1. METODOLOGIA PARA PROJETO DE INTERVENÇÃO
| ELZA BERGER SALEMA COELHO |
| CAROLINA CARVALHO BOLSONI |
| THAYS BERGER CONCEIÇÃO |
| SHEILA RUBIA LINDNER |
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
UFSC 2020
2. METODOLOGIA PARA PROJETO DE INTERVENÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
| CAROLINA CARVALHO BOLSONI |
| THAYS BERGER CONCEIÇÃO |
| ELZA BERGER SALEMA COELHO |
| SHEILA RUBIA LINDNER |
UFSC 2020
METODOLOGIA PARA PROJETO DE INTERVENÇÃO
3. 3
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS)
Departamento de Promoção da Saúde (DEPROS)
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitor: Ubaldo Cesar Balthazar
Vice-Reitora: Alacoque Lorenzini Erdmann
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Cristiane Derani
Pró-Reitor de Pesquisa: Sebastião Roberto Soares
Pró-Reitor de Extensão: Rogério Cid Bastos
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Diretor: Celso Spada
Vice-Diretor: Fabrício de Souza Neves
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Chefe do Departamento: Fabrício Augusto Menegon
Subchefe do Departamento: Lúcio José Botelho
EQUIPE TÉCNICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição
Gestora Geral do Projeto Sheila Rubia Lindner
Coordenação de Produção de Material Elza Berger Salema Coelho
4. 4
Autores Elza Berger Salema Coelho
Carolina Carvalho Bolsoni
Thays Berger Conceição
Sheila Rubia Lindner
Equipe Editorial Carolina Carvalho Bolsoni
Thays Berger Conceição
Deise Warmling
Dalvan Antonio de Campos
Assessoria Pedagógica Márcia Regina Luz
Assessoria de Mídias Marcelo Nogueira Capillé
Equipe Executiva Patricia Dias de Castro
Gabriel Donadio Costa
Eurizon de Oliveira Neto
Design Instrucional/ Soraya Falqueiro
Revisão de Português e ABNT
Identidade Visual/Projeto Gráfico Pedro Paulo Delpino Bernardes
Diagramação/Esquemáticos/ Laura Martins Rodrigues
Infográficos/Finalização
5. 5
Desenvolvedor Web Kuassi Dodji Franck Kumako
Paulo Alexsander Godoi Lefol
Tcharlies Dejandir Schmitz
Esquemáticos/Infográficos Web Naiane Cristina Salvi
Supervisão de Desenvolvimento Web Sabrina Blasius Faust
Fonte para Imagem e Esquemáticos Adobe Stock
M593 Lindner, Sheila Rubia
Metodologia para projeto de intervenção / Elza Berger Salema Coelho ... [et al.]. –
Florianópolis : UFSC, 2020.
25 p. : il.
E-book (PDF)
ISBN: 978-65-87206-25-7
1. Ciências da saúde – Metodologia. 2. Ciências da saúde – Pesquisa. I. Coelho, Elza Ber-
ger Salema. II. Bolsoni, Carolina Carvalho. III. Conceição, Thays Berger. IV. Lindner, Sheila Rubia.
CDU: 0001.8:61
6. 6
APRESENTAÇÃO 7
1 A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 9
1.1 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO 10
1.2 COMO SE CONHECE A REALIDADE? 12
1.3 LEITURA DA REALIDADE 13
2 PROJETO DE INTERVENÇÃO 15
2.1 POR QUE INTERVIR? 16
2.2 PLANO DE INTERVENÇÃO 17
2.3 METODOLOGIA DO PROJETO DE INTERVENÇÃO 19
ENCERRAMENTO DO MÓDULO 22
REFERÊNCIAS 23
MINICURRÍCULO DOS AUTORES 24
7. 7
Deste modo, para facilitar a condução do
processo de estudo, dividimos este módulo
em duas unidades. Na primeira, faremos
uma breve introdução sobre pesquisa e
conhecimento científico. Na segunda,
vamos conceituar e abordar o plano de
intervenção, modalidade escolhida por este
curso de especialização como trabalho para
conclusão do curso.
Assim, esperamos que você possa refletir
sobre a temática, bem como identificar as
etapas necessárias para a construção de um
plano de intervenção.
Esperamos que você
tenha um bom estudo!
Olá!
Sejabem-vindoaomódulodeMetodologia.
Este módulo tem o compromisso de
construir com você os fundamentos éticos,
metodológicos e normativos que contribuem
com a valorização do seu objeto de estudo
como indispensável para sua atividade
acadêmica. A metodologia para o Projeto
de Intervenção é um assunto bastante
conhecido, uma vez que é uma exigência
acadêmica estabelecida pelas diretrizes
curriculares do Ministério da Educação.
Além disso, é um veículo de reflexão sobre
os interesses na formação e no exercício
profissional: o TCC se configura em uma
síntese de sua formação, é o momento
de apresentar o conhecimento adquirido
durante o processo de aprendizado no
decorrer de sua especialização.
Por meio deste trabalho você poderá
refletir sobre as condições necessárias para
avaliar seus avanços quanto à organização
de suas práticas de aprendizagem, às refe-
rências teórico-metodológicas assumidas
durante o curso e à realização do Projeto de
Intervenção (PI) com o acompanhamento do
orientador.
APRESENTAÇÃO
8. 8
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser
capaz de:
• Conhecer a fundamentação teórica
sobre pesquisa científica.
• Identificar os pressupostos teóricos
que orientam um plano de intervenção.
• Reconhecer a estrutura de um projeto
de intervenção.
CARGA HORÁRIA DE ESTUDO
RECOMENDADA
Para estudar e apreender todas as
informações e definições abordadas, bem
como trilhar todo o processo ativo de
aprendizagem, estabelecemos uma carga
horária de 30 horas para este módulo.
APRESENTAÇÃO
10. METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 1
A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
10
Nesta unidade vamos abordar os
vários tipos de conhecimento – sensorial,
intelectual, vulgar, científico e filosófico – e
saber por que o conhecimento científico é
uma importante ferramenta para a leitura
da realidade, assim vamos refletindo sobre
o que é e como elaborar o Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC). Acompanhe.
1.1 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
Durante o processo evolutivo do homem
e das sociedades atuais, novos e comple-
xos problemas foram culminando, cujas
soluções passaram necessariamente pela
elaboração de novas alternativas de ver e
estar no mundo. A produção do conhecimen-
to, em seu processo como um todo, envolve
relações entre o antes, o durante e o depois
da pesquisa, momentos que estão relaciona-
dos com as formas como são estruturadas
as interrogações, os objetivos e as escolhas
metodológicas que determinam os caminhos
trilhados para as interpretações dos resulta-
dos (SOUZA; MAGALHÃES, 2017).
Conhecimento sensorial
É o conhecimento comum que une seres humanos e animais, sendo obtido com base
em experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar). Garan-
te a sobrevivência.
Mas, o que é conhecimento?
Conhecimento é o ato de perceber
ou compreender por meio da razão
e/ou da experiência um dado objeto.
Desde que nascemos interagimos
com os objetos a nossa volta inter-
pretando o mundo a partir de refe-
rências e das experiências vividas.
Contudo, esse conhecimento adqui-
rido não representa a única forma de
descrever um objeto. Chaui (2000)
elenca que é possível obter conheci-
mento de diversas maneiras, conhe-
ça as principais a seguir!
11. 11
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 1
A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
palavras, o conhecimento científico resulta
de pesquisa metódica e sistemática da
realidade dos fatos. De modo algum pode
ser pensado como mais importante que as
demais formas de conhecimento, até porque
existem fragilidades em sua maneira de
observar a realidade.
Deve-se ter em mente que o conhe-
cimento científico apresenta limi-
tes, sobretudo porque se baseia na
aplicação de técnicas que são em si
limitadas. Assim, apesar de almejar
atingir a verdade absoluta, o conhe-
cimento é provisório e sujeito à re-
futação. O conhecimento científico
não revela verdades absolutas, nem
possibilita uma compreensão plena
da realidade, o que busca é fornecer
conhecimento provisório, que pos-
sibilite previsões confiáveis sobre
acontecimentos futuros.
Ao longo da história do pensamento, além
da discussão sobre os diferentes tipos de
conhecimento, também surgiram propostas
para identificar diferentes ramos da ciência
e agrupá-los. Desde o filósofo Platão até os
dias atuais discute-se sobre os diferentes
objetos de estudo das ciências e suas me-
seguindo etapas, normas e técnicas, por
meio de aplicação de métodos pré-estabele-
cidos, buscando responder como e por que
ocorrem os fatos e fenômenos. Em outras
Conhecimento intelectual
Categoria que distingue o ser humano dos animais por se tratar de um produto elabo-
rado por meio de um raciocínio que supera a comunicação entre os sentidos do corpo
e os estímulos ambientais. Pressupõe-se a formulação de raciocínio, de pensamento
e de lógica.
Conhecimento vulgar
É a forma de conhecimento que é aprendida com o tradicional, o cultural, o senso co-
mum, no dia a dia de todos os seres humanos, na interação entre eles. Não apresenta
compromisso com análise sistemática, portanto não se pauta necessariamente na re-
flexão, sendo superficial.
Conhecimento filosófico
É relacionado à construção de ideias e conceitos. Prioriza seu olhar sobre a condição
humana. É importante destacar que a pesquisa científica pode envolver as diversas
áreas da ciência, seja ciência natural, exata e/ou social, visto que em todas essas
áreas a busca pelo conhecimento vem se desenvolvendo através dos tempos.
Conhecimento científico
Pensamento sistemático, organizado, que se pauta pela investigação e pela constata-
ção, havendo base teórica que o sustenta. Tem por objetivo explicar de modo racional
as observações. A análise é uma etapa fundamental no processo de construção e sín-
tese desse tipo de conhecimento.
O conhecimento científico é todo conhe-
cimento obtido por meio de procedimentos
metodológicos que possibilitam investigar a
realidade de maneira organizada, ordenada,
12. 12
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 1
A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
quais surgem interpretações da realidade.
Mas, como tudo em que existe um caráter
subjetivo – e falando em escolha e inter-
pretação –, está sujeita aos pressupostos
de quem está conduzindo um trabalho
científico.
Neste sentido, deve-se perceber que
verdade é um critério subjetivo e que pode,
eventualmente, estar próximo da realidade
e da aferição científica, mas depende das
situações, dos contextos e das premissas
de pensamento. Às vezes, aquilo que é
observado está pautado em escolhas que
são mais um conjunto de normas do que
evidências da realidade em si.
importantes dimensões para o entendimento
dos profissionais da saúde.
Anteriormente, notamos o conhecimento
científico como uma forma de conhecer a
verdade. Se pensarmos filosoficamente,
desta forma, é possível afirmar que a
realidade externa é perceptível pelos
órgãos sensoriais. Assim, o conhecimento
é percebido então como uma atividade que
acontece na mente, passível de ser tomada
comosinônimodeinterpretaçãodarealidade,
de uma aproximação com a verdade.
A vertente científica, na realidade, pauta-
-se na busca por dados e informações que
são representações do real com base nas
todologias. Nós não iremos adentrar nesse
debate, mas é importante saber que pesqui-
sar é questionar, é perguntar, é investigar a
realidade! Continue seus estudos e reflita
sobre como se pode conhecer a realidade.
Um ponto relevante a ser apresentado é
que o conhecimento científico tem diversas
abordagens. Entre elas, que pode ser tomado
como uma importante ferramenta para a
leitura da realidade.
1.2 COMO SE CONHECE A REALIDADE?
O termo “realidade” tem origem do latim
realitas, isto é, “coisa”, significando “tudo o
que existe”. Assim, inclui tudo o que é, seja
ou não perceptível, acessível ou entendido
pelo ser humano, pela ciência, pela filosofia
ou por qualquer outra forma de ler o mundo.
Neste sentido, realidade significa a proprie-
dade do que é real, daquilo que existe, fora
da mente e dentro dela.
Ressaltamos que não apenas os aspec-
tos físicos e/ou biológicos concernem à
realidade humana; as realidades sociais
e subjetivas (incluindo a mental) estão
presentes na experiência humana. Assim,
referem-se particularmente à saúde e são
13. 13
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 1
A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
pode ser quantificado. Contudo, a realidade
é mais do que numérica, ainda que essa
dimensão seja importante, havendo diversos
componentessubjetivoseintersubjetivosque
escapam às quantificações, principalmente
no fenômeno da saúde e da assistência.
A trajetória do pensamento e da pesquisa
científica é buscada de modos diferentes.
Para ramos de ciência diferentes, há
metodologias adequadas, sejam com base
em registro de observações ou entrevistas,
ou em informação estatística, por exemplo.
O território ganha, com isso, um valor
simbólico para os sujeitos, uma vez que
possibilita a comunhão com o lugar e
com aqueles em que nele vivem, o que faz
com que, nesse espaço, as pessoas se
reconheçam, construam suas redes sociais,
sua identidade. Neste curso, você conseguiu
ter uma base de como deve ser esse olhar
para o território, sobretudo para as pessoas
com sobrepeso e obesidade.
Havia certa crença ao redor do pensamen-
to científico de que somente é válido o que
Pergunte-se: como ler a realidade
para que essa leitura tenha emba-
samento científico e possa auxiliar
no processo de trabalho na Atenção
Primária à Saúde (APS)? Em outros
termos: como despir-se do senso co-
mum, das demandas do dia a dia, no
trabalho em equipe, para um conhe-
cimento que paute cientificamente o
trabalho na APS e, especificamente,
no que diz respeito ao enfrentamen-
to do sobrepeso e da obesidade? É o
que nos propomos a tentar abordar
neste módulo.
1.3 LEITURA DA REALIDADE
O território é mais do que um simples
local geográfico, pois implica o espaço da
convivência social e da mediação afetiva,
cultural e material, que permite que os
sujeitos trabalhem, habitem, circulem,
relacionem-se, divirtam-se. A noção de
mediação envolve a compreensão de que a
realidade humana é construída por trocas
sociais; quer dizer, as pessoas, os objetos,
as relações são meios ou fornecem a base
para os sujeitos realizarem o seu projeto,
individual ou coletivo.
14. 14
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 1
A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
da instituição e conhecer os meandros
da realidade, o que pode ser um filtro para
a construção de um novo conhecimento
que nasce nesse trânsito da assistência e
pesquisa (TRENTINI; PAIM; SILVA, 2018).
Esse espírito investigativo, portanto, faz
parte da nossa vida, e é preciso que essa
atitude seja estimulada para que possamos
perceber que a pesquisa tem muita coisa a
ver com o nosso trabalho, que não é algo
“fora” de nós.
Desta forma, pense que o estudo que
você precisa desenvolver no seu TCC tem
a ver com você. Ele deve fazer parte de seu
cotidiano. Para saber como essa interação
acontece, siga para próxima unidade e
conheça o plano de intervenção, estratégia
definida pelo curso de especialização para o
TCC.
Nesta unidade, percebemos que, de
maneira geral, as informações transmitidas
pelas pessoas permitem a construção do
conhecimento. Também, vimos que o co-
nhecimento pode ser aprendido por todos.
Além disso, mostramos que o conhecimento
que você fomentou nos módulos iniciais do
curso servirão de base para a elaboração do
seu TCC.
contendo os principais indicadores de saúde
bem como os indicadores de consumo
alimentar e estado nutricional.
Pois bem, todos esses levantamentos e
reflexões sobre a sua realidade servirão de
base para a elaboração do seu TCC.
Castro (2006, p. 6), ao discutir sobre a
realidade empiricamente observável como
objeto da ciência, descreve que:
a ciência é uma tentativa de descre-
ver, interpretar e generalizar sobre
uma realidade observada [...]. Se no
processo científico buscamos en-
contrar nos fatos e nos eventos algu-
ma ordem, algum nexo interno, algu-
ma construção lógica que faça com
que eles adquiram sentidos – ou em
certos casos, possam ser previstos
– é somente voltando a consultar
estes fatos que poderemos dizer
alguma coisa a respeito dos méritos
de nosso esforço de teorização, isto
é, em última análise, a descrição da
realidade.
A imersibilidade no ambiente de trabalho,
ao mesmo tempo em conduzirá seu
projeto, será um desafio, uma vez que sua
identificação de profissional do serviço lhe
permite um transitar em todos os espaços
Quaisquer que seja a sua forma de
abordar e investigar determinado
aspecto da sua área, é necessário
produzir informação, pois esta é um
componente extremamente relevante
para pensar em planejamento e ações
em todas as áreas do conhecimento.
Lembre-se de que, no Módulo 2, você
elaborou o diagnóstico social do seu
território, composto por determinantes
sociais, equipamentos e dispositivos legais
de saúde, segurança alimentar e nutricional
e ações intersetoriais para a prevenção e o
controle do sobrepeso da obesidade.
Naquela etapa você coletou muitas
informações, e foi sugerido que, tomando
por base aquela construção, escrevesse um
texto que considerasse o contexto social
de sua comunidade e o perfil social da
população que nela vive, na continuidade da
leitura da realidade.
No Módulo 3, quando a epidemiologia
nutricional foi a ferramenta para o
diagnóstico epidemiológico, você teve como
foco a busca de informações sobre dados
alimentares e nutricionais da população,
16. METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
16
Agora, vamos dar continuidade ao co-
nhecimento sobre o plano de intervenção,
proposta que adotada por este curso de
especialização em que você está inserido,
como modalidade de Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC). Apresentaremos as teorias
que fundamentam o plano de intervenção,
bem como, de maneira geral, as etapas indi-
cadas para a elaboração do referido plano.
A partir dessa reflexão teórica, pretendemos
auxiliá-lo na elaboração do TCC.
2.1 POR QUE INTERVIR?
DesdeadeclaraçãodeAlma-Ata,em1978,
registra-se um movimento sanitário que
prioriza a promoção da saúde com ênfase
na participação qualificada da comunidade
para o desenvolvimento de condições mais
saudáveis de vida. Para alcançar tal objetivo,
o foco evoluiu de cuidados episódicos de
indivíduos em hospitais para promoção de
saúde na comunidade.
A saúde-doença deixa de ser um estado
biológico possível vivido meramente pelos
sujeitos e passa a ser um direito humano a
ser conquistado:
para atingir um estado completo de
bem-estar físico, mental e social, os
indivíduos e grupos devem saber
identificar aspirações, satisfazer
necessidades e modificar favoravel-
mente o meio ambiente” (BRASIL,
2002, p. 9).
Assim, saúde no contexto do SUS
torna-se um objeto da ação, da inter-
ferência do meio e, portanto, como
estratégia para sua produção, você
deve considerar a promoção da saú-
de. Esta é proposta como um modo
de pensar e de operar articulado às
demais políticas e tecnologias de-
senvolvidas no sistema de saúde
brasileiro e contribui na construção
de ações que possibilitam responder
às necessidades sociais em saúde.
A Política Nacional de Humanização
propõe que as intervenções em saúde
ampliem seu escopo, tomando como objeto
os problemas e as necessidades de saúde
e seus determinantes e condicionantes,
de modo que a organização da atenção e
do cuidado envolva, ao mesmo tempo, as
ações e os serviços que operem sobre os
efeitos do adoecer e aqueles que visem ao
espaço para além dos muros das unidades
17. 17
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
A pesquisa-ação é aquela que, além de
compreender, visa intervir na situação, com
vistas a modificá-la. O conhecimento visado
articula-se a uma finalidade intencional de
alteração da situação pesquisada. Assim, ao
mesmotempoemquerealizaumdiagnóstico
e a análise de uma determinada situação,
a pesquisa-ação propõe ao conjunto de
sujeitos envolvidos mudanças que levem a
2.2 PLANO DE INTERVENÇÃO
O Plano de Intervenção (PI), como o
próprio título alude, fundamenta-se nos
pressupostos da pesquisa-ação, que
tem como base a ideia de uma relação
dialética entre pesquisa e ação, supondo
que a pesquisa deve ter como função a
transformação da realidade (THIOLLENT, 2005).
de saúde e do sistema de saúde, incidindo
sobre as condições de vida e favorecendo a
ampliação de escolhas saudáveis por parte
dos sujeitos e das coletividades no território
onde vivem e trabalham (BRASIL, 2010).
O princípio da humanização orienta-
se de forma a não reproduzir a clássica
divisão entre o “saber” e o “fazer”: busca-
se o co-engendramento entre produção de
conhecimentos, de novas práticas de saúde
e dos sujeitos que nelas se impliquem.
Promove-se, nesse contexto, a participa-
ção dos envolvidos não apenas na condição
de pesquisados, mas como sujeitos ativos
de um processo de mudança, que pode
oportunizar não apenas a resolução de um
problema ou de conhecimentos sobre ele
mas também ricas situações de aprendiza-
gem para todos.
Por esse motivo, escolhemos como
atividade final o Plano de Intervenção, que é
um instrumento para o (e no) qual devem ser
agrupadas análises situacionais, propostas
e ações, e todos os movimentos disparados
nos (e pelos) coletivos que estejam
analisando-intervindo em uma realidade.
A seguir vamos detalhar o Plano de
Intervenção, acompanhe!
18. 18
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
um aprimoramento das práticas analisadas
(SEVERINO, 2017).
Para tal, não se deve tratar de uma
simples coleta de dados, pois a participação
dos pesquisadores é necessária dentro do
processo de “conhecer” e espera-se que,
ao pesquisarem seu fazer diário, sejam
produzidos novos conhecimentos e, ao fazê-
lo, apropriem-se e ressignifiquem sua prática,
firmando novos compromissos, de cunho
crítico, com a realidade em que atuam.
Nessa perspectiva, a pesquisa-ação
fomenta o seu potencial profissional,
pois produz conhecimento e desenvolve
habilidades no sentido de enfrentar as
mudanças e os desafios gerados no
desempenho do trabalho diário nos
diferentes espaços do SUS, bem como
promove o empoderamento popular por meio
da socialização do saber, que oportuniza
que os setores populares adquiram domínio
e compreensão dos processos e fenômenos
sociais nos quais estão inseridos. Assim,
essa modalidade de pesquisa é vista como
forma de engajamento sociopolítico pelo
seu potencial social transformador.
Confira, a seguir, um resumo das
características da pesquisa-ação!
Pesquisa-ação
01
Fomenta o potencial
profissional 02
Produz
conhecimento
01
03
Desenvolve
habilidades 04
Enfrenta mudanças
e desafios
01
05
Atua no desempenho
do trabalho diário 01
06
Promove o
empoderamento
popular
01
07 Socializa o saber 01
08
Oportuniza domínio e
compreensão de processos
e fenômenos sociais
01
09
Promove engajamento
sociopolítico 01
10
Tem um potencial
social transformador
19. 19
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
propostos pelo autor podem auxiliar na ela-
boração e no desenvolvimento de tal plano.
Sua operacionalização se dá por meio das
etapas propostas a seguir.
a. Fase exploratória: consiste na iden-
tificação inicial dos problemas ou
situações problemáticas (diagnóstico
inicial), identificando também as pes-
soas interessadas em participar da
pesquisa. Esse momento de início des-
tina-se também ao esclarecimento dos
objetos da pesquisa, ao conhecimento
das expectativas dos participantes,
à discussão sobre a metodologia, à
divisão de tarefas, etc. Depende da
pesquisa proposta, do número de pes-
soas e de ações envolvidas para a sua
realização, bem como das condições
de sua participação. Após esse levan-
tamento inicial, os pesquisadores e
participantes podem estabelecer os
principais objetivos da pesquisa – de-
finir o problema prioritário, as pessoas
envolvidas, o campo da intervenção
e o processo de investigação-ação,
avaliação, etc.
interativa na produção do conhecimento e
programação da ação a ser desenvolvida.
A própria forma ou maneira de fazer a
investigação da realidade gera um processo
deaçãodosindivíduosenvolvidosnoprojeto.
O reconhecimento da realidade é ação –
ação de organização, mobilização, sensibili-
zação e conscientização. Nesse contexto, por
ser participativa, supõe uma co-implicação
no trabalho dos pesquisadores e das pessoas
envolvidas no projeto em que se faz intercâm-
bio, com a socialização das experiências e de
conhecimentos teóricos e metodológicos da
pesquisa (BALDISSERA, 2001).
Agora, vamos conhecer as etapas
necessárias para a elaboração de um plano
de intervenção!
2.3 METODOLOGIA DO PROJETO
DE INTERVENÇÃO
Ao observarmos os diferentes momentos
que Thiollent (2005) propõe para o desen-
volvimento de uma pesquisa-ação, resguar-
dando as particularidades que constituem
e delimitam um plano de intervenção para
APS, acreditamos que os procedimentos
Em termos práticos, o PI é uma proposta
de ação feita por você para a resolução
de um problema real observado em seu
território de atuação, no âmbito da clínica
ou da organização dos serviços, com ênfase
nas fases do curso da vida buscando a
prevenção e o controle do sobrepeso e da
obesidade, no contexto da APS.
Você desempenhará papel ativo no
diagnóstico e reconhecimento do
problema, traçando o objetivo a ser
alcançado, planejando as ações e
discutindo os resultados esperados.
Assim, a aproximação entre processos
de aprendizagem e prática/intervenções no
território laboral nortearão toda a constru-
ção metodológica da atividade que você vai
desempenhar durante a elaboração do TCC.
A pesquisa-ação, como método, agrega
várias técnicas de pesquisa social, e utiliza
de técnicas de coleta e interpretação
dos dados, de intervenção na solução de
problemas e organização de ações, bem
como de técnicas e dinâmicas de grupo
para trabalhar com a dimensão coletiva e
20. 20
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Ao desenvolver seu PI, você deve ter em
mente algumas características, descritas a
seguir, acompanhe.
ca na qual o tema escolhido adquira
sentido (transformação do tema em
forma de problema). Dizendo de ou-
tro modo, trata-se de, baseando-se no
tema, levantar ou colocar os proble-
mas em que se pretende intervir. No
caso da pesquisa-ação e do plano de
intervenção, os problemas devem ser
de ordem prática, posto que se procura
alcançar alguma mudança ou transfor-
mação em uma determinada situação.
d. Lugar da teoria: embora focalizada em
questões práticas, a pesquisa-ação e o
plano de intervenção não prescindem
da teoria. Pelo contrário, a delimitação
do marco teórico é fundamental, pois
é ele que dará suporte para interpretar
situações, construir hipóteses ou
diretrizes orientadoras da pesquisa.
Os pressupostos da pesquisa-ação
apresentados não devem se constituir
como um “receituário” para o plano de
intervenção; mas, podem fornecer algumas
pistas importantes para o planejamento e
a realização do projeto, sobretudo se este
pretender valorizar a participação efetiva
dos envolvidos na pesquisa.
Considerando especialmente seu
potencial transformador, é funda-
mental que a definição do que será o
objeto do plano de intervenção seja
resultado de debates e acordo entre
os envolvidos, ou seja, você, a equi-
pe e a comunidade. Essa “negocia-
ção” é importante, porque intenciona
trazer o pesquisador como parte do
universo pesquisado.
b. Tema da pesquisa: é a designação do
problema prático a ser investigado e
da área de conhecimento na qual essa
problemática se insere. O tema deve
ser definido de modo simples, dando
possibilidade para desdobramento
posterior em problemas a serem in-
vestigados. A delimitação do tema
deve ser resultado de discussão com o
grupo, ou seja, a sua equipe de saúde
e comunidade em que atua. Ainda nes-
ta etapa procede-se ao levantamento
de indicações bibliográficas que irão
compor o marco teórico orientador da
pesquisa.
c. Colocação de problemas: definidos o
tema e os objetivos da pesquisa, pas-
sa-se à definição de uma problemáti-
Características do PI
Realista e viável
O planejamento deve
considerar os recursos
humanos e materiais
disponíveis.
Objetivo
Planeje ações
evidentemente dirigidas
aos comportamentos e
situações que deseja
abordar.
Específico
É importante ter
clareza da população
específica que se
deseja alcançar.
21. 21
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
UN 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Ao final dos módulos, você terá subsídios
para desenvolver seu projeto de intervenção,
a partir das informações coletadas nos
diários ao final de cada eixo e passará para
a fase de orientação. Nesta fase, caberá ao
professor orientador trabalhar a pertinência
do projeto, a consistência da fundamentação
teórica utilizada e a correlação do projeto de
intervenção com o cotidiano de trabalho,
finalizando o TCC junto com você.
Esta unidade apresentou a estrutura
do plano de intervenção e suas bases
teóricas, principalmente os pressupostos
da pesquisa-ação. Nesta etapa, foi possível
conhecer e discutir a importância da reflexão
do processo de trabalho em saúde como
propulsor de propostas de intervenção.
É importante destacar que o PI é uma
ferramenta para acompanhar todo um
processo e não apenas uma síntese final
para o TCC. Preocupe-se em fundamentar
teoricamente e recorrer constantemente às
diversas políticas de saúde. Lembre-se de
que o processo de escrita, de organização
e planejamento da intervenção promoverá a
incorporação dos novos saberes adquiridos
durante este curso à sua prática de trabalho.
O módulo de metodologia para projeto de
intervenção inicia transversalmente com o
Eixo 1, uma vez que as atividades didáticas
previstas para os módulos estão ligadas,
tanto pelo sistema quanto pela metodologia
utilizada, com o desenvolvimento do TCC,
propriamente dito.
Importante! A elaboração dos diários
será essencial para a produção do
seu TCC, pois será a partir deles que
você construirá o texto inicial do seu
PI. Por isso, quanto mais completo
ele for, mais fundamentação você
terá para prosseguir com seu TCC.
22. METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
ENCERRAMENTO DO MÓDULO
22
Neste módulo, você teve a oportunidade
de aprofundar conhecimentos sobre
pesquisa e conhecimento científico, além
de conhecer como elaborar um plano de
intervenção, proposta que será desenvolvida
no trabalho desenvolvido por você para a
conclusão do curso.
Esperamos que essas informações
sejam úteis para auxiliá-lo no processo de
elaboração do seu TCC. Lembre-se de que
seu tutor e seu orientador vão auxiliar você
na construção do seu trabalho.
23. 23
REFERÊNCIAS
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho
científico. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2017.
SOUZA, R. C. C. R.; MAGALHÃES, S. M.
O. Epistemologia da práxis e a produção
do conhecimento. Revista de Educação
Pública, [s.l.], v. 27, n. 64, p. 17-40, 29
dez. 2017. Disponível em: <http://www.
periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.
php/educacaopublica/article/view/1702>.
Acesso em: 20 abr. 2020.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-
ação. 14. ed. São Paulo: Editora Cortez,
2005.
TRENTINI, M.; PAIM, L.; SILVA, D. M. G. V.
da. O método da pesquisa convergente
assistencial e sua aplicação na prática
de enfermagem. Texto & Contexto -
Enfermagem, [s.l.], v. 26, n. 4, p. 1-1, 8
jan. 2018. Disponível em: <https://doi.
org/10.1590/0104-07072017001450017>.
Acesso em: 27 abr. 2020.
BALDISSERA, A. Pesquisa-ação: uma
metodologia do “conhecer” e do “agir”
coletivo. Revista Sociedade em Debate,
Pelotas, v. 7, n. 2, p. 5-25, ago. 2001.
Disponível em: <http://revistas.ucpel.edu.
br/index.php/rsd/article/viewFile/570/510>.
Acesso em: 30 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria
de Políticas de Saúde. Projeto Promoção
da Saúde. As Cartas da Promoção da
Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf>.
Acesso em: 30 abr. 2020
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Política Nacional de Promoção da
Saúde. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2010.
CASTRO, C. M. A prática da pesquisa. São
Paulo, SP: McGraw do Brasil, 2006.
CHAUI, M. S. Convite à filosofia. São Paulo,
SP: Ática, 2000.
24. 24
METODOLOGIA PARA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
MINICURRÍCULO DOS AUTORES
Membro da Equipe de Produção Editorial do
Curso de Violência Doméstica Contra as Mu-
lheres e Enfrentamento do Sobrepeso e da
Obesidade. Coordenadora técnica do Curso
de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.
Área de pesquisa: Violência e Saúde; Saúde
do Idoso.
Endereço do currículo na plataforma lattes:
http://lattes.cnpq.br/6654871617906798
Thays Berger Conceição
Doutoranda e Mestre em Saúde Coletiva
pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Graduada em Enfermagem pela
UFSC. Membro da equipe de produção de
material didático para cursos de Prevenção
e Controle do Sobrepeso e da Obesidade,
parceria entre a Coordenação Geral de
Alimentação e Nutrição e o Ministério da
Saúde (CGAN/MS) e UFSC. Membro da
equipe de coordenação de tutoria e TCC do
Curso de Especialização Multiprofissional
na Atenção Básica, da Universidade Aberta
do SUS (UNA-SUS). Participa do Grupo de
Pesquisa Condições de Saúde dos Idosos
Elza Berger Salema Coelho
Possui graduação em Enfermagem pela Uni-
versidade Federal de Santa Catarina (1977)
e doutorado em Filosofia da Enfermagem
pela Universidade Federal de Santa Catarina
(2000). Atualmente é professora adjunta
da Universidade Federal de Santa Catarina.
Tem experiência na área de Saúde Coletiva,
atuando principalmente nos seguintes temas:
violência contra mulheres, crianças e adoles-
cente e idosos.
Endereço do currículo na plataforma lattes:
http://lattes.cnpq.br/3980247753451491
Carolina Carvalho Bolsoni
Possui graduação em Enfermagem pela Uni-
versidade Federal de Santa Catarina - UFSC
(2009). Mestra (2012) e Doutora (2017) em
Saúde Coletiva (UFSC). Especialista em En-
velhecimento e Saúde da Pessoa Idosa pela
Universidade Federal de São Carlos (2018).
Pós-doutoranda no Programa de Pós-Gradua-
ção em Saúde Coletiva. Atualmente desen-
volve atividades junto à Especialização em
Atenção Básica em Saúde - UNASUS/UFSC.
de Florianópolis - Epi Floripa e do Grupo de
Pesquisa Violência e Saúde.
Endereço do currículo na plataforma lattes:
http://lattes.cnpq.br/8067887275425001
Sheila Rubia Lindner
Possui graduação em enfermagem, mestra-
do em Saúde Pública (2005) e doutorado
em Saúde Coletiva (2013) pela Universi-
dade Federal de Santa Catarina (UFSC). É
pesquisadora na temática de violência e
saúde; direitos humanos, seguridade social
e sistemas de justiça. É professora adjunta
do Departamento de Saúde Pública, do Pro-
grama de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
e do Mestrado Profissional em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial da Universidade
Federal de Santa Catarina. Coordena o Ob-
servatório da Seguridade Social e Sistemas
de Justiça (OSJ/UFSC). É coordenadora
do Núcleo da Universidade Aberta do SUS
(UNA-SUS) da UFSC.
Endereço do currículo na plataforma lattes:
http://lattes.cnpq.br/3507140374697938