1. INTRODUÇÃO
Este trabalho está direcionado a compreensão do estudo da anatomia e fisiologia do
aparelho genital masculino e aparelho genital feminino.
Conceitos gerais:
Aparelho genital masculino: constitui o conjunto de órgãos responsáveis pela produção
dos gametas masculinos (espermatozoide)e pela capacidade de estes gametas
chegarem aos órgãos genitais internos femininos.
Constituído por: testículo, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório, pênis, uretra
e formações acessórias.
(vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais).
O pênis (incluindo a uretra )e o saco escrotal (incluindo os testículos )constituem a
genitália externa.
Aparelho genital feminino: constituído por dois ovários, duas tubas uterinas ,o útero, a
vagina, a genitália externa e as glândulas mamarias, que embora sejam apenas
glândulas cutâneas e não órgão genitais ,estão ligadas intimamente ligadas ao
aparelho reprodutor feminino.
Na fase da compreendida entre a menarca e a menopausa, os órgãos genitais
femininos sofrem modificações cíclicas controladas por mecanismos neuro-hormonais.
Menarca é a ocorrência da 1° menstruação, enquanto a menopausa corresponde a o
período de tempo (muitas vezes variável )no qual há o fim das menstruações. A
mulher entra no período denominado climatério, no qual o aparelho reprodutor sofre
lente involução.
1
2. 2
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES
FEMININO E MASCULINO
A reprodução só é possível quando os orgãos genitais internos atingem a
maturidade ou seja, quando se desenvolvem os caracteres sexuais primários. A
maturidade só se revela através da produção de gâmetas (células sexuais) nas
gónadas ou orgãos sexuais: os testículos e os ovários.
Apesar de ser nas gónadas que são formados os gâmetas, é de salientar
também a importância dos outros orgãos do sistema genital. São eles que
condicionam o transporte das células sexuais e a manutenção de condições para a
sua sobrevivência, permitindo o encontro dos gâmetas e a fecundação.
Observa atentamente o Sistema Reprodutor Feminino (fig. 1) e o Sistema
Reprodutor Masculino (fig. 2) nas figuras que se seguem.
FIGURA 1 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
3. 3
FIGURA 2 - SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
SISTEMA
REPRODUTOR
FEMININO
SISTEMA
REPRODUTOR
MASCULINO
GÓNADAS
OVÁRIOS
São dois órgãos em
forma de amêndoa
localizados na cavidade
abdominal. Neles
originam-se os óvulos –
gâmetas -, células
reprodutoras femininas.
São também órgãos
glandulares produtores
de hormonas.
TESTÍCULOS
São dois órgãos ovóides
no exterior da cavidade
abdominal, numa bolsa
designada por escroto ou
bolsa escrotal. Produzem
os espermatozóides -
gâmetas masculinos- e
hormonas.
TROMPAS
DE
FALÓPIO
São duas, podendo-se
designar por ovidutos.
Iniciam-se por uma zona
em forma de funil
f ranjado, o pavilhão da
trompa, abrindo no fundo
do útero. São canais que
estabelecem a
comunicação ovário -
útero.
EPIDÍDIMOS
São duas estruturas que
recobrem parcialmente os
testículos, que têm a
função de armazenar e
amadurecer os
espermatozóides.
4. VIAS GENITAIS
4
ÚTERO
Órgão muscular em
forma de pêra, cuja
parede se prepara todos
os meses para receber o
ovo, ocorrendo uma
gravidez. A zona inferior
designa-se por colo
uterino e corresponde ao
local onde o esperma é
depositado pelo pénis.
CANAIS
DEFERENTES
São dois canais com cerca
de 40cm de comprimento,
continuando os
epidídimos. Cada um
deles penetra no
abdómen, atravessa a
próstata e abre,
f inalmente, na uretra.
Conduzem os
espermatozóides.
VAGINA
Canal f lexível que se
insere no colo uterino e
abre para o exterior, a
nível da vulva, que tem a
função de estabelecer a
relação sexual.
URETRA
Canal que se inicia na
bexiga e percorre o pénis,
abrindo na extremidade
deste. Permite a condução
da urina e do esperma
para o exterior.
VESÍCULAS
SEMINAIS
Duas glândulas que
segregam um líquido
constituinte de cerca de
60% do esperma.
GLÂNDULAS ANEXAS
PRÓSTATA
Glândula cujos canais
excretores abrem na
uretra. Elabora o líquido
esbranquiçado e
açucarado constituinte do
esperma e que é expulso
na ejaculação.
GLÂNDULAS
DE COWPER
Duas glândulas do
tamanho de ervilhas que
comunicam com a uretra.
Têm a função de lançar
um líquido, antes da cada
ejaculação, que vai
eliminando os vestígios de
urina ao longo da uretra.
ORGÃOS
LÁBIOS
São pregas cutâneas. Os
extremos são os grandes
lábios e os mais internos
os pequenos lábios.
PÉNIS
Órgão externo
atravessado pela uretra
por onde é expelido o
esperma e a urina. O pénis
é o orgão que estabelece
a relação sexual.
GENITAIS CLÍTORIS Pequeno orgão de
grande sensibilidade.
EXTERNOS ORIFÍCIO
GENITAL
Orif ício que corresponde
à abertura da vagina.
ESCROTO Bolsa onde estão contidos
os testículos.
5. 5
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
OVÁRIOS
O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente
3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura.
Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba
uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta.
Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo,
o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e
outra para baixo.
Comparada a amêdoa uma borda
seria anterior e outra posterior, o
condiciona para que uma face seja
lateral e outra medial.
A borda medial prende-se a uma
expansão do ligamento largo do
útero que recebe o nome de
mesovário, e por isso é
denominada de borda mesovárica,
enquanto a borda posterior é
conhecida por borda livre.
A borda mesóvarica representa o hilo do ovário porquanto é por ele que entram
e saem os vasos ováricos.
A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade
uterina.
O ovário está preso ao útero e à
cavidade pelvina por meio de
ligamentos, cujo conjunto pode
ser grosseiramente comparado
aos cabos dos bondes aéreos,
sendo o bonde, o ovário; o
segmento do cabo que liga à
parede pelvina é denominado
ligamento suspensor do ovário e
a porção do cabo que vai ter ao
útero é o ligamento do ovário.
O ligamento suspensor do ovário estende-se da fáscia do músculo psoas maior
à extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio do ovário vai de
sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação
da base da tuba uterina.
E percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia ovárica
irrigam esse órgão.
Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais,
estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam
estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de
6. 6
progesterona e pouco estrógeno. Esses hormônios transformam a “menina” em
“mulher”.
TROMPAS DE FALÓPIO
Tubas Uterinas
Tuba uterina é um tubo par que se implanta de cada
lado no respectivo ângulo latero-superior do útero, e se
projeta lateralmente, representando os ramos
horizontais do tubo.
Esse tubo é irregular quanto ao calibre, apresentando
aproximadamente 10cm de comprimento. Ele vai se
dilatando á medida que se afasta do útero, abrindo-se
distalmente por um verdadeiro funil de borda franjada. A
tuba uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido
médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e
infundíbulo.
A parte uterina é a porção intramural, isto é, constitui o segmento do tubo que se situa
na parede do útero.
No início desta porção da tuba, encontramos um orifício denominado óstio uterino da
tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina.
A istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a
dilatação que se segue ao istmo.
A ampola é considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo
pelo espermatozoide.
A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que pode ser comparado a um funil cuja
boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas.
Essas franjas têm o nome de fímbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser
mais longa denominada fimbria ovárica.
O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritoneo por intermédio de um
forame conhecido por óstio abdominal da tuba uterina.
A parte horizontal seria representada pelo istmo e a vertical pela ampola e
infundíbulo.
Comumente o infundíbulo se ajusta sobre o ovário, e as fimbrias poderiam ser
comparadas grosseiramente aos dedos de uma mão que segurasse por cima, uma
laranja.
7. Estruturalmente a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de
tecidos que são, da periferia para a profundidade, a túnica serosa, tela subserosa,
túnica muscular e túnica mucosa.
A túnica muscular, representada por fibras musculares lisas, permite movimentos
peristálticos à tuba, auxiliando a migração do óvulo em direção ao útero.
A túnica mucosa é formada por células ciliadas e apresenta numerosas pregas
paralelas longitudinais, denominadas pregas tubais.
A tuba possui duas funções:
7
Transportar o óvulo do ovário ao útero;
Local onde ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.
Divisões da Tuba Uterina
8. ÚTERO
O útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pera invertida, achatada
no sentido antero-posterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da
cavidade pelvina.O útero está situado entre a bexiga urinaria, que esta para frente, e o
reto, que esta para trás. Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento
denominado istmo do útero. A parte superior ao istmo recebe o nome de corpo do
útero e a inferior constitui a cérvix (colo. A extremidade superior do corpo do útero, ou
seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas, tem o nome de
fundo do útero. A cérvix do útero, é subdividida em duas porções por um plano
transversal que passa pela sua parte media, que são as porções supravaginal e
vaginal. Esse plano transversal é representado pela inserção do fórnix da vagina, em
torno da parte media da cérvix.Com isso, a porção supravaginal da cérvix está dentro
da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritoneu, formando um bloco comum, para
cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix
representando um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no
interior da vagina, ocupando o centro do seu fórnix. No centro da extremidade inferior
da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero. Sendo
achatado no sentido antero-posterior, o útero apresenta uma face anterior que é
denominada face vesical e outra posterior que é a face intestinal. A face vesical é mais
plana e a face intestinal e mais convexa. As uniões laterais das duas faces, constituem
as bordas do útero. Na extremidade superior de cada borda implanta-se uma tuba
uterina correspondente. Entre uma tuba e a outra se situa o fundo do útero, cuja
margem superior denomina-se borda superior. O útero sendo um órgão oco, apresenta
uma cavidade que é triangular de base superior, ao nível do corpo, e fusiforme no
interior da cérvix, recebendo esta ultima parte de canal da cérvix. Nos ângulos
superiores da cavidade do útero, situam-se os óstios uterinos das tubas uterina
correspondentes. O óstio do útero, situa-se na porção vaginal da cérvix, estabelece a
comunicação entre o interior do útero e o interior da vagina. As paredes do útero são
constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a profundidade, são as
túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou miométrio e túnica
mucosa ou endométrio. O perimétrio é representado pelo peritoneu visceral que
recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais
do mesmo, os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos
largos do útero. A tela subserosa é representada por uma fina camada de tecido
conjuntivo quer se interpõem entre a túnica serosa e a túnica muscular. O miométrio é
formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem, da
periferia para a profundidade, em 3 planos: longitudinal, plexiforme e circular. O
endométrio forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se
apresenta lisa, ao passo que na cérvix é muito pregueada, cujas pregas lembram as
folhas de palma e por isso são chamadas de pregas espalmadas. O endométrio papel
muito importante por ocasião da gravidez. O útero é mantido em sua posição por três
ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero-
8
9. sacral. Posições do útero:
O útero é um órgão oco situado no centro da pélvis, por trás da bexiga e à frente do
reto. Tem a forma de uma pera invertida, com cerca de 7 a 8 cm de comprimento,
entre 3 a 4 cm de diâmetro na sua parte mais larga e um peso um pouco inferior a 100
g, embora as suas dimensões se alterem significativamente durante a gravidez, ao
longo da qual o útero aumenta milhares de vezes e alcança um peso superior a 1 kg.
O útero é constituído por duas porções: o corpo, que corresponde à parte superior, e o
colo, que equivale à porção inferior e se encontra ligado à vagina. O corpo do útero,
que representa 75% da parte superior do órgão, tem uma forma cónica e plana e
septos muito espessos, sendo igualmente constituído por uma cavidade que irá
acolher o eventual fruto da gestação. Esta cavidade uterina tem uma forma triangular,
em que os dois vértices que se encontram na parte superior, denominada fundo do
útero, correspondem à saída das trompas de Falópio, enquanto que o vértice inferior
corresponde a um orifício que liga a cavidade uterina ao colo. O colo do útero, ou
cérvix, que corresponde aos restantes 25% do órgão, é muito mais estreito, de forma
cilíndrica, apresenta uma proeminência, cuja parte superior acolhe uma porção
denominada focinho de tenca, e está atravessado longitudinalmente por um canal, o
canal cervical, diretamente ligado à vagina e, consequentemente, ao exterior. Os
septos do útero são constituídos por várias camadas. O interior da cavidade uterina
encontra-se revestido por uma camada mucosa de tecido epitelial, composta por
inúmeras glândulas, denominada endométrio, cujas características se alteram sob a
influência hormonal, na medida em que cresce e vasculariza-se ao longo do ciclo
menstrual, de modo a preparar-se para o eventual acolhimento de um óvulo
fecundado. Caso não exista qualquer óvulo fecundado, o endométrio acaba por se
desunir e ser eliminado para o exterior, originando a menstruação. Por baixo do
endométrio, existe uma espessa camada de tecido muscular, denominada miométrio,
que constitui a maior parte da espessura do órgão. Trata-se de um tecido muscular
liso, disposto em várias camadas, cujas contrações involuntárias são fundamentais
9
10. para o trabalho de parto. No exterior do miométrio existe uma fina camada de tecido
conjuntivo que se encontra revestida ao longo da maioria do órgão pelo peritoneu, a
membrana que reveste os órgãos abdominais: na frente, o peritoneu dobra-se, antes
de chegar ao colo uterino, de modo a revestir a bexiga, enquanto que por trás reveste
o colo uterino antes de se dobrar várias vezes, com o objetivo de revestir o reto,
proporcionando a formação de uma cavidade denominada fundo de saco de Douglas.
Embora o útero se encontre virado para a frente, na maior parte das mulheres, por
vezes, pode estar inclinado para trás. Existem várias estruturas que garantem a
manutenção do órgão na sua posição, nomeadamente os ligamentos largos, situados
nas partes laterais, que correspondem a estreitas pregas do peritoneu, onde também
se incluem as trompas de Falópio e os ligamentos ováricos, até alcançarem os septos
laterais da pélvis.
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11. VAGINA
A parede vaginal consiste em três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O
epitélio da mucosa vaginal de uma mulher adulta é pavimentoso estratificado e tem
uma espessura de 150-200 μm. Suas células podem conter pequena quantidade de
queratoialina, porém não ocorre queratinização intensa com transformação das células
em placas de queratina, como nos típicos epitélios queratinizados. Quando submetido
à estímulo de estrogenio, o epitélio vaginal produz e acumula uma grande quantidade
de glicogênio, que é depositado no lúmen vaginal quando as células do epitélio desse
órgão descamam. Bacterias presentes na vagina metabolizam o glicogênio e
produzem ácido láctico, responsável pelo pH vaginal, que é normalmente baixo. O
ambiente ácido confere ação protetora contra alguns microrganismos patogênicos.
A parte interna da vagina estende-se até à porção inicial do útero (colo), região
denominada de fornixis da vagina. Todo esse conjunto é denominado canal vaginal. O
canal vaginal apresenta duas partes de origens embriológicas diferentes, pois a
origem do canal vaginal é promovida quando o útero se encontra próximo ao epitélio
que formara o vestíbulo e começa a migrar para a sua posição final, o tecido epitelial é
puxado, assim como o tecido do útero, formando assim o canal vaginal com sua
porção superior formada por tecido proveniente do útero e a porção inferior do tecido
epitelial; o hímen é formado com o estiramento do tecido epitelial de onde o útero
estava próximo, promovendo assim um afinamento desta superfície.
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides na relação sexual. Além
de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora
do parto, a saída do bebê.
11
12. Tipos de Hímem
LÁBIOS VAGINAIS
Os lábios têm um importante papel no sistema reprodutivo feminino
Os lábios vaginais são dobras de pele que formam a vulva, a genitália externa
feminina. Do latim "labia", os lábios apresentam três partes: lábios maiores, lábios
menores e a comissura labial. Os lábios maiores são os mais espessos e mais
externos. Os lábios menores são mais finos e menores, localizados mais interiormente
em relação aos maiores nos contornos da abertura da vagina. As comissuras labiais
anterior e posterior marcam os cantos em que os dois conjuntos de lábios se
encontram. Os lábios, como um todo, têm diversas funções importantes no corpo
feminino.
Pequenos lábios.
pequenos lábios estão entre os grandes lábios, que se fundem com a parte traseira, e
são separados em duas dobras na abordagem do clitóris à frente. Dobras anteriores
se juntam para formar o prepúcio ou capuz do clitóris. Dobras subsequentes forma o
12
13. freio do clitóris no sítio que está inserida com a sua superfície inferior. Os pequenos
lábios são cobertos por pele que recobre sem cabelo fibroelástico estroma rico em
elementos nervosos e vasculares. A área é na parte de trás dos lábios menores é o
vestíbulo da vagina.
Barreira externa
Os lábios maiores protegem os órgãos internos do sistema reprodutivo feminino
prevenindo que a vagina seja exposta. Sua proteção espessa e grossa envolve as
delicadas membranas internas e a abertura da vagina. A função original dos pelos
pubianos que cobrem os lábios externos remonta da pré-história, época em que não
se usava vestimenta. Esses pelos agiam como uma armadilha contra corpos
estranhos, como insetos. Da mesma forma, os lábios menores agem como uma
barreira protetora para o trato urinário.
Proteção contra bactérias
Os lábios protegem a vulva de ataques bacterianos. As glândulas no interior dos lábios
menores produzem secreções ricas em substâncias antibacterianas. Dessa forma, os
lábios também se protegem contra infecções.
Lubrificação
As glândulas dos lábios menores também facilitam uma relação sexual bem-sucedida.
Quando suas membranas internas são estimuladas por toque ou por pressão, as
glândulas produzem secreções. A lubrificação resultante mantém os lábios e a vagina
umedecidos, ajudando na penetração.
Prazer sexual
A função dos lábios durante a relação sexual não é puramente prática. Eles também
ajudam as mulheres a usufruir do sexo. As finas membranas do lábio maior são cheias
de vasos sanguíneos e de nervos que se incham ao serem estimulados. Isso torna os
lábios internos incrivelmente sensíveis e receptivos. Da maneira correta e com a
estimulação adequada, os lábios produzirão sensações de prazer, contribuindo para
uma relação sexual bem-sucedida por aumentar a receptividade da mulher.
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14. Clitóris
O clitóris é uma estrutura complexa que inclui componentes internos e externos.
Visível aos olhos está o capuz clitorial (prepúcio), que cobre totalmente ou em parte a
cabeça (glande clitoridiana) quando este está em repouso, coluna e bordas internas
(pequenos lábios).
Dentro do corpo estão os crus clitoris (crura) que são constituídos por dois corpos
cavernosos que se unem formando o corpo do clitóris, a uretra esponjosa, bulbo
clitoridiano (anteriormente designada por vestíbulo bulbar) e períneo esponjosa, de
uma rede de nervos e vasos sanguíneos, ligamentos suspensivos, músculo e
diafragma pélvico.
O clitóris estende-se desde a frente da junção dos pilares (crura) das bordas dos
lábios externo (grandes lábios), que se reúnem na base do monte púbico ao frenulum
labiorum pudendi, junção posterior dos pequenos lábios. Nos seres humanos, a região
da coluna, após a glande clitorial, estende-se vários centímetros para cima e em
direção à parte traseira, em frente da divisão da crus do clitóris, que tem forma de um
"V" invertido, esta crus estende-se ao redor e no interior dos grandes lábios.
Orifício vaginal.
Orifício vaginal é cercado pelo hímen, variável semilunar dobra mucosa é substituída
por barbilhões arredondados depois de quebrar. Em cada lado da entrada da conduta
de abertura maiores glândulas vestibulares (Bartholin) está localizado. Há também
inúmeras glândulas vestibulares menores que estão espalhadas volta entre a uretra e
orifícios vaginal.
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16. As mamas estão localizadas na região anterior do tórax sobre o músculo peitoral,
entre o esterno e a borda axilar.
Cada mama é conjunto de 15 a 25 glândulas exocrínicas do tipo tubuloalveolar
composto, que tem por sua função secretar leite para nutrir os recém-nascidos. A
mama é dividida em 15 a 25 lobos por tecido conjuntivo denso e ediposo. Embora o
conjunto de lobos seja chamado frequentemente de glândulas mamarias, cada lobo é
de fato uma glândula mamaria, com sua parte secretora e do seu ducto excretor
próprio. Esses ductos excretores, chamados galactóforos, abrem-se
independentemente na papila mamaria, a qual mostra de 15 a 25 orificios, cada um
com cerca de 0,5 mm de diamentro.
O tecido conjuntivo penetra em cada lobo, dividindo-o em lóbulos e envolvendo cada
unidade secretora. A estrutura histológica das glândulas mamarias varia de acordo
com o sexo , a idade é condição fisiológica do organismo.
Na mulher adulta , as glândulas mamarias são constituídas pelos ductos galactóforos
e pó porções secretoras tubuloalvelolares, próximo á abertura da papila os ductos
galactóforos dilatam-se , formando seios galactóforos.
Os ductos galactóforos são revestidos por epitélio estratificado pavimentoso, próximo
ao seu orifício externo. A medida que o ductor se aproxima da mama, seu epitélio se
torna cada vez mais fino, com menor numero de camadas de células, até apresenta
duas camadas de células cilíndricas , mais próximo ás unidades secretoras, o epitélio
do ductor se torna cúbico simples, na parede do ductor existem células musculares
lisas.
A parte secretora das glândulas mamarias é contituida por tubos de epitélio cúbico
simples, os quais terminam por porções dilatadas, os alvéolos , a luz dos túbulos e
alvéolos é muito pequena e alguns desses elementos são compactos, sem luz. A
células secretoras tem microvilos nas superfícies livres.
Os elementos epiteliais das glândulas mamarias são sustentados pelo tecido
conjuntivo frouxo interlobular.
Estruturas externas: pele, aréola e papila mamaria.
Estruturas internas: ligamentos suspensores da mama, tecido adiposo, tecido
glandular, abertura dos ductos lactíferos, estroma de tecido conjuntivo, lobos, ampola.
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17. Fatores femininos
Fator ovulatório
A anovulação é definida como a condição na qual o desenvolvimento e a ruptura
folicular estão alterados e, portanto, o oócito não é liberado do folículo. A principal
causa de dificuldade de ovulação é a Síndrome dos Ovários Policísticos. Outras
causas importantes são: doenças da glândula tireoide e aumento da produção da
prolactina.
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) atinge cerca de 10% das mulheres em
idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres
com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente e, por isso, podem
apresentar intervalos longos entre os ciclos menstruais, podendo ficar até meses sem
menstruar. Trata-se de um distúrbio que geralmente se inicia na puberdade e é
progressivo, causando um desequilíbrio hormonal. O problema é que isso faz com que
o organismo passe a produzir alguns hormônios em maior quantidade, e outros em
menor quantidade, aumentando a possibilidade do aparecimento de cistos no ovário e
interferindo no processo de ovulação.
Em mulheres com SOP os níveis de hormônios androgênios (como a testosterona)
podem ser produzidos em excesso nos ovários e dificultar a ovulação, prejudicando o
processo de engravidar, seja natural ou artificialmente. Diversos procedimentos da
Reprodução Assistida podem auxiliar mulheres com ovários policísticos a engravidar,
mas a utilização de uma técnica especifica ajuda a melhorar os resultados.
Essa alteração menstrual geralmente ocorre desde a menarca (1ª menstruação) e
pode estar associadas ao aumento de pêlos pelo corpo, alterações da menstruação, e
também ao excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). Associado à presença destes
achados clínicos, o diagnóstico é feito através de dosagens hormonais e avaliação
ultrassonográfica dos ovários, que geralmente apresentam microcistos, o que deu
origem ao nome da síndrome.
Fator tubário
A doença tubária é uma das principais causas de infertilidade feminina. As moléstias
inflamatórias pélvicas, principalmente as causadas por Chlamydia e Gonococo, são,
sem dúvida, uma das causas mais comuns de distorção e perda de função das tubas
uterinas, além de outras causas inflamatórias, como a endometriose.
O fator tubário não está associado somente à obstrução das trompas, mas outros
fatores também podem influir no processo. De modo geral temos as obstruções, as
aderências e fatores externos. Em todos eles ocorre um processo inflamatório que
danifica a tuba uterina.
Histerossalpingografia
O principal exame realizado para a investigação do casal infértil é a
histerossalpingografia. O exame nada mais é do que um raio-x contrastado da
cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um
líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um
catéter (sonda) fino.
A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas
uterinas e, através desta análise, avaliar a sua função reprodutiva. Outras patologias,
tais como alterações morfológicas congênitas do útero, sinéquias uterinas (aderências
dentro da cavidade uterina) e tumorações intrauterinas, são prontamente
diagnosticadas durante a realização do exame.
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18. Deve ser realizada em uma fase específica do ciclo menstrual, antes da ovulação e
logo após o término da menstruação, ou seja, entre os dias 6 e 12 do ciclo menstrual.
Além das mulheres com dificuldade para engravidar o exame pode ser solicitado em
casos de abortos de repetição, doença inflamatória pélvica crônica e miomatose.
Outros procedimentos como a laparoscopia (cirurgia) ou a histeroscopia (exame do
interior do útero com uma minicâmera) podem avaliar as trompas e/ou a cavidade
uterina, mas são procedimentos mais invasivos e só são realizados quando há outras
indicações específicas.
Útero bicorno Alteração tubária
Fator Uterino
Qualquer doença que leva à alteração ou à deformação da cavidade uterina (onde
está localizado o tecido endometrial) pode causar dificuldade de implantação
embrionária. Assim, miomas que, por seu tamanho e/ou localização, deformam a
cavidade endometrial são causas uterinas importantes de infertilidade.
Podemos dizer o mesmo sobre os pólipos endometriais (pequenos tumores do
endométrio). Outras situações menos comuns são aquelas em que há formação de
‘cicatrizes’ na cavidade uterina (sinéquias) após curetagem ou após algumas
infecções, além das situações em que há deformidade congênita da cavidade
endometrial (septo uterino, útero bicorno, útero didelfo).
Endometriose
A endometriose é caracterizada pela presença, fora do útero, de fragmentos do tecido
que, normalmente, revestem o interior do útero. Este tecido é denominado endométrio
e no caso da endometriose ele encontra-se fora do seu local habitual, podendo afetar
18
19. mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as
tubas uterinas, dentre outros.
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às
alterações do ciclo menstrual, e local onde o óvulo, depois de fertilizado, se implanta.
Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a
menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.
A doença é frequente em mulheres na idade reprodutiva e acomete cerca de 10% da
população feminina. Atualmente cerca de 40% das pacientes que chegam até as
clinicas de reprodução assistida sofrem de endometriose. A fertilidade feminina pode
ser afetada pela endometriose de diversas formas, dentre elas:
- Obstrução das trompas ocorrida diretamente pelas lesões de endometriose;
- Alteração nas tubas uterinas, podendo se tornar impérvias e sem mobilidade;
- Formação de cistos nos ovários que alteram a capacidade ovulatória;
- Alteração na ovulação: dificuldade de produção de ovular e perda de qualidade dos
óvulos;
- Interferência com a fertilização: dificuldade de penetração dos espermatozoides nos
óvulos;
- Liberação de substâncias inflamatórias na pelve que podem alterar a qualidade do
óvulo, do embrião e o desenvolvimento da gestação aumentando a taxa de
abortamento.
A dor é o principal sintoma da doença, porém de 20% a 25% das mulheres não
apresentam nenhum sintoma. Quando os sintomas aparecem geralmente são: cólica
menstrual intensa, dor durante as relações sexuais, dor abdominal antes ou durante a
menstruação, dor e sangramento intestinal e urinário durante a menstruação.
Muito provavelmente há uma predisposição genética para aparecimento da doença,
pois é mais comum entre mulheres que têm parentesco com pessoas que têm a
endometriose. Possivelmente, porém, há algum fator ambiental responsável pelo
surgimento da patologia em pessoas que já têm alguma predisposição.
Refluxo do sangramento menstrual pelas tubas uterinas, transformação de
determinadas células do peritônio em células de endométrio devido a alguma
agressão, e mau posicionamento de algumas células endometriais no embrião,
enquanto a mulher ainda está na barriga da mãe, são algumas das teorias, entretanto,
nenhuma consegue responder completamente a todos os aspectos do surgimento da
endometriose.
Os hormônios produzidos durante a ovulação também fazem proliferar os fragmentos
de endométrio que estão fora do útero. Por isso, a endometriose é uma doença que
afeta as mulheres em idade reprodutiva, produzindo uma inflamação crônica, que
libera substâncias que podem causar cólica menstrual, dores pélvicas fora do período
menstrual e até dificuldade para engravidar.
Para diagnosticar esta doença, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo, que
pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: ultrassom
com preparo intestinal, laparoscopia, ressonância magnética e um exame de sangue
chamado CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico
de certeza, porém, depende da realização da biópsia.
A escolha do melhor tratamento dependerá do perfil de cada mulher. As alternativas
hoje vão, desde tratamentos hormonais, como os anticoncepcionais, passando por
cirurgias para a retirada das lesões, até tratamentos de reprodução assistida, como a
inseminação intrauterina e a fertilização in vitro.
Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente.
Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero
pode ser uma alternativa de tratamento. Esta escolha deve ser individualizada, pois
cada um dos tratamentos apresenta vantagens e desvantagens que devem ser
avaliadas de acordo com os sintomas, com a quantidade de endometriose e com os
anseios e desejos de cada pessoa.
19
20. É fundamental procurar um médico ginecologista sempre que sentir anormalidades no
ciclo menstrual, realizando anualmente os exames e acompanhando a saúde
reprodutiva. Se a doença for diagnosticada, é importante iniciar o tratamento
adequado, pois a endometriose está entre as causas mais comuns da infertilidade,
mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado.
20
21. 21
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Testículos
O órgão do sistema reprodutor (gônadas embrionárias) podem se tornar testículos ou
ovários. Um gene específico no cromossomo Y leva a gônadas embrionárias, a se
transformar em testículo, com a liberação de testosterona leva o desenvolvimento da
genitália externa dos órgãos sexual masculino.
As células germinativas ou gametas (espermatozoide e óvulo) são formados no interior
das gônadas (testículos e ovários) por um processo de divisão de redução ou meiose.
O numero de cromossomos das células humana 46 reduzidos à metade cada gameta
recebe 23 cromossomos. A fusão do espermatozoide e o óvulo no ato de fertilização
resultam no numero original 46, cromossomos no zigoto, quando o homem chega à
puberdade , o espermatozoide maduro são formados através da meiose nas gônadas
assim o ciclo de vida continua.
Determinação do sexo
Cada zigoto ganha 23 cromossomos da mãe e 23 do pai, não produz 46 cromossomos
diferentes, mas 23 cromossomos homólogos. Os 22 pares de cromossomos são
chamados de cromossomos autossômicos cada célula que contém 46 cromossomos
possui dois cromossomos numero 1 dois cromossomos numero 2 até chegar ao
numero 22. O vigésimo terceiro par e chamado de cromossomos sexuais, na mulher e
formado por 2 cromossomos XX e no homem é dois cromossomos sendo XY tem
22. aparência e genes diferentes, os óvulos recebem cromossomos aletoriamente, as
células corporais da mulher contem dois cromossomos X, mas só um fica ativo, os
óvulos conterão um cromossomos X alguns espermatozoides possuem um
cromossomos X e outros possuem um cromossomos Y, o sexo cromossômico do
zigoto é determinado pelo espermatozoide que fertiliza o óvulo, quando o
espermatozoide y fertiliza o ovulo o zigoto será XY sexo masculino, quando o
espermatozoide com cromossomos X fertiliza o óvulo o zigoto será XX sexo feminino.
Formação do testículo
Após a fecundação as gônadas masculina e feminina são iguais, durante o processo a
células que darão origem aos espermatozoides migram do saco vitelino para as
gônadas embrionárias, as estruturas embrionárias tem potencial de se torna testículo
ou ovários, a substância hipotética para a conversão em testículo foi chamada de fator
denominador dos testículos (FDT) embora que há muito tempo o sexo masculino e
determinado pela presença de um cromossomo y, o gene que determina ser testículo
fica localizado no braço curto do cromossomo Y, quem produz os espermatozoide no
interior do testículo e os túbulos seminíferos aparece precocemente entre há 43° 50°
dias após a fecundação.
As células Leydig aparecem 65° dia e se aglomera no tecido intersticial que fica
entorno dos túbulos seminíferos. E essa célula constitui o tecido endócrino do testículo
e libera grande quantidade de hormônio sexual masculino o principal androgênio
liberado pro essa célula e a testosterona na oitava semana durante o desenvolvimento
embrionário masculino a liberação de testosterona tem a função de masculinizar o
embrião, Conforme o testículo e desenvolve ele migra para o interior da cavidade
abdominal gradativamente desce para o interior do escroto em alguns casos desce
apenas após o nascimento.
Funções Endócrinas dos testículos
A testosterona e o principal androgênio liberado pelo testículo adulto, os hormônio e
seus derivados (os androgênios 5a-reduzidos) são responsáveis pelo
desencadeamento e a manutenção das alterações corporais na puberdade, o
androgênio estimula o crescimento dos musculo e de outra estrutura, o aumento na
liberação de testosterona é necessário para crescimento dos órgãos sexuais e os
acessórios, estimula o crescimento da laringe onde a voz torna se mais grave promove
a síntese de hemoglobina onde a concentração e maior no sexo masculino e no
crescimento ósseo.
22
23. Epidídimos
Sua estrutura é espiralada quando se estica pode chegar até 5 metros, que recebe os
produtos tubulares. Os espermatozoides entram na cabeça do epidídimo eles não são
moveis, e é drenado de sua cauda por um único tubo, o ducto deferente. Os
espermatozoides não são moveis isso se deve ao PH baixo do líquido do epidídimo e
o ducto deferente, líquido produzido pela secreção de H+ através do transporte ativo
das bombas de ATPase, durante a passagem pelo epidídimo os espermatozoides
sofrem alterações pelo fato da maturação que os tornam mais resistente às alterações
do pH e da temperatura. O pH fica neutro pelo líquido prostático alcalino durante a
ejaculação, sendo assim o espermatozoide fica extremamente móvel e capazes de
fertilizar um óvulo quando passa determinado tempo no órgão genital feminino. Os
espermatozoides obtidos dos túbulos seminíferos não tem capacidade de fertilizar um
óvulo. Os epidídimos servem como um local de maturação e armazenamento de
espermatozoides entre ejaculações.
O ducto deferente transporta os espermatozoides dos epidídimos do escroto para o
interior da cavidade pélvica.
23
24. Canais Deferentes
É a continuação da cauda
do epidídimo e conduz os
espermatozoides até o
ducto ejaculatório.
Considerando-se que os
testículos estão
localizados externamente
à parede da pelve e que o
ducto ejaculador encontra-se
24
dentro da cavidade
pélvica, torna se
necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a
passagem do ducto deferente. A esta passagem dá-se o nome de canal inguinal,
situado na porção mais inferior da parede abdominal, de trajeto oblíquo e com 3 a 5
cm de comprimento.
Pelo canal inguinal passam também as demais estruturas relacionadas com os
testículos, como artérias, veias, linfáticos e nervos. Ao conjunto destas estruturas que
passam pelo canal inguinal, incluindo-se o ducto deferente, dá-se o nome de funículo
espermático. O canal é uma área potencialmente franca no sexo masculino, podendo
ai ocorrer as hérnias inguinais. O ducto deferente tem cerca de 30 cm de comprimento
e pode ser palpado como um cordão duro, antes de penetrar no canal inguinal.
Uretra
A uretra masculina é um canal
comum para a micção e para
ejaculação, com cerca de 20 cm de
comprimento. Inicia-se no óstio
interno da uretra, na bexiga, e
atravessa sucessivamente a
próstata, o assoalho da pelve e o
pênis, terminando na extremidade
deste órgão pelo óstio externo da
uretra. Reconhecem-se três partes
na uretra masculina: parte prostática, quando atravessa a próstata; parte
membranosa, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atravessa o
assoalho da pelve e parte esponjosa, localizada no corpo esponjoso do pênis. A parte
prostática apresenta uma pequena saliência – o colículo seminal, de cada lado do qual
25. desemboca os ductos ejaculatórios. Na parte esponjosa adjacente ao óstio externo da
uretra, há uma porção dilatada conhecida como fossa navicular da uretra.
Vesículas Seminais
São estruturas saculiformes alongadas e contorcidas, que medem
aproximadamente 5cm de comprimento e localizam-se entre a face posterior
da bexiga e do reto. O produto de secreção da glândula é amarelado,
ligeiramente alcalino, viscoso e rico em frutose responsáveis pela produção
de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o
líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen. O
líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os
espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter
fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta
considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas
(hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na
dismenorreia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo
vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias –
dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos
insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios).
25
26. Próstata
Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
É a maior das glândulas acessórias, circunda a porção inicial da uretra. O seu
componente glandular consiste em 30 a 50 glândulas túbulo alveolares. Os ductos
provenientes de cada uma dessas glândulas convergem para formar ductos terminais
que se abrem diretamente na porção prostática da uretra.
A próstata secreta um líquido ligeiramente ácido (pH 6,5) e incolor, rico em ácido
cítrico e fosfatase ácida. Contém também enzimas proteolíticas que liquefazem o
sêmen.
GLÂNDULAS DE COWPER
Denominadas também por glândulas bulbouretrais são minúsculas, do tamanho de
uma ervilha estão localizadas em ambos os lados da uretra membranosa e são
formadas em pares.
Estruturas: São glândulas tulbusoalveolares com células do tipo mucosas,
apresentam músculos esquelético e liso nos septos que separam os seus lóbulos.
Função: Sua secreção tem aspecto mucoso que facilita o transporte dos
espermatozoides.
26
27. PÊNIS
Orgão masculino relativamente curto que impulsionado pela ereção se torna uma
estrutura maior denominada ereta. Localizado na região superficial do períneo, em seu
estado ereto o pênis pode penetrar a vagina e expelir os espermatozoides
profundamente dentro do aparelho reprodutivo feminino.
A ereção do pênis é controlada pelos impulsos nervosos da medula espinal. Esses
impulsos dilatam as artérias no pênis, permitindo que o tecido erétil situado no dorso
do órgão se encha com sangue. Enquanto as artérias se enchem de sangue, as veias
do pênis são comprimidas aumentando a pressão do tecido erétil e fazendo com que o
órgão fique firme e erétil.
Enquanto o pênis está ereto, ocorre a segunda atividade necessária para a entrega
dos espermatozoides (a descarga do sêmen contendo espermatozoide pela uretra
peniana). São dois processos que ocorrem sob o controle do sistema nervoso do
homem: a emissão e a ejaculação.
Estrutura: É constituído essencialmente por três massas cilíndricas de tecido eréctil,
mais a uretra, envoltas externamente por pele. Delas, duas são colocadas
dorsalmente e recebem o nome de corpos cavernosos do pênis. A outra, ventral,
chama-se corpo cavernoso da uretra e envolve a uretra peniana em todo o trajeto; na
sua porção terminal, dilata-se formando a glande.
Os três corpos cavernosos encontram-se envoltos por uma resistente membrana de
tecido conjuntivo denso, a túnica albrigínea do pênis. Essa membrana forma um septo
que penetra entre os dois corpos cavernosos do mesmo. O septo não é continuo,
27
28. apresentando interrupções; há portanto, comunicações entre as duas massas de
tecido que formam esses corpos.
Os corpos cavernosos do pênis e da uretra são formados por um emaranhado de
vasos sanguíneos dilatados, revestidos por endotélio. O prepúcio é uma prega retrátil
da pele do pênis contendo tecido conjuntivo, com musculo liso no seu interior.
Observam-se, na sua bolsa interna e na pele que recobre o glande, pequenas
glândulas sebáceas.
Função: Através da contração dos músculos ao longo da base do pênis e da uretra é
fornecida a força necessária para a descarga do sêmen, ou seja, a ejaculação. E antes
que ocorra a ejaculação é necessário que os espermatozoides se locomovam ao longo
dos canais deferentes e dos canais ejaculadores para dentro da uretra, esse processo
é chamado de emissão.
Sua função permite a passagem dos espermatozoides e expeli-os através da
ejaculação.
ESCROTO
Estrutura: denominadas por bolsas escrotais são estruturas revestidas por pele e que
contem abundante camada de músculo liso.
Função: manter a temperatura dos testículos adequada para a produção dos
espermatozoides.
São bolsas de pele que em conjunto com o pênis, formam os órgãos reprodutores
externamente visíveis.
28
30. FATOR MASCULINO DE INFERTILIDADE
CONJUGAL
Uma vez que o fator masculino tem um grande percentual na gênese da infertilidade, é
importante levarmos em conta a possibilidade de estarmos diante de infertilidade de
causa masculina. Tradicionalmente, a infertilidade masculina é considerada uma
condição de difícil tratamento, o que ocorre pelo fato dela não ser uma entidade única,
mas refletir uma variedade de diferentes condições patológicas, dificultando uma
estratégia única de tratamento. Mesmo com o avanço dos métodos diagnósticos, hoje
em dia apenas 40% das causas de infertilidade podem ser reconhecidas, mas os
avanços no diagnóstico genético como a pesquisa de microdeleções (falta de
pequenas porções nos cromossomos) parecem apontar para uma diminuição no
número de pacientes com diagnóstico etiológico indefinido.
O fator masculino na infertilidade conjugal é expressivo (existem trabalhos que
estimam em até 50% das causas de infertilidade) e, conseqüentemente, deve ser
examinado com muita atenção por parte de todos os profissionais que desenvolvem
suas atividades no campo da Reprodução Humana. Mas, não foi sempre assim. Mais
por um processo cultural do que pela razão, o fator masculino foi ignorado por muito
tempo. E as marcas desta negação repercutem, praticamente, até nossos dias. Mas,
de qualquer forma, os erros do passado não justificam omissões no presente. E, por
isso, é fundamental a pesquisa do fator masculino concomitante com o fator feminino,
em qualquer casal que esteja enfrentando problemas para engravidar. Dentre as
razões para esta conduta, ressaltam-se as seguintes: simplicidade e eficiência dessa
atitude quando associada a exames bem dirigidos, ausência de invasividade e relação
custo- beneficio apropriada.
O sucesso da injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) - Um único
esperma é injetado com uma micropipeta no interior do óvulo tem transformado a vida
de pacientes com fator masculino severo. O otimismo gerado com este tratamento tem
contrastado com a preocupação das possíveis implicações genéticas decorrentes da
manipulação de gametas de pacientes com contagens espermáticas muito baixas ou
anormais. Geralmente, a infertilidade masculina é descoberta após uma análise do
esperma (cerca de 70% das vezes). A avaliação da história e do exame físico
auxiliarão no diagnóstico. Na investigação do homem infértil, a história clínica bem
obtida e o exame físico minucioso, especialmente na área genital, são recursos
valiosos do processo investigativo.
Uma história detalhada pode revelar alguma etiologia; no entanto, o mais comum é a
história ser negativa. Cabe ao clínico avaliar: duração da infertilidade, a paternidade
pregressa (filhos prévios desta ou de outras relações) anomalias congênitas,
exposição a fatores de risco, traumas e doenças na infância, antecedência de doença
febril prolongada, inicio e normalidade da puberdade, hábitos do paciente, cirurgias
30
31. pregressas, história sexual, antecedentes infecciosos e doenças sistêmicas, a
freqüência de relações do casal, a exposição a fatores ambientais, etc. Deve-se fazer,
portanto, um inventário de toda a história genitourinária.
É importante ter atenção para os problemas de sexualidade que podem interferir de
maneira definitiva no processo de fertilidade. A disfunção sexual e a impotência são
situações que podem vir mascaradas em uma consulta de infertilidade. Portanto é
importante o médico ter a sensibilidade de não expor, ao coletar a história, um contra o
outro, uma vez que existem pontos na vida do indivíduo que, por um motivo ou outro,
não é de conhecimento do parceiro. O exame físico pode, eventualmente, ser
indicativo de alguma anormalidade do homem. Devem ser examinados o testículo, a
próstata, o pênis, além dos caracteres gerais.
A avaliação diagnóstica está concentrada no espermograma, embora a análise de
apenas uma amostra de espermograma não seja aconselhável, devido à grande
variabilidade, tanto na avaliação quanto na produção espermática presente
normalmente. Sendo assim, em espermogramas muito alterados, é aconselhável que
um mínimo de dois sejam realizados para uma correta análise.
A emissão de espermatozóides é extremamente variável ao longo do tempo. Por isso,
muitas vezes, para uma adequada avaliação da espermatogênese (formação dos
espermatozóides) é necessária a análise de mais de uma amostra, coletadas com
intervalo de, aproximadamente, 90 dias. Para a coleta do sêmen, a melhor opção é a
masturbação, e coleta em frasco estéril, fabricado com material não-tóxico aos
espermatozóides, ou em frasco de vidro esterilizado. O período de abstinência sexual
recomendado é de 48 a 72 horas, ou de acordo com o ritmo sexual do casal, no caso
de suspeita de alterações decorrentes de intervalos muito curtos ou longos entre as
relações.
31
32. É importante que o local de coleta seja silencioso, limpo, com toalhas descartáveis,
dotado de banheiro e de pia anexos. A primeira parte do ejaculado contem 85% dos
espermatozóides ejaculados. Deve-se, portanto, tomar cuidado se houve perda da
porção inicial. Em casos especiais, quando o paciente apresentar dificuldades de
coleta no laboratório, pode-se autorizar a coleta a domicílio, desde que o material seja
encaminhado ao laboratório em seguida após a ejaculação. O frasco deverá ser bem
vedado, e mantido à temperatura ambiente, se possível junto ao corpo. Nos indivíduos
com dificuldades ou impedimento da prática da masturbação, a coleta poderá ser feita
através de relação sexual, usando-se preservativo especial de látex não- tóxico,
devidamente fabricado para esse fim. O preservativo comum pode ser lesivo ao
espermatozóide e alterar a análise qualitativa.
Fatores que alteram a fertilidade masculina
A questão da gonadotoxidade (toxicidade às gônadas: testículos e ovários) é um ponto
de preocupação para todos aqueles que trabalham com infertilidade. Esta toxidade é
determinada por qualquer agente químico, físico ou biológico que possa alterar o
sistema endócrino ou a espermatogênese, causando modificações na fisiologia da
reprodução. A interrupção do processo biológico normal pode ocorrer por ação direta
do agente, ou forma indireta, por meio de seus metabólitos. Além desses, fatores
como stress, idade e peso devem ser levados em conta:
Trauma Testicular
Os pacientes que não tiveram descida de um ou dois testículos até a bolsa escrotal
antes do nascimento geralmente apresentam menor qualidade espermática,
independente da realização cirúrgica precoce da correção. Outros fatores testiculares
que podem determinar uma menor qualidade do ejaculado seriam dores testiculares
fortes na infância relacionadas a episódios de torções testiculares, infecções, doenças
venéreas ou uso de medicações. Situações que provocam febre, como infecções
sistêmicas, podem alterar a espermatogênese temporariamente.
Patologias Sistêmicas
Várias são as causas de patologias sistêmicas que podem levar a uma alteração na
qualidade espermática. Doenças infecciosas (caxumba, tuberculose, lepra e doenças
sexualmente transmissíveis), doenças crônicas (diabete mélito, arteriosclerose,
insuficiência renal, lupus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial sistêmica etc.),
tumores como adenoma de hipófise, craniofaringiomas e outros. Pacientes com
talassemia maior desenvolvem infertilidade pela deposição de ferro na hipófise e
testículos. O diabete mélito pode determinar lesões neuropáticas, conduzindo à
ejaculação retrógrada (em direção a bexiga ao invés da uretra).
Substâncias Tóxicas
Há um grande número de substâncias que são tóxicas à produção e função
espermáticas. Vários tipos de medicamentos (alguns antibióticos, quimioterápicos,
32
33. hormônios e esteróides anabolizantes), drogas (maconha, cocaína, álcool, cigarro,
heroína, crack e etc.) Fatores ocupacionais e ambientais (calor, luz, radiação
eletromagnéticas, etc.), agentes poluentes, industriais e do meio ambiente têm sido
relacionados com alterações da fertilidade, assim como o stress. Com relação aos
medicamentos e drogas ilícitas, deve-se estar atento para a identificação daqueles
que, sabidamente, possuem efeito negativo sobre a espermatogênese.
As doenças infecciosas causam obstruções parciais ou totais da via seminal e/ou
alterações histológicas gonadais. Os estrógenos do meio ambiente (pesticidas e
herbicidas) e da dieta (plantas, cereais, frutas, verduras, legumes e sementes
oleaginosas) têm sido muito estudados, principalmente devido à maior incidência de
malformações do trato genital nos últimos 50 anos e suspeitas da diminuição da
contagem de espermatozóides.
O aumento da temperatura testicular produz diminuição na qualidade e quantidade de
espermatozóides e também disfunção do epidídimo, como se observa em exposição
ocupacional ao calor (padeiros, confeiteiros, bombeiros, soldadores, etc.). O efeito da
exposição prolongada a metais pesados (cádmio, mercúrio, boro) pode igualmente
determinar alterações na espermatogênese, fibrose testicular e alterações hormonais.
O tabagismo pode levar à diminuição da produção de espermatozóides e à piora da
sua morfologia e motilidade. Vários pesticidas têm efeitos tóxicos sobre os testículos
alterando a fertilidade e a função sexual. Gases anestésicos, como o óxido nitroso e o
halotano, promovem diminuição da produção dos espermatozóides, bem como
aberrações cromossômicas.
Varicocele
A varicocele (varizes nos testículos) é a condição clínica mais comumente encontrada,
sendo responsável por 18% dos casos; no entanto, somente é considerada como
causa de infertilidade quando associada a padrões espermáticos anormais, o que
ocorre em cerca de 10% das vezes. São várias as teorias que tentam explicar as
alterações testiculares e seminais decorrentes destas varizes, porem não está claro
por que alguns indivíduos com varicocele são absolutamente férteis, nem porque 20 a
30% dos pacientes submetidos ao tratamento não apresentam qualquer melhora dos
parâmetros seminais.
Alterações Genéticas
Em grande número de casos, a causa da infertilidade não é definida. Estudos têm
demonstrado uma alta incidência de alterações estruturais e numéricas de
cromossomos em homens inférteis em relação a homens férteis. A maior parte das
alterações em cromossomos sexuais encontra-se em pacientes azoospérmicos
(ausência de espermatozóides no ejaculado). Dez a 15% dos pacientes com
azoospermia não-obstrutiva apresentam deleções em seu cromossomo Y (ausência
de fragmentos no cromossomo Y).
33
34. A ausência congênita de vasos deferentes (canais que comunicam o testículo com a
uretra) e a fibrose cística são outras causas genéticas que interrompem o transporte
dos espermatozóides até a uretra, sem interferir com a sua produção. Estes pacientes
produzem espermatozóides, mas eles não são ejaculados.
Outros Fatores
Situações que impediriam a função dos espermatozóides, como os anticorpos, são
encontradas em cerca de 5% dos homens; no entanto, o papel dos anticorpos anti-espermatozóides
34
permanece muito controverso. O stress provavelmente diminui a
fertilidade, mas torna-se difícil saber como mensurar e definir seu grau de participação.
Não está comprovado que a idade do homem, por si só, o predisponha a infertilidade
(ao contrário da mulher), embora outras doenças que acompanham o envelhecimento
possam predispô-lo à infertilidade, assim como parece haver uma diminuição no
volume seminal e na concentração espermática ao longo dos anos. A desnutrição
crônica provoca alterações hormonais e, juntamente com a deficiência protéica,
interfere na fertilidade.
O peso corporal em excesso e a distribuição de gordura parecem apresentar menores
efeitos sobre o homem do que sobre a fertilidade feminina.
35. Conclusão
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO
O sistema reprodutor humano, também chamado de sistema genital, é formado por
órgãos que constituem o aparelho genital masculino e feminino.
A função primordial do aparelho reprodutor é perpetuar a espécie por meio de
reprodução. O Sistema Reprodutor Masculino é o conjunto de órgãos encarregado da
reprodução no homem, assim como o Sistema Reprodutor Feminino é o conjunto de
órgãos encarregado da reprodução na mulher. O organismo feminino é mais complexo
que o do homem, pelo fato de possuir mais um órgão e conseqüentemente mais uma
função: o útero que abriga e propicia o desenvolvimento de uma nova vida, resultante
da união dos gametas.
Todo ser vivo tem um tempo limitado de vida: nasce, cresce, envelhece e morre.
Várias espécies continuam povoando a Terra graças à capacidade de reprodução. Um
ser é capaz de se reproduzir para gerar um descendente fértil, que por sua vez,
também se reproduz, e a espécie se perpetua. Além disso, na espécie humana a
reprodução também traz prazer e é uma forma de dar e receber carinho, a relação
sexual é uma das expressões mais íntimas que pode haver no relacionamento entre
duas pessoas. A reprodução humana (sexo) ocorre pela fertilização interna durante
a relação sexual.
Os seres humanos têm uma grande diferenciação sexual. Além das diferenças em
quase todos os órgãos reprodutivos, inúmeras diferenças ocorrem normalmente nas
características sexuais secundárias. O sistema endócrino é
diretamente relacionado com essas características. A liberação de certos hormônios
causa o desenvolvimento dessas características secundarias.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
35
36. Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da
gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no
sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie.
As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais principais, pois produzem
os gametas e os hormônios que definem as características sexuais secundárias.
O epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais,
escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais acessórios.
No sistema reprodutor masculino encontramos o seguinte:
- Pênis: Órgão reprodutor e excretor do organismo masculino, contendo em seu
interior um ducto (a uretra) responsável pela eliminação da urina (excreta nitrogenada /
uréia) e também condução do sêmen que contém os espermatozóides. Esse órgão é
formado por tecido cavernoso e esponjoso, que se intumesce em razão da grande
vascularização, de acordo com a libido do indivíduo em ocasião à reprodução,
proporcionando a ereção deste órgão.
- Bolsa Escrotal: Cavidade que aloja e protege os testículos, sendo responsável pela
manutenção da temperatura adequada à fisiologia dos mesmos;
- Testículos: São glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos
(espermatogênese) no interior dos túbulos seminíferos a
partir de células germinativas primordiais, também possuem células intersticiais
(células de Leydig) que sintetizam a testosterona, hormônio sexual masculino;
- Epidídimo: Ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz
os espermatozóides. Neste local os gametas atingem a maturidade e mobilidade,
tornando-os aptos à fecundação;
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37. - Canal Deferente: Canal que transporta os espermatozóides do epidídimo até um
complexo de glândulas anexas;
- Glândulas Anexas: Conjunto formado pela próstata, vesículas seminais e glândulas
bulbo uretrais, produzindo a secreção que compõem o sêmen, fluido que nutri e
proporciona meio de sobrevivência aos espermatozóides, por exemplo, neutralizando
o PH levemente ácido da uretra.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que produzem
os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os
protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e
a vulva.
No sistema reprodutor feminino encontramos o seguinte:
- Vulva Ou Pudendo: Conjunto de estruturas que formam o aparelho reprodutor
feminino externo (lábios vaginais, orifício da uretra, abertura da vagina e clitóris).
- Lábios Vaginais (Grandes E Pequenos Lábios): São dobras da pele formadas por
tecido adiposo, sendo responsáveis pela proteção do aparelho reprodutor feminino.
- Clitóris: Órgão sensível e prazeroso do organismo feminino;
- Vagina: Canal que recebe o pênis durante o ato sexual, servindo também como
conduto para eliminação do fluxo menstrual e concepção no momento do parto normal
(canal que por ação hormonal se dilata para o nascimento de um bebê);
- Útero: Órgão que recepciona o ovo / zigoto, proporcionando o seu desenvolvimento
durante o período gestacional. Além de proteger o embrião contra choques mecânicos,
também impede a transposição de impurezas e contaminação contra micro-organismos
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patogênicos, bem como auxilia a manutenção da nutrição (formação da
placenta e cordão umbilical);
- Tubas Uterinas Ou Tropas De Falópio: São ovidutos que possuem numerosos cílios
em sua superfície interna, desempenhando a função de transportar o “óvulo” (ovócito
secundário) do ovário até o útero. Normalmente é nas trompas que ocorre a
fecundação, ou seja, o encontro do espermatozóide com o “óvulo”.
38. - Ovários: São glândulas responsáveis pela ovulação periódica dos “óvulos”, de acordo
com o ciclo menstrual feminino iniciado na puberdade, produzindo também os
hormônios sexuais: estrógeno e progesterona.
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39. Referências Bibliográficas
Ovário => http://www.auladeanatomia.com/genitais/ovario.htm
Trompas de Falópio =>http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=116
Útero e vagina =>
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=671#3
Canais Deferentes e Uretra=> http://pt.slideshare.net/portaldaanatomia/sistema-genital-
39
masculino-14268246
Vesículas seminais e Próstatas=> www.biomania.com
www.manualmerck.net
Epidídimos e Testículos => 7° Edição Fisiologia Humana – Stuart Ira Fox
Escroto, Glândulas de Cowper, Pênis, Mama, Clitóris => BIBLIOGRAFIA:LIVRO
HISTOLOGIA BÁSICA
AUTOR: JUNQUEIRA E CARNEIRO
(SISTEMA EDIÇÃO)
LIVRO:FISIOLOGIA DO SEXO E CONTROLE DA NATALIDADE
AUTOR : ROBERT J. DEMAREST
JOHN J.SCIARRA,M.D,PH.D
Lábios vaginais=> http://www.ehow.com.br/servem-labios-vaginais-info_36021/
Orifício Vaginal=>http://www.aego.es/anatomia_aparato_genital_femenino_mujer.asp
Fatores Femininos=> http://infertilidade.com.br/feminino.html