3. RADIO 2014
Físico – Doutor em Engª de Produção da UFSC
Mestre em Ciência Ambiental pela USP
Representante do Brasil no Comitê de eletricidade na
Associação Internacional de Seguridade Social AISS
Diretor Técnico da FUNDACENTRO – MTE
Pro Heitor de pesquisa
Representante no COPRON
Representante na CTPP
Email : spinelli@fundacentro.gov.br
Riode Janeiro
Robson Spinelli Gomes
Análise da exposição ocupacional aos campos eletromagnéticos
8. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA
NO BRASIL
• 1923 - criada a Inspetoria de Higiene
Industrial e Profissional, junto ao
Departamento Nacional de Saúde /
MS que estabeleceu até 1930
• 1934 através de decreto é criada a
inspetoria de Higiene e Segurança do
Trabalho no âmbito do
Departamento Nacional do Trabalho
/ MTb Ind. E Com.
• 1934, o MTb nomeia os primeiros
“inspetores - médicos”
Reparação de
danos à saúde
e integridade
física dos
trabalhadores
9. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA
NO BRASIL
• 1938, a inspetoria se transforma em Serviço de Higiene do
Trabalho e, 1942, em Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho
• 1943, a Legislação do Trabalho que se encontrava dispersa e
redundante, é agrupada e condensada na primeira Consolidação
das Leis do Trabalho era CLT ( Decreto lei n° 5.452 de 01/05/43)
que incluía um capítulo sobre Higiene e Segurança do trabalho. A
Legislação Brasileira baseada na Recomendação 112 da OIT, foi
expressa no Capítulo V da CLT
• 1944 a legislação sobre acidentes do trabalho é reformulada
através do decreto-lei n° 7.036
10. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA
NO BRASIL - Prevenção
• 1966, a Lei 5.161 de 21/10 cria a
Fundação Nacional de Segurança,
Higiene e Medicina do Trabalho -
FUNDACENTRO destinada a
realizar estudos e pesquisas
pertinentes aos
problemas de segurança,
higiene e medicina do
trabalho
•FUNDACENTRO
•
•FUNDACENTRO
FUNDACENTRO
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
11. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA
NO BRASIL – Controle do risco
• 1977 Lei 6.514 de 22 /
12 - altera o Capítulo
V do Título II da
CLT
• Portaria n° 3214 de
08/06 - aprova as
Normas
Regulamentadoras -
NR do Cap. V da
CLT
20. FÍSICAS
* energia capaz de ionizar átomos constituintes da matéria
* origem da emissão ( Raios X desexcitação da eletrosfera)
QUÍMICAS
* ruptura de ligações moleculares
- ação direta - ionização de uma micromolécula biológica
- ação indireta - reações químicas iniciadas pela ionização da água e gases
BIOLÓGICAS
* determinísticos ( limiar ) Gravidade do dano x dose recebida
* estocásticos - uma célula alterada (DNA) - divisão celular - mitose
Propriedades da Radiação Ionizante
21. FÍSICAS
•energia capaz de excitar os átomos constituintes da matéria
• configuração eletrônica das células
QUÍMICAS
* ? Co promotora de ruptura de ligações moleculares
- Ação indireta
BIOLÓGICAS
Aquecimento do tecido... Configuração eletrônica das células
*????
Propriedades da Radiação Não Ionizante
22. Biologia e Campos
Eletromagnéticos (CEM)
• Radiações
ionizantes: (raios X e
gama, ultravioleta de
onda curta):
• mutagênese
• teratogênese
• carcinogênese
23. No Brasil há regulamentação bem definida para
controle da exposição às radiações ionizantes
– CNEN-NN 3.01 de 2004 - diretrizes básicas de proteção
radiológica
– Portaria MS 453 de 01/06/98 - diretrizes de proteção radiológica
em radiodiagnóstico médico e odontológico
24. Biologia e
CEM
• Radiações não ionizantes: (ultravioleta, luz visível,
infravermelho, campos de rádio-freqüências e microondas, campos
de freqüências extremamente baixas e os campos elétricos e
magnéticos estáticos):
• indução de correntes elétricas em células e tecidos
• alterações em reações químicas
• aquecimento de tecidos
27. Efeitos de radiações não ionizantes
• TÉRMICOS: resultam da
penetração das ondas e
agitação interna aos
tecidos das moléculas de
água; portanto são mais
aquecidos aqueles com
maior teor de água
(cérebro, cristalino,
testículos).
• NÃO TÉRMICOS:
densidades de potência
insuficientes para aquecer,
mas que interfeririam com
os campos
eletromagnéticos internos
aos sistemas biológicos
(alterações enzimáticas,
hormonais).
28. CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
de frequê ncia muito baixa (até 300 Hz)
INDUÇÃO DE CARGAS (V/m)
E CORRENTES ELÉTRICIAS (A/m)
entre 300 Hz e 1 Mhz
INDUÇÃO DE CAMPOS
E CORRENTES ELÉTRICIAS
DENSIDADE DE CORRENTE (A/m2)
superiores a 1 Mhz até 300 Ghz
AQUECIMENTO E "NÃO AQUECIMENTO"
DENSIDADES DE POTÊNCIA (W/m2)
COEFICIENTES DE ABSORÇÃO (W/kg)
RADIOFREQUÊNCIAS
entre 300 Hz e 300 Ghz
INDUÇÃO DE CORRENTES
E CALOR
CAMPOS
ELETROMAGNÉTICOS
29. ELÉTRICOS
não há penetraç ão corpórea
ERIÇAMENTO DE PELOS
CÂNCER INFANTIL?
MAGNÉTICOS
fácil penetraç ão corpórea
ALT. IRRIGAÇÃO E IMPULSOS NERV.
TUMORES E CÂNCERES?
CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
de frequência muito baixa
INDUÇÃO DE CARGAS
E CORRENTES ELÉTRICIAS
30. As numerosas reaç õ es quí micas
inerentes aos processos vitais
associam-se a correntes normais "bá sicas"
ao redor de 10 mA/m2
Densidades de corrente induzida que exceda
100 mA/m2 como mí nimo
podem perturbar o funcionamento normal
e produzir contraç õ es musculares involuntá rias
ESTÍ MULO DE CÉLULAS DE TECIDOS
COMO NERVOS E MÚSCULOS
é possí vel que correntes que excedam
o ní vel de base do organismo sejam prejudiciais
RADIOFREQUÊNCIAS
entre 300 Hz e 1 Mhz
INDUÇÃO DE CAMPOS E CORRENTES ELÉTRICIAS
DENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA (A/m2)
32. Padrões e recomendações de
segurança
• ICNIRP Guidelines (International Recomendation -
1998)
• CENELEC ENV 501662-2 (European pre-standard
- 1998)
• ACGIH (trad. ABHO - 1998)
• IEEE C95.1 (U.S. standard - 1991)
• FCC (publ. 96-326 - 1996)
• AS/NZS 2772.1 (Interim Australian/New Zealand
standard - 1998)
33. Normas e limites de exposição
• Ocupacional ou ambientes controlados:
– adultos treinados
– cientes da exposição
– podem tomar precauções apropriadas
• Ambiente não controlado
– indivíduos de todas as idades, sexo e condições
de saúde
– não cientes dos níveis de campo a que estão
sujeitos (celulares, microondas)
– não tomam precauções
– as exposições são contínuas ou prolongadas
34. ICNIRP/CIPRNI
“...A indução de câncer pela exposição de longa
duração a CEM não foi considerada estabelecida.
Por essa razão, estas diretrizes são baseadas em
efeitos na saúde de caráter imediato, a curto prazo,
tais como estimulação de nervos periféricos e
músculos, choques e queimaduras causadas por
tocar em objetos condutores e elevação de
temperatura nos tecidos, resultante da absorção de
energia durante a exposição a CEM”...
36. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA
NO BRASIL
• NR 15 – Atividades e
operações insalubres – Anexo
7
• NR 16 - Atividades e
Operações Perigosas
• Anexo 1 - Explosivos
• Anexo2 - Inflamáveis
• Eletricidade
• NR 9 – Programa de
Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA
• Nível de ação
37. BRASIL - LEGISLAÇÃO
LEI N.º 6.514, DE 22 DE DEZEMRO DE 1977
PORTARIA N.º 3214, DE 8 DE JUNHO DE 1978
NR - 15 - ANEXO N.º 7
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
1 - Para os efeitos desta norma, são radiações não ionizantes as
microondas, ultravioletas e laser.
2 - As operações ou atividades que exponham os
trabalhadores às radiações não ionizantes, sem proteção
adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência
de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
3 - As atividades ou operações que exponham os
trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na
faixa - 400 - 320 nanômetros), não serão consideradas
insalubres.
38. Aspecto Legal
MTE - Portaria nº 25 de 29/12/1994
Aprova o texto da Norma Regulamentadora - NR 9
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCO AMBIENTAIS
PPRA
39. Aspectos Legais
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
P P R A
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores
e instituições que admitam trabalhadores como
empregados
40. Aspectos Legais
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
DAS MEDIDAS DE CONTROLE
Quando os resultados das avaliações quantitativas de
exposição dos trabalhadores excederem os valores dos
limites previstos na NR15 ou, na ausência destes, os valores
de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH,
ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os
critérios técnicos-legais estabelecidos.
41. Análise da exposição ocupacional
aos Campos Eletromagnéticos
• Analise do tipo de atividade desenvolvida
• Analise das condições de trabalho
• Observação dos EPIs em campo
• Monitoração da exposição aos CEM
• Monitoração da saúde ocupacional –
PCMSO (NR 7)
• Descrição do PPRA – (NR9)
42. Análise da exposição ocupacional
aos Campos Eletromagnéticos
• Condições de trabalho
– EPIs
– Vestimentas
– Monitores pessoais
– Exposição a outros agentes ambientais
• Ruido / vibração
• Calor
• Frio
• Umidade
• Radiação solar
• Poeiras
43. Análise da exposição ocupacional
aos Campos Eletromagnéticos
• Condições de trabalho
– Riscos ergonômicos
– Riscos mecânicos
– Riscos de queda
44. Análise da exposição ocupacional
aos Campos Eletromagnéticos
• Monitoração da Saúde
– PCMSO? ??? Qual indicador biológico a
investigar?
– Informação sobre as características da
exposição ocupacional
– Sinergismo entre agentes de risco
45. Limites...
“No caso dos efeitos potenciais da exposição a
longo prazo, tais como aumento de risco de
câncer, a ICNIRP concluiu que os dados
disponíveis são insuficientes para prover uma
base para fixar restrições a exposição, embora
pesquisas epidemiológicas tenham produzido
evidências sugestivas, mas não convincentes, de
uma associação entre possíveis efeitos
carcinogênicos e a exposição de fluxo magnético
de 50/60 Hz em níveis substancialmente
inferiores aos recomendados nestas diretrizes”.
46. LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARAAGENTES
FÍSICOS – American Conference of
Governmental Industrial Hygienists - ACGIH
Tabela 1 – TLVs para Radiofrequência / Microondas – Parte A – Campos
Eletromagnéticos (SAR de corpo inteiro < 0,4W/Kg)
Frequência Densidade de potência Campo elétrico Campo
Magnético
mW/cm2 V/m A/m
30 kHz- 100 kHz 614 163
100 kHz-3 MHz 614 16.3/f
3 MHz-30 MHz 1842/f 16.3/f
30 MHz-100 MHz 61.4 16.3/f
100 MHz-300 MHz 1 61.4 0.163
300 MHz-3 GHz f/300
3 GHz-15 GHz 10
15 GHz-300 GHz 10
47.
48. CÂNCER
- Estudos epidemiológicos sobre Leucemia
Infantil e exposição residencial a linhas de
transmissão parecem indicar um ligeiro
aumento do risco de leucemia e tumores
cerebrais em profissionais no setor elétrico. A
maioria dos estudos sobre riscos profissionais
apontam uma forma especial de leucemia, a
leucemia mielóide aguda, entretanto outros
encontram uma maior incidência de outra
forma , a leucemia linfática crônica.
49. CONSIDERAÇÕES
- As considerações sobre a regulamentação da
exposição basea - se exclusivamente em informes
sobre o câncer. Nos estudos de outros possíveis
efeitos relacionados com os campos elétricos e
magnéticos (por exemplo, transtornos da reprodução
e transtornos neurológicos e de comportamento), os
resultados não se consideram em geral bastantes
claros e consistentes como servir de base científica
a restrição da exposição.
50. EXPOSIÇÃO
- Exposição ambiental - Urbano e rural - ocupacional
- Choque elétrico
- Hipersensibilidade a eletricidade
• pele - enrijecimento..
• sistema nervoso – cefaléias – stress - depressões -
falhas na memória..
• Limiar de efeito biológico
• PUBLICO – OCUPACIONAL?
• Exposições combinadas SINERGISMO ENTRE
AGENTES