Este documento discute aspectos operacionais de guindastes, incluindo: 1) Como o quadrante de operação afeta a capacidade de carga; 2) Como o tombamento, raio de operação e comprimento da lança influenciam a capacidade; 3) A importância de considerar o peso e número de voltas dos cabos de aço.
1. Objetivos
- Apresentar aspectos relacionados ao quadrante
de operação.
- Mostrar elementos do tombamento do guindaste,
raio de operação, comprimento de lança e cabos
de aço.
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
2. Introdução
• O operador é responsável pela carga até que faça todo o
seu deslocamento até o destino final. Porém, não basta
apenas chegar com a carga em seu destino final. É também
responsabilidade do operador zelar pela integridade da
carga como também cumprir o prazo combinado com o
cliente.
• Desenvolver uma operação correta e efetiva gera redução
de acidentes, de perda do produto movimentado, e de
custos operacionais.
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3. Quadrante de operação
• A variação da capacidade em
função do quadrante de operação:
Quando o guindaste gira, a
distância entre o centro de
gravidade e o eixo de tombamento
varia. Dessa forma, as
capacidades de alguns guindastes
são diferentes quando o mesmo
está na lateral, na traseira ou na
dianteira.
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5. Quadrante de operação
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• O quadrante de operação
corresponde à área ao redor do
guindaste onde pode ser realizada
a operação de içamento.
• A operação fica diferenciada ao
trabalhar na dianteira, na traseira
ou nas laterais.
6. Tombamento do guindaste
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• O tombamento do guindaste
ocorre quando a relação entre a
distância do centro de gravidade
do guindaste até o ponto de
tombamento e a distância do
centro de gravidade da carga até
o ponto de tombamento é muito
pequena, ou seja, a primeira
distância é muito inferior à
segunda.
7. Raio de Operação
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O centro de giro do guindaste é a distância horizontal do centro de gravidade do
guindaste até o centro de gravidade da carga (posição do moitão) com a carga
elevada.
8. Raio de Operação
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É recomendável que o operador
adote raios que constam na
tabela de carga com a
respectiva capacidade bruta. Ao
trabalhar com raios
intermediários use como
referência, para determinar a
capacidade bruta, sempre o raio
imediatamente superior
mostrado na tabela de carga.
Isso dá uma margem de
segurança na operação
9. Comprimento da Lança
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
• É o comprimento medido ao
longo da lança. Do eixo de
articulação da base até o eixo da
polia na ponta da lança.
• Nos guindastes modernos só é
possível trabalhar com
comprimentos de lança
mostrados na tabela de carga,
os quais são configurados
previamente pelo computador de
bordo.
10. Comprimento da Lança
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
• Nos guindastes que permitem
configurar comprimentos de
lança que não constam na
tabela, o planejador deve
determinar a capacidade bruta
sempre pelo comprimento de
lança imediatamente superior
mostrado na tabela de carga.
11. Comprimento da Lança
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
• O ângulo da lança corresponde
ao ângulo formado entre a lança
e a horizontal.
• É importante observar que
algumas tabelas de carga
apresentam os ângulos da
lança.
12. Comprimento da Lança
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
• Em função da operação do
guindaste, o ângulo da lança
não possui precisão adequada.
Isso se dá pois quando o
guindaste está em operação, a
lança, ao estar carregada, não
permanece corretamente reta,
descrevendo uma curva. Dessa
forma, recomenda-se que a
configuração do guindaste seja
feita pelo seu raio de operação.
13. Cabos
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
É de responsabilidade do RIGGER:
a) prever a quantidade máxima de cabo
que ficará pendurado na lança durante
a operação.
b) Calcular o peso do cabo
c) Somar o Peso na “COMPOSIÇÃO DA
CARGA BRUTA”
14. Cabos
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Tabela da relação entre o diâmetro
do cabo e seu peso por metro
estimado.
Diâmetro Peso (kg/m)
5/8” , 16 mm 1,10
3/4” , 19 mm 1,60
7/8” , 22 mm 2,20
1” , 26 mm 2,80
11/8” , 29 mm 3,50
11/4” , 32 mm 4,30
13/8” , 35 mm 5,30
11/2” , 38 mm 6,20
15. Cabos
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
Passadas de cabo
O centro de giro do guindaste é
a distância horizontal do centro
de gravidade do guindaste até o
centro de gravidade da carga
(posição do moitão) com a carga
elevada.
16. Cabos
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• Para conseguir movimentar a carga, o guindaste deve
exercer uma força maior que o peso desta. Isso ocorre pois,
além da carga existem as forças de atrito dos cabos com as
polias e ainda a própria rigidez dos cabos.
• Dessa forma, quando maior for a flexibilidade do cabo
utilizado no guindaste e menor for o coeficiente de atrito nas
polias, melhor será o rendimento de todo o sistema durante
sua operação.
• Quanto menor for o número de polias existentes no
guindaste, maior será seu rendimento.
• Fica a cargo do RIGGER determinar o número de passadas
de cabo e o moitão adequado para a operação a ser
executada.
17. Cabos
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É importante observar que
normalmente os fabricantes
fornecem, nos manuais dos
equipamentos, uma tabela de
passadas de cabo e o moitão
adequado para a carga a ser
içada
18. Conclusões
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Unidade 8: Aspectos operacionais dos guindastes
• O conteúdo apresentado nessa unidade do curso
apresentou uma série de particularidades operacionais que
devem ser observadas pelo operador de guindaste.
• Conhecer esses aspectos operacionais e saber definir cada
um de acordo com as necessidades de operação de
içamento ou movimentação de cargas é papel fundamental
do operador.