A economia de mercado: o hamster impossível:
https://www.youtube.com/watch?v=a73hjWQRak4
“Nenhuma sociedade na história foi guiada por uma
sede de lucro como a contemporânea, que leva os
proprietários do capital a acumular cada vez mais,
criando cada vez mais falsas necessidades” (Daniel
Tanuro, in “O Impossível Capitalismo Verde”).
“O progresso é um elevador sem mecanismo de
descida, inteiramente autônomo e cego, donde não
sabemos sair, nem aonde irá parar” (Serge Moscovici,
in “Natureza: para pensar a ecologia”)
Nos "top ten"! 2012 desafia La Niña e entra para
a lista dos mais quentes!
Um ano que começou com um evento de La Niña, no
Pacífico, como 2012, deveria ter sido marcado por
temperaturas relativamente mais baixas. No entanto, com o
enfraquecimento e desaparecimento desse fenômeno, as
temperaturas globais rapidamente subiram, e 2012 se
aproximou dos anos mais quentes do registro histórico.
2012 encerrou como o décimo mais quente desse registro,
iniciado em 1880, 0,57°C acima da média histórica. É o 36º
ano consecutivo em que as temperaturas globais ficaram
mais quentes do que essa média (de 1977 para cá). Se você
tem 36 anos de idade ou menos, portanto, você não teve
oportunidade de viver um ano sequer de sua vida em que as
temperaturas globais estivessem abaixo do "normal".
Fonte: oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br
2013 já é um dos anos mais
quentes da História (12.11.2013 – Terra)
Este ano, 2013, desponta como um dos mais quentes da
história, de acordo com um relatório da Organização
Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta terça-feira
na Conferência contra a Mudança Climática (COP19),
realizado em Varsóvia.
No documento, a COP19, inaugurada ontem, revela que a
temperatura média mundial entre janeiro e setembro de
2013 foi aproximadamente meio ponto superior à registrada
entre 1961 e 1990.
O aumento do nível do mar fez com que as regiões
litorâneas estejam mais vulneráveis as tempestades, como
se pôde comprovar nas Filipinas, cuja região central ficou
arrasada após o passagem do tufão Haiyan, que deixou pelo
menos dez mil mortos.
2014 foi o ano mais quente da
história
O ano de 2014 foi o mais quente desde que as temperaturas começaram a ser registradas, há
mais de um século.
A temperatura da terra ficou 0,69 graus maior e passou o recorde anterior, de 2010. Os dez
anos mais quentes da história ocorreram desde 1997, o que os cientistas dizem ser
consequência das emissões de gases do efeito estufa pelo homem.
A Nasa divulgou uma animação gráfica para ilustrar como desde 1980 o planeta foi ficando
mais quente.
Os cientistas ficaram surpresos pelo recorde e calor ter acontecido em ano sem o fenômeno
do El Niño que, dizem os cientistas, tem grandes chances de ocorrer em 2015, o que elevaria
ainda mais a temperatura na Terra.
http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/nasa-faz-alerta-e-ressalta-que-
2014-foi-o-ano-mais-quente-da-historia/3898450/
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/01/2014-foi-o-ano-mais-quente-da-
historia.html
“A humanidade nunca enfrentou um problema cuja
relevância chegasse perto das mudanças climáticas, que
vai afetar absolutamente todos os seres vivos do planeta. Não
temos um sistema de governança global para implementar
medidas de redução de emissões e verificação. Por isso, vai
demorar ainda pelo menos algumas décadas para que o
problema comece a ser resolvido”, opinou Paulo Artaxo
(USP/IPCC).
Para o pesquisador, a medida mais urgente é a redução das
emissões de gases de efeito estufa – compromisso que tem de
ser assumido por todas as nações. “A consciência de que
todos habitamos o mesmo barco é muito forte hoje, mas
ainda não há mecanismos de governabilidade global para
fazer esse barco andar na direção certa. Isso terá que ser
construído pela nossa geração”, concluiu.
FONTE: http://agencia.fapesp.br/17944
Sinais da Crise - aquecimento
global e mudanças climáticas
O 4º Relatório de Avaliação das Mudanças Climáticas do
IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas,
em sua sigla em inglês), de fevereiro de 2007, concluiu que
o aquecimento do sistema climático é inequívoco e que
suas causas, ligadas à emissão de gases do efeito estufa
(GEEs), são antropogênicas e não naturais e que seus
impactos sobre a natureza e a sociedade já se fazem
sentir.
Fatos: o superaquecimento da terra (cerca de 1ºC em 1 século;
causa antropogênica (emisssão de GEEs) e
desencadeamento de mudanças climáticas.
Elenco de fenômenos climáticos e de suas resultantes
sobre a vida no planeta:
Acréscimo da temperatura média da terra (anos mais
quentes nas últimas décadas);
Derretimento das geleiras e calotas polares (vide
http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br/2013
/01/mais-uma-vez-o-artico.html#more) , a desaparição
de espécies (comprometimento das fontes);
Enchentes, tornados e furacões com mais freqüência;
Subida do nível do mar (desaparecimento de ilhas);
Desertificação (regiões áridas e semiáridas)
Refugiados climáticos (A Cruz Vermelha Internacional, que
publicou, em 2001, o “Relatório Mundial de Desastres”,
estima a existência de 25 milhões de refugiados climáticos
atualmente, com uma projeção de mais de 200 milhões em
2050).
Riscos a que o planeta está sujeito, segundo essas
projeções (4º. Relatório):
• Acréscimo de 1°C: O derretimento das geleiras ameaçará
o suprimento de água para 50 milhões de pessoas; cerca de
80% dos recifes de coral em todo o globo morrerão;
aumentam os danos costeiros causados por inundações e
tempestades;
• Acréscimo de 2°C: A produção de cereais na África
tropical cairá até 10%; até 30% das espécies de seres vivos
serão ameaçadas de extinção e a camada de gelo da
Groenlândia começará a derreter de forma irreversível;
• Acréscimo de 3°C: Entre l bilhão e 4 bilhões de pessoas
a mais enfrentarão falta de água; entre l milhão e 3 milhões
de pessoas a mais morrerão de desnutrição e haverá início
do colapso da floresta amazônica;
Riscos a que o planeta está sujeito, segundo essas
projeções (4º. Relatório):
• Acréscimo de 4°C: As safras de produtos agrícolas
diminuirão entre 15% e 35% na África e até 80 milhões
de pessoas a mais serão expostas à malária no
continente; até 40% dos ecossistemas no mundo serão
afetados;
• Acréscimo de 5°C: Grandes geleiras desaparecerão;
a elevação do nível dos oceanos ameaçará locais como
Londres e Tóquio; o sistema de saúde sofrerá uma
sobrecarga com o aumento do número de casos de
afetados.
Mudanças climáticas aumentam riscos globais de
fome, inundações e conflitos, alerta IPCC (o 5º.
Relatório)
. O mais recente relatório do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – denominado
“Mudanças Climáticas 2014: Impactos, Adaptação e
Vulnerabilidade” – afirmou que os efeitos das mudanças
climáticas, em sua maior parte, ocorrem pela má
preparação para seus riscos.
O IPCC, que foi divulgado nesta segunda-feira
(31/03/2014) em Yokohama, no Japão, detalha os
impactos das mudanças climáticas até agora, os riscos
futuros e as oportunidades para medidas eficazes de
reduzir dos riscos. Conclui que a resposta às mudanças
climáticas envolvem fazer escolhas sobre os riscos em
um mundo mudando constantemente.
O encolhimento de geleiras, migração de espécies,
diminuição da produtividade das culturas, aumento
de doenças transmitidas por vetores e aumento de
eventos extremos são alguns dos fatores citados por
Rajendra Pachauri, Presidente do IPCC, como evidência da
necessidade que a comunidade internacional tem de fazer
escolhas para melhor adaptação e diminuição dos efeitos
negativos.
“O mundo tem que levar a sério este relatório, porque há
implicações com a segurança do abastecimento de
alimentos, os impactos de eventos extremos na
morbidade e mortalidade, impactos graves e
irreversíveis sobre espécies e um risco de cruzar vários
pontos de ruptura por causa do aumento da
temperatura”, disse Pachauri, explicando que esses
impactos também afetam a segurança humana, podendo
provocar deslocamento da população em massa ou
aumento de conflitos.
Mudanças climáticas põem em risco segurança hídrica na América
do Sul – 5º Relatório
As mudanças climáticas já observadas e as projetadas para as Américas do
Sul e Central colocarão em risco a segurança hídrica das regiões e terão
impactos diretos no abastecimento doméstico e industrial e em setores
fortemente dependentes de água, como o de geração de energia
hidrelétrica e a agricultura.
O capítulo 27 do documento, que aborda as projeções das mudanças
climáticas paras as Américas do Sul e Central, destaca que a
vulnerabilidade atual de abastecimento de água nas zonas
semiáridas das duas regiões e nos Andes tropicais deverá aumentar
ainda mais por causa das mudanças climáticas. E o problema poderá
ser agravado pela redução das geleiras andinas, pela diminuição de chuvas
e pelo aumento da evapotranspiração nas regiões semiáridas das Américas
do Sul e Central, previstos pelo IPCC.
No Nordeste do Brasil deverá cair o rendimento de culturas de
subsistência para a população da região, como feijão, milho e mandioca, e
haverá redução de áreas atualmente favoráveis para o cultivo de feijão.
FONTE: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/mudancas-
climaticas/8359-mudancas-climaticas-poem-em-risco-seguranca-hidrica-
na-america-do-sul
Aquecimento global: o Ceará no olho do furacão
“Pelo menos quatro grandes questões levantadas pelo IPCC têm relação
direta com o Ceará”, afirma o pesquisador, em entrevista ao O POVO. “A
primeira é o aumento de temperatura. A segunda, as secas prolongadas.
A terceira, o aumento do volume de enchentes. Por fim, a elevação no
nível dos oceanos”, aponta o Professor Alexandre Araújo Costa, da
UECE.
Com o aumento da temperatura, além de períodos de seca mais
rigorosos e extensos também sofreremos aqui no Ceará com
tempestades mais intensas. Segundo o pesquisador da Uece, a
explicação para esse fenômeno, aparentemente contraditório, é que
com as altas temperaturas, as nuvens precisam de um volume maior de
água evaporada para se formar, em decorrência, demoram mais para
estarem “carregadas”, e, assim, quando formadas, as nuvens terão uma
quantidade maior de água.
Fonte:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2014/04/05/noticiasjornald
om,3231583/aquecimento-global-o-ceara-no-olho-do-furacao.shtml
Distribuição desigual dos riscos e danos:
Em última instância, a mudança do clima é uma ameaça para o mundo,
como um todo. Mas são os pobres, aqueles que não têm
responsabilidade pelo débito ecológico em que nos encontramos, que
se deparam com os custos humanos mais severos e mais prementes
(ONU. PNUD, 2007).
É o desenvolvimento desigual e combinado do sistema capitalista
que acaba por gerar e distribuir, também de forma desigual e
combinada, os impactos sociais e ambientais das mudanças climáticas
por todo o planeta.
O consumo e a destruição de recursos da natureza por parte dos ricos
entre as décadas de 1960 e 1990 deverá impor ao longo do século 21 uma
perda de US$ 7,4 trilhões da economia de países de renda per
capita baixa e média. A dívida externa dos países pobres na mesma
época atingiu US$ 1,7 trilhão.
GARCIA, RAFAEL. Jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 22.01.2008.
Novo estudo confirma o que já havíamos debatido em relação à injustiça
climática
(vide http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com/2015/01/desigualdade-e-
irracionalidade-marcas.html), ou seja, os países mais pobres, menos
responsáveis pela crise climática, são os que estão mais expostos e são mais
vulneráveis; os que estão sob maior risco climático, sob maior ameaça à sua
população, a seus recurso...Ver mais
Distribuição desigual dos riscos e danos:
Entre 2000 e 2004, cerca de 262 milhões de pessoas
foram afetadas todos os anos por desastres
meteorológicos: 98% das vítimas viviam em países em
vias de desenvolvimento.
Alguns exemplos: a possiblidade de desaparição de
países insulares no Pacífico Sul, como Tuvalu e as
Maldivas; na Etiópia e no Quênia, dois dos países mais
expostos às seca, as crianças menores de 5 anos têm,
respectivamente, 36% e 50% mais probabilidades de
sofrerem de subnutrição, se nascerem em um período
de seca.
Fonte: O Impossível Capitalismo Verde, Daniel
Tanuro.
Impactos sobre o Brasil (4º. Relatorio):
Amazônia - Se o avanço da fronteira agrícola e da
indústria madeireira for mantido nos níveis atuais, a
cobertura florestal poderá diminuir dos atuais 5,3
milhões de km2 (85% da área original) para 3,2 milhões
de km2 em 2050 (53% da cobertura original). O
aquecimento global vai aumentar as temperaturas na
região amazônica, e pode deixar o clima mais seco,
provocando a savanização da floresta. O aquecimento
observado pode chegar até 8°C no cenário pessimista
A2. Os níveis dos rios podem ter quedas importantes e
a secura do ar pode aumentar o risco de incêndios
florestais;
Semi-árido - As temperaturas podem aumentar de 2°C a
5°C no Nordeste até o final do século XXI. A Caatinga será
substituída por uma vegetação mais árida. O
desmatamento da Amazônia pode deixar o semi-árido mais
seco. Com o aquecimento a evaporação, aumenta e a
disponibilidade hídrica diminui. O clima mais quente e
seco poderia levar a população a migrar para as grandes
cidades da região ou para outras regiões, gerando ondas de
“refugiados ambientais”;
Zona Costeira - O aumento do nível do mar vai trazer
grandes prejuízos ao litoral. Construções à beira-mar
poderão desaparecer, portos poderão ser destruídos e
populações teriam que ser remanejadas. Sistemas precários
de esgoto entrarão em colapso. Novos furacões poderão
atingir a costa do Brasil;
Recursos hídricos - A redução de chuvas e a diminuição
da vazão nos rios vão limitar os esgotos e o transporte
fluvial. Poderá haver transbordamento de estações de
tratamento e de sistemas de sanitário. A geração de energia
ficará comprometida com a falta de chuvas e altas taxas de
evaporação devido ao aquecimento, em algumas regiões;
Grandes cidades - Regiões metropolitanas ainda mais
quentes, com mais inundações, enchentes e
desmoronamentos em áreas principalmente nas encostas
de morro;
-------------------------------------------------------------------
PRINCIPAIS PONTOS DO 5º. RELATÓRIO DO IPCC
PARA REDUZIR EMISSÕES DE CO2:
http://www.ecodebate.com.br/2014/04/15/conheca-os-
principais-pontos-do-relatorio-do-ipcc-para-reduzir-
emissoes-de-co2/
A ação dos “negacionistas”, ou negadores das
mudanças climáticas:
James Hansen:
“Interesses Particulares têm bloqueado a transição em
direção a um futuro de energias renováveis. Em vez de
investir massivamente em energias renováveis as empresas
que exploram os combustíveis fósseis optaram por lançar
dúvidas sobre a mudança climática, tal qual fizeram as
empresas de tabaco que procuram desacreditar a ligação
entre tabagismo e câncer.
“Os dirigentes de empresas que exploram energias fósseis
sabem o que fazem e são conscientes das conseqüências a
longo prazo.
“Na minha opinião, esses patrões deveriam ser processados
por crimes contra a humanidade e a natureza”.
Sinais da crise – escassez de água
O planeta está a enfrentar escassez de água global devido à
extração de aquíferos insubstituíveis, os quais constituem
a maior parte do abastecimento de água fresca do mundo.
Isto coloca uma ameaça à agricultura global, a qual tornou-
se uma economia bolha baseada na exploração
insustentável das águas subterrâneas. Uma em cada
quatro pessoas no mundo de hoje não tem acesso a
água potável (Bill McKibben, New York Review of Books,
25/Setembro/2003).
Veja também em:
http://www.rede.tripoli.com.br/profiles/blogs/escass
ez-de-gua-dimens-es-da-crise
mapa e relatório elaborados pelo International Water Managment Institute
O relatório Avaliação Compreensiva do Gerenciamento de Água em Agricultura do IWMI
afirma que um terço da população mundial sofre com algum tipo de escassez de água.
Segundo o relatório e o mapa existem dois tipos de escassez de água. A escassez econômica
ocorre devido à falta de investimento e é caracterizada por pouca infraestrutura e
distribuição desigual de água.
A escassez física ocorre quando os recursos hídricos não conseguem atender à demanda da
população. Regiões áridas são as mais associadas com a escassez física de água.
OMS: 748 milhões de pessoas não têm acesso a
água potável no planeta
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/n
oticia/2014-11/oms-748-milhoes-de-pessoas-nao-
tem-acesso-agua-potavel-no-planeta )
Não basta banho curto, nem reza para São Pedro:
http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br/2
014/12/em-intervencao-realizada-na-praca-
do.html#more
Sinais da crise – extinção das
espécies
A extinção de espécies é a mais elevada em 65 milhões
de anos, com a perspectiva de extinções progressivas à
medida que forem removidos os últimos remanescentes
dos ecossistemas intactos . A taxa de extinção já está a
aproximar-se 1000 vezes da "referência" ("benchmark") ou
taxa natural ( Scientific American, Setembro/2005).
Cientistas localizaram 25 pontos quentes sobre a terra que
representam 44 por cento de todas as espécies de plantas
vasculares e 35 por cento de todas as espécies em quatro
grupos vertebrados, embora ocupem apenas 1,4 por cento
da superfície da terra mundial. Todos este pontos quentes
estão agora ameaçados de aniquilação rápida devido a
causas humanas ( Nature, 24/Fevereiro/2000).
Aquecimento global coloca espécies em
risco de extinção
As implicações negativas do comportamento do ser
humano nos habitats das espécies são evidentes: 21% de
todos os mamíferos, 29%de anfíbios, 12% das aves, 35%
das árvores coníferas e cicadófitas, 17% dos tubarões e
27% dos recifes do coral estão em risco de desaparecer.
Os coalas, alerta a IUCN, são uma espécie muito sensível,
devido às necessidades alimentares muito específicas. O
eucalipto é a sua única forma de alimento, mas as folhas
dessa árvore têm perdido capacidade nutritiva com o
aumento da concentração de CO2. O resultado será a
extinção por falta de alimento.
Na Antártida, a situação dos pinguins-imperador é
igualmente preocupante, devido à espessura da camada de
gelo sazonal que tem vindo a diminuir.
O aquecimento global também tem impacto nas
temperaturas dos oceanos. Os corais, por exemplo, são
dos mais prejudicados.
Sinais da crise – poluição do ar
Poluição do ar mata mais que Aids e Malária juntas,
afirma órgão da ONU
(estudo realizado pela OMS, que avaliou a qualidade do ar
de 1,1 mil cidades em 95 países, todas com mais de 100 mil
habitantes.)
A poluição do ar tem causado mais mortes do que doenças
graves, como o HIV e a malária juntas", afirmou o diretor
geral da Organização para o Desenvolvimento Industrial
(Unido), Kandeh Yumkella, em uma conferência da ONU
ocorrida em Oslo, na Noruega, em abril de 2013.
Em 2011, a Aids matou 1,7 milhão de pessoas, enquanto 660
mil morreram com malária. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) aponta que 6,8 milhões de pessoas
morrem anualmente devido a complicações
relacionadas à poluição do ar.
Sinais da crise – quebra da
capacidade regenerativa da Terra
“De acordo com um estudo publicado em 2002 pela
National Academy of Sciences, a economia mundial
excedeu a capacidade regenerativa da terra em
1980 e em 1999 ultrapassou-a em 20 por cento. Isto
significa, segundo os autores do estudo, que "seriam
precisas 1,2 terras, ou uma terra por cada 1,2 anos, para
regenerar o que a humanidade utilizou em 1999"
(Matthis Wackernagel, et. al, "Tracking the Ecological
Overshoot of the Human Economy," Proceedings of the
National Academy of Sciences, 09/Julho/2002)”.
O caráter da crise planetária e sua
superação
Morin e Kern (2005, p. 94), ainda na década de 90, do
século passado, ao analisar a “agonia planetária”
conceituam o estado da arte da “Terra-Pátria” e da
“Humanidade-comunidade de destino” como
“policrise” ou “conjunto policrístico”, num
entrelaçamento das crises do desenvolvimento, da
modernidade e das sociedades; uma crise civilizatória,
portanto.
A crise do sistema capitalista: de seus valores, de seu
modo de produção, de seu modelo de
desenvolvimento, de seu modo de vida.
Nas palavras de Jorge Richman:
El choque de las sociedades industriales contra los
límites de la biosfera que se está produciendo en
nuestro tiempo, que es un acontecimiento de
dimensiones casi inimaginables, tiene una fuerza
motora detrás: es la acumulación de capital.
Na concepção de Daniel Tanuro:
A chamada “crise ecológica” consiste numa crise
histórica na relação entre a humanidade e o meio
ambiente. A sua causa fundamental é a superprodução
de mercadorias que acarreta um aumento crescente da
acumulação de riquezas e do superconsumo por um
lado; e, por outro lado, um aumento crescente da
acumulação da pobreza e de subconsumo.
A crise da civilização do capital engendra a um só
tempo:
1. A destruição acelerada das bases naturais que
sustentam a vida em nosso planeta
2, Uma desigualdade social cada vez mais abissal entre
uma “oligarquia global”- cuja renda de seus 500 mais
ricos supera a dos 416 milhões mais pobres – e os mais
de 1 bilhão de humanos que sobrevivem com menos de
1 dólar por dia;
2. A destruição acelerada das bases naturais que
sustentam a vida em nosso planeta.
Oxfam: Em 2016, 1% mais ricos terão mais dinheiro
que o resto do mundo
Um estudo divulgado nesta segunda-feira 19 pela ONG
britânica Oxfam afirma que, em 2016, as 37 milhões de
pessoas que compõem o 1% mais rico da população mundial
terão mais dinheiro do que os outros 99% juntos.
No estudo divulgado nesta segunda, a Oxfam extrapolou os
dados para o futuro e indica que em 2016 o 1% mais rico terá
mais de 50% dos bens e patrimônios existentes no mundo.
“Nós realmente queremos viver em um mundo no qual o 1%
tem mais do que nós todos juntos?”, questionou Winnie
Byanyima, diretora-executiva da Oxfam e co-presidente do
Fórum Econômico Mundial.
http://www.cartacapital.com.br/economia/oxfam-em-
2016-1-mais-ricos-terao-mais-dinheiro-que-resto-do-
mundo-8807.html
Manifesto Ecossocialista
Internacional: “o atual sistema
capitalista não pode regular, muito
menos superar, as crises que deflagrou.
Ele não pode resolver a crise ecológica
porque fazê-lo implica em colocar
limites ao processo de acumulação –
uma opção inaceitável para um sistema
baseado na regra ‘cresça ou morra’”
(Löwy, 2005, p. 86).
Além desse paradoxo – a imposição de limites a
um sistema, cuja lógica é o crescimento sem
limites, daí o surgimento do atualíssimo debate
sobre decrescimento, serão encontradas, pelo
menos, mais duas outras grandes contradições
entre o “ethos” do sistema produtor de
mercadorias e os processos ecológicos naturais: a
apropriação privada da natureza – vista apenas
como “recurso” natural – e sua incorporação
como mercadoria, o que só é possível se ela se
tornar escassa.
“Qualquer economia se resume, em última análise, a uma
economia do tempo”, disse Marx. Afirmar a necessidade de
produzir e consumir menos, é exigir um tempo para se
viver, e para se viver melhor.
Significa abrir um debate de sociedade fundamental sobre o
controle do tempo social, sobre o que é necessário e para
que, porque, e em que quantidades.
Significaria despertar o desejo coletivo de um mundo sem
guerras, onde se trabalhasse menos e de outra maneira,
onde se poluísse menos, onde se desenvolvessem as
relações sociais, se melhorasse substancialmente o bem-
estar, a saúde pública, a educação e a participação
democrática.
Um mundo onde os produtores associados reaprendessem a
“dialogar” coletivamente com a natureza (...)
Este mundo será infinitamente menos fútil, menos
estressado, menos apressado – numa palavra: mais rico.
Daniel Tanuro, em “O Impossível Capitalismo Verde”.
Man: https://www.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU