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WALTERWALTER
BENJAMINBENJAMIN
Caroline de Oliveira Rocha
Jessica Mendes Borges Lemos
Priscilla Gomes da Silva
“escrita alegórica, a escrita que significa o seu outro, a escrita que é
o não-ser do que ela representa.” (p.29)
“Cada texto verdadeiramente literário é também alegórico – eis a
sugestão básica de Benjamin. E a alegoria engloba o símbolo
transcendendo-o.” (p.35)
“Na leitura de Benjamin, a estética do símbolo usurpou o lugar que o
barroco soube conferir à alegoria. Aquele ‘outro’ acaba sendo o
reprimido da História; o símbolo, nesta concepção, não permitiria
que isso fosse expresso. Nunca, porém, na História, este ‘outro’ pode
ser expresso exceto como ‘outro’.” (p.35-36)
Alegoria: dizer o outro (allos, do grego “outro"; agorein, "falar",
allegoreno, "falar de outro modo“);
Símbolo: da ordem da lei e do poder; perpetuador do poder
dominante (sym, "conjunto"; ballein, "lançar", "colocar").
ALEGORIA E
SÍMBOLO
A RUÍNA ALEGÓRICAA RUÍNA ALEGÓRICA
“Voltar-se para o estudo do passado é, então, essencial não só
pelo fato dele constituir o presente, pois a Benjamin importa
basicamente como o presente ‘reconstrói’ o passado, mas
porque o presente, não concretizando nitidamente o futuro, é
capaz, contudo, de lamentar a felicidade perdida no passado.
Sua realização poderia não trazer a felicidade almejada, mas
sua frustração dá a dimensão da felicidade possível. E a obra
literária seria o registro disso, correspondendo, portanto, às
‘ruínas’ das potencialidades não construídas na História.”
(p.42)
“Mantido o registro, mantém-se a promessa de felicidade,
eventualmente realizável. Se realizada, a arte seria, talvez
dispensável, pois a vida mesma seria ‘artística’.” (p.42)
“Como ruína alegórica, a obra testemunha o sido e o não-
sido: enquanto apenas ruína, o sido é documentado na obra e
pela obra como um monumento com valor estético;
enquanto apenas alegoria, o que poderia ter sido (e não foi
por causa do sido ter sido) é indiciado pela e na obra,
opondo-se por natureza à História” (p.47)
“Mas a própria História é uma ruína alegórica: ruína
enquanto resto das possibilidades possíveis (e, talvez,
desejáveis), das quais ela só concretizou uma; nesta
concretização, porém, se encontra o índice das outras
Histórias possíveis.” (p.47)
Obra literária como ruína alegórica: registro das ruínas de
potencialidades não construídas na História; indício das outras
histórias possíveis a partir do registro da concretização de
apenas uma história.
A OBRA LITERÁRIA E AA OBRA LITERÁRIA E A
HISTÓRIAHISTÓRIA
“Benjamin se contrapunha a um conceito de História como
um transcurso linear e progressivo (...) mostrava-se
contrário à História da Literatura, como ela vinha sendo
feita em termos de história de autores (...). (p.99)
“a História, até então, sempre vinha sendo escrita da
perspectiva da classe dominante. A questão era examinar,
em termos de literatura, a possibilidade de escrevê-la da
perspectiva dos dominados.” (p.100)
História: não-linear, não-progressiva.
O POETA E AO POETA E A
CONSCIÊNCIA SOCIALCONSCIÊNCIA SOCIAL
• “Efetivamente, não se trata de tirar uma média entre
aquelas duas tendências opostas. Trata-se de absorver a
verdade de cada um dos pólos e passar através dos
extremos de suas respectivas posições, sem perder nada
daquilo que postulam.” (p. 71)
• “Baudelaire é tomado como o detalhe-chave. E,
obviamente, dentro desse detalhe surgem alguns outros
detalhes como novas chaves microscópicas através das
quais e nas quais toda uma época literária e social é
decifrada.” (p. 71 e 72)
• “Benjamin realiza um processo de desmascaramento, a
nível de uma sociologia da Poesia, semelhante ao da
psicanálise. Ele mostra, por exemplo, como por trás das
figuras de Caim e de Satã – louvadas por Baudelaire em
litanias – oculta-se a figura do proletariado.” (p. 72)
POR UMA POÉTICAPOR UMA POÉTICA
DA RADICALIDADEDA RADICALIDADE
• “Baudelaire inaugurava, para o mundo europeu, uma
poética da radicalidade, levando até o fim a
impossibilidade de poesia, dado o contraste crescente
entre o seu mundo de beleza e a própria vida da época.”
(p. 74)
O POETA E AO POETA E A
PROSTITUTAPROSTITUTA
• “Enquanto subjetividade objetivada, a lírica permite o
acesso do outro à intimidade do poeta. Sendo esse acesso
possível e garantido através da compra dos poemas, seja
em forma de livro, seja em forma de alguma publicação
jornalística, cria-se uma analogia fundamental entre o
poeta e a prostituta. Esta sendo um corpo transformado
em mercadoria, também torna sua intimidade acessível a
todo aquele que pague o preço fixado.” (p. 76)
A LITERATURA COMOA LITERATURA COMO
HISTORIOGRAFIAHISTORIOGRAFIA
INCONSCIENTEINCONSCIENTE
• “Benjamin insiste também muitas vezes na ideia de que a
literatura é uma historiografia inconsciente. As obras
literárias, mesmo não pretendendo ser e não sendo um
mero registro histórico, acabam sendo também uma
historiografia inoficial.” (p. 78 e 79)
JORNALISMO E AJORNALISMO E A
LITERATURALITERATURA
• “Importa destacar que Benjamin analisa o jornal
como um grande instrumento de poder, cujas
características ele também assume. Ele não serve
basicamente para comunicar, mas sim para que a
verdadeira comunicação entre os homens não se
realize.” (p. 81)
• “Pertencer à massa implica numa uniformidade que
redunda em carência de percepção do diferenciado.
Sendo a capacidade de perceber o diferenciado
essencial à percepção estética, a massa é por natureza
contraposta à arte.” (p.85)
• “A literatura é então o registro da experiência
histórica. Ler é herdar esse patrimônio. A correria da
multidão pelas avenidas metropolitanas é
precisamente o estado oposto à possibilidade de
transmissão dessa experiência.” (p.84)
• BIBLIOGRAFIA:
KOTHE, Flávio R. Para ler Benjamin. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1976.

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A OBRA LITERÁRIA COMO REGISTRO DA EXPERIÊNCIA HISTÓRICA

  • 1. WALTERWALTER BENJAMINBENJAMIN Caroline de Oliveira Rocha Jessica Mendes Borges Lemos Priscilla Gomes da Silva
  • 2. “escrita alegórica, a escrita que significa o seu outro, a escrita que é o não-ser do que ela representa.” (p.29) “Cada texto verdadeiramente literário é também alegórico – eis a sugestão básica de Benjamin. E a alegoria engloba o símbolo transcendendo-o.” (p.35) “Na leitura de Benjamin, a estética do símbolo usurpou o lugar que o barroco soube conferir à alegoria. Aquele ‘outro’ acaba sendo o reprimido da História; o símbolo, nesta concepção, não permitiria que isso fosse expresso. Nunca, porém, na História, este ‘outro’ pode ser expresso exceto como ‘outro’.” (p.35-36) Alegoria: dizer o outro (allos, do grego “outro"; agorein, "falar", allegoreno, "falar de outro modo“); Símbolo: da ordem da lei e do poder; perpetuador do poder dominante (sym, "conjunto"; ballein, "lançar", "colocar"). ALEGORIA E SÍMBOLO
  • 3. A RUÍNA ALEGÓRICAA RUÍNA ALEGÓRICA “Voltar-se para o estudo do passado é, então, essencial não só pelo fato dele constituir o presente, pois a Benjamin importa basicamente como o presente ‘reconstrói’ o passado, mas porque o presente, não concretizando nitidamente o futuro, é capaz, contudo, de lamentar a felicidade perdida no passado. Sua realização poderia não trazer a felicidade almejada, mas sua frustração dá a dimensão da felicidade possível. E a obra literária seria o registro disso, correspondendo, portanto, às ‘ruínas’ das potencialidades não construídas na História.” (p.42) “Mantido o registro, mantém-se a promessa de felicidade, eventualmente realizável. Se realizada, a arte seria, talvez dispensável, pois a vida mesma seria ‘artística’.” (p.42)
  • 4. “Como ruína alegórica, a obra testemunha o sido e o não- sido: enquanto apenas ruína, o sido é documentado na obra e pela obra como um monumento com valor estético; enquanto apenas alegoria, o que poderia ter sido (e não foi por causa do sido ter sido) é indiciado pela e na obra, opondo-se por natureza à História” (p.47) “Mas a própria História é uma ruína alegórica: ruína enquanto resto das possibilidades possíveis (e, talvez, desejáveis), das quais ela só concretizou uma; nesta concretização, porém, se encontra o índice das outras Histórias possíveis.” (p.47) Obra literária como ruína alegórica: registro das ruínas de potencialidades não construídas na História; indício das outras histórias possíveis a partir do registro da concretização de apenas uma história.
  • 5. A OBRA LITERÁRIA E AA OBRA LITERÁRIA E A HISTÓRIAHISTÓRIA “Benjamin se contrapunha a um conceito de História como um transcurso linear e progressivo (...) mostrava-se contrário à História da Literatura, como ela vinha sendo feita em termos de história de autores (...). (p.99) “a História, até então, sempre vinha sendo escrita da perspectiva da classe dominante. A questão era examinar, em termos de literatura, a possibilidade de escrevê-la da perspectiva dos dominados.” (p.100) História: não-linear, não-progressiva.
  • 6. O POETA E AO POETA E A CONSCIÊNCIA SOCIALCONSCIÊNCIA SOCIAL • “Efetivamente, não se trata de tirar uma média entre aquelas duas tendências opostas. Trata-se de absorver a verdade de cada um dos pólos e passar através dos extremos de suas respectivas posições, sem perder nada daquilo que postulam.” (p. 71) • “Baudelaire é tomado como o detalhe-chave. E, obviamente, dentro desse detalhe surgem alguns outros detalhes como novas chaves microscópicas através das quais e nas quais toda uma época literária e social é decifrada.” (p. 71 e 72)
  • 7. • “Benjamin realiza um processo de desmascaramento, a nível de uma sociologia da Poesia, semelhante ao da psicanálise. Ele mostra, por exemplo, como por trás das figuras de Caim e de Satã – louvadas por Baudelaire em litanias – oculta-se a figura do proletariado.” (p. 72)
  • 8. POR UMA POÉTICAPOR UMA POÉTICA DA RADICALIDADEDA RADICALIDADE • “Baudelaire inaugurava, para o mundo europeu, uma poética da radicalidade, levando até o fim a impossibilidade de poesia, dado o contraste crescente entre o seu mundo de beleza e a própria vida da época.” (p. 74)
  • 9. O POETA E AO POETA E A PROSTITUTAPROSTITUTA • “Enquanto subjetividade objetivada, a lírica permite o acesso do outro à intimidade do poeta. Sendo esse acesso possível e garantido através da compra dos poemas, seja em forma de livro, seja em forma de alguma publicação jornalística, cria-se uma analogia fundamental entre o poeta e a prostituta. Esta sendo um corpo transformado em mercadoria, também torna sua intimidade acessível a todo aquele que pague o preço fixado.” (p. 76)
  • 10. A LITERATURA COMOA LITERATURA COMO HISTORIOGRAFIAHISTORIOGRAFIA INCONSCIENTEINCONSCIENTE • “Benjamin insiste também muitas vezes na ideia de que a literatura é uma historiografia inconsciente. As obras literárias, mesmo não pretendendo ser e não sendo um mero registro histórico, acabam sendo também uma historiografia inoficial.” (p. 78 e 79)
  • 11. JORNALISMO E AJORNALISMO E A LITERATURALITERATURA • “Importa destacar que Benjamin analisa o jornal como um grande instrumento de poder, cujas características ele também assume. Ele não serve basicamente para comunicar, mas sim para que a verdadeira comunicação entre os homens não se realize.” (p. 81)
  • 12. • “Pertencer à massa implica numa uniformidade que redunda em carência de percepção do diferenciado. Sendo a capacidade de perceber o diferenciado essencial à percepção estética, a massa é por natureza contraposta à arte.” (p.85) • “A literatura é então o registro da experiência histórica. Ler é herdar esse patrimônio. A correria da multidão pelas avenidas metropolitanas é precisamente o estado oposto à possibilidade de transmissão dessa experiência.” (p.84)
  • 13. • BIBLIOGRAFIA: KOTHE, Flávio R. Para ler Benjamin. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.