4. I. Definição
II.Classificação
III.Etiopatogênese e Patologia do Pâncreas
IV.IV. Fisiopatologia
V.Quadro Clínico
VI.Diagnóstico
VII.VII.Tratamento Diabetes Mellitus Tipo 1 e 2 VIII.Co
mplicações Agudas e Crônicas
VIII. Prevenção
5. É uma doença crónica, multisistémica, carac
terizada por distúrbios no metabolismo dos
carbohidratos, dos lípidos e das proteínas c
om presença de níveis altos de glicose no s
angue.
6. É causada por
• a.) ausência ou deficiência na secreção de in
sulina e/ou
• b.) por graus variáveis de efeito e resistênci
a à mesma e/ou
• c.) uma combinação de ambos (a. e b.).
7. A DM è a patologia endócrina mais frequente
s em pediatria afectando 1 em 500 pessoas
menores de 18 anos;
É uma patolgia que tem transmissão genética
, portanto tem traços de familiaridade.
Em Pediatria o mais frequente é a DM tipo 1.
Talvez como reflexo da maior prevalência da
obesidade infantil a DM tipo 2 tem aumentad
o em crianças; acredita-se que a DM tipo 2 re
sponda por 10-15% dos casos de diabetes na
infância.
8. 1. Diabetes mellitus tipo 1
(destruiç. célS ß e deficiência absoluta de insulina)
a) doença auto-imune (maioria)
b) Idiopático
2. Diabetes mellitus tipo 2
(associação de vários graus de resistência à insuli
na e de deficiência insulínica)
3. Diabetes mellitus gestacional (DMG)
(intolerância à glicose cujo início ou
reconhecimento é feito durante a gestação)
4. Outros tipos específicos
9. 4. Outros tipos específicos
a) Doenças do pâncreas exócrino:
• Pancreatites (alcoolismo); hemocromatose; fi
brose cística; pancreatopatia fibrocalculosa;
b)b) Endocrinopatias:
• Síndrome Cushing; Acromegalia; Feocromocit
oma; Hipertireoidismo; Outras.
c) c) Induzido por drogas ou agentes químicos:
• Glicocorticóides; Agonistas ß-adrenérgicos; ti
azídicos; α-interferon; ácido nicotínico; difenil
hidantoína; outros.
d)
20. Crianças menores de 2 anos Crianças maiores de 2 anos
Encontrar formiga na fralda da cria
nça
Muita sede
Fralda molhada mais vezes que ob
riga a trocar frequentemente
Enurese nocturna numa criança que
já não urinava na cama
Respirações profundas, Taquipneia Fome intensa
Sede intensa, Irritabilidade Perda de peso
Vómitos que evoluem para a desid
ratação
Vómito que evoluem para a desidra
tação
Vermelhidão vulvar nas meninas
24. O diagnóstico baseia-se na história familiar (presen
ça de diabéticos na família) e na anamnese pregres
sa e actual em relação a os sintomas característicos
.
A obesidade faz orientar para a diabetes tipo 2.
A nível laboratorial encontra-se umuma glicémia e
m jejum maior de 200 mg /dL, e a presença de glic
osúria e cetonúria apoiam o diagnóstico.
Em pediatria a carga de glicose è de 1,75 g/Kg até
um máximo de 75g depois de um jejum de 8 horas
.
25. Idade
Glicémia
Idade
Creat
inina
(mg/
dl)
Ure
ia
(m
g/
dl)
Valores N
ormais e
m jejum (
mg/dl)
Hiperglicémi
a jejum (Dia
betes)
Valores Nor
mais: Teste
Tolerância à
Glicose
( 1ª hora)
Teste Toler
ância à Gli
cose (Diab
ético)
( 1ª hora)
Hipogl
icémia
(mg/dl
)
Prematuro 20-60
R-N 0.56
- 1.2
2 -
34
RN (1 dia) 40-60
2 Seman
as - 1An
o
0.41
- 0.6
4
2 -
34
RN (>1 dia) 50-90
1 - < 5
Anos
0.42
- 0.6
7
8 -
36
Criança mai
s velha
60-100
5 - < 9
Anos
0.54
- 0.8
0
8 -
36
Todas as fa
ixas etárias
≥126 120 - 170 ≥200 40
9 - < 13
Anos
0.57
- 0.9
6
8 -
36
27. 27
Adaptado de De Fronzo. Diabetes 1988
Hiperglicemia
RESISTÊNCIA À INSULINA
Captação de
glicose diminuída
Pâncreas
SECREÇÃO DEFICIENTE
DE INSULINA
Produção hepática
de glicose aumentada
Fígado
Tecido adiposo e muscular
Defeitos metabólicos no DM
30. Na diabete tipo 1 é necessária a administraçã
o da Insulina
31. O objectivo do tratamento com insulina é o d
e manter os níveis de insulina no sangue. Vári
os factores influenciam a dose inicial por kg d
e peso corporal das crianças, nomeadamente:
A dose em geral é mais alta nas crianças púb
eres.
As crianças com diabetes de longa duração e
sem nenhuma reserva de insulina, necessitam
:
32. • Se estiverem na idade pré-pubere nec
essitam de cerca de 0.7 U.I./kg/dia,
• Se estiverem a meio da puberdade 1 U
.I./kg/dia,
• Se estiverem no fim da puberdade 1.2
U.I./kg/dia
33. As crianças com diabetes de início recente tê
m alguma função residual de células β (o cha
mado “período de lua-de-mel”), o que diminu
i as necessidades de insulina exógena, por iss
o nestas crianças a dose seria cerca de 60 - 7
0% da dose completa da situação puberal, ist
o é 60 - 70% de 1 U.I./kg/dia
34. Há vários regimes que se podem usar depend
endo do tipo da DM e da resposta do pacient
e a insulina.
No FNM aparecem vários regimes, sendo um
deles o Regime de Duas Injecções/dia.
Este regime usa como base do cálculo da Dos
e Diária Total (DDT) multiplicando-se o peso
da criança por 0.5 U.I
35. Para o nível de TMG iria usar-se a insulina 3-
B-9 na página 42 do FNM que é Insulina de A
cção Intermédia: Susp. neutra de Insulina Isof
ane (NPH) humana, do seguinte modo:
Formas ligeiras de diabetes:
Podem ser controladas com uma injecção diár
ia administrada ½ h antes do pequeno-almoç
o ou ao deitar (só uma vez por dia)
Formas mais graves:
36. Obtém-se um melhor controlo da glicémia co
m duas injecções diárias administradas ½ h a
ntes do pequeno-almoço e ½ h antes do janta
r, usando, portanto regime de duas injecções
/dia.
37. Para estes casos mais graves um exemplo de
uma criança com 30 kg idade pré-puberdade
necessitam de cerca de 0.7U.I./kg/dia teríam
os que a DDT seria:
30kg x 0.7 U.I/dia = 21 U.I.
O cálculo da quantidade das doses para cada
uma das 2 injecções seria feito do seguinte m
odo:
Antes do pequeno-almoço: 2/3 de 21 U.I. da
DDT = 14 U.I. da DDT de insulina
Antes do jantar: 1/3 de 21 U.I. da DDT = 7 U.
I. da DDT de insulina
38. 38
DINÂMICA DO TRATAME
NTO DO DM2
Dieta + Exercícios
A.D.O. – Monoterapia
ADO + Insulin
a
DIAGNÓSTICO DO DM2
A.D.O. – Combinações
INSULINOTERAPIA PLENA
41. • Nas crianças com > 10 anos o diabete tipo 2,
a glicemia pode ser controlada com antidiabé
ticos orais como a Metformina
• Pode-se começar com 500mg em monodose
depois de uma refeição e controlar o andame
nto glicemico depois de 15 dias e em caso aj
ustar a dosagem até a dose máxima e 2 000
mg/ dividido em 2 ou 3 doses.
• A Glibenclamida não está autorizada para o t
ratamento da DM tipo 2 em crianças.
45. DM - PREVENÇÃO
DM TIPO 1
DM TIPO 2
1. Mudanca de estilo de vida; abandono de
vicios de alcool e tabaco; combater a gord
ura central
46. Se o paciente estiver consciente e conseguir e
ngolir líquidos:
• Administrar bebidas açucaradas como chá co
m muito açúcar, coca-cola ou outros refresco
s, ou dar colherzinhas de açúcar de preferênc
ia por baixo da língua, pois a absorção é mais
rápida.
• Se não melhora em 10 minutos repetir a dose
47. Se o paciente estiver inconsciente: É necessári
o agir muito rapidamente
Injecção E.V. rápida, em “Bolus”, de 5 ml/kg d
e glicose a 10%. Esta concentração pode ser o
btida misturando uma parte (1/5) de Dextros
e 30% com quatro partes (4/5) de Dextrose 5
%.
A seguir administrar uma infusão de Dextrose
a 5% para manutenção, na dose de 50ml/kg.