O documento discute como grandes empresas transnacionais influenciaram contra reformas agrárias na África, mantendo o controle sobre a maior parte das terras e direcionando a produção para exportação em vez de alimentar a população local. Apenas 7% das terras são controladas por pequenos agricultores africanos, que recebem baixos preços por sua produção. Reformas agrárias precisam apoiar a organização de agricultores para permitir investimentos e produção em larga escala.
2. Nesse trabalho, confira como a influência das
grandes empresas derrubou as tentativas de
reforma agrária no continente Africano, ao
mesmo tempo, confira como essas empresas,
chamadas de transnacionais influenciam em
qualquer parte do mundo, incluindo no Brasil,
para derrubar as tentativas de reforma agrária e
desabilitar as atividades agrícolas e pequenos
negócios praticados por classes de menor poder
aquisitivo.
Considerações Iniciais
3. A agricultura é a principal atividade econômica da
maior parte dos países africanos, porém a maior
parte das terras africanas para a prática agrícola é
destinada aos grandes latifundiários de empresas
estrangeiras.
Cerca de 7% das terras agrícolas são destinadas as
práticas agrícolas pela própria população africana.
Outro fato que enquanto 93% das terras africanas
são divididas em torno de 50 empresas, 7% deveriam
ser divididas entre cerca de 900 milhões de
habitantes do continente africano.
Reforma agrária vs. Transnacionais
4. Outro fato da África, é que a produção
agrícola dos grandes latifundiários se destina
a exportação, apenas 7% das terras
agrícolas que estão nas mãos de pequenos
agricultores rurais do continente são
utilizados para a produção voltada para a
alimentação da própria África.
Reforma agrária vs. Transnacionais
5. Com a colonização, a maior parte das terras
férteis foram usadas pelos colonizadores
para a prática da agricultura, e a maior parte
dos povos foram escravizados para
trabalharem nessas terras.
Assim, a fome e a miséria tomaram a maior
parte da população africana.
Reforma agrária vs. Transnacionais
6. Durante os movimentos de independência
dos países africanos, os líderes desses
movimentos buscaram no socialismo uma
forma de acabar com a fome e a miséria, a
partir da estatização das terras e com o
retorno a prática de trabalhos coletivos.
Reforma agrária vs. Transnacionais
7. Embora esses países tenham conquistado a
sua independência, a fome e a miséria ainda
continuavam declinando a população
africana. Desta forma, gradativamente os
governos dos diversos países africanos
foram se desfazendo do regime socialista e
abrindo as portas para a iniciativa privada,
principalmente para a privatização das terras
agrícolas.
Reforma agrária vs. Transnacionais
8. Uma vez que os africanos tivessem
dificuldades para produzir nas terras da
África, as empresas tinham as técnicas,
orientações e especialistas que ensinariam
aos africanos a produzirem, assim,
privatizando as terras, diminuiriam
gradativamente a pobreza e a fome nesse
continente, mas o que ocorreu realmente foi
bem diferente dessa idealização.
Reforma agrária vs. Transnacionais
9. Porém, como a produção latifundiária é
intensiva e extensiva, e ao mesmo tempo a
produção dos pequenos produtores rurais era
pouca, o preço pago pela produção do
pequeno agricultor era o mínimo possível.
Reforma agrária vs. Transnacionais
10. Contudo, as classes de menor poder aquisitivo só
devem ter sucesso nas atividades agrícolas,
organizando-se em grupos que permitam realizar
investimentos e tarefas de forma planejada e
coletiva, ao mesmo tempo, pressionando o
governo e entidades de pesquisa, para que sejam
disponibilizados o treinamento e a orientação
necessária o suficiente para conseguir competir
com as grandes transnacionais.
Considerações Finais
11. JUNIOR, Cledisson. A experiência sul-africana de reforma
agrária. Enegrecer. Disponível em:
<http://enegrecer.blogspot.com.br/2010/08/experiencia-
sul-africana-de-reforma.html>. Acesso em: 31 dez. 2014.
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relações agrárias inalteradas na África do Sul. Pobreza,
Desigualdade e Vulnerabilidade em Moçambiqui.
Disponível em:
<http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/pobreza/IES
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Referências