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INTRODUÇÃO 
Este trabalho está direcionado a compreensão do estudo da anatomia e fisiologia do 
aparelho genital masculino e aparelho genital feminino. 
Conceitos gerais: 
Aparelho genital masculino: constitui o conjunto de órgãos responsáveis pela produção 
dos gametas masculinos (espermatozoide)e pela capacidade de estes gametas 
chegarem aos órgãos genitais internos femininos. 
Constituído por: testículo, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório, pênis, uretra 
e formações acessórias. 
(vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais). 
O pênis (incluindo a uretra )e o saco escrotal (incluindo os testículos )constituem a 
genitália externa. 
Aparelho genital feminino: constituído por dois ovários, duas tubas uterinas ,o útero, a 
vagina, a genitália externa e as glândulas mamarias, que embora sejam apenas 
glândulas cutâneas e não órgão genitais ,estão ligadas intimamente ligadas ao 
aparelho reprodutor feminino. 
Na fase da compreendida entre a menarca e a menopausa, os órgãos genitais 
femininos sofrem modificações cíclicas controladas por mecanismos neuro-hormonais. 
Menarca é a ocorrência da 1° menstruação, enquanto a menopausa corresponde a o 
período de tempo (muitas vezes variável )no qual há o fim das menstruações. A 
mulher entra no período denominado climatério, no qual o aparelho reprodutor sofre 
lente involução. 
1
2 
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES 
FEMININO E MASCULINO 
A reprodução só é possível quando os orgãos genitais internos atingem a 
maturidade ou seja, quando se desenvolvem os caracteres sexuais primários. A 
maturidade só se revela através da produção de gâmetas (células sexuais) nas 
gónadas ou orgãos sexuais: os testículos e os ovários. 
Apesar de ser nas gónadas que são formados os gâmetas, é de salientar 
também a importância dos outros orgãos do sistema genital. São eles que 
condicionam o transporte das células sexuais e a manutenção de condições para a 
sua sobrevivência, permitindo o encontro dos gâmetas e a fecundação. 
Observa atentamente o Sistema Reprodutor Feminino (fig. 1) e o Sistema 
Reprodutor Masculino (fig. 2) nas figuras que se seguem. 
FIGURA 1 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
3 
FIGURA 2 - SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
SISTEMA 
REPRODUTOR 
FEMININO 
SISTEMA 
REPRODUTOR 
MASCULINO 
GÓNADAS 
OVÁRIOS 
São dois órgãos em 
forma de amêndoa 
localizados na cavidade 
abdominal. Neles 
originam-se os óvulos – 
gâmetas -, células 
reprodutoras femininas. 
São também órgãos 
glandulares produtores 
de hormonas. 
TESTÍCULOS 
São dois órgãos ovóides 
no exterior da cavidade 
abdominal, numa bolsa 
designada por escroto ou 
bolsa escrotal. Produzem 
os espermatozóides - 
gâmetas masculinos- e 
hormonas. 
TROMPAS 
DE 
FALÓPIO 
São duas, podendo-se 
designar por ovidutos. 
Iniciam-se por uma zona 
em forma de funil 
f ranjado, o pavilhão da 
trompa, abrindo no fundo 
do útero. São canais que 
estabelecem a 
comunicação ovário - 
útero. 
EPIDÍDIMOS 
São duas estruturas que 
recobrem parcialmente os 
testículos, que têm a 
função de armazenar e 
amadurecer os 
espermatozóides.
VIAS GENITAIS 
4 
ÚTERO 
Órgão muscular em 
forma de pêra, cuja 
parede se prepara todos 
os meses para receber o 
ovo, ocorrendo uma 
gravidez. A zona inferior 
designa-se por colo 
uterino e corresponde ao 
local onde o esperma é 
depositado pelo pénis. 
CANAIS 
DEFERENTES 
São dois canais com cerca 
de 40cm de comprimento, 
continuando os 
epidídimos. Cada um 
deles penetra no 
abdómen, atravessa a 
próstata e abre, 
f inalmente, na uretra. 
Conduzem os 
espermatozóides. 
VAGINA 
Canal f lexível que se 
insere no colo uterino e 
abre para o exterior, a 
nível da vulva, que tem a 
função de estabelecer a 
relação sexual. 
URETRA 
Canal que se inicia na 
bexiga e percorre o pénis, 
abrindo na extremidade 
deste. Permite a condução 
da urina e do esperma 
para o exterior. 
VESÍCULAS 
SEMINAIS 
Duas glândulas que 
segregam um líquido 
constituinte de cerca de 
60% do esperma. 
GLÂNDULAS ANEXAS 
PRÓSTATA 
Glândula cujos canais 
excretores abrem na 
uretra. Elabora o líquido 
esbranquiçado e 
açucarado constituinte do 
esperma e que é expulso 
na ejaculação. 
GLÂNDULAS 
DE COWPER 
Duas glândulas do 
tamanho de ervilhas que 
comunicam com a uretra. 
Têm a função de lançar 
um líquido, antes da cada 
ejaculação, que vai 
eliminando os vestígios de 
urina ao longo da uretra. 
ORGÃOS 
LÁBIOS 
São pregas cutâneas. Os 
extremos são os grandes 
lábios e os mais internos 
os pequenos lábios. 
PÉNIS 
Órgão externo 
atravessado pela uretra 
por onde é expelido o 
esperma e a urina. O pénis 
é o orgão que estabelece 
a relação sexual. 
GENITAIS CLÍTORIS Pequeno orgão de 
grande sensibilidade. 
EXTERNOS ORIFÍCIO 
GENITAL 
Orif ício que corresponde 
à abertura da vagina. 
ESCROTO Bolsa onde estão contidos 
os testículos.
5 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
OVÁRIOS 
O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente 
3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura. 
Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba 
uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta. 
Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo, 
o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e 
outra para baixo. 
Comparada a amêdoa uma borda 
seria anterior e outra posterior, o 
condiciona para que uma face seja 
lateral e outra medial. 
A borda medial prende-se a uma 
expansão do ligamento largo do 
útero que recebe o nome de 
mesovário, e por isso é 
denominada de borda mesovárica, 
enquanto a borda posterior é 
conhecida por borda livre. 
A borda mesóvarica representa o hilo do ovário porquanto é por ele que entram 
e saem os vasos ováricos. 
A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade 
uterina. 
O ovário está preso ao útero e à 
cavidade pelvina por meio de 
ligamentos, cujo conjunto pode 
ser grosseiramente comparado 
aos cabos dos bondes aéreos, 
sendo o bonde, o ovário; o 
segmento do cabo que liga à 
parede pelvina é denominado 
ligamento suspensor do ovário e 
a porção do cabo que vai ter ao 
útero é o ligamento do ovário. 
O ligamento suspensor do ovário estende-se da fáscia do músculo psoas maior 
à extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio do ovário vai de 
sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação 
da base da tuba uterina. 
E percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia ovárica 
irrigam esse órgão. 
Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, 
estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam 
estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de
6 
progesterona e pouco estrógeno. Esses hormônios transformam a “menina” em 
“mulher”. 
TROMPAS DE FALÓPIO 
Tubas Uterinas 
Tuba uterina é um tubo par que se implanta de cada 
lado no respectivo ângulo latero-superior do útero, e se 
projeta lateralmente, representando os ramos 
horizontais do tubo. 
Esse tubo é irregular quanto ao calibre, apresentando 
aproximadamente 10cm de comprimento. Ele vai se 
dilatando á medida que se afasta do útero, abrindo-se 
distalmente por um verdadeiro funil de borda franjada. A 
tuba uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido 
médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e 
infundíbulo. 
A parte uterina é a porção intramural, isto é, constitui o segmento do tubo que se situa 
na parede do útero. 
No início desta porção da tuba, encontramos um orifício denominado óstio uterino da 
tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. 
A istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a 
dilatação que se segue ao istmo. 
A ampola é considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo 
pelo espermatozoide. 
A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que pode ser comparado a um funil cuja 
boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas. 
Essas franjas têm o nome de fímbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser 
mais longa denominada fimbria ovárica. 
O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritoneo por intermédio de um 
forame conhecido por óstio abdominal da tuba uterina. 
A parte horizontal seria representada pelo istmo e a vertical pela ampola e 
infundíbulo. 
Comumente o infundíbulo se ajusta sobre o ovário, e as fimbrias poderiam ser 
comparadas grosseiramente aos dedos de uma mão que segurasse por cima, uma 
laranja.
Estruturalmente a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de 
tecidos que são, da periferia para a profundidade, a túnica serosa, tela subserosa, 
túnica muscular e túnica mucosa. 
A túnica muscular, representada por fibras musculares lisas, permite movimentos 
peristálticos à tuba, auxiliando a migração do óvulo em direção ao útero. 
A túnica mucosa é formada por células ciliadas e apresenta numerosas pregas 
paralelas longitudinais, denominadas pregas tubais. 
A tuba possui duas funções: 
7 
Transportar o óvulo do ovário ao útero; 
Local onde ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. 
Divisões da Tuba Uterina
ÚTERO 
O útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pera invertida, achatada 
no sentido antero-posterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da 
cavidade pelvina.O útero está situado entre a bexiga urinaria, que esta para frente, e o 
reto, que esta para trás. Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento 
denominado istmo do útero. A parte superior ao istmo recebe o nome de corpo do 
útero e a inferior constitui a cérvix (colo. A extremidade superior do corpo do útero, ou 
seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas, tem o nome de 
fundo do útero. A cérvix do útero, é subdividida em duas porções por um plano 
transversal que passa pela sua parte media, que são as porções supravaginal e 
vaginal. Esse plano transversal é representado pela inserção do fórnix da vagina, em 
torno da parte media da cérvix.Com isso, a porção supravaginal da cérvix está dentro 
da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritoneu, formando um bloco comum, para 
cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix 
representando um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no 
interior da vagina, ocupando o centro do seu fórnix. No centro da extremidade inferior 
da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero. Sendo 
achatado no sentido antero-posterior, o útero apresenta uma face anterior que é 
denominada face vesical e outra posterior que é a face intestinal. A face vesical é mais 
plana e a face intestinal e mais convexa. As uniões laterais das duas faces, constituem 
as bordas do útero. Na extremidade superior de cada borda implanta-se uma tuba 
uterina correspondente. Entre uma tuba e a outra se situa o fundo do útero, cuja 
margem superior denomina-se borda superior. O útero sendo um órgão oco, apresenta 
uma cavidade que é triangular de base superior, ao nível do corpo, e fusiforme no 
interior da cérvix, recebendo esta ultima parte de canal da cérvix. Nos ângulos 
superiores da cavidade do útero, situam-se os óstios uterinos das tubas uterina 
correspondentes. O óstio do útero, situa-se na porção vaginal da cérvix, estabelece a 
comunicação entre o interior do útero e o interior da vagina. As paredes do útero são 
constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a profundidade, são as 
túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou miométrio e túnica 
mucosa ou endométrio. O perimétrio é representado pelo peritoneu visceral que 
recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais 
do mesmo, os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos 
largos do útero. A tela subserosa é representada por uma fina camada de tecido 
conjuntivo quer se interpõem entre a túnica serosa e a túnica muscular. O miométrio é 
formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem, da 
periferia para a profundidade, em 3 planos: longitudinal, plexiforme e circular. O 
endométrio forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se 
apresenta lisa, ao passo que na cérvix é muito pregueada, cujas pregas lembram as 
folhas de palma e por isso são chamadas de pregas espalmadas. O endométrio papel 
muito importante por ocasião da gravidez. O útero é mantido em sua posição por três 
ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero- 
8
sacral. Posições do útero: 
O útero é um órgão oco situado no centro da pélvis, por trás da bexiga e à frente do 
reto. Tem a forma de uma pera invertida, com cerca de 7 a 8 cm de comprimento, 
entre 3 a 4 cm de diâmetro na sua parte mais larga e um peso um pouco inferior a 100 
g, embora as suas dimensões se alterem significativamente durante a gravidez, ao 
longo da qual o útero aumenta milhares de vezes e alcança um peso superior a 1 kg. 
O útero é constituído por duas porções: o corpo, que corresponde à parte superior, e o 
colo, que equivale à porção inferior e se encontra ligado à vagina. O corpo do útero, 
que representa 75% da parte superior do órgão, tem uma forma cónica e plana e 
septos muito espessos, sendo igualmente constituído por uma cavidade que irá 
acolher o eventual fruto da gestação. Esta cavidade uterina tem uma forma triangular, 
em que os dois vértices que se encontram na parte superior, denominada fundo do 
útero, correspondem à saída das trompas de Falópio, enquanto que o vértice inferior 
corresponde a um orifício que liga a cavidade uterina ao colo. O colo do útero, ou 
cérvix, que corresponde aos restantes 25% do órgão, é muito mais estreito, de forma 
cilíndrica, apresenta uma proeminência, cuja parte superior acolhe uma porção 
denominada focinho de tenca, e está atravessado longitudinalmente por um canal, o 
canal cervical, diretamente ligado à vagina e, consequentemente, ao exterior. Os 
septos do útero são constituídos por várias camadas. O interior da cavidade uterina 
encontra-se revestido por uma camada mucosa de tecido epitelial, composta por 
inúmeras glândulas, denominada endométrio, cujas características se alteram sob a 
influência hormonal, na medida em que cresce e vasculariza-se ao longo do ciclo 
menstrual, de modo a preparar-se para o eventual acolhimento de um óvulo 
fecundado. Caso não exista qualquer óvulo fecundado, o endométrio acaba por se 
desunir e ser eliminado para o exterior, originando a menstruação. Por baixo do 
endométrio, existe uma espessa camada de tecido muscular, denominada miométrio, 
que constitui a maior parte da espessura do órgão. Trata-se de um tecido muscular 
liso, disposto em várias camadas, cujas contrações involuntárias são fundamentais 
9
para o trabalho de parto. No exterior do miométrio existe uma fina camada de tecido 
conjuntivo que se encontra revestida ao longo da maioria do órgão pelo peritoneu, a 
membrana que reveste os órgãos abdominais: na frente, o peritoneu dobra-se, antes 
de chegar ao colo uterino, de modo a revestir a bexiga, enquanto que por trás reveste 
o colo uterino antes de se dobrar várias vezes, com o objetivo de revestir o reto, 
proporcionando a formação de uma cavidade denominada fundo de saco de Douglas. 
Embora o útero se encontre virado para a frente, na maior parte das mulheres, por 
vezes, pode estar inclinado para trás. Existem várias estruturas que garantem a 
manutenção do órgão na sua posição, nomeadamente os ligamentos largos, situados 
nas partes laterais, que correspondem a estreitas pregas do peritoneu, onde também 
se incluem as trompas de Falópio e os ligamentos ováricos, até alcançarem os septos 
laterais da pélvis. 
10
VAGINA 
A parede vaginal consiste em três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O 
epitélio da mucosa vaginal de uma mulher adulta é pavimentoso estratificado e tem 
uma espessura de 150-200 μm. Suas células podem conter pequena quantidade de 
queratoialina, porém não ocorre queratinização intensa com transformação das células 
em placas de queratina, como nos típicos epitélios queratinizados. Quando submetido 
à estímulo de estrogenio, o epitélio vaginal produz e acumula uma grande quantidade 
de glicogênio, que é depositado no lúmen vaginal quando as células do epitélio desse 
órgão descamam. Bacterias presentes na vagina metabolizam o glicogênio e 
produzem ácido láctico, responsável pelo pH vaginal, que é normalmente baixo. O 
ambiente ácido confere ação protetora contra alguns microrganismos patogênicos. 
A parte interna da vagina estende-se até à porção inicial do útero (colo), região 
denominada de fornixis da vagina. Todo esse conjunto é denominado canal vaginal. O 
canal vaginal apresenta duas partes de origens embriológicas diferentes, pois a 
origem do canal vaginal é promovida quando o útero se encontra próximo ao epitélio 
que formara o vestíbulo e começa a migrar para a sua posição final, o tecido epitelial é 
puxado, assim como o tecido do útero, formando assim o canal vaginal com sua 
porção superior formada por tecido proveniente do útero e a porção inferior do tecido 
epitelial; o hímen é formado com o estiramento do tecido epitelial de onde o útero 
estava próximo, promovendo assim um afinamento desta superfície. 
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides na relação sexual. Além 
de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora 
do parto, a saída do bebê. 
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Tipos de Hímem 
LÁBIOS VAGINAIS 
Os lábios têm um importante papel no sistema reprodutivo feminino 
Os lábios vaginais são dobras de pele que formam a vulva, a genitália externa 
feminina. Do latim "labia", os lábios apresentam três partes: lábios maiores, lábios 
menores e a comissura labial. Os lábios maiores são os mais espessos e mais 
externos. Os lábios menores são mais finos e menores, localizados mais interiormente 
em relação aos maiores nos contornos da abertura da vagina. As comissuras labiais 
anterior e posterior marcam os cantos em que os dois conjuntos de lábios se 
encontram. Os lábios, como um todo, têm diversas funções importantes no corpo 
feminino. 
Pequenos lábios. 
pequenos lábios estão entre os grandes lábios, que se fundem com a parte traseira, e 
são separados em duas dobras na abordagem do clitóris à frente. Dobras anteriores 
se juntam para formar o prepúcio ou capuz do clitóris. Dobras subsequentes forma o 
12
freio do clitóris no sítio que está inserida com a sua superfície inferior. Os pequenos 
lábios são cobertos por pele que recobre sem cabelo fibroelástico estroma rico em 
elementos nervosos e vasculares. A área é na parte de trás dos lábios menores é o 
vestíbulo da vagina. 
Barreira externa 
Os lábios maiores protegem os órgãos internos do sistema reprodutivo feminino 
prevenindo que a vagina seja exposta. Sua proteção espessa e grossa envolve as 
delicadas membranas internas e a abertura da vagina. A função original dos pelos 
pubianos que cobrem os lábios externos remonta da pré-história, época em que não 
se usava vestimenta. Esses pelos agiam como uma armadilha contra corpos 
estranhos, como insetos. Da mesma forma, os lábios menores agem como uma 
barreira protetora para o trato urinário. 
Proteção contra bactérias 
Os lábios protegem a vulva de ataques bacterianos. As glândulas no interior dos lábios 
menores produzem secreções ricas em substâncias antibacterianas. Dessa forma, os 
lábios também se protegem contra infecções. 
Lubrificação 
As glândulas dos lábios menores também facilitam uma relação sexual bem-sucedida. 
Quando suas membranas internas são estimuladas por toque ou por pressão, as 
glândulas produzem secreções. A lubrificação resultante mantém os lábios e a vagina 
umedecidos, ajudando na penetração. 
Prazer sexual 
A função dos lábios durante a relação sexual não é puramente prática. Eles também 
ajudam as mulheres a usufruir do sexo. As finas membranas do lábio maior são cheias 
de vasos sanguíneos e de nervos que se incham ao serem estimulados. Isso torna os 
lábios internos incrivelmente sensíveis e receptivos. Da maneira correta e com a 
estimulação adequada, os lábios produzirão sensações de prazer, contribuindo para 
uma relação sexual bem-sucedida por aumentar a receptividade da mulher. 
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Clitóris 
O clitóris é uma estrutura complexa que inclui componentes internos e externos. 
Visível aos olhos está o capuz clitorial (prepúcio), que cobre totalmente ou em parte a 
cabeça (glande clitoridiana) quando este está em repouso, coluna e bordas internas 
(pequenos lábios). 
Dentro do corpo estão os crus clitoris (crura) que são constituídos por dois corpos 
cavernosos que se unem formando o corpo do clitóris, a uretra esponjosa, bulbo 
clitoridiano (anteriormente designada por vestíbulo bulbar) e períneo esponjosa, de 
uma rede de nervos e vasos sanguíneos, ligamentos suspensivos, músculo e 
diafragma pélvico. 
O clitóris estende-se desde a frente da junção dos pilares (crura) das bordas dos 
lábios externo (grandes lábios), que se reúnem na base do monte púbico ao frenulum 
labiorum pudendi, junção posterior dos pequenos lábios. Nos seres humanos, a região 
da coluna, após a glande clitorial, estende-se vários centímetros para cima e em 
direção à parte traseira, em frente da divisão da crus do clitóris, que tem forma de um 
"V" invertido, esta crus estende-se ao redor e no interior dos grandes lábios. 
Orifício vaginal. 
Orifício vaginal é cercado pelo hímen, variável semilunar dobra mucosa é substituída 
por barbilhões arredondados depois de quebrar. Em cada lado da entrada da conduta 
de abertura maiores glândulas vestibulares (Bartholin) está localizado. Há também 
inúmeras glândulas vestibulares menores que estão espalhadas volta entre a uretra e 
orifícios vaginal. 
14
MAMAS 
15
As mamas estão localizadas na região anterior do tórax sobre o músculo peitoral, 
entre o esterno e a borda axilar. 
Cada mama é conjunto de 15 a 25 glândulas exocrínicas do tipo tubuloalveolar 
composto, que tem por sua função secretar leite para nutrir os recém-nascidos. A 
mama é dividida em 15 a 25 lobos por tecido conjuntivo denso e ediposo. Embora o 
conjunto de lobos seja chamado frequentemente de glândulas mamarias, cada lobo é 
de fato uma glândula mamaria, com sua parte secretora e do seu ducto excretor 
próprio. Esses ductos excretores, chamados galactóforos, abrem-se 
independentemente na papila mamaria, a qual mostra de 15 a 25 orificios, cada um 
com cerca de 0,5 mm de diamentro. 
O tecido conjuntivo penetra em cada lobo, dividindo-o em lóbulos e envolvendo cada 
unidade secretora. A estrutura histológica das glândulas mamarias varia de acordo 
com o sexo , a idade é condição fisiológica do organismo. 
Na mulher adulta , as glândulas mamarias são constituídas pelos ductos galactóforos 
e pó porções secretoras tubuloalvelolares, próximo á abertura da papila os ductos 
galactóforos dilatam-se , formando seios galactóforos. 
Os ductos galactóforos são revestidos por epitélio estratificado pavimentoso, próximo 
ao seu orifício externo. A medida que o ductor se aproxima da mama, seu epitélio se 
torna cada vez mais fino, com menor numero de camadas de células, até apresenta 
duas camadas de células cilíndricas , mais próximo ás unidades secretoras, o epitélio 
do ductor se torna cúbico simples, na parede do ductor existem células musculares 
lisas. 
A parte secretora das glândulas mamarias é contituida por tubos de epitélio cúbico 
simples, os quais terminam por porções dilatadas, os alvéolos , a luz dos túbulos e 
alvéolos é muito pequena e alguns desses elementos são compactos, sem luz. A 
células secretoras tem microvilos nas superfícies livres. 
Os elementos epiteliais das glândulas mamarias são sustentados pelo tecido 
conjuntivo frouxo interlobular. 
Estruturas externas: pele, aréola e papila mamaria. 
Estruturas internas: ligamentos suspensores da mama, tecido adiposo, tecido 
glandular, abertura dos ductos lactíferos, estroma de tecido conjuntivo, lobos, ampola. 
16
Fatores femininos 
Fator ovulatório 
A anovulação é definida como a condição na qual o desenvolvimento e a ruptura 
folicular estão alterados e, portanto, o oócito não é liberado do folículo. A principal 
causa de dificuldade de ovulação é a Síndrome dos Ovários Policísticos. Outras 
causas importantes são: doenças da glândula tireoide e aumento da produção da 
prolactina. 
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) atinge cerca de 10% das mulheres em 
idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres 
com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente e, por isso, podem 
apresentar intervalos longos entre os ciclos menstruais, podendo ficar até meses sem 
menstruar. Trata-se de um distúrbio que geralmente se inicia na puberdade e é 
progressivo, causando um desequilíbrio hormonal. O problema é que isso faz com que 
o organismo passe a produzir alguns hormônios em maior quantidade, e outros em 
menor quantidade, aumentando a possibilidade do aparecimento de cistos no ovário e 
interferindo no processo de ovulação. 
Em mulheres com SOP os níveis de hormônios androgênios (como a testosterona) 
podem ser produzidos em excesso nos ovários e dificultar a ovulação, prejudicando o 
processo de engravidar, seja natural ou artificialmente. Diversos procedimentos da 
Reprodução Assistida podem auxiliar mulheres com ovários policísticos a engravidar, 
mas a utilização de uma técnica especifica ajuda a melhorar os resultados. 
Essa alteração menstrual geralmente ocorre desde a menarca (1ª menstruação) e 
pode estar associadas ao aumento de pêlos pelo corpo, alterações da menstruação, e 
também ao excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). Associado à presença destes 
achados clínicos, o diagnóstico é feito através de dosagens hormonais e avaliação 
ultrassonográfica dos ovários, que geralmente apresentam microcistos, o que deu 
origem ao nome da síndrome. 
Fator tubário 
A doença tubária é uma das principais causas de infertilidade feminina. As moléstias 
inflamatórias pélvicas, principalmente as causadas por Chlamydia e Gonococo, são, 
sem dúvida, uma das causas mais comuns de distorção e perda de função das tubas 
uterinas, além de outras causas inflamatórias, como a endometriose. 
O fator tubário não está associado somente à obstrução das trompas, mas outros 
fatores também podem influir no processo. De modo geral temos as obstruções, as 
aderências e fatores externos. Em todos eles ocorre um processo inflamatório que 
danifica a tuba uterina. 
Histerossalpingografia 
O principal exame realizado para a investigação do casal infértil é a 
histerossalpingografia. O exame nada mais é do que um raio-x contrastado da 
cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um 
líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um 
catéter (sonda) fino. 
A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas 
uterinas e, através desta análise, avaliar a sua função reprodutiva. Outras patologias, 
tais como alterações morfológicas congênitas do útero, sinéquias uterinas (aderências 
dentro da cavidade uterina) e tumorações intrauterinas, são prontamente 
diagnosticadas durante a realização do exame. 
17
Deve ser realizada em uma fase específica do ciclo menstrual, antes da ovulação e 
logo após o término da menstruação, ou seja, entre os dias 6 e 12 do ciclo menstrual. 
Além das mulheres com dificuldade para engravidar o exame pode ser solicitado em 
casos de abortos de repetição, doença inflamatória pélvica crônica e miomatose. 
Outros procedimentos como a laparoscopia (cirurgia) ou a histeroscopia (exame do 
interior do útero com uma minicâmera) podem avaliar as trompas e/ou a cavidade 
uterina, mas são procedimentos mais invasivos e só são realizados quando há outras 
indicações específicas. 
Útero bicorno Alteração tubária 
Fator Uterino 
Qualquer doença que leva à alteração ou à deformação da cavidade uterina (onde 
está localizado o tecido endometrial) pode causar dificuldade de implantação 
embrionária. Assim, miomas que, por seu tamanho e/ou localização, deformam a 
cavidade endometrial são causas uterinas importantes de infertilidade. 
Podemos dizer o mesmo sobre os pólipos endometriais (pequenos tumores do 
endométrio). Outras situações menos comuns são aquelas em que há formação de 
‘cicatrizes’ na cavidade uterina (sinéquias) após curetagem ou após algumas 
infecções, além das situações em que há deformidade congênita da cavidade 
endometrial (septo uterino, útero bicorno, útero didelfo). 
Endometriose 
A endometriose é caracterizada pela presença, fora do útero, de fragmentos do tecido 
que, normalmente, revestem o interior do útero. Este tecido é denominado endométrio 
e no caso da endometriose ele encontra-se fora do seu local habitual, podendo afetar 
18
mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as 
tubas uterinas, dentre outros. 
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às 
alterações do ciclo menstrual, e local onde o óvulo, depois de fertilizado, se implanta. 
Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a 
menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo. 
A doença é frequente em mulheres na idade reprodutiva e acomete cerca de 10% da 
população feminina. Atualmente cerca de 40% das pacientes que chegam até as 
clinicas de reprodução assistida sofrem de endometriose. A fertilidade feminina pode 
ser afetada pela endometriose de diversas formas, dentre elas: 
- Obstrução das trompas ocorrida diretamente pelas lesões de endometriose; 
- Alteração nas tubas uterinas, podendo se tornar impérvias e sem mobilidade; 
- Formação de cistos nos ovários que alteram a capacidade ovulatória; 
- Alteração na ovulação: dificuldade de produção de ovular e perda de qualidade dos 
óvulos; 
- Interferência com a fertilização: dificuldade de penetração dos espermatozoides nos 
óvulos; 
- Liberação de substâncias inflamatórias na pelve que podem alterar a qualidade do 
óvulo, do embrião e o desenvolvimento da gestação aumentando a taxa de 
abortamento. 
A dor é o principal sintoma da doença, porém de 20% a 25% das mulheres não 
apresentam nenhum sintoma. Quando os sintomas aparecem geralmente são: cólica 
menstrual intensa, dor durante as relações sexuais, dor abdominal antes ou durante a 
menstruação, dor e sangramento intestinal e urinário durante a menstruação. 
Muito provavelmente há uma predisposição genética para aparecimento da doença, 
pois é mais comum entre mulheres que têm parentesco com pessoas que têm a 
endometriose. Possivelmente, porém, há algum fator ambiental responsável pelo 
surgimento da patologia em pessoas que já têm alguma predisposição. 
Refluxo do sangramento menstrual pelas tubas uterinas, transformação de 
determinadas células do peritônio em células de endométrio devido a alguma 
agressão, e mau posicionamento de algumas células endometriais no embrião, 
enquanto a mulher ainda está na barriga da mãe, são algumas das teorias, entretanto, 
nenhuma consegue responder completamente a todos os aspectos do surgimento da 
endometriose. 
Os hormônios produzidos durante a ovulação também fazem proliferar os fragmentos 
de endométrio que estão fora do útero. Por isso, a endometriose é uma doença que 
afeta as mulheres em idade reprodutiva, produzindo uma inflamação crônica, que 
libera substâncias que podem causar cólica menstrual, dores pélvicas fora do período 
menstrual e até dificuldade para engravidar. 
Para diagnosticar esta doença, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo, que 
pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: ultrassom 
com preparo intestinal, laparoscopia, ressonância magnética e um exame de sangue 
chamado CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico 
de certeza, porém, depende da realização da biópsia. 
A escolha do melhor tratamento dependerá do perfil de cada mulher. As alternativas 
hoje vão, desde tratamentos hormonais, como os anticoncepcionais, passando por 
cirurgias para a retirada das lesões, até tratamentos de reprodução assistida, como a 
inseminação intrauterina e a fertilização in vitro. 
Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. 
Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero 
pode ser uma alternativa de tratamento. Esta escolha deve ser individualizada, pois 
cada um dos tratamentos apresenta vantagens e desvantagens que devem ser 
avaliadas de acordo com os sintomas, com a quantidade de endometriose e com os 
anseios e desejos de cada pessoa. 
19
É fundamental procurar um médico ginecologista sempre que sentir anormalidades no 
ciclo menstrual, realizando anualmente os exames e acompanhando a saúde 
reprodutiva. Se a doença for diagnosticada, é importante iniciar o tratamento 
adequado, pois a endometriose está entre as causas mais comuns da infertilidade, 
mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado. 
20
21 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Testículos 
O órgão do sistema reprodutor (gônadas embrionárias) podem se tornar testículos ou 
ovários. Um gene específico no cromossomo Y leva a gônadas embrionárias, a se 
transformar em testículo, com a liberação de testosterona leva o desenvolvimento da 
genitália externa dos órgãos sexual masculino. 
As células germinativas ou gametas (espermatozoide e óvulo) são formados no interior 
das gônadas (testículos e ovários) por um processo de divisão de redução ou meiose. 
O numero de cromossomos das células humana 46 reduzidos à metade cada gameta 
recebe 23 cromossomos. A fusão do espermatozoide e o óvulo no ato de fertilização 
resultam no numero original 46, cromossomos no zigoto, quando o homem chega à 
puberdade , o espermatozoide maduro são formados através da meiose nas gônadas 
assim o ciclo de vida continua. 
Determinação do sexo 
Cada zigoto ganha 23 cromossomos da mãe e 23 do pai, não produz 46 cromossomos 
diferentes, mas 23 cromossomos homólogos. Os 22 pares de cromossomos são 
chamados de cromossomos autossômicos cada célula que contém 46 cromossomos 
possui dois cromossomos numero 1 dois cromossomos numero 2 até chegar ao 
numero 22. O vigésimo terceiro par e chamado de cromossomos sexuais, na mulher e 
formado por 2 cromossomos XX e no homem é dois cromossomos sendo XY tem
aparência e genes diferentes, os óvulos recebem cromossomos aletoriamente, as 
células corporais da mulher contem dois cromossomos X, mas só um fica ativo, os 
óvulos conterão um cromossomos X alguns espermatozoides possuem um 
cromossomos X e outros possuem um cromossomos Y, o sexo cromossômico do 
zigoto é determinado pelo espermatozoide que fertiliza o óvulo, quando o 
espermatozoide y fertiliza o ovulo o zigoto será XY sexo masculino, quando o 
espermatozoide com cromossomos X fertiliza o óvulo o zigoto será XX sexo feminino. 
Formação do testículo 
Após a fecundação as gônadas masculina e feminina são iguais, durante o processo a 
células que darão origem aos espermatozoides migram do saco vitelino para as 
gônadas embrionárias, as estruturas embrionárias tem potencial de se torna testículo 
ou ovários, a substância hipotética para a conversão em testículo foi chamada de fator 
denominador dos testículos (FDT) embora que há muito tempo o sexo masculino e 
determinado pela presença de um cromossomo y, o gene que determina ser testículo 
fica localizado no braço curto do cromossomo Y, quem produz os espermatozoide no 
interior do testículo e os túbulos seminíferos aparece precocemente entre há 43° 50° 
dias após a fecundação. 
As células Leydig aparecem 65° dia e se aglomera no tecido intersticial que fica 
entorno dos túbulos seminíferos. E essa célula constitui o tecido endócrino do testículo 
e libera grande quantidade de hormônio sexual masculino o principal androgênio 
liberado pro essa célula e a testosterona na oitava semana durante o desenvolvimento 
embrionário masculino a liberação de testosterona tem a função de masculinizar o 
embrião, Conforme o testículo e desenvolve ele migra para o interior da cavidade 
abdominal gradativamente desce para o interior do escroto em alguns casos desce 
apenas após o nascimento. 
Funções Endócrinas dos testículos 
A testosterona e o principal androgênio liberado pelo testículo adulto, os hormônio e 
seus derivados (os androgênios 5a-reduzidos) são responsáveis pelo 
desencadeamento e a manutenção das alterações corporais na puberdade, o 
androgênio estimula o crescimento dos musculo e de outra estrutura, o aumento na 
liberação de testosterona é necessário para crescimento dos órgãos sexuais e os 
acessórios, estimula o crescimento da laringe onde a voz torna se mais grave promove 
a síntese de hemoglobina onde a concentração e maior no sexo masculino e no 
crescimento ósseo. 
22
Epidídimos 
Sua estrutura é espiralada quando se estica pode chegar até 5 metros, que recebe os 
produtos tubulares. Os espermatozoides entram na cabeça do epidídimo eles não são 
moveis, e é drenado de sua cauda por um único tubo, o ducto deferente. Os 
espermatozoides não são moveis isso se deve ao PH baixo do líquido do epidídimo e 
o ducto deferente, líquido produzido pela secreção de H+ através do transporte ativo 
das bombas de ATPase, durante a passagem pelo epidídimo os espermatozoides 
sofrem alterações pelo fato da maturação que os tornam mais resistente às alterações 
do pH e da temperatura. O pH fica neutro pelo líquido prostático alcalino durante a 
ejaculação, sendo assim o espermatozoide fica extremamente móvel e capazes de 
fertilizar um óvulo quando passa determinado tempo no órgão genital feminino. Os 
espermatozoides obtidos dos túbulos seminíferos não tem capacidade de fertilizar um 
óvulo. Os epidídimos servem como um local de maturação e armazenamento de 
espermatozoides entre ejaculações. 
O ducto deferente transporta os espermatozoides dos epidídimos do escroto para o 
interior da cavidade pélvica. 
23
Canais Deferentes 
É a continuação da cauda 
do epidídimo e conduz os 
espermatozoides até o 
ducto ejaculatório. 
Considerando-se que os 
testículos estão 
localizados externamente 
à parede da pelve e que o 
ducto ejaculador encontra-se 
24 
dentro da cavidade 
pélvica, torna se 
necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a 
passagem do ducto deferente. A esta passagem dá-se o nome de canal inguinal, 
situado na porção mais inferior da parede abdominal, de trajeto oblíquo e com 3 a 5 
cm de comprimento. 
Pelo canal inguinal passam também as demais estruturas relacionadas com os 
testículos, como artérias, veias, linfáticos e nervos. Ao conjunto destas estruturas que 
passam pelo canal inguinal, incluindo-se o ducto deferente, dá-se o nome de funículo 
espermático. O canal é uma área potencialmente franca no sexo masculino, podendo 
ai ocorrer as hérnias inguinais. O ducto deferente tem cerca de 30 cm de comprimento 
e pode ser palpado como um cordão duro, antes de penetrar no canal inguinal. 
Uretra 
A uretra masculina é um canal 
comum para a micção e para 
ejaculação, com cerca de 20 cm de 
comprimento. Inicia-se no óstio 
interno da uretra, na bexiga, e 
atravessa sucessivamente a 
próstata, o assoalho da pelve e o 
pênis, terminando na extremidade 
deste órgão pelo óstio externo da 
uretra. Reconhecem-se três partes 
na uretra masculina: parte prostática, quando atravessa a próstata; parte 
membranosa, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atravessa o 
assoalho da pelve e parte esponjosa, localizada no corpo esponjoso do pênis. A parte 
prostática apresenta uma pequena saliência – o colículo seminal, de cada lado do qual
desemboca os ductos ejaculatórios. Na parte esponjosa adjacente ao óstio externo da 
uretra, há uma porção dilatada conhecida como fossa navicular da uretra. 
Vesículas Seminais 
São estruturas saculiformes alongadas e contorcidas, que medem 
aproximadamente 5cm de comprimento e localizam-se entre a face posterior 
da bexiga e do reto. O produto de secreção da glândula é amarelado, 
ligeiramente alcalino, viscoso e rico em frutose responsáveis pela produção 
de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o 
líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen. O 
líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os 
espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter 
fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta 
considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas 
(hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas 
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na 
dismenorreia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo 
vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – 
dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos 
insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios). 
25
Próstata 
Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que 
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. 
É a maior das glândulas acessórias, circunda a porção inicial da uretra. O seu 
componente glandular consiste em 30 a 50 glândulas túbulo alveolares. Os ductos 
provenientes de cada uma dessas glândulas convergem para formar ductos terminais 
que se abrem diretamente na porção prostática da uretra. 
A próstata secreta um líquido ligeiramente ácido (pH 6,5) e incolor, rico em ácido 
cítrico e fosfatase ácida. Contém também enzimas proteolíticas que liquefazem o 
sêmen. 
GLÂNDULAS DE COWPER 
Denominadas também por glândulas bulbouretrais são minúsculas, do tamanho de 
uma ervilha estão localizadas em ambos os lados da uretra membranosa e são 
formadas em pares. 
Estruturas: São glândulas tulbusoalveolares com células do tipo mucosas, 
apresentam músculos esquelético e liso nos septos que separam os seus lóbulos. 
Função: Sua secreção tem aspecto mucoso que facilita o transporte dos 
espermatozoides. 
26
PÊNIS 
Orgão masculino relativamente curto que impulsionado pela ereção se torna uma 
estrutura maior denominada ereta. Localizado na região superficial do períneo, em seu 
estado ereto o pênis pode penetrar a vagina e expelir os espermatozoides 
profundamente dentro do aparelho reprodutivo feminino. 
A ereção do pênis é controlada pelos impulsos nervosos da medula espinal. Esses 
impulsos dilatam as artérias no pênis, permitindo que o tecido erétil situado no dorso 
do órgão se encha com sangue. Enquanto as artérias se enchem de sangue, as veias 
do pênis são comprimidas aumentando a pressão do tecido erétil e fazendo com que o 
órgão fique firme e erétil. 
Enquanto o pênis está ereto, ocorre a segunda atividade necessária para a entrega 
dos espermatozoides (a descarga do sêmen contendo espermatozoide pela uretra 
peniana). São dois processos que ocorrem sob o controle do sistema nervoso do 
homem: a emissão e a ejaculação. 
Estrutura: É constituído essencialmente por três massas cilíndricas de tecido eréctil, 
mais a uretra, envoltas externamente por pele. Delas, duas são colocadas 
dorsalmente e recebem o nome de corpos cavernosos do pênis. A outra, ventral, 
chama-se corpo cavernoso da uretra e envolve a uretra peniana em todo o trajeto; na 
sua porção terminal, dilata-se formando a glande. 
Os três corpos cavernosos encontram-se envoltos por uma resistente membrana de 
tecido conjuntivo denso, a túnica albrigínea do pênis. Essa membrana forma um septo 
que penetra entre os dois corpos cavernosos do mesmo. O septo não é continuo, 
27
apresentando interrupções; há portanto, comunicações entre as duas massas de 
tecido que formam esses corpos. 
Os corpos cavernosos do pênis e da uretra são formados por um emaranhado de 
vasos sanguíneos dilatados, revestidos por endotélio. O prepúcio é uma prega retrátil 
da pele do pênis contendo tecido conjuntivo, com musculo liso no seu interior. 
Observam-se, na sua bolsa interna e na pele que recobre o glande, pequenas 
glândulas sebáceas. 
Função: Através da contração dos músculos ao longo da base do pênis e da uretra é 
fornecida a força necessária para a descarga do sêmen, ou seja, a ejaculação. E antes 
que ocorra a ejaculação é necessário que os espermatozoides se locomovam ao longo 
dos canais deferentes e dos canais ejaculadores para dentro da uretra, esse processo 
é chamado de emissão. 
Sua função permite a passagem dos espermatozoides e expeli-os através da 
ejaculação. 
ESCROTO 
Estrutura: denominadas por bolsas escrotais são estruturas revestidas por pele e que 
contem abundante camada de músculo liso. 
Função: manter a temperatura dos testículos adequada para a produção dos 
espermatozoides. 
São bolsas de pele que em conjunto com o pênis, formam os órgãos reprodutores 
externamente visíveis. 
28
29
FATOR MASCULINO DE INFERTILIDADE 
CONJUGAL 
Uma vez que o fator masculino tem um grande percentual na gênese da infertilidade, é 
importante levarmos em conta a possibilidade de estarmos diante de infertilidade de 
causa masculina. Tradicionalmente, a infertilidade masculina é considerada uma 
condição de difícil tratamento, o que ocorre pelo fato dela não ser uma entidade única, 
mas refletir uma variedade de diferentes condições patológicas, dificultando uma 
estratégia única de tratamento. Mesmo com o avanço dos métodos diagnósticos, hoje 
em dia apenas 40% das causas de infertilidade podem ser reconhecidas, mas os 
avanços no diagnóstico genético como a pesquisa de microdeleções (falta de 
pequenas porções nos cromossomos) parecem apontar para uma diminuição no 
número de pacientes com diagnóstico etiológico indefinido. 
O fator masculino na infertilidade conjugal é expressivo (existem trabalhos que 
estimam em até 50% das causas de infertilidade) e, conseqüentemente, deve ser 
examinado com muita atenção por parte de todos os profissionais que desenvolvem 
suas atividades no campo da Reprodução Humana. Mas, não foi sempre assim. Mais 
por um processo cultural do que pela razão, o fator masculino foi ignorado por muito 
tempo. E as marcas desta negação repercutem, praticamente, até nossos dias. Mas, 
de qualquer forma, os erros do passado não justificam omissões no presente. E, por 
isso, é fundamental a pesquisa do fator masculino concomitante com o fator feminino, 
em qualquer casal que esteja enfrentando problemas para engravidar. Dentre as 
razões para esta conduta, ressaltam-se as seguintes: simplicidade e eficiência dessa 
atitude quando associada a exames bem dirigidos, ausência de invasividade e relação 
custo- beneficio apropriada. 
O sucesso da injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) - Um único 
esperma é injetado com uma micropipeta no interior do óvulo tem transformado a vida 
de pacientes com fator masculino severo. O otimismo gerado com este tratamento tem 
contrastado com a preocupação das possíveis implicações genéticas decorrentes da 
manipulação de gametas de pacientes com contagens espermáticas muito baixas ou 
anormais. Geralmente, a infertilidade masculina é descoberta após uma análise do 
esperma (cerca de 70% das vezes). A avaliação da história e do exame físico 
auxiliarão no diagnóstico. Na investigação do homem infértil, a história clínica bem 
obtida e o exame físico minucioso, especialmente na área genital, são recursos 
valiosos do processo investigativo. 
Uma história detalhada pode revelar alguma etiologia; no entanto, o mais comum é a 
história ser negativa. Cabe ao clínico avaliar: duração da infertilidade, a paternidade 
pregressa (filhos prévios desta ou de outras relações) anomalias congênitas, 
exposição a fatores de risco, traumas e doenças na infância, antecedência de doença 
febril prolongada, inicio e normalidade da puberdade, hábitos do paciente, cirurgias 
30
pregressas, história sexual, antecedentes infecciosos e doenças sistêmicas, a 
freqüência de relações do casal, a exposição a fatores ambientais, etc. Deve-se fazer, 
portanto, um inventário de toda a história genitourinária. 
É importante ter atenção para os problemas de sexualidade que podem interferir de 
maneira definitiva no processo de fertilidade. A disfunção sexual e a impotência são 
situações que podem vir mascaradas em uma consulta de infertilidade. Portanto é 
importante o médico ter a sensibilidade de não expor, ao coletar a história, um contra o 
outro, uma vez que existem pontos na vida do indivíduo que, por um motivo ou outro, 
não é de conhecimento do parceiro. O exame físico pode, eventualmente, ser 
indicativo de alguma anormalidade do homem. Devem ser examinados o testículo, a 
próstata, o pênis, além dos caracteres gerais. 
A avaliação diagnóstica está concentrada no espermograma, embora a análise de 
apenas uma amostra de espermograma não seja aconselhável, devido à grande 
variabilidade, tanto na avaliação quanto na produção espermática presente 
normalmente. Sendo assim, em espermogramas muito alterados, é aconselhável que 
um mínimo de dois sejam realizados para uma correta análise. 
A emissão de espermatozóides é extremamente variável ao longo do tempo. Por isso, 
muitas vezes, para uma adequada avaliação da espermatogênese (formação dos 
espermatozóides) é necessária a análise de mais de uma amostra, coletadas com 
intervalo de, aproximadamente, 90 dias. Para a coleta do sêmen, a melhor opção é a 
masturbação, e coleta em frasco estéril, fabricado com material não-tóxico aos 
espermatozóides, ou em frasco de vidro esterilizado. O período de abstinência sexual 
recomendado é de 48 a 72 horas, ou de acordo com o ritmo sexual do casal, no caso 
de suspeita de alterações decorrentes de intervalos muito curtos ou longos entre as 
relações. 
31
É importante que o local de coleta seja silencioso, limpo, com toalhas descartáveis, 
dotado de banheiro e de pia anexos. A primeira parte do ejaculado contem 85% dos 
espermatozóides ejaculados. Deve-se, portanto, tomar cuidado se houve perda da 
porção inicial. Em casos especiais, quando o paciente apresentar dificuldades de 
coleta no laboratório, pode-se autorizar a coleta a domicílio, desde que o material seja 
encaminhado ao laboratório em seguida após a ejaculação. O frasco deverá ser bem 
vedado, e mantido à temperatura ambiente, se possível junto ao corpo. Nos indivíduos 
com dificuldades ou impedimento da prática da masturbação, a coleta poderá ser feita 
através de relação sexual, usando-se preservativo especial de látex não- tóxico, 
devidamente fabricado para esse fim. O preservativo comum pode ser lesivo ao 
espermatozóide e alterar a análise qualitativa. 
Fatores que alteram a fertilidade masculina 
A questão da gonadotoxidade (toxicidade às gônadas: testículos e ovários) é um ponto 
de preocupação para todos aqueles que trabalham com infertilidade. Esta toxidade é 
determinada por qualquer agente químico, físico ou biológico que possa alterar o 
sistema endócrino ou a espermatogênese, causando modificações na fisiologia da 
reprodução. A interrupção do processo biológico normal pode ocorrer por ação direta 
do agente, ou forma indireta, por meio de seus metabólitos. Além desses, fatores 
como stress, idade e peso devem ser levados em conta: 
Trauma Testicular 
Os pacientes que não tiveram descida de um ou dois testículos até a bolsa escrotal 
antes do nascimento geralmente apresentam menor qualidade espermática, 
independente da realização cirúrgica precoce da correção. Outros fatores testiculares 
que podem determinar uma menor qualidade do ejaculado seriam dores testiculares 
fortes na infância relacionadas a episódios de torções testiculares, infecções, doenças 
venéreas ou uso de medicações. Situações que provocam febre, como infecções 
sistêmicas, podem alterar a espermatogênese temporariamente. 
Patologias Sistêmicas 
Várias são as causas de patologias sistêmicas que podem levar a uma alteração na 
qualidade espermática. Doenças infecciosas (caxumba, tuberculose, lepra e doenças 
sexualmente transmissíveis), doenças crônicas (diabete mélito, arteriosclerose, 
insuficiência renal, lupus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial sistêmica etc.), 
tumores como adenoma de hipófise, craniofaringiomas e outros. Pacientes com 
talassemia maior desenvolvem infertilidade pela deposição de ferro na hipófise e 
testículos. O diabete mélito pode determinar lesões neuropáticas, conduzindo à 
ejaculação retrógrada (em direção a bexiga ao invés da uretra). 
Substâncias Tóxicas 
Há um grande número de substâncias que são tóxicas à produção e função 
espermáticas. Vários tipos de medicamentos (alguns antibióticos, quimioterápicos, 
32
hormônios e esteróides anabolizantes), drogas (maconha, cocaína, álcool, cigarro, 
heroína, crack e etc.) Fatores ocupacionais e ambientais (calor, luz, radiação 
eletromagnéticas, etc.), agentes poluentes, industriais e do meio ambiente têm sido 
relacionados com alterações da fertilidade, assim como o stress. Com relação aos 
medicamentos e drogas ilícitas, deve-se estar atento para a identificação daqueles 
que, sabidamente, possuem efeito negativo sobre a espermatogênese. 
As doenças infecciosas causam obstruções parciais ou totais da via seminal e/ou 
alterações histológicas gonadais. Os estrógenos do meio ambiente (pesticidas e 
herbicidas) e da dieta (plantas, cereais, frutas, verduras, legumes e sementes 
oleaginosas) têm sido muito estudados, principalmente devido à maior incidência de 
malformações do trato genital nos últimos 50 anos e suspeitas da diminuição da 
contagem de espermatozóides. 
O aumento da temperatura testicular produz diminuição na qualidade e quantidade de 
espermatozóides e também disfunção do epidídimo, como se observa em exposição 
ocupacional ao calor (padeiros, confeiteiros, bombeiros, soldadores, etc.). O efeito da 
exposição prolongada a metais pesados (cádmio, mercúrio, boro) pode igualmente 
determinar alterações na espermatogênese, fibrose testicular e alterações hormonais. 
O tabagismo pode levar à diminuição da produção de espermatozóides e à piora da 
sua morfologia e motilidade. Vários pesticidas têm efeitos tóxicos sobre os testículos 
alterando a fertilidade e a função sexual. Gases anestésicos, como o óxido nitroso e o 
halotano, promovem diminuição da produção dos espermatozóides, bem como 
aberrações cromossômicas. 
Varicocele 
A varicocele (varizes nos testículos) é a condição clínica mais comumente encontrada, 
sendo responsável por 18% dos casos; no entanto, somente é considerada como 
causa de infertilidade quando associada a padrões espermáticos anormais, o que 
ocorre em cerca de 10% das vezes. São várias as teorias que tentam explicar as 
alterações testiculares e seminais decorrentes destas varizes, porem não está claro 
por que alguns indivíduos com varicocele são absolutamente férteis, nem porque 20 a 
30% dos pacientes submetidos ao tratamento não apresentam qualquer melhora dos 
parâmetros seminais. 
Alterações Genéticas 
Em grande número de casos, a causa da infertilidade não é definida. Estudos têm 
demonstrado uma alta incidência de alterações estruturais e numéricas de 
cromossomos em homens inférteis em relação a homens férteis. A maior parte das 
alterações em cromossomos sexuais encontra-se em pacientes azoospérmicos 
(ausência de espermatozóides no ejaculado). Dez a 15% dos pacientes com 
azoospermia não-obstrutiva apresentam deleções em seu cromossomo Y (ausência 
de fragmentos no cromossomo Y). 
33
A ausência congênita de vasos deferentes (canais que comunicam o testículo com a 
uretra) e a fibrose cística são outras causas genéticas que interrompem o transporte 
dos espermatozóides até a uretra, sem interferir com a sua produção. Estes pacientes 
produzem espermatozóides, mas eles não são ejaculados. 
Outros Fatores 
Situações que impediriam a função dos espermatozóides, como os anticorpos, são 
encontradas em cerca de 5% dos homens; no entanto, o papel dos anticorpos anti-espermatozóides 
34 
permanece muito controverso. O stress provavelmente diminui a 
fertilidade, mas torna-se difícil saber como mensurar e definir seu grau de participação. 
Não está comprovado que a idade do homem, por si só, o predisponha a infertilidade 
(ao contrário da mulher), embora outras doenças que acompanham o envelhecimento 
possam predispô-lo à infertilidade, assim como parece haver uma diminuição no 
volume seminal e na concentração espermática ao longo dos anos. A desnutrição 
crônica provoca alterações hormonais e, juntamente com a deficiência protéica, 
interfere na fertilidade. 
O peso corporal em excesso e a distribuição de gordura parecem apresentar menores 
efeitos sobre o homem do que sobre a fertilidade feminina.
Conclusão 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
O sistema reprodutor humano, também chamado de sistema genital, é formado por 
órgãos que constituem o aparelho genital masculino e feminino. 
A função primordial do aparelho reprodutor é perpetuar a espécie por meio de 
reprodução. O Sistema Reprodutor Masculino é o conjunto de órgãos encarregado da 
reprodução no homem, assim como o Sistema Reprodutor Feminino é o conjunto de 
órgãos encarregado da reprodução na mulher. O organismo feminino é mais complexo 
que o do homem, pelo fato de possuir mais um órgão e conseqüentemente mais uma 
função: o útero que abriga e propicia o desenvolvimento de uma nova vida, resultante 
da união dos gametas. 
Todo ser vivo tem um tempo limitado de vida: nasce, cresce, envelhece e morre. 
Várias espécies continuam povoando a Terra graças à capacidade de reprodução. Um 
ser é capaz de se reproduzir para gerar um descendente fértil, que por sua vez, 
também se reproduz, e a espécie se perpetua. Além disso, na espécie humana a 
reprodução também traz prazer e é uma forma de dar e receber carinho, a relação 
sexual é uma das expressões mais íntimas que pode haver no relacionamento entre 
duas pessoas. A reprodução humana (sexo) ocorre pela fertilização interna durante 
a relação sexual. 
Os seres humanos têm uma grande diferenciação sexual. Além das diferenças em 
quase todos os órgãos reprodutivos, inúmeras diferenças ocorrem normalmente nas 
características sexuais secundárias. O sistema endócrino é 
diretamente relacionado com essas características. A liberação de certos hormônios 
causa o desenvolvimento dessas características secundarias. 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
35
Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da 
gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no 
sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie. 
As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais principais, pois produzem 
os gametas e os hormônios que definem as características sexuais secundárias. 
O epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, 
escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais acessórios. 
No sistema reprodutor masculino encontramos o seguinte: 
- Pênis: Órgão reprodutor e excretor do organismo masculino, contendo em seu 
interior um ducto (a uretra) responsável pela eliminação da urina (excreta nitrogenada / 
uréia) e também condução do sêmen que contém os espermatozóides. Esse órgão é 
formado por tecido cavernoso e esponjoso, que se intumesce em razão da grande 
vascularização, de acordo com a libido do indivíduo em ocasião à reprodução, 
proporcionando a ereção deste órgão. 
- Bolsa Escrotal: Cavidade que aloja e protege os testículos, sendo responsável pela 
manutenção da temperatura adequada à fisiologia dos mesmos; 
- Testículos: São glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos 
(espermatogênese) no interior dos túbulos seminíferos a 
partir de células germinativas primordiais, também possuem células intersticiais 
(células de Leydig) que sintetizam a testosterona, hormônio sexual masculino; 
- Epidídimo: Ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz 
os espermatozóides. Neste local os gametas atingem a maturidade e mobilidade, 
tornando-os aptos à fecundação; 
36
- Canal Deferente: Canal que transporta os espermatozóides do epidídimo até um 
complexo de glândulas anexas; 
- Glândulas Anexas: Conjunto formado pela próstata, vesículas seminais e glândulas 
bulbo uretrais, produzindo a secreção que compõem o sêmen, fluido que nutri e 
proporciona meio de sobrevivência aos espermatozóides, por exemplo, neutralizando 
o PH levemente ácido da uretra. 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que produzem 
os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os 
protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e 
a vulva. 
No sistema reprodutor feminino encontramos o seguinte: 
- Vulva Ou Pudendo: Conjunto de estruturas que formam o aparelho reprodutor 
feminino externo (lábios vaginais, orifício da uretra, abertura da vagina e clitóris). 
- Lábios Vaginais (Grandes E Pequenos Lábios): São dobras da pele formadas por 
tecido adiposo, sendo responsáveis pela proteção do aparelho reprodutor feminino. 
- Clitóris: Órgão sensível e prazeroso do organismo feminino; 
- Vagina: Canal que recebe o pênis durante o ato sexual, servindo também como 
conduto para eliminação do fluxo menstrual e concepção no momento do parto normal 
(canal que por ação hormonal se dilata para o nascimento de um bebê); 
- Útero: Órgão que recepciona o ovo / zigoto, proporcionando o seu desenvolvimento 
durante o período gestacional. Além de proteger o embrião contra choques mecânicos, 
também impede a transposição de impurezas e contaminação contra micro-organismos 
37 
patogênicos, bem como auxilia a manutenção da nutrição (formação da 
placenta e cordão umbilical); 
- Tubas Uterinas Ou Tropas De Falópio: São ovidutos que possuem numerosos cílios 
em sua superfície interna, desempenhando a função de transportar o “óvulo” (ovócito 
secundário) do ovário até o útero. Normalmente é nas trompas que ocorre a 
fecundação, ou seja, o encontro do espermatozóide com o “óvulo”.
- Ovários: São glândulas responsáveis pela ovulação periódica dos “óvulos”, de acordo 
com o ciclo menstrual feminino iniciado na puberdade, produzindo também os 
hormônios sexuais: estrógeno e progesterona. 
38
Referências Bibliográficas 
Ovário => http://www.auladeanatomia.com/genitais/ovario.htm 
Trompas de Falópio =>http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=116 
Útero e vagina => 
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=671#3 
Canais Deferentes e Uretra=> http://pt.slideshare.net/portaldaanatomia/sistema-genital- 
39 
masculino-14268246 
Vesículas seminais e Próstatas=> www.biomania.com 
www.manualmerck.net 
Epidídimos e Testículos => 7° Edição Fisiologia Humana – Stuart Ira Fox 
Escroto, Glândulas de Cowper, Pênis, Mama, Clitóris => BIBLIOGRAFIA:LIVRO 
HISTOLOGIA BÁSICA 
AUTOR: JUNQUEIRA E CARNEIRO 
(SISTEMA EDIÇÃO) 
LIVRO:FISIOLOGIA DO SEXO E CONTROLE DA NATALIDADE 
AUTOR : ROBERT J. DEMAREST 
JOHN J.SCIARRA,M.D,PH.D 
Lábios vaginais=> http://www.ehow.com.br/servem-labios-vaginais-info_36021/ 
Orifício Vaginal=>http://www.aego.es/anatomia_aparato_genital_femenino_mujer.asp 
Fatores Femininos=> http://infertilidade.com.br/feminino.html

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A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM

  • 1. INTRODUÇÃO Este trabalho está direcionado a compreensão do estudo da anatomia e fisiologia do aparelho genital masculino e aparelho genital feminino. Conceitos gerais: Aparelho genital masculino: constitui o conjunto de órgãos responsáveis pela produção dos gametas masculinos (espermatozoide)e pela capacidade de estes gametas chegarem aos órgãos genitais internos femininos. Constituído por: testículo, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório, pênis, uretra e formações acessórias. (vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais). O pênis (incluindo a uretra )e o saco escrotal (incluindo os testículos )constituem a genitália externa. Aparelho genital feminino: constituído por dois ovários, duas tubas uterinas ,o útero, a vagina, a genitália externa e as glândulas mamarias, que embora sejam apenas glândulas cutâneas e não órgão genitais ,estão ligadas intimamente ligadas ao aparelho reprodutor feminino. Na fase da compreendida entre a menarca e a menopausa, os órgãos genitais femininos sofrem modificações cíclicas controladas por mecanismos neuro-hormonais. Menarca é a ocorrência da 1° menstruação, enquanto a menopausa corresponde a o período de tempo (muitas vezes variável )no qual há o fim das menstruações. A mulher entra no período denominado climatério, no qual o aparelho reprodutor sofre lente involução. 1
  • 2. 2 A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES FEMININO E MASCULINO A reprodução só é possível quando os orgãos genitais internos atingem a maturidade ou seja, quando se desenvolvem os caracteres sexuais primários. A maturidade só se revela através da produção de gâmetas (células sexuais) nas gónadas ou orgãos sexuais: os testículos e os ovários. Apesar de ser nas gónadas que são formados os gâmetas, é de salientar também a importância dos outros orgãos do sistema genital. São eles que condicionam o transporte das células sexuais e a manutenção de condições para a sua sobrevivência, permitindo o encontro dos gâmetas e a fecundação. Observa atentamente o Sistema Reprodutor Feminino (fig. 1) e o Sistema Reprodutor Masculino (fig. 2) nas figuras que se seguem. FIGURA 1 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
  • 3. 3 FIGURA 2 - SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO GÓNADAS OVÁRIOS São dois órgãos em forma de amêndoa localizados na cavidade abdominal. Neles originam-se os óvulos – gâmetas -, células reprodutoras femininas. São também órgãos glandulares produtores de hormonas. TESTÍCULOS São dois órgãos ovóides no exterior da cavidade abdominal, numa bolsa designada por escroto ou bolsa escrotal. Produzem os espermatozóides - gâmetas masculinos- e hormonas. TROMPAS DE FALÓPIO São duas, podendo-se designar por ovidutos. Iniciam-se por uma zona em forma de funil f ranjado, o pavilhão da trompa, abrindo no fundo do útero. São canais que estabelecem a comunicação ovário - útero. EPIDÍDIMOS São duas estruturas que recobrem parcialmente os testículos, que têm a função de armazenar e amadurecer os espermatozóides.
  • 4. VIAS GENITAIS 4 ÚTERO Órgão muscular em forma de pêra, cuja parede se prepara todos os meses para receber o ovo, ocorrendo uma gravidez. A zona inferior designa-se por colo uterino e corresponde ao local onde o esperma é depositado pelo pénis. CANAIS DEFERENTES São dois canais com cerca de 40cm de comprimento, continuando os epidídimos. Cada um deles penetra no abdómen, atravessa a próstata e abre, f inalmente, na uretra. Conduzem os espermatozóides. VAGINA Canal f lexível que se insere no colo uterino e abre para o exterior, a nível da vulva, que tem a função de estabelecer a relação sexual. URETRA Canal que se inicia na bexiga e percorre o pénis, abrindo na extremidade deste. Permite a condução da urina e do esperma para o exterior. VESÍCULAS SEMINAIS Duas glândulas que segregam um líquido constituinte de cerca de 60% do esperma. GLÂNDULAS ANEXAS PRÓSTATA Glândula cujos canais excretores abrem na uretra. Elabora o líquido esbranquiçado e açucarado constituinte do esperma e que é expulso na ejaculação. GLÂNDULAS DE COWPER Duas glândulas do tamanho de ervilhas que comunicam com a uretra. Têm a função de lançar um líquido, antes da cada ejaculação, que vai eliminando os vestígios de urina ao longo da uretra. ORGÃOS LÁBIOS São pregas cutâneas. Os extremos são os grandes lábios e os mais internos os pequenos lábios. PÉNIS Órgão externo atravessado pela uretra por onde é expelido o esperma e a urina. O pénis é o orgão que estabelece a relação sexual. GENITAIS CLÍTORIS Pequeno orgão de grande sensibilidade. EXTERNOS ORIFÍCIO GENITAL Orif ício que corresponde à abertura da vagina. ESCROTO Bolsa onde estão contidos os testículos.
  • 5. 5 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO OVÁRIOS O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura. Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta. Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e outra para baixo. Comparada a amêdoa uma borda seria anterior e outra posterior, o condiciona para que uma face seja lateral e outra medial. A borda medial prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é denominada de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é conhecida por borda livre. A borda mesóvarica representa o hilo do ovário porquanto é por ele que entram e saem os vasos ováricos. A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina. O ovário está preso ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos, cujo conjunto pode ser grosseiramente comparado aos cabos dos bondes aéreos, sendo o bonde, o ovário; o segmento do cabo que liga à parede pelvina é denominado ligamento suspensor do ovário e a porção do cabo que vai ter ao útero é o ligamento do ovário. O ligamento suspensor do ovário estende-se da fáscia do músculo psoas maior à extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio do ovário vai de sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da tuba uterina. E percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia ovárica irrigam esse órgão. Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de
  • 6. 6 progesterona e pouco estrógeno. Esses hormônios transformam a “menina” em “mulher”. TROMPAS DE FALÓPIO Tubas Uterinas Tuba uterina é um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo latero-superior do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do tubo. Esse tubo é irregular quanto ao calibre, apresentando aproximadamente 10cm de comprimento. Ele vai se dilatando á medida que se afasta do útero, abrindo-se distalmente por um verdadeiro funil de borda franjada. A tuba uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo. A parte uterina é a porção intramural, isto é, constitui o segmento do tubo que se situa na parede do útero. No início desta porção da tuba, encontramos um orifício denominado óstio uterino da tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. A istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a dilatação que se segue ao istmo. A ampola é considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que pode ser comparado a um funil cuja boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas. Essas franjas têm o nome de fímbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser mais longa denominada fimbria ovárica. O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritoneo por intermédio de um forame conhecido por óstio abdominal da tuba uterina. A parte horizontal seria representada pelo istmo e a vertical pela ampola e infundíbulo. Comumente o infundíbulo se ajusta sobre o ovário, e as fimbrias poderiam ser comparadas grosseiramente aos dedos de uma mão que segurasse por cima, uma laranja.
  • 7. Estruturalmente a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de tecidos que são, da periferia para a profundidade, a túnica serosa, tela subserosa, túnica muscular e túnica mucosa. A túnica muscular, representada por fibras musculares lisas, permite movimentos peristálticos à tuba, auxiliando a migração do óvulo em direção ao útero. A túnica mucosa é formada por células ciliadas e apresenta numerosas pregas paralelas longitudinais, denominadas pregas tubais. A tuba possui duas funções: 7 Transportar o óvulo do ovário ao útero; Local onde ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. Divisões da Tuba Uterina
  • 8. ÚTERO O útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pera invertida, achatada no sentido antero-posterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pelvina.O útero está situado entre a bexiga urinaria, que esta para frente, e o reto, que esta para trás. Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento denominado istmo do útero. A parte superior ao istmo recebe o nome de corpo do útero e a inferior constitui a cérvix (colo. A extremidade superior do corpo do útero, ou seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas, tem o nome de fundo do útero. A cérvix do útero, é subdividida em duas porções por um plano transversal que passa pela sua parte media, que são as porções supravaginal e vaginal. Esse plano transversal é representado pela inserção do fórnix da vagina, em torno da parte media da cérvix.Com isso, a porção supravaginal da cérvix está dentro da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritoneu, formando um bloco comum, para cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix representando um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no interior da vagina, ocupando o centro do seu fórnix. No centro da extremidade inferior da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero. Sendo achatado no sentido antero-posterior, o útero apresenta uma face anterior que é denominada face vesical e outra posterior que é a face intestinal. A face vesical é mais plana e a face intestinal e mais convexa. As uniões laterais das duas faces, constituem as bordas do útero. Na extremidade superior de cada borda implanta-se uma tuba uterina correspondente. Entre uma tuba e a outra se situa o fundo do útero, cuja margem superior denomina-se borda superior. O útero sendo um órgão oco, apresenta uma cavidade que é triangular de base superior, ao nível do corpo, e fusiforme no interior da cérvix, recebendo esta ultima parte de canal da cérvix. Nos ângulos superiores da cavidade do útero, situam-se os óstios uterinos das tubas uterina correspondentes. O óstio do útero, situa-se na porção vaginal da cérvix, estabelece a comunicação entre o interior do útero e o interior da vagina. As paredes do útero são constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a profundidade, são as túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou miométrio e túnica mucosa ou endométrio. O perimétrio é representado pelo peritoneu visceral que recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais do mesmo, os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos largos do útero. A tela subserosa é representada por uma fina camada de tecido conjuntivo quer se interpõem entre a túnica serosa e a túnica muscular. O miométrio é formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem, da periferia para a profundidade, em 3 planos: longitudinal, plexiforme e circular. O endométrio forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se apresenta lisa, ao passo que na cérvix é muito pregueada, cujas pregas lembram as folhas de palma e por isso são chamadas de pregas espalmadas. O endométrio papel muito importante por ocasião da gravidez. O útero é mantido em sua posição por três ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero- 8
  • 9. sacral. Posições do útero: O útero é um órgão oco situado no centro da pélvis, por trás da bexiga e à frente do reto. Tem a forma de uma pera invertida, com cerca de 7 a 8 cm de comprimento, entre 3 a 4 cm de diâmetro na sua parte mais larga e um peso um pouco inferior a 100 g, embora as suas dimensões se alterem significativamente durante a gravidez, ao longo da qual o útero aumenta milhares de vezes e alcança um peso superior a 1 kg. O útero é constituído por duas porções: o corpo, que corresponde à parte superior, e o colo, que equivale à porção inferior e se encontra ligado à vagina. O corpo do útero, que representa 75% da parte superior do órgão, tem uma forma cónica e plana e septos muito espessos, sendo igualmente constituído por uma cavidade que irá acolher o eventual fruto da gestação. Esta cavidade uterina tem uma forma triangular, em que os dois vértices que se encontram na parte superior, denominada fundo do útero, correspondem à saída das trompas de Falópio, enquanto que o vértice inferior corresponde a um orifício que liga a cavidade uterina ao colo. O colo do útero, ou cérvix, que corresponde aos restantes 25% do órgão, é muito mais estreito, de forma cilíndrica, apresenta uma proeminência, cuja parte superior acolhe uma porção denominada focinho de tenca, e está atravessado longitudinalmente por um canal, o canal cervical, diretamente ligado à vagina e, consequentemente, ao exterior. Os septos do útero são constituídos por várias camadas. O interior da cavidade uterina encontra-se revestido por uma camada mucosa de tecido epitelial, composta por inúmeras glândulas, denominada endométrio, cujas características se alteram sob a influência hormonal, na medida em que cresce e vasculariza-se ao longo do ciclo menstrual, de modo a preparar-se para o eventual acolhimento de um óvulo fecundado. Caso não exista qualquer óvulo fecundado, o endométrio acaba por se desunir e ser eliminado para o exterior, originando a menstruação. Por baixo do endométrio, existe uma espessa camada de tecido muscular, denominada miométrio, que constitui a maior parte da espessura do órgão. Trata-se de um tecido muscular liso, disposto em várias camadas, cujas contrações involuntárias são fundamentais 9
  • 10. para o trabalho de parto. No exterior do miométrio existe uma fina camada de tecido conjuntivo que se encontra revestida ao longo da maioria do órgão pelo peritoneu, a membrana que reveste os órgãos abdominais: na frente, o peritoneu dobra-se, antes de chegar ao colo uterino, de modo a revestir a bexiga, enquanto que por trás reveste o colo uterino antes de se dobrar várias vezes, com o objetivo de revestir o reto, proporcionando a formação de uma cavidade denominada fundo de saco de Douglas. Embora o útero se encontre virado para a frente, na maior parte das mulheres, por vezes, pode estar inclinado para trás. Existem várias estruturas que garantem a manutenção do órgão na sua posição, nomeadamente os ligamentos largos, situados nas partes laterais, que correspondem a estreitas pregas do peritoneu, onde também se incluem as trompas de Falópio e os ligamentos ováricos, até alcançarem os septos laterais da pélvis. 10
  • 11. VAGINA A parede vaginal consiste em três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O epitélio da mucosa vaginal de uma mulher adulta é pavimentoso estratificado e tem uma espessura de 150-200 μm. Suas células podem conter pequena quantidade de queratoialina, porém não ocorre queratinização intensa com transformação das células em placas de queratina, como nos típicos epitélios queratinizados. Quando submetido à estímulo de estrogenio, o epitélio vaginal produz e acumula uma grande quantidade de glicogênio, que é depositado no lúmen vaginal quando as células do epitélio desse órgão descamam. Bacterias presentes na vagina metabolizam o glicogênio e produzem ácido láctico, responsável pelo pH vaginal, que é normalmente baixo. O ambiente ácido confere ação protetora contra alguns microrganismos patogênicos. A parte interna da vagina estende-se até à porção inicial do útero (colo), região denominada de fornixis da vagina. Todo esse conjunto é denominado canal vaginal. O canal vaginal apresenta duas partes de origens embriológicas diferentes, pois a origem do canal vaginal é promovida quando o útero se encontra próximo ao epitélio que formara o vestíbulo e começa a migrar para a sua posição final, o tecido epitelial é puxado, assim como o tecido do útero, formando assim o canal vaginal com sua porção superior formada por tecido proveniente do útero e a porção inferior do tecido epitelial; o hímen é formado com o estiramento do tecido epitelial de onde o útero estava próximo, promovendo assim um afinamento desta superfície. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. 11
  • 12. Tipos de Hímem LÁBIOS VAGINAIS Os lábios têm um importante papel no sistema reprodutivo feminino Os lábios vaginais são dobras de pele que formam a vulva, a genitália externa feminina. Do latim "labia", os lábios apresentam três partes: lábios maiores, lábios menores e a comissura labial. Os lábios maiores são os mais espessos e mais externos. Os lábios menores são mais finos e menores, localizados mais interiormente em relação aos maiores nos contornos da abertura da vagina. As comissuras labiais anterior e posterior marcam os cantos em que os dois conjuntos de lábios se encontram. Os lábios, como um todo, têm diversas funções importantes no corpo feminino. Pequenos lábios. pequenos lábios estão entre os grandes lábios, que se fundem com a parte traseira, e são separados em duas dobras na abordagem do clitóris à frente. Dobras anteriores se juntam para formar o prepúcio ou capuz do clitóris. Dobras subsequentes forma o 12
  • 13. freio do clitóris no sítio que está inserida com a sua superfície inferior. Os pequenos lábios são cobertos por pele que recobre sem cabelo fibroelástico estroma rico em elementos nervosos e vasculares. A área é na parte de trás dos lábios menores é o vestíbulo da vagina. Barreira externa Os lábios maiores protegem os órgãos internos do sistema reprodutivo feminino prevenindo que a vagina seja exposta. Sua proteção espessa e grossa envolve as delicadas membranas internas e a abertura da vagina. A função original dos pelos pubianos que cobrem os lábios externos remonta da pré-história, época em que não se usava vestimenta. Esses pelos agiam como uma armadilha contra corpos estranhos, como insetos. Da mesma forma, os lábios menores agem como uma barreira protetora para o trato urinário. Proteção contra bactérias Os lábios protegem a vulva de ataques bacterianos. As glândulas no interior dos lábios menores produzem secreções ricas em substâncias antibacterianas. Dessa forma, os lábios também se protegem contra infecções. Lubrificação As glândulas dos lábios menores também facilitam uma relação sexual bem-sucedida. Quando suas membranas internas são estimuladas por toque ou por pressão, as glândulas produzem secreções. A lubrificação resultante mantém os lábios e a vagina umedecidos, ajudando na penetração. Prazer sexual A função dos lábios durante a relação sexual não é puramente prática. Eles também ajudam as mulheres a usufruir do sexo. As finas membranas do lábio maior são cheias de vasos sanguíneos e de nervos que se incham ao serem estimulados. Isso torna os lábios internos incrivelmente sensíveis e receptivos. Da maneira correta e com a estimulação adequada, os lábios produzirão sensações de prazer, contribuindo para uma relação sexual bem-sucedida por aumentar a receptividade da mulher. 13
  • 14. Clitóris O clitóris é uma estrutura complexa que inclui componentes internos e externos. Visível aos olhos está o capuz clitorial (prepúcio), que cobre totalmente ou em parte a cabeça (glande clitoridiana) quando este está em repouso, coluna e bordas internas (pequenos lábios). Dentro do corpo estão os crus clitoris (crura) que são constituídos por dois corpos cavernosos que se unem formando o corpo do clitóris, a uretra esponjosa, bulbo clitoridiano (anteriormente designada por vestíbulo bulbar) e períneo esponjosa, de uma rede de nervos e vasos sanguíneos, ligamentos suspensivos, músculo e diafragma pélvico. O clitóris estende-se desde a frente da junção dos pilares (crura) das bordas dos lábios externo (grandes lábios), que se reúnem na base do monte púbico ao frenulum labiorum pudendi, junção posterior dos pequenos lábios. Nos seres humanos, a região da coluna, após a glande clitorial, estende-se vários centímetros para cima e em direção à parte traseira, em frente da divisão da crus do clitóris, que tem forma de um "V" invertido, esta crus estende-se ao redor e no interior dos grandes lábios. Orifício vaginal. Orifício vaginal é cercado pelo hímen, variável semilunar dobra mucosa é substituída por barbilhões arredondados depois de quebrar. Em cada lado da entrada da conduta de abertura maiores glândulas vestibulares (Bartholin) está localizado. Há também inúmeras glândulas vestibulares menores que estão espalhadas volta entre a uretra e orifícios vaginal. 14
  • 16. As mamas estão localizadas na região anterior do tórax sobre o músculo peitoral, entre o esterno e a borda axilar. Cada mama é conjunto de 15 a 25 glândulas exocrínicas do tipo tubuloalveolar composto, que tem por sua função secretar leite para nutrir os recém-nascidos. A mama é dividida em 15 a 25 lobos por tecido conjuntivo denso e ediposo. Embora o conjunto de lobos seja chamado frequentemente de glândulas mamarias, cada lobo é de fato uma glândula mamaria, com sua parte secretora e do seu ducto excretor próprio. Esses ductos excretores, chamados galactóforos, abrem-se independentemente na papila mamaria, a qual mostra de 15 a 25 orificios, cada um com cerca de 0,5 mm de diamentro. O tecido conjuntivo penetra em cada lobo, dividindo-o em lóbulos e envolvendo cada unidade secretora. A estrutura histológica das glândulas mamarias varia de acordo com o sexo , a idade é condição fisiológica do organismo. Na mulher adulta , as glândulas mamarias são constituídas pelos ductos galactóforos e pó porções secretoras tubuloalvelolares, próximo á abertura da papila os ductos galactóforos dilatam-se , formando seios galactóforos. Os ductos galactóforos são revestidos por epitélio estratificado pavimentoso, próximo ao seu orifício externo. A medida que o ductor se aproxima da mama, seu epitélio se torna cada vez mais fino, com menor numero de camadas de células, até apresenta duas camadas de células cilíndricas , mais próximo ás unidades secretoras, o epitélio do ductor se torna cúbico simples, na parede do ductor existem células musculares lisas. A parte secretora das glândulas mamarias é contituida por tubos de epitélio cúbico simples, os quais terminam por porções dilatadas, os alvéolos , a luz dos túbulos e alvéolos é muito pequena e alguns desses elementos são compactos, sem luz. A células secretoras tem microvilos nas superfícies livres. Os elementos epiteliais das glândulas mamarias são sustentados pelo tecido conjuntivo frouxo interlobular. Estruturas externas: pele, aréola e papila mamaria. Estruturas internas: ligamentos suspensores da mama, tecido adiposo, tecido glandular, abertura dos ductos lactíferos, estroma de tecido conjuntivo, lobos, ampola. 16
  • 17. Fatores femininos Fator ovulatório A anovulação é definida como a condição na qual o desenvolvimento e a ruptura folicular estão alterados e, portanto, o oócito não é liberado do folículo. A principal causa de dificuldade de ovulação é a Síndrome dos Ovários Policísticos. Outras causas importantes são: doenças da glândula tireoide e aumento da produção da prolactina. A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente e, por isso, podem apresentar intervalos longos entre os ciclos menstruais, podendo ficar até meses sem menstruar. Trata-se de um distúrbio que geralmente se inicia na puberdade e é progressivo, causando um desequilíbrio hormonal. O problema é que isso faz com que o organismo passe a produzir alguns hormônios em maior quantidade, e outros em menor quantidade, aumentando a possibilidade do aparecimento de cistos no ovário e interferindo no processo de ovulação. Em mulheres com SOP os níveis de hormônios androgênios (como a testosterona) podem ser produzidos em excesso nos ovários e dificultar a ovulação, prejudicando o processo de engravidar, seja natural ou artificialmente. Diversos procedimentos da Reprodução Assistida podem auxiliar mulheres com ovários policísticos a engravidar, mas a utilização de uma técnica especifica ajuda a melhorar os resultados. Essa alteração menstrual geralmente ocorre desde a menarca (1ª menstruação) e pode estar associadas ao aumento de pêlos pelo corpo, alterações da menstruação, e também ao excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). Associado à presença destes achados clínicos, o diagnóstico é feito através de dosagens hormonais e avaliação ultrassonográfica dos ovários, que geralmente apresentam microcistos, o que deu origem ao nome da síndrome. Fator tubário A doença tubária é uma das principais causas de infertilidade feminina. As moléstias inflamatórias pélvicas, principalmente as causadas por Chlamydia e Gonococo, são, sem dúvida, uma das causas mais comuns de distorção e perda de função das tubas uterinas, além de outras causas inflamatórias, como a endometriose. O fator tubário não está associado somente à obstrução das trompas, mas outros fatores também podem influir no processo. De modo geral temos as obstruções, as aderências e fatores externos. Em todos eles ocorre um processo inflamatório que danifica a tuba uterina. Histerossalpingografia O principal exame realizado para a investigação do casal infértil é a histerossalpingografia. O exame nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino. A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas uterinas e, através desta análise, avaliar a sua função reprodutiva. Outras patologias, tais como alterações morfológicas congênitas do útero, sinéquias uterinas (aderências dentro da cavidade uterina) e tumorações intrauterinas, são prontamente diagnosticadas durante a realização do exame. 17
  • 18. Deve ser realizada em uma fase específica do ciclo menstrual, antes da ovulação e logo após o término da menstruação, ou seja, entre os dias 6 e 12 do ciclo menstrual. Além das mulheres com dificuldade para engravidar o exame pode ser solicitado em casos de abortos de repetição, doença inflamatória pélvica crônica e miomatose. Outros procedimentos como a laparoscopia (cirurgia) ou a histeroscopia (exame do interior do útero com uma minicâmera) podem avaliar as trompas e/ou a cavidade uterina, mas são procedimentos mais invasivos e só são realizados quando há outras indicações específicas. Útero bicorno Alteração tubária Fator Uterino Qualquer doença que leva à alteração ou à deformação da cavidade uterina (onde está localizado o tecido endometrial) pode causar dificuldade de implantação embrionária. Assim, miomas que, por seu tamanho e/ou localização, deformam a cavidade endometrial são causas uterinas importantes de infertilidade. Podemos dizer o mesmo sobre os pólipos endometriais (pequenos tumores do endométrio). Outras situações menos comuns são aquelas em que há formação de ‘cicatrizes’ na cavidade uterina (sinéquias) após curetagem ou após algumas infecções, além das situações em que há deformidade congênita da cavidade endometrial (septo uterino, útero bicorno, útero didelfo). Endometriose A endometriose é caracterizada pela presença, fora do útero, de fragmentos do tecido que, normalmente, revestem o interior do útero. Este tecido é denominado endométrio e no caso da endometriose ele encontra-se fora do seu local habitual, podendo afetar 18
  • 19. mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as tubas uterinas, dentre outros. O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e local onde o óvulo, depois de fertilizado, se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo. A doença é frequente em mulheres na idade reprodutiva e acomete cerca de 10% da população feminina. Atualmente cerca de 40% das pacientes que chegam até as clinicas de reprodução assistida sofrem de endometriose. A fertilidade feminina pode ser afetada pela endometriose de diversas formas, dentre elas: - Obstrução das trompas ocorrida diretamente pelas lesões de endometriose; - Alteração nas tubas uterinas, podendo se tornar impérvias e sem mobilidade; - Formação de cistos nos ovários que alteram a capacidade ovulatória; - Alteração na ovulação: dificuldade de produção de ovular e perda de qualidade dos óvulos; - Interferência com a fertilização: dificuldade de penetração dos espermatozoides nos óvulos; - Liberação de substâncias inflamatórias na pelve que podem alterar a qualidade do óvulo, do embrião e o desenvolvimento da gestação aumentando a taxa de abortamento. A dor é o principal sintoma da doença, porém de 20% a 25% das mulheres não apresentam nenhum sintoma. Quando os sintomas aparecem geralmente são: cólica menstrual intensa, dor durante as relações sexuais, dor abdominal antes ou durante a menstruação, dor e sangramento intestinal e urinário durante a menstruação. Muito provavelmente há uma predisposição genética para aparecimento da doença, pois é mais comum entre mulheres que têm parentesco com pessoas que têm a endometriose. Possivelmente, porém, há algum fator ambiental responsável pelo surgimento da patologia em pessoas que já têm alguma predisposição. Refluxo do sangramento menstrual pelas tubas uterinas, transformação de determinadas células do peritônio em células de endométrio devido a alguma agressão, e mau posicionamento de algumas células endometriais no embrião, enquanto a mulher ainda está na barriga da mãe, são algumas das teorias, entretanto, nenhuma consegue responder completamente a todos os aspectos do surgimento da endometriose. Os hormônios produzidos durante a ovulação também fazem proliferar os fragmentos de endométrio que estão fora do útero. Por isso, a endometriose é uma doença que afeta as mulheres em idade reprodutiva, produzindo uma inflamação crônica, que libera substâncias que podem causar cólica menstrual, dores pélvicas fora do período menstrual e até dificuldade para engravidar. Para diagnosticar esta doença, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: ultrassom com preparo intestinal, laparoscopia, ressonância magnética e um exame de sangue chamado CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização da biópsia. A escolha do melhor tratamento dependerá do perfil de cada mulher. As alternativas hoje vão, desde tratamentos hormonais, como os anticoncepcionais, passando por cirurgias para a retirada das lesões, até tratamentos de reprodução assistida, como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento. Esta escolha deve ser individualizada, pois cada um dos tratamentos apresenta vantagens e desvantagens que devem ser avaliadas de acordo com os sintomas, com a quantidade de endometriose e com os anseios e desejos de cada pessoa. 19
  • 20. É fundamental procurar um médico ginecologista sempre que sentir anormalidades no ciclo menstrual, realizando anualmente os exames e acompanhando a saúde reprodutiva. Se a doença for diagnosticada, é importante iniciar o tratamento adequado, pois a endometriose está entre as causas mais comuns da infertilidade, mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado. 20
  • 21. 21 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Testículos O órgão do sistema reprodutor (gônadas embrionárias) podem se tornar testículos ou ovários. Um gene específico no cromossomo Y leva a gônadas embrionárias, a se transformar em testículo, com a liberação de testosterona leva o desenvolvimento da genitália externa dos órgãos sexual masculino. As células germinativas ou gametas (espermatozoide e óvulo) são formados no interior das gônadas (testículos e ovários) por um processo de divisão de redução ou meiose. O numero de cromossomos das células humana 46 reduzidos à metade cada gameta recebe 23 cromossomos. A fusão do espermatozoide e o óvulo no ato de fertilização resultam no numero original 46, cromossomos no zigoto, quando o homem chega à puberdade , o espermatozoide maduro são formados através da meiose nas gônadas assim o ciclo de vida continua. Determinação do sexo Cada zigoto ganha 23 cromossomos da mãe e 23 do pai, não produz 46 cromossomos diferentes, mas 23 cromossomos homólogos. Os 22 pares de cromossomos são chamados de cromossomos autossômicos cada célula que contém 46 cromossomos possui dois cromossomos numero 1 dois cromossomos numero 2 até chegar ao numero 22. O vigésimo terceiro par e chamado de cromossomos sexuais, na mulher e formado por 2 cromossomos XX e no homem é dois cromossomos sendo XY tem
  • 22. aparência e genes diferentes, os óvulos recebem cromossomos aletoriamente, as células corporais da mulher contem dois cromossomos X, mas só um fica ativo, os óvulos conterão um cromossomos X alguns espermatozoides possuem um cromossomos X e outros possuem um cromossomos Y, o sexo cromossômico do zigoto é determinado pelo espermatozoide que fertiliza o óvulo, quando o espermatozoide y fertiliza o ovulo o zigoto será XY sexo masculino, quando o espermatozoide com cromossomos X fertiliza o óvulo o zigoto será XX sexo feminino. Formação do testículo Após a fecundação as gônadas masculina e feminina são iguais, durante o processo a células que darão origem aos espermatozoides migram do saco vitelino para as gônadas embrionárias, as estruturas embrionárias tem potencial de se torna testículo ou ovários, a substância hipotética para a conversão em testículo foi chamada de fator denominador dos testículos (FDT) embora que há muito tempo o sexo masculino e determinado pela presença de um cromossomo y, o gene que determina ser testículo fica localizado no braço curto do cromossomo Y, quem produz os espermatozoide no interior do testículo e os túbulos seminíferos aparece precocemente entre há 43° 50° dias após a fecundação. As células Leydig aparecem 65° dia e se aglomera no tecido intersticial que fica entorno dos túbulos seminíferos. E essa célula constitui o tecido endócrino do testículo e libera grande quantidade de hormônio sexual masculino o principal androgênio liberado pro essa célula e a testosterona na oitava semana durante o desenvolvimento embrionário masculino a liberação de testosterona tem a função de masculinizar o embrião, Conforme o testículo e desenvolve ele migra para o interior da cavidade abdominal gradativamente desce para o interior do escroto em alguns casos desce apenas após o nascimento. Funções Endócrinas dos testículos A testosterona e o principal androgênio liberado pelo testículo adulto, os hormônio e seus derivados (os androgênios 5a-reduzidos) são responsáveis pelo desencadeamento e a manutenção das alterações corporais na puberdade, o androgênio estimula o crescimento dos musculo e de outra estrutura, o aumento na liberação de testosterona é necessário para crescimento dos órgãos sexuais e os acessórios, estimula o crescimento da laringe onde a voz torna se mais grave promove a síntese de hemoglobina onde a concentração e maior no sexo masculino e no crescimento ósseo. 22
  • 23. Epidídimos Sua estrutura é espiralada quando se estica pode chegar até 5 metros, que recebe os produtos tubulares. Os espermatozoides entram na cabeça do epidídimo eles não são moveis, e é drenado de sua cauda por um único tubo, o ducto deferente. Os espermatozoides não são moveis isso se deve ao PH baixo do líquido do epidídimo e o ducto deferente, líquido produzido pela secreção de H+ através do transporte ativo das bombas de ATPase, durante a passagem pelo epidídimo os espermatozoides sofrem alterações pelo fato da maturação que os tornam mais resistente às alterações do pH e da temperatura. O pH fica neutro pelo líquido prostático alcalino durante a ejaculação, sendo assim o espermatozoide fica extremamente móvel e capazes de fertilizar um óvulo quando passa determinado tempo no órgão genital feminino. Os espermatozoides obtidos dos túbulos seminíferos não tem capacidade de fertilizar um óvulo. Os epidídimos servem como um local de maturação e armazenamento de espermatozoides entre ejaculações. O ducto deferente transporta os espermatozoides dos epidídimos do escroto para o interior da cavidade pélvica. 23
  • 24. Canais Deferentes É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozoides até o ducto ejaculatório. Considerando-se que os testículos estão localizados externamente à parede da pelve e que o ducto ejaculador encontra-se 24 dentro da cavidade pélvica, torna se necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a passagem do ducto deferente. A esta passagem dá-se o nome de canal inguinal, situado na porção mais inferior da parede abdominal, de trajeto oblíquo e com 3 a 5 cm de comprimento. Pelo canal inguinal passam também as demais estruturas relacionadas com os testículos, como artérias, veias, linfáticos e nervos. Ao conjunto destas estruturas que passam pelo canal inguinal, incluindo-se o ducto deferente, dá-se o nome de funículo espermático. O canal é uma área potencialmente franca no sexo masculino, podendo ai ocorrer as hérnias inguinais. O ducto deferente tem cerca de 30 cm de comprimento e pode ser palpado como um cordão duro, antes de penetrar no canal inguinal. Uretra A uretra masculina é um canal comum para a micção e para ejaculação, com cerca de 20 cm de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga, e atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na extremidade deste órgão pelo óstio externo da uretra. Reconhecem-se três partes na uretra masculina: parte prostática, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atravessa o assoalho da pelve e parte esponjosa, localizada no corpo esponjoso do pênis. A parte prostática apresenta uma pequena saliência – o colículo seminal, de cada lado do qual
  • 25. desemboca os ductos ejaculatórios. Na parte esponjosa adjacente ao óstio externo da uretra, há uma porção dilatada conhecida como fossa navicular da uretra. Vesículas Seminais São estruturas saculiformes alongadas e contorcidas, que medem aproximadamente 5cm de comprimento e localizam-se entre a face posterior da bexiga e do reto. O produto de secreção da glândula é amarelado, ligeiramente alcalino, viscoso e rico em frutose responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorreia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios). 25
  • 26. Próstata Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. É a maior das glândulas acessórias, circunda a porção inicial da uretra. O seu componente glandular consiste em 30 a 50 glândulas túbulo alveolares. Os ductos provenientes de cada uma dessas glândulas convergem para formar ductos terminais que se abrem diretamente na porção prostática da uretra. A próstata secreta um líquido ligeiramente ácido (pH 6,5) e incolor, rico em ácido cítrico e fosfatase ácida. Contém também enzimas proteolíticas que liquefazem o sêmen. GLÂNDULAS DE COWPER Denominadas também por glândulas bulbouretrais são minúsculas, do tamanho de uma ervilha estão localizadas em ambos os lados da uretra membranosa e são formadas em pares. Estruturas: São glândulas tulbusoalveolares com células do tipo mucosas, apresentam músculos esquelético e liso nos septos que separam os seus lóbulos. Função: Sua secreção tem aspecto mucoso que facilita o transporte dos espermatozoides. 26
  • 27. PÊNIS Orgão masculino relativamente curto que impulsionado pela ereção se torna uma estrutura maior denominada ereta. Localizado na região superficial do períneo, em seu estado ereto o pênis pode penetrar a vagina e expelir os espermatozoides profundamente dentro do aparelho reprodutivo feminino. A ereção do pênis é controlada pelos impulsos nervosos da medula espinal. Esses impulsos dilatam as artérias no pênis, permitindo que o tecido erétil situado no dorso do órgão se encha com sangue. Enquanto as artérias se enchem de sangue, as veias do pênis são comprimidas aumentando a pressão do tecido erétil e fazendo com que o órgão fique firme e erétil. Enquanto o pênis está ereto, ocorre a segunda atividade necessária para a entrega dos espermatozoides (a descarga do sêmen contendo espermatozoide pela uretra peniana). São dois processos que ocorrem sob o controle do sistema nervoso do homem: a emissão e a ejaculação. Estrutura: É constituído essencialmente por três massas cilíndricas de tecido eréctil, mais a uretra, envoltas externamente por pele. Delas, duas são colocadas dorsalmente e recebem o nome de corpos cavernosos do pênis. A outra, ventral, chama-se corpo cavernoso da uretra e envolve a uretra peniana em todo o trajeto; na sua porção terminal, dilata-se formando a glande. Os três corpos cavernosos encontram-se envoltos por uma resistente membrana de tecido conjuntivo denso, a túnica albrigínea do pênis. Essa membrana forma um septo que penetra entre os dois corpos cavernosos do mesmo. O septo não é continuo, 27
  • 28. apresentando interrupções; há portanto, comunicações entre as duas massas de tecido que formam esses corpos. Os corpos cavernosos do pênis e da uretra são formados por um emaranhado de vasos sanguíneos dilatados, revestidos por endotélio. O prepúcio é uma prega retrátil da pele do pênis contendo tecido conjuntivo, com musculo liso no seu interior. Observam-se, na sua bolsa interna e na pele que recobre o glande, pequenas glândulas sebáceas. Função: Através da contração dos músculos ao longo da base do pênis e da uretra é fornecida a força necessária para a descarga do sêmen, ou seja, a ejaculação. E antes que ocorra a ejaculação é necessário que os espermatozoides se locomovam ao longo dos canais deferentes e dos canais ejaculadores para dentro da uretra, esse processo é chamado de emissão. Sua função permite a passagem dos espermatozoides e expeli-os através da ejaculação. ESCROTO Estrutura: denominadas por bolsas escrotais são estruturas revestidas por pele e que contem abundante camada de músculo liso. Função: manter a temperatura dos testículos adequada para a produção dos espermatozoides. São bolsas de pele que em conjunto com o pênis, formam os órgãos reprodutores externamente visíveis. 28
  • 29. 29
  • 30. FATOR MASCULINO DE INFERTILIDADE CONJUGAL Uma vez que o fator masculino tem um grande percentual na gênese da infertilidade, é importante levarmos em conta a possibilidade de estarmos diante de infertilidade de causa masculina. Tradicionalmente, a infertilidade masculina é considerada uma condição de difícil tratamento, o que ocorre pelo fato dela não ser uma entidade única, mas refletir uma variedade de diferentes condições patológicas, dificultando uma estratégia única de tratamento. Mesmo com o avanço dos métodos diagnósticos, hoje em dia apenas 40% das causas de infertilidade podem ser reconhecidas, mas os avanços no diagnóstico genético como a pesquisa de microdeleções (falta de pequenas porções nos cromossomos) parecem apontar para uma diminuição no número de pacientes com diagnóstico etiológico indefinido. O fator masculino na infertilidade conjugal é expressivo (existem trabalhos que estimam em até 50% das causas de infertilidade) e, conseqüentemente, deve ser examinado com muita atenção por parte de todos os profissionais que desenvolvem suas atividades no campo da Reprodução Humana. Mas, não foi sempre assim. Mais por um processo cultural do que pela razão, o fator masculino foi ignorado por muito tempo. E as marcas desta negação repercutem, praticamente, até nossos dias. Mas, de qualquer forma, os erros do passado não justificam omissões no presente. E, por isso, é fundamental a pesquisa do fator masculino concomitante com o fator feminino, em qualquer casal que esteja enfrentando problemas para engravidar. Dentre as razões para esta conduta, ressaltam-se as seguintes: simplicidade e eficiência dessa atitude quando associada a exames bem dirigidos, ausência de invasividade e relação custo- beneficio apropriada. O sucesso da injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) - Um único esperma é injetado com uma micropipeta no interior do óvulo tem transformado a vida de pacientes com fator masculino severo. O otimismo gerado com este tratamento tem contrastado com a preocupação das possíveis implicações genéticas decorrentes da manipulação de gametas de pacientes com contagens espermáticas muito baixas ou anormais. Geralmente, a infertilidade masculina é descoberta após uma análise do esperma (cerca de 70% das vezes). A avaliação da história e do exame físico auxiliarão no diagnóstico. Na investigação do homem infértil, a história clínica bem obtida e o exame físico minucioso, especialmente na área genital, são recursos valiosos do processo investigativo. Uma história detalhada pode revelar alguma etiologia; no entanto, o mais comum é a história ser negativa. Cabe ao clínico avaliar: duração da infertilidade, a paternidade pregressa (filhos prévios desta ou de outras relações) anomalias congênitas, exposição a fatores de risco, traumas e doenças na infância, antecedência de doença febril prolongada, inicio e normalidade da puberdade, hábitos do paciente, cirurgias 30
  • 31. pregressas, história sexual, antecedentes infecciosos e doenças sistêmicas, a freqüência de relações do casal, a exposição a fatores ambientais, etc. Deve-se fazer, portanto, um inventário de toda a história genitourinária. É importante ter atenção para os problemas de sexualidade que podem interferir de maneira definitiva no processo de fertilidade. A disfunção sexual e a impotência são situações que podem vir mascaradas em uma consulta de infertilidade. Portanto é importante o médico ter a sensibilidade de não expor, ao coletar a história, um contra o outro, uma vez que existem pontos na vida do indivíduo que, por um motivo ou outro, não é de conhecimento do parceiro. O exame físico pode, eventualmente, ser indicativo de alguma anormalidade do homem. Devem ser examinados o testículo, a próstata, o pênis, além dos caracteres gerais. A avaliação diagnóstica está concentrada no espermograma, embora a análise de apenas uma amostra de espermograma não seja aconselhável, devido à grande variabilidade, tanto na avaliação quanto na produção espermática presente normalmente. Sendo assim, em espermogramas muito alterados, é aconselhável que um mínimo de dois sejam realizados para uma correta análise. A emissão de espermatozóides é extremamente variável ao longo do tempo. Por isso, muitas vezes, para uma adequada avaliação da espermatogênese (formação dos espermatozóides) é necessária a análise de mais de uma amostra, coletadas com intervalo de, aproximadamente, 90 dias. Para a coleta do sêmen, a melhor opção é a masturbação, e coleta em frasco estéril, fabricado com material não-tóxico aos espermatozóides, ou em frasco de vidro esterilizado. O período de abstinência sexual recomendado é de 48 a 72 horas, ou de acordo com o ritmo sexual do casal, no caso de suspeita de alterações decorrentes de intervalos muito curtos ou longos entre as relações. 31
  • 32. É importante que o local de coleta seja silencioso, limpo, com toalhas descartáveis, dotado de banheiro e de pia anexos. A primeira parte do ejaculado contem 85% dos espermatozóides ejaculados. Deve-se, portanto, tomar cuidado se houve perda da porção inicial. Em casos especiais, quando o paciente apresentar dificuldades de coleta no laboratório, pode-se autorizar a coleta a domicílio, desde que o material seja encaminhado ao laboratório em seguida após a ejaculação. O frasco deverá ser bem vedado, e mantido à temperatura ambiente, se possível junto ao corpo. Nos indivíduos com dificuldades ou impedimento da prática da masturbação, a coleta poderá ser feita através de relação sexual, usando-se preservativo especial de látex não- tóxico, devidamente fabricado para esse fim. O preservativo comum pode ser lesivo ao espermatozóide e alterar a análise qualitativa. Fatores que alteram a fertilidade masculina A questão da gonadotoxidade (toxicidade às gônadas: testículos e ovários) é um ponto de preocupação para todos aqueles que trabalham com infertilidade. Esta toxidade é determinada por qualquer agente químico, físico ou biológico que possa alterar o sistema endócrino ou a espermatogênese, causando modificações na fisiologia da reprodução. A interrupção do processo biológico normal pode ocorrer por ação direta do agente, ou forma indireta, por meio de seus metabólitos. Além desses, fatores como stress, idade e peso devem ser levados em conta: Trauma Testicular Os pacientes que não tiveram descida de um ou dois testículos até a bolsa escrotal antes do nascimento geralmente apresentam menor qualidade espermática, independente da realização cirúrgica precoce da correção. Outros fatores testiculares que podem determinar uma menor qualidade do ejaculado seriam dores testiculares fortes na infância relacionadas a episódios de torções testiculares, infecções, doenças venéreas ou uso de medicações. Situações que provocam febre, como infecções sistêmicas, podem alterar a espermatogênese temporariamente. Patologias Sistêmicas Várias são as causas de patologias sistêmicas que podem levar a uma alteração na qualidade espermática. Doenças infecciosas (caxumba, tuberculose, lepra e doenças sexualmente transmissíveis), doenças crônicas (diabete mélito, arteriosclerose, insuficiência renal, lupus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial sistêmica etc.), tumores como adenoma de hipófise, craniofaringiomas e outros. Pacientes com talassemia maior desenvolvem infertilidade pela deposição de ferro na hipófise e testículos. O diabete mélito pode determinar lesões neuropáticas, conduzindo à ejaculação retrógrada (em direção a bexiga ao invés da uretra). Substâncias Tóxicas Há um grande número de substâncias que são tóxicas à produção e função espermáticas. Vários tipos de medicamentos (alguns antibióticos, quimioterápicos, 32
  • 33. hormônios e esteróides anabolizantes), drogas (maconha, cocaína, álcool, cigarro, heroína, crack e etc.) Fatores ocupacionais e ambientais (calor, luz, radiação eletromagnéticas, etc.), agentes poluentes, industriais e do meio ambiente têm sido relacionados com alterações da fertilidade, assim como o stress. Com relação aos medicamentos e drogas ilícitas, deve-se estar atento para a identificação daqueles que, sabidamente, possuem efeito negativo sobre a espermatogênese. As doenças infecciosas causam obstruções parciais ou totais da via seminal e/ou alterações histológicas gonadais. Os estrógenos do meio ambiente (pesticidas e herbicidas) e da dieta (plantas, cereais, frutas, verduras, legumes e sementes oleaginosas) têm sido muito estudados, principalmente devido à maior incidência de malformações do trato genital nos últimos 50 anos e suspeitas da diminuição da contagem de espermatozóides. O aumento da temperatura testicular produz diminuição na qualidade e quantidade de espermatozóides e também disfunção do epidídimo, como se observa em exposição ocupacional ao calor (padeiros, confeiteiros, bombeiros, soldadores, etc.). O efeito da exposição prolongada a metais pesados (cádmio, mercúrio, boro) pode igualmente determinar alterações na espermatogênese, fibrose testicular e alterações hormonais. O tabagismo pode levar à diminuição da produção de espermatozóides e à piora da sua morfologia e motilidade. Vários pesticidas têm efeitos tóxicos sobre os testículos alterando a fertilidade e a função sexual. Gases anestésicos, como o óxido nitroso e o halotano, promovem diminuição da produção dos espermatozóides, bem como aberrações cromossômicas. Varicocele A varicocele (varizes nos testículos) é a condição clínica mais comumente encontrada, sendo responsável por 18% dos casos; no entanto, somente é considerada como causa de infertilidade quando associada a padrões espermáticos anormais, o que ocorre em cerca de 10% das vezes. São várias as teorias que tentam explicar as alterações testiculares e seminais decorrentes destas varizes, porem não está claro por que alguns indivíduos com varicocele são absolutamente férteis, nem porque 20 a 30% dos pacientes submetidos ao tratamento não apresentam qualquer melhora dos parâmetros seminais. Alterações Genéticas Em grande número de casos, a causa da infertilidade não é definida. Estudos têm demonstrado uma alta incidência de alterações estruturais e numéricas de cromossomos em homens inférteis em relação a homens férteis. A maior parte das alterações em cromossomos sexuais encontra-se em pacientes azoospérmicos (ausência de espermatozóides no ejaculado). Dez a 15% dos pacientes com azoospermia não-obstrutiva apresentam deleções em seu cromossomo Y (ausência de fragmentos no cromossomo Y). 33
  • 34. A ausência congênita de vasos deferentes (canais que comunicam o testículo com a uretra) e a fibrose cística são outras causas genéticas que interrompem o transporte dos espermatozóides até a uretra, sem interferir com a sua produção. Estes pacientes produzem espermatozóides, mas eles não são ejaculados. Outros Fatores Situações que impediriam a função dos espermatozóides, como os anticorpos, são encontradas em cerca de 5% dos homens; no entanto, o papel dos anticorpos anti-espermatozóides 34 permanece muito controverso. O stress provavelmente diminui a fertilidade, mas torna-se difícil saber como mensurar e definir seu grau de participação. Não está comprovado que a idade do homem, por si só, o predisponha a infertilidade (ao contrário da mulher), embora outras doenças que acompanham o envelhecimento possam predispô-lo à infertilidade, assim como parece haver uma diminuição no volume seminal e na concentração espermática ao longo dos anos. A desnutrição crônica provoca alterações hormonais e, juntamente com a deficiência protéica, interfere na fertilidade. O peso corporal em excesso e a distribuição de gordura parecem apresentar menores efeitos sobre o homem do que sobre a fertilidade feminina.
  • 35. Conclusão SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO O sistema reprodutor humano, também chamado de sistema genital, é formado por órgãos que constituem o aparelho genital masculino e feminino. A função primordial do aparelho reprodutor é perpetuar a espécie por meio de reprodução. O Sistema Reprodutor Masculino é o conjunto de órgãos encarregado da reprodução no homem, assim como o Sistema Reprodutor Feminino é o conjunto de órgãos encarregado da reprodução na mulher. O organismo feminino é mais complexo que o do homem, pelo fato de possuir mais um órgão e conseqüentemente mais uma função: o útero que abriga e propicia o desenvolvimento de uma nova vida, resultante da união dos gametas. Todo ser vivo tem um tempo limitado de vida: nasce, cresce, envelhece e morre. Várias espécies continuam povoando a Terra graças à capacidade de reprodução. Um ser é capaz de se reproduzir para gerar um descendente fértil, que por sua vez, também se reproduz, e a espécie se perpetua. Além disso, na espécie humana a reprodução também traz prazer e é uma forma de dar e receber carinho, a relação sexual é uma das expressões mais íntimas que pode haver no relacionamento entre duas pessoas. A reprodução humana (sexo) ocorre pela fertilização interna durante a relação sexual. Os seres humanos têm uma grande diferenciação sexual. Além das diferenças em quase todos os órgãos reprodutivos, inúmeras diferenças ocorrem normalmente nas características sexuais secundárias. O sistema endócrino é diretamente relacionado com essas características. A liberação de certos hormônios causa o desenvolvimento dessas características secundarias. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 35
  • 36. Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie. As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais principais, pois produzem os gametas e os hormônios que definem as características sexuais secundárias. O epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais acessórios. No sistema reprodutor masculino encontramos o seguinte: - Pênis: Órgão reprodutor e excretor do organismo masculino, contendo em seu interior um ducto (a uretra) responsável pela eliminação da urina (excreta nitrogenada / uréia) e também condução do sêmen que contém os espermatozóides. Esse órgão é formado por tecido cavernoso e esponjoso, que se intumesce em razão da grande vascularização, de acordo com a libido do indivíduo em ocasião à reprodução, proporcionando a ereção deste órgão. - Bolsa Escrotal: Cavidade que aloja e protege os testículos, sendo responsável pela manutenção da temperatura adequada à fisiologia dos mesmos; - Testículos: São glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos (espermatogênese) no interior dos túbulos seminíferos a partir de células germinativas primordiais, também possuem células intersticiais (células de Leydig) que sintetizam a testosterona, hormônio sexual masculino; - Epidídimo: Ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz os espermatozóides. Neste local os gametas atingem a maturidade e mobilidade, tornando-os aptos à fecundação; 36
  • 37. - Canal Deferente: Canal que transporta os espermatozóides do epidídimo até um complexo de glândulas anexas; - Glândulas Anexas: Conjunto formado pela próstata, vesículas seminais e glândulas bulbo uretrais, produzindo a secreção que compõem o sêmen, fluido que nutri e proporciona meio de sobrevivência aos espermatozóides, por exemplo, neutralizando o PH levemente ácido da uretra. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e a vulva. No sistema reprodutor feminino encontramos o seguinte: - Vulva Ou Pudendo: Conjunto de estruturas que formam o aparelho reprodutor feminino externo (lábios vaginais, orifício da uretra, abertura da vagina e clitóris). - Lábios Vaginais (Grandes E Pequenos Lábios): São dobras da pele formadas por tecido adiposo, sendo responsáveis pela proteção do aparelho reprodutor feminino. - Clitóris: Órgão sensível e prazeroso do organismo feminino; - Vagina: Canal que recebe o pênis durante o ato sexual, servindo também como conduto para eliminação do fluxo menstrual e concepção no momento do parto normal (canal que por ação hormonal se dilata para o nascimento de um bebê); - Útero: Órgão que recepciona o ovo / zigoto, proporcionando o seu desenvolvimento durante o período gestacional. Além de proteger o embrião contra choques mecânicos, também impede a transposição de impurezas e contaminação contra micro-organismos 37 patogênicos, bem como auxilia a manutenção da nutrição (formação da placenta e cordão umbilical); - Tubas Uterinas Ou Tropas De Falópio: São ovidutos que possuem numerosos cílios em sua superfície interna, desempenhando a função de transportar o “óvulo” (ovócito secundário) do ovário até o útero. Normalmente é nas trompas que ocorre a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozóide com o “óvulo”.
  • 38. - Ovários: São glândulas responsáveis pela ovulação periódica dos “óvulos”, de acordo com o ciclo menstrual feminino iniciado na puberdade, produzindo também os hormônios sexuais: estrógeno e progesterona. 38
  • 39. Referências Bibliográficas Ovário => http://www.auladeanatomia.com/genitais/ovario.htm Trompas de Falópio =>http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=116 Útero e vagina => http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=671#3 Canais Deferentes e Uretra=> http://pt.slideshare.net/portaldaanatomia/sistema-genital- 39 masculino-14268246 Vesículas seminais e Próstatas=> www.biomania.com www.manualmerck.net Epidídimos e Testículos => 7° Edição Fisiologia Humana – Stuart Ira Fox Escroto, Glândulas de Cowper, Pênis, Mama, Clitóris => BIBLIOGRAFIA:LIVRO HISTOLOGIA BÁSICA AUTOR: JUNQUEIRA E CARNEIRO (SISTEMA EDIÇÃO) LIVRO:FISIOLOGIA DO SEXO E CONTROLE DA NATALIDADE AUTOR : ROBERT J. DEMAREST JOHN J.SCIARRA,M.D,PH.D Lábios vaginais=> http://www.ehow.com.br/servem-labios-vaginais-info_36021/ Orifício Vaginal=>http://www.aego.es/anatomia_aparato_genital_femenino_mujer.asp Fatores Femininos=> http://infertilidade.com.br/feminino.html