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PEF – 3202 – Introdução à
Mecânica dos Sólidos
Prof. Dr. Rodrigo Provasi
e-mail: provasi@usp.br
Sala 11 – Prédio de Engenharia Civil
Figuras Planas
Introdução
• Porque estudarmos as propriedades das figuras planas?
• As tensões podem ser escritas em função do esforço solicitante e de alguma
propriedade da seção transversal
• Essas podem ser áreas e momentos de inércia de áreas
𝜎 =
𝑁
𝐴
𝜎 =
𝑀
𝐼
𝑦 𝜏 =
𝑇
𝐽
𝑟
Definições
• Para uma figura plana qualquer, definimos:
• Área da figura 𝑆:
𝐴 = 𝑑𝐴
Definições
• Momento estático de 𝑆:
𝑀 = 𝑦 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑧
𝑀 = 𝑧 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑦
Definições
• Momento de inércia de 𝑆:
𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑧
𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑦
Definições
• Momento polar de inércia de 𝑆:
𝐽 = 𝑟 𝑑𝐴
onde 𝑟 é a posição radial da área infinitesimal 𝑑𝐴,
ou seja 𝑟 = 𝑦 + 𝑧 .
Propriedades do Momento Estático
• Considere o problema da figura.
• Para haver equilíbrio ao redor de 𝑧, temos:
𝑚 𝒈 𝑑 = 𝟎 → 𝑚 𝑑 = 0
Importante: 𝑑 tem sinal!
Propriedades do Momento Estático
• Se estendermos o mesmo conceito para um sólido de
densidade 𝛾 e espessura 𝑡 constante:
𝑦 𝑑𝑚 = 𝑦 𝛾 𝑡 𝑑𝐴 = 0
𝛾 𝑡 𝑦 𝑑𝐴 = 𝛾 𝑡 𝑀 = 0
Logo, para haver equilíbrio: 𝑀 = 0
Propriedades do Momento Estático
• Agora, não é todo o eixo que apresenta a
propriedade anteriormente descrita.
• É fácil ver na figura que 𝑀 ≠ 0
Baricentro de uma figura plana
• O baricentro (G) é o centro de massa da figura.
• Por ele passam dois eixos principais que
satisfazem:
𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 0
𝑀 , = 𝑧 𝑑𝐴 = 0
Baricentro de uma figura plana
• Observando a figura:
𝑦 = 𝑦 + 𝑦
• Assim, o momento estático em relação ao eixo 𝑧 pode
ser escrito como:
𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 + 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑑𝐴 + 𝑦 𝑑𝐴
𝑀 , = 𝑀 , + 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝐴
Baricentro de uma figura plana
• Logo:
𝑦 =
𝑀 ,
𝐴
• Analogamente:
𝑧 =
𝑀 ,
𝐴
Baricentro de figuras compostas
• Para determinar o baricentro de figuras compostas:
𝑀 , = 𝑦 𝐴 = 𝑦 𝐴
• Logo:
𝑦 =
𝑀 ,
𝐴
com 𝐴 = ∑ 𝐴 .
Exemplo: Retângulo
• Vamos fazer os cálculos para determinar o
baricentro do retângulo:
𝑦 =
𝑀 ,
𝐴
, 𝐴 = 𝑏 ℎ
𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏
𝑦
2
=
𝑏 ℎ
2
𝑦 =
𝑏 ℎ
2
𝑏 ℎ
=
ℎ
2
Exemplo: Retângulo
• Agora, para a posição 𝑧 :
𝑧 =
𝑀 ,
𝐴
, 𝐴 = 𝑏 ℎ
𝑀 , = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = ℎ
𝑧
2
=
ℎ 𝑏
2
𝑧 =
ℎ 𝑏
2
𝑏 ℎ
=
𝑏
2
Exemplo: Retângulo
• Para mostrar que o eixo 𝑧 é o eixo no qual o
momento estático é zero:
𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏
𝑦
2
𝑀 , = 𝑏
1
2
ℎ
2
−
1
2
−
ℎ
2
= 0
Baricentro
• Nota importante: o baricentro sempre está sobre os eixos de simetria da área!
𝑦 =
𝑦 𝐴 + 𝑦 𝐴
𝐴 + 𝐴
𝑦 =
𝑦 𝐴 − 𝑦 𝐴
𝐴 − 𝐴
Baricentro ou centroide
extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
Baricentro ou centroide
extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
Baricentro ou centroide
extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
Momentos de Inércia
• Os momentos de inércia são importantes para a flexão  Determinam a
rigidez a flexão (com o módulo de elasticidade do material determinam
quão rígido uma barra é em relação à Flexão)
Momento de inércia: retângulo
• Para o retângulo que vimos anteriormente,
vamos calcular os momentos de inércia em
relação aos eixos 𝑦 e 𝑧.
• Para o eixo 𝑧:
𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏
𝑦
3
=
𝑏 ℎ
3
Momento de inércia: retângulo
• Para o eixo 𝑦:
𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = ℎ
𝑧
3
=
ℎ 𝑏
3
Momento de inércia: retângulo
• Vamos repetir o procedimento para os eixos 𝑦
e 𝑧 .
• Para o eixo 𝑧 :
𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏
𝑦
3
𝐼 = 𝑏
1
3
ℎ
2
−
1
3
−
ℎ
2
=
𝑏 ℎ
12
Momento de inércia: retângulo
• Para o eixo 𝑦 :
𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = 𝑏
𝑧
3
𝐼 = ℎ
1
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𝑏
2
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1
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𝑏
2
=
ℎ 𝑏
12
Momento de inércia: retângulo
• Como pode ser visto, os momentos de inércia
em relação aos eixos que passam pelo
baricentro não são nulos, porém são mínimos!
• Como relacionar os momentos de inércia dos
dois sistemas?
Teorema de Steiner
• Vamos analisar a relação entre os eixos 𝑧 e 𝑠.
Podemos escrever a relação entre as distâncias
medidas entre a área infinitesimal e os eixos como:
𝑦 = 𝑡 + 𝑑
Teorema de Steiner
• Assim, podemos escrever o momento de inércia em
relação ao eixo 𝑧 como:
𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑡 + 𝑑 𝑑𝐴 = 𝑡 + 2𝑡𝑑 + 𝑑 𝑑𝐴
𝐼 = 𝑡 𝑑𝐴 + 2𝑑 𝑡 𝑑𝐴 + 𝑑 𝑑𝐴
𝐼 = 𝐼 + 2𝑑 𝑀 , + 𝑑 𝐴
Teorema de Steiner
• Se o eixo 𝑠 coincidir com o eixo que passa pelo
baricentro 𝑧 (ou seja, 𝑀 = 0):
𝐼 = 𝐼 + 𝑑 𝐴
• Se a figura é composta, é possível obter o baricentro da
figura composta transportando todos os momentos de
inércia para o eixo do baricentro da figura composta:
𝐼 = 𝐼 , + 𝑑 𝐴
Momento de inércia de um triângulo
• É possível demonstrar que:
𝐼 =
𝑏 ℎ
12
𝐼 =
𝑏 ℎ
36
Momento de inércia de um círculo
• É possível demonstrar que:
𝐼 = 𝐼 =
𝜋 𝑅
4
Momento de inércia de figuras geométricas
comuns
Momento de inércia de figuras geométricas
comuns
Momento de inércia de figuras geométricas
comuns
Momento Polar de Inércia
• Para calcular o momento polar de inércia
vamos utilizar um círculo.Assim:
𝐽 = 𝑟 𝑑𝐴 = 𝑟 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜃
𝐽 = 2𝜋 𝑟 𝑑𝑟 = 2𝜋
𝑟
4
=
𝜋 𝑅
2
Exemplo: Prova P2 / 2019
1ª Questão:Considere a figura plana data
(pentágono) e determine:
A) O centro de gravidade G em relação aos eixosY
e Z dados;
B) O momento de inércia em torno do eixo
vertical que passa por G.
Exemplo: Prova P2 / 2019
Para o cálculo do item A) precisamos dividir a figura
em áreas mais simples para o cálculo:
Considerando as figuras ao lado, podemos construir
uma tabela com os valores e posições dos
baricentros das figuras em relação aos eixos dados.
Exemplo: Prova P2 / 2019
Área 𝒚𝑮 𝑧𝑮 𝑨
I – Quadrado 6 3 36
II -Triângulo 6 1 9
𝑦 =
𝑦 𝐴 − 𝑦 𝐴
𝐴 − 𝐴
=
6 ⋅ 36 − 6 ⋅ 9
36 − 9
= 6 𝑐𝑚
𝑧 =
𝑧 𝐴 − 𝑧 𝐴
𝐴 − 𝐴
=
6 ⋅ 36 − 1 ⋅ 9
36 − 9
=
11
3
= 3,67 𝑐𝑚
Está sobre o eixo de simetria
Exemplo: Prova P2 / 2019
Sendo assim:
A) As coordenadas do baricentro G são (6; 3,67).
Já para o item B, precisamos redividir as áreas com
o triângulos cuja base esteja paralela ao eixo z.
Exemplo: Prova P2 / 2019
Já para o item B, precisamos redividir as áreas com
o triângulos cuja base esteja paralela ao eixo z.
Exemplo: Prova P2 / 2019
Dessa forma:
𝐼 = 𝐼 − 2𝐼
𝐼 =
6 ⋅ 6
12
− 2
3 ⋅ 3
36
+ 1 ⋅
3 ⋅ 3
2
𝐼 = 108 − 2 2,25 + 4,5 = 94,5 𝑐𝑚
Exemplo: Prova P2 / 2019
Apesar de não ser pedido no exercício, vamos calcular o momento
de inércia na outra direção:
𝐼 = 𝐼 − 𝐼
𝐼 =
6 ⋅ 6
12
+ 3 − 3,67 ⋅ 36 −
6 ⋅ 3
36
+ 2 − 3,67 ⋅ 9
𝐼 = (108 + 16) − 4,5 + 25 = 153,5 𝑐𝑚
Exemplo: Prova Sub / 2019
Exemplo: Prova Sub / 2019
Exemplo: Prova Sub / 2019
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exercício (Presença)
Agradecimento
Gostaria de agradecer aos professores Martin Paul Schwark e Osvaldo Nakao
pelas sugestões e por exercícios extras.

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  • 1. PEF – 3202 – Introdução à Mecânica dos Sólidos Prof. Dr. Rodrigo Provasi e-mail: provasi@usp.br Sala 11 – Prédio de Engenharia Civil
  • 3. Introdução • Porque estudarmos as propriedades das figuras planas? • As tensões podem ser escritas em função do esforço solicitante e de alguma propriedade da seção transversal • Essas podem ser áreas e momentos de inércia de áreas 𝜎 = 𝑁 𝐴 𝜎 = 𝑀 𝐼 𝑦 𝜏 = 𝑇 𝐽 𝑟
  • 4. Definições • Para uma figura plana qualquer, definimos: • Área da figura 𝑆: 𝐴 = 𝑑𝐴
  • 5. Definições • Momento estático de 𝑆: 𝑀 = 𝑦 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑧 𝑀 = 𝑧 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑦
  • 6. Definições • Momento de inércia de 𝑆: 𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑧 𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 , 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑦
  • 7. Definições • Momento polar de inércia de 𝑆: 𝐽 = 𝑟 𝑑𝐴 onde 𝑟 é a posição radial da área infinitesimal 𝑑𝐴, ou seja 𝑟 = 𝑦 + 𝑧 .
  • 8. Propriedades do Momento Estático • Considere o problema da figura. • Para haver equilíbrio ao redor de 𝑧, temos: 𝑚 𝒈 𝑑 = 𝟎 → 𝑚 𝑑 = 0 Importante: 𝑑 tem sinal!
  • 9. Propriedades do Momento Estático • Se estendermos o mesmo conceito para um sólido de densidade 𝛾 e espessura 𝑡 constante: 𝑦 𝑑𝑚 = 𝑦 𝛾 𝑡 𝑑𝐴 = 0 𝛾 𝑡 𝑦 𝑑𝐴 = 𝛾 𝑡 𝑀 = 0 Logo, para haver equilíbrio: 𝑀 = 0
  • 10. Propriedades do Momento Estático • Agora, não é todo o eixo que apresenta a propriedade anteriormente descrita. • É fácil ver na figura que 𝑀 ≠ 0
  • 11. Baricentro de uma figura plana • O baricentro (G) é o centro de massa da figura. • Por ele passam dois eixos principais que satisfazem: 𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 0 𝑀 , = 𝑧 𝑑𝐴 = 0
  • 12. Baricentro de uma figura plana • Observando a figura: 𝑦 = 𝑦 + 𝑦 • Assim, o momento estático em relação ao eixo 𝑧 pode ser escrito como: 𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 + 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑑𝐴 + 𝑦 𝑑𝐴 𝑀 , = 𝑀 , + 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝐴
  • 13. Baricentro de uma figura plana • Logo: 𝑦 = 𝑀 , 𝐴 • Analogamente: 𝑧 = 𝑀 , 𝐴
  • 14. Baricentro de figuras compostas • Para determinar o baricentro de figuras compostas: 𝑀 , = 𝑦 𝐴 = 𝑦 𝐴 • Logo: 𝑦 = 𝑀 , 𝐴 com 𝐴 = ∑ 𝐴 .
  • 15. Exemplo: Retângulo • Vamos fazer os cálculos para determinar o baricentro do retângulo: 𝑦 = 𝑀 , 𝐴 , 𝐴 = 𝑏 ℎ 𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏 𝑦 2 = 𝑏 ℎ 2 𝑦 = 𝑏 ℎ 2 𝑏 ℎ = ℎ 2
  • 16. Exemplo: Retângulo • Agora, para a posição 𝑧 : 𝑧 = 𝑀 , 𝐴 , 𝐴 = 𝑏 ℎ 𝑀 , = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = ℎ 𝑧 2 = ℎ 𝑏 2 𝑧 = ℎ 𝑏 2 𝑏 ℎ = 𝑏 2
  • 17. Exemplo: Retângulo • Para mostrar que o eixo 𝑧 é o eixo no qual o momento estático é zero: 𝑀 , = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏 𝑦 2 𝑀 , = 𝑏 1 2 ℎ 2 − 1 2 − ℎ 2 = 0
  • 18. Baricentro • Nota importante: o baricentro sempre está sobre os eixos de simetria da área! 𝑦 = 𝑦 𝐴 + 𝑦 𝐴 𝐴 + 𝐴 𝑦 = 𝑦 𝐴 − 𝑦 𝐴 𝐴 − 𝐴
  • 19. Baricentro ou centroide extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
  • 20. Baricentro ou centroide extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
  • 21. Baricentro ou centroide extraído de Beer, F. P. & Johnston Jr., R.
  • 22. Momentos de Inércia • Os momentos de inércia são importantes para a flexão  Determinam a rigidez a flexão (com o módulo de elasticidade do material determinam quão rígido uma barra é em relação à Flexão)
  • 23. Momento de inércia: retângulo • Para o retângulo que vimos anteriormente, vamos calcular os momentos de inércia em relação aos eixos 𝑦 e 𝑧. • Para o eixo 𝑧: 𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏 𝑦 3 = 𝑏 ℎ 3
  • 24. Momento de inércia: retângulo • Para o eixo 𝑦: 𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = ℎ 𝑧 3 = ℎ 𝑏 3
  • 25. Momento de inércia: retângulo • Vamos repetir o procedimento para os eixos 𝑦 e 𝑧 . • Para o eixo 𝑧 : 𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑏 𝑑𝑦 = 𝑏 𝑦 3 𝐼 = 𝑏 1 3 ℎ 2 − 1 3 − ℎ 2 = 𝑏 ℎ 12
  • 26. Momento de inércia: retângulo • Para o eixo 𝑦 : 𝐼 = 𝑧 𝑑𝐴 = 𝑧 ℎ 𝑑𝑧 = 𝑏 𝑧 3 𝐼 = ℎ 1 3 𝑏 2 − 1 3 − 𝑏 2 = ℎ 𝑏 12
  • 27. Momento de inércia: retângulo • Como pode ser visto, os momentos de inércia em relação aos eixos que passam pelo baricentro não são nulos, porém são mínimos! • Como relacionar os momentos de inércia dos dois sistemas?
  • 28. Teorema de Steiner • Vamos analisar a relação entre os eixos 𝑧 e 𝑠. Podemos escrever a relação entre as distâncias medidas entre a área infinitesimal e os eixos como: 𝑦 = 𝑡 + 𝑑
  • 29. Teorema de Steiner • Assim, podemos escrever o momento de inércia em relação ao eixo 𝑧 como: 𝐼 = 𝑦 𝑑𝐴 = 𝑡 + 𝑑 𝑑𝐴 = 𝑡 + 2𝑡𝑑 + 𝑑 𝑑𝐴 𝐼 = 𝑡 𝑑𝐴 + 2𝑑 𝑡 𝑑𝐴 + 𝑑 𝑑𝐴 𝐼 = 𝐼 + 2𝑑 𝑀 , + 𝑑 𝐴
  • 30. Teorema de Steiner • Se o eixo 𝑠 coincidir com o eixo que passa pelo baricentro 𝑧 (ou seja, 𝑀 = 0): 𝐼 = 𝐼 + 𝑑 𝐴 • Se a figura é composta, é possível obter o baricentro da figura composta transportando todos os momentos de inércia para o eixo do baricentro da figura composta: 𝐼 = 𝐼 , + 𝑑 𝐴
  • 31. Momento de inércia de um triângulo • É possível demonstrar que: 𝐼 = 𝑏 ℎ 12 𝐼 = 𝑏 ℎ 36
  • 32. Momento de inércia de um círculo • É possível demonstrar que: 𝐼 = 𝐼 = 𝜋 𝑅 4
  • 33. Momento de inércia de figuras geométricas comuns
  • 34. Momento de inércia de figuras geométricas comuns
  • 35. Momento de inércia de figuras geométricas comuns
  • 36. Momento Polar de Inércia • Para calcular o momento polar de inércia vamos utilizar um círculo.Assim: 𝐽 = 𝑟 𝑑𝐴 = 𝑟 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜃 𝐽 = 2𝜋 𝑟 𝑑𝑟 = 2𝜋 𝑟 4 = 𝜋 𝑅 2
  • 37. Exemplo: Prova P2 / 2019 1ª Questão:Considere a figura plana data (pentágono) e determine: A) O centro de gravidade G em relação aos eixosY e Z dados; B) O momento de inércia em torno do eixo vertical que passa por G.
  • 38. Exemplo: Prova P2 / 2019 Para o cálculo do item A) precisamos dividir a figura em áreas mais simples para o cálculo: Considerando as figuras ao lado, podemos construir uma tabela com os valores e posições dos baricentros das figuras em relação aos eixos dados.
  • 39. Exemplo: Prova P2 / 2019 Área 𝒚𝑮 𝑧𝑮 𝑨 I – Quadrado 6 3 36 II -Triângulo 6 1 9 𝑦 = 𝑦 𝐴 − 𝑦 𝐴 𝐴 − 𝐴 = 6 ⋅ 36 − 6 ⋅ 9 36 − 9 = 6 𝑐𝑚 𝑧 = 𝑧 𝐴 − 𝑧 𝐴 𝐴 − 𝐴 = 6 ⋅ 36 − 1 ⋅ 9 36 − 9 = 11 3 = 3,67 𝑐𝑚 Está sobre o eixo de simetria
  • 40. Exemplo: Prova P2 / 2019 Sendo assim: A) As coordenadas do baricentro G são (6; 3,67). Já para o item B, precisamos redividir as áreas com o triângulos cuja base esteja paralela ao eixo z.
  • 41. Exemplo: Prova P2 / 2019 Já para o item B, precisamos redividir as áreas com o triângulos cuja base esteja paralela ao eixo z.
  • 42. Exemplo: Prova P2 / 2019 Dessa forma: 𝐼 = 𝐼 − 2𝐼 𝐼 = 6 ⋅ 6 12 − 2 3 ⋅ 3 36 + 1 ⋅ 3 ⋅ 3 2 𝐼 = 108 − 2 2,25 + 4,5 = 94,5 𝑐𝑚
  • 43. Exemplo: Prova P2 / 2019 Apesar de não ser pedido no exercício, vamos calcular o momento de inércia na outra direção: 𝐼 = 𝐼 − 𝐼 𝐼 = 6 ⋅ 6 12 + 3 − 3,67 ⋅ 36 − 6 ⋅ 3 36 + 2 − 3,67 ⋅ 9 𝐼 = (108 + 16) − 4,5 + 25 = 153,5 𝑐𝑚
  • 56. Agradecimento Gostaria de agradecer aos professores Martin Paul Schwark e Osvaldo Nakao pelas sugestões e por exercícios extras.