SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 118
Baixar para ler offline
de Ensinar
Maneiras
Edigleide Rabelo
Transforme sua sala de aula
no melhor lugar para aprender
Dinâmicas de Grupo e Jogos Cooperativos
Ensino Fundamental I e II
4ª edição
folha de rosto
de Ensinar
Maneiras
Edigleide Rabelo
“Para que o NOVO venha,
o VELHO precisa ser TRANSFORMADO.”
A.D.
Dinâmicas de Grupo e Jogos Cooperativos
Ensino Fundamental I e II
4ª edição
© 2012. Edigleide Rabelo
Todos os direitos reservados.
2ª Edição - 2012
Revisão:
Esmelinda Pergentino Calazans
Lilian de Souza Farias
Foto:
Rosângela Sá Fotografia
Diagramação e Capa:
Efeito Multimídia - Herivelton Lourenço
Impressão:
CONTATOS E PEDIDOS
www.edigleide.webnode.com.br
edigleiderabelo@hotmail.com
Rabelo, Edigleide
Maneiras Criativas de Ensinar - Dinâmicas e Jogos Cooperativos para
Ensino Fundamental I e II/ Edigleide Rabelo — Petrolina-PE: Editora JM, 2012.
Título: Maneiras Criativas de Ensinar - Dinâmicas e Jogos Cooperativos
para Ensino Fundamental I e II.
Impressão da 2ª ed. de 2012.
ISBN
1. Educação 2. Dinâmicas de Grupo 3. Jogos Cooperativos 4. Professor
5. Prática Pedagógica 6. Ensino 7. Aprendizagem 8. Pedagogia 9. Relações
Interpessoais.
CDD 370, 790, 158
Para __________________________________________________
Que este livro encoraje-o(a) a prosseguir com determinação e
crença de que é capaz de transformar sua sala de aula no melhor
lugar para aprender.
De____________________________________________________
“Viva para aprender, e você realmente aprenderá a viver.”
JonhC. Maxwell
Sonho de Aluno
Se tu viesses para dar-me aula
E chegasses na hora marcada
E me ensinasses as lições do amor
Da disciplina, da caridade, da justiça
E soubesses por tua ternura me arrancar o medo
E por tua sabedoria me tirar a ignorância
E por tua honestidade me incutir a inocência
E por tua vocação me libertar da revolta
E por teu afeto me tirar a fome
Não haveria criança infeliz em tua sala.
Se chegasses de mansinho para dar-me uma aula
Como chega o alvorecer para os passarinhos
E trouxesses mãos de jardineiros, olhos de poeta
E entendesses as minhas ansiedades
Se chegasses como a luz da primeira estrela
Cujo compromisso é iluminar a noite
Se a tua ciência fosse temperada de afagos
E o teu verbo fosse carregado de exemplos
Se o teu sorriso fosse como o sol que a tudo abraça
Se o teu livro não abrisse apenas números
Não haveria criança infeliz em tua sala.
Mas se chegas tarde e te afastas cedo
Se vês em minha poesia sofrida apenas rebeldia
Se me rotulas de irresponsável e indolente
Se desconheces e não te interessas por meus sonhos
Se não entendes o erro como tentativa de acerto
Se contas os dias para te livrares da minha presença
Então pobre de ti que negas a tua obrigação
E o maior salário, a paz, não te será entregue.
Somente quando tiveres o coração de PROFESSOR
É que haverá crianças felizes em tua sala de aula.
A.D.
Agradecimentos
A Deus que me permite viver e compartilhar com você este projeto
que nasceu em meu coração há muitos anos.
A Dario Neto, meu esposo, por incentivar e tornar real a realização
deste sonho. Obrigada, meu amor!
Aos meus filhos: Ingrid, Dário Victor e Laura Anaile, a quem amo e
com quem aprendo diariamente.
Aos meus pais, Laura e Elias e aos meus irmãos, Evandro, Eliana
e Edileide, pelo incentivo encorajador e pela certeza de que posso
contar sempre com vocês.
Às minhas amigas e parceiros da cidade de Iguatu/CE, onde cresci
e aprendi que devemos fazer sempre o melhor.
A todos os educadores que passaram pela minha vida e consti-
tuíram-se exemplo do que eu deveria seguir no exercício da minha
profissão. Muito obrigada!
Dedicatória
Dedico este livro a todos os professores e demais profissionais,
que diariamente, com ousadia e coragem, reavaliam suas práticas,
quebram paradigmas e, com segurança, lideram suas salas de aula,
transformando vidas. Foi no convívio com essas pessoas que apren-
di. A vocês, minha admiração e gratidão.
O poder transformador está em suas mãos!
Sumário
INTRODUÇÃO							 15
PAPEL DO PROFESSOR						 19

POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?	 29
DINÂMICAS DE GRUPO						 37
- DINÂMICAS DE APRESENTAÇÃO				 38
- DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM				 52
- DINÂMICAS DE RECREAÇÃO					 65
JOGOS COOPERATIVOS						 83
ANEXOS								 103
REFERÊNCIAS 		 	 117
15
INTRODUÇÃO
“Podemos esquecer coisas, mas jamais esqueceremos quem as ensinou.”
Edigleide Rabelo
Todos os dias podemos marcar positivamente a vida de nossos alu-
nos. Somos professores, aprendizes, mágicos, artistas, líderes de um
lugar encantador, repleto de possibilidades, chamado sala de aula.
Lá, podemos fazer mais do que normalmente fazemos.
Sinta-se desafiado a vivenciar, aplicar estas dinâmicas e jogos, e
mais, a adaptá-las de acordo com suas necessidades, exercitando
sua capacidade criadora, tendo em mente que é importante para o
aluno:
	
– Ter suas experiências anteriores valorizadas;
	
– Achar sentido no que está aprendendo, pois ninguém quer
aprender se não se interessa por essa aprendizagem;
	
– Perceber que os novos conhecimentos são importantes para
seu crescimento, para o alcance de seus objetivos;
	
– Sentir prazer, alegria e a espontaneidade necessária para a
construção de novos saberes, através de vivências e atividades
lúdicas;
16 Maneiras Criativas de Ensinar
	
– Encontrar um ambiente amigável, uma sala de aula acolhedo-
ra, capaz de proporcionar transformações.
Estimule seus alunos a aprender a aprender e contribua, de for-
ma marcante, para que aprendam a ser e a conviver, pois construirão
aprendizagens significativas, colocando-as em prática e assim, irão
aprender a fazer, possibilitando grandes mudanças. E o que mais é
educação do que este processo?
Que Jesus, o maior educador, nos capacite e nos dê a consciência
de que Ele faz o que é impossível, pois já nos capacitou a fazer o
possível.
“Somos professores, aprendizes,
mágicos, artistas, líderes de um lugar encantador,
repleto de possibilidades, chamado sala de aula.”
Edigleide Rabelo
C
a
p
í
t
u
l
o
O PAPEL DO PROFESSOR
1
19
O PAPEL DO PROFESSOR
O PAPEL DO PROFESSOR
“A verdadeira função do professor é criar condições para que o
aluno aprenda sozinho. Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas
estimular o aluno a buscá-lo.”
John MiltonGregory
Convido você a relembrar todos os professores formais e informais
dos quais nunca se esqueceu. O que os diferenciava dos demais?
Como você se sentia perto deles? Por que você aprendia e sentia-se
motivado a buscar mais conhecimentos? Por que eles se tornaram
inesquecíveis? Certamente fará parte da resposta da grande maioria:
ELES TRANSMITIAM AMOR PELO QUE FAZIAM.
Se pensarmos um pouco mais, veremos que outra característica
desses professores é que nos permitiam fazer perguntas, encontrar
respostas e construir conhecimentos, plantando em nós sementes
cujos frutos ainda colhemos.
Freire (1997) descreveu os sentimentos e atitudes necessários ao
professor: “é impossível ensinar sem essa coragem de querer bem;
sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desistência.
É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada, bem cui-
dada de amar”.
O amor por si mesmo, pela missão, dá fim à professora do cader-
no de páginas amarelas, que há anos não modifica as atividades e
a sua maneira de ensinar, exclui a professora que impede que seus
alunos desenvolvam autonomia e criatividade, determinando todos
20 Maneiras Criativas de Ensinar
os passos a serem dados, podando-lhes a oportunidade de pensar,
de escolher, de sentir prazer, de construir. É o amor que faz nascer
ou renascer outro perfil de professor capaz de superar todas as difi-
culdades, limitações e, de maneira surpreendente, SER e FAZER a
diferença nas salas de aula.
Escutamos, mais do que nunca, os professores falarem acerca do
quanto se esforçam e trabalham na perspectiva de ensinar. O gran-
de desafio é DECIDIR todos os dias nos tornar inesquecíveis para os
alunos.
Avalie sua eficiência com base no que seus alunos realmente
aprendem a fazer. Assim sendo, a melhor avaliação do ensino não
é no esforço do professor, mas no que o aprendiz faz e como o faz.
Permita-se conhecer os quatro níveis da aprendizagem, citados
pelo psicólogo Abraham Maslow (1991):
1. Ignorância
Inconsciente
2. Ignorância
Consciente
3. Conhecimento
Consciente
4. Conhecimento
Inconsciente
1. Ignorância Inconsciente – onde o aprendizado inicia. Não senti-
mos falta do aprendizado que ainda não temos, pois estamos incons-
cientes dessa necessidade.
21
O PAPEL DO PROFESSOR
2. Ignorância Consciente – é quando sabemos que não sabemos.
Através de informações de terceiros é que chegamos a essa cons-
ciência. Um novo conteúdo, que o aluno nunca ouviu falar e que ao
dominá-lo, faz com que ele perceba a falta que esse conhecimento
fazia para sua vida.
3. Conhecimento Consciente – temos sempre na mente um co-
nhecimento adquirido. Quando iniciamos o ensino das operações
matemáticas, os alunos, ao resolvê-las seguem passo a passo o co-
nhecimento já adquirido, muitas vezes até citando-o oralmente.
4. Conhecimento Inconsciente – dominamos demasiadamente
determinado conhecimento que nem pensamos mais nele. Depois
de um tempo, começamos a resolver operações matemáticas sem
seguir o passo a passo, de forma inconsciente, quase que mecani-
camente.
Todas as mudanças que almejamos nos outros devem ser efetu-
adas inicialmente por nós, pois quanto mais a nossa vida for trans-
formada, mais transformações se efetuarão nos outros por nosso
intermédio.
A educação está edificada sobre quatro pilares, conforme reco-
menda a Comissão Internacional da UNESCO (Organização das Na-
ções Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) para o Século XXI,
tendo como relator Jacques Delors:
Aprender a CONHECER - competência cognitiva – significa apren-
der a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela
educação ao longo de toda a vida.
Faz-se necessário manter vivo o processo de investigação e este
é o verdadeiro sentido do aprender. Aprender é um processo contí-
nuo. O desafio é criar condições adequadas para que haja apren-
dizagem em cada situação vivenciada, quer seja positiva ou não.
22 Maneiras Criativas de Ensinar
É impossível querer formar uma pessoa racional se lhe dissermos o
que deve pensar. A valorização do conteúdo é tão importante quan-
to compreender que o verdadeiro ensino consiste em uma série de
momentos onde o aluno torna-se capaz de compreender, descobrir,
construir e reconstruir o conhecimento para que se valorize a curiosi-
dade, a autonomia e a atenção.
Aprender a FAZER – competência profissional – a fim de adquirir
não somente uma qualificação profissional, mas, de uma maneira
mais ampla, competências que o torne apto a enfrentar numerosas
situações e a trabalhar em equipe.
Proporcionar ao aluno condições para que, ao aprender, saiba uti-
lizar esses conhecimentos, quer espontaneamente — fruto do contex-
to local ou nacional — quer formalmente — graças ao desenvolvimen-
to do ensino alternado com o trabalho.
Aprender a CONVIVER – competência social – desenvolver a com-
preensão do outro e a percepção das interdependências – realizar
projetos comuns e preparar-se para administrar conflitos – no res-
peito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
Aprender a SER – competência pessoal – desenvolver a sua per-
sonalidade e estar à altura de agir cada vez com maior capacida-
de de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal.
Para isso, não podemos negligenciar nenhuma das potencialidades
do aluno: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas,
aptidão para comunicar-se e trabalhar em equipe.
Com base nessa visão dos quatro pilares da educação, o proces-
so ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhe-
cimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem
ensina, dará lugar a ensinar a pensar, a saber comunicar-se e pesqui-
sar, a ter raciocínio lógico, a fazer sínteses e elaborações teóricas, a
23
O PAPEL DO PROFESSOR
ser independente e autônomo, enfim, a ser social e emocionalmente
desenvolvido.
O aluno também deverá, durante seu convívio escolar, dominar
bem quatro habilidades básicas: LER, ESCREVER, OUVIR e FALAR.
Ler é mais que decodificar letras; é interpretar é contextualizar,
sendo capaz de compreender a realidade em que ele está inserido e
chegar a importantes conclusões sobre o seu mundo e os aspectos
que o compõem. Temos oferecido as condições necessárias para que
seja despertado nos alunos o hábito da leitura? Que tipo de literatura
é oferecido aos alunos? Ela desperta o interesse, o gosto pelo conhe-
cimento?
A escrita é atividade de construção, jamais de reprodução. Temos
oportunizado aos alunos condições para expressarem-se livremente?
Que atividades temos desenvolvido, que permitam aos alunos cons-
truírem aprendizados, pensarem e registrarem criticamente seus
pensamentos, projetando-se como seres capazes de gerar transfor-
mações?
Ouvir é a habilidade mais desafiadora. Nem sempre estamos pre-
parados para oportunizar momentos em que o aluno fale e nós nos
coloquemos na condição de ouvintes. Possibilitar ao aluno o falar,
abre espaço para a construção de relacionamentos mais fortaleci-
dos, o que facilita ao professor conhecê-lo melhor, ajudando-o de for-
ma eficaz. Um bom professor é também um bom ouvinte!
O conteúdo que desejamos transmitir vem acompanhado de lin-
guagem corporal e tom de voz, o que pode facilitar nosso acesso ao
aluno ou distanciamento dele, comprometendo significativamente o
resultado de nossa comunicação. E para que o aluno sinta-se des-
pertado a desenvolver esta habilidade, o exemplo do professor, ao
se comunicar com ele e com os demais, será um fator relevante.
24 Maneiras Criativas de Ensinar
Temos avaliado a forma como nos comunicamos e os resultados
que temos obtido? Que atividades proporcionamos para que os alu-
nos vivenciem a diferença existente numa comunicação assertiva?
Temos possibilitado vivências em que os alunos possam perceber,
na prática, o quanto o tom de voz e linguagem corporal influenciam
na comunicação?
Para que a sala de aula se transforme no melhor lugar para apren-
der, teremos que utilizar maneiras criativas, abandonando resistên-
cias que fazem parte do dia a dia. Seja na escola ou entre os colegas
de trabalho é preciso abandonar a cultura antilúdica que nos faz pen-
sar e acreditar que temos que escolher entre brincar e aprender.
Ao desejarmos mudanças, devemos quebrar paradigmas e rea-
prender a ver a ludicidade como ponte possível para uma educação
transformadora, onde humanizar um mundo desumano é um dos
nossos grandes desafios.
Somos desafiados a mudar e a inovar com o intuito de atender às
novas exigências. Mudar para adquirir novas metodologias capazes
de transformar o espaço da sala de aula num lugar dinâmico, partici-
pativo, aproximando a teoria da prática com uma postura interdisci-
plinar. Para isso, os professores necessitam de recursos, meios, dis-
ponibilidade de tempo para planejar e buscar novos conhecimentos,
e, acima de tudo, compromisso com o trabalho, fazendo o melhor
independente das limitações com que se deparam.
Nesse novo tempo, precisamos estar revestidos de amor, cora-
gem, conhecimento e ousadia para fazer esta diferença que trans-
formará as salas de aula no melhor lugar para aprender. Precisamos
verdadeiramente acreditar nos benefícios que a utilização de dinâ-
micas e jogos cooperativos trará, tanto para sua vida quanto para a
dos alunos.
25
O PAPEL DO PROFESSOR
Seguem-se sugestões de dinâmicas e jogos cooperativos, que uti-
lizei e adaptei ao longo dos anos, nas salas de aula por onde passei.
São exemplos de busca, troca e resultados significativos.
Entre nessa viagem e, sempre que desejar trocar ideias ou com-
partilhar conhecimentos, podemos nos encontrar. Basta acessar o
site www.edigleide.webnode.com.br
Boa leitura!
“Seja na escola ou entre os colegas de trabalho
é preciso abandonar a cultura antilúdica que nos faz pensar
e acreditar que temos que escolher entre brincar e aprender.”
Edigleide Rabelo
C
a
p
í
t
u
l
o
POR QUE TRABALHAR COM
DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?
2
29
POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?
POR QUE TRABALHAR COM
DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?
“Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de
outrem como se fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensa-
mentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados... As ideias
têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela
outra pessoa.”
John MiltonGregory
Na utilização de dinâmicas e jogos cooperativos, o professor passa a
resgatar o lúdico na perspectiva da (re)incorporação de atitudes po-
sitivas, especialmente quando o que está em jogo é a competência
para mediar os complexos processos de desenvolvimento das poten-
cialidades humanas, privilegiando, na discussão, a relação entre o
lúdico, sendo este, um grande diferencial para as relações interpes-
soais e de aprendizagem em nossas salas de aula que, ao serem
refletidas e partilhadas, geram um aprendizado pessoal e grupal,
contribuindo para:
	
– Autoconhecimento como ser único e social;
	
– Exercício de escuta e acolhida do outro como ser diferente;
	
– Experiência de abertura ao outro e participação grupal;
	
– Percepção do todo e das partes que o formam, tanto da vida
como da realidade que nos cerca;
	
– Desenvolvimento da consciência crítica;
	
– Confronto e avaliação da vida e da prática;
	
– Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências;
	
– Construção coletiva do saber.
30 Maneiras Criativas de Ensinar
Carlos Drummond de Andrade diz a respeito: “Brincar não é per-
der tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, não mais
triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis,
sem valor para a formação humana”.
É fundamental conhecer todos os passos da dinâmica e do jogo
cooperativo para aplicá-los com segurança, considerando que nem
toda dinâmica ou jogo adapta-se bem a qualquer grupo.
Antes da aplicação de dinâmicas e jogos cooperativos, o professor
deve:
	
– Adequá-los aos objetivos, considerando, sempre que possível, o
programa em curso;
	
– Adaptá-los, sempre que necessário, a fim de que sejam respei-
tadas todas as diferenças e especificidades da sala, consideran-
do: o perfil da turma (jeito de ser, idade, nível de compreensão),
o local, os aspectos culturais da região e outras características;
	
– Ter sensibilidade e discernimento necessários para a utiliza-
ção de dinâmicas e jogos cooperativos, evitando que estes se
tornem um recurso repetitivo, sem objetividade, competitivo e
excludista;
	
– Verificar o nível de complexidade da dinâmica ou jogo, organi-
zando espaço e material necessário à sua execução, evitando
improvisos;
	
– Saber ouvir e conduzir as discussões de forma neutra, evitando
comportamentos manipuladores;
	
– Estar atento às expressões corporais, sobretudo às expressões
faciais dos alunos no decorrer da dinâmica e do jogo cooperati-
vo, valorizando os sentimentos e reações de cada aluno;
	
– Perceber o nível de relações e entendimento dos alunos, estan-
31
POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?
do preparado para atuar diante de conflitos;
	
– Avaliar-se, respondendo a questões:
Como é possível melhorar?
Que variações podem ser criadas?
Que outros objetivos podem ser atingidos?
Para que os objetivos propostos na preparação das dinâmicas e
jogos cooperativos sejam plenamente alcançados, o professor deve
aplicar o Ciclo de Aprendizagem Vivencial – CAV, através de:
	
– Relato dos sentimentos, emoções e reações dos alunos;
	
– Feedback dos envolvidos no processo, estando atento aos
insights e com eles fazendo, imediatamente, links com os
objetivos propostos na atividade;
	
– Compromisso pessoal com mudanças de comportamento,
atitudes ou ações.
É de extrema importância a relação de confiança e abertura en-
tre o professor e os alunos para que as dinâmicas e jogos sejam vi-
venciados em um clima favorável à construção de conhecimentos, à
aproximação entre os alunos, à cooperação para o alcance de objeti-
vos comuns e às relações interpessoais.
Para que se tenha um bom relacionamento e que o processo de
aprendizagem, através do lúdico revista-se de sucesso, permitindo
ao aluno interesse e prazer, são necessárias ao professor algumas
atitudes e qualidades:
Amor – o amor espontâneo e sincero fará mais do que qualquer
outro ensinamento. Sua demonstração desinteressada marcará
profundamente a vida dos alunos. Invista na vida de seus alunos,
dando-lhes atenção e demonstrando afetividade nas ações.
Flexibilidade – aceitar sugestões dos alunos e dos outros, além
32 Maneiras Criativas de Ensinar
de ser um bom exemplo, possibilita processos de construção e
reconstrução de aprendizagem.
Senso de humor – é indispensável na vida de qualquer pessoa.
Mostrar aos alunos que levar tudo “a ferro e fogo” não trará be-
nefícios, apenas dificultará a resolução dos problemas ora en-
frentados. O importante é ser capaz de levantar-se a cada queda.
Curiosidade – para que o professor potencialize o poder criativo
dos alunos, ele deve ser o primeiro a querer saber, aprender, bus-
car soluções criativas, permitindo que os alunos o vejam como
exemplo.
Jovialidade – o professor, ao amar e acreditar no que faz, inde-
pendente de sua idade cronológica, permanece com o vigor sem-
pre renovado.
Respeito à diversidade – a aceitação de que cada criança tem
“seu jeito”, “suas necessidades”, demonstra a capacidade que
o professor tem de amar os alunos, como são. Essa atitude faz
com que os alunos o respeitem e estejam predispostos a apren-
derem com ele.
Comunicação eficaz – através da altura e da entonação da voz,
é demonstrado o grau de motivação do professor. Os alunos de-
vem sentir na comunicação com o professor abertura, respeito,
segurança e não, medo. A comunicação deve ser clara e compa-
tível com o nível dos alunos.
Impessoalidade – amar e cuidar de todos indistintamente, evi-
tando predileções, pois caso isso ocorra, gerará nos demais in-
segurança e ciúmes, acarretando dificuldades nas relações e
resultados nas atividades.
33
POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS?
Motivação – ofereça ao aluno a possibilidade de sucesso e ele
terá a motivação. Oferecer uma atividade ou desafio “muito fá-
cil” aos alunos, poderá distraí-los ou permitir que façam outra
coisa qualquer, bem como, se a atividade for “muito difícil”, pode
deixá-los frustrados.
Conhecer o aluno é fundamental para mantê-lo “aceso”!
“Educar não é fazer repetidores, mas criadores de soluções novas
aos problemas. É contribuir para que os alunos formulem perguntas
e busquem respostas.
Isso vai nos dar mais trabalho do que pensamos,
porém os ganhos serão incalculáveis.”
Edigleide Rabelo
C
a
p
í
t
u
l
o
DINÂMICAS DE GRUPO
3
37
DINÂMICAS DE GRUPO
DINÂMICAS DE GRUPO
“A maior revolução de nossos tempos é a descoberta de que, ao mudar
as atitudes internas de suas mentes, os seres humanos podem mudar os
aspectos externos de suas vidas.”
WillianJ]ames
Dynamis é uma palavra de origem grega, que significa força, ener-
gia, ação.
A utilização de dinâmicas em sala de aula, em nada difere dos
objetivos de Kurt Lewin (1890-1947), que era o de ensinar às pes-
soas comportamentos novos, através da discussão e de decisão em
grupo, em substituição ao método tradicional de transmissão siste-
mática de conhecimentos.
Ao participarem do processo, os alunos se sentirão sensibilizados
por aquilo que acontecerá. Por se sentirem e por observarem os pro-
cessos é que eles aprenderão a conceituar e a adquirir aprendizagens
significativas, além de estreitar as relações professor-aluno, aluno-
-aluno, pois quando aprendemos, aprendemos com alguém, apren-
demos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar.
A respeito, diz Almeida (1993) “a aprendizagem ocorre no víncu-
lo com outra pessoa, a que ensina”, aprender pois, é aprender com
alguém.
As relações interpessoais, a comunicação na escola devem
propiciar um ambiente que facilite a todos a manifestação
de sentimentos e opiniões.
38 Maneiras Criativas de Ensinar
É no campo das relações estabeleciadas entre professor e aluno
que se criam as condições para o aprendizado, sejam quais forem os
objetos de conhecimentos trabalhados.
Entretanto, é de fundamental importância que o professor acre-
dite no poder transformador das relações e que para tal, prepare-se
e envolva-se de tamanha chama capaz de iluminar todos os seus
alunos.
Para facilitar sua aplicação, dividimos as dinâmicas, aqui sugeri-
das, em três tipos: de apresentação; de aprendizagem; de recreação.
TIPOS DE DINÂMICAS DE GRUPO
DINÂMICAS DE APRESENTAÇÃO
“À medida que convivo com pessoas, cresço.
Relacionar-se é mágico.”
Edigleide Rabelo
Podem ser utilizadas no início do ano letivo, do semestre, com a
finalidade de apresentar, integrar e incluir os alunos.
Contribuem para a diminuição das expectativas ou ansiedades e
medo de errar, de arriscar ou de não agradar.
	 Cumprimentando em Círculo
Objetivos:
Proporcionar socialização e aproximação entre os alunos;
Desenvolver a capacidade de expressar-se voluntariamente, ge-
rando desinibição.
39
DINÂMICAS DE GRUPO
Material necessário:
- Micro System;
- CD com músicas variadas e animadas;
- 3 placas contendo as letras: A, B e C, sendo uma em cada placa.
Como fazer?
Os alunos, em quantidades iguais e em número par, formam dois
círculos e ficam sentados, sendo um círculo dentro do outro. Se al-
gum aluno estiver sem par será convidado a ajudar o professor nos
comandos da dinâmica.
Os alunos que compõem o círculo de dentro devem estar de frente
para os alunos que formam o círculo de fora.
O professor coloca uma música bem animada. Nesta hora, os
alunos levantam-se. Os componentes do círculo de dentro devem
movimentar-se para a direita e o outro círculo movimenta-se para a
esquerda. Quando a música parar, os alunos ficam um de frente ao
outro. O professor ou o aluno, que o substituirá (caso necessário) le-
vantará a placa A, B ou C.
Os alunos se cumprimentam de acordo com o comando das letras:
A= Aperto de mão ( caloroso!)
B = Beijo no rosto ( cuidado!)
C= Abraço ( apertado!)
Cada vez que a música tocar retornam aos círculos e ao parar a
música, cumprimentam-se de acordo com o comando escolhido pelo
professor.
40 Maneiras Criativas de Ensinar
Do meu jeito!
Objetivos:
Ampliar a percepção sobre a forma como o outro se apresenta,
facilitando o processo das relações interpessoais;
Gerar aproximação e desinibição;
Memorizar os nomes dos colegas;
Proporcionar clima para expressão de sentimentos;
Desenvolver a oralidade, a criatividade e o improviso.
Como fazer?
Sentados em círculos, cada aluno pronuncia seu nome e ao fazê-
lo deverá manifestar um gesto. Os demais repetem o nome do colega
e reproduzem o mesmo gesto.
Gestos são linguagens não verbais. Através
desta dinâmica o professor começa a perceber
o perfil do aluno, como ele reage aos gestos dos
outros colegas, conhecendo-o melhor.
O que estou trazendo?
Objetivos:
Possibilitar a integração entre os alunos;
Proporcionar a troca de percepções, sonhos e senso de pertencer
entre a turma;
41
DINÂMICAS DE GRUPO
Criar momentos para a reflexão e autoconhecimento;
Ampliar o vocabulário;
Desenvolver a escrita e oralidade.
Material necessário:
	
– Anexo A (página 101) – (reproduzi-lo para cada aluno);
	
– Canetas ou lápis para cada aluno;
	
– Fita adesiva, para colar os trabalhos na parede ou no quadro;
	
– Anexo B (página 102) — Texto: Quando um grupo se inicia
(reproduzi-lo para cada aluno);
	
– Uma faixa feita de papel, contendo a expressão “ESTOU TRA-
ZENDO” para ser colocada junto aos trabalhos que serão
expostos ao final da dinâmica.
Como fazer?
O professor aborda inicialmente, acerca da necessidade da forma-
ção de uma equipe e da importância que cada um dos membros tem
para sua formação.
Deve estimular percepções de seus sentimentos:
	
– Como me sinto em relação ao grupo?
	
– Qual a minha percepção desse grupo?
Após reflexão, cada aluno receberá uma cópia do texto: Quando
um grupo se inicia. Após a leitura, o professor volta a estimular per-
cepções de sentimentos:
	
– O que posso oferecer ao grupo?
	
– O que o grupo pode oferecer a mim?
	
– Qual a minha postura em relação ao grupo?
	
– Como fortalecer os laços?
42 Maneiras Criativas de Ensinar
Os alunos recebem uma cópia do anexo A e deverão escrever ao
lado de cada letra do alfabeto, uma palavra, que expresse seu sen-
timento em relação ao que deseja oferecer ao grupo e o que espera
receber dele, sendo esta palavra, iniciada pela letra indicada.
O professor solicita que, em duplas, os alunos compartilhem as
respostas.
Os anexos, depois de completados, deverão ser expostos em sala,
para conhecimento da turma.
Dinâmica indicada para as turmas
a partir do 6º ano.
Minha Vida – Minha Bandeira
Objetivos:
Promover a socialização e a interação;
Identificar qualidades, habilidades e limites pessoais, possibilitan-
do o autoconhecimento;
Estimular a pesquisa, a criatividade;
Despertar a atitude de auto-observação;
Trabalhar a interdisciplinaridade com outras disciplinas.
Material necessário:
	
– Anexo C (página 103) — ( reproduzi-lo para cada aluno);
	
– Canetas ou lápis para cada aluno;
43
DINÂMICAS DE GRUPO
	
– Lápis de cor e hidrocor em quantidade suficiente para que
todos trabalhem livremente.
	
– Fita adesiva para colar os trabalhos na parede ou no quadro;
	
– Uma faixa feita de papel, contendo a expressãoMINHA VIDA–
–MINHA BANDEIRA, para ser colocada junto aos trabalhos
que serão expostos ao final da dinâmica.
Como fazer?
O professor entrega para cada aluno o anexo C;
Cada aluno vai confeccionar sua bandeira, a partir de quatro per-
guntas elaboradas antecipadamente pelo professor.
As perguntas são enumeradas e serão respondidas nos espaços
com o número correspondente.
Seguem sugestões de algumas perguntas:
1.	Qual a sua melhor qualidade?
2.	O que gostaria de compartilhar com os seus colegas?
3.	Qual a pessoa que mais admira?
4.	Qual o seu maior sonho?
Para que compreendam a solicitação feita, o professor fará
referência ao fato de que a bandeira representa um país, estado,
cidade, escola, ressaltando seu significado. É importante que ao
confeccionar sua bandeira o aluno compreenda que ela representará
sua história de vida.
Nas turmas do 1º ao 3º ano, o professor, poderá solicitar que as
respostas sejam dadas através de desenho e poderá resumir o nú-
mero de perguntas.
Quando todos tiverem concluído, solicitar que compartilhem suas
bandeiras e façam uma exposição.
44 Maneiras Criativas de Ensinar
A partir do 5º ano, o professor poderá, além
da bandeira, desafiar para a construção de
um brasão familiar, sugerindo que os alunos
contem sua história familiar, o que resultará em
pesquisa e interação com outros membros da
família.
Esta dinâmica possibilitará ao professor,
conhecer tanto o aluno, quanto o ambiente em
que vive.
Caso a escola não possua uma bandeira,
desafiar a turma, para construir uma bandeira
para a escola e que esta seja submetida a
eleição através de votos de toda a comunidade
escolar.
Meu Alfabeto Preferido
Objetivos:
Promover autoconhecimento e integração;
Perceber a individualidade de cada um, eliminando possíveis situ-
ações de preconceito;
Trabalhar a responsabilidade que cada um tem pelas escolhas,
posicionando-se de forma consciente;
Desenvolver a escrita e a oralidade.
45
DINÂMICAS DE GRUPO
Material necessário:
	
– Anexo D (página 104) – (reproduzi-lo para cada aluno);
	
– Canetas e lápis para cada aluno;
	
– Fita adesiva, para colar os trabalhos na parede ou no
quadro;
	
– Uma faixa feita de papel, contendo a expressão “MEU ALFA-
BETO PREFERIDO”, para ser colocada junto aos trabalhos
que serão expostos ao final da dinâmica.
Como fazer?
O professor aborda a temática: “todos têm preferências...” deve-
mos respeitar as diferenças de opiniões.
Será entregue aos alunos o anexo D e o professor solicita que os
alunos escolham quais são as coisas favoritas que eles gostam ini-
ciadas por cada uma das letras do alfabeto. É importante que tudo
seja feito com responsabilidade, sendo incentivada a veracidade das
informações. Expor cada um dos alfabetos, dando a oportunidade
para que todos se conheçam mais.
O professor poderá sugerir novos temas: Por
exemplo: MEU ALFABETO PREFERIDO DE COMI-
DA, MEU ALFABETO PREFERIDO DE MÚSICAS,
MEU ALFABETO PREFERIDO DE ARTISTAS, MEU
ALFABETO DA BOA CONVIVÊNCIA.
O professor poderá também propor que cada
aluno escolha do tema do alfabeto que irá cons-
truir, fazendo surgir uma variedade nas escolhas.
46 Maneiras Criativas de Ensinar
Dominó Humano
Objetivos:
Promover a integração entre os alunos, quebrando o gelo;
Possibilitar a descoberta de semelhanças ou diferenças, gerando
um clima de aproximação e integração;
Desenvolver a oralidade, a criatividade e a capacidade de improvi-
sar para a resolução de problemas;
Identificar diferenças e semelhanças entre os alunos, evitando
preconceitos.
Como fazer?
Os alunos sentam em círculo. O professor dá o comando:
Cada um deve procurar no colega alguma característica
em comum que o una a você.
Emseguidairádesafiá-losamontaremumgrandedominóhumano,
fazendo com que cada aluno una-se ao outro devido a uma caracte-
rística comum, não podendo esta ser repetida por outro.
Ao iniciar, um dos alunos dirá, em voz alta, a frase:
Eu me uno a (diz o nome da pessoa)
porque (cita a semelhança ou a diferença)
me faz (diz o benefício que essa união trará a sua vida).
A dinâmica encerra-se quando todos estiverem unidos um ao ou-
tro, pelas semelhanças ou pelas diferenças, conforme o comando do
professor.
47
DINÂMICAS DE GRUPO
Dicas para o fechamento:
	
– Foi fácil encontrar motivos para unir-se?
	
– Que características você admira numa pessoa?
	
– Que sentimentos, em sua opinião, afastam as pessoas umas
das outras.
Indicada para as turmas de 6º a 9º ano,
devendo ser trabalhada junto com um dos temas
transversais – Ética.
Eu Sei Quem É Você
Objetivos:
Aproximar os alunos;
Perceber as relações de proximidade e de distânciamento existen-
tes entre os membros da turma;
Trabalhar a receptividade quanto à forma como somos vistos pe-
los outros;
Exercitar a tolerância em aceitar o pensamento dos outros;
Trabalhar temas transversais como a Ética.
Material necessário:
	
– Anexo E (página 105) — (reproduzi-lo para cada aluno);
	
– Canetas ou lápis para cada aluno.
48 Maneiras Criativas de Ensinar
Como fazer?
O professor aborda a “temática de que nem sempre as pessoas
nos conhecem realmente e que devemos respeitar suas opiniões”.
Outras vezes, por algum motivo, não nos mostramos como realmente
somos, dificultando nossa relação com os outros.
Para cada aluno será entregue o anexo E. Ele deverá colocar o
nome do colega que considerar adequado a cada item. Uma pessoa
pode se enquadrar em vários itens.
Depois cada aluno irá ao encontro da pessoa da qual escreveu o
nome, perguntar se é verdadeira a afirmação que fez. Caso afirmati-
vo, solicitar que ela autografe.
Esta dinâmica deve ser aplicada apenas em
grupos que já se conhecem. Adequada para o
início do 2º semestre.
Zip, Zap, Zop
Objetivos:
Promover a socialização, quebrando o gelo;
Conhecer os nomes dos colegas de forma lúdica, fixando-os;
Estimular a atenção, a memorização e a agilidade.
Como fazer?
O professor forma um círculo com as cadeiras de modo que todos
os alunos estejam próximos uns dos outros. O professor apresen-
ta aos alunos os seguintes comandos:
49
DINÂMICAS DE GRUPO
	
– ZIP - o aluno deverá pronunciar o nome do colega que está
à sua direita;
	
– ZAP – o aluno deverá pronunciar o nome do colega que está
à sua esquerda;
	
– ZOP – o aluno deverá pronunciar o próprio nome;
	
– ZIP, ZAP, ZOP – todos os alunos deverão trocar de lugar.
Feito uma vez ZIP, ZAP, ZOP, retira-se uma cadeira e o aluno que
fica sem a cadeira, passa a comandar o jogo.
As cadeiras devem ser, de preferência, sem o apoio para escrever.
Cumprimento Estátua
Objetivos:
Proporcionar maior integração, desinibição e o contato físico entre
os alunos;
Estabelecer um clima de confiança e descontração entre os
alunos.
Material necessário:
	
– Micro System;
	
– CD com músicas animadas e variadas.
Como fazer?
O professor informa aos alunos que, quando a música começar,
todos deverão movimentar-se pela sala espontaneamente, de acordo
com o ritmo tocado.
Cada vez que a música parar, eles deverão ficar imóveis, como es-
tátuas, prestando atenção ao comando que será dado pelo professor.
50 Maneiras Criativas de Ensinar
Quando a música recomeçar, os alunos voltam a movimentar-se,
prestando atenção ao próximo comando.
O professor solicitará formas variadas de cumprimento corporal
a cada pausa musical como: cumprimentar com a palma das mãos,
com os cotovelos, com as costas, com os joelhos, com a orelha direi-
ta, com o bumbum, com a ponta do nariz, com a barriga e etc.
Juntos, Fazemos Mais
Objetivos:
Promover a integração, desinibição entre os alunos;
Criar um elo de comunhão e cooperação;
Permitir a compreensão de que a força do trabalho em equipe se
faz da soma de pequenos esforços;
Estimular a criatividade;
Trabalhar a oralidade e a escrita;
Proporcionar condições para autoavaliação;
Alongar o corpo, despertando-o e criando maior disposição para
os trabalhos grupais.
Material necessário:
	
– Listagem das palavras que os alunos deverão representar
corporalmente;
	
– Fita adesiva para colagem das imagens formadas durante a
dinâmica, caso tenham sido fotografadas.
51
DINÂMICAS DE GRUPO
Como fazer?
Nesta dinâmica, a inclusão do corpo possibilita que algumas difi-
culdades de expressão sejam observadas.
Inicialmente a turma será subdividida em grupos de, no mínimo,
sete alunos.
Todos os alunos, de cada subgrupo, devem estar fazendo parte
da imagem.
O professor dirá uma palavra e os alunos formarão uma imagem
que a represente, utilizando apenas seus corpos, devendo posterior-
mente justificar a escolha.
Após os alunos criarem a primeira imagem em subgrupos, o pro-
fessor unirá dois subgrupos e dirá uma nova palavra e assim por
diante, até que a turma toda esteja formando um único grupo.
As partes do processo devem ser compartilhadas:
	
– É fácil trabalhar em equipe?
	
– O que é consenso?
	
– É mais fácil estar em subgrupos ou em equipe?
	
– Como se sentiram ao ver o que criaram?
Se possível, registrar com fotos, para a
produção de um mural.
O professor poderá solicitar que os alunos
formulem frases ou produzam textos, com de-
finições do que é trabalho em equipe.
52 Maneiras Criativas de Ensinar
DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM
“Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já
possui a capacidade de descobrir.”
Gaston Bachelard
Devem ser aplicadas após a integração dos alunos.
Reforçam o aprendizado, servem para diagnosticar dificuldades,
facilitar novas aprendizagens, fixar os conteúdos já trabalhados,
aprofundando o conhecimento através da discussão grupal, de forma
espontânea e informal.
Durante o desenvolvimento dessas dinâmicas é possível identifi-
car o surgimento de lideranças.
Medalhão
Objetivos:
Trabalhar o raciocínio lógico matemático;
Desenvolver o espírito de organização;
Fixar as quatro operações básicas;
Oportunizar o trabalho em equipe, melhorando as relações
interpessoais;
Desenvolver a atenção, concentração e a capacidade de agir sob
pressão.
Material necessário:
	
– Medalhões confeccionados em E.V.A ou cartolina (colocar lã
ou “rabo de gato”, para que fiquem pendurados no pescoço);
53
DINÂMICAS DE GRUPO
	
– Para cada grupo, composto por dez pessoas, confeccionar
os medalhões, contendo os números de 0 a 9 – Ver modelo
no anexo F (página 106);
	
– Preparar previamente a relação das operações que o profes-
sor ditará aos alunos, considerando que as respostas não
podem conter repetição de números.
Como fazer?
O professor divide a turma de modo que cada grupo seja formado
por, no mínimo, dez alunos e distribuirá, para cada grupo, medalhões
contendo os números de 0 a 9.
Cada grupo, com os medalhões no pescoço, ao ouvir do professor
qual operação deverá resolver, apresentará o resultado, utilizando os
números contidos nos medalhões, considerando a ordem da direita
para a esquerda.
O objetivo não é identificar qual grupo responde primeiro. Mesmo
que um grupo já tenha respondido, o professor deverá oportunizar
tempo necessário para que todos cheguem ao resultado correto,
evitando um clima de competitividade.
Nas turmas de 6º a 9º ano, o professor po-
derá também utilizar o Medalhão para trabalhar
outros conteúdos: raiz quadrada, expressões nu-
méricas, potenciação etc.
54 Maneiras Criativas de Ensinar
Repolho
Objetivos:
Estimular o trabalho em equipe gerando um clima de confiança;
Desenvolver a oralidade e o improviso;
Oportunizar fixação dos conteúdos trabalhados anteriormente.
Material necessário:
	
– Repolho confeccionado em papel crepom verde, sendo co-
lados em cada pedaço os questionamentos a serem feitos;
	
– Micro System
	
– CD com a música - Repolho
Como fazer?
O professor elabora, previamente, questionamentos em folhas de
papel crepom verde – um em cada pedaço – no tamanho de uma
folha A4;
Amassar cada folha, uma após a outra, de modo que todas fiquem
envolvendo uma à outra, formando uma bola, assemelhando-se a um
“repolho”;
O “repolho” deve passar de mão em mão, ao ser cantada a mú-
sica (que poderá ser encontrada no endereço http://www.youtube.
com/watch?v=-mJmF4muBR8).
Ao parar a música, o aluno que estiver com o “repolho” em mãos,
retira a primeira folha, lê em voz alta o que está escrito e responde
à pergunta. Caso não saiba, o aluno deverá solicitar a ajuda de um
colega, até que a pergunta seja respondida.
55
DINÂMICAS DE GRUPO
E, assim, sucessivamente, até que a última pergunta seja
respondida.
Caso a turma não domine a leitura, o profes-
sor pode colocar no repolho gravuras e solicitar
que o aluno identifique a primeira letra do nome
da gravura.
Além Disso
Objetivos:
Oportunizar fixação dos conteúdos trabalhados anteriormente;
Avaliar o nível de compreensão que os alunos têm acerca do tema
apresentado;
Estimular o trabalho em equipe;
Desenvolver a oralidade e o improviso;
Trabalhar a interdisciplinaridade e contextualização, facilitando a
argumentação e ampliação nas informações acerca do conteúdo
que está sendo trabalhado.
Como fazer?
O professor começa, abordando um assunto já estudado e conclui
com a expressão “ALÉM DISSO”, devendo neste momento indicar
qual aluno dará continuidade à explanação do mesmo assunto, sem
repetir as informações já apresentadas.
A dinâmica será concluída quando todos participarem com suas
contribuições.
56 Maneiras Criativas de Ensinar
Caça Letras
Objetivos:
Desenvolver a oralidade e a agilidade;
Ampliar o vocabulário;
Despertar o interesse pelo uso do dicionário;
Trabalhar a ortografia das palavras;
Despertar a criatividade.
Material necessário:
	
– Sacolinhas (de TNT), contendo as 26 letras do alfabeto;
	
– Letras em E.V.A. ou escritas com hidrocor em pequenos qua-
drados, tamanho 4X4 feitos em papel cartolina, podendo ser
revestidos de plástico adesivo para maior durabilidade.
Como fazer?
São preparadas sacolinhas contendo em cada uma delas as 26
letras do alfabeto.
A turma divide-se em pequenos grupos de, no máximo, cinco
alunos.
Sentados no chão, os grupos recebem as sacolinhas e ao ser dado
o comando pelo professor, deverão formar uma palavra que corres-
ponda ao que foi solicitado.
Caso o grupo tenha formado a palavra de maneira errônea, insti-
gá-lo até acertar a escrita.
Sugestões de solicitações:
	
– Nome de uma cor;
	
– Nome de uma capital;
57
DINÂMICAS DE GRUPO
	
– Nome de uma parte do corpo humano;
	
– Nome de uma parte de uma planta;
	
– Nome de um animal aquático;
	
– Nome de um número par.
Os alunos devem ser lembrados de que não
poderão formar uma palavra que contenha a
mesma letra mais de uma vez.
O professor registrará no quadro todas as
palavras formadas, sendo solicitadas produções
textuais. O professor fará essas atividades res-
peitando o nível de cada turma.
Esta dinâmica pode ser utilizada para traba-
lhar palavras ditadas pelo professor, oportuni-
zando sondagem dos conhecimentos.
Dialogando
Objetivos:
Desenvolver a expressão oral e atenção;
Ampliar o vocabulário;
Oportunizar leitura e dramatização dos diálogos montados;
Trabalhar sequência lógica e produção textual.
Material necessário:
	
– Envelopes contendo um diálogo escrito em fichas.
58 Maneiras Criativas de Ensinar
Como fazer?
O professor divide a turma em pequenos grupos. A cada grupo
entrega um envelope contendo as fichas com os diálogos já elabora-
dos, previamente. Cada diálogo estará escrito em fichas do mesmo
tamanho, sendo que cada parágrafo desse diálogo estará em fichas
diferentes.
Cada grupo deverá montar o diálogo, observando a sequência ló-
gica, a pontuação e entonação de voz, representando-o aos demais
colegas;
O professor deverá fazer a correção oral ou no quadro.
Posteriormente, solicitar aos alunos que
criem novos diálogos e representem-nos
oralmente, ou através de gestos, trabalhando
assim, a linguagem corporal.
O professor poderá elaborar os diálogos sem
pontuá-los, sendo este mais um desafio para os
alunos.
Pense Diferente, Reinvente
Objetivos:
Sintetizar as ideias, através de discussões, oportunizando o
consenso na resolução de problemas;
Ampliar o vocabulário;
Despertar a criatividade e o senso crítico;
Trabalhar sequência lógica, produção textual.
59
DINÂMICAS DE GRUPO
Material necessário:
- Uma folha de papel A4 contendo o início de uma história em qua-
drinhos, a ser distribuída para cada dupla.
Como fazer?
Os alunos, em duplas, receberão uma parte da história em qua-
drinhos, colada numa folha A4 para dar continuidade e um final à
história, já iniciada.
Os trabalhos deverão ser apresentados e expostos, dando lugar a
um pequeno debate que responda às questões abaixo, além de per-
mitir que os alunos opinem acerca do trabalho um do outro:
	
– Que outro título vocês dariam à história?
	
– Que outro final esta história poderia ter?
	
– Vocês criaram outros personagens? Por quê?
Os alunos poderão produzir outros finais para
fatos verídicos na história do Brasil, expondo sua
visão crítica e contextualizando o assunto.
Dedo no Gatilho
Objetivos:
Fixar conteúdos já trabalhados;
Ampliar a capacidade de pensar sob pressão.
60 Maneiras Criativas de Ensinar
Material necessário:
	
– Um cartaz com formas de cores variadas contendo as respostas
das operações ou das perguntas a serem feitas pelo professor;
Como fazer?
O professor deverá elaborar, antecipadamente, as perguntas, po-
dendo contemplar conteúdos que esteja ou tenham sido abordados
com a turma, como: fatos, raiz quadrada, nomes das capitais, perso-
nagens históricos ou qualquer outro.
Dentro de cada forma desenhada no cartaz estarão escritas as
respostas das perguntas elaboradas pelo professor.
Os alunos formam duplas e ficam em frente ao cartaz, com as
mãos para trás.
O professor faz uma pergunta e os alunos deverão apontar com o
dedo indicador a resposta correta que consta no cartaz.
Todas as perguntas devem ser respondidas.
Caso a dupla não consiga responder, a pergunta é repetida para
a dupla seguinte.
O professor poderá, com esta dinâmica, son-
dar os conhecimentos dos alunos nas quatro
operações matemáticas, poderá trabalhar a in-
terdisciplinaridade, utilizando assuntos de dife-
rentes disciplinas.
61
DINÂMICAS DE GRUPO
Siga as Pistas
Objetivos:
Desenvolver a capacidade de agrupar e sintetizar informações,
formulando hipóteses;
Fixar conteúdos trabalhados anteriormente.
Material necessário:
	
– Envelopes confeccionados, contendo no interior de cada um:
	
– um cartão com a imagem ou nome da resposta;
	
– três pistas enumeradas, para que os alunos descubram a
resposta.
Os envelopes podem ter cores diferentes.
O nível das pistas corresponde ao nível de com-
plexidade trabalhado na turma.
Como fazer?
Os alunos são divididos em duplas ou trios. Escolhem um envelo-
pe e informam ao professor qual é o número da pista que desejam
obter. Eles poderão, em cada rodada, ter no máximo, três pistas.
Assim que tiverem certeza, responderão e o professor mostrará a
imagem ou o nome, para confirmar a resposta. Caso o professor leia
as três pistas e a dupla ainda não saiba, o envelope retorna ao pro-
fessor, podendo ser escolhido posteriormente por outra dupla ou trio.
62 Maneiras Criativas de Ensinar
Exemplo 1: O CORAÇÃO
1ª Pista: Possui em suas extremidades duas válvulas: a cárdia e
o piloro.
2ª Pista: Seus movimentos são denominados sístole e diástole.
3ª Pista: Distribui o sangue para todo o corpo.
Exemplo 2: A MURALHA DA CHINA
1ª Pista: Sua função inicialmente foi essencialmente defensiva
para a China.
2ª Pista: Após concurso informal internacional em 2007, foi consi-
derada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
3ª Pista: Constitui um símbolo da China e uma importante atração
turística.
Esta dinâmica pode ser aplicada em todas as
disciplinas. É interresante que as duplas ou trios
criem também desafios, elaborando pistas para
os colegas adivinharem.
Palavra ao Ar
Objetivos:
Estimular a utilização do dicionário;
Despertar o interesse em conhecer e utilizar as palavras correta-
mente;
63
DINÂMICAS DE GRUPO
Desenvolver a habilidade de encontrar palavras por ordem
alfabética;
Ampliar o vocabulário.
Material necessário:
	
– Um dicionário para cada aluno;
	
– Lista das palavras que serão pesquisadas pelos alunos.
Como fazer?
Solicita-se que todos os alunos tragam o dicionário.
O professor fará uma seleção de vocábulos, de preferência, pala-
vras que estejam sendo trabalhadas atualmente.
Todos os alunos, em pé, levantam o braço direito, com o dicionário
fechado e ao ser pronunciada pelo professor a palavra, os alunos a
repetirão e deverão procurar seu significado no dicionário.
Quem encontrar primeiro deverá ler em voz alta o respectivo
significado.
Posteriormente, o professor poderá solicitar
uma produção textual, ou formulação de frases,
com as palavras trabalhadas.
As palavras a serem trabalhadas deverão ser
escolhidas com uma finalidade, podendo ser de
qualquer componente curricular, desde que o
seu significado não seja do conhecimento dos
alunos.
64 Maneiras Criativas de Ensinar
Pichação
Objetivos:
Fixar conteúdos já trabalhados, sintetizando-os;
Fortalecer as relações e a capacidade de ser avaliado pelos
colegas;
Desenvolver o poder analítico, criativo e prático, abrindo a mente
para novas possibilidades;
Gerar condições para o grupo trabalhar o consenso.
Material necessário:
	
– Uma cartolina ou 1 folha de papel madeira, para cada grupo;
	
– Fita adesiva, para colar os cartazes na parede;
	
– Caneta hidrocor, em cores fortes, preferencialmente, uma
cor para cada grupo.
Como fazer?
O professor divide a turma em grupos de, no máximo, sete alunos.
Cada grupo receberá um número que o identificará.
O professor deverá ter avisado à turma qual tema será trabalhado,
possibilitando que eles tenham realizado pesquisas e tenham conhe-
cimento prévio.
Será reservado para cada grupo um local. Neste local estará fixa-
da uma cartolina ou papel madeira, onde irão escrever suas conclu-
sões, acerca do tema apresentado.
O primeiro comando é que discutam e registrem suas opiniões,
em forma de síntese.
O próximo comando é que o grupo 1 passe a analisar as conclu-
sões registradas pelo grupo 2, e dentro de 5 minutos, deverá, caso
65
DINÂMICAS DE GRUPO
considere necessário, fazer novos registros e, assim, cada grupo vai
para o cartaz seguinte até que todos tenham “pichado” todos os car-
tazes.
O professor deverá promover uma apresentação final, sendo que
cada grupo lerá o que fez inicialmente e cada grupo que pichou com-
plementos, deverá fazer suas considerações.
O professor deverá manter-se atento, buscando a participação de
todos os alunos, num clima de cooperação e não de hostilização.
Ao final das apresentações o professor pode-
rá sugerir que cada aluno produza um texto com
suas conclusões acerca do tema trabalhado.
DINÂMICAS DE RECREAÇÃO
“Eu me divirto mais quando paro de tentar obter o que quero e começo a
ajudar os outros a obterem o que querem.”
Objetivam resgatar a “energia” e a “motivação” dos alunos. De-
vem ser lúdicas, rápidas e promover descontração.
Podem estar diretamente ligadas ao objetivo do programa ou não.
PIM
Objetivos:
Desenvolver a inteligência lógica matemática, a inteligência inter-
pessoal, a cooperação e o trabalho em equipe;
Desenvolver a capacidade de ouvir.
66 Maneiras Criativas de Ensinar
Como fazer?
O professor define o número, cujos múltiplos serão substituídos
pela palavra PIM. Juntamente com os alunos, o professor determina-
rá qual é o número que se constituirá o desafio.
Exemplo 1:
Desafio: Chegar até o número 100, substituindo pela palavra PIM
os múltiplos do número 4 .
Aluno A – diz 1
Aluno B – diz 2
Aluno C – diz 3
Aluno D – diz PIM
Aluno E – diz 5
Aluno F – diz 6 e assim sucessivamente, devendo pronunciar PIM,
no lugar dos números 4,8,12,16,20 e demais múltiplos de 4.
A cada vez que um aluno errar, a turma recomeçará até que che-
gue ao número final, sendo este desafiador.
Exemplo 2:
Desafio: Chegar até o número 120 substituindo pela palavra PIM
os múltiplos de 4 e pela palavra PUFT múltiplos de 5.
Aluno A – diz 1
Aluno B – diz 2
Aluno C – diz 3
Aluno D – diz PIM
Aluno E – diz PUFT
67
DINÂMICAS DE GRUPO
Aluno F – diz 6 e assim sucessivamente, devendo pronunciar PIM,
no lugar dos números 4,8,12,16,20 e demais múltiplos de 4 e
PUFT, no lugar dos números 5,10,15,25, 30, 35, 45.
Deve ser pronunciado PIM/PUFT, no lugar dos números 20, 40 e
demais que sejam múltiplos ao mesmo tempo de 4 e 5.
Os participantes devem saber contar.
O professor pode variar acrescentando mais
uma palavra e mais um múltiplo.
Se os alunos começarem a dominar a
dinâmica de dizer “PIM” e “PUFT” na hora certa,
acelere o ritmo, o que aumentará a diversão.
Estouro com Abraços
Objetivos:
Movimentar o corpo, acordando o cérebro;
Desenvolver as relações interpessoais;
Descontrair;
Trabalhar ritmo.
Material necessário:
- Bolas de sopro de cores variadas;
- Micro System;
- CD com músicas variadas e ritmadas;
- CD com a música — Canção da América, de Milton Nascimento.
68 Maneiras Criativas de Ensinar
Como fazer?
Será feita, uma seleção com músicas de vários ritmos.
Os alunos serão divididos em duplas. Cada dupla receberá uma
bola de sopro, deverá enchê-la e amarrá-la com um nó.
O professor explicará que os alunos, em duplas, deverão dançar,
no ritmo da música, sem deixar a bola cair. Os alunos poderão usar
as mãos apenas, para mudar a bola de lugar.
O professor dará um novo comando a cada vez que a música
mudar.
Sugestões de comandos:
Dançar com a bola nos ombros, nas costas, nos joelhos, nos pés,
na cabeça.
Para finalizar, o comando será no peito e estourar a bola com um
GRANDE ABRAÇO.
A música de preferência para o encerramento é “Canção da Amé-
rica”, de Milton Nascimento.
Ginástica
Objetivo:
Movimentar os músculos;
Desenvolver ritmo;
Estimular a memorização e o trabalho em equipe;
Promover a aproximação entre os alunos.
Material necessário:
	
– Um cartaz, contendo os versos que deverão ser recitados
pelos alunos.
69
DINÂMICAS DE GRUPO
Como fazer?
Todos os alunos de pé, devem recitar os versos, fazendo com eles
os movimentos. Quando todos já souberem, vão repetindo mais de-
pressa, terminando sempre com um abraço!
Mãos na cintura, mãos no joelho,
Mãos atrás, tocando os dedos!
Mãos nos ombros, no nariz,
Nas orelhas, isto já fiz!
Toque o chão e levantando
Erga-as bem alto, abanando.
Mãos para baixo, bata palmas:
Um, dois, três! Um abraço acalma!
Se
Objetivos:
Promover a integração entre os alunos;
Trabalhar o autocontrole e a capacidade de cumprir determina-
dos comandos;
Fixar conhecimentos adquiridos de forma prazerosa;
Trabalhar a multidisciplinaridade;
Descontrair.
Material necessário:
	
– Lista elaborada com as sentenças que serão ditas aos
alunos.
70 Maneiras Criativas de Ensinar
Como fazer?
Todos os alunos ficarão em pé, um ao lado do outro.
O professor deverá ler as sentenças que, obrigatoriamente, deve-
rão ser iniciadas com a palavra SE. Os alunos deverão seguir ou não
o comando citado em cada sentença.
Caso o aluno realize um comando indevido, não deverá sair da di-
nâmica; o professor não deverá reforçar o erro, e sim, fazer com que a
turma foque os acertos e as informações contidas em cada sentença.
Sugestões de sentenças:
	
– Se o aumentativo da palavra corpo for copázio, levante a
mão direita. – Os alunos não deverão levantá-la;
	
– Se o número 7 é ímpar, dê um pulo. – Os alunos deverão
pular.
	
– Se o Brasil faz parte do MERCOSUL, fique de costas. – Os
alunos deverão ficar de costas.
O professor deverá considerar o nível da tur-
ma, elaborando sentenças de acordo com os
conteúdos já trabalhados. Poderá elaborar sen-
tenças de uma única disciplina ou de várias.
Palavra Secreta
Objetivos:
Estimular o pensamento;
Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for-
mulando hipóteses;
71
DINÂMICAS DE GRUPO
Descontrair;
Desenvolver a capacidade de resiliência frente a um desafio.
Material necessário:
	
– Envelope contendo uma ficha com o nome da palavra a ser
descoberta.
Como fazer?
Numa folha de papel, o professor escreverá qual é a palavra a ser
descoberta. O desafio é a turma descobri-la.
O professor deverá dar pistas estimulantes. Todos os alunos deve-
rão participar dizendo qual é a palavra que consideram ser a correta.
É muito interessante quando o professor retira a palavra de um
texto ou de um conteúdo trabalhado e cria pistas, que instiguem bem
o cérebro dos alunos.
O professor poderá aplicar esta dinâmica,
antes de contar uma história, desde que a palavra
secreta seja o título da história ou o nome de um
personagem desta história. Isso favorecerá que
os alunos fiquem mais atentos, buscando conhe-
cer como se comporta o referido personagem.
É importante que seja solicitado aos alunos
uma produção textual com a palavra secreta.
Em turma de 4° a 9º ano, poderá usar nomes
de personagens históricos, palavras chaves dos
conteúdos de qualquer uma das matérias.
72 Maneiras Criativas de Ensinar
Alfabeto Neuróbico
Você sabia?
Neuróbica é a aeróbica dos neurônios. Consiste de ginástica para
o cérebro.
O desafio é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o
cérebro a um trabalho adicional.
Objetivos:
Exercitar o cérebro de forma divertida;
Trabalhar lateralidade;
Descontrair;
Despertar para o processo de associação de letras a gestos.
Material necessário:
	
– Cartaz contendo as letras D, E e J e seus respectivos coman-
dos (para as turmas até o 3º ano).
Como fazer?
Deverá ser apresentado o seguinte alfabeto para a turma, confor-
me o exemplo:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T
d e j e d e j d d j e d e e j j d e d j
U V W X Y Z
e j e d e j
73
DINÂMICAS DE GRUPO
Todos em pé, deverão recitar as letras do alfabeto e, respectiva-
mente, fazer as seguintes associações:
d= Levantar braço direito
e= Levantar braço esquerdo
j= Levantar os dois braços
A dinâmica será encerrada quando todos dominarem os
comandos e demonstrarem interesse.
O professor pode criar novos comandos.
Recitar o alfabeto, onde se deve bater palmas
ao falar as vogais e bater nas coxas ao falar as
consoantes (até 2º ano). Quando conseguirem
fazer bem, pode variar aumentando a velocidade
e não falando as vogais, depois as consoantes,
depois nem as vogais e nem as consoantes,
permanecendo apenas as palmas e as mãos
nas coxas e mantido o ritmo uníssono.
Desafiar a turma a recitar o alfabeto às
avessas (de trás para frente). Funciona muito
bem quando os alunos são dispostos em círculo
e um a um vão falando as letras do alfabeto.
Inicialmente poderá ser disponibilizado um
alfabeto à mostra, depois o retira e os alunos
deverão continuar a atividade.
74 Maneiras Criativas de Ensinar
Qual é o Número?
Objetivos:
Estimular o pensamento;
Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for-
mulando hipóteses;
Descontrair.
Desenvolver a capacidade de persistência frente a um desafio.
Material necessário:
	
– Um envelope contendo uma ficha com o número a ser des-
coberto.
Como fazer?
Numa folha de papel, o professor escreve qual é o número a ser
descoberto.
Cada aluno fará uma pergunta, que será respondida apenas com
SIM ou NÃO.
Os alunos não poderão responder perguntando. Exemplo: É 35?
Deverá ser bem trabalhada a capacidade de agrupar as informa-
ções obtidas pelas perguntas já feitas e só será permitido pronunciar
a resposta quando esta estiver explícita.
Exemplo: O número escolhido pelo professor foi 367. Já foi feita a
pergunta: “É maior que 366”? “É menor que 368”? Claro, o próximo
aluno terá a certeza de qual é o número.
Todos os alunos deverão ser estimulados a participar com as
perguntas. Evitar críticas quando algum aluno desatento fizer repetir
perguntas.
75
DINÂMICAS DE GRUPO
O papel do professor é fundamental para manter o interesse da
turma. Torne a atividade desafiadora.
O professor poderá solicitar que um grupo
escolha um número para os demais descobrirem.
Dramatização
Objetivos:
Estimular a imaginação e a criatividade;
Trabalhar a capacidade de reproduzir sons, gestos de acordo com
a história narrada;
Descontrair.
Material necessário:
	
– Anexo G (página 107) — Texto sugerido (a escolha do texto
deve ser criteriosa, pois o texto deve propor várias ações).
Como fazer?
Todos os alunos são convidados a dramatizarem a história que o
professor irá contar.
Cada vez que for pronunciado um número, o grupo deverá se sub-
dividir, mantendo-se nesse número até o próximo comando. Claro
que um grupo ficará em número diferenciado.
É importante que haja espaço suficiente para os alunos andarem,
correrem e vivenciarem todas as ações propostas.
76 Maneiras Criativas de Ensinar
Uma excelente sugestão é a história: O acampamento, de Maria
Aparecida Pinheiro Sanches. Ver anexo G.
O professor poderá solicitar que em pequenos
grupos, os alunos produzam novos textos, para
que vivenciem.
Bate, Rebate e Abraça!
Objetivos:
Estimular a troca de sentimentos positivos nas relações;
Trabalhar ritmo e capacidade de reproduzir sons, gestos de acor-
do com a história narrada;
Permitir a troca de sentimentos bons, gerando descontração e
sinergia.
Material necessário:
	
– Micro System;
	
– CD com uma música bem envolvente, no formato karaokê.
Como fazer?
O professor abordará a temática de que todos nós, diante de uma
ação de outrem, geralmente reagimos da mesma forma, muitas ve-
zes fazendo ou dizendo coisas que não fazem parte dos nossos prin-
cípios.
Desafiá-los a parar diante de agressões verbais e até mesmo físi-
cas, mantendo-se, em essência, o que são e rebatendo com ações
que venham a diferenciar-se com o que recebem.
77
DINÂMICAS DE GRUPO
Ao colocar a música, o professor dará os comandos:
	
– Formar duplas e escolher qual aluno irá começar;
	
– Em cada dupla, com as mãos abertas, batem com as palmas
das mãos, umas nas outras, e o primeiro aluno dirá o nome do
sentimento que ele tem a oferecer;
	
– Agora, com as palmas das mãos voltadas para si, batem umas
nas outras e o outro aluno compartilhará o seu sentimento e
os dois abraçam-se, dizendo ESPALHA.
Todos continuarão distribuindo sentimentos positivos para os ou-
tros colegas, obedecendo aos mesmos comandos.
Possibilitar reflexões:
	
– No nosso dia a dia é comum rebatermos atitudes que nos desa-
gradam com o que consideramos certo ou por impulso?
	
– Que consequências isso pode trazer para nossas vidas e para a
vida de pessoas próximas?
	
– Agindo impulsivamente contribuímos para um ambiente pacífi-
co ou de discussão?
	
– Qual é a sensação de oferecer e retribuir sentimentos bons?
	
– É possível fazer isso?
	
– Quais benefícios isso trará para nossas vidas?
O professor poderá solicitar que os alunos
tragam recortes de reportagens de violências e
as consequências, quando todos os envolvidos
agem da mesma forma.
78 Maneiras Criativas de Ensinar
Quadro Coletivo
Objetivos:
Despertar o espírito de equipe e de iniciativa;
Estimular a criatividade;
Vivenciar situações de pensar coletivamente;
Refletir acerca da importância que cada um dos participantes
tem para o resultado final de um objetivo comum.
Material necessário:
	
– 1 cartolina para cada grupo;
	
– Caneta hidrocor para cada aluno;
	
– 1 apito.
Como fazer?
O professor abrirá uma discussão, falando acerca de como é fun-
damental, para o alcance de um objetivo comum, a participação res-
ponsável de cada um dos membros do grupo.
Em seguida, os alunos serão divididos em dois grupos que forma-
rão dois semicírculos.
O professor entregará para cada grupo uma cartolina e para cada
aluno 1 hidrocor de cores variadas.
O professor dará o comando:
Ao ouvir o apito soar, o aluno que estiver com a cartolina, deverá
iniciar um desenho, sem falar nada aos demais colegas. Ao som do
apito novamente, a cartolina será entregue ao segundo membro que
dará continuidade ao desenho, até ouvir novamente o apito.
79
DINÂMICAS DE GRUPO
A atividade será encerrada após a participação do último membro
de cada grupo.
O professor pede para que o primeiro aluno venha apresentar o
quadro desenhado coletivamente e pergunta-lhe:
	
– Foi isso que você imaginou inicialmente?
Volta-se aos demais membros e continua:
	
– Foi fácil ou difícil dar continuidade ao que estava feito? Por quê?
	
– Gostaram do resultado?
	
– Quem foi o responsável pelo resultado final do quadro?
	
– Qual a importância da participação de cada membro, para o
alcance do objetivo comum?
	
– O que acontece quando um ou mais deixaram de fazer o seu
melhor?
Os trabalhos serão expostos, com os nomes dos membros.
C
a
p
í
t
u
l
o
JOGOS COOPERATIVOS
4
83
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS COOPERATIVOS
“Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas
como elementos que o tornam possível, mas como verdadeira lição de
ética e moral que, se bem trabalhadas, ensinarão a viver, transformarão
e, portanto, efetivamente educarão.”
Celso Antunes
Kamii e Devris (1980) conceituam jogo como “uma competição fí-
sica ou mental conduzida de acordo com regras na qual cada partici-
pante joga em direta oposição aos outros, cada um tentando ganhar
ou impedir que o adversário ganhe”.
Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de
vida.
Partindo do consenso de que todos nós almejamos mudanças
significativas no cotidiano escolar, no que se refere às relações éti-
cas e de valor cabe a nós, professores, proporcionar aos educandos
condições e um clima onde o jogo possa ter a finalidade de educar,
divertir, desenvolver habilidades específicas, despertar a consciência
para a busca do bem comum e reforçar a prática de suas virtudes,
praticando a ética.
O grande diferencial que vem surgindo no âmbito pedagógico, tan-
to escolar quanto empresarial, é a utilização de jogos cooperativos,
dando nova alusão à forma de jogar.
Frente às diferenças estabelecidas entre competir e cooperar,
deve ser abolida das salas de aula essa ideia de jogos competitivos,
84 Maneiras Criativas de Ensinar
uma vez que o nosso papel é oferecer aos educandos condições para
aprimorar as relações interpessoais, desenvolver a autoconfiança,
resgatar os valores, transmitir alegria, capacitar para o trabalho em
equipe, vivenciar o respeito às regras de convívio e ser marcado por
aprendizagens significativas para si e para o mundo. Exercendo este
papel, o professor torna-se autônomo, criador, inovador, aproveitan-
do a vida que se apresenta em cada momento como matéria bruta,
pronta para ser lapidada e validada por uma educação alegre, viva,
lúdica e inovadora.
“Neste novo milênio, de tanta competitividade, a única certeza que
temos é a de que devemos mudar.”
Luiz Marins
Esquentando o Cérebro
Objetivos:
Praticar atividade neuróbica, acordando o cérebro;
Descontrair;
Manter a atenção nas ações dos colegas.
Como fazer?
Os alunos ficarão em círculo e atentos, seguindo os comandos:
Ao tocar uma parte do seu corpo, pronuncia-se o nome de outra.
O próximo aluno deverá tocar na parte do corpo que o colega citou e
pronunciar o nome de outra parte;
Exemplo: João toca no joelho e diz nariz;
Maria toca no nariz e diz cotovelo;
Pedro toca no cotovelo e diz mão e assim sucessivamente.
85
JOGOS COOPERATIVOS
Jogo da Velha Cooperativo
Objetivos:
Desenvolver as relações interpessoais;
Trabalhar a interdisciplinaridade, fixando conhecimentos adquiri-
dos anteriormente;
Desenvolver raciocínio lógico.
Material necessário:
	
– Um jogo da velha feito em tamanho grande, sendo especifi-
cado em cada casa, o assunto que será trabalhado;
	
– Cada peça deverá ter duas cores;
	
– Perguntas e respostas para cada casa do jogo.
Como fazer?
O professor elaborará, para cada casa do jogo, dez perguntas e
respostas correspondentes ao tema. Sugestão:
Sinônimo e Antônimo Ortografia História
Ecologia Geografia Folclore
Língua Estrangeira Ciências Matemática
Cada aluno arremessará uma peça do jogo da velha que, ao cair
em uma casa, responderá à pergunta correspondente; caso não sai-
ba, o aluno solicitará ajuda de outro colega, até encontrar a resposta.
86 Maneiras Criativas de Ensinar
O jogo terminará quando os alunos conseguirem deixar três peças
juntas, da mesma cor na horizontal, vertical ou diagonal;
O professor deverá esclarecer que o objetivo é único, sendo impor-
tante não haver competição e sim, o espírito de cooperação.
O professor poderá estabelecer um recorde com a turma para
montar o jogo em outras partidas.
Ortografia e Adivinhação
Objetivos:
Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for-
mulando hipóteses;
Despertar o espírito de trabalho em equipe e de iniciativa,
exercitando atividades de consenso;
Estimular a criatividade;
Desenvolver a oralidade e o improviso.
Material necessário:
	
– Folhas contendo adivinhações variadas.
Como fazer?
A turma será dividida em pequenos grupos de, no máximo, quatro
alunos.
Ao receber as folhas contendo as adivinhações, o grupo irá res-
pondê-las, estando atento ao fato de que na resposta deve conter a
palavra em destaque.
87
JOGOS COOPERATIVOS
Exemplo:
O AMOR que é uma flor: amor-perfeito
É estipulado um tempo para que cada grupo responda às adivi-
nhações, sendo fundamental a participação de todos.
Após determinado tempo, o professor distribuirá as folhas, possi-
bilitando aos grupos responderem outras adivinhações. Caso alguma
adivinhação ainda esteja sem resposta, poderá ser respondida. Caso
o grupo discorde da resposta, deverá escrever a que considerar cor-
reta.
Esse rodízio será feito até que a folha chegue ao grupo original,
com todas as contribuições e seja feito com o professor a correção
(no quadro); isso com a participação oral dos alunos.
Finalmente, o professor deverá solicitar que cada aluno produza
adivinhações, seguindo o modelo, não podendo repetir as que já fo-
ram apresentadas.
O professor pode possibilitar uma troca de
adivinhações oralmente, com as que foram
produzidas e desafiar os alunos a criarem novas
adivinhações.
Seguem alguns modelos:
O NÓ APERTADO
1.	 O NÓ que é prêmio internacional?______________________
2.	 O NÓ que pertence à casa real?________________________
3.	 O NÓ de quem não tem parada?_______________________
88 Maneiras Criativas de Ensinar
4.	 O NÓ que é lei?_____________________________________
5.	 O NÓ que é dinheiro e apontamento também?___________
6.	 O NÓ que é esposa do filho? __________________________
Respostas:
1.
Nobel
2.
Nobreza
3.
Nômade
4.
Norma
5.
Nota
6.
Nora
O PÉ QUE FICA EM PÉ
1.	 O PÉ que lida com cavalos? ___________________________
2.	 O PÉ que trata de crianças?___________________________
3.	 O PÉ que é rocha?___________________________________
4.	 O PÉ que vive na água? ______________________________
5.	 O PÉ que faz parte do quebra-cabeça? __________________
6.	 6.O PÉ que é cabelo?_________________________________
Respostas:
1.
Peão
2.
Pediatra
3.
Pedra
4.
Peixe
5.
Peça
6.
Pelo
Enigma
Objetivos:
Promover a integração entre os alunos;
Desenvolver a capacidade de associar informações, para a reso-
lução de problemas;
Trabalhar a interdisciplinaridade de forma desafiadora e divertida.
Material necessário:
	
– Cartaz com as letras do alfabeto, estando definido um valor
para cada letra;
	
– Folha xerocopiada contendo o enigma a ser decifrado.
89
JOGOS COOPERATIVOS
Como fazer?
A turma será dividida em duplas. O professor apresentará o enig-
ma, no qual terá uma pista, que deve ser desafiadora. Veja o modelo:
Pista: Um país do Oriente Médio
A= 12 B= 48 C= 7 D= 19 E= 10
F= 40 G= 3 H= 80 I= 18 J= 2
K= 54 L= 30 M= 5 N= 65 O= 9
P= 90 Q= 4 R= 8 S= 1 T= 17
U= 6 V= 23 W= 100 X= 5 Y= 98
Z= 20
OPERAÇÃO LETRA
L – V 30 – 23 =7 C
F*J
G + C+ U + J
Q * Z + E
F : M
L - Z
Os alunos serão orientados a efetuarem cada operação matemá-
tica proposta, que os levará a descobrir qual é a letra correspondente
ao seu resultado. A junção dessas letras forma uma palavra, que é a
resposta do enigma.
Resposta:
OPERAÇÃO
LETRA
L
–
V
30-23=7
C
F*J
40*2=80
H
G+C+U+J
3+7+6+2=18
I
Q*Z+E
4*20+10=90
P
F
:
M
40:5=8
R
L
–
Z
30-20=10
E
90 Maneiras Criativas de Ensinar
Os alunos a partir do 5º ano poderão criar
novos enigmas para a turma descobrir.
O enigma poderá ser uma palavra chave de
um assunto que a turma esteja trabalhando.
Jogo do Hexágono
Objetivos:
Desenvolver as relações interpessoais;
Desenvolver raciocínio lógico matemático;
Estimular a criação de hipóteses;
Desenvolver a capacidade de persistência frente aos desafios.
Material necessário:
- Anexo H (página 108) ( uma cópia para cada aluno).
Como fazer?
Ao receberem o anexo H, os alunos deverão colocar os números
de 1 a 12, sem repeti-los, sendo que todos os lados do hexágono de-
verão apresentar como resultado da soma, o número 17.
Nas turmas de 6º a 9º ano, após soluciona-
rem este desafio, deverão, utilizando outras figu-
ras geométricas, criar novos desafios.
91
JOGOS COOPERATIVOS
Jogo dos Triângulos
Objetivos:
Desenvolver as relações interpessoais e o raciocínio lógico
matemático;
Estimular a criação de hipóteses;
Desenvolver a capacidade de persistência frente aos desafios.
Material necessário:
	
– Anexo I (página 109) ( entregar uma cópia para cada aluno).
Como fazer?
Ao receberem uma cópia do anexo I, os alunos deverão colocar os
números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 nos círculos sem repeti-los, de modo que a
soma de cada lado dos triângulos seja sempre igual ao número que
está no centro de cada um.
Veja o exemplo:
10
1
6
3
2
5
4
Nas turmas de 6º a 9º ano, após solucionarem
este desafio, deverão, utilizando outras figuras
geométricas, criar novos desafios.
92 Maneiras Criativas de Ensinar
Ritmo
Objetivos:
Promover a integração entre os alunos;
Trabalhar a lateralidade, coordenação motora e ritmo;
Descontrair.
Como fazer?
Os alunos formarão um grande círculo e receberão um número,
devendo o professor ser o número 1.
O jogo consiste em criar uma sintonia, um ritmo, nas palmas e nos
estalos de dedos, feitos pelos alunos.
Todos acompanham o ritmo, que deverá ser iniciado lentamente,
sendo que só um participante por vez pronuncia os números realizan-
do os passos:
1.	Bate as mãos nas coxas e bate palmas;
2.	Ao pronunciar o próprio número serão estalados os dedos da
mão direita.
3.	Ao pronunciar número de um colega serão estalados os dedos
da mão esquerda.
4.	Reinicia o comando;
Ao errar, o aluno não sai do jogo. O professor deverá redistribuir
os números.
O jogo termina quando toda a turma conseguir executar os coman-
dos bem ritmados.
93
JOGOS COOPERATIVOS
Você viu o quê?
Objetivos:
Despertar a concentração;
Trabalhar a escrita;
Desenvolver a capacidade de ampliar a visão;
Promover o trabalho em equipe e a integração entre os alunos.
Material necessário:
	
– Cartaz contendo, no mínimo, 30 imagens de todos os tama-
nhos e gêneros;
	
– 1 ficha para cada grupo.
Como fazer?
A turma será dividida em pequenos grupos e receberá uma ficha,
onde deverão colocar os seus nomes.
Os alunos observarão o cartaz por uns 3 minutos. Caso o cartaz
contenha mais gravuras, aumentar o tempo destinado à análise do
cartaz pelos alunos.
Ao ser encerrado o tempo acordado, o professor retirará o cartaz
e solicitará que escrevam uma lista com os nomes de tudo o que
lembram ter visto.
Após terem escrito, o professor solicitará que troquem as relações
feitas. Cada grupo deverá complementar as relações dos colegas,
escrevendo nomes que não estão escritos e que estavam no cartaz
exposto anteriormente.
Este rodízio deverá ser feito até que as fichas cheguem aos seus
donos.
94 Maneiras Criativas de Ensinar
O professor mostrará mais uma vez o cartaz e todos os alunos
verificarão se os nomes escritos na relação estão representados no
cartaz.
Ao ser concluída essa fase, o professor fará as seguintes conside-
rações:
	
– Foi fácil lembrar-se de todas as gravuras que estavam no
cartaz?
	
– O que dificultou a não memorização?
	
– A contribuição dos colegas foi importante para a complementa-
ção da lista solicitada?
	
– Quais sentimentos afloraram ao verificarem que alguns colegas
haviam se lembrado de mais nomes que você?
	
– É mais fácil cooperar ou competir?
	
– Que sentimentos são aflorados numa competição? E numa ati-
vidade cooperativa?
O professor conclui falando acerca da importância de um olhar
mais atento e da contribuição de todos para a obtenção de maiores
resultados.
Qual é o próximo?
Objetivos:
Desenvolver a percepção visual e memória;
Descontrair;
Estimular a criação de hipóteses;
Contribuir para a resolução de problemas, baseado em acúmulo
de informações.
95
JOGOS COOPERATIVOS
Material necessário:
	
– Canetas para cada aluno;
	
– Envelopes contendo fichas;
	
– Fichas contendo desafios, para que os alunos decifrem.
Exemplos:
1) 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ____ ?
2) 1, 3, 5, 7, 11, ____ ?
3) 1, 2, 4, 8, 16, 32, ____ ?
4) Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasí-
lia, Campo Grande, Cuiabá, _________________ ?
5) J, M, M, J, A, O, ____ ?
Soluções:
200.
É
o
próximo
número
que
é
iniciado
pela
letra
d.
13.
O
próximo
número
primo.
64.
Basta
ir
multiplicando
por
2
o
número
anterior.
Curitiba.
É
o
próximo
nome
de
capital
brasileira,
pela
ordem
alfabética.
D.
Refere-se
a
dezembro.
É
o
próximo
mês
do
ano
que
possui
31
dias.
Como fazer?
O professor dividirá a turma em duplas ou em pequenos grupos
e entregará um envelope contendo uma ficha com o desafio: O que
vem depois?
96 Maneiras Criativas de Ensinar
Será acordado que cada dupla ou grupo só revelará seu desafio
quando todos estiverem encontrado a resposta.
Depois, o professor convidará cada dupla ou grupo para apresen-
tar a ficha e sua respectiva resposta.
Caso alguma dupla ou grupo não consiga encontrar a resposta,
a turma toda deve ser desafiada a descobri-la.
O professor poderá sugerir que os grupos
ou duplas criem novas fichas. O importante é
estimular o espírito de cooperação.
Jogos de Mesa
Objetivos:
Desenvolver o raciocínio e a percepção;
Facilitar a intepretação de informações dadas;
Despertar a criatividade, a capacidade de sintetizar informações e
levantar hipóteses a fim de solucionar problemas.
Material necessário:
	
– Uma cópia de cada jogo a ser aplicado:
a) Teste de Rapidez e Observação;
b) Quanto vale?
c) Complete os quadros.
	
– Canetas para cada um dos alunos.
97
JOGOS COOPERATIVOS
Como fazer?
O professor dividirá a turma em três grupos.
Será entregue a cada grupo uma cópia de cada jogo para que res-
pondam ao mesmo tempo. Caso todos não consigam, é importante
que o professor conclua em outro momento, possibilitando que todos
encontrem as respostas.
O professor poderá, também, solicitar que quem já tenha conclu-
ído, ajude a quem não conseguiu, mantendo-se perto dos alunos,
aguçando as mentes para formulação de hipóteses, explicando-lhes
que ajudar não significa fazer pelos colegas.
Enumeraros participantes daturmae sempre
que for mudar de jogo, sugerir que os alunos
formem novos grupos. Isso contribuirá para que
o desafio torne-se cooperativo e todos cheguem
ao resultado. Vamos acordar o cérebro!
a) Teste de Rapidez e Observação
1.	 Continue esta sequência lógica:
S T Q Q ___ ___ ___
2.	 Corrija esta fórmula, colocando apenas um traço:
5 + 5 + 5 = 550
3.	 Por favor, escreva seu nome no quadrado abaixo:
4.	 Alguns meses têm 31 dias, outros 30, quantos têm 28 dias?
98 Maneiras Criativas de Ensinar
5.	 Numa região existem 3 ilhas, as ilhas têm 3 palmeiras. Se cada
palmeira tiver 3 cocos, quantos cocos você colheria nas 3 ilhas?
6.	 No dia 7 de setembro comemora-se o dia da Independência do
Brasil, em Portugal existe 7 de setembro?
7.	 Você está participando de um campeonato de natação, onde
de repente você ultrapassa o segundo colocado, antes da disputa
acabar. Qual a sua colocação?
8.	 Um avião parte de um ponto A em direção a um ponto B, ao
sobrevoar um ponto C, cai. Onde enterrar os sobreviventes, consi-
derando que todos são de um ponto D?
9.	 Você encontrou uma caixa de fósforos com apenas 1 palito e
em um quarto há uma vela, um lampião e um pedaço de lenha.
Qual você acenderia primeiro?
10.	 Quantos animais de cada espécie Moisés colocou na arca?
11.	 Tire três letras e descubra o nome de um personagem de
história infantil: TBRRANECAS DELE TNREASVE
Solução:
1.	
S
S
D
–
refere-se
a
sexta,
sábado
e
domingo
–
os
dias
da
se-
mana.
2.	
5
5
+
5
=
550
–
colocar
o
traço
acima
do
sinal
de
adição,
transformando-o
no
algarismo
4.
3.	
Não
escrever
o
nome,
pois
não
há
quadrado,
sim
um
retângulo.
4.	
Todos
os
meses
têm
28
dias.
5.	
Nenhum,
pois
palmeira
não
dá
cocos.
6.	
Sim.
7.	
Em
segundo
lugar.
8.	
Em
lugar
algum,
pois
não
se
enterram
sobreviventes.
9.	
O
fósforo.
10.	Nenhum,
pois
quem
construiu
a
arca
foi
Noé.
11.	Basta
riscar
as
letras
T
R
E
S
L
E
T
R
A
S,
na
ordem
em
que
estão
dispostas
e
aparecerá
o
nome
BRANCA
DE
NEV
99
JOGOS COOPERATIVOS
b) Quanto vale?
Analise bem estes números e descubra qual é o resultado:
Se	 1 = 4
	2 = 16
	 3 = 84
Então 4= ?
Solução:
É
igual
a
1.
Verifique
a
primeira
afirmação
dada:
1=
4,
então
4=1.
c) Complete os quadros
Complete os últimos quadros de acordo com as sequências de
operações:
X +
- :
2 3 6 8 18 13
16 32 13 16 10 8
Solução:
54
18
7
4
C
a
p
í
t
u
l
o
ANEXOS
5
103
ANEXOS
ANEXO A
O QUE ESTOU TRAZENDO?
LETRA OFEREÇO AO GRUPO... DESEJO RECEBER...
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
104 Maneiras Criativas de Ensinar
ANEXO B
Quando um grupo se inicia
Quando um grupo se inicia, existem várias palavras
que não se expressam que ficam guardadas, escondi-
das, disfarçadas.
À medida que as pessoas vão e vêm entre si, os mis-
térios vão se abrindo, as flores vão se desabrochando,
o conhecimento acontece e os laços se estabelecem.
Sobra, porém, algo por descobrir. Existe sempre um mis-
tério por revelar.
Quando um grupo se inicia, todos chegam trazendo
o que é seu. Desconfiados, apreensivos, alegres,
interessados, observadores, distraídos, esperançosos,
temerosos, tímidos, expansivos, silenciosos, resistentes,
eles vêm se aproximando em busca de algo, cada um
com seu jeito, sua forma, seu temperamento, sua
história de vida, seu desejo, seu destino. Mãos soltas
e olhares inquietos começam a ver outros seres, outros
olhos, e ao se darem as mãos somam afetos, alegrias,
preocupações, carinhos e medos.
Um grupo se forma quando todos encontram nele
seu lugar, lugar flexível, garantindo a cada um sua
importância, seu significado. Eu você, o outro – NÓS!
A.D
105
ANEXOS
ANEXO C
MINHA VIDA – MINHA BANDEIRA
1 2
3
4
106 Maneiras Criativas de Ensinar
ANEXO D
ALFABETO PREFERIDO
ALFABETO PREFERIDO
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
107
ANEXOS
ANEXO E
EU SEI QUEM É VOCÊ
É muito tranquilo(a): ___________________________________
Tem um animal de estimação: ___________________________
Gosta de passear na praça: _____________________________
Gosta de dormir até tarde: ______________________________
Curte filmes de aventuras: ______________________________
Tem medo de dormir no escuro: __________________________
Costuma cantar no chuveiro: ____________________________
Tocauminstrumentomusical:____________________________
Prefere fazer trabalho escolar sozinho(a):__________________
Curte música sertaneja: ________________________________
108 Maneiras Criativas de Ensinar
ANEXO F
MEDALHÃO
109
ANEXOS
ANEXO G
O Acampamento
Estamos no acampamento! Saímos para um passeio de explora-
ção da região.
Fechemos os olhos. Caminhemos lentamente.
Imaginemo-nos a beira de um lago... muito azul..., águas plácidas,
cercado por uma vegetação muito densa.
Mas...onde estamos? Caminhamos durante muito tempo e pare-
ce que estamos perdidos: ...distante do resto do grupo!
De repente, não mais que de repente... abrimos os olhos e o que
vemos? Um bando de patos selvagens, voavam num barulho ensur-
decedor!
De uma árvore, pulam a nossa frente, 5 macaquinhos
endiabrados.
Corremos...
Paramos repentinamente, muito assustados, porque 4 pacas
atravessaram nosso caminho em busca de seu bando.
Para nos refazer do susto, muito ofegantes, sentamo-nos no chão;
respiramos profundamente por alguns instantes.
Levantamo-nos e continuamos a caminhada em busca do acam-
pamento, mas... ouvimos um barulho diferente... o que seria?
Era o carcarejar de galinhas: 7 delas ciscavam logo ali em busca
de alimento para os 10 pintinhos que as acompanhavam.
Que bom! Isto indica que estamos próximos ao acampamento.
E o que estamos vendo? O grupo todo correndo em nossa direção
com os braços abertos prontos para um abraço amigo.
110 Maneiras Criativas de Ensinar
ANEXO H
JOGO DO HEXÁGONO
Colocar os números
de 1 a 12, sem repetí-los,
sendo que todos os lados
deverão apresentar,
como resultado da soma,
o número 17.
Solução:
1
7
4
6
8
3
12
2
10
5
11
9
Podem
ser
encontradas
outras
respostas.
111
ANEXOS
ANEXO I
JOGO DOS TRIÂNGULOS
11 12
Solução:
11
6
1
4
5
2
3
12
5
3
4
2
6
1
Podem
ser
encontradas
outras
respostas.
113
PARA REFLETIR
Certamente você já foi ou sentiu-se desafiado(a) a dar 100% no
seu trabalho.
Você saberia dizer :
- O que é dar 100%?
- O que significa dar MAIS que 100%?
De um ponto de vista estritamente matemático, desejo que se
convença de que é possível darmos 101%, superando o que normal-
mente nos é pedido.
Se as letras do alfabeto forem representadas por números:
A=1 B=2 C=3 D=4 E=5 F=6 G=7 H=8 I=9
J=10 K=11 L=12 M=13 N=14 O=15 P=16 Q=17 R=18
S=19 T=20 U=21 V=22 W=23 X=24 Y=25 Z=26
114 Maneiras Criativas de Ensinar
Então:
SE:
H A R D W O R K TRABALHO DURO
8 1 18 4 23 15 18 11 = 98%
E
K N O W L E D G E CONHECIMENTO
11 14 15 23 12 5 4 7 5 = 96%
MAS
A T T I T U D E ATITUDE
1 20 20 9 20 21 4 5 = 100%
Então, veja qual o verdadeiro segredo para que possamos ir além:
L O V E O F G O D AMOR DE DEUS
12 15 22 5 15 6 7 15 4 = 101%
Portanto, pode-se concluir matematicamente onde o amor de
Deus nos levará. Enquanto TRABALHO DURO e CONHECIMENTO nos
levará perto e ATITUDE nos levará até lá, é o AMOR DE DEUS que nos
colocará além, no topo!
Nos encontraremos lá...
C
a
p
í
t
u
l
o
REFERÊNCIAS
6
117
REFERÊNCIAS
BEAULIEU, Danie. Técnicas de Impacto na Sala de Aula. 2 ed. Petró-
polis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. cartas a quem ousa ensinar.
Saõ Paulo: Editora Olho d’Água, 1997
HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Belo Hori-
zonte ( Venda Nova) MG: Editora Betânia, 1991
SERRÃO, Margarida.; BALEEIRO Maria Clarice. Aprendendo a Ser e a
Conviver. 2 ed. São Paulo:FTD, 1999
ANTUNES, Celso. O lado direito do cérebro e sua exploração em aula,
fascículo 5. 5 ed. Petrópolis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007
______________. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e
ver, escutar e ouvir, fascículo 15. 6 ed. Petrópolis Rio de Janeiro: Edi-
tora Vozes, 2008
CIVITATI, Héctor Pedro Oscar. Jogos Recreativos para clubes, acade-
mias, hotéis, acampamentos, spas e colônia de férias. 3 ed. Rio de
Janeiro: SPRINT, 2006
MILITÃO, Albigenor  Rose. S.O.S.: Dinâmica de Grupo. Rio de Janei-
ro: Qualitymark, 1999
ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos, quebra-cabeças, enig-
mas e adivinhações. Petrópolis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007
MILITÃO, Albigenor  Rose. Vitalizadores: mais de 100 opções pra
118 Maneiras Criativas de Ensinar
você acordar o seu grupo e mantê-lo acesso. Rio de Janeiro: Quality-
mark, 2001
SCHWARTZ, Gisele Maria. Dinâmica Lúdica: novos olhares. Barueri,
SP: Manole, 2004
MACGREGOR, Cynthia. 150 jogos não-competitivos para criança: todo
mundo ganha! Tradução Regina Drumond. São Paulo: Madras, 2009
DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. UNESCO,MEC.
São Paulo: Cortez Editora, 1999
GOMES, Washington Luiz Moreira. Manual de Recreação e Educação
Física Infantil- Aprender Sorrindo Volumes I, II e III. São Paulo: LEME
– Empresa Editorial Ltda.
SILVA, Hope Gordon. Sociabilidade Joias. 2 ed. São Paulo: Redijo –
Gráfica e Editora Ltda, 1983
A.D. Autor Desconhecido
http://pensador.uol.com.br/carlos_drumond_andrade_poemas_
amizade/16/08 de maio de 2011, 15:21.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotina
Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotinaProjeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotina
Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotinaAnaí Peña
 
Autoconhecimento e realização pessoal
Autoconhecimento e realização pessoalAutoconhecimento e realização pessoal
Autoconhecimento e realização pessoalBruno Carrasco
 
Educacao empreendedora
Educacao empreendedoraEducacao empreendedora
Educacao empreendedorajosedornelas
 
Dinamica de diversos conteudo
Dinamica de diversos conteudoDinamica de diversos conteudo
Dinamica de diversos conteudoLilian Gomes
 
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdf
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdfLIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdf
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdfEMERSONMUNIZDECARVAL
 
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integral
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo IntegralRecreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integral
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integraldanilopipcbc
 
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar 4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar Agendor
 
Espaços Da Educação Infantil
Espaços Da Educação InfantilEspaços Da Educação Infantil
Espaços Da Educação InfantilPaulo Fochi
 
Cotidiano Na Educacao Infantil
Cotidiano Na Educacao InfantilCotidiano Na Educacao Infantil
Cotidiano Na Educacao Infantileducadores
 
Motivação Sucesso - Marins
Motivação Sucesso - MarinsMotivação Sucesso - Marins
Motivação Sucesso - Marinsrobsonnasc
 
Diversidade na sala de aula
Diversidade na sala de aulaDiversidade na sala de aula
Diversidade na sala de aulaLuci Bonini
 
Mídias na educação - plano de aula
Mídias na educação -   plano de aulaMídias na educação -   plano de aula
Mídias na educação - plano de aulaConceição Rosa
 

Mais procurados (20)

Quebra gelo
Quebra geloQuebra gelo
Quebra gelo
 
Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotina
Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotinaProjeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotina
Projeto escola de pais primeiro encontro - disciplina, limites e rotina
 
Células troncos
Células troncosCélulas troncos
Células troncos
 
Autoconhecimento e realização pessoal
Autoconhecimento e realização pessoalAutoconhecimento e realização pessoal
Autoconhecimento e realização pessoal
 
Fichas de jogos 1
Fichas de jogos 1 Fichas de jogos 1
Fichas de jogos 1
 
Educacao empreendedora
Educacao empreendedoraEducacao empreendedora
Educacao empreendedora
 
Apostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicasApostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicas
 
Dinamica de diversos conteudo
Dinamica de diversos conteudoDinamica de diversos conteudo
Dinamica de diversos conteudo
 
Projeto plantas
Projeto plantasProjeto plantas
Projeto plantas
 
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdf
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdfLIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdf
LIVRO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS v1.pdf
 
Reunião de pais
Reunião de paisReunião de pais
Reunião de pais
 
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integral
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo IntegralRecreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integral
Recreação, Lazer e Jogos Pedagógicos no Tempo Integral
 
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar 4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar
4 dinâmicas de motivação no trabalho muito fáceis de aplicar
 
Autoconhecimento
AutoconhecimentoAutoconhecimento
Autoconhecimento
 
Espaços Da Educação Infantil
Espaços Da Educação InfantilEspaços Da Educação Infantil
Espaços Da Educação Infantil
 
Cotidiano Na Educacao Infantil
Cotidiano Na Educacao InfantilCotidiano Na Educacao Infantil
Cotidiano Na Educacao Infantil
 
Motivação Sucesso - Marins
Motivação Sucesso - MarinsMotivação Sucesso - Marins
Motivação Sucesso - Marins
 
Diversidade na sala de aula
Diversidade na sala de aulaDiversidade na sala de aula
Diversidade na sala de aula
 
Núcleo celular
Núcleo celularNúcleo celular
Núcleo celular
 
Mídias na educação - plano de aula
Mídias na educação -   plano de aulaMídias na educação -   plano de aula
Mídias na educação - plano de aula
 

Semelhante a O papel transformador do professor (20)

Professor nota 10
Professor nota 10Professor nota 10
Professor nota 10
 
Celso antunes
Celso antunesCelso antunes
Celso antunes
 
Pequeno manual do professor
Pequeno manual do professorPequeno manual do professor
Pequeno manual do professor
 
Boas Práticas Para Uma Aula Envolvente
Boas Práticas Para Uma Aula EnvolventeBoas Práticas Para Uma Aula Envolvente
Boas Práticas Para Uma Aula Envolvente
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Luc
LucLuc
Luc
 
Slide Dia Do Professor Power Point 2003
Slide Dia Do Professor   Power Point 2003Slide Dia Do Professor   Power Point 2003
Slide Dia Do Professor Power Point 2003
 
Vocações quando o professor faz a diferença
Vocações   quando o professor faz a diferençaVocações   quando o professor faz a diferença
Vocações quando o professor faz a diferença
 
Dinâmicas para professores
Dinâmicas para professoresDinâmicas para professores
Dinâmicas para professores
 
Dinamicas para-professores-esoterikha.com-redemotivacao.com.br
Dinamicas para-professores-esoterikha.com-redemotivacao.com.brDinamicas para-professores-esoterikha.com-redemotivacao.com.br
Dinamicas para-professores-esoterikha.com-redemotivacao.com.br
 
"Aspectos psicoafetivos na relação professor-aluno"
"Aspectos psicoafetivos na relação professor-aluno" "Aspectos psicoafetivos na relação professor-aluno"
"Aspectos psicoafetivos na relação professor-aluno"
 
Ser professor (1)
Ser professor (1)Ser professor (1)
Ser professor (1)
 
Projeto Recomeçar - Espaço Educacional
Projeto Recomeçar - Espaço EducacionalProjeto Recomeçar - Espaço Educacional
Projeto Recomeçar - Espaço Educacional
 
Dinamicas para professores
Dinamicas para professoresDinamicas para professores
Dinamicas para professores
 
Maria teresa eglér mantoan inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan   inclusão escolarMaria teresa eglér mantoan   inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan inclusão escolar
 
Boletim 16 outubro
Boletim 16 outubroBoletim 16 outubro
Boletim 16 outubro
 

Último

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 

Último (20)

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

O papel transformador do professor

  • 1. de Ensinar Maneiras Edigleide Rabelo Transforme sua sala de aula no melhor lugar para aprender Dinâmicas de Grupo e Jogos Cooperativos Ensino Fundamental I e II 4ª edição
  • 2.
  • 3. folha de rosto de Ensinar Maneiras Edigleide Rabelo “Para que o NOVO venha, o VELHO precisa ser TRANSFORMADO.” A.D. Dinâmicas de Grupo e Jogos Cooperativos Ensino Fundamental I e II 4ª edição
  • 4. © 2012. Edigleide Rabelo Todos os direitos reservados. 2ª Edição - 2012 Revisão: Esmelinda Pergentino Calazans Lilian de Souza Farias Foto: Rosângela Sá Fotografia Diagramação e Capa: Efeito Multimídia - Herivelton Lourenço Impressão: CONTATOS E PEDIDOS www.edigleide.webnode.com.br edigleiderabelo@hotmail.com Rabelo, Edigleide Maneiras Criativas de Ensinar - Dinâmicas e Jogos Cooperativos para Ensino Fundamental I e II/ Edigleide Rabelo — Petrolina-PE: Editora JM, 2012. Título: Maneiras Criativas de Ensinar - Dinâmicas e Jogos Cooperativos para Ensino Fundamental I e II. Impressão da 2ª ed. de 2012. ISBN 1. Educação 2. Dinâmicas de Grupo 3. Jogos Cooperativos 4. Professor 5. Prática Pedagógica 6. Ensino 7. Aprendizagem 8. Pedagogia 9. Relações Interpessoais. CDD 370, 790, 158
  • 5. Para __________________________________________________ Que este livro encoraje-o(a) a prosseguir com determinação e crença de que é capaz de transformar sua sala de aula no melhor lugar para aprender. De____________________________________________________ “Viva para aprender, e você realmente aprenderá a viver.” JonhC. Maxwell
  • 6.
  • 7. Sonho de Aluno Se tu viesses para dar-me aula E chegasses na hora marcada E me ensinasses as lições do amor Da disciplina, da caridade, da justiça E soubesses por tua ternura me arrancar o medo E por tua sabedoria me tirar a ignorância E por tua honestidade me incutir a inocência E por tua vocação me libertar da revolta E por teu afeto me tirar a fome Não haveria criança infeliz em tua sala. Se chegasses de mansinho para dar-me uma aula Como chega o alvorecer para os passarinhos E trouxesses mãos de jardineiros, olhos de poeta E entendesses as minhas ansiedades Se chegasses como a luz da primeira estrela Cujo compromisso é iluminar a noite Se a tua ciência fosse temperada de afagos E o teu verbo fosse carregado de exemplos Se o teu sorriso fosse como o sol que a tudo abraça Se o teu livro não abrisse apenas números Não haveria criança infeliz em tua sala.
  • 8. Mas se chegas tarde e te afastas cedo Se vês em minha poesia sofrida apenas rebeldia Se me rotulas de irresponsável e indolente Se desconheces e não te interessas por meus sonhos Se não entendes o erro como tentativa de acerto Se contas os dias para te livrares da minha presença Então pobre de ti que negas a tua obrigação E o maior salário, a paz, não te será entregue. Somente quando tiveres o coração de PROFESSOR É que haverá crianças felizes em tua sala de aula. A.D.
  • 9. Agradecimentos A Deus que me permite viver e compartilhar com você este projeto que nasceu em meu coração há muitos anos. A Dario Neto, meu esposo, por incentivar e tornar real a realização deste sonho. Obrigada, meu amor! Aos meus filhos: Ingrid, Dário Victor e Laura Anaile, a quem amo e com quem aprendo diariamente. Aos meus pais, Laura e Elias e aos meus irmãos, Evandro, Eliana e Edileide, pelo incentivo encorajador e pela certeza de que posso contar sempre com vocês. Às minhas amigas e parceiros da cidade de Iguatu/CE, onde cresci e aprendi que devemos fazer sempre o melhor. A todos os educadores que passaram pela minha vida e consti- tuíram-se exemplo do que eu deveria seguir no exercício da minha profissão. Muito obrigada!
  • 10.
  • 11. Dedicatória Dedico este livro a todos os professores e demais profissionais, que diariamente, com ousadia e coragem, reavaliam suas práticas, quebram paradigmas e, com segurança, lideram suas salas de aula, transformando vidas. Foi no convívio com essas pessoas que apren- di. A vocês, minha admiração e gratidão. O poder transformador está em suas mãos!
  • 12.
  • 13. Sumário INTRODUÇÃO 15 PAPEL DO PROFESSOR 19 POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? 29 DINÂMICAS DE GRUPO 37 - DINÂMICAS DE APRESENTAÇÃO 38 - DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM 52 - DINÂMICAS DE RECREAÇÃO 65 JOGOS COOPERATIVOS 83 ANEXOS 103 REFERÊNCIAS 117
  • 14.
  • 15. 15 INTRODUÇÃO “Podemos esquecer coisas, mas jamais esqueceremos quem as ensinou.” Edigleide Rabelo Todos os dias podemos marcar positivamente a vida de nossos alu- nos. Somos professores, aprendizes, mágicos, artistas, líderes de um lugar encantador, repleto de possibilidades, chamado sala de aula. Lá, podemos fazer mais do que normalmente fazemos. Sinta-se desafiado a vivenciar, aplicar estas dinâmicas e jogos, e mais, a adaptá-las de acordo com suas necessidades, exercitando sua capacidade criadora, tendo em mente que é importante para o aluno: – Ter suas experiências anteriores valorizadas; – Achar sentido no que está aprendendo, pois ninguém quer aprender se não se interessa por essa aprendizagem; – Perceber que os novos conhecimentos são importantes para seu crescimento, para o alcance de seus objetivos; – Sentir prazer, alegria e a espontaneidade necessária para a construção de novos saberes, através de vivências e atividades lúdicas;
  • 16. 16 Maneiras Criativas de Ensinar – Encontrar um ambiente amigável, uma sala de aula acolhedo- ra, capaz de proporcionar transformações. Estimule seus alunos a aprender a aprender e contribua, de for- ma marcante, para que aprendam a ser e a conviver, pois construirão aprendizagens significativas, colocando-as em prática e assim, irão aprender a fazer, possibilitando grandes mudanças. E o que mais é educação do que este processo? Que Jesus, o maior educador, nos capacite e nos dê a consciência de que Ele faz o que é impossível, pois já nos capacitou a fazer o possível. “Somos professores, aprendizes, mágicos, artistas, líderes de um lugar encantador, repleto de possibilidades, chamado sala de aula.” Edigleide Rabelo
  • 18.
  • 19. 19 O PAPEL DO PROFESSOR O PAPEL DO PROFESSOR “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho. Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas estimular o aluno a buscá-lo.” John MiltonGregory Convido você a relembrar todos os professores formais e informais dos quais nunca se esqueceu. O que os diferenciava dos demais? Como você se sentia perto deles? Por que você aprendia e sentia-se motivado a buscar mais conhecimentos? Por que eles se tornaram inesquecíveis? Certamente fará parte da resposta da grande maioria: ELES TRANSMITIAM AMOR PELO QUE FAZIAM. Se pensarmos um pouco mais, veremos que outra característica desses professores é que nos permitiam fazer perguntas, encontrar respostas e construir conhecimentos, plantando em nós sementes cujos frutos ainda colhemos. Freire (1997) descreveu os sentimentos e atitudes necessários ao professor: “é impossível ensinar sem essa coragem de querer bem; sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desistência. É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada, bem cui- dada de amar”. O amor por si mesmo, pela missão, dá fim à professora do cader- no de páginas amarelas, que há anos não modifica as atividades e a sua maneira de ensinar, exclui a professora que impede que seus alunos desenvolvam autonomia e criatividade, determinando todos
  • 20. 20 Maneiras Criativas de Ensinar os passos a serem dados, podando-lhes a oportunidade de pensar, de escolher, de sentir prazer, de construir. É o amor que faz nascer ou renascer outro perfil de professor capaz de superar todas as difi- culdades, limitações e, de maneira surpreendente, SER e FAZER a diferença nas salas de aula. Escutamos, mais do que nunca, os professores falarem acerca do quanto se esforçam e trabalham na perspectiva de ensinar. O gran- de desafio é DECIDIR todos os dias nos tornar inesquecíveis para os alunos. Avalie sua eficiência com base no que seus alunos realmente aprendem a fazer. Assim sendo, a melhor avaliação do ensino não é no esforço do professor, mas no que o aprendiz faz e como o faz. Permita-se conhecer os quatro níveis da aprendizagem, citados pelo psicólogo Abraham Maslow (1991): 1. Ignorância Inconsciente 2. Ignorância Consciente 3. Conhecimento Consciente 4. Conhecimento Inconsciente 1. Ignorância Inconsciente – onde o aprendizado inicia. Não senti- mos falta do aprendizado que ainda não temos, pois estamos incons- cientes dessa necessidade.
  • 21. 21 O PAPEL DO PROFESSOR 2. Ignorância Consciente – é quando sabemos que não sabemos. Através de informações de terceiros é que chegamos a essa cons- ciência. Um novo conteúdo, que o aluno nunca ouviu falar e que ao dominá-lo, faz com que ele perceba a falta que esse conhecimento fazia para sua vida. 3. Conhecimento Consciente – temos sempre na mente um co- nhecimento adquirido. Quando iniciamos o ensino das operações matemáticas, os alunos, ao resolvê-las seguem passo a passo o co- nhecimento já adquirido, muitas vezes até citando-o oralmente. 4. Conhecimento Inconsciente – dominamos demasiadamente determinado conhecimento que nem pensamos mais nele. Depois de um tempo, começamos a resolver operações matemáticas sem seguir o passo a passo, de forma inconsciente, quase que mecani- camente. Todas as mudanças que almejamos nos outros devem ser efetu- adas inicialmente por nós, pois quanto mais a nossa vida for trans- formada, mais transformações se efetuarão nos outros por nosso intermédio. A educação está edificada sobre quatro pilares, conforme reco- menda a Comissão Internacional da UNESCO (Organização das Na- ções Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) para o Século XXI, tendo como relator Jacques Delors: Aprender a CONHECER - competência cognitiva – significa apren- der a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida. Faz-se necessário manter vivo o processo de investigação e este é o verdadeiro sentido do aprender. Aprender é um processo contí- nuo. O desafio é criar condições adequadas para que haja apren- dizagem em cada situação vivenciada, quer seja positiva ou não.
  • 22. 22 Maneiras Criativas de Ensinar É impossível querer formar uma pessoa racional se lhe dissermos o que deve pensar. A valorização do conteúdo é tão importante quan- to compreender que o verdadeiro ensino consiste em uma série de momentos onde o aluno torna-se capaz de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que se valorize a curiosi- dade, a autonomia e a atenção. Aprender a FAZER – competência profissional – a fim de adquirir não somente uma qualificação profissional, mas, de uma maneira mais ampla, competências que o torne apto a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Proporcionar ao aluno condições para que, ao aprender, saiba uti- lizar esses conhecimentos, quer espontaneamente — fruto do contex- to local ou nacional — quer formalmente — graças ao desenvolvimen- to do ensino alternado com o trabalho. Aprender a CONVIVER – competência social – desenvolver a com- preensão do outro e a percepção das interdependências – realizar projetos comuns e preparar-se para administrar conflitos – no res- peito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz. Aprender a SER – competência pessoal – desenvolver a sua per- sonalidade e estar à altura de agir cada vez com maior capacida- de de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não podemos negligenciar nenhuma das potencialidades do aluno: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se e trabalhar em equipe. Com base nessa visão dos quatro pilares da educação, o proces- so ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhe- cimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina, dará lugar a ensinar a pensar, a saber comunicar-se e pesqui- sar, a ter raciocínio lógico, a fazer sínteses e elaborações teóricas, a
  • 23. 23 O PAPEL DO PROFESSOR ser independente e autônomo, enfim, a ser social e emocionalmente desenvolvido. O aluno também deverá, durante seu convívio escolar, dominar bem quatro habilidades básicas: LER, ESCREVER, OUVIR e FALAR. Ler é mais que decodificar letras; é interpretar é contextualizar, sendo capaz de compreender a realidade em que ele está inserido e chegar a importantes conclusões sobre o seu mundo e os aspectos que o compõem. Temos oferecido as condições necessárias para que seja despertado nos alunos o hábito da leitura? Que tipo de literatura é oferecido aos alunos? Ela desperta o interesse, o gosto pelo conhe- cimento? A escrita é atividade de construção, jamais de reprodução. Temos oportunizado aos alunos condições para expressarem-se livremente? Que atividades temos desenvolvido, que permitam aos alunos cons- truírem aprendizados, pensarem e registrarem criticamente seus pensamentos, projetando-se como seres capazes de gerar transfor- mações? Ouvir é a habilidade mais desafiadora. Nem sempre estamos pre- parados para oportunizar momentos em que o aluno fale e nós nos coloquemos na condição de ouvintes. Possibilitar ao aluno o falar, abre espaço para a construção de relacionamentos mais fortaleci- dos, o que facilita ao professor conhecê-lo melhor, ajudando-o de for- ma eficaz. Um bom professor é também um bom ouvinte! O conteúdo que desejamos transmitir vem acompanhado de lin- guagem corporal e tom de voz, o que pode facilitar nosso acesso ao aluno ou distanciamento dele, comprometendo significativamente o resultado de nossa comunicação. E para que o aluno sinta-se des- pertado a desenvolver esta habilidade, o exemplo do professor, ao se comunicar com ele e com os demais, será um fator relevante.
  • 24. 24 Maneiras Criativas de Ensinar Temos avaliado a forma como nos comunicamos e os resultados que temos obtido? Que atividades proporcionamos para que os alu- nos vivenciem a diferença existente numa comunicação assertiva? Temos possibilitado vivências em que os alunos possam perceber, na prática, o quanto o tom de voz e linguagem corporal influenciam na comunicação? Para que a sala de aula se transforme no melhor lugar para apren- der, teremos que utilizar maneiras criativas, abandonando resistên- cias que fazem parte do dia a dia. Seja na escola ou entre os colegas de trabalho é preciso abandonar a cultura antilúdica que nos faz pen- sar e acreditar que temos que escolher entre brincar e aprender. Ao desejarmos mudanças, devemos quebrar paradigmas e rea- prender a ver a ludicidade como ponte possível para uma educação transformadora, onde humanizar um mundo desumano é um dos nossos grandes desafios. Somos desafiados a mudar e a inovar com o intuito de atender às novas exigências. Mudar para adquirir novas metodologias capazes de transformar o espaço da sala de aula num lugar dinâmico, partici- pativo, aproximando a teoria da prática com uma postura interdisci- plinar. Para isso, os professores necessitam de recursos, meios, dis- ponibilidade de tempo para planejar e buscar novos conhecimentos, e, acima de tudo, compromisso com o trabalho, fazendo o melhor independente das limitações com que se deparam. Nesse novo tempo, precisamos estar revestidos de amor, cora- gem, conhecimento e ousadia para fazer esta diferença que trans- formará as salas de aula no melhor lugar para aprender. Precisamos verdadeiramente acreditar nos benefícios que a utilização de dinâ- micas e jogos cooperativos trará, tanto para sua vida quanto para a dos alunos.
  • 25. 25 O PAPEL DO PROFESSOR Seguem-se sugestões de dinâmicas e jogos cooperativos, que uti- lizei e adaptei ao longo dos anos, nas salas de aula por onde passei. São exemplos de busca, troca e resultados significativos. Entre nessa viagem e, sempre que desejar trocar ideias ou com- partilhar conhecimentos, podemos nos encontrar. Basta acessar o site www.edigleide.webnode.com.br Boa leitura! “Seja na escola ou entre os colegas de trabalho é preciso abandonar a cultura antilúdica que nos faz pensar e acreditar que temos que escolher entre brincar e aprender.” Edigleide Rabelo
  • 26.
  • 27. C a p í t u l o POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? 2
  • 28.
  • 29. 29 POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? “Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de outrem como se fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensa- mentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados... As ideias têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela outra pessoa.” John MiltonGregory Na utilização de dinâmicas e jogos cooperativos, o professor passa a resgatar o lúdico na perspectiva da (re)incorporação de atitudes po- sitivas, especialmente quando o que está em jogo é a competência para mediar os complexos processos de desenvolvimento das poten- cialidades humanas, privilegiando, na discussão, a relação entre o lúdico, sendo este, um grande diferencial para as relações interpes- soais e de aprendizagem em nossas salas de aula que, ao serem refletidas e partilhadas, geram um aprendizado pessoal e grupal, contribuindo para: – Autoconhecimento como ser único e social; – Exercício de escuta e acolhida do outro como ser diferente; – Experiência de abertura ao outro e participação grupal; – Percepção do todo e das partes que o formam, tanto da vida como da realidade que nos cerca; – Desenvolvimento da consciência crítica; – Confronto e avaliação da vida e da prática; – Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências; – Construção coletiva do saber.
  • 30. 30 Maneiras Criativas de Ensinar Carlos Drummond de Andrade diz a respeito: “Brincar não é per- der tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, não mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana”. É fundamental conhecer todos os passos da dinâmica e do jogo cooperativo para aplicá-los com segurança, considerando que nem toda dinâmica ou jogo adapta-se bem a qualquer grupo. Antes da aplicação de dinâmicas e jogos cooperativos, o professor deve: – Adequá-los aos objetivos, considerando, sempre que possível, o programa em curso; – Adaptá-los, sempre que necessário, a fim de que sejam respei- tadas todas as diferenças e especificidades da sala, consideran- do: o perfil da turma (jeito de ser, idade, nível de compreensão), o local, os aspectos culturais da região e outras características; – Ter sensibilidade e discernimento necessários para a utiliza- ção de dinâmicas e jogos cooperativos, evitando que estes se tornem um recurso repetitivo, sem objetividade, competitivo e excludista; – Verificar o nível de complexidade da dinâmica ou jogo, organi- zando espaço e material necessário à sua execução, evitando improvisos; – Saber ouvir e conduzir as discussões de forma neutra, evitando comportamentos manipuladores; – Estar atento às expressões corporais, sobretudo às expressões faciais dos alunos no decorrer da dinâmica e do jogo cooperati- vo, valorizando os sentimentos e reações de cada aluno; – Perceber o nível de relações e entendimento dos alunos, estan-
  • 31. 31 POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? do preparado para atuar diante de conflitos; – Avaliar-se, respondendo a questões: Como é possível melhorar? Que variações podem ser criadas? Que outros objetivos podem ser atingidos? Para que os objetivos propostos na preparação das dinâmicas e jogos cooperativos sejam plenamente alcançados, o professor deve aplicar o Ciclo de Aprendizagem Vivencial – CAV, através de: – Relato dos sentimentos, emoções e reações dos alunos; – Feedback dos envolvidos no processo, estando atento aos insights e com eles fazendo, imediatamente, links com os objetivos propostos na atividade; – Compromisso pessoal com mudanças de comportamento, atitudes ou ações. É de extrema importância a relação de confiança e abertura en- tre o professor e os alunos para que as dinâmicas e jogos sejam vi- venciados em um clima favorável à construção de conhecimentos, à aproximação entre os alunos, à cooperação para o alcance de objeti- vos comuns e às relações interpessoais. Para que se tenha um bom relacionamento e que o processo de aprendizagem, através do lúdico revista-se de sucesso, permitindo ao aluno interesse e prazer, são necessárias ao professor algumas atitudes e qualidades: Amor – o amor espontâneo e sincero fará mais do que qualquer outro ensinamento. Sua demonstração desinteressada marcará profundamente a vida dos alunos. Invista na vida de seus alunos, dando-lhes atenção e demonstrando afetividade nas ações. Flexibilidade – aceitar sugestões dos alunos e dos outros, além
  • 32. 32 Maneiras Criativas de Ensinar de ser um bom exemplo, possibilita processos de construção e reconstrução de aprendizagem. Senso de humor – é indispensável na vida de qualquer pessoa. Mostrar aos alunos que levar tudo “a ferro e fogo” não trará be- nefícios, apenas dificultará a resolução dos problemas ora en- frentados. O importante é ser capaz de levantar-se a cada queda. Curiosidade – para que o professor potencialize o poder criativo dos alunos, ele deve ser o primeiro a querer saber, aprender, bus- car soluções criativas, permitindo que os alunos o vejam como exemplo. Jovialidade – o professor, ao amar e acreditar no que faz, inde- pendente de sua idade cronológica, permanece com o vigor sem- pre renovado. Respeito à diversidade – a aceitação de que cada criança tem “seu jeito”, “suas necessidades”, demonstra a capacidade que o professor tem de amar os alunos, como são. Essa atitude faz com que os alunos o respeitem e estejam predispostos a apren- derem com ele. Comunicação eficaz – através da altura e da entonação da voz, é demonstrado o grau de motivação do professor. Os alunos de- vem sentir na comunicação com o professor abertura, respeito, segurança e não, medo. A comunicação deve ser clara e compa- tível com o nível dos alunos. Impessoalidade – amar e cuidar de todos indistintamente, evi- tando predileções, pois caso isso ocorra, gerará nos demais in- segurança e ciúmes, acarretando dificuldades nas relações e resultados nas atividades.
  • 33. 33 POR QUE TRABALHAR COM DINÂMICAS E JOGOS COOPERATIVOS? Motivação – ofereça ao aluno a possibilidade de sucesso e ele terá a motivação. Oferecer uma atividade ou desafio “muito fá- cil” aos alunos, poderá distraí-los ou permitir que façam outra coisa qualquer, bem como, se a atividade for “muito difícil”, pode deixá-los frustrados. Conhecer o aluno é fundamental para mantê-lo “aceso”! “Educar não é fazer repetidores, mas criadores de soluções novas aos problemas. É contribuir para que os alunos formulem perguntas e busquem respostas. Isso vai nos dar mais trabalho do que pensamos, porém os ganhos serão incalculáveis.” Edigleide Rabelo
  • 34.
  • 36.
  • 37. 37 DINÂMICAS DE GRUPO DINÂMICAS DE GRUPO “A maior revolução de nossos tempos é a descoberta de que, ao mudar as atitudes internas de suas mentes, os seres humanos podem mudar os aspectos externos de suas vidas.” WillianJ]ames Dynamis é uma palavra de origem grega, que significa força, ener- gia, ação. A utilização de dinâmicas em sala de aula, em nada difere dos objetivos de Kurt Lewin (1890-1947), que era o de ensinar às pes- soas comportamentos novos, através da discussão e de decisão em grupo, em substituição ao método tradicional de transmissão siste- mática de conhecimentos. Ao participarem do processo, os alunos se sentirão sensibilizados por aquilo que acontecerá. Por se sentirem e por observarem os pro- cessos é que eles aprenderão a conceituar e a adquirir aprendizagens significativas, além de estreitar as relações professor-aluno, aluno- -aluno, pois quando aprendemos, aprendemos com alguém, apren- demos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar. A respeito, diz Almeida (1993) “a aprendizagem ocorre no víncu- lo com outra pessoa, a que ensina”, aprender pois, é aprender com alguém. As relações interpessoais, a comunicação na escola devem propiciar um ambiente que facilite a todos a manifestação de sentimentos e opiniões.
  • 38. 38 Maneiras Criativas de Ensinar É no campo das relações estabeleciadas entre professor e aluno que se criam as condições para o aprendizado, sejam quais forem os objetos de conhecimentos trabalhados. Entretanto, é de fundamental importância que o professor acre- dite no poder transformador das relações e que para tal, prepare-se e envolva-se de tamanha chama capaz de iluminar todos os seus alunos. Para facilitar sua aplicação, dividimos as dinâmicas, aqui sugeri- das, em três tipos: de apresentação; de aprendizagem; de recreação. TIPOS DE DINÂMICAS DE GRUPO DINÂMICAS DE APRESENTAÇÃO “À medida que convivo com pessoas, cresço. Relacionar-se é mágico.” Edigleide Rabelo Podem ser utilizadas no início do ano letivo, do semestre, com a finalidade de apresentar, integrar e incluir os alunos. Contribuem para a diminuição das expectativas ou ansiedades e medo de errar, de arriscar ou de não agradar. Cumprimentando em Círculo Objetivos: Proporcionar socialização e aproximação entre os alunos; Desenvolver a capacidade de expressar-se voluntariamente, ge- rando desinibição.
  • 39. 39 DINÂMICAS DE GRUPO Material necessário: - Micro System; - CD com músicas variadas e animadas; - 3 placas contendo as letras: A, B e C, sendo uma em cada placa. Como fazer? Os alunos, em quantidades iguais e em número par, formam dois círculos e ficam sentados, sendo um círculo dentro do outro. Se al- gum aluno estiver sem par será convidado a ajudar o professor nos comandos da dinâmica. Os alunos que compõem o círculo de dentro devem estar de frente para os alunos que formam o círculo de fora. O professor coloca uma música bem animada. Nesta hora, os alunos levantam-se. Os componentes do círculo de dentro devem movimentar-se para a direita e o outro círculo movimenta-se para a esquerda. Quando a música parar, os alunos ficam um de frente ao outro. O professor ou o aluno, que o substituirá (caso necessário) le- vantará a placa A, B ou C. Os alunos se cumprimentam de acordo com o comando das letras: A= Aperto de mão ( caloroso!) B = Beijo no rosto ( cuidado!) C= Abraço ( apertado!) Cada vez que a música tocar retornam aos círculos e ao parar a música, cumprimentam-se de acordo com o comando escolhido pelo professor.
  • 40. 40 Maneiras Criativas de Ensinar Do meu jeito! Objetivos: Ampliar a percepção sobre a forma como o outro se apresenta, facilitando o processo das relações interpessoais; Gerar aproximação e desinibição; Memorizar os nomes dos colegas; Proporcionar clima para expressão de sentimentos; Desenvolver a oralidade, a criatividade e o improviso. Como fazer? Sentados em círculos, cada aluno pronuncia seu nome e ao fazê- lo deverá manifestar um gesto. Os demais repetem o nome do colega e reproduzem o mesmo gesto. Gestos são linguagens não verbais. Através desta dinâmica o professor começa a perceber o perfil do aluno, como ele reage aos gestos dos outros colegas, conhecendo-o melhor. O que estou trazendo? Objetivos: Possibilitar a integração entre os alunos; Proporcionar a troca de percepções, sonhos e senso de pertencer entre a turma;
  • 41. 41 DINÂMICAS DE GRUPO Criar momentos para a reflexão e autoconhecimento; Ampliar o vocabulário; Desenvolver a escrita e oralidade. Material necessário: – Anexo A (página 101) – (reproduzi-lo para cada aluno); – Canetas ou lápis para cada aluno; – Fita adesiva, para colar os trabalhos na parede ou no quadro; – Anexo B (página 102) — Texto: Quando um grupo se inicia (reproduzi-lo para cada aluno); – Uma faixa feita de papel, contendo a expressão “ESTOU TRA- ZENDO” para ser colocada junto aos trabalhos que serão expostos ao final da dinâmica. Como fazer? O professor aborda inicialmente, acerca da necessidade da forma- ção de uma equipe e da importância que cada um dos membros tem para sua formação. Deve estimular percepções de seus sentimentos: – Como me sinto em relação ao grupo? – Qual a minha percepção desse grupo? Após reflexão, cada aluno receberá uma cópia do texto: Quando um grupo se inicia. Após a leitura, o professor volta a estimular per- cepções de sentimentos: – O que posso oferecer ao grupo? – O que o grupo pode oferecer a mim? – Qual a minha postura em relação ao grupo? – Como fortalecer os laços?
  • 42. 42 Maneiras Criativas de Ensinar Os alunos recebem uma cópia do anexo A e deverão escrever ao lado de cada letra do alfabeto, uma palavra, que expresse seu sen- timento em relação ao que deseja oferecer ao grupo e o que espera receber dele, sendo esta palavra, iniciada pela letra indicada. O professor solicita que, em duplas, os alunos compartilhem as respostas. Os anexos, depois de completados, deverão ser expostos em sala, para conhecimento da turma. Dinâmica indicada para as turmas a partir do 6º ano. Minha Vida – Minha Bandeira Objetivos: Promover a socialização e a interação; Identificar qualidades, habilidades e limites pessoais, possibilitan- do o autoconhecimento; Estimular a pesquisa, a criatividade; Despertar a atitude de auto-observação; Trabalhar a interdisciplinaridade com outras disciplinas. Material necessário: – Anexo C (página 103) — ( reproduzi-lo para cada aluno); – Canetas ou lápis para cada aluno;
  • 43. 43 DINÂMICAS DE GRUPO – Lápis de cor e hidrocor em quantidade suficiente para que todos trabalhem livremente. – Fita adesiva para colar os trabalhos na parede ou no quadro; – Uma faixa feita de papel, contendo a expressãoMINHA VIDA– –MINHA BANDEIRA, para ser colocada junto aos trabalhos que serão expostos ao final da dinâmica. Como fazer? O professor entrega para cada aluno o anexo C; Cada aluno vai confeccionar sua bandeira, a partir de quatro per- guntas elaboradas antecipadamente pelo professor. As perguntas são enumeradas e serão respondidas nos espaços com o número correspondente. Seguem sugestões de algumas perguntas: 1. Qual a sua melhor qualidade? 2. O que gostaria de compartilhar com os seus colegas? 3. Qual a pessoa que mais admira? 4. Qual o seu maior sonho? Para que compreendam a solicitação feita, o professor fará referência ao fato de que a bandeira representa um país, estado, cidade, escola, ressaltando seu significado. É importante que ao confeccionar sua bandeira o aluno compreenda que ela representará sua história de vida. Nas turmas do 1º ao 3º ano, o professor, poderá solicitar que as respostas sejam dadas através de desenho e poderá resumir o nú- mero de perguntas. Quando todos tiverem concluído, solicitar que compartilhem suas bandeiras e façam uma exposição.
  • 44. 44 Maneiras Criativas de Ensinar A partir do 5º ano, o professor poderá, além da bandeira, desafiar para a construção de um brasão familiar, sugerindo que os alunos contem sua história familiar, o que resultará em pesquisa e interação com outros membros da família. Esta dinâmica possibilitará ao professor, conhecer tanto o aluno, quanto o ambiente em que vive. Caso a escola não possua uma bandeira, desafiar a turma, para construir uma bandeira para a escola e que esta seja submetida a eleição através de votos de toda a comunidade escolar. Meu Alfabeto Preferido Objetivos: Promover autoconhecimento e integração; Perceber a individualidade de cada um, eliminando possíveis situ- ações de preconceito; Trabalhar a responsabilidade que cada um tem pelas escolhas, posicionando-se de forma consciente; Desenvolver a escrita e a oralidade.
  • 45. 45 DINÂMICAS DE GRUPO Material necessário: – Anexo D (página 104) – (reproduzi-lo para cada aluno); – Canetas e lápis para cada aluno; – Fita adesiva, para colar os trabalhos na parede ou no quadro; – Uma faixa feita de papel, contendo a expressão “MEU ALFA- BETO PREFERIDO”, para ser colocada junto aos trabalhos que serão expostos ao final da dinâmica. Como fazer? O professor aborda a temática: “todos têm preferências...” deve- mos respeitar as diferenças de opiniões. Será entregue aos alunos o anexo D e o professor solicita que os alunos escolham quais são as coisas favoritas que eles gostam ini- ciadas por cada uma das letras do alfabeto. É importante que tudo seja feito com responsabilidade, sendo incentivada a veracidade das informações. Expor cada um dos alfabetos, dando a oportunidade para que todos se conheçam mais. O professor poderá sugerir novos temas: Por exemplo: MEU ALFABETO PREFERIDO DE COMI- DA, MEU ALFABETO PREFERIDO DE MÚSICAS, MEU ALFABETO PREFERIDO DE ARTISTAS, MEU ALFABETO DA BOA CONVIVÊNCIA. O professor poderá também propor que cada aluno escolha do tema do alfabeto que irá cons- truir, fazendo surgir uma variedade nas escolhas.
  • 46. 46 Maneiras Criativas de Ensinar Dominó Humano Objetivos: Promover a integração entre os alunos, quebrando o gelo; Possibilitar a descoberta de semelhanças ou diferenças, gerando um clima de aproximação e integração; Desenvolver a oralidade, a criatividade e a capacidade de improvi- sar para a resolução de problemas; Identificar diferenças e semelhanças entre os alunos, evitando preconceitos. Como fazer? Os alunos sentam em círculo. O professor dá o comando: Cada um deve procurar no colega alguma característica em comum que o una a você. Emseguidairádesafiá-losamontaremumgrandedominóhumano, fazendo com que cada aluno una-se ao outro devido a uma caracte- rística comum, não podendo esta ser repetida por outro. Ao iniciar, um dos alunos dirá, em voz alta, a frase: Eu me uno a (diz o nome da pessoa) porque (cita a semelhança ou a diferença) me faz (diz o benefício que essa união trará a sua vida). A dinâmica encerra-se quando todos estiverem unidos um ao ou- tro, pelas semelhanças ou pelas diferenças, conforme o comando do professor.
  • 47. 47 DINÂMICAS DE GRUPO Dicas para o fechamento: – Foi fácil encontrar motivos para unir-se? – Que características você admira numa pessoa? – Que sentimentos, em sua opinião, afastam as pessoas umas das outras. Indicada para as turmas de 6º a 9º ano, devendo ser trabalhada junto com um dos temas transversais – Ética. Eu Sei Quem É Você Objetivos: Aproximar os alunos; Perceber as relações de proximidade e de distânciamento existen- tes entre os membros da turma; Trabalhar a receptividade quanto à forma como somos vistos pe- los outros; Exercitar a tolerância em aceitar o pensamento dos outros; Trabalhar temas transversais como a Ética. Material necessário: – Anexo E (página 105) — (reproduzi-lo para cada aluno); – Canetas ou lápis para cada aluno.
  • 48. 48 Maneiras Criativas de Ensinar Como fazer? O professor aborda a “temática de que nem sempre as pessoas nos conhecem realmente e que devemos respeitar suas opiniões”. Outras vezes, por algum motivo, não nos mostramos como realmente somos, dificultando nossa relação com os outros. Para cada aluno será entregue o anexo E. Ele deverá colocar o nome do colega que considerar adequado a cada item. Uma pessoa pode se enquadrar em vários itens. Depois cada aluno irá ao encontro da pessoa da qual escreveu o nome, perguntar se é verdadeira a afirmação que fez. Caso afirmati- vo, solicitar que ela autografe. Esta dinâmica deve ser aplicada apenas em grupos que já se conhecem. Adequada para o início do 2º semestre. Zip, Zap, Zop Objetivos: Promover a socialização, quebrando o gelo; Conhecer os nomes dos colegas de forma lúdica, fixando-os; Estimular a atenção, a memorização e a agilidade. Como fazer? O professor forma um círculo com as cadeiras de modo que todos os alunos estejam próximos uns dos outros. O professor apresen- ta aos alunos os seguintes comandos:
  • 49. 49 DINÂMICAS DE GRUPO – ZIP - o aluno deverá pronunciar o nome do colega que está à sua direita; – ZAP – o aluno deverá pronunciar o nome do colega que está à sua esquerda; – ZOP – o aluno deverá pronunciar o próprio nome; – ZIP, ZAP, ZOP – todos os alunos deverão trocar de lugar. Feito uma vez ZIP, ZAP, ZOP, retira-se uma cadeira e o aluno que fica sem a cadeira, passa a comandar o jogo. As cadeiras devem ser, de preferência, sem o apoio para escrever. Cumprimento Estátua Objetivos: Proporcionar maior integração, desinibição e o contato físico entre os alunos; Estabelecer um clima de confiança e descontração entre os alunos. Material necessário: – Micro System; – CD com músicas animadas e variadas. Como fazer? O professor informa aos alunos que, quando a música começar, todos deverão movimentar-se pela sala espontaneamente, de acordo com o ritmo tocado. Cada vez que a música parar, eles deverão ficar imóveis, como es- tátuas, prestando atenção ao comando que será dado pelo professor.
  • 50. 50 Maneiras Criativas de Ensinar Quando a música recomeçar, os alunos voltam a movimentar-se, prestando atenção ao próximo comando. O professor solicitará formas variadas de cumprimento corporal a cada pausa musical como: cumprimentar com a palma das mãos, com os cotovelos, com as costas, com os joelhos, com a orelha direi- ta, com o bumbum, com a ponta do nariz, com a barriga e etc. Juntos, Fazemos Mais Objetivos: Promover a integração, desinibição entre os alunos; Criar um elo de comunhão e cooperação; Permitir a compreensão de que a força do trabalho em equipe se faz da soma de pequenos esforços; Estimular a criatividade; Trabalhar a oralidade e a escrita; Proporcionar condições para autoavaliação; Alongar o corpo, despertando-o e criando maior disposição para os trabalhos grupais. Material necessário: – Listagem das palavras que os alunos deverão representar corporalmente; – Fita adesiva para colagem das imagens formadas durante a dinâmica, caso tenham sido fotografadas.
  • 51. 51 DINÂMICAS DE GRUPO Como fazer? Nesta dinâmica, a inclusão do corpo possibilita que algumas difi- culdades de expressão sejam observadas. Inicialmente a turma será subdividida em grupos de, no mínimo, sete alunos. Todos os alunos, de cada subgrupo, devem estar fazendo parte da imagem. O professor dirá uma palavra e os alunos formarão uma imagem que a represente, utilizando apenas seus corpos, devendo posterior- mente justificar a escolha. Após os alunos criarem a primeira imagem em subgrupos, o pro- fessor unirá dois subgrupos e dirá uma nova palavra e assim por diante, até que a turma toda esteja formando um único grupo. As partes do processo devem ser compartilhadas: – É fácil trabalhar em equipe? – O que é consenso? – É mais fácil estar em subgrupos ou em equipe? – Como se sentiram ao ver o que criaram? Se possível, registrar com fotos, para a produção de um mural. O professor poderá solicitar que os alunos formulem frases ou produzam textos, com de- finições do que é trabalho em equipe.
  • 52. 52 Maneiras Criativas de Ensinar DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM “Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir.” Gaston Bachelard Devem ser aplicadas após a integração dos alunos. Reforçam o aprendizado, servem para diagnosticar dificuldades, facilitar novas aprendizagens, fixar os conteúdos já trabalhados, aprofundando o conhecimento através da discussão grupal, de forma espontânea e informal. Durante o desenvolvimento dessas dinâmicas é possível identifi- car o surgimento de lideranças. Medalhão Objetivos: Trabalhar o raciocínio lógico matemático; Desenvolver o espírito de organização; Fixar as quatro operações básicas; Oportunizar o trabalho em equipe, melhorando as relações interpessoais; Desenvolver a atenção, concentração e a capacidade de agir sob pressão. Material necessário: – Medalhões confeccionados em E.V.A ou cartolina (colocar lã ou “rabo de gato”, para que fiquem pendurados no pescoço);
  • 53. 53 DINÂMICAS DE GRUPO – Para cada grupo, composto por dez pessoas, confeccionar os medalhões, contendo os números de 0 a 9 – Ver modelo no anexo F (página 106); – Preparar previamente a relação das operações que o profes- sor ditará aos alunos, considerando que as respostas não podem conter repetição de números. Como fazer? O professor divide a turma de modo que cada grupo seja formado por, no mínimo, dez alunos e distribuirá, para cada grupo, medalhões contendo os números de 0 a 9. Cada grupo, com os medalhões no pescoço, ao ouvir do professor qual operação deverá resolver, apresentará o resultado, utilizando os números contidos nos medalhões, considerando a ordem da direita para a esquerda. O objetivo não é identificar qual grupo responde primeiro. Mesmo que um grupo já tenha respondido, o professor deverá oportunizar tempo necessário para que todos cheguem ao resultado correto, evitando um clima de competitividade. Nas turmas de 6º a 9º ano, o professor po- derá também utilizar o Medalhão para trabalhar outros conteúdos: raiz quadrada, expressões nu- méricas, potenciação etc.
  • 54. 54 Maneiras Criativas de Ensinar Repolho Objetivos: Estimular o trabalho em equipe gerando um clima de confiança; Desenvolver a oralidade e o improviso; Oportunizar fixação dos conteúdos trabalhados anteriormente. Material necessário: – Repolho confeccionado em papel crepom verde, sendo co- lados em cada pedaço os questionamentos a serem feitos; – Micro System – CD com a música - Repolho Como fazer? O professor elabora, previamente, questionamentos em folhas de papel crepom verde – um em cada pedaço – no tamanho de uma folha A4; Amassar cada folha, uma após a outra, de modo que todas fiquem envolvendo uma à outra, formando uma bola, assemelhando-se a um “repolho”; O “repolho” deve passar de mão em mão, ao ser cantada a mú- sica (que poderá ser encontrada no endereço http://www.youtube. com/watch?v=-mJmF4muBR8). Ao parar a música, o aluno que estiver com o “repolho” em mãos, retira a primeira folha, lê em voz alta o que está escrito e responde à pergunta. Caso não saiba, o aluno deverá solicitar a ajuda de um colega, até que a pergunta seja respondida.
  • 55. 55 DINÂMICAS DE GRUPO E, assim, sucessivamente, até que a última pergunta seja respondida. Caso a turma não domine a leitura, o profes- sor pode colocar no repolho gravuras e solicitar que o aluno identifique a primeira letra do nome da gravura. Além Disso Objetivos: Oportunizar fixação dos conteúdos trabalhados anteriormente; Avaliar o nível de compreensão que os alunos têm acerca do tema apresentado; Estimular o trabalho em equipe; Desenvolver a oralidade e o improviso; Trabalhar a interdisciplinaridade e contextualização, facilitando a argumentação e ampliação nas informações acerca do conteúdo que está sendo trabalhado. Como fazer? O professor começa, abordando um assunto já estudado e conclui com a expressão “ALÉM DISSO”, devendo neste momento indicar qual aluno dará continuidade à explanação do mesmo assunto, sem repetir as informações já apresentadas. A dinâmica será concluída quando todos participarem com suas contribuições.
  • 56. 56 Maneiras Criativas de Ensinar Caça Letras Objetivos: Desenvolver a oralidade e a agilidade; Ampliar o vocabulário; Despertar o interesse pelo uso do dicionário; Trabalhar a ortografia das palavras; Despertar a criatividade. Material necessário: – Sacolinhas (de TNT), contendo as 26 letras do alfabeto; – Letras em E.V.A. ou escritas com hidrocor em pequenos qua- drados, tamanho 4X4 feitos em papel cartolina, podendo ser revestidos de plástico adesivo para maior durabilidade. Como fazer? São preparadas sacolinhas contendo em cada uma delas as 26 letras do alfabeto. A turma divide-se em pequenos grupos de, no máximo, cinco alunos. Sentados no chão, os grupos recebem as sacolinhas e ao ser dado o comando pelo professor, deverão formar uma palavra que corres- ponda ao que foi solicitado. Caso o grupo tenha formado a palavra de maneira errônea, insti- gá-lo até acertar a escrita. Sugestões de solicitações: – Nome de uma cor; – Nome de uma capital;
  • 57. 57 DINÂMICAS DE GRUPO – Nome de uma parte do corpo humano; – Nome de uma parte de uma planta; – Nome de um animal aquático; – Nome de um número par. Os alunos devem ser lembrados de que não poderão formar uma palavra que contenha a mesma letra mais de uma vez. O professor registrará no quadro todas as palavras formadas, sendo solicitadas produções textuais. O professor fará essas atividades res- peitando o nível de cada turma. Esta dinâmica pode ser utilizada para traba- lhar palavras ditadas pelo professor, oportuni- zando sondagem dos conhecimentos. Dialogando Objetivos: Desenvolver a expressão oral e atenção; Ampliar o vocabulário; Oportunizar leitura e dramatização dos diálogos montados; Trabalhar sequência lógica e produção textual. Material necessário: – Envelopes contendo um diálogo escrito em fichas.
  • 58. 58 Maneiras Criativas de Ensinar Como fazer? O professor divide a turma em pequenos grupos. A cada grupo entrega um envelope contendo as fichas com os diálogos já elabora- dos, previamente. Cada diálogo estará escrito em fichas do mesmo tamanho, sendo que cada parágrafo desse diálogo estará em fichas diferentes. Cada grupo deverá montar o diálogo, observando a sequência ló- gica, a pontuação e entonação de voz, representando-o aos demais colegas; O professor deverá fazer a correção oral ou no quadro. Posteriormente, solicitar aos alunos que criem novos diálogos e representem-nos oralmente, ou através de gestos, trabalhando assim, a linguagem corporal. O professor poderá elaborar os diálogos sem pontuá-los, sendo este mais um desafio para os alunos. Pense Diferente, Reinvente Objetivos: Sintetizar as ideias, através de discussões, oportunizando o consenso na resolução de problemas; Ampliar o vocabulário; Despertar a criatividade e o senso crítico; Trabalhar sequência lógica, produção textual.
  • 59. 59 DINÂMICAS DE GRUPO Material necessário: - Uma folha de papel A4 contendo o início de uma história em qua- drinhos, a ser distribuída para cada dupla. Como fazer? Os alunos, em duplas, receberão uma parte da história em qua- drinhos, colada numa folha A4 para dar continuidade e um final à história, já iniciada. Os trabalhos deverão ser apresentados e expostos, dando lugar a um pequeno debate que responda às questões abaixo, além de per- mitir que os alunos opinem acerca do trabalho um do outro: – Que outro título vocês dariam à história? – Que outro final esta história poderia ter? – Vocês criaram outros personagens? Por quê? Os alunos poderão produzir outros finais para fatos verídicos na história do Brasil, expondo sua visão crítica e contextualizando o assunto. Dedo no Gatilho Objetivos: Fixar conteúdos já trabalhados; Ampliar a capacidade de pensar sob pressão.
  • 60. 60 Maneiras Criativas de Ensinar Material necessário: – Um cartaz com formas de cores variadas contendo as respostas das operações ou das perguntas a serem feitas pelo professor; Como fazer? O professor deverá elaborar, antecipadamente, as perguntas, po- dendo contemplar conteúdos que esteja ou tenham sido abordados com a turma, como: fatos, raiz quadrada, nomes das capitais, perso- nagens históricos ou qualquer outro. Dentro de cada forma desenhada no cartaz estarão escritas as respostas das perguntas elaboradas pelo professor. Os alunos formam duplas e ficam em frente ao cartaz, com as mãos para trás. O professor faz uma pergunta e os alunos deverão apontar com o dedo indicador a resposta correta que consta no cartaz. Todas as perguntas devem ser respondidas. Caso a dupla não consiga responder, a pergunta é repetida para a dupla seguinte. O professor poderá, com esta dinâmica, son- dar os conhecimentos dos alunos nas quatro operações matemáticas, poderá trabalhar a in- terdisciplinaridade, utilizando assuntos de dife- rentes disciplinas.
  • 61. 61 DINÂMICAS DE GRUPO Siga as Pistas Objetivos: Desenvolver a capacidade de agrupar e sintetizar informações, formulando hipóteses; Fixar conteúdos trabalhados anteriormente. Material necessário: – Envelopes confeccionados, contendo no interior de cada um: – um cartão com a imagem ou nome da resposta; – três pistas enumeradas, para que os alunos descubram a resposta. Os envelopes podem ter cores diferentes. O nível das pistas corresponde ao nível de com- plexidade trabalhado na turma. Como fazer? Os alunos são divididos em duplas ou trios. Escolhem um envelo- pe e informam ao professor qual é o número da pista que desejam obter. Eles poderão, em cada rodada, ter no máximo, três pistas. Assim que tiverem certeza, responderão e o professor mostrará a imagem ou o nome, para confirmar a resposta. Caso o professor leia as três pistas e a dupla ainda não saiba, o envelope retorna ao pro- fessor, podendo ser escolhido posteriormente por outra dupla ou trio.
  • 62. 62 Maneiras Criativas de Ensinar Exemplo 1: O CORAÇÃO 1ª Pista: Possui em suas extremidades duas válvulas: a cárdia e o piloro. 2ª Pista: Seus movimentos são denominados sístole e diástole. 3ª Pista: Distribui o sangue para todo o corpo. Exemplo 2: A MURALHA DA CHINA 1ª Pista: Sua função inicialmente foi essencialmente defensiva para a China. 2ª Pista: Após concurso informal internacional em 2007, foi consi- derada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. 3ª Pista: Constitui um símbolo da China e uma importante atração turística. Esta dinâmica pode ser aplicada em todas as disciplinas. É interresante que as duplas ou trios criem também desafios, elaborando pistas para os colegas adivinharem. Palavra ao Ar Objetivos: Estimular a utilização do dicionário; Despertar o interesse em conhecer e utilizar as palavras correta- mente;
  • 63. 63 DINÂMICAS DE GRUPO Desenvolver a habilidade de encontrar palavras por ordem alfabética; Ampliar o vocabulário. Material necessário: – Um dicionário para cada aluno; – Lista das palavras que serão pesquisadas pelos alunos. Como fazer? Solicita-se que todos os alunos tragam o dicionário. O professor fará uma seleção de vocábulos, de preferência, pala- vras que estejam sendo trabalhadas atualmente. Todos os alunos, em pé, levantam o braço direito, com o dicionário fechado e ao ser pronunciada pelo professor a palavra, os alunos a repetirão e deverão procurar seu significado no dicionário. Quem encontrar primeiro deverá ler em voz alta o respectivo significado. Posteriormente, o professor poderá solicitar uma produção textual, ou formulação de frases, com as palavras trabalhadas. As palavras a serem trabalhadas deverão ser escolhidas com uma finalidade, podendo ser de qualquer componente curricular, desde que o seu significado não seja do conhecimento dos alunos.
  • 64. 64 Maneiras Criativas de Ensinar Pichação Objetivos: Fixar conteúdos já trabalhados, sintetizando-os; Fortalecer as relações e a capacidade de ser avaliado pelos colegas; Desenvolver o poder analítico, criativo e prático, abrindo a mente para novas possibilidades; Gerar condições para o grupo trabalhar o consenso. Material necessário: – Uma cartolina ou 1 folha de papel madeira, para cada grupo; – Fita adesiva, para colar os cartazes na parede; – Caneta hidrocor, em cores fortes, preferencialmente, uma cor para cada grupo. Como fazer? O professor divide a turma em grupos de, no máximo, sete alunos. Cada grupo receberá um número que o identificará. O professor deverá ter avisado à turma qual tema será trabalhado, possibilitando que eles tenham realizado pesquisas e tenham conhe- cimento prévio. Será reservado para cada grupo um local. Neste local estará fixa- da uma cartolina ou papel madeira, onde irão escrever suas conclu- sões, acerca do tema apresentado. O primeiro comando é que discutam e registrem suas opiniões, em forma de síntese. O próximo comando é que o grupo 1 passe a analisar as conclu- sões registradas pelo grupo 2, e dentro de 5 minutos, deverá, caso
  • 65. 65 DINÂMICAS DE GRUPO considere necessário, fazer novos registros e, assim, cada grupo vai para o cartaz seguinte até que todos tenham “pichado” todos os car- tazes. O professor deverá promover uma apresentação final, sendo que cada grupo lerá o que fez inicialmente e cada grupo que pichou com- plementos, deverá fazer suas considerações. O professor deverá manter-se atento, buscando a participação de todos os alunos, num clima de cooperação e não de hostilização. Ao final das apresentações o professor pode- rá sugerir que cada aluno produza um texto com suas conclusões acerca do tema trabalhado. DINÂMICAS DE RECREAÇÃO “Eu me divirto mais quando paro de tentar obter o que quero e começo a ajudar os outros a obterem o que querem.” Objetivam resgatar a “energia” e a “motivação” dos alunos. De- vem ser lúdicas, rápidas e promover descontração. Podem estar diretamente ligadas ao objetivo do programa ou não. PIM Objetivos: Desenvolver a inteligência lógica matemática, a inteligência inter- pessoal, a cooperação e o trabalho em equipe; Desenvolver a capacidade de ouvir.
  • 66. 66 Maneiras Criativas de Ensinar Como fazer? O professor define o número, cujos múltiplos serão substituídos pela palavra PIM. Juntamente com os alunos, o professor determina- rá qual é o número que se constituirá o desafio. Exemplo 1: Desafio: Chegar até o número 100, substituindo pela palavra PIM os múltiplos do número 4 . Aluno A – diz 1 Aluno B – diz 2 Aluno C – diz 3 Aluno D – diz PIM Aluno E – diz 5 Aluno F – diz 6 e assim sucessivamente, devendo pronunciar PIM, no lugar dos números 4,8,12,16,20 e demais múltiplos de 4. A cada vez que um aluno errar, a turma recomeçará até que che- gue ao número final, sendo este desafiador. Exemplo 2: Desafio: Chegar até o número 120 substituindo pela palavra PIM os múltiplos de 4 e pela palavra PUFT múltiplos de 5. Aluno A – diz 1 Aluno B – diz 2 Aluno C – diz 3 Aluno D – diz PIM Aluno E – diz PUFT
  • 67. 67 DINÂMICAS DE GRUPO Aluno F – diz 6 e assim sucessivamente, devendo pronunciar PIM, no lugar dos números 4,8,12,16,20 e demais múltiplos de 4 e PUFT, no lugar dos números 5,10,15,25, 30, 35, 45. Deve ser pronunciado PIM/PUFT, no lugar dos números 20, 40 e demais que sejam múltiplos ao mesmo tempo de 4 e 5. Os participantes devem saber contar. O professor pode variar acrescentando mais uma palavra e mais um múltiplo. Se os alunos começarem a dominar a dinâmica de dizer “PIM” e “PUFT” na hora certa, acelere o ritmo, o que aumentará a diversão. Estouro com Abraços Objetivos: Movimentar o corpo, acordando o cérebro; Desenvolver as relações interpessoais; Descontrair; Trabalhar ritmo. Material necessário: - Bolas de sopro de cores variadas; - Micro System; - CD com músicas variadas e ritmadas; - CD com a música — Canção da América, de Milton Nascimento.
  • 68. 68 Maneiras Criativas de Ensinar Como fazer? Será feita, uma seleção com músicas de vários ritmos. Os alunos serão divididos em duplas. Cada dupla receberá uma bola de sopro, deverá enchê-la e amarrá-la com um nó. O professor explicará que os alunos, em duplas, deverão dançar, no ritmo da música, sem deixar a bola cair. Os alunos poderão usar as mãos apenas, para mudar a bola de lugar. O professor dará um novo comando a cada vez que a música mudar. Sugestões de comandos: Dançar com a bola nos ombros, nas costas, nos joelhos, nos pés, na cabeça. Para finalizar, o comando será no peito e estourar a bola com um GRANDE ABRAÇO. A música de preferência para o encerramento é “Canção da Amé- rica”, de Milton Nascimento. Ginástica Objetivo: Movimentar os músculos; Desenvolver ritmo; Estimular a memorização e o trabalho em equipe; Promover a aproximação entre os alunos. Material necessário: – Um cartaz, contendo os versos que deverão ser recitados pelos alunos.
  • 69. 69 DINÂMICAS DE GRUPO Como fazer? Todos os alunos de pé, devem recitar os versos, fazendo com eles os movimentos. Quando todos já souberem, vão repetindo mais de- pressa, terminando sempre com um abraço! Mãos na cintura, mãos no joelho, Mãos atrás, tocando os dedos! Mãos nos ombros, no nariz, Nas orelhas, isto já fiz! Toque o chão e levantando Erga-as bem alto, abanando. Mãos para baixo, bata palmas: Um, dois, três! Um abraço acalma! Se Objetivos: Promover a integração entre os alunos; Trabalhar o autocontrole e a capacidade de cumprir determina- dos comandos; Fixar conhecimentos adquiridos de forma prazerosa; Trabalhar a multidisciplinaridade; Descontrair. Material necessário: – Lista elaborada com as sentenças que serão ditas aos alunos.
  • 70. 70 Maneiras Criativas de Ensinar Como fazer? Todos os alunos ficarão em pé, um ao lado do outro. O professor deverá ler as sentenças que, obrigatoriamente, deve- rão ser iniciadas com a palavra SE. Os alunos deverão seguir ou não o comando citado em cada sentença. Caso o aluno realize um comando indevido, não deverá sair da di- nâmica; o professor não deverá reforçar o erro, e sim, fazer com que a turma foque os acertos e as informações contidas em cada sentença. Sugestões de sentenças: – Se o aumentativo da palavra corpo for copázio, levante a mão direita. – Os alunos não deverão levantá-la; – Se o número 7 é ímpar, dê um pulo. – Os alunos deverão pular. – Se o Brasil faz parte do MERCOSUL, fique de costas. – Os alunos deverão ficar de costas. O professor deverá considerar o nível da tur- ma, elaborando sentenças de acordo com os conteúdos já trabalhados. Poderá elaborar sen- tenças de uma única disciplina ou de várias. Palavra Secreta Objetivos: Estimular o pensamento; Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for- mulando hipóteses;
  • 71. 71 DINÂMICAS DE GRUPO Descontrair; Desenvolver a capacidade de resiliência frente a um desafio. Material necessário: – Envelope contendo uma ficha com o nome da palavra a ser descoberta. Como fazer? Numa folha de papel, o professor escreverá qual é a palavra a ser descoberta. O desafio é a turma descobri-la. O professor deverá dar pistas estimulantes. Todos os alunos deve- rão participar dizendo qual é a palavra que consideram ser a correta. É muito interessante quando o professor retira a palavra de um texto ou de um conteúdo trabalhado e cria pistas, que instiguem bem o cérebro dos alunos. O professor poderá aplicar esta dinâmica, antes de contar uma história, desde que a palavra secreta seja o título da história ou o nome de um personagem desta história. Isso favorecerá que os alunos fiquem mais atentos, buscando conhe- cer como se comporta o referido personagem. É importante que seja solicitado aos alunos uma produção textual com a palavra secreta. Em turma de 4° a 9º ano, poderá usar nomes de personagens históricos, palavras chaves dos conteúdos de qualquer uma das matérias.
  • 72. 72 Maneiras Criativas de Ensinar Alfabeto Neuróbico Você sabia? Neuróbica é a aeróbica dos neurônios. Consiste de ginástica para o cérebro. O desafio é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Objetivos: Exercitar o cérebro de forma divertida; Trabalhar lateralidade; Descontrair; Despertar para o processo de associação de letras a gestos. Material necessário: – Cartaz contendo as letras D, E e J e seus respectivos coman- dos (para as turmas até o 3º ano). Como fazer? Deverá ser apresentado o seguinte alfabeto para a turma, confor- me o exemplo: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T d e j e d e j d d j e d e e j j d e d j U V W X Y Z e j e d e j
  • 73. 73 DINÂMICAS DE GRUPO Todos em pé, deverão recitar as letras do alfabeto e, respectiva- mente, fazer as seguintes associações: d= Levantar braço direito e= Levantar braço esquerdo j= Levantar os dois braços A dinâmica será encerrada quando todos dominarem os comandos e demonstrarem interesse. O professor pode criar novos comandos. Recitar o alfabeto, onde se deve bater palmas ao falar as vogais e bater nas coxas ao falar as consoantes (até 2º ano). Quando conseguirem fazer bem, pode variar aumentando a velocidade e não falando as vogais, depois as consoantes, depois nem as vogais e nem as consoantes, permanecendo apenas as palmas e as mãos nas coxas e mantido o ritmo uníssono. Desafiar a turma a recitar o alfabeto às avessas (de trás para frente). Funciona muito bem quando os alunos são dispostos em círculo e um a um vão falando as letras do alfabeto. Inicialmente poderá ser disponibilizado um alfabeto à mostra, depois o retira e os alunos deverão continuar a atividade.
  • 74. 74 Maneiras Criativas de Ensinar Qual é o Número? Objetivos: Estimular o pensamento; Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for- mulando hipóteses; Descontrair. Desenvolver a capacidade de persistência frente a um desafio. Material necessário: – Um envelope contendo uma ficha com o número a ser des- coberto. Como fazer? Numa folha de papel, o professor escreve qual é o número a ser descoberto. Cada aluno fará uma pergunta, que será respondida apenas com SIM ou NÃO. Os alunos não poderão responder perguntando. Exemplo: É 35? Deverá ser bem trabalhada a capacidade de agrupar as informa- ções obtidas pelas perguntas já feitas e só será permitido pronunciar a resposta quando esta estiver explícita. Exemplo: O número escolhido pelo professor foi 367. Já foi feita a pergunta: “É maior que 366”? “É menor que 368”? Claro, o próximo aluno terá a certeza de qual é o número. Todos os alunos deverão ser estimulados a participar com as perguntas. Evitar críticas quando algum aluno desatento fizer repetir perguntas.
  • 75. 75 DINÂMICAS DE GRUPO O papel do professor é fundamental para manter o interesse da turma. Torne a atividade desafiadora. O professor poderá solicitar que um grupo escolha um número para os demais descobrirem. Dramatização Objetivos: Estimular a imaginação e a criatividade; Trabalhar a capacidade de reproduzir sons, gestos de acordo com a história narrada; Descontrair. Material necessário: – Anexo G (página 107) — Texto sugerido (a escolha do texto deve ser criteriosa, pois o texto deve propor várias ações). Como fazer? Todos os alunos são convidados a dramatizarem a história que o professor irá contar. Cada vez que for pronunciado um número, o grupo deverá se sub- dividir, mantendo-se nesse número até o próximo comando. Claro que um grupo ficará em número diferenciado. É importante que haja espaço suficiente para os alunos andarem, correrem e vivenciarem todas as ações propostas.
  • 76. 76 Maneiras Criativas de Ensinar Uma excelente sugestão é a história: O acampamento, de Maria Aparecida Pinheiro Sanches. Ver anexo G. O professor poderá solicitar que em pequenos grupos, os alunos produzam novos textos, para que vivenciem. Bate, Rebate e Abraça! Objetivos: Estimular a troca de sentimentos positivos nas relações; Trabalhar ritmo e capacidade de reproduzir sons, gestos de acor- do com a história narrada; Permitir a troca de sentimentos bons, gerando descontração e sinergia. Material necessário: – Micro System; – CD com uma música bem envolvente, no formato karaokê. Como fazer? O professor abordará a temática de que todos nós, diante de uma ação de outrem, geralmente reagimos da mesma forma, muitas ve- zes fazendo ou dizendo coisas que não fazem parte dos nossos prin- cípios. Desafiá-los a parar diante de agressões verbais e até mesmo físi- cas, mantendo-se, em essência, o que são e rebatendo com ações que venham a diferenciar-se com o que recebem.
  • 77. 77 DINÂMICAS DE GRUPO Ao colocar a música, o professor dará os comandos: – Formar duplas e escolher qual aluno irá começar; – Em cada dupla, com as mãos abertas, batem com as palmas das mãos, umas nas outras, e o primeiro aluno dirá o nome do sentimento que ele tem a oferecer; – Agora, com as palmas das mãos voltadas para si, batem umas nas outras e o outro aluno compartilhará o seu sentimento e os dois abraçam-se, dizendo ESPALHA. Todos continuarão distribuindo sentimentos positivos para os ou- tros colegas, obedecendo aos mesmos comandos. Possibilitar reflexões: – No nosso dia a dia é comum rebatermos atitudes que nos desa- gradam com o que consideramos certo ou por impulso? – Que consequências isso pode trazer para nossas vidas e para a vida de pessoas próximas? – Agindo impulsivamente contribuímos para um ambiente pacífi- co ou de discussão? – Qual é a sensação de oferecer e retribuir sentimentos bons? – É possível fazer isso? – Quais benefícios isso trará para nossas vidas? O professor poderá solicitar que os alunos tragam recortes de reportagens de violências e as consequências, quando todos os envolvidos agem da mesma forma.
  • 78. 78 Maneiras Criativas de Ensinar Quadro Coletivo Objetivos: Despertar o espírito de equipe e de iniciativa; Estimular a criatividade; Vivenciar situações de pensar coletivamente; Refletir acerca da importância que cada um dos participantes tem para o resultado final de um objetivo comum. Material necessário: – 1 cartolina para cada grupo; – Caneta hidrocor para cada aluno; – 1 apito. Como fazer? O professor abrirá uma discussão, falando acerca de como é fun- damental, para o alcance de um objetivo comum, a participação res- ponsável de cada um dos membros do grupo. Em seguida, os alunos serão divididos em dois grupos que forma- rão dois semicírculos. O professor entregará para cada grupo uma cartolina e para cada aluno 1 hidrocor de cores variadas. O professor dará o comando: Ao ouvir o apito soar, o aluno que estiver com a cartolina, deverá iniciar um desenho, sem falar nada aos demais colegas. Ao som do apito novamente, a cartolina será entregue ao segundo membro que dará continuidade ao desenho, até ouvir novamente o apito.
  • 79. 79 DINÂMICAS DE GRUPO A atividade será encerrada após a participação do último membro de cada grupo. O professor pede para que o primeiro aluno venha apresentar o quadro desenhado coletivamente e pergunta-lhe: – Foi isso que você imaginou inicialmente? Volta-se aos demais membros e continua: – Foi fácil ou difícil dar continuidade ao que estava feito? Por quê? – Gostaram do resultado? – Quem foi o responsável pelo resultado final do quadro? – Qual a importância da participação de cada membro, para o alcance do objetivo comum? – O que acontece quando um ou mais deixaram de fazer o seu melhor? Os trabalhos serão expostos, com os nomes dos membros.
  • 80.
  • 82.
  • 83. 83 JOGOS COOPERATIVOS JOGOS COOPERATIVOS “Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas como elementos que o tornam possível, mas como verdadeira lição de ética e moral que, se bem trabalhadas, ensinarão a viver, transformarão e, portanto, efetivamente educarão.” Celso Antunes Kamii e Devris (1980) conceituam jogo como “uma competição fí- sica ou mental conduzida de acordo com regras na qual cada partici- pante joga em direta oposição aos outros, cada um tentando ganhar ou impedir que o adversário ganhe”. Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida. Partindo do consenso de que todos nós almejamos mudanças significativas no cotidiano escolar, no que se refere às relações éti- cas e de valor cabe a nós, professores, proporcionar aos educandos condições e um clima onde o jogo possa ter a finalidade de educar, divertir, desenvolver habilidades específicas, despertar a consciência para a busca do bem comum e reforçar a prática de suas virtudes, praticando a ética. O grande diferencial que vem surgindo no âmbito pedagógico, tan- to escolar quanto empresarial, é a utilização de jogos cooperativos, dando nova alusão à forma de jogar. Frente às diferenças estabelecidas entre competir e cooperar, deve ser abolida das salas de aula essa ideia de jogos competitivos,
  • 84. 84 Maneiras Criativas de Ensinar uma vez que o nosso papel é oferecer aos educandos condições para aprimorar as relações interpessoais, desenvolver a autoconfiança, resgatar os valores, transmitir alegria, capacitar para o trabalho em equipe, vivenciar o respeito às regras de convívio e ser marcado por aprendizagens significativas para si e para o mundo. Exercendo este papel, o professor torna-se autônomo, criador, inovador, aproveitan- do a vida que se apresenta em cada momento como matéria bruta, pronta para ser lapidada e validada por uma educação alegre, viva, lúdica e inovadora. “Neste novo milênio, de tanta competitividade, a única certeza que temos é a de que devemos mudar.” Luiz Marins Esquentando o Cérebro Objetivos: Praticar atividade neuróbica, acordando o cérebro; Descontrair; Manter a atenção nas ações dos colegas. Como fazer? Os alunos ficarão em círculo e atentos, seguindo os comandos: Ao tocar uma parte do seu corpo, pronuncia-se o nome de outra. O próximo aluno deverá tocar na parte do corpo que o colega citou e pronunciar o nome de outra parte; Exemplo: João toca no joelho e diz nariz; Maria toca no nariz e diz cotovelo; Pedro toca no cotovelo e diz mão e assim sucessivamente.
  • 85. 85 JOGOS COOPERATIVOS Jogo da Velha Cooperativo Objetivos: Desenvolver as relações interpessoais; Trabalhar a interdisciplinaridade, fixando conhecimentos adquiri- dos anteriormente; Desenvolver raciocínio lógico. Material necessário: – Um jogo da velha feito em tamanho grande, sendo especifi- cado em cada casa, o assunto que será trabalhado; – Cada peça deverá ter duas cores; – Perguntas e respostas para cada casa do jogo. Como fazer? O professor elaborará, para cada casa do jogo, dez perguntas e respostas correspondentes ao tema. Sugestão: Sinônimo e Antônimo Ortografia História Ecologia Geografia Folclore Língua Estrangeira Ciências Matemática Cada aluno arremessará uma peça do jogo da velha que, ao cair em uma casa, responderá à pergunta correspondente; caso não sai- ba, o aluno solicitará ajuda de outro colega, até encontrar a resposta.
  • 86. 86 Maneiras Criativas de Ensinar O jogo terminará quando os alunos conseguirem deixar três peças juntas, da mesma cor na horizontal, vertical ou diagonal; O professor deverá esclarecer que o objetivo é único, sendo impor- tante não haver competição e sim, o espírito de cooperação. O professor poderá estabelecer um recorde com a turma para montar o jogo em outras partidas. Ortografia e Adivinhação Objetivos: Trabalhar a capacidade de agrupar e sintetizar informações, for- mulando hipóteses; Despertar o espírito de trabalho em equipe e de iniciativa, exercitando atividades de consenso; Estimular a criatividade; Desenvolver a oralidade e o improviso. Material necessário: – Folhas contendo adivinhações variadas. Como fazer? A turma será dividida em pequenos grupos de, no máximo, quatro alunos. Ao receber as folhas contendo as adivinhações, o grupo irá res- pondê-las, estando atento ao fato de que na resposta deve conter a palavra em destaque.
  • 87. 87 JOGOS COOPERATIVOS Exemplo: O AMOR que é uma flor: amor-perfeito É estipulado um tempo para que cada grupo responda às adivi- nhações, sendo fundamental a participação de todos. Após determinado tempo, o professor distribuirá as folhas, possi- bilitando aos grupos responderem outras adivinhações. Caso alguma adivinhação ainda esteja sem resposta, poderá ser respondida. Caso o grupo discorde da resposta, deverá escrever a que considerar cor- reta. Esse rodízio será feito até que a folha chegue ao grupo original, com todas as contribuições e seja feito com o professor a correção (no quadro); isso com a participação oral dos alunos. Finalmente, o professor deverá solicitar que cada aluno produza adivinhações, seguindo o modelo, não podendo repetir as que já fo- ram apresentadas. O professor pode possibilitar uma troca de adivinhações oralmente, com as que foram produzidas e desafiar os alunos a criarem novas adivinhações. Seguem alguns modelos: O NÓ APERTADO 1. O NÓ que é prêmio internacional?______________________ 2. O NÓ que pertence à casa real?________________________ 3. O NÓ de quem não tem parada?_______________________
  • 88. 88 Maneiras Criativas de Ensinar 4. O NÓ que é lei?_____________________________________ 5. O NÓ que é dinheiro e apontamento também?___________ 6. O NÓ que é esposa do filho? __________________________ Respostas: 1. Nobel 2. Nobreza 3. Nômade 4. Norma 5. Nota 6. Nora O PÉ QUE FICA EM PÉ 1. O PÉ que lida com cavalos? ___________________________ 2. O PÉ que trata de crianças?___________________________ 3. O PÉ que é rocha?___________________________________ 4. O PÉ que vive na água? ______________________________ 5. O PÉ que faz parte do quebra-cabeça? __________________ 6. 6.O PÉ que é cabelo?_________________________________ Respostas: 1. Peão 2. Pediatra 3. Pedra 4. Peixe 5. Peça 6. Pelo Enigma Objetivos: Promover a integração entre os alunos; Desenvolver a capacidade de associar informações, para a reso- lução de problemas; Trabalhar a interdisciplinaridade de forma desafiadora e divertida. Material necessário: – Cartaz com as letras do alfabeto, estando definido um valor para cada letra; – Folha xerocopiada contendo o enigma a ser decifrado.
  • 89. 89 JOGOS COOPERATIVOS Como fazer? A turma será dividida em duplas. O professor apresentará o enig- ma, no qual terá uma pista, que deve ser desafiadora. Veja o modelo: Pista: Um país do Oriente Médio A= 12 B= 48 C= 7 D= 19 E= 10 F= 40 G= 3 H= 80 I= 18 J= 2 K= 54 L= 30 M= 5 N= 65 O= 9 P= 90 Q= 4 R= 8 S= 1 T= 17 U= 6 V= 23 W= 100 X= 5 Y= 98 Z= 20 OPERAÇÃO LETRA L – V 30 – 23 =7 C F*J G + C+ U + J Q * Z + E F : M L - Z Os alunos serão orientados a efetuarem cada operação matemá- tica proposta, que os levará a descobrir qual é a letra correspondente ao seu resultado. A junção dessas letras forma uma palavra, que é a resposta do enigma. Resposta: OPERAÇÃO LETRA L – V 30-23=7 C F*J 40*2=80 H G+C+U+J 3+7+6+2=18 I Q*Z+E 4*20+10=90 P F : M 40:5=8 R L – Z 30-20=10 E
  • 90. 90 Maneiras Criativas de Ensinar Os alunos a partir do 5º ano poderão criar novos enigmas para a turma descobrir. O enigma poderá ser uma palavra chave de um assunto que a turma esteja trabalhando. Jogo do Hexágono Objetivos: Desenvolver as relações interpessoais; Desenvolver raciocínio lógico matemático; Estimular a criação de hipóteses; Desenvolver a capacidade de persistência frente aos desafios. Material necessário: - Anexo H (página 108) ( uma cópia para cada aluno). Como fazer? Ao receberem o anexo H, os alunos deverão colocar os números de 1 a 12, sem repeti-los, sendo que todos os lados do hexágono de- verão apresentar como resultado da soma, o número 17. Nas turmas de 6º a 9º ano, após soluciona- rem este desafio, deverão, utilizando outras figu- ras geométricas, criar novos desafios.
  • 91. 91 JOGOS COOPERATIVOS Jogo dos Triângulos Objetivos: Desenvolver as relações interpessoais e o raciocínio lógico matemático; Estimular a criação de hipóteses; Desenvolver a capacidade de persistência frente aos desafios. Material necessário: – Anexo I (página 109) ( entregar uma cópia para cada aluno). Como fazer? Ao receberem uma cópia do anexo I, os alunos deverão colocar os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 nos círculos sem repeti-los, de modo que a soma de cada lado dos triângulos seja sempre igual ao número que está no centro de cada um. Veja o exemplo: 10 1 6 3 2 5 4 Nas turmas de 6º a 9º ano, após solucionarem este desafio, deverão, utilizando outras figuras geométricas, criar novos desafios.
  • 92. 92 Maneiras Criativas de Ensinar Ritmo Objetivos: Promover a integração entre os alunos; Trabalhar a lateralidade, coordenação motora e ritmo; Descontrair. Como fazer? Os alunos formarão um grande círculo e receberão um número, devendo o professor ser o número 1. O jogo consiste em criar uma sintonia, um ritmo, nas palmas e nos estalos de dedos, feitos pelos alunos. Todos acompanham o ritmo, que deverá ser iniciado lentamente, sendo que só um participante por vez pronuncia os números realizan- do os passos: 1. Bate as mãos nas coxas e bate palmas; 2. Ao pronunciar o próprio número serão estalados os dedos da mão direita. 3. Ao pronunciar número de um colega serão estalados os dedos da mão esquerda. 4. Reinicia o comando; Ao errar, o aluno não sai do jogo. O professor deverá redistribuir os números. O jogo termina quando toda a turma conseguir executar os coman- dos bem ritmados.
  • 93. 93 JOGOS COOPERATIVOS Você viu o quê? Objetivos: Despertar a concentração; Trabalhar a escrita; Desenvolver a capacidade de ampliar a visão; Promover o trabalho em equipe e a integração entre os alunos. Material necessário: – Cartaz contendo, no mínimo, 30 imagens de todos os tama- nhos e gêneros; – 1 ficha para cada grupo. Como fazer? A turma será dividida em pequenos grupos e receberá uma ficha, onde deverão colocar os seus nomes. Os alunos observarão o cartaz por uns 3 minutos. Caso o cartaz contenha mais gravuras, aumentar o tempo destinado à análise do cartaz pelos alunos. Ao ser encerrado o tempo acordado, o professor retirará o cartaz e solicitará que escrevam uma lista com os nomes de tudo o que lembram ter visto. Após terem escrito, o professor solicitará que troquem as relações feitas. Cada grupo deverá complementar as relações dos colegas, escrevendo nomes que não estão escritos e que estavam no cartaz exposto anteriormente. Este rodízio deverá ser feito até que as fichas cheguem aos seus donos.
  • 94. 94 Maneiras Criativas de Ensinar O professor mostrará mais uma vez o cartaz e todos os alunos verificarão se os nomes escritos na relação estão representados no cartaz. Ao ser concluída essa fase, o professor fará as seguintes conside- rações: – Foi fácil lembrar-se de todas as gravuras que estavam no cartaz? – O que dificultou a não memorização? – A contribuição dos colegas foi importante para a complementa- ção da lista solicitada? – Quais sentimentos afloraram ao verificarem que alguns colegas haviam se lembrado de mais nomes que você? – É mais fácil cooperar ou competir? – Que sentimentos são aflorados numa competição? E numa ati- vidade cooperativa? O professor conclui falando acerca da importância de um olhar mais atento e da contribuição de todos para a obtenção de maiores resultados. Qual é o próximo? Objetivos: Desenvolver a percepção visual e memória; Descontrair; Estimular a criação de hipóteses; Contribuir para a resolução de problemas, baseado em acúmulo de informações.
  • 95. 95 JOGOS COOPERATIVOS Material necessário: – Canetas para cada aluno; – Envelopes contendo fichas; – Fichas contendo desafios, para que os alunos decifrem. Exemplos: 1) 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ____ ? 2) 1, 3, 5, 7, 11, ____ ? 3) 1, 2, 4, 8, 16, 32, ____ ? 4) Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasí- lia, Campo Grande, Cuiabá, _________________ ? 5) J, M, M, J, A, O, ____ ? Soluções: 200. É o próximo número que é iniciado pela letra d. 13. O próximo número primo. 64. Basta ir multiplicando por 2 o número anterior. Curitiba. É o próximo nome de capital brasileira, pela ordem alfabética. D. Refere-se a dezembro. É o próximo mês do ano que possui 31 dias. Como fazer? O professor dividirá a turma em duplas ou em pequenos grupos e entregará um envelope contendo uma ficha com o desafio: O que vem depois?
  • 96. 96 Maneiras Criativas de Ensinar Será acordado que cada dupla ou grupo só revelará seu desafio quando todos estiverem encontrado a resposta. Depois, o professor convidará cada dupla ou grupo para apresen- tar a ficha e sua respectiva resposta. Caso alguma dupla ou grupo não consiga encontrar a resposta, a turma toda deve ser desafiada a descobri-la. O professor poderá sugerir que os grupos ou duplas criem novas fichas. O importante é estimular o espírito de cooperação. Jogos de Mesa Objetivos: Desenvolver o raciocínio e a percepção; Facilitar a intepretação de informações dadas; Despertar a criatividade, a capacidade de sintetizar informações e levantar hipóteses a fim de solucionar problemas. Material necessário: – Uma cópia de cada jogo a ser aplicado: a) Teste de Rapidez e Observação; b) Quanto vale? c) Complete os quadros. – Canetas para cada um dos alunos.
  • 97. 97 JOGOS COOPERATIVOS Como fazer? O professor dividirá a turma em três grupos. Será entregue a cada grupo uma cópia de cada jogo para que res- pondam ao mesmo tempo. Caso todos não consigam, é importante que o professor conclua em outro momento, possibilitando que todos encontrem as respostas. O professor poderá, também, solicitar que quem já tenha conclu- ído, ajude a quem não conseguiu, mantendo-se perto dos alunos, aguçando as mentes para formulação de hipóteses, explicando-lhes que ajudar não significa fazer pelos colegas. Enumeraros participantes daturmae sempre que for mudar de jogo, sugerir que os alunos formem novos grupos. Isso contribuirá para que o desafio torne-se cooperativo e todos cheguem ao resultado. Vamos acordar o cérebro! a) Teste de Rapidez e Observação 1. Continue esta sequência lógica: S T Q Q ___ ___ ___ 2. Corrija esta fórmula, colocando apenas um traço: 5 + 5 + 5 = 550 3. Por favor, escreva seu nome no quadrado abaixo: 4. Alguns meses têm 31 dias, outros 30, quantos têm 28 dias?
  • 98. 98 Maneiras Criativas de Ensinar 5. Numa região existem 3 ilhas, as ilhas têm 3 palmeiras. Se cada palmeira tiver 3 cocos, quantos cocos você colheria nas 3 ilhas? 6. No dia 7 de setembro comemora-se o dia da Independência do Brasil, em Portugal existe 7 de setembro? 7. Você está participando de um campeonato de natação, onde de repente você ultrapassa o segundo colocado, antes da disputa acabar. Qual a sua colocação? 8. Um avião parte de um ponto A em direção a um ponto B, ao sobrevoar um ponto C, cai. Onde enterrar os sobreviventes, consi- derando que todos são de um ponto D? 9. Você encontrou uma caixa de fósforos com apenas 1 palito e em um quarto há uma vela, um lampião e um pedaço de lenha. Qual você acenderia primeiro? 10. Quantos animais de cada espécie Moisés colocou na arca? 11. Tire três letras e descubra o nome de um personagem de história infantil: TBRRANECAS DELE TNREASVE Solução: 1. S S D – refere-se a sexta, sábado e domingo – os dias da se- mana. 2. 5 5 + 5 = 550 – colocar o traço acima do sinal de adição, transformando-o no algarismo 4. 3. Não escrever o nome, pois não há quadrado, sim um retângulo. 4. Todos os meses têm 28 dias. 5. Nenhum, pois palmeira não dá cocos. 6. Sim. 7. Em segundo lugar. 8. Em lugar algum, pois não se enterram sobreviventes. 9. O fósforo. 10. Nenhum, pois quem construiu a arca foi Noé. 11. Basta riscar as letras T R E S L E T R A S, na ordem em que estão dispostas e aparecerá o nome BRANCA DE NEV
  • 99. 99 JOGOS COOPERATIVOS b) Quanto vale? Analise bem estes números e descubra qual é o resultado: Se 1 = 4 2 = 16 3 = 84 Então 4= ? Solução: É igual a 1. Verifique a primeira afirmação dada: 1= 4, então 4=1. c) Complete os quadros Complete os últimos quadros de acordo com as sequências de operações: X + - : 2 3 6 8 18 13 16 32 13 16 10 8 Solução: 54 18 7 4
  • 100.
  • 102.
  • 103. 103 ANEXOS ANEXO A O QUE ESTOU TRAZENDO? LETRA OFEREÇO AO GRUPO... DESEJO RECEBER... A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
  • 104. 104 Maneiras Criativas de Ensinar ANEXO B Quando um grupo se inicia Quando um grupo se inicia, existem várias palavras que não se expressam que ficam guardadas, escondi- das, disfarçadas. À medida que as pessoas vão e vêm entre si, os mis- térios vão se abrindo, as flores vão se desabrochando, o conhecimento acontece e os laços se estabelecem. Sobra, porém, algo por descobrir. Existe sempre um mis- tério por revelar. Quando um grupo se inicia, todos chegam trazendo o que é seu. Desconfiados, apreensivos, alegres, interessados, observadores, distraídos, esperançosos, temerosos, tímidos, expansivos, silenciosos, resistentes, eles vêm se aproximando em busca de algo, cada um com seu jeito, sua forma, seu temperamento, sua história de vida, seu desejo, seu destino. Mãos soltas e olhares inquietos começam a ver outros seres, outros olhos, e ao se darem as mãos somam afetos, alegrias, preocupações, carinhos e medos. Um grupo se forma quando todos encontram nele seu lugar, lugar flexível, garantindo a cada um sua importância, seu significado. Eu você, o outro – NÓS! A.D
  • 105. 105 ANEXOS ANEXO C MINHA VIDA – MINHA BANDEIRA 1 2 3 4
  • 106. 106 Maneiras Criativas de Ensinar ANEXO D ALFABETO PREFERIDO ALFABETO PREFERIDO A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
  • 107. 107 ANEXOS ANEXO E EU SEI QUEM É VOCÊ É muito tranquilo(a): ___________________________________ Tem um animal de estimação: ___________________________ Gosta de passear na praça: _____________________________ Gosta de dormir até tarde: ______________________________ Curte filmes de aventuras: ______________________________ Tem medo de dormir no escuro: __________________________ Costuma cantar no chuveiro: ____________________________ Tocauminstrumentomusical:____________________________ Prefere fazer trabalho escolar sozinho(a):__________________ Curte música sertaneja: ________________________________
  • 108. 108 Maneiras Criativas de Ensinar ANEXO F MEDALHÃO
  • 109. 109 ANEXOS ANEXO G O Acampamento Estamos no acampamento! Saímos para um passeio de explora- ção da região. Fechemos os olhos. Caminhemos lentamente. Imaginemo-nos a beira de um lago... muito azul..., águas plácidas, cercado por uma vegetação muito densa. Mas...onde estamos? Caminhamos durante muito tempo e pare- ce que estamos perdidos: ...distante do resto do grupo! De repente, não mais que de repente... abrimos os olhos e o que vemos? Um bando de patos selvagens, voavam num barulho ensur- decedor! De uma árvore, pulam a nossa frente, 5 macaquinhos endiabrados. Corremos... Paramos repentinamente, muito assustados, porque 4 pacas atravessaram nosso caminho em busca de seu bando. Para nos refazer do susto, muito ofegantes, sentamo-nos no chão; respiramos profundamente por alguns instantes. Levantamo-nos e continuamos a caminhada em busca do acam- pamento, mas... ouvimos um barulho diferente... o que seria? Era o carcarejar de galinhas: 7 delas ciscavam logo ali em busca de alimento para os 10 pintinhos que as acompanhavam. Que bom! Isto indica que estamos próximos ao acampamento. E o que estamos vendo? O grupo todo correndo em nossa direção com os braços abertos prontos para um abraço amigo.
  • 110. 110 Maneiras Criativas de Ensinar ANEXO H JOGO DO HEXÁGONO Colocar os números de 1 a 12, sem repetí-los, sendo que todos os lados deverão apresentar, como resultado da soma, o número 17. Solução: 1 7 4 6 8 3 12 2 10 5 11 9 Podem ser encontradas outras respostas.
  • 111. 111 ANEXOS ANEXO I JOGO DOS TRIÂNGULOS 11 12 Solução: 11 6 1 4 5 2 3 12 5 3 4 2 6 1 Podem ser encontradas outras respostas.
  • 112.
  • 113. 113 PARA REFLETIR Certamente você já foi ou sentiu-se desafiado(a) a dar 100% no seu trabalho. Você saberia dizer : - O que é dar 100%? - O que significa dar MAIS que 100%? De um ponto de vista estritamente matemático, desejo que se convença de que é possível darmos 101%, superando o que normal- mente nos é pedido. Se as letras do alfabeto forem representadas por números: A=1 B=2 C=3 D=4 E=5 F=6 G=7 H=8 I=9 J=10 K=11 L=12 M=13 N=14 O=15 P=16 Q=17 R=18 S=19 T=20 U=21 V=22 W=23 X=24 Y=25 Z=26
  • 114. 114 Maneiras Criativas de Ensinar Então: SE: H A R D W O R K TRABALHO DURO 8 1 18 4 23 15 18 11 = 98% E K N O W L E D G E CONHECIMENTO 11 14 15 23 12 5 4 7 5 = 96% MAS A T T I T U D E ATITUDE 1 20 20 9 20 21 4 5 = 100% Então, veja qual o verdadeiro segredo para que possamos ir além: L O V E O F G O D AMOR DE DEUS 12 15 22 5 15 6 7 15 4 = 101% Portanto, pode-se concluir matematicamente onde o amor de Deus nos levará. Enquanto TRABALHO DURO e CONHECIMENTO nos levará perto e ATITUDE nos levará até lá, é o AMOR DE DEUS que nos colocará além, no topo! Nos encontraremos lá...
  • 116.
  • 117. 117 REFERÊNCIAS BEAULIEU, Danie. Técnicas de Impacto na Sala de Aula. 2 ed. Petró- polis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008 FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. cartas a quem ousa ensinar. Saõ Paulo: Editora Olho d’Água, 1997 HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Belo Hori- zonte ( Venda Nova) MG: Editora Betânia, 1991 SERRÃO, Margarida.; BALEEIRO Maria Clarice. Aprendendo a Ser e a Conviver. 2 ed. São Paulo:FTD, 1999 ANTUNES, Celso. O lado direito do cérebro e sua exploração em aula, fascículo 5. 5 ed. Petrópolis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007 ______________. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir, fascículo 15. 6 ed. Petrópolis Rio de Janeiro: Edi- tora Vozes, 2008 CIVITATI, Héctor Pedro Oscar. Jogos Recreativos para clubes, acade- mias, hotéis, acampamentos, spas e colônia de férias. 3 ed. Rio de Janeiro: SPRINT, 2006 MILITÃO, Albigenor Rose. S.O.S.: Dinâmica de Grupo. Rio de Janei- ro: Qualitymark, 1999 ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos, quebra-cabeças, enig- mas e adivinhações. Petrópolis Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007 MILITÃO, Albigenor Rose. Vitalizadores: mais de 100 opções pra
  • 118. 118 Maneiras Criativas de Ensinar você acordar o seu grupo e mantê-lo acesso. Rio de Janeiro: Quality- mark, 2001 SCHWARTZ, Gisele Maria. Dinâmica Lúdica: novos olhares. Barueri, SP: Manole, 2004 MACGREGOR, Cynthia. 150 jogos não-competitivos para criança: todo mundo ganha! Tradução Regina Drumond. São Paulo: Madras, 2009 DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. UNESCO,MEC. São Paulo: Cortez Editora, 1999 GOMES, Washington Luiz Moreira. Manual de Recreação e Educação Física Infantil- Aprender Sorrindo Volumes I, II e III. São Paulo: LEME – Empresa Editorial Ltda. SILVA, Hope Gordon. Sociabilidade Joias. 2 ed. São Paulo: Redijo – Gráfica e Editora Ltda, 1983 A.D. Autor Desconhecido http://pensador.uol.com.br/carlos_drumond_andrade_poemas_ amizade/16/08 de maio de 2011, 15:21.