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Precipitação Pluvial (Chuva)
Ciclo Hidrológico
A precipitação pluviométrica, ou simplesmente chuva, é a forma principal pela qual a
água retorna da atmosfera para a superfície terrestre, após os processos de
evaporação/transpiração e condensação, completando assim o “Ciclo Hidrológico”.
A quantidade e a distribuição das chuvas definem o clima de uma região (seco
ou úmido) e, juntamente com a temperatura do ar, define o tipo de vegetação
natural que ocorre nas diferentes regiões do globo. De forma análoga, a
quantidade e a distribuição das chuvas definem também o potencial agrícola.
Condensação na Atmosfera
Para que haja condensação na atmosfera, há necessidade da presença de
núcleos de condensação, em torno dos quais se formam os elementos de
nuvem (pequenas gotículas de água que permanecem em suspensão no ar).
O principal núcleo de condensação é o NaCl. No entanto, em algumas regiões
específicas, outras substâncias podem atuar como núcleos de condensação,
como é o caso do 2-metiltreitol, álcool proveniente da reação do isopreno
emitido pela floresta com a radiação solar, considerado o principal núcleo de
condensação para formação das chuvas convectivas na região Amazônica.
Além dos núcleos de condensação, há necessidade de que o ar fique saturado
de vapor, o que ocorre por duas vias: aumento da pressão de vapor d´água no
ar e resfriamento do ar (mais eficiente e comum). Esse resfriamento do ar se
dá normalmente por processo adiabático, ou seja, a parcela de ar sobe e se
resfria devido à expansão interna, que se deve à redução de pressão.
Formação das Chuvas
O processo de condensação por si só não é capaz de promover a ocorrência
de precipitação, pois nesse processo são formadas gotículas muito pequenas,
denominadas de elementos de nuvem, que permanecem em suspensão na
atmosfera, não tendo massa suficiente para vencer a força de flutuação
térmica.
Para que haja a precipitação deve haver a formação de gotas maiores,
denominadas de elementos de precipitação, resultantes da coalescência das
gotas menores, que ocorre devido a diferenças de temperatura, tamanho,
cargas elétricas e, também, devido ao próprio movimento turbulento.
Tipos de Chuva
Chuva Frontal
Originada do encontro de
massas de ar com diferentes
características de temperatura e
umidade. Dependendo do tipo
de massa que avança sobre a
outra, as frentes podem ser
denominadas basicamente de
frias e quentes. Nesse processo
ocorre a “convecção forçada”,
com a massa de ar quente e
úmida se sobrepondo à massa
fria e seca. Com a massa de ar
quente e úmida se elevando,
ocorre o processo de
resfriamento adiabático, com
condensação e posterior
precipitação.
Características das
chuvas frontais
Distribuição: generalizada na região
Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo
de frente
Predominância: sem horário predominante
Duração: média a longa (horas a dias), dependendo
da velocidade de deslocamento da frente.
Chuva Convectiva
Originada do processo de
convecção livre, em que ocorre
resfriamento adiabático,
formando-se nuvens de grande
desenvolvimento vertical.
Características das
chuvas convectivas
Distribuição: localizada, com grande variabilidade
espacial
Intensidade: moderada a forte, dependendo do
desenvolvimento vertical da nuvem
Predominância: no período da tarde/início da noite
Duração: curta a média (minutos a horas)
Chuva Orográfica
Ocorrem em regiões onde
barreiras orográficas forçam a
elevação do ar úmido,
provocando convecção forçada,
resultando em resfriamento
adiabático e em chuva na face a
barlavento. Na face a sotavento,
ocorre a sombra de chuva, ou
seja, ausência de chuvas devido
ao efeito orográfico.
Santos – P = 2153 mm/ano
Cubatão – P = 2530 mm/ano
Serra a 350m – P = 3151mm/ano
Serra a 500m – P = 3387 mm/ano
Serra a 850m – P = 3874 mm/ano
S.C. do Sul – P = 1289 mm/ano
Exemplo do efeito
orográfico na Serra do Mar,
no Estado de São Paulo
Variabilidade Espacial
das Chuvas
Na escala diária, a variabilidade
espacial depende dos sistemas
meteorológicos que atuam na
região. Esses sistemas são em
suma a resultante da interação dos
fatores determinantes do clima nas
três escalas estudadas.
As figuras mostram a variabilidade
espacial das chuvas em três dias
consecutivos. Observe as chuvas
causadas por um sistema frontal
avançando da Argentina para o
Brasil.
Variabilidade Espacial
das Chuvas
A variabilidade espacial das chuvas
na escala diária, gera também a
variabilidade espacial na escala
mensal, que por sua vez gera tal
variabilidade na escala anual.
A figura ao lado ilustra a chuva
acumulada no mês de novembro de
2004. Observa-se que os maiores
índices pluviométricos foram
observados no oeste do Paraná, no
Acre e no sudoeste do Amazonas.
Por outro lado, os menores índices
de chuva foram observados no
extremo norte da Região Norte,
entre o Pará e Roraima, e também
nos estados nordestinos do CE,
RN, PB, PE e AL.
Variabilidade Espacial e
Temporal das Chuvas
Como dito anteriormente, a variabilidade espacial das
chuvas na escala diária, gera também a variabilidade
espacial na escala mensal, que por sua vez gera tal
variabilidade na escala anual. Essa variabilidade ao
longo do tempo é denominada variabilidade temporal.
Variabilidade Espacial das Chuvas no Mundo
Variabilidade Temporal das Chuvas no Brasil
Dependendo da região do país, as chuvas se
distribuem diferentemente ao longo do ano.
Novamente, isso é conseqüência da interação
dos diversos fatores determinantes do clima.
Em João Pessoa, PB, a estação chuvosa se
concentra no meio do ano, enquanto que em
Brasília essa estação se dá entre o final e o
início do ano. Por outro lado, em Bagé, RS, as
chuvas se distribuem regularmente ao longo
de todo o ano.
João Pessoa, PB
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Chuva(mm/mês)
Brasília, DF
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J F M A M J J A S O N D
Chuva(mm/mês)
Bagé,RS
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J F M A M J J A S O N D
Chuva(mm/mês)
Medida da Chuva
A medida da chuva é feita pontualmente em estações meteorológicas, tanto
automáticas como convencionais. O equipamento básico para a medida da
chuva é o pluviômetro, o qual tem diversos tipos (formato, tamanho, sistema de
medida/registro). A unidade de medida da chuva é a altura pluviométrica (h),
que normalmente é expressa em milímetros (mm). Em alguns países são
utilizadas outras unidades, como a polegaga (inches – in.), sendo 1mm = 0,039
in. A altura pluviométrica (h) é dada pela seguinte relação:
h = Volume precipitado / Área de captação
Se 1 litro de água for captado por uma área de 1 m2, a lâmina de água coletada
terá a altura de 1mm. Em outras palavras, 1mm = 1L / 1m2. Portanto, se um
pluviômetro coletar 52 mm, isso corresponderá a 52 litros por 1m2.
h = 1L / 1m2 = 1.000 cm3 / 10.000 cm2 = 0,1 cm = 1mm
Equipamentos para medida da chuva
Pluviômetros
Os pluviômetros são instrumentos normalmente operados em estações meteorológicas convencionais ou
mini-estações termo-pluviométricas. O pluviômetro padrão utilizado na rede de postos do Brasil é o Ville
de Paris (foto da esquerda). Outros tipos de pluviômetro (fotos do centro e da direita) são comercializados
ao um custo menor e tem por finalidade monitorar as chuvas em propriedades agrícolas. A durabilidade
desses pluviômetros e sua precisão, em função da menor área de captação, são menores do que a dos
pluviômetros padrões. A área de captação mínima recomendável é de 100 cm2.
Ville de Paris (A = 490 cm2) KCCI (A = 176 cm2)
SR (A = 15 cm2)
Pluviógrafo
Os pluviógrafos são dotados de um sistema de registro diário, no qual um
diagrama (pluviograma) é instalado. Ele registra a chuva acumulada em 24h,
o horário da chuva e a sua intensidade. São equipamentos usados nas
estações meteorológicas convencionais
O pluviograma acima mostra uma chuva
ocorrida no dia 11/03/1999, em que foi
registrado cerca de 76mm em 5h. A chuva
se concentrou entre 20h do dia 10/03 e 1h
do dia 11/03. A intensidade máxima foi
observada entre 20:30 e 21:30, com cerca
de 53mm/h.
Pluviômetros
de báscula
Os pluviômetros de báscula são sensores eletrônicos
para a medida da chuva, usados nas estações
meteorológicas automáticas. Eles possuem duas
básculas, dispostas em sistema de gangorra, com
capacidade para armazenar de 0,1 a 0,2mm de chuva.
Conforme a chuva vai ocorrendo o sistema é acionado
e um contador disposto no sistema de aquisição de
dados registra a altura pluviométrica acumulada. Esse
equipamento registra o total de chuva, o horário de
ocorrência e a intensidade.
Básculas dispostas
em um sistema de
gangorra
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Chuva - Aula

  • 2. Ciclo Hidrológico A precipitação pluviométrica, ou simplesmente chuva, é a forma principal pela qual a água retorna da atmosfera para a superfície terrestre, após os processos de evaporação/transpiração e condensação, completando assim o “Ciclo Hidrológico”.
  • 3. A quantidade e a distribuição das chuvas definem o clima de uma região (seco ou úmido) e, juntamente com a temperatura do ar, define o tipo de vegetação natural que ocorre nas diferentes regiões do globo. De forma análoga, a quantidade e a distribuição das chuvas definem também o potencial agrícola.
  • 4. Condensação na Atmosfera Para que haja condensação na atmosfera, há necessidade da presença de núcleos de condensação, em torno dos quais se formam os elementos de nuvem (pequenas gotículas de água que permanecem em suspensão no ar). O principal núcleo de condensação é o NaCl. No entanto, em algumas regiões específicas, outras substâncias podem atuar como núcleos de condensação, como é o caso do 2-metiltreitol, álcool proveniente da reação do isopreno emitido pela floresta com a radiação solar, considerado o principal núcleo de condensação para formação das chuvas convectivas na região Amazônica.
  • 5. Além dos núcleos de condensação, há necessidade de que o ar fique saturado de vapor, o que ocorre por duas vias: aumento da pressão de vapor d´água no ar e resfriamento do ar (mais eficiente e comum). Esse resfriamento do ar se dá normalmente por processo adiabático, ou seja, a parcela de ar sobe e se resfria devido à expansão interna, que se deve à redução de pressão.
  • 6. Formação das Chuvas O processo de condensação por si só não é capaz de promover a ocorrência de precipitação, pois nesse processo são formadas gotículas muito pequenas, denominadas de elementos de nuvem, que permanecem em suspensão na atmosfera, não tendo massa suficiente para vencer a força de flutuação térmica. Para que haja a precipitação deve haver a formação de gotas maiores, denominadas de elementos de precipitação, resultantes da coalescência das gotas menores, que ocorre devido a diferenças de temperatura, tamanho, cargas elétricas e, também, devido ao próprio movimento turbulento.
  • 7. Tipos de Chuva Chuva Frontal Originada do encontro de massas de ar com diferentes características de temperatura e umidade. Dependendo do tipo de massa que avança sobre a outra, as frentes podem ser denominadas basicamente de frias e quentes. Nesse processo ocorre a “convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e posterior precipitação. Características das chuvas frontais Distribuição: generalizada na região Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo de frente Predominância: sem horário predominante Duração: média a longa (horas a dias), dependendo da velocidade de deslocamento da frente.
  • 8. Chuva Convectiva Originada do processo de convecção livre, em que ocorre resfriamento adiabático, formando-se nuvens de grande desenvolvimento vertical. Características das chuvas convectivas Distribuição: localizada, com grande variabilidade espacial Intensidade: moderada a forte, dependendo do desenvolvimento vertical da nuvem Predominância: no período da tarde/início da noite Duração: curta a média (minutos a horas)
  • 9. Chuva Orográfica Ocorrem em regiões onde barreiras orográficas forçam a elevação do ar úmido, provocando convecção forçada, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico. Santos – P = 2153 mm/ano Cubatão – P = 2530 mm/ano Serra a 350m – P = 3151mm/ano Serra a 500m – P = 3387 mm/ano Serra a 850m – P = 3874 mm/ano S.C. do Sul – P = 1289 mm/ano Exemplo do efeito orográfico na Serra do Mar, no Estado de São Paulo
  • 10. Variabilidade Espacial das Chuvas Na escala diária, a variabilidade espacial depende dos sistemas meteorológicos que atuam na região. Esses sistemas são em suma a resultante da interação dos fatores determinantes do clima nas três escalas estudadas. As figuras mostram a variabilidade espacial das chuvas em três dias consecutivos. Observe as chuvas causadas por um sistema frontal avançando da Argentina para o Brasil.
  • 11. Variabilidade Espacial das Chuvas A variabilidade espacial das chuvas na escala diária, gera também a variabilidade espacial na escala mensal, que por sua vez gera tal variabilidade na escala anual. A figura ao lado ilustra a chuva acumulada no mês de novembro de 2004. Observa-se que os maiores índices pluviométricos foram observados no oeste do Paraná, no Acre e no sudoeste do Amazonas. Por outro lado, os menores índices de chuva foram observados no extremo norte da Região Norte, entre o Pará e Roraima, e também nos estados nordestinos do CE, RN, PB, PE e AL.
  • 12. Variabilidade Espacial e Temporal das Chuvas Como dito anteriormente, a variabilidade espacial das chuvas na escala diária, gera também a variabilidade espacial na escala mensal, que por sua vez gera tal variabilidade na escala anual. Essa variabilidade ao longo do tempo é denominada variabilidade temporal.
  • 13. Variabilidade Espacial das Chuvas no Mundo
  • 14. Variabilidade Temporal das Chuvas no Brasil Dependendo da região do país, as chuvas se distribuem diferentemente ao longo do ano. Novamente, isso é conseqüência da interação dos diversos fatores determinantes do clima. Em João Pessoa, PB, a estação chuvosa se concentra no meio do ano, enquanto que em Brasília essa estação se dá entre o final e o início do ano. Por outro lado, em Bagé, RS, as chuvas se distribuem regularmente ao longo de todo o ano. João Pessoa, PB 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 J F M A M J J A S O N D Chuva(mm/mês) Brasília, DF 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 J F M A M J J A S O N D Chuva(mm/mês) Bagé,RS 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 J F M A M J J A S O N D Chuva(mm/mês)
  • 15. Medida da Chuva A medida da chuva é feita pontualmente em estações meteorológicas, tanto automáticas como convencionais. O equipamento básico para a medida da chuva é o pluviômetro, o qual tem diversos tipos (formato, tamanho, sistema de medida/registro). A unidade de medida da chuva é a altura pluviométrica (h), que normalmente é expressa em milímetros (mm). Em alguns países são utilizadas outras unidades, como a polegaga (inches – in.), sendo 1mm = 0,039 in. A altura pluviométrica (h) é dada pela seguinte relação: h = Volume precipitado / Área de captação Se 1 litro de água for captado por uma área de 1 m2, a lâmina de água coletada terá a altura de 1mm. Em outras palavras, 1mm = 1L / 1m2. Portanto, se um pluviômetro coletar 52 mm, isso corresponderá a 52 litros por 1m2. h = 1L / 1m2 = 1.000 cm3 / 10.000 cm2 = 0,1 cm = 1mm
  • 16. Equipamentos para medida da chuva Pluviômetros Os pluviômetros são instrumentos normalmente operados em estações meteorológicas convencionais ou mini-estações termo-pluviométricas. O pluviômetro padrão utilizado na rede de postos do Brasil é o Ville de Paris (foto da esquerda). Outros tipos de pluviômetro (fotos do centro e da direita) são comercializados ao um custo menor e tem por finalidade monitorar as chuvas em propriedades agrícolas. A durabilidade desses pluviômetros e sua precisão, em função da menor área de captação, são menores do que a dos pluviômetros padrões. A área de captação mínima recomendável é de 100 cm2. Ville de Paris (A = 490 cm2) KCCI (A = 176 cm2) SR (A = 15 cm2)
  • 17. Pluviógrafo Os pluviógrafos são dotados de um sistema de registro diário, no qual um diagrama (pluviograma) é instalado. Ele registra a chuva acumulada em 24h, o horário da chuva e a sua intensidade. São equipamentos usados nas estações meteorológicas convencionais O pluviograma acima mostra uma chuva ocorrida no dia 11/03/1999, em que foi registrado cerca de 76mm em 5h. A chuva se concentrou entre 20h do dia 10/03 e 1h do dia 11/03. A intensidade máxima foi observada entre 20:30 e 21:30, com cerca de 53mm/h.
  • 18. Pluviômetros de báscula Os pluviômetros de báscula são sensores eletrônicos para a medida da chuva, usados nas estações meteorológicas automáticas. Eles possuem duas básculas, dispostas em sistema de gangorra, com capacidade para armazenar de 0,1 a 0,2mm de chuva. Conforme a chuva vai ocorrendo o sistema é acionado e um contador disposto no sistema de aquisição de dados registra a altura pluviométrica acumulada. Esse equipamento registra o total de chuva, o horário de ocorrência e a intensidade. Básculas dispostas em um sistema de gangorra
  • 19. Fim