O filme retrata os últimos dias de Adolf Hitler refugiado em um bunker em Berlim em abril de 1945, quando o Exército Vermelho cercava a cidade. Mostra a desesperança de Hitler com a derrota iminente da Alemanha e seu subsequente suicídio ao lado de Eva Braun, após se casarem. Também mostra o suicídio de Joseph Goebbels e sua família. O filme fornece uma visão histórica dos últimos momentos da liderança nazista encurralada em Berlim.

1. Análise de documentos/fontes
Analisar um filme histórico
Cinema e História
O filme, imagem ou não da realidade, documento ou ficção, intriga autêntica ou pura invenção, é His-tória.
Marc Ferro
O mundo de imagens animadas, que é o cinema, entrou na nossa vida e na História há pouco mais de um
século, quando os irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo. Como espetáculo de massas, com uma
função recreativa mas, também, informativa e artística, o cinema adquiriu uma tal projeção que muitos fil-
mes são hoje considerados documentos históricos. Por um lado, porque testemunham os costumes, a
ideologia, a mentalidade e os valores da época que os produziu. Por outro, e na qualidade de filmes histó-
ricos propriamente ditos, porque exploram um facto ou um episódio da História.
Apesar de os filmes históricos merecerem frequentemente reservas no que toca à fidedignidade dos fac-
tos relatados, não devemos descurar o seu potencial enquanto divulgadores de saber num tempo domi-
nado pelo audiovisual. E, como acontece com outro qualquer documento, há que descodificá-los, cruzá-los
com outras fontes, de molde a contribuir para uma construção crítica do conhecimento histórico.
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Regras de análise
Fazer uma pesquisa prévia (no manual, em
livros de História, enciclopédias, CD-ROM,
Internet):
– acontecimentos, personagens, época a que se refere o filme.
Visualizar o filme na íntegra e posteriormente,
se necessário, excertos.
Apresentar o filme:
– tipo de filme histórico (reconstituição, biografia, ficção, filme-
mito, filme etnográfico, filme de época, documentário);
– ficha técnica (título original, origem e datação,
realização, pro-dução, argumento, fotografia,
banda sonora, guarda-roupa, duração, elenco);
– prémios recebidos.
Identificar o assunto central e contextualizá-lo:
– título (pode ajudar; prestar atenção ao título original);
– acontecimento(s) histórico(s) relatado(s) – sua
localização no espaço e no tempo.
Resumir o filme:
– linhas gerais do enredo.
Identificar as personagens relevantes e caracterizá-las:
– personagens principais e secundárias
determinantes no enredo – seus traços de carácter.
Identificar o contributo do filme para o estudo da História:
– fidedignidade do enredo e das personagens;
– elementos da época a que se reporta o filme (vestes,
alimentos, utensílios, transportes, edifícios, obras de
arte, livros, costumes, crenças, divertimentos);
– possíveis erros e anacronismos;
– possível escolha do assunto do filme em função de
uma problemática atual à data da sua realização.

2. Análise de documentos/fontes
A Queda: Hitler e o Fim do Terceiro Reich
TIPO DE FILME Biografia
FICHA TÉCNICA Título original: Der Untergang Elenco:
Origem: Alemanha, Áustria e Itália
Realização: Oliver Hirschbiegel
Produção: Bernd Eichinger
Argumento: Bernd Eichinger
Fotografia: Rainer Klausmann
Cenários: Bernd Lepel
Efeitos especiais: Bernd Rautenberg, Dirk
Lange, Maurice Koester e outros
Guarda-roupa: Claudia Bobsin
Música: Stephan Zacharias
Duração: 2h29min
PRÉMIOS
34 nomeações e 22 prémios atribuídos
ASSUNTO
CENTRAL
E SUA
CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
RESUMO
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Bruno Ganz – Adolf Hitler;
Alexandra Maria Lara – Traudi Junge;
Corinna Harfouch – Magda Goebbels;
Ulrich Matthes – Joseph Goebbels;
Juliane Köhler – Eva Braun;
Thomas Kretschmann – Hermann
Fegelein;
Rolf Kaines – General Hans Krebs;
Heino Ferch – Albert Speer.
Em 1942, um grupo de jovens mulheres é escoltado por oficiais da SS, através do
bosque, até a Toca do Lobo, o QG de Hitler na Prússia Oriental. São candidatas ao
cargo de secretária pessoal do Führer. Entre elas, está Traudl Junge, uma jovem de
Munique, de 22 anos, que termina sendo a escolhida.
Em 20 de abril de 1945, agora confinado em seu 'bunker', Adolf Hitler completa 56 anos
de idade. A festa é modesta. Poucas horas antes, o Exército Vermelho havia iniciado o
cerco final à Berlim, avançando em direção ao centro da cidade em meio aos escombros
e a um inferno de fogo de artilharia. Eram mais de dois milhões de soldados russos
contra cerca de cem mil nazistas, boa parte deles formada por crianças e jovens
recrutados na última hora.
No 'bunker', ao lado de sua companheira Eva Braun e de alguns de seus assessores
mais próximos, o Führer aposta suas últimas fichas no regime por ele instalado no país.
Assim, insistindo em arrastar para a sua própria tragédia a população de Berlim,
dispensa os conselhos do Comandante da SS e da Gestapo, Heinrich Himmler, de fazer
um acordo político com os aliados, para minimizar as consequências da ocupação
soviética e evitar as enormes baixas de civis em um combate sem sentido.
Quando, finalmente, a situação se torna insustentável, ele chama sua secretária, Traudl
Junge, para datilografar seu testamento, por ele ditado. Em seguida, numa pequena
cerimônia, ele se casa com Eva Braun, prepara o suicídio dos dois e ordena a um dos
seus comandados para queimar seus cadáveres a fim de que os mesmos não venham
cair nas mãos dos aliados. Era 30 de abril de 1945.
Seguindo os passos de Hitler e Eva, Magda Goebbels, seda os seus seis filhos pequenos
e os mata, um por um, com cápsulas de cianureto, por não admitir que eles venham a
viver num mundo sem o nacional-socialismo. Ato contínuo, ela e o marido também se
suicidam.
Berlim, 20 de Abril de 1945. Hitler (Bruno Ganz) refugia-se num bunker situado sob a
Chancelaria. Na superfície, os constantes bombardeamentos da artilharia russa
anunciam a chegada do inimigo. A capital alemã encontra-se reduzida a escombros e os
combates de rua iniciam-se. Apesar do esforço dos poucos soldados, ajudados pelas
milícias populares (Volkssturm) e por crianças da Juventude Hitleriana, a derrota é
inevitável.

3. Análise de documentos/fontes
PERSONAGENS
RELEVANTES E SUA
CARACTERIZAÇÃO
VALOR HISTÓRICO
Nome: Beatriz Escalhorda Santos nº4 12ºH
Adolf Hitler – O ditador e líder da Alemanha Nazi durante todo o período prévio e
decorrente da 2ª Guerra Mundial. Um homem que ideais fascistas, antissemitas e
irrealistas, e que acreditava na existência de uma raça pura e superior, a raça ariana. De
origem austríaca, o mesmo lutou na 1ª Guerra Mundial e pertenceu ao grande grupo de
soldados que nunca aceitou a derrota alemã, considerando-se traído pelo próprio
governo.
Traudi Junge – Secretária contratada por Hitler, que permite estabelecer um contacto
mínimo entre a elite nazi e o espetador.
Joseph Goebbels – Um dos líderes mais próximos de Hitler, sendo por isso um dos
seus braços direitos. Goebbels desempenhou as funções de Ministro da Propaganda
Nazi e Antissemita durante o auge do regime, tendo por isso uma enorme importância
na difusão dos seus ideais. Ele e toda a sua família cometeram suicídio.
Eva Braun – Foi companheira de longa data de Adolf Hitler e, por menos de 40 horas,
sua esposa. Eva e Hitler conheceram-se em Munique, quando ela tinha 17 anos e
trabalhava como assistente e modelo para Heinrich Hoffmann, fotógrafo pessoal de
Hitler.
Heinrich Himmler – Foi o comandante militar da SS, e um dos principais líderes do
Partido Nazi da Alemanha Nazi. Posteriormente, Adolf Hitler nomeou-o Comandante do
Exército de Reserva e General Plenipotenciário para toda a administração do Reich.
Himmler foi um dos homens mais poderosos da Alemanha Nazi e um dos principais
responsáveis diretos pelo Holocausto.
Helmuth Weidling – Foi um oficial do Exército alemão, durante a Segunda Guerra
Mundial. Weidling foi o último comandante responsável pela defesa de Berlim, tentando
impedir o avanço do exército soviético sobre a cidade de Berlim, pouco antes do fim da
Segunda Guerra Mundial na Europa.
Der Undergang permite-nos presenciar, com veracidade, os últimos momentos da elite
política nazi em meio ao desespero da derrota iminente. Reforça-se o caráter arrogante
das tropas soviéticas, ao recusarem a negociação de paz, e, ainda que impossível,
demonstra-nos um lado “humano” dos oficiais alemães, que sempre foram associados ao
holocausto e a toda uma rede de perseguições e execuções brutais e horrendas.