1. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
GOVERNO DO DISTRITO DE CHÓKWÈ
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRACAO E CIENCIAS DE SAUDE
DISCIPLINA: PAV
Introdução
Chókwè, aos 22 de Abril de 2019
2. Objectivos da aprendizagem
No fim da aula os estudantes devem ser capazes de :
Conhecer a definição do PAV;
Conhecer os objectivos do PAV;
Conhecer a missao do PAV;
Conhecer os grupos alvos do PAV;
Conhecer Importância da vacinação;
Conhecer a definição de vacinas;
Descrever as vacinas do programa e suas as
Características;
Descrever as doenças alvo do PAV (manifestação Clinica,
Transmissão e prevenção);
3. Introdução ao PAV
O Programa Alargado de Vacinação (PAV) foi lançado em
Moçambique em 1979, após a 1ª campanha nacional de
vacinação pós independência nacional, tendo mostrado ao
longo dos anos notáveis ganhos de saúde.
PAV é um programa nacional e gratuito, destinado,
principalmente, a vacinação de mulheres em idade fértil e
crianças, bem como de outros grupos sob condições especiais
(como trabalhadores em risco de contrair tétano, por exemplo),
para prevenção de doenças infecciosas preveníveis pela
vacinação (tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, pólio,
hepatite B, sarampo, tétano e as pneumonias e meningite por
haemophilus influenzae tipo b).
4. Objectivos do PAV
O principal objectivo do PAV é reduzir a mortalidade infantil,
morbilidade e incapacidade, utilizando as melhores vacinas,
tecnologias médicas e práticas seguras disponíveis.
Dentro deste grande objectivo encontramos os seguintes
objectivos específicos:
Aumentar a cobertura de DPT-HepB-Hib 3 (3ª dose da vacina
da Difteria/Pertusses/Tétano/Hepatite B e haemophilus
influenzae tipo b);
Reduzir a taxa de quebra vacinal (reduzir o número de
indivíduos que não completem totalmente as séries de
vacinação);
5. Desenvolver uma estratégia de comunicação PAV e
reforçar a comunicação interpessoal entre provedores de
saúde e comunidade;
Aumentar os recursos humanos para oferta dos serviços
do PAV;
Manter as actividades de controlo de pólio e sarampo; e
Manter a tendência de eliminação do tétano materno-
neonatal.
Objectivos do PAV (Continuação)
6. Missão do PAV
A missão do PAV é melhorar a qualidade de vida da
população moçambicana, protegendo-lhe contra e envidando
esforços para eliminar o sofrimento causado por doenças
infecciosas preveníveis por vacina (doenças imuno-
preveníveis).
A meta do PAV é proteger todas as mães e suas crianças
menores de 5 anos de todas as doenças preveníveis por
vacina.
7. Grupos alvos do PAV
Prioritários
Crianças de 0-
11 meses (<1
ano)
Crianças de
12-23 meses
Mulheres
grávidas
Grupos alvos
(Não
prioritário)
Crianças da 1ª
e 2ª classes
Trabalhadores
de risco
Mulheres em
idade fértil (15
a 49 anos)
8. Imunização
A imunização através de vacinação constitui uma das formas
mais eficazes de diminuição da mortalidade materna,
neonatal e infantil. No nosso país existem postos fixos de
vacinação, geralmente nos postos e centros de saúde, bem
como brigadas móveis que se deslocam às comunidades
com vista a atingir as zonas que não são cobertas pelas
unidades sanitárias.
Vacinas – são substâncias biológicas preparadas no
laboratório a partir de microrganismos causadores de
doenças - bactérias ou vírus, e que induzem a produção de
certas substâncias protectoras no corpo (chamados de
anticorpos).
9. Imunização (Continuação)
Vacinar é o acto de administrar substâncias biológicas no
organismo de forma a criar um estado de protecção contra
determinadas doenças, através de produção (pelo organismo -
a pessoa nesse caso) de defesas contra as bactérias e vírus
que causam tais doenças.
10. Vacinas usadas no PAV em Moçambique
BCG (Bacilo Calmette e Guerin)- protege contra a
tuberculose, é feita de microbateria atenuada. É uma
vacina liofilizada congelada e se apresenta em pó num
frasco de 20 doses, que e reconstituída com diluente
esterilizado, devendo ser usada durante 6 horas apos a
abertura. Esta vacina pode ser conservada a temperaturas
que variam de -15°c a -25°c e +2 a +8°c.
A vacina e o diluente devem ser do mesmo lote;
O diluente deve ser gelada a temperatura de +2 a +8°c, 24
horas antes do seu uso.
11. Vacina Anti-pólio (VAP)- contem um vírus vivo atenuado,
apresentando-se na forma liquida, numa composição de 10 a 20
doses. É facilmente estragada pelo calor. Pode ser armazenada e
transportada em temperaturas negativas ate ao nível da
unidade sanitária mas que neste ultimo nível deve ser
conservada nas temperaturas que varia de +2 a +8°c.
A VAP apresenta-se em recipiente plástico com o conta-gotas ou
frasco de vidro com conta-gotas separado.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
12. Vacina da DPT/HepB+Hib
(Difiteria/pertussis/Tetano/HepatiteB- 2001/haemophilus
influenzae 2013) mais conhecida por pentavalente, contem a
bactéria diftérica enfraquecida, o toxoide tetânico, a bactéria
pertussis morta e o antígeno do vírus da hepatite B. Ela
apresenta-se na forma liquida, num frasco multidoses (10).
Da produção ate ao beneficiário, a vacina deve ser
conservada em temperaturas que variam de +2 a +8°c,
porque não deve congelar.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
13. Vacina Inativa contra pólio (IPV) – é uma vacina feita com
vírus inativo da poliomielite, introduzida no nosso país em
2015. Apresenta-se em forma liquida, num frasco de
multidose de 5 e 10 doses, muito sensível ao calor.
Deve ser conservada em temperaturas que variam entre
+2 a +8°c
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
14. Vacina pneumocócica (PCV10 ou 13) – é uma vacina contra a
bactéria estreptococos pneumoniae, utilizado para a prevenir
a pneumonia e meningite. Em Moçambique a vacina foi
introduzida a 10 de Abril de 2013. ela apresenta-se em frasco
multidose de 2 doses, descartável depois de 6 horas a pós a
abertura.
Deve ser conservada em temperaturas que variam de +2 a
+8°c.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
15. Rotavírus (RV)- é a causa mais comum de diarreia grave em
lactantes e crianças pequenas em todo o mundo. Em
Moçambique a vacina foi introduzida em 2015. A vacina
apresenta-se em forma liquida, num tubo plástico maleável,
de dose única. Existem dois (2) tipos de vacinas: rotataq e
rotavirus e no país esta em uso o rotavirus.
Esta vacina deve ser conservada em temperaturas que variam
entre +2 a +8°c.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
16. Vacina anti-tetânica (VAT) ou toxoide tetânico (TT) e um anti-
toxina ou neutralizador de toxina. E dada as mulheres
gravidas ou em idade fértil para prevenir o tétano neonatal.
Em estudantes de 1 e 2 classes.
A vacina deve ser conservada a temperaturas que variam
entre +2 a +8°c.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
17. Sarampo-Rubéola (MR)- é feita do vírus do sarampo
atenuado, introduzido em Maio de 2018 em substituição do
sarampo-monovalente. É uma vacina liofilizada congelada e
deve ser reconstituída antes de ser usada, podendo ser
descartado depois de 6 horas a pós a reconstituição. Ela
apresenta-se em um frasco multidose de 10 doses,
conservável em temperaturas que variam entre -15°c a -25°c
e +2 a +8°c.
A vacina e o diluente devem ser do mesmo lote;
O diluente deve ser gelada a temperatura de +2 a +8°c, 24
horas antes do seu uso.
Vacinas usadas no PAV em Moçambique
18. Doenças alvo do PAV (manifestação
Clinica, Transmissão e prevenção);
19. Tuberculose
Tuberculose – é uma doença infecciosa causada por uma bactéria (o
bacilo de Koch – Micobacterium tuberculosis) e que afecta
principalmente os pulmões (mas todos órgãos do corpo humano podem
ser afectados), transmite-se através de gotículas respiratórias libertadas
por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar.
Populações de maior risco: todos estão em risco de contrair a
tuberculose, mas as crianças, pessoas infectadas pelo HIV/SIDA,
desnutridos, pessoas que vivem em aglomerados populacionais
constituem os que tem maior risco.
20. Manifestações clinicas
Tosse (mais de 2 semanas);
Febre;
Sodurese noturna;
Perda de apetite (anorexia);
Cansaço;
Emagrecimento;
Dores do peito;
Tosse com sangue (hemoptise).
21. Prevenção
A prevenção inicial é a imunização com a vacina BCG, que é
administrada a nascença;
Evitar ficar em locais aglomerados e fechados;
Abrir as janelas e portas;
22. Poliomielite
É uma infecção viral aguda que se propaga pela via feco-oral. Ela
causada por uma das três estripes de poliovírus (1,2 e 3), tem
como período de incubação até o inicio da paralisia de 2 a 3
semanas.
Qualquer caso de inicio subido de paralisia flácida de um ou mais
membros em crianças menores de 15 anos. O individuo portador
pode propagar o vírus entre 7 a 10 dias depois da manifestarem
os primeiros sinais e sintomas.
Prevenção:
Imunização de todas as crianças menores de 1 ano, que e
administrado 4 doses orais e 1 intramuscular, no calendário
vacinal em vigor no PAV,
23. Sarampo
É uma doença altamente infeciosa causada por um vírus.
A doença é frequente em algumas populações e
frequentemente em proporções epidémicas. Ocorre em
áreas hiperpovoadas e de pobreza, onde elevado número
de pessoas não imunizadas vivem em contacto muito
próximo.
o sarampo é uma doença de notificação obrigatória e é
mais letal em crianças dentre as doenças preveniveís pela
vacinação.
24. Manifestação Clinica:
A Erupção característico e acompanhada de inflamação da
mucosa ocorre no momento em que a imunidade para o vírus
se desenvolve. Febre, constipação , diarreia. Pode também
haver erupção na boca que se apresenta como manchas de
Koplik.
A erupção cutânea aparece primeiro por detrás das orelhas s
se espalha pela face e parte superior do tronco e depois se
estende para todo o corpo.
Transmissão:
O vírus de sarampo e transmitido através de gotículas
respiratórias libertadas por pessoas infectadas ao tossir ou
espirrar.
25. Período de incubação:
7 a 18 dias apos a exposição.
Prevenção:
A doença de sarampo pode prevenido através:
Imunização, a criança terá influencias profundas na
morbilidade e mortalidade pela doença e trará benefícios
através da prevenção de outras condições tais como:
desidratação, Infecções respiratórias, cegueira, malnutrição
severa. O anti-sarampo e administrada em duas doses,
onde a criança faz a primeira dose aos 9 meses e a segunda
entre 18 a 23 meses, garante 85% de protecção.
27. 1. Conhecer as vias de administração de cada tipo de
vacina;
2. Diferenciar os tipos de seringas usadas para cada tipo
de vacina;
3. Identificar as contra-indicações e efeitos colaterais de
cada vacina.
Objectivos da aprendizagem
28. Vias de administração de vacinas
Vacina Idade ideal Idade minima Idade máxima Via de administração
BCG Nascença Nascença 23 meses Intradérmica
Polio 0 Nascença Nascença 5 Semanas
Oral
Polio + Rotavirus 1 2 meses 6 semanas 23 meses
Polio + Rotavirus 2 3 meses 10 Semanas 23 meses
Polio 3 4 meses 14 semanas 23 meses
DPT/HepB+Hib; PCV13 -
1 2 meses 6 semanas 23 meses
Intramuscular
DPT/HepB+Hib; - 2 3 meses 10 Semanas 23 meses
DPT/HepB+Hib;; IPV – 3
PCV13- 2 4 meses 14 semanas 23 meses
Sarampo-Rubeola – 1
PCV13- 2 9 meses 8.5 meses
23 meses (4
anos na
pop.deslocada)
Subcutânea
Sarampo-Rubeola - 2 18 meses 18 mese 23 meses
29. Bacilo de Calmette e Guerin (BCG)
É administrada a Nascença, com idade máxima de 23
meses. A criança e administrada 1 dose pela via
intradermica na parte superior do deltoide superior direito.
Para criancas <1 ano e administrada a Quantidade de
0.05ml e para >1 ano 0.1ml.
Se não aparecer cicatriz no local de injecção seis (6)
semanas depois da vacinação com BCG, esta deve ser
repetida.
1. Preparar a BCG:
Verificar a data de expiração da vacina e do diluente;
Verificar o estado de monitor do frasco da Vacina;
30. Verificar se é o diluente apropriado (da mesma fábrica e
mesmo lote que a vacina).
Verificar se o diluente está frio.
Retirar todo o diluente para uma seringa de diluição
(reconstituição).
Misturar a vacina com o diluente.
Não agitar a vacina, pois isto pode estragá-la.
2. Posição do bebé e enchimento da seringa:
Preparar a seringa apropriadamente;
Inserir a agulha no frasco da vacina e retire 0.05 ml do
frasco para uma criança menor de 1 ano de idade, e 0.1 ml
para crianças com 1 ano ou mais.
31. Deixar a mãe segurar a criança firmemente ou ajude-a.
Segurar o braço direito do bebé com a palma virada para cima
com a sua mão esquerda,
enquanto injectas com a mão direita.
3. Aplicar a vacina por via intradérmica
Inserir a ponta da agulha na pele com o bisel virado para cima –
apenas o bisel e um pouco mais.
Manter a agulha paralela à parte superficial da pele, de modo
que ela avance apenas na camada superficial da pele.
Não pressionar muito e não apontar para baixo (senão a
injecção será profunda demais, portanto, subcutânea).
Pressionar o êmbolo com o polegar, enquanto seguras a seringa
entre o indicador e os dedos médios.
32. Reacção normal
Deve aparecer um pequeno inchaço na pele no local de
injecção semelhante ao da
picada de mosquito, com buracos muito pequenos. Isto
geralmente desaparece dentro de 30 minutos. Depois de
aproximadamente duas semanas, aparece uma ferida
vermelha com cerca de 10 mm de diâmetro. A ferida
permanece por mais duas semanas e depois cura. Uma
pequena cicatriz de cerca de 5 mm permanece. Este é um
sinal de que a criança foi eficazmente vacinada com a BCG.
Reações Pós - vacinação
33. Aconselhe a mãe a não esfregar ou pôr qualquer medicamento
na ferida.
Se por engano a injecção for muito mais profunda, aparecerá um
inchaço redondo
debaixo da pele (efeitos colaterais, tais como, abcesso ou gânglios
aumentados são mais prováveis se a BCG tiver sido subcutânea).
Reacção severa
Às vezes ocorre inflamação local com reacção severa, inchaço na
região axilar ou perto do cotovelo, ou abcesso profundo. Isto
pode acontecer porque:
A seringa e agulhas usadas não eram esterilizadas.
A injecção tenha sido demasiado profunda debaixo da pele.
34. Dose demasiado grande de vacina tenha sido administrada.
A estirpe usada pelo fabricante na produção da vacina.
Se a reacção permanecer localmente, não é necessário
nenhum tratamento. Para úlceras muito grandes, o
tratamento antibiótico é efectivo. Tipicamente, linfonodos
supurativos podem necessitar de excisão total, em vez de
incisão e drenagem.
Contra-indicação:
As contra-indicações para a BCG é a infecção sintomática por
HIV/SIDA e baixo peso à nascença <2000g (2Kg).
35. VACINA DA DPT/HEPATITE B+Hib
É administrada a partir de 6 semanas, com idade máxima de 23
meses. A criança e administrada 3 doses pela via intramuscular
ou subcutânea, na face antero lateral da coxa esquerda (latentes)
ou no músculo Deltóide (crianças maiores). Para criancas <1 ano
e >1 ano, são administradas 0,5ml com um espaçamento de 4
semanas entre as doses.
Preparar a vacina
Verificar a data de expiração da vacina
Agitar para se assegurar que a vacina não congelou
Verificar o monitor de vacina se o frasco o tiver
Remover o centro da tampa do frasco
36. Agitar bem o frasco;
Retirar a quantidade de vacina necessária, 0.5 ml;
Expelir o ar ou excesso de vacina;
Posicionar o bebê:
Peça a mãe para sentar o bebé nas coxas
O braço esquerdo da mãe passa à volta do bebé para suportar a
cabeça, o pescoço, o ombro e seu braço esquerdo.
O braço direito do bebé fica em repouso para trás
O braço direito da mãe segura firmemente as pernas do bebé
Aplicar a vacina:
O melhor local para injectar é a porção central da face externa da
coxa do bebé.
Dividir através de uma linha imaginária a coxa em 3 partes iguais
entre o joelho e a espinha ilíaca.
37. Limpar a pele se estiver suja com bola de algodão húmida e deixe
secar.
Colocar seu polegar e indicador em cada um dos lados do local
aonde vai injectar e esticar a pele suavemente.
Introduzir a agulha profundamente para dentro do músculo.
Pressionar o êmbolo com o polegar para injectar a vacina e depois
retirar a agulha.
Esfregar o local de injecção rapidamente com uma bola de algodão.
Efeitos colaterais
Febre: advirta a mãe de que muitas crianças experimentam febre e
ficam irritáveis depois de receber a vacina da DPT/Hepatite B+Hib, e
que isto desaparece dentro de 24 horas. A criança pode ser tratada
com antitérmico para resolver este problema.
38. Dor local: informe à mãe que a criança pode ter um pequeno
inchaço avermelhado e doloroso no local de injecção. Isto não é
sério e não necessita de tratamento. No entanto, se aparecer pus no
local de injecção, uma semana ou mais depois da injecção, a mãe
deve levar a criança à unidade sanitária mais próxima.
Abcesso: se a dor e o inchaço começarem tarde (uma semana ou
mais depois da injecção), pode ser devido a um abcesso. Os
abcessos podem ocorrer:
Se a agulha não for esterilizada;
Se se tiver tocado com os dedos;
Se se tiver pousado a seringa em local não esterilizado;
Se o topo do frasco tiver sido tocado ou tiver estado em contacto
com superfícies sujas;
39. Se não se injectar a vacina com a profundidade suficiente;
Se a criança desenvolver um abcesso, aplicar compressas
mornas no inchaço e tratar com antibióticos. Se o abcesso
não resolver, referir a criança para a unidade sanitária de
referência mais próxima para incisão e drenagem.
Convulsões: esta é uma complicação rara que ocorre em
cerca 1/1.200 a 1/1.600 crianças e está frequentemente
relaccionado com a febre.
40. Vacina Anti-polio
É administrada a nascença, com idade máxima de 23 meses. A criança e
administrada 4 doses pela via oral, com espaçamento de 8 e 4 semanas
entre as doses. dependendo do fornecedor, 1 dose da vacina pode
corresponder a 2 a 3 gotas.
Preparar a vacina
Verificar a data de expiração.
Verificar o monitor do frasco de vacina para se certificar de que a
vacina pode ser usada.
Verificar se é a vacina certa.
Verificar o número de gotas necessárias para uma dose de vacina do
frasco.
41. Posicionar o bebé
Peça à mãe para segurar o bebé firmemente, sentando-o de forma a
que não aspire a vacina.
Aplicar a vacina
Abra a boca da criança apertando-a suavemente entre os dedos;
Dar duas ou três gotas (depende das instruções do fabricante) na
língua da criança, usando o conta-gotas.
Assegurar que a criança engole a vacina.
Se ela cuspir, repetir a dose.
O conta-gotas nunca deve entrar em contacto com a boca ou língua
do bebé
42. Vacina contra Sarampo e Rubéola
Os anticorpos maternos contra o sarampo permanecem mais tempo do que
outros anticorpos. Assim, a vacinação contra o sarampo não é eficaz antes dos 9
meses de idade.
A vacina Sarampo-Rubéola administra-se 0,5ml em 2 doses, sendo a primeira aos
9 meses, no entanto pode-se vacinar a partir dos 8.5 meses e a 2 dose a partir
dos 18 meses, com idade máxima de 23 meses.
Preparar a vacina:
Verificar a data de expiração da vacina e do diluente;
Verificar o estado do monitor de frasco de vacina (VVM)
Verificar se é o diluente correcto (mesmo fabricante);
Verificar se o diluente está frio;
Retirar o diluente para a seringa de diluição;
Misturar a vacina e o diluente;
43. Não agitar a vacina, pois pode estragar.
Aplicação da vacina:
A dose é de 0.5 ml, dada por via subcutânea na parte lateral externa
superior do braço esquerdo;
O local de injecção deve ser limpo com algodão mergulhado em água limpa
para remover qualquer sujidade visível;
Segurar o braço da criança pela parte inferior, seus dedos devem estar a
volta do braço e formar uma prega da pele entre os dedos polegar e
indicador;
Introduzir a agulha na parte da pele abaulada numa profundidade não
superior a 1 cm. A agulha deve penetrar num ângulo inclinado (cerca de 35o
a 45o), não reto;
Pressionar o êmbolo com o polegar para injectar a vacina.
Retirar a agulha e pressionar o local de injecção com uma bolinha de
algodão. Se houver algum sangramento, manter a pressão até este parar.
44. Vacina Anti- tetânica (VAT)
A VAT e administrada a mulheres grávidas, MIF (15-49anos), Alunos (1 e 2
Classes) e trabalhadores em risco, com máximo de 5 doses. é aplicada
uma Quantidade de 0,5ml pela via Intramuscular, na região deltóide do
braço esquerdo.
Aplicação da vacina:
Agitar para se assegurar que a vacina não congelou.
Verificar o monitor de vacina se o frasco o tiver.
Remover o centro da tampa.
Agitar bem o frasco.
Retirar a quantidade de vacina necessária (0.5 ml).
Expelir o ar ou excesso de vacina.
45. Posicionar a mulher
Aplicar a vacina intramuscular na região deltóide do braço
esquerdo;
Usar uma das suas mãos para apertar os músculos do braço da
mulher;
Introduzir a agulha profundamente para o músculo;
Injectar a vacina;
Retirar a agulha;
Esfregar o local de injecção rapidamente com uma bola húmida de
algodão;
46. Vacina Pneumocócica (PCV10 ou 13)
É administrada a partir de 6 semanas, com idade máxima de 23
meses. A criança e administrada 3 doses pela via intramuscular, na
face antero lateral da coxa. Para criancas <1 ano e >1 ano, são
administradas 0,5ml com um espaçamento de 4 semanas entre as
doses.
Preparar a vacina
Verificar a data de expiração da vacina
Agitar para se assegurar que a vacina não congelou
Verificar o monitor de vacina se o frasco o tiver
Remover o centro da tampa do frasco
47. Agitar bem o frasco;
Retirar a quantidade de vacina necessária, 0.5 ml;
Expelir o ar ou excesso de vacina;
Posicionar o bebê:
Peça a mãe para sentar o bebé nas coxas
O braço esquerdo da mãe passa à volta do bebé para suportar a
cabeça, o pescoço, o ombro e seu braço esquerdo.
O braço direito do bebé fica em repouso para trás
O braço direito da mãe segura firmemente as pernas do bebé
Aplicar a vacina:
O melhor local para injectar é a porção central da face externa da
coxa do bebé.
Dividir através de uma linha imaginária a coxa em 3 partes iguais
entre o joelho e a espinha ilíaca.
48. Limpar a pele se estiver suja com bola de algodão húmida e deixe
secar.
Colocar seu polegar e indicador em cada um dos lados do local
aonde vai injectar e esticar a pele suavemente.
Introduzir a agulha profundamente para dentro do músculo.
Pressionar o êmbolo com o polegar para injectar a vacina e depois
retirar a agulha.
Esfregar o local de injecção rapidamente com uma bola de algodão.
49. Vacina contra Rotavírus
A vacina contra o rotavírus é uma vacina pronta-a-usar, para
uso oral e com formulação líquida, Tubo plástico
especialmente desenhada para administração oral directa 1
tubo = 1 dose (1,5 ml de líquido), e administrada em 2
doses a criança a partir de 6 semanas, com espacamento de
4 semanas entre as doses.
Primeira dose aos 2 meses a menores de 4 meses de idade
Segunda dose dos 3 meses a menores de 7 meses
A vacina contra o Rotavírus deve ser administrada ao
mesmo tempo que a primeira e segunda dose das vacinas
Polio, Pentavalente e PCV
Mantenha um intervalo mínimo entre as doses de 1 mês e
um intervalo Máximo entre as doses de 2 meses.
50. Aplicacao da vacina:
Retire a tampa do tubo
Remova o fluido da parte superior do tubo batendo-o levemente com
os dedos
Vire a tampa de cima para baixo e coloque-a verticalmente no selo.
Coloque o selo dentro do pequeno buraco no topo da tampa
Gire a tampa na direção da seta (sentido horário) para remover o selo.
Não parta o selo: poderá cair dentro do tubo
Assegure-se que tenha aparecido claramente um buraco no topo do
tubo
Assegure-se de que o selo retirado esteja dentro do topo da tampa.
51. A criança deve estar sentada em uma posição semi-reclinada para
tomar a vacina por via oral
Abra a boca da criança, pressionando as bochechas gentilmente
Incline o tubo em direção ao interior da bochecha
Administre a vacina pressionando o tubo
– Aperte o tubo lentamente
Certifique-se que a criança está a engolir a vacina
– Aperte as bochechas e faça festas debaixo do queixo para ajudá-la
a engolir
52. Contra-indicação
Hipersensibilidade (reação alérgica) após administração da 1ª dose
de vacina contra o Rotavírus.
Historia prévia de intussuscepção (invaginação intestinal)
A administração de RotarixTM deve ser adiada em crianças com
diarreia ou vômitos ou que precisem de terapia de reidratação.
53. Vacina inativada contra pólio (IPV)
Suspensão líquida que fornece proteção contra todos os 3 tipos de
poliovirus Frascos de doses múltiplas, 10 doses por frasco.
Não necessita de reconstituição
Os frascos de múltiplas doses de IPV não cumprem com as exigências
da OMS para preservar a vacina por 28 dias
Frascos multi-dose desta vacina deve ser descartado no fim da sessão
de imunização ou dentro de 6 horas após a sua abertura, o que
ocorrer primeiro
55. Contra-indicações
• Uma alergia conhecida ou documentada em relação às
componentes da vacina, incluindo:
- Estreptomicina
- Neomicina
- Polimixina B
• Historial de reação de uma alergia anterior à uma injeção de IPV.
• Trombocitopenia (insuficiência de plaquetas sanguíneas, que jogam
um papel fundamental na coagulação)
• Outras complicações hemorrágicas
56. Prepare IPV ao mesmo tempo que prepara as outras vacinas
A IPV pode ser administrada com qualquer das seguintes vacinas de rotina sem
interferir com a sua eficácia:
– Vacina Diphtheria–tetanus–pertussis (DTP)/vacina pentavalente
– Vacina Haemophilus influenzae type b (Hib)
– Vacina Pneumocócica
– Vacina Oral pólio (OPV)
– Vacina Rotavírus
Administre vacinas Orais em primeiro lugar
Quando estiver a dar IPV com Penta e PCV:
Administre IPV e PCV numa coxa, com uma separação de pelo menos 2.5 cm
Administre Pentavalente na outra coxa porque pode causar mais inchaço e
vermelhidão
57. Posição:
A criança deve ser segurada numa posição erecta pelo provedor de cuidados
O provedor de cuidados deve segurar muito firmemente as mãos e as pernas da
criança
A vacina e injectada no musculo da coxa a um angulo de 90⁰ pelo provedor dos
cuidados de saúde;
Local
A IPV é administrada numa dose de 0.5ml no músculo da parte exterior da coxa
Procedimento
Lave as suas mãos muito bem por 15 segundos
Segure o músculo firmemente entre o seu dedo polegar e o seu indicador
Segure a siringa como se fosse uma caneta
Rapidamente insira a agulha na pele a um angulo de 90 graus
Empurre o êmbolo