1) Nos anos após o descobrimento dos raios-X e da desintegração nuclear, pesquisadores que trabalhavam com radiação relataram danos biológicos, já que essas radiações possuem energia para ionizar átomos nas células.
2) Em 1928, a Comissão Internacional de Proteção Radiológica foi estabelecida para fornecer procedimentos padronizados de proteção contra radiação, sem limitar usos benéficos.
3) A CNEN é responsável pela segurança do uso de energia nuclear no Brasil
2. História da Radioproteção
Nos anos que se seguiram às descobertas da radiação X e da desintegração nuclear vários foram os
relatos de danos biológicos em pesquisadores e profissionais que trabalhavam com essas radiações.
Esses danos ocorreram porque as radiações X, ?, ? e ? possuem energia suficiente para provocar
ionizações nos átomos constituintes das células animais e vegetais.
Com o objetivo de fornecer procedimentos padronizados de proteção para o indivíduo sem limitar
as práticas benéficas que utilizam exposição à radiação, foi estabelecida, em 1928, a Comissão
Internacional de Proteção Radiológica: ICRP (International Commission on Radiological Protection).
A ICRP é mantida por um número de organizações internacionais e por muitos governos, seu campo
de atuação envolve aspectos de proteção contra radiação ionizante em todas as áreas que utilizam
esta radiação.
A ICRP estabelece recomendações em proteção radiológica que formam a base para programas e
regulamentações mais detalhadas emitidas por outras organizações internacionais e por
autoridades regionais e nacionais.
A ICRP publicou seu primeiro relatório em 1928. Este primeiro relatório, denominado Publicação 1,
continha recomendações que foram adotadas em Setembro de 1958. Recomendações subsequentes
foram publicadas em 1964, em 1966 e em 1977. A Publicação 26, de 1977, ampliada em 1978, foi
aprimorada nos anos de 1980 e 1987. As recomendações foram completamente revisadas e
publicadas em 1991 como Publicação 60.
A CNEN , criada em 1956, como uma unidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, MCT, é
responsável pela segurança no uso da energia nuclear em território nacional. É referência nas áreas
de radioproteção e enriquecimento de urânio e responsável pela publicação das normas que
regulamentam a utilização da radiação ionizante no Brasil.
A norma de radioproteção, CNEN – NN 3.01, estabelece os princípios básicos de radioproteção, os
limites de dose e as grandezas utilizadas em radioproteção.
8. Efeitos estocásticos
Podem ocorrer para em qualquer dose de
radiação recebida em pequeno tempo de
exposição. Radiologistas sem a devida
proteção podem desenvolver esses efeitos.
9. Efeitos determinísticos
Ocorrem em doses elevadas a partir de um limite.
Ex: vítimas de acidente radioativo, como as
ocorridas no acidente do césio 137, na cidade de
Goiânia-GO, Brasil, em 1987 e em Chernobyl,
Ucrânia, em 1986.
Odesson Ferreira, presidente das
“Vítimas do Césio 137”, em Goiânia
10. Aspectos positivos da
radioatividade:
• radioterapia, que é usada no tratamento do
câncer;
• agricultura, com a limpeza dos alimentos,
visando ao extermínio de bactérias e
fungos;
• no auxílio da obtenção de diagnóstico de e
tratamento de doenças em geral;
• esterilização de materiais cirúrgicos,
dentários e de equipamentos médicos.