Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
reino plantae
1.
2. O Reino Plantae ou Metaphyta é constituído pelas
plantas, como musgos, samambaias, pinheiros,
limoeiros e tantas outras. As plantas são fundamentais
para a continuidade da vida no planeta, pois pelo fato de
realizarem a fotossíntese, constituem a base de
sustentação dos diversos ecossistemas. Além disso,
determinam a ocorrência de vários habitats terrestres,
permitindo a manutenção da vida de uma grande
quantidade de organismos. As plantas surgiram no meio
aquático, e evidências permitem supor que elas foram
originadas a partir das algas verdes (Clorofíceas).No
momento em que o vegetal invade o meio terrestre.
3. O que é fotossintese ?
A fotossíntese é um processo de transformação
da energia luminosa em energia química
realizada pelas regiões clorofiladas das plantas.
Esse processo ocorre a partir de substâncias
simples retiradas do ambiente (água e gás
carbônico) e da energia fornecida pelo Sol.
Assim ocorre a liberação do oxigênio, a partir
das moléculas de águas e síntese de glicose
(nutriente orgânico) e de novas moléculas de
água.
4.
5. As plantas se classificam assim :
• A planta pode ser vascular ou avascular, ou seja, a presença ou não de
vasos condutores de água e sais minerais ( seiva bruta) e matéria orgânica
( a seiva elaborada).
algas são avasculares.
vascular.
• Ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor).
8. Briófitas
São plantas avasculares (sem tecido condutor), de ambiente terrestre
úmido, apresentando em seu ciclo reprodutivo a metagênese, isto é,
alternância de gerações (gametofítica ou haplóide e esporofítica ou
diplóide). Os representantes principais das briófitas, como os musgos e as
hepáticas vivem em locais úmidos e sombreados (umbrófitas), não
possuindo raízes, caules e folhas verdadeiras, mas estruturas denominadas
rizoides, cauloides e filoides. Nessas plantas, o transporte de substâncias
ocorre entre as células, através do processo de difusão e osmose, pois não
possuem vasos especializados na condução da água e de nutrientes. Por
esse motivo, as briófitas são pequenas, ou seja, seu porte é muito menor
que as plantas com vasos especializados na condução de nutrientes.
9. Os musgos crescem rente
ao chão, cobrindo o solo,
as rochas e as árvores,
formando o que podemos
denominar tapete verde.
Essas pequenas plantas
controlam a umidade do
solo, armazenando água
em suas células. Isso é
importante, porque evita a
evaporação da água do
solo. Além disso, os
musgos não permitem o
desgaste do solo, ou seja,
atuam como agentes
contra a erosão.
10. Pteridófitas
São as primeiras plantas vasculares na escala fitológica. As
pteridófitas são plantas vasculares, ou seja, aquelas que possuem
vasos condutores de seiva. Esse sistema de transporte permite que
as pteridófitas possuam um maior porte, pois os nutrientes podem
ser conduzidos às partes mais altas.
Como exemplos de pteridófitas, temos as samambaias, as avencas
e os xaxins, plantas muito comum nas matas brasileiras.
As pteridófitas habitam principalmente os locais sombreados e
úmidos, pois, dependem da água para a reprodução. Por isso, são
encontradas em grande quantidade nas florestas pluviais tropicais,
como a Floresta Atlântica e a Floresta Amazônica. Possuem em
seu ciclo reprodutivo o fenômeno da metagênese. Seu esporófito é
constituído de raiz, caule e folhas.
11. As samambaias são
formadas por um caule
subterrâneo, chamado
rizoma, que se localiza
perpendicularmente
abaixo do solo. Desse
caule saem inúmeras
raízes que se espalham
pelo chão, possibilitando
a fixação da planta e a
retirada dos nutrientes
(água e sais minerais).
As folhas partem
diretamente do rizoma,
parecendo brotar do
solo, inicialmente
apresentam aspectos de
bengalas e, depois,
abrem-se.
12. Gimnospermas
O nome das gimnospermas deriva do fato de não
possuírem as sementes no interior de frutos. Não
devemos confundir: o pinhão é uma semente e as
pinhas não são frutos, mas sim elementos reprodutores
reunidos em inflorescências unissexuadas denominadas
cones ou estróbilos. Essas plantas, consideradas
espermatófitas, são mais evoluídas que as briófitas e
pteridófitas, porque possuem uma importante inovação
evolutiva: a semente. Por esse motivo, passaram a se
multiplicar nos ambientes terrestres, pois as sementes
têm maior condição de sobrevivência que os esporos
dos musgos e das samambaias.
13. Os exemplos mais
importantes de
gimnospermas são os
pinheiros, os cedros, as
sequoias e os ciprestes.
São árvores que se
encontram em regiões de
clima temperado, onde
formam extensas
florestas. A maior parte
dessas florestas
encontram-se na Ásia, as
outras espalham-se pela
Europa e América do
Norte. No Brasil, o
principal representante
das gimnospermas é o
“pinheiro-do-paraná”
14. Araucária ou Pinheiro-do-Paraná, que
fornece o pinhão e a madeira. É uma
grande árvore com raiz, um forte caule
e folhas pequenas e duras.
Sequóia, com mais de 100m de
altura, 11m de diâmetro na base e
algumas chegando a 2 mil anos
de idade.
15. Angiospermas
São plantas espermatófitas cujas sementes são protegidas por uma
estrutura denominada fruto. São o maior e mais moderno grupo
de plantas, englobando cerca de 230 mil espécies. A palavra
angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,
'semente'.
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto.
Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às
gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades":
as flores e os frutos.
16. As flores podem ser vistosas tanto pelo
colorido quanto pela forma; muitas vezes
também exalam odor agradável e
produzem um líquido açucarado -
o néctar - que serve de alimento para as
abelhas e outros animais. Há também
flores que não têm peças coloridas, não
são perfumadas e nem produzem néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das
flores que as angiospermas produzem
sementes e frutos.
17. A flor :
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor
• pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
• receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes
peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e
ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-
se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
• cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois
geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem
sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e
for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é
indiferenciado.
• corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com
glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-
se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se
petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
18.
19. Órgãos de reprodução:
Folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e
designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel
mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
• androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os
estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam
esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo
da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
• gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada
carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona
alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos.
Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo
prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona
alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma.
Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a
dificultar a autopolinização.
20.
21. A Fecundação
Quando o grão de pólen entra em contato com o estigma ocorre a germinação e forma
o tubo polínico ou gametófito masculino. A célula divide-se por mitose originando
dois núcleos espermáticos. O tubo cresse e atinge o óvulo (gametófito feminino) e um
dos núcleos fecunda o oosfera (n) formando um zigoto (2n). O zigoto entra em
segmentação e forma o embrião. O outro núcleo espermático (n) funde-se com os
núcleos polares formando uma célula triplóide (3), que
por mitoses forma o Albume que envolve o embrião formando a casca da semente
(tegumento). Nos vegetais dicotiledôneas, para forma uma nova planta angiosperma,
não precisa de água, o endosperma é digerido pelo embrião e o produto passa a fazer
parte dos cotilédones. Nos vegetais monocotiledôneas o cotilédone não possui reserva,
pois essa reserva nutritiva fica encerrada no albume.
Conclui-se então que a semente é o óvulo fecundado e desenvolvido. Após formar a
semente a parede do ovário transforma-se no pericarpo que é a parede do fruto.
Com a germinação da semente surge uma nova planta, fechando o clico reprodutivo
das angiospermas.
Agente ponalizador:
* Anemofilia: Realizada pelo vento. Para compensar o processo as flores apresentam estiletes longos
plumosos e muito pólem;
* Hidrofilia: Realizada através da água;
* Ornitofilia: Realizada pelos pássaros. As corolas são coloridas, nectárias e glândulas odoríferas;
* Entomofilia: Realizada pelos insetos. Apresenta as mesmas adaptações da Ornitofilia;
* Quiropterofilia: Realizada pelos morcegos;
* Antropofilia: Realizada pelo ser humano.
22. Os frutos contêm e protegem as
sementes e auxiliam na dispersão na
natureza. Muitas vezes eles são
coloridos, suculentos e atraem animais
diversos, que os utiliza como alimento.
As sementes engolidas pelos animais
costumam atravessar o tubo digestivo
intactas e são eliminadas no ambiente
com as fezes, em geral em locais
distantes da planta-mãe, pelo vento, por
exemplo. Isso favorece a espécie na
conquista de novos territórios.
23. Monocotiledôneas e dicotiledôneas
As angiospermas foram subdivididas em duas classes:
as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
• São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-
de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio,
alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
• São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim,
soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno,
cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira,
algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
24. Algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de
raízes: fasciculadas e pivotantes.
• Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa
planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe
nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais:
todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes
fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
• Raízes pivotantes - Também chamadas
raízes axiais, elas formam na planta uma
raiz principal, geralmente maior que
as demais e que penetra verticalmente
no solo; da raiz principal partem raízes
laterais, que também se ramificam.
As raízes pivotantes ocorrem
nas dicotiledôneas.
25. Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos
básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
26. O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura
chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada,
associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar
uma nova planta.
• Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a
do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de
plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As
substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região
denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as
células embrionárias em desenvolvimento.
• Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão,
existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo,
dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não
se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones,
então armazenam as substâncias necessárias para o
desenvolvimento do embrião.
27.
28. Órgãos reprodutores da flor
Androceu - Estames e pólen
• Estames são folhas alongadas que durante a evolução dobraram-se sobre si mesmas,
diferenciando-se em duas regiões: o filete, porção delgada e alongada que suporta a
antera, que por sua vez protege bolsas produtoras de grãos de pólen, conhecidas como
sacos polínicos.
• Formação do grão de pólen
Os grãos de pólen formam-se nos sacos polínicos da antera. Os sacos polínicos estão
envolvidos por um tecido denominado tapetum, que também nutre as células. São quatro
sacos polínicos, cada dois em uma teca. Quando a antera se torna adulta os sacos
polínicos se rompem liberando os grãos de pólen.
• Estrutura do grão de pólen
Os grãos de pólen são formados por células haplóides com dois núcleos: um vegetativo
com função de formar o tubo polínico e outro reprodutivo com função de fecundar o óvulo.
Estrutura do grão de pólen
Os grãos de pólen são formados por células haplóides com dois núcleos: um vegetativo
com função de formar o tubo polínico e outro reprodutivo com função de fecundar o óvulo.
29.
30. • Polinização
É o processo de liberação do pólen da parte masculina onde foi formado, transporte
e deposição sobre uma superfície estigmática receptora. Em condições favoráveis e
compatíveis este pólen irá germinar, iniciando a formação do tubo polínico (fase
gametofítica) e posteriormente a fecundação.
Pode ser realizada por um agente abiótico ou biótico que associados aos aspectos
morfológicos da flor determinam as chamadas síndromes florais. A anemofilia e a
hidrofilia são síndromes abióticas.
Na polinização biótica, as plantas desenvolveram estruturas ou elementos atrativos
aos diferentes tipos de animais, que estimulam a alimentação, a atividade sexual ou
ainda a criação de ninhos onde novos indivíduos de desenvolverão. Dentre estes
elementos, podemos citar, cores (atrativo visual), odor, pólen, néctar, óleo, resina,
etc. Os insetos desenvolveram grande interação com as plantas, sendo a entomifilia
a principal síndrome biótica. Os animais vertebrados também participam deste
processo, a ornitofilia (aves) e a quiropterofilia (morcegos), são exemplos.
• Gineceu - Carpelo e ovário
O carpelo ou pistílo é uma folha modificada que durante a evolução dobrou-se
sobre si mesma, diferenciando-se em três regiões:
31. • ovário, região dilatada que protege os
óvulos;
• estigma, a porção superior, é a receptora
de grãos de pólen;
• estilete, a peça intermediária que liga o
estigma ao ovário.
O carpelo assim modificado passa a ter
aspecto de um instrumento muito
utilizado na química, conhecido como
pistili, motivo pelo qual também é
assim denominado. Uma flor pode ter
um só carpelo ou vários que, fundindo-
se totalmente ou parcialmente,
formam lojas.
O gineceu pode ser simples, quando é formado por
um só carpelo, apocárpico, quando o gineceu é
formado por vários carpelos separados
e sincárpico, quando o gineceu é formado por
vários carpelos unidos.
32. Simetria da flor
Importante para o estudo da sistemática vegetal, pode ser:
• radial ou actinomorfa: quando a forma da flor permite que se tracem
vários planos de simetria.
• bilateral ou zigomorfa: com apenas um plano de simetria.
• assimétrica: sem nenhum plano de simetria.
33.
34.
35. Milho- dele se extraem farinhas e óleos
comestíveis.
Girassol- de onde se extrai óleos
comestíveis.
36. Transporte de nutrientes : condução
Após a realização do trabalho das raízes, os nutrientes
são conduzidos, e forma-se a seiva bruta ou inorgânica,
que é conduzida pelos vasos lenhosos do xilema até as
folhas. A partir daí a seiva servirá de matéria prima
para diversos processos naturais da planta.
• Condução da seiva bruta
A teoria utilizada como explicação de como a seiva
consegue subir às folhas é a Teoria de Dixon, que diz:
que a medida que as folhas transpiram, ou seja,
eliminam água, cria-se uma forma de sucção que ajuda
a subida dos líquidos no interior dos vasos.
Demonstração da condução da seiva bruta
Mergulha-se um ramo de uma flor branca dentro de uma
solução contendo anilina. Depois de algum tempo, as
pétalas ficarão coloridas.
37. • Condução da seiva elaborada
A seiva orgânica, produzida no parênquima clorofiliano das folhas,
é lançado nos vasos liberianos do floema e conduzida geralmente
no sentido descendente, as diversas partes do vegetal.
O transporte é lento, por causa da grande quantidade de glicose,
que provoca a entrada de água no floema.
Demonstrando a condução da seiva elaborada
Retira-se o anel da casca de uma árvore ou arbusto, com isso, o
floema é retirado também, e o fluxo de glicose é interrompido e a
seiva elaborada fica acumulada na região acima do corte, então a
raiz gasta o restante das suas reservas energéticas e começa a
morrer por falta de glicose.
38. Grupo Geração Vasos Estruturas Possuem
Dominante Condutores Reprodutoras
Semente?
Fruto
Briófitas Gametofítica Avasculares Criptógamas
Não Não
Pteridófitas Esporofítica Vasculares Criptógamas
Não Não
Gimnospermas Esporofítica Vasculares Fanerógamas Sim Não
Angiospermas Esporofítica Vasculares Fanerógamas Sim Sim