1. ÍNDICE
Página
1 _ Objeto 2
2 _ Objetivo 2
3 _ Domínio de aplicação 2
4 _ Aplicações gerais 2
4.1 _ Ensaios Dielétricos 2
4.2 _ Verificações Visuais 4
4.3 _ Ensaios Funcionais 5
4.3.1_ Painéis Tipo CCM 5
4.3.2_ Painéis Tipo QDI 6
4.3.3_ Painéis Tipo Controle, Comando, Proteção e PLC 8
4.4 _ Verificação da Espessura e Aderência da Pintura 8
4.5 _ Certificado de Inspeção Final 8
4.6 _ Etiqueta de Identificação da Situação da Inspeção 9
4.7 _ Métodos de Ensaios Elétricos na Inspeção Final 9
4.8 _ Verificação da Operação Mecânica 9
4.9 _ Ensaio de Tensão Suportável a Freqüência Industrial a Seco 9
4.9.1_ Circuitos Auxiliares 9
4.9.2_ Circuitos Principais 10
2. 1- Objeto :
Estabelecer roteiros para execução de inspeção final acompanhada pelo Cliente em equipamentos
BT.
2- Objetivo :
Enumerar e padronizar as diversas etapas de execução dos ensaios de rotina na inspeção final
acompanhada pelo Cliente .
3- Domínio de aplicação :
Todos os equipamentos BT fabricados e montados na MECATEL PRODUTOS INDUSTRIAIS
LTDA .
4- Disposições gerais
As Instruções relacionadas a seguir estão em conformidade com as últimas revisões da Norma
Brasileira NBR 60439-1 em seu capítulo B, itens 8.2.3; 8.2.5; 8.2.6; 8.2.7; 8.3; 8.3.1; 8.3.2 e 8.3.3
Os ensaios de rotina em equipamentos BT são realizados em quatro etapas:
• Ensaios dielétricos, conforme NBR 60439-1itens 8.2.3 r 8.3.2;
• Verificações visuais, conforme NBR 60439-1 itens 8.2.5; 8.2.6; 8.2.7; 8.3.1 e 8.3.3
• Ensaios funcionais, conforme NBR 60439-1 item 8.3.1;
• Verificação de espessura e aderência da pintura, conforme NBR 11003
4.1 – Ensaios Dielétricos
• Todos os bornes de comando e força, blocos de saída e barramentos devem estar fechados
em curto circuito;
• Equipamentos eletrônicos, tais como: anunciadores, relés. Conversores e módulos de PLC
são desconectados e seus cabos curto circuitados.
3. PROCEDIMENTOS DO SISTEMA DA QUALIDADE
• Antes, executar a medição da resistência de isolamento com megger de no mínimo 500vCC
( valor mínimo a ser encontrado é de 0,5ohm);
• Se a tensão nominal ( Un ) do circuito de comando, medição e controle for diferente da tensão
nominal (Un) do circuito de força ( principal ) os ensaios são feitos em separado;
• A tensão a ser aplicada é conforme a tabela a seguir:
CIRCUITO PRINCIPAL E CIRCUITO DE CONTROLE LIGADO DIRETAMENTE AO CIRCUITO
PRINCIPAL
Un ( V )
Até 60
De 60 a 300
De 300 a 660
De 660 a 800
De 800 a 1.000
De 1.000 a 1.500 (somente cc)
Uap (V )
1.000
2.000
2.500
3.000
3.500
3.500
CIRCUITO DE CONTROLE NÃO LIGADO AO CIRCUITO PRINCIPAL
Un (V)
Até 12
De 12 a 60
> 60
Uap (V)
250
500
2 Un + 1000
( Mínimo 1500 )
• A tensão é mantida por um minuto e se não ocorrerem descargas disruptivas, o
equipamento é considerado aprovado neste ensaio
• Quando ocorrerem descargas, o defeito é sanado e o ensaio repetido, lembrando que este
ensaio submete o dielétrico à esforços severos e que se aplicado várias vezes, apressa ou
causa defeito, sendo portanto, discutível a sua repetição.
4.2 – Verificações Visuais
Conferência de componentes
De posse de todos os documentos referentes aos componentes montados no equipamento ( lista de
materiais, desenhos de vistas ou implantação, etc.), realizar verificação quanto ao tipo, fabricante,
quantidade, localização e identificação
4. Dimensional
De posse dos desenhos de vistas ou implantação, realizar:
• Verificação das cotas principais do equipamento: altura, largura, comprimento e cotas de flanges
( se houverem );
• Verificação das cotas dos furos e distância entre eles, em barramento de interligação.
Gravações
De posse da lista de gravações e desenhos de vistas, realizar:
• Verificação de todas as etiquetas externas do equipamento quanto a inscrição correta, qualidade de
gravação, dimensões e material de construção da etiqueta.
PROCEDIMENTOS DO SISTEMA DA QUALIDADE
De posse dos desenhos de vistas, notas gerais ( detalhes construtivos ) e esquema unifilar, verificar:
• Dimensões e bitolas dos cabos e barras ( se houverem );
• Tratamento dado às barras : isolamento, prateação, estanhagem ou polimento
( se houverem);
• Identificação por cores das barras ( se houverem);
• Rigidez da fixação das barras ( se houverem );
• Distância de isolamento e escoamento entre fases e terra, conforme IEC 664 e 664a, para
equipamentos BT;
• Seguimento elétrico do barramento, conforme esquema unifilar ( se houver );
• Aterramento de portas e estruturas e rack’s do PLC;
• Vedação das portas e tampas, conforme graus de proteção especificado;
• Fechamento e acionamento das portas;
• Cores e cabos conforme especificado;
• Qualidade da conexão elétrica dos cabos;
4.3 – Ensaios funcionais ( verificação da fiação e da seqüência de funcionamento )
4.3.1 – Painéis tipo CCM
De posse dos diagramas elétricos unifilar e trifilar e esquemas funcionais:
Circuito de Entrada
• Alimentar o barramento de entrada com a tensão nominal, observando a correta seqüência
das fases;
• Observar a leitura das tensões das fases do voltímetro, acionando a comutadora do mesmo;
5. • Verificar o funcionamento dos relés de tensão, se houverem, seja de mínima ou máxima
tensão;
• Injetar corrente variável no;s terminais dos secundários dos TC’s de entrada e verificar
funcionamento dos amperímetros, medidores e indicadores de potência, se houverem, e
funcionamento das proteções contra sobrecorrente através de relés;
• Ligar a seccionadora ou disjuntor de entrada e com isto energizar o barramento geral;
• Caso o circuito de comando das gavetas seja alimentado por um único transformador;
alimenta-lo ligando o disjuntor ou seccionadora correspondente e medir a tensão do
secundário neste trafo, conferindo com a tensão nominal do circuito do ;comando das
gavetas.
Gavetas
• Caso cada gaveta tenha seu próprio trafo de comando, liga-los individualmente, acionando
a seccionadora ou disjuntor de entrada das gavetas;
• Seguindo o esquema funcional das gavetas, energizar o(s) contator(es) principal(ais) e is
relés auxiliares, se houverem;
• Verificar o funcionamento das lâmpadas de sinalização de “ligado”e “desligado” (se
houverem);
• Desarmar mecanicamente o relé térmico e observar se o contator principal se desliga, se o
circuito assim o permitir;
• Rearmar o relé térmico, através de alavanca apropriada;
• Com o contator principal energizado, medir a tensão nos bornes de saída da gaveta,
verificando a seqüência das fases;
• Verificar o funcionamento dos contatos auxiliares;
• Verificar o funcionamento dos relés auxiliares e/ou relés de proteção (se houverem)
• Verificar o funcionamento dos fim-de-cursos do rearme térmico e posição de teste (se
houverem);
• Verificar o funcionamento dos intertravamentos mecânicos de seccionadora e do disjuntor
de entrada;
• Extrair dada gaveta (nos casos de CCM com gavetas extraíveis), em sua posição de teste
alimentando os bornes respectivos com a tensão externa e verificar o funcionamento da
gaveta.
4.3.2 – Painéis Tipo QDI
De posse dos diagramas elétricos unifilar e trifilar:
• Alimentar o barramento de entrada com a tensão nominal, observando a correta
seqüência das fases;
• Observar a leitura das tensões no voltímetro, acionando a comutadora do mesmo;
• Verificar o funcionamento dos relés de tensão, se houverem, seja de mínima ou
máxima tensão;
• Injetar corrente variável nos terminais dos secundários dos TP’s de entrada e verificar
funcionamentos dos amperímetros, medidores e indicadores de potência e dos relés
de proteção por sobrecorrente, se houverem;
6. • Alimentar o circuito do comando geral com a tensão correspondente e acionar os
dispositivos da manobra principal (disjuntor ou seccionadora);
Caso existam duas ou mais entradas, realizar as mesmas verificações em cada entrada.
Sistema com seccionadoras:
• Ligar e desligar a seccionadora geral, verificando o funcionamento da mesma e o bloqueio
da porta na posição ligado (se houver);
• Verificar o posicionamento dos contatos auxiliares e sinaleiros (se houverem);
• Verificar o funcionamento dos bloqueios mecânicos (se houverem);
Sistema com disjuntor:
• Em conformidade com o esquema de comando, verificar o acionamento do disjuntor,
manual e/ou eletricamente;
• Se for o disjuntor com comando motorizado, ou com motor para carregar mola,
verificar o funcionamento do mesmo;
• “Verificar o funcionamento das lâmpadas de sinalização “ligado” e molas carregadas”
(se houverem);
• Verificar o funcionamento do botão “desliga emergência”,
• Verificar o funcionamento dos bloqueios mecânicos (se houverem);
• Se o disjuntor for extraível, verificar o funcionamento do mesmo na posição de teste;
• Se houver mais de uma entrada de interligação, realizar as mesmas verificações
descritas acima, e ainda:
* verificar o bloqueio elétrico entre os disjuntores, conforme esquema,
* verificar o funcionamento da transferência automática (se houver)
Geral
• Verificar o funcionamento dos disjuntores ou seccionadoras de saída, acionando-os e
verificando a correta seqüência de fases nos bornes de saída;
• Verificar o funcionamento dos circuitos de desumidificação e iluminação interna do
equipamento (se houver).
7. 4.3.3 – Painéis Tipo Controle, Comando e Proteção e PLC
• Ensaio funcional destes tipos de equipamentos é realizado conforme a
necessidade do esquema elétrico, em função dos componentes elétricos existentes,
que variam conforme cada projeto.
• Ensaio em Plataforma do Sistema com PLC
Após realizados os ensaios funcionais descritos acima, para os Painéis do PLC,
são efetuados os testes de simulação. Quando não for possível o teste de
simulação no painel PLC, os racks são retirados e montados na mesma
configuração do caderno eletromecânico na Plataforma de Sistema de Automação.
O programa aplicativo desenvolvido para o PLC pode conter rotinas de cálculos
matemáticos, comunicação e tratamentos de entrada e saídas, conforme a
necessidade de cada projeto, portanto, o ensaio em plataforma consiste em testar
essas rotinas do programa, simulando os sinais e/ou seqüências de campo
conforme a necessidade, de maneira a assegurar que o programa desenvolvido
atenda a necessidade do Cliente.
4.4 – Verificação da espessura e a aderência da pintura
A pintura será analisada sob dois aspectos:
• Espessura da camada total de proteção com a utilização de um medidor de camada;
Aderência da pintura a ser verificada em corpo da prova, conforme norma NBR 11003
4.5 – Certificado de Inspeção Final
Após a execução dos ensaios, preencher e assinar o Certificado e Inspeção Final, conforme
Instrução Operacional 004 10 006 9A.
4.6 – Etiqueta de identificação da situação de Inspeção
Após preencher o CIF – Certificado de Inspeção Final, preencher o campo “INSPECIONADO” da
etiqueta de situação do equipamento.
4.7 – Métodos de ensaios elétricos na inspeção final
• Energizar o circuito de desumidificação, verificando a atuação dos termostatos, a tensão nos
bornes dos resistores e o efetivo aquecimento dos mesmos; deixar o circuito de
desumidificação energizado por pelo menos 5 minutos.
8. 4.8 – Verificação da operação mecânica
• Verificar o funcionamento mecânico dos dispositivos de manobra, tais como disjuntores e
seccionadoras, operando-os cinco vezes, observando se não ocorre alteração no esforço
requerido para tal operação;
• Inserir e extrair as gavetas e os dispositivos de manobra extraíveis por cinco vezes, observando
se não ocorre a alteração no esforço requerido para tal operação ;
• Verificar o funcionamento dos intertravamentos mecânicos que possam existir, observando se
não ocorre alteração no esforço requerido para tal operação; repetir a operação por cinco vezes.
4.9 – Ensaio de tensão suportável a freqüência industrial a seco
4.9.1 – Circuitos auxiliares
• Todos os circuitos auxiliares são submetidos ao ensaio entre as partes vivas e o
invólucro(massa);
• Interligar toda fiação para simplificação do ensaio;
• São desconectados os cabos dos seguintes locais, antes de efetuar o ensaio:
- Barras de terra
- Equipamentos eletrônicos
- Reatores de lâmpadas fluorescentes.
• O valor da tensão do ensaio é 1500V/60Hz, durante 60 segundos;
• Antes e depois de aplicar tensão, medir as resistências de isolamento dos circuitos com auxílio
do megômetro. Os resultados deverão ser iguais ou maiores que 1.000 x volt da tensão dos
circuitos, conforme normas pertinentes.
• O ensaio é aprovado se durante sua execução não ocorrerem descargas disruptivas;
• Após concluir o ensaio, deixar os painéis preparados para repetição do mesmo na presença do
inspetor do Cliente, se houver inspeção com o mesmo.
4.9.2 – Circuitos Principais
• Todos os circuitos principais são submetidos ao ensaio, aplicando-se a tensão em cada fase,
estando as demais aterradas;
• Fechar todos os equipamentos de manobra antes de aplicar a tensão de ensaio (disjuntores,
contatores e chaves seccionadoras – exceto as de aterramento);
• Desconectar dos circuitos principais os transformadores de potencial e força – o ensaio destes
componentes é feito conforme normas pertinentes. Se não houver possibilidade de desconectá-
lo, a tensão do ensaio é reduzida para 75% do valor da tensão indicada nas normas citadas
acima; são também desconectados os pára-raios e capacitores, antes do início do ensaio.
• Curto-circuitar e aterrar os secundários dos transformadores, antes de utilizar o megômetro, e
aplicar a tensão de ensaio;
• Os valores da tensão de ensaio estão indicados nas normas pertinentes;
• Aplicar a tensão de ensaio da seguinte forma:
- De 0a 75% do valor especificado, rapidamente
9. - De 75% até 100% do valor especificado, crescendo na proporção de 2% do valor
total/segundo, conforme norma pertinente
• Antes e depois de aplicar tensão, medir as resistências de isolamento com auxílio de
megômetro;
• O ensaio será considerado aprovado se durante sua execução não ocorrerem descargas
disruptivas;
• Deixar os painéis preparados para repetição do ensaio na presença do inspetor do Cliente, se houver
inspeção com o mesmo.