Este documento descreve o que são barragens subterrâneas, seus tipos e modelos desenvolvidos no Brasil. Apresenta os parâmetros para construção, etapas, peculiaridades de modelos como o da Embrapa, ASA e Costa & Melo, além do número construído pelo programa Uma Terra e Duas Águas no semiárido brasileiro.
1. Barragem Subterrânea
Grupo 04 : Acson
Amanda
Edilberto
João Lucas
Murilo
Grupo 04: Acson Gonçalves
Amanda Andrade
Edilberto Mariano
João Lucas Alves
Murilo Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
DISCIPLINA: CI435 - BARRAGENS
PROFESSORES: WASHINGTON MOURA DE AMORIM JUNIOR E SAMUEL FRANCA AMORIM
3. O que são barragens subterrâneas?
INTRODUÇÃO
A barragem subterrânea é uma tecnologia de
captação de água de chuva, que permite maior
infiltração no solo.
Isso ocorre devido a um barramento no solo feito
a partir da superfície até sua camada
impermeável. Assim, a água da chuva, e mesmo
aquela que escorre superficialmente, fica retida,
criando um reservatório de água no perfil do solo.
Fonte: Jornal MaisPB, 2015.
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4. É aquela que possui a parede
totalmente dentro do perfil do solo
(subsolo) , barrando apenas o fluxo de
água subterrâneo.
TIPOS DE DE BARRAGENS SUBTERRÊNEAS: SUBMERSA X SUBMERSÍVEL
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SUBMERSA SUBMERSÍVEL
É uma estrutura hidráulica formada por
uma parede que parte da camada
impermeável até uma altura acima da
superfície do terreno, objetivando
barrar além do fluxo subterrâneo, o
superficial também.
5. - Local: Podem ser construídas em leitos de rio, riacho ou em linhas de drenagem natural;
- Capacidade de armazenamento do reservatório: Deve-se optar por locais que possuam uma razoável área de recarga a
montante, evitando-se áreas próximas a nascentes, devido à baixa recarga local;
- Tipo de solo: Os solos mais adequados são os aluvionais, além de solos com textura variando de média a arenosa (grossa).
Em solos muito arenosos e secos, desmoronamentos são bastante comuns;
- Camada impermeável ou rocha: Profundidade mínima de 1,5m, e no máximo de 4 a 4,5 metros. Rochas cristalinas (granito,
gnaisse etc.) são as mais apropriadas por serem impermeáveis, ao contrário das rochas moles (arenito, calcário etc.)
- Relevo: A declividade deve ser de, no máximo, 0,4% a 2%;
- Vazão do rio/riacho/linha de drenagem: Evitar áreas que possuam vazão média anual muito alta, evitando problemas de
rompimento da parede e sangradouro, quando a barragem for do tipo submersível;
- Clima: Deve-se ter conhecimento das condições do clima (precipitação, temperatura e umidade). É indicado que a
precipitação média mínima seja de 200mm anuais;
- Abertura de trincheiras: Recomenda-se abrir, antes da construção, no mínimo três trincheiras, visando identificar as
características locais do subsolo.
SELEÇÃO DE LOCAL ADEQUADO - PARÂMETROS/CRITÉRIOS PARA CONSTRUÇÃO
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Na escolha do local adequado para construção da barragem, deve-se levar em consideração alguns
parâmetros/critérios, tais como:
6. ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DE UMA BARRAGEM SUBTERRÂNEA
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Escavação da vala, manualmente
ou com retroescavadeira. Limpeza
das paredes, para remoção de
materiais pontiagudos (raízes,
pedras e torrões).
2
Em geral, estende-se uma lona
de polietileno de 200 micra
durante toda extensão da vala,
para formar um septo/parede
impermeável. Após isso, a vala
é fechada com terra.
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Em cima da parede impermeável,
deve ser feito um vertedouro,
quando a barragem for submersível,
para eliminar o exdedente de água
durante chuvas torrenciais.
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Independente do tipo da barragem,
quando esta for construída em
ambiente de rio/riacho, é
recomendada a construção de um
poço à montante do barramento.
7. Utilização do plástico de polietileno de 200 micras,
como material impermeabilizante
Construção em linhas de drenagem natural ou
caminhos d’água
Utilização de sangradouro (tela tipo pinteiro” e
argamassa de cimento, brita e areia)
Peculiaridades
MODELOS DE BARRAGENS SUBTERRÂNEAS DESENVOLVIDOS NO BRASIL
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Modelo EMBRAPA
A Embrapa Semiárido foi a pioneira em pesquisas sobre barragens subterrâneas submersíveis, construindo
em 1982, três unidades sucessivas em uma das suas estações experimentais.
Aumentar a oferta do acesso ao uso da água em áreas
de agricultura familiar
Diminuir custos de construção pelo uso do plástico
Ampliar as áreas aptas para construção
Objetivos
8. MODELOS DE BARRAGENS SUBTERRÂNEAS DESENVOLVIDOS NO BRASIL
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Modelo ASA
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), é uma rede formada por mais de 4.000 organizações da sociedade
civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida, iniciou
o desenvolvimento de barragens subterrâneas em 1994.
Sangradouro de alvenaria/concreto
Poço a montante da parede, tipo cacimbão
Dessedentação humana e animal
Peculiaridades
Inovação o uso do plástico como material
impermeabilizante
Ampliar o uso da água
Objetivos
9. MODELOS DE BARRAGENS SUBTERRÂNEAS DESENVOLVIDOS NO BRASIL
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Modelo Costa & Melo
Em 1988, a partir de estudos da UFPE em aluviões do Sertão de Pernambuco, foi testado um modelo de
barragem subterrânea submersa, cujo nome faz homenagem aos criadores.
Utilização do plástico de 200 micra
Construido em leito de rio/riacho de forte vazão
Construção de um poço amazonas a montante da
parede
Enrocamento de pedras arrumada
Peculiaridades
Rapidez de execução (1 a 2 dias se mecanizada);
Baixo custo;
Executada com mão-de-obra do próprio local;
Controle do processo de salinização;
Objetivos
10. UTILIZAÇÃO DE BARRAGENS SUBTERRÂNEAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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Número de barragens construídas
A ASA é a principal rede governamental responsável por implantar tecnologias como as barragens subterrâneas no
semiárido brasileiro, através do programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
Distribuição das barragens subterrâneas construídas pelo P1+2 no semiárido brasileiro,
entre 2007 e 2018
Fonte: ASA (2018)
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DA SILVA, M. S. L. et al. Barragem subterrânea. 2019.
Barragem subterrânea / João Bosco de Oliveira, Josualdo Justino Alves, Francisco Mavignier
Cavalcante França. - Fortaleza: Secretaria dos Recursos
Hídricos, 2010.
Barragem subterrânea é a caixa d'água do sertão: https://www.youtube.com/watch
v=ayz9uhFTRrc&t=117s
BRITO, LT de L. et al. Tecnologias de convivência com o Semiárido brasileiro. 2019.
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