SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Direito à Cidade e
a Produção Social de Habitat
Arqo Allan Cain
Development Workshop Angola
Luanda – 31 de Outubro 2017
A Luta pelo Direito à Cidade
• O “Direito à Cidade" emergiu no processo do Habitat III,
como uma demanda dos grupos da sociedade civil
activa, em campanhas de justiça social urbana, em torno
de questões como: gentrificação, expulsões forçadas,
refugiados, a privatização do espaço público e a
criminalização dos sem-abrigo.
• A sociedade civil é chamada pela Nova Agenda Urbana
a incentivar os governos nacionais e locais para
cuidarem de seus habitantes mais vulneráveis, em vez
de atenderem somente o sector privado.
• O direito à cidade é uma síntese dos direitos humanos
existentes, que podem incentivar os governos a cumprir
com as suas obrigações internacionais em matéria de
direitos humanos.
• O Direito à Cidade é um direito colectivo das
comunidades, e não apenas um direito individual.
Qual é o direito à cidade
• O "Direito à Cidade" baseia-se em princípios de justiça
social e espacial, equidade, democracia e
sustentabilidade
• Aplica-se não apenas às cidades, mas aos
assentamentos humanos em geral
• Baseia-se em três pilares fundamentais:
1. Espacialmente, apenas distribuição de recursos
(uma dimensão material)
2. Agência política (uma dimensão política)
3. Diversidade cultural (uma dimensão simbólica)
• Promove cidades e assentamentos humanos como
bens comuns
O Direito à Cidade Inclusiva
O direito à cidade em Angola
• O governo angolano comprometeu-se com a Nova Agenda
Urbana em Quito Equador, em outubro de 2016, que irá
garantir, que cidades e assentamentos humanos sejam
lugares onde todas as pessoas podem gozar de direitos e
oportunidades iguais, bem como de suas liberdades
fundamentais.
• O direito à cidade inclui a função social da terra,
promovendo uma posse de terra segura, que seja
economicamente acessível com serviços básicos, para
alcançar a realização do direito à habitação adequada, com
especial atenção, a segurança da posse da terra para as
mulheres como chave para o seu empoderamento.
• Evitando especulações, deslocações e despejos forçados
arbitrários.
Mensagens-chave da NAU
• Reafirmação do papel das lideranças dos governos nacionais
na definição de estratégias urbanas.
• Inclusão das autoridades locais e organizações de base
comunitária e o sector privado no desenvolvimento urbano
"quando apropriado".
• O “Direito à Cidade" é mencionada no documento, chamando os
governos a criar "cidades para as pessoas e não para o lucro"
• Abordagem Inclusiva tendo em conta o sexo e idade no
planeamento de cidade, bem como a continuação dos esforços
para reduzir a pobreza urbana.
• Promover princípios de igualdade e de não discriminação,
garantindo politicas fiscais adequadas, e a descentralização
administrativa para integrar a cidade e atualização de
assentamentos informais
• Melhorar os níveis de acessibilidade, segurança, qualidade de
acessibilidade.
Autoconstrução e a produção social de habitat
É entendido como sendo:
• Todos os processos não comercializados, realizados
sob a iniciativa, gestão e controlo dos habitantes, que
geram e/ou melhoram em espaços de vida adequados,
habitação e outros elementos do desenvolvimento físico
e social, e muitas vezes apesar do envolvimento do
Estado ou de outra estrutura ou autoridade formal.
• NUA compromete-se a combater a falta de moradia, o
Estado deve apoiar a produção de habitação, através da
implementação de políticas públicas que garantam o
acesso adequado à terra, esquemas de financiamentos
adequados.
A Produção de habitat em Angola
• Produção habitacional angolana durante o período de
implementação do PNUH entre 2009 a 2015
• O Estado entregou 151.800 unidades
• O sector privado entregou 45.600 unidades
• O setor cooperativo entregou 12.000 unidades
• O número de novos agregados formados durante esse
período foi estimado em 428.426
• Portanto, a produção de habitação social construída
informalmente, sem o apoio do Estado foi estimada em
218.418.
• A produção social aparece para entregar mais
habitações do que todos os outros sectores combinados
Desafios na produção social do habitat
• Um grande constrangimento na produção de habitação
social em Angola continua ser a fraca gestão da terra
pelo estado e consequentemente a fraca segurança de
posse de terra da população urbana
• Apesar da afirmação do estado no controlo das terras,
um mercado imobiliário vibrante existe para a terra
formal e informalmente ocupada
• O crescimento das cidades em Angola é mais rápido do
que a instalação de serviços básicos de água e
saneamento.
• Para entender a dinâmica utilizada pela maioria dos
angolanos para a aquisição de habitação como factores
chave no processo de urbanização
Divisão espacial de
assentamentos em
Luanda
TIPOLOGIAS CATEGORIAS
POPULAÇÃO
(estimado 2016)
% do total da
população
A Centro Urbano Antigo Mais de 35 anos 165 693 2%
B
Novas Urbanizações e
Condomínios
Nova, Pós Guerra 1,699,500 24%
C Bairro Popular Mais de 35 anos 53,200 1%
D Zonas de Habitação Social Nova, Pós Guerra 210,400 3%
E Áreas de Auto-construção Dirigida Nova, Pós Guerra 173 500 2%
F Musseques em Transição Pós Independência 150,300 2%
G Musseques Ordenados Mais de 35 anos 642 900 9%
H Musseques Antigos Mais de 35 anos 2 312 701 40%
I Musseques Periféricos Pós Independência 1 978 000 28%
J Assentamentos Rurais 235 900 3%
K Zona Industrial 2 957 0,05%
Total 6 986 100 100%
Tipologias de Assentamentos em Luanda
1. Quem são os produtores de habitat?
Outro municipio em
Luanda
76.6% Mesmo Bairro
4.6%
Sem resposta
0.3%
Outro país
0.5%
Outra província
18.0%
• Maior parte dos
produtores de
habitação são dos
outros municipios
na provincia de
Luanda 76.6%
• 18% vem das
outras províncias
• Apenas 4.6% são
do mesmo bairro.
2. Como é que eles adquirem e asseguram a terra?
Outra
0.0%
Cartao de morador
0.7%
Acordo foi publicado
1.5%
Recibo da utilidade
publica
1.0%
Licença de
arrematação
0.2%
Registro Predial
0.5%
Direito de Superfície
0.5%
Titulo de ocupação
precario
5.6%
Testemunhado por
tecnico do governo
6.8%
Croquis de Localização
7.3%
Recebi uma declaração
49.1%
Contrato de compra e
venda
12.2%
Nenhum documento
14.4%
• Declaração de compra
e venda
• Contrato de venda
• Croquis de Localização
• Titulo de ocupação precaria
• Direito de Superficie
• Registo Predial
• Licença de arrematação
Apenas 6.8% da amostra total tem a sua posse legalizada de
acordo com a legislação vigente.
Um total de 61,3% da amostra compraram suas terras no
mercado informal.
3. Mapa de preços de terra em Luanda
4. O papel de intermediários imobiliários
• Nas quatro áreas
pesquisadas, os
intermediários apenas
desempenham um papel
em 2% dos casos.
• A administração e as
comissões de bairro
estão envolvidos em 8%
dos casos.
• 90% das transacções
ocorreram directamente
com os antigos
proprietários.
To whom was the payment made
Intermediary
Agent
2%
Resident
Committee
3%
Local/Provincia
l Government
5%
Previous ower
90%
5. Como foram financiadas as transacções?
O sector bancário
formal tem
mostrado algum
receio à entrada ao
mercado imobiliário.
A maioria dos
fundos provem da
família (62%) e
amigos (27%).
Bank
7.6%
Employer
8.4%
Friend
25.0%
Family
59.0%
Falta de financiamento de habitação e terra
Razoes indicadas pelos bancos para justificar o seu
receio:
• A falta de legislação clara sobre terras que permite o
uso de propriedade como garantia
• Longos períodos de reembolso
• A falta de uma política do governo sobre o crédito
bancário
• A falta de título de propriedade por parte dos clientes
• A falta de uma cultura de reembolso atempado das
prestações por parte dos clientes
Conclusões
• Existe um mercado informal de terra significativo em
Luanda. Pelo menos 61.3% das transações envolvem
pagamentos financeiros.
• As transacções documentadas são provas de que estas
não são realmente informais.
• Estas transações são consideradas como seguras e
legitimas pela maioria dos compradores (85%).
• A maior parte das transações são precárias ou inseguras
visto que apenas 6.8% das mesmas podem ser justificadas
com base em documentos oficialmente considerados legais
• Há um risco de aumentar a pobreza com a perda dos seus
bens (terra e habitação) como resultado de demolições e
realocações
Recomendações
1. Promover mercados mais funcionais
• Mercados eficientes e equitativos de terra são um pré-
requisito para o bom funcionamento das cidades.
• Os bancos e os empreendedores do sector privado
devem ser encorajados a investir em habitação social,
bem como no mercado para fins maiores.
2. Integrar a prática existente numa política inclusiva
• os actuais mecanismos informais de acesso à terra
estão bem estabelecidos e têm uma forte legitimidade
entre a população peri-urbana.
• a prática existente deve ser reconhecida e enquadrada
na prática jurídica
Recomendações
3. Reconhecer o direito de ocupação baseado no princípio
de boa fé
• reconhecimento de facto, dos direitos de ocupação do solo
dos moradores urbanos que, de boa fé, compraram ou
adquiriram suas terras através de algum outro mecanismo
legítimo
• Criar a base jurídica e a aplicação administrativa para que
se evite a especulação
4. Incorporar o direito à informação como prática efectiva
• a obrigação por parte do governo e suas instituições de
divulgar publicamente os seus planos, intervenções,
concessões e programas de urbanização
Recomendações
5. Adoptar o princípio de direitos intermédios e evolutivos
de posse da terra
• possa ser expandida para incluir o princípio de um nível
médio de ocupação, possivelmente, uma intitulada
"Certificado Provisório de Terra", que possa ser considerado
como a base para a permissão de permanência evolutivas
6. Incorporar o Fortalecimento das instituições municipais
• a demanda efetiva pode ser melhor avaliada
• o quadro jurídico-administrativo que deve ser estabelecido
Recomendações
7. Melhorar as infra-estruturas essenciais
• A implementação de redes básicas de infa-estrutura de
água e acesso rodoviários melhora a segurança, o
sentimento de posse para os moradores.
8. Criação de sistema municipal de cadastro
• é importante para que o governo consiga recolher receitas
proveniente dos impostos de propriedade
• Com os avanços da tecnologia da informação geográfica,
torna-se cada vez mais barato desenvolver e manter
sistemas de informação da terra.
Recomendações
9. Proteger os direitos à terra das mulheres
• a proporção de famílias chefiadas por mulheres e 46%.
• os direitos das mulheres à terra sejam reforçados e que a
legislação seja compatível com o Código de Família
10. Criar maior consciência pública dos direitos à terra
urbana e suas responsabilidades
• levarem a cabo campanhas abrangentes de educação
sobre os direitos à terra e às novas responsabilidades dos
residentes urbanos
Recomendações
11. Implementar projectos do reajustamento dos terrenos
• projectos piloto deverão ser implementados através de
parcerias entre o governo provincial e local, com uma
activa participação da sociedade civil
• introduzir um controlo rigoroso dos custos para avaliar a
viabilidade de aplicar estes projectos-piloto em
programas mais amplos
12. Implementar o princípio da justa indemenização
Justa compensação poderá incluir mas não pode fica
necessariamente limitada ao valor de mercado das terras
e despesas realizadas pelo proprietário de terras como
resultado da expropriação.
SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Obrigado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Programa Cidades Sustentáveis
Programa Cidades SustentáveisPrograma Cidades Sustentáveis
Programa Cidades Sustentáveis
Florespi
 
Programa cidades sustentaveis
Programa cidades sustentaveisPrograma cidades sustentaveis
Programa cidades sustentaveis
ESTHHUB
 
Orçamento participativo
Orçamento participativoOrçamento participativo
Orçamento participativo
julinumber
 
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington FechineProposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
Isaias Rodrigues
 

Mais procurados (17)

Caderno 04 politica nacionalhabitacao
Caderno 04   politica nacionalhabitacaoCaderno 04   politica nacionalhabitacao
Caderno 04 politica nacionalhabitacao
 
Debate : A Co-produção de Conhecimento Urbano para a melhoria dos Assentament...
Debate : A Co-produção de Conhecimento Urbano para a melhoria dos Assentament...Debate : A Co-produção de Conhecimento Urbano para a melhoria dos Assentament...
Debate : A Co-produção de Conhecimento Urbano para a melhoria dos Assentament...
 
Caderno 02 participacao controle social
Caderno 02   participacao controle socialCaderno 02   participacao controle social
Caderno 02 participacao controle social
 
Plano Diretor do Município de São Paulo
Plano Diretor do Município de São Paulo Plano Diretor do Município de São Paulo
Plano Diretor do Município de São Paulo
 
Programa Cidades Sustentáveis
Programa Cidades SustentáveisPrograma Cidades Sustentáveis
Programa Cidades Sustentáveis
 
Programa cidades sustentaveis
Programa cidades sustentaveisPrograma cidades sustentaveis
Programa cidades sustentaveis
 
20191030 DW :Objectivos de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030
20191030 DW :Objectivos de Desenvolvimento Sustentável  Agenda 203020191030 DW :Objectivos de Desenvolvimento Sustentável  Agenda 2030
20191030 DW :Objectivos de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030
 
Apresentação do Plano Diretor Estratégico de São Paulo
Apresentação do Plano Diretor Estratégico de São PauloApresentação do Plano Diretor Estratégico de São Paulo
Apresentação do Plano Diretor Estratégico de São Paulo
 
Plano diretor-estratégico-lei-nº-16.050-de-31-de-julho-de-2014-estratégias-il...
Plano diretor-estratégico-lei-nº-16.050-de-31-de-julho-de-2014-estratégias-il...Plano diretor-estratégico-lei-nº-16.050-de-31-de-julho-de-2014-estratégias-il...
Plano diretor-estratégico-lei-nº-16.050-de-31-de-julho-de-2014-estratégias-il...
 
Programa Eleitoral
Programa EleitoralPrograma Eleitoral
Programa Eleitoral
 
Programa PS Benavente Autárquicas
Programa PS Benavente AutárquicasPrograma PS Benavente Autárquicas
Programa PS Benavente Autárquicas
 
Plano Diretor Participativo de Bom Jardim – MA
Plano Diretor Participativo de Bom Jardim – MAPlano Diretor Participativo de Bom Jardim – MA
Plano Diretor Participativo de Bom Jardim – MA
 
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 6
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 6Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 6
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 6
 
Orçamento participativo
Orçamento participativoOrçamento participativo
Orçamento participativo
 
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington FechineProposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
Proposta de governo do candidato à reeleição Dr. Washington Fechine
 
Trab cadastro
Trab cadastroTrab cadastro
Trab cadastro
 
Boletim FNRU
Boletim FNRUBoletim FNRU
Boletim FNRU
 

Semelhante a 20171031 Urban Debate:Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat

Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
UNAERP
 
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGSCLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
Rafael Barros
 

Semelhante a 20171031 Urban Debate:Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat (20)

Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat
Direito à Cidade e  a Produção  Social de HabitatDireito à Cidade e  a Produção  Social de Habitat
Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat
 
DW Debate: Allan cain - Direito a Cidade e a Producão Social de Habitat
DW Debate: Allan cain - Direito a Cidade e a Producão Social de Habitat DW Debate: Allan cain - Direito a Cidade e a Producão Social de Habitat
DW Debate: Allan cain - Direito a Cidade e a Producão Social de Habitat
 
20180328 DW Allan cain - Monitorização da Implementação da Nova Agenda Urbana...
20180328 DW Allan cain - Monitorização da Implementação da Nova Agenda Urbana...20180328 DW Allan cain - Monitorização da Implementação da Nova Agenda Urbana...
20180328 DW Allan cain - Monitorização da Implementação da Nova Agenda Urbana...
 
20180309 DW Debate: Allan Cain - Produção Social de Habitat no Fórum Urbano ...
20180309  DW Debate: Allan Cain - Produção Social de Habitat no Fórum Urbano ...20180309  DW Debate: Allan Cain - Produção Social de Habitat no Fórum Urbano ...
20180309 DW Debate: Allan Cain - Produção Social de Habitat no Fórum Urbano ...
 
20150728 Worksop: Experiência da DW na gestão participativa - Allan Cain
20150728 Worksop: Experiência da DW na gestão participativa - Allan Cain20150728 Worksop: Experiência da DW na gestão participativa - Allan Cain
20150728 Worksop: Experiência da DW na gestão participativa - Allan Cain
 
Campanha para a adopção do Financiamento Imobiliário na Nova Agenda Urbana ...
Campanha para a adopção do Financiamento Imobiliário na  Nova Agenda Urbana ...Campanha para a adopção do Financiamento Imobiliário na  Nova Agenda Urbana ...
Campanha para a adopção do Financiamento Imobiliário na Nova Agenda Urbana ...
 
Luta para a adopção do direito à cidade e financiamento habitacional
Luta para a adopção do direito à cidade e financiamento habitacionalLuta para a adopção do direito à cidade e financiamento habitacional
Luta para a adopção do direito à cidade e financiamento habitacional
 
20160822 DW Debate:Campanha para a Adopção do Direito à Cidade no Habitat III
20160822 DW Debate:Campanha para a Adopção do Direito à Cidade no Habitat III20160822 DW Debate:Campanha para a Adopção do Direito à Cidade no Habitat III
20160822 DW Debate:Campanha para a Adopção do Direito à Cidade no Habitat III
 
Luta para a adopção do direito à cidade no habitat iii
Luta para a adopção do direito à cidade no habitat iiiLuta para a adopção do direito à cidade no habitat iii
Luta para a adopção do direito à cidade no habitat iii
 
Mercados de Terra Urbana e Microfinanças para Habitação em Angola, 13 Maio, 2...
Mercados de Terra Urbana e Microfinanças para Habitação em Angola, 13 Maio, 2...Mercados de Terra Urbana e Microfinanças para Habitação em Angola, 13 Maio, 2...
Mercados de Terra Urbana e Microfinanças para Habitação em Angola, 13 Maio, 2...
 
Curso Para Administradores Dos Munipios Urbanas: Módulo 6
Curso Para Administradores Dos Munipios Urbanas: Módulo 6Curso Para Administradores Dos Munipios Urbanas: Módulo 6
Curso Para Administradores Dos Munipios Urbanas: Módulo 6
 
Allan Cain - Habitacao para quem - Conferência Casa Própria - draft 2 (1).pdf
Allan Cain - Habitacao para quem - Conferência Casa Própria - draft 2 (1).pdfAllan Cain - Habitacao para quem - Conferência Casa Própria - draft 2 (1).pdf
Allan Cain - Habitacao para quem - Conferência Casa Própria - draft 2 (1).pdf
 
Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
Abordagem histórica do problema habitacional no brasil 1
 
Gentrificação e as Favelas Cariocas - por Theresa Williamson para OsteRio © C...
Gentrificação e as Favelas Cariocas - por Theresa Williamson para OsteRio © C...Gentrificação e as Favelas Cariocas - por Theresa Williamson para OsteRio © C...
Gentrificação e as Favelas Cariocas - por Theresa Williamson para OsteRio © C...
 
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGSCLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
CLÁUDIA FAVARO - Contribuições UFRGS
 
Habitação de interesse social
Habitação de interesse socialHabitação de interesse social
Habitação de interesse social
 
Transformações na Economia Informal Urbana
Transformações na Economia Informal UrbanaTransformações na Economia Informal Urbana
Transformações na Economia Informal Urbana
 
Compacto politica publica da habitação
Compacto politica publica da habitaçãoCompacto politica publica da habitação
Compacto politica publica da habitação
 
Politica publica da habitação
Politica publica da habitaçãoPolitica publica da habitação
Politica publica da habitação
 
A (não) política de habitação e o IMI (1ª parte)
A (não) política de habitação e o IMI (1ª parte)A (não) política de habitação e o IMI (1ª parte)
A (não) política de habitação e o IMI (1ª parte)
 

Mais de Development Workshop Angola

Mais de Development Workshop Angola (20)

Cleber Correa APRESENTAÇÃO 2.0.pptx
Cleber Correa APRESENTAÇÃO 2.0.pptxCleber Correa APRESENTAÇÃO 2.0.pptx
Cleber Correa APRESENTAÇÃO 2.0.pptx
 
Augusto Fernandes_COMPLEMENTO AO CREDITO AVISO 9.pptx
Augusto Fernandes_COMPLEMENTO AO CREDITO AVISO 9.pptxAugusto Fernandes_COMPLEMENTO AO CREDITO AVISO 9.pptx
Augusto Fernandes_COMPLEMENTO AO CREDITO AVISO 9.pptx
 
Como o Orçamento do Munícipe está a contribuir para a promoção do Desenvolvim...
Como o Orçamento do Munícipe está a contribuir para a promoção do Desenvolvim...Como o Orçamento do Munícipe está a contribuir para a promoção do Desenvolvim...
Como o Orçamento do Munícipe está a contribuir para a promoção do Desenvolvim...
 
Debate à sexta feira- Conflitos entre pais separados.pptx
Debate à sexta feira- Conflitos entre pais separados.pptxDebate à sexta feira- Conflitos entre pais separados.pptx
Debate à sexta feira- Conflitos entre pais separados.pptx
 
230203_DW_Critical_Neighbourhoods_PM.pdf
230203_DW_Critical_Neighbourhoods_PM.pdf230203_DW_Critical_Neighbourhoods_PM.pdf
230203_DW_Critical_Neighbourhoods_PM.pdf
 
20220905 APRESENTAÇÃO EXPOSIÇÃO2.ppt
20220905 APRESENTAÇÃO EXPOSIÇÃO2.ppt20220905 APRESENTAÇÃO EXPOSIÇÃO2.ppt
20220905 APRESENTAÇÃO EXPOSIÇÃO2.ppt
 
30092022 Debate : "O Papel do Assistente Social nas Organizações Não-Governam...
30092022 Debate : "O Papel do Assistente Social nas Organizações Não-Governam...30092022 Debate : "O Papel do Assistente Social nas Organizações Não-Governam...
30092022 Debate : "O Papel do Assistente Social nas Organizações Não-Governam...
 
Financiamento e Projectos de Apoio ao Desenvolvimento Local em Angola_ Desafi...
Financiamento e Projectos de Apoio ao Desenvolvimento Local em Angola_ Desafi...Financiamento e Projectos de Apoio ao Desenvolvimento Local em Angola_ Desafi...
Financiamento e Projectos de Apoio ao Desenvolvimento Local em Angola_ Desafi...
 
20210924 Debate : "A Implementação do Orçamento Participativo em Angola: Avan...
20210924 Debate : "A Implementação do Orçamento Participativo em Angola: Avan...20210924 Debate : "A Implementação do Orçamento Participativo em Angola: Avan...
20210924 Debate : "A Implementação do Orçamento Participativo em Angola: Avan...
 
Processo de revisão da legislação fundiária em angola
Processo de revisão da legislação fundiária em angolaProcesso de revisão da legislação fundiária em angola
Processo de revisão da legislação fundiária em angola
 
Comunicação dos pais para com os filhos
Comunicação dos pais para com os filhosComunicação dos pais para com os filhos
Comunicação dos pais para com os filhos
 
20210621 apresentação lançamento do projecto okavango
20210621 apresentação lançamento do projecto okavango20210621 apresentação lançamento do projecto okavango
20210621 apresentação lançamento do projecto okavango
 
ONUHabitat em Cabo Verde _PráticasPartilha. Jeiza Cabo Verde
ONUHabitat em Cabo Verde _PráticasPartilha. Jeiza Cabo VerdeONUHabitat em Cabo Verde _PráticasPartilha. Jeiza Cabo Verde
ONUHabitat em Cabo Verde _PráticasPartilha. Jeiza Cabo Verde
 
20210509 PPT DW-UN-Habitat João Domingos
20210509 PPT DW-UN-Habitat João Domingos20210509 PPT DW-UN-Habitat João Domingos
20210509 PPT DW-UN-Habitat João Domingos
 
2021 05-11 un-habitat psup angola-workshop. ana cubillo
2021 05-11 un-habitat psup angola-workshop. ana cubillo2021 05-11 un-habitat psup angola-workshop. ana cubillo
2021 05-11 un-habitat psup angola-workshop. ana cubillo
 
2021 05 un-habitat angola. evandro
2021 05 un-habitat angola. evandro2021 05 un-habitat angola. evandro
2021 05 un-habitat angola. evandro
 
Acções Realizadas no âmbito do Projecto- Combate contra o covid-19
Acções Realizadas no âmbito do Projecto- Combate contra o covid-19Acções Realizadas no âmbito do Projecto- Combate contra o covid-19
Acções Realizadas no âmbito do Projecto- Combate contra o covid-19
 
Mg arquitectura de terra no moxico
Mg arquitectura de terra no moxicoMg arquitectura de terra no moxico
Mg arquitectura de terra no moxico
 
Construir Identidade e Cidadania, Construindo Obras e Projectos
Construir Identidade e Cidadania, Construindo Obras e ProjectosConstruir Identidade e Cidadania, Construindo Obras e Projectos
Construir Identidade e Cidadania, Construindo Obras e Projectos
 
Debate: "O papel das Comissões de Moradores nas autarquias locais"
Debate: "O papel das Comissões de Moradores nas autarquias locais" Debate: "O papel das Comissões de Moradores nas autarquias locais"
Debate: "O papel das Comissões de Moradores nas autarquias locais"
 

20171031 Urban Debate:Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat

  • 1. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO TERRITORIAL Direito à Cidade e a Produção Social de Habitat Arqo Allan Cain Development Workshop Angola Luanda – 31 de Outubro 2017
  • 2. A Luta pelo Direito à Cidade • O “Direito à Cidade" emergiu no processo do Habitat III, como uma demanda dos grupos da sociedade civil activa, em campanhas de justiça social urbana, em torno de questões como: gentrificação, expulsões forçadas, refugiados, a privatização do espaço público e a criminalização dos sem-abrigo. • A sociedade civil é chamada pela Nova Agenda Urbana a incentivar os governos nacionais e locais para cuidarem de seus habitantes mais vulneráveis, em vez de atenderem somente o sector privado. • O direito à cidade é uma síntese dos direitos humanos existentes, que podem incentivar os governos a cumprir com as suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos. • O Direito à Cidade é um direito colectivo das comunidades, e não apenas um direito individual.
  • 3. Qual é o direito à cidade • O "Direito à Cidade" baseia-se em princípios de justiça social e espacial, equidade, democracia e sustentabilidade • Aplica-se não apenas às cidades, mas aos assentamentos humanos em geral • Baseia-se em três pilares fundamentais: 1. Espacialmente, apenas distribuição de recursos (uma dimensão material) 2. Agência política (uma dimensão política) 3. Diversidade cultural (uma dimensão simbólica) • Promove cidades e assentamentos humanos como bens comuns
  • 4. O Direito à Cidade Inclusiva
  • 5. O direito à cidade em Angola • O governo angolano comprometeu-se com a Nova Agenda Urbana em Quito Equador, em outubro de 2016, que irá garantir, que cidades e assentamentos humanos sejam lugares onde todas as pessoas podem gozar de direitos e oportunidades iguais, bem como de suas liberdades fundamentais. • O direito à cidade inclui a função social da terra, promovendo uma posse de terra segura, que seja economicamente acessível com serviços básicos, para alcançar a realização do direito à habitação adequada, com especial atenção, a segurança da posse da terra para as mulheres como chave para o seu empoderamento. • Evitando especulações, deslocações e despejos forçados arbitrários.
  • 6. Mensagens-chave da NAU • Reafirmação do papel das lideranças dos governos nacionais na definição de estratégias urbanas. • Inclusão das autoridades locais e organizações de base comunitária e o sector privado no desenvolvimento urbano "quando apropriado". • O “Direito à Cidade" é mencionada no documento, chamando os governos a criar "cidades para as pessoas e não para o lucro" • Abordagem Inclusiva tendo em conta o sexo e idade no planeamento de cidade, bem como a continuação dos esforços para reduzir a pobreza urbana. • Promover princípios de igualdade e de não discriminação, garantindo politicas fiscais adequadas, e a descentralização administrativa para integrar a cidade e atualização de assentamentos informais • Melhorar os níveis de acessibilidade, segurança, qualidade de acessibilidade.
  • 7. Autoconstrução e a produção social de habitat É entendido como sendo: • Todos os processos não comercializados, realizados sob a iniciativa, gestão e controlo dos habitantes, que geram e/ou melhoram em espaços de vida adequados, habitação e outros elementos do desenvolvimento físico e social, e muitas vezes apesar do envolvimento do Estado ou de outra estrutura ou autoridade formal. • NUA compromete-se a combater a falta de moradia, o Estado deve apoiar a produção de habitação, através da implementação de políticas públicas que garantam o acesso adequado à terra, esquemas de financiamentos adequados.
  • 8. A Produção de habitat em Angola • Produção habitacional angolana durante o período de implementação do PNUH entre 2009 a 2015 • O Estado entregou 151.800 unidades • O sector privado entregou 45.600 unidades • O setor cooperativo entregou 12.000 unidades • O número de novos agregados formados durante esse período foi estimado em 428.426 • Portanto, a produção de habitação social construída informalmente, sem o apoio do Estado foi estimada em 218.418. • A produção social aparece para entregar mais habitações do que todos os outros sectores combinados
  • 9. Desafios na produção social do habitat • Um grande constrangimento na produção de habitação social em Angola continua ser a fraca gestão da terra pelo estado e consequentemente a fraca segurança de posse de terra da população urbana • Apesar da afirmação do estado no controlo das terras, um mercado imobiliário vibrante existe para a terra formal e informalmente ocupada • O crescimento das cidades em Angola é mais rápido do que a instalação de serviços básicos de água e saneamento. • Para entender a dinâmica utilizada pela maioria dos angolanos para a aquisição de habitação como factores chave no processo de urbanização
  • 11. TIPOLOGIAS CATEGORIAS POPULAÇÃO (estimado 2016) % do total da população A Centro Urbano Antigo Mais de 35 anos 165 693 2% B Novas Urbanizações e Condomínios Nova, Pós Guerra 1,699,500 24% C Bairro Popular Mais de 35 anos 53,200 1% D Zonas de Habitação Social Nova, Pós Guerra 210,400 3% E Áreas de Auto-construção Dirigida Nova, Pós Guerra 173 500 2% F Musseques em Transição Pós Independência 150,300 2% G Musseques Ordenados Mais de 35 anos 642 900 9% H Musseques Antigos Mais de 35 anos 2 312 701 40% I Musseques Periféricos Pós Independência 1 978 000 28% J Assentamentos Rurais 235 900 3% K Zona Industrial 2 957 0,05% Total 6 986 100 100% Tipologias de Assentamentos em Luanda
  • 12. 1. Quem são os produtores de habitat? Outro municipio em Luanda 76.6% Mesmo Bairro 4.6% Sem resposta 0.3% Outro país 0.5% Outra província 18.0% • Maior parte dos produtores de habitação são dos outros municipios na provincia de Luanda 76.6% • 18% vem das outras províncias • Apenas 4.6% são do mesmo bairro.
  • 13. 2. Como é que eles adquirem e asseguram a terra? Outra 0.0% Cartao de morador 0.7% Acordo foi publicado 1.5% Recibo da utilidade publica 1.0% Licença de arrematação 0.2% Registro Predial 0.5% Direito de Superfície 0.5% Titulo de ocupação precario 5.6% Testemunhado por tecnico do governo 6.8% Croquis de Localização 7.3% Recebi uma declaração 49.1% Contrato de compra e venda 12.2% Nenhum documento 14.4% • Declaração de compra e venda • Contrato de venda • Croquis de Localização • Titulo de ocupação precaria • Direito de Superficie • Registo Predial • Licença de arrematação Apenas 6.8% da amostra total tem a sua posse legalizada de acordo com a legislação vigente. Um total de 61,3% da amostra compraram suas terras no mercado informal.
  • 14. 3. Mapa de preços de terra em Luanda
  • 15. 4. O papel de intermediários imobiliários • Nas quatro áreas pesquisadas, os intermediários apenas desempenham um papel em 2% dos casos. • A administração e as comissões de bairro estão envolvidos em 8% dos casos. • 90% das transacções ocorreram directamente com os antigos proprietários. To whom was the payment made Intermediary Agent 2% Resident Committee 3% Local/Provincia l Government 5% Previous ower 90%
  • 16.
  • 17. 5. Como foram financiadas as transacções? O sector bancário formal tem mostrado algum receio à entrada ao mercado imobiliário. A maioria dos fundos provem da família (62%) e amigos (27%). Bank 7.6% Employer 8.4% Friend 25.0% Family 59.0%
  • 18. Falta de financiamento de habitação e terra Razoes indicadas pelos bancos para justificar o seu receio: • A falta de legislação clara sobre terras que permite o uso de propriedade como garantia • Longos períodos de reembolso • A falta de uma política do governo sobre o crédito bancário • A falta de título de propriedade por parte dos clientes • A falta de uma cultura de reembolso atempado das prestações por parte dos clientes
  • 19. Conclusões • Existe um mercado informal de terra significativo em Luanda. Pelo menos 61.3% das transações envolvem pagamentos financeiros. • As transacções documentadas são provas de que estas não são realmente informais. • Estas transações são consideradas como seguras e legitimas pela maioria dos compradores (85%). • A maior parte das transações são precárias ou inseguras visto que apenas 6.8% das mesmas podem ser justificadas com base em documentos oficialmente considerados legais • Há um risco de aumentar a pobreza com a perda dos seus bens (terra e habitação) como resultado de demolições e realocações
  • 20. Recomendações 1. Promover mercados mais funcionais • Mercados eficientes e equitativos de terra são um pré- requisito para o bom funcionamento das cidades. • Os bancos e os empreendedores do sector privado devem ser encorajados a investir em habitação social, bem como no mercado para fins maiores. 2. Integrar a prática existente numa política inclusiva • os actuais mecanismos informais de acesso à terra estão bem estabelecidos e têm uma forte legitimidade entre a população peri-urbana. • a prática existente deve ser reconhecida e enquadrada na prática jurídica
  • 21. Recomendações 3. Reconhecer o direito de ocupação baseado no princípio de boa fé • reconhecimento de facto, dos direitos de ocupação do solo dos moradores urbanos que, de boa fé, compraram ou adquiriram suas terras através de algum outro mecanismo legítimo • Criar a base jurídica e a aplicação administrativa para que se evite a especulação 4. Incorporar o direito à informação como prática efectiva • a obrigação por parte do governo e suas instituições de divulgar publicamente os seus planos, intervenções, concessões e programas de urbanização
  • 22. Recomendações 5. Adoptar o princípio de direitos intermédios e evolutivos de posse da terra • possa ser expandida para incluir o princípio de um nível médio de ocupação, possivelmente, uma intitulada "Certificado Provisório de Terra", que possa ser considerado como a base para a permissão de permanência evolutivas 6. Incorporar o Fortalecimento das instituições municipais • a demanda efetiva pode ser melhor avaliada • o quadro jurídico-administrativo que deve ser estabelecido
  • 23. Recomendações 7. Melhorar as infra-estruturas essenciais • A implementação de redes básicas de infa-estrutura de água e acesso rodoviários melhora a segurança, o sentimento de posse para os moradores. 8. Criação de sistema municipal de cadastro • é importante para que o governo consiga recolher receitas proveniente dos impostos de propriedade • Com os avanços da tecnologia da informação geográfica, torna-se cada vez mais barato desenvolver e manter sistemas de informação da terra.
  • 24. Recomendações 9. Proteger os direitos à terra das mulheres • a proporção de famílias chefiadas por mulheres e 46%. • os direitos das mulheres à terra sejam reforçados e que a legislação seja compatível com o Código de Família 10. Criar maior consciência pública dos direitos à terra urbana e suas responsabilidades • levarem a cabo campanhas abrangentes de educação sobre os direitos à terra e às novas responsabilidades dos residentes urbanos
  • 25. Recomendações 11. Implementar projectos do reajustamento dos terrenos • projectos piloto deverão ser implementados através de parcerias entre o governo provincial e local, com uma activa participação da sociedade civil • introduzir um controlo rigoroso dos custos para avaliar a viabilidade de aplicar estes projectos-piloto em programas mais amplos 12. Implementar o princípio da justa indemenização Justa compensação poderá incluir mas não pode fica necessariamente limitada ao valor de mercado das terras e despesas realizadas pelo proprietário de terras como resultado da expropriação.
  • 26. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO TERRITORIAL Obrigado

Notas do Editor

  1. 1
  2. 11
  3. 26