) Eu faço todas as atividades dentro de casa e só consigo fazer algumas fora. e) Eu retornei as minhas atividades exatamente como antes da amputação.
  • 32. APÊNDICE 01 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário(a), da pesquisa – Avaliação da Qualidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do Iguaçu, no caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador(a) ou com a instituição. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do pesquisador(a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. TÍTULO DA PESQUISA: Avaliação da Qualidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do Iguaçu PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andersom Ricardo Fréz. ENDEREÇO: Avenida José Maria de Brito, 2930, ap 508. TELEFONE: (45) 9912-7521 PESQUISADORES PARTICIPANTES: Amirah Ali Abdallah, Janaine Galindo, Simone de Carvalho Ribeiro. PATROCINADOR: não consta. OBJETIVOS: Caracterizar os amputados que freqüentam o Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu, Paraná JUSTIFICATIVA: O Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu não possui dados epidemiológicos sobre amputados, níveis e etiologias das amputações. Assim como inexiste o controle sobre a demanda de pacientes atendidos e seus perfis socieoeconômicos e sociodemográficos. Neste sentido, torna-se de grande importância o levantamento e caracterização dos usuários deste setor, permitindo, assim, um melhor controle da demanda destes pacientes, de acordo com a realidade local.
  • 33. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Inicialmente será realizado um levantamento no banco de dados do Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu para ter o conhecimento do número de sujeitos que frequentaram ou que frequentam este Centro. Através dos dados dos cadastros os sujeitos serão recrutados através de contato telefônico e via carta. RISCOS E DESCONFORTOS: Riscos mínimos. BENEFÍCIOS: Traçar propostas mais adequadas de acordo com perfil encontrado. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com sua participação. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Será garantido o sigilo e a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa, os dados não serão divulgados. Assinatura do Pesquisador Responsável _____________________________________ Eu, NOME DO VOLUNTÁRIO (A), declaro que li as informações contidas nesse documento, fui devidamente informado pelo pesquisador – Andersom Ricardo Fréz – dos procedimentos que serão utilizados, riscos e desconfortos, benefícios, custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, concordando ainda em participar da pesquisa. Foi-me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/assistência/tratamento. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de Consentimento. Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) ou o CEP/FAG, com endereço na Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep 85807-030, Fone: (45) 3321-3871, no e-mail: comitedeetica@fag.edu.br sempre que entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e minha participação no mesmo. Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados.
  • 34. Foz do Iguaçu, junho de 2010. Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do sujeito em participar. Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores): Nome: ________________________________Assinatura:_______________________ Nome: ________________________________Assinatura:_______________________
  • 35. APÊNDICE 02 AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE PESQUISA Eu Nabil El Hajjar, responsável pelo Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas, autorizo a realização da Pesquisa intitulada Avaliação da Quantidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do Iguaçu, que tem por objetivo Caracterizar os amputados que frequentam o Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu, Paraná. Estou ciente de que a pesquisa será realizada sob a responsabilidade de Andersom Ricardo Fréz, e concordo que a mesma seja realizada no período de 01 de julho de 2010 a 30 de novembro de 2010. Atenciosamente, ___________________________________________________ Nabil El Hajjar Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas
  • 36. APÊNDICE 03 Questionário Sociodemográfico e Socioeconômico Anamnese Nome: ______________________________________________________________ Data de nascimento: ___/___/___ Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) Nível de Escolaridade: _________________________________________________ Profissão: ___________________________________________________________ Renda Familiar:_______________________________________________________ Nível de amputação: __________________________________________________ Protetizado ( ) Não-protetizado ( ) História da Patologia Atual: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ História da Patologia Pregressa: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Hábitos de Vida: (Tabagista/etilista/atividade física): ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________