SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 83
Baixar para ler offline
1
PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA
Rosângela Franco Coelho
Área de Física Médica
Centro de Engenharia Biomédica
UNICAMP
rosangel@ceb.unicamp.br
2
HISTÓRICO
 08/11/1895 - Roentgen descobriu os RX
 28/12/1895 - Roentgen publicou
 05/01/1896 - “VEINA PRESS” - publica um
resumo
⇒ notícia se espalha
⇒ Thomas A. Edson começa a trabalhar com RX
 1896 - “MEDICAL RECORD” (NY) publica 28
referências sobre os RX
 trabalhadores apresentam reações
 ajudante de Edson apresenta sintomas
3
HISTÓRICO
 ~ 1896 - Com o uso dos RX para diagnóstico e
pesquisa sem cuidados adequados
 apareceram efeitos danosos em médicos e pacientes –
EFEITOS IMEDIATOS
 Eritema
 Perda de cabelo (alopécia)
 Anemia
 Baixa energia da radiação
 Longo tempo necessário para uma radiografia aceitável
 1as. Medidas para estabelecer guias de proteção
radiológica
 Limites de exposição em termos de DOSE ERITEMA
 Anos mais tarde novos efeitos danosos – EFEITOS
TARDIOS
 Leucemia
4
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422009000100044script=sci_arttext
RX: Fascinação, medo e ciência
.
A male technician taking an
x-ray of a female patient in
1940. This image was used
to argue that exposure to
radiation during the x-ray
procedure would be a myth
5
HISTÓRICO
 1896 - Becquerel - raios similares aos RX eram
emitidos continuamente por compostos de Urânio
 12/1896 - Casal Curie isola o RADIUM -altamente
radioativo com três tipos de “raio”
 Raios γ ≈ aos Raios X
 1901 - Becquerel sofreu queimaduras devido a um
frasco de RADIUM que carregava no bolso
 P. Curie queimou o braço (de propósito??)
⇒ propriedades medicinais ???
⇒ início do uso terapêutico da radiação
6
HISTÓRICO
 1901 -
⇒ início de aplicação em doenças de pele
⇒ pesquisa → RX tinham efeito bactericida
 1901 - Bergonie e Tribondeau estudaram a
histologia de tecidos irradiados
⇒ LEI DE BERGONIE E TRIBONDEAU
 “Células imaturas e células em estado de divisão são
mais sensíveis à irradiação do que células adultas ou
estacionadas”
 1903 - RX são esterilizantes
7
APLICAÇÕES MEDICINAIS
8
HISTÓRICO
 1903 a 1927 - Bardeen → ovos de rã
fertilizados com espermas irradiados com RX
desenvolviam anomalias
 1927 - Müller → Drosophila → RX e Rγ
produziam mutações que eram hereditárias
 1930 a 1960
 desenvolvimento de fontes poderosas de RX e Rγ
 isolamento de vários gramas de RADIUM
 desenvolvimento de fontes de alta voltagem
9
HISTÓRICO
 1961 em diante
 início do desenvolvimento dos ACELERADORES LINEARES
 invenção do CICLOTRON
 produção de radioisótopos em larga escala
 Desenvolvimento da energia atômica
 acidentes e bombas
 conscientização maior sobre danos potenciais da radiação
ionizante
 ICRP
 fundada em 1928 durante Congresso de Radiologia
 estuda assuntos relativos à Prot. Rad
Introduction to Radiation Protection in
Diagnostic Radiology
10
Há
RADIAÇÃO
nesta sala?
11
RADIAÇÃO NATURAL
 Exposição às radiações ionizantes sempre
ocorreu
 radiações cósmicas
 elementos radioativos naturais
 solo, alimentos, corpo humano e materiais de construção
 BG varia dependendo do local
 médio = 1,25 mSv/ano
 IFUSP = 1,40 mSv/ano
 Guarapari = 3,15 mSv/ano
 EUA = 1,02 mSv/ano
Introduction to Radiation Protection in
Diagnostic Radiology
12
Radiação – Nós vivemos com:
Radiação Natural: Raios Cósmicos, radiação
dentro do nosso corpo, na comida que
comemos, água que bebemos, casa que
moramos, gramados, material de construção
etc.
Corpo Humano: K-40, Ra-226, Ra-228
e.g. homem com 70 kg 140 gm of K
140 x 0.012%=
0.0168 gm of K-40
0.1 µCi of K-40
≈24,000 fótons emitidos/min
(T1/2 of K-40 = 1.3 bilhões de anos)
Introduction to Radiation Protection in
Diagnostic Radiology
13
Radiação – Nós vivemos com:
Terra: Topo 1m de jardim de 400 m2
=1200 kg de K dos quais K-40 =1.28 Kg
= +3.6 Kg de Th + 1 Kg Ur
μGy/yr
New Delhi, India 700
Bangalore, India 825
Bombay, India 424
Kerala, India (in narrow
Coastal strip) 4000
Ramsar, Iran 10000
Guarapari, Brazil 8760
Introduction to Radiation Protection in
Diagnostic Radiology
15
Radiação – Nós vivemos com:
Food Níveis de Materiais Radioativos (Bq/kg)
Incorporação
diária (g/d)
Ra-226 Th-228 Pb-210 K-40
Arroz 150 0.126 0.267 0.133 62.4
Trigo 270 0.296 0.270 0.133 142.2
Legumes 60 0.233 0.093 0.115 397.0
Outros
Vegetais
70 0.126 0.167 -- 135.2
Folhas
Vegetais
15 0.267 0.326 -- 89.1
Leite 90 -- -- -- 38.1
Dieta
Composta
1370 0.067 0.089 0.063 65.0
Dose equivalente = 0.315 mSv/yr
DoseTotal por fontes Naturais = 1.0 to 3.0 mSv/yr
16
RADIAÇÃO PRODUZIDA PELO
HOMEM
 Ambiental
 armas, produtos de consumo
 Procedimentos médicos (balanço risco
benefício)
 diagnóstico médico e odontológico
 terapia
 Ocupacional
 radionuclídeos, aparelhos de RX e
aceleradores de partículas
 reatores nucleares
17
Matéria e Energia
 Matéria é aquilo que ocupa espaço.
 Os átomos e moléculas são a parte fundamental da
matéria
Oxigênio
Hidrogênio Hidrogênio
18
Curva de estabilidade nuclear
Powsner, R. A; Powsner E. R –
“Essentials of nuclear medicine
physics” – Blackwell Science -
1998
19
Modos de decaimento
Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear
medicine physics” – Blackwell Science - 1998
emissão
alfa
-2 n
-2p
20
Curva de decaimento
Powsner, R. A;
Powsner E. R –
“Essentials of nuclear
medicine physics” –
Blackwell Science -
1998
21
Espectro eletromagnético
Bushong, S. C. - Radiologic science for
technologists: physics, biology, and protection –
6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
22
Ionização
Powsner, R. A; Powsner E. R –
“Essentials of nuclear medicine physics” –
Blackwell Science - 1998
23
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A
MATÉRIA
e- de alta velocidade
Ionização, excitação, quebra de ligações moleculares, calor
Mudanças químicas
Danos biológicos
BIOLÓGICO
t 


 10 s e t 


 10 horas
FÍSICO
t≤10-14s
QUÍMICO
10-12 s 


 t ≤
≤
≤
≤ 10-3 s
Radiação X ou γ
γ
γ
γ entrando no sistema biológico
Interação primária
PROTEÇÃO = blindagem
PROTEÇÃO = terapia com químicos
reações de rad. livres,
quebra de ligações, etc.
FÍSICO-QUÍMICO – radiólise da água, formação de H2O2
⇩
⇩
⇩
⇩ mitose, rompimento
da membrana celular
QUÍMICO-BIOLÓGICO – início da ação dos compostos tóxicos
PROTEÇÃO = tratamento de sintomas
24
Grandezas e unidades de radiação
Bushong, S. C. - Radiologic science for
technologists: physics, biology, and protection –
6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
25
DNA E O HOMEM
O DNA é a molécula mais importante com
relação ao dano por radiação
sofre ação direta e indireta (radiólise da água)
S. C. Bushong – Radiologic Science for
Technologists - Physics, Biology and
Protection – 6Th Edition
Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of
nuclear medicine physics” – Blackwell Science
- 1998
26
EFEITOS DA RADIAÇÃO
S. C. Bushong – Radiologic Science for
Technologists - Physics, Biology and
Protection – 6Th Edition
27
População Efeito Observado
Radiologistas americanos Leucemia, ⇩ tempo de vida
Sobreviventes das bombas
atômicas
Doenças malignas
Vítimas de acidentes de radiação Morte
Mineiros de urânio Câncer de pulmão
Pintores de mostradores de
relógio
Câncer ósseo
Irradiação intra-útero Câncer infantil
Stuart C. Bushong – Radiologic Science for Technologists - 1997
EFEITOS DA RADIAÇÃO
28
Rosângela F. Coelho - AFM/CEB -
CONFIME 2012
28
Relação entre dose D x E efeito
Pintoras de
mostradores de
relógios - tinta
com rádio -
câncer ósseo com
limiar de dose
- idem para câncer
de fígado por
ingestão de tório
- idem para câncer
de pulmão para
mineiros não
fumantes expostos
a radônio e seus
filhos
Emico Okuno, Elisabeth Mateus
Yoshimura – Física das Radiações –
Editora Oficina de Textos - 2010
29
EFEITOS DA RADIAÇÃO
S. C. Bushong – Radiologic Science for
Technologists - Physics, Biology and
Protection – 6Th Edition
1000 mSv
1000 mSv
100.000 mSv
2000 mSv
30
SENSIBILIDADE x IDADE
Bushong, S. C. - Radiologic science for
technologists: physics, biology, and protection –
6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
31
DISTRIBUIÇÃO DE DOSES
Bushong, S. C. - Radiologic science for
technologists: physics, biology, and protection –
6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
32
CURVA DE DANOS À SAÚDE
33
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA
NUCLEAR (CNEN)
 Estabelece, publica e faz cumprir normas para o
trabalho seguro com materiais e equipamentos
emissores de radiações ionizantes
 Normas importantes:
 NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Radioproteção –
2005
 NE 6.02 – Licenciamento de Instalações Radiativas –
1998
34
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 Princípios de Radioproteção (CNEN-NN-3.01)
 JUSTIFICATIVA
 OTIMIZAÇÃO
 LIMITAÇÃO DE DOSES
 as doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem
exceder os limites de dose equivalente estabelecidos na norma
 evitam efeitos determinísticos e previnem efeitos estocásticos
 doses que se recebidas pelo indivíduo não afetam a ele ou a seus
descendentes
INTRODUÇÃO À PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA
Período DMP
(mSv/ano)
1931-1936 500
1936-1948 300
1948-1958 150
1958-
Presente*
50
 Variação da DMP (DMA) ao longo do tempo
 atualmente - exposição = benefício
*ALARA (As Low As Reasonably Achievable)
20
2005
36
LIMITES DE DOSE
 Limites Primários de Dose Equivalente
Órgão Dose equivalente (mSv)
Trabalhadores Público
Corpo Inteiro
(Hefetiva)
20a
1
Órgão ou Tecido
T
500 1/wt**
Pele 500 50
Cristalino 150 50
Extremidades* 500 50
a – média em 5 anos, com H=50 mSv em 1 único ano
* - mãos, antebraços, pés e tornozelos
** - wt - fator de ponderação para o órgão ou tecido T
37
LIMITES DERIVADOS
 DMA ANUAL - períodos mais curtos
 Trabalhadores:
 1,670 mSv/mês
 0,385 mSv/semana
 0,080 mSv/dia
 0,010 mSv/h
 H=8(h/dia)x5(dia/sem)x50(sem/ano)x0,010(mSv/h)
 H=20,0 mSv/ano
38
COMPARAÇÃO COM RISCOS NA
INDÚSTRIA (EUA - 1972)
Atividade Mortes/milhão
ano
Risco
Comércio 72 segura
Indústria 96 segura
Serviços 120
Governo 131
Transporte 362
Agricultura 657
Construção 710
Mineração 1000
39
COMPARAÇÃO COM RISCOS NA
INDÚSTRIA
 ATIVIDADES SEGURAS
 risco = 10-4 /ano
 para doses de 5 mSv/ano = 5xBG
 risco = 10-4 /ano
 limite de dose = 20 mSv/ano
 doses médias = 5 mSv/ano
 equivalente a:
 64.000 km por ar ou 9.600 km de carro
 75 cigarros
 1,4 dias na vida de um homem de 60 anos
40
FONTES SELADAS X NÃO SELADAS
 Fontes seladas:
 material radioativo encapsulado, sem
possibilidade de contacto com o mesmo
 ex. fontes de cobalto, césio, irídio usadas
em radioterapia
 Fontes não seladas ou abertas:
 material radioativo líquido, em pó, etc.
 ex. materiais usados em medicina nuclear,
pesquisa, etc.
41
42
 Emissores β de T1/2 variada
 3 H, 14 C, 35 S, 32 P
 medicina e biologia
 Emissores γ de T1/2 curta
 99m Tc, 131 I, 51 Cr
 medicina
 emissores α T1/2  103 anos
 226Ra, 238U, 232 Th , 147 Sm
 cronologia e raios cósmicos
MATERIAIS RADIOATIVOS:
43
Planejamento de Instalações e
Programa de Proteção Radiológica
 Planejamento Físico
 lay-out
 Blindagens
 Planejamento de Procedimentos
 descrição do trabalho, riscos e procedimentos para
garantir a segurança
 Depende de:
 fontes de radiação
 características e uso
 usuários
 formação e quantidade
44
PLANEJAMENTO DE PROCEDIMENTOS
 deve ser feito pelo próprio pesquisador
 = envolvimento com a proteção radiológica
do laboratório = efetivo
 depende de características da atividade
 conhecido e entendido por todos
45
45
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 Instalações com fontes -
 Símbolo internacional de presença de
radiação ionizante
Desenho + óbvio
indicando risco
46
RESPONSABILIDADES
 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 controle da exposição de trabalhadores e indivíduos
do público
 TRABALHADORES
 seguir as recomendações da proteção radiológica
 informar sobre anormalidades
47
MEIOS DE PROTEÇÃO
Mould, R. F. – Radiation Protection in
Hospitals - 1985
Distância
intensidade varia com 1/d2
Tempo
Blindagem
48
BLINDAGENS
• α
α
α
α e β
β
β
β de baixa energia
 distância, embalagens, condições de uso
• β
β
β
β de energia mais alta
 áreas de trabalho e locais de
armazenamento de fontes e rejeitos
 material = acrílico
• γ
γ
γ
γ e X
 áreas de trabalho, local de armazenamento
de fontes e rejeitos
 material =
=
=
= chumbo ou barita
49
BLINDAGENS → BETA = ACRÍLICO
50
HVL x espessura do absorvedor
Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of
nuclear medicine physics” – Blackwell Science
- 1998
BLINDAGENS → GAMA = CHUMBO
51
BLINDAGEM PARA TELETERAPIA
2,67 m – sala do
acelerador linear
do HC-Unicamp
– parede mais
espessa
região de feixe
primário (direto)
de radiação
“labirinto” – protege a porta da
sala = espessura diminui
52
MONITORAÇÃO DE ÁREA
 Avaliação da eficácia das blindagens
 medida em todos os pontos de interesse ao redor
da fonte ou da sala
 Resultados classificam a área
 restrita
 livre
 Monitoração individual???
53
INSTRUMENTAÇÃO USADA EM
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 Detectores a Gás
 Geiger-Müller
 bom para medir γ e β
 sondas
 Cilíndrica ou “pancake”
Powsner, R. A; Powsner E.
R – “Essentials of nuclear
medicine physics” –
Blackwell Science - 1998
54
DETECTOR GEIGER-MÜLLER
sonda cilíndrica
sonda “pancake”
55
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
Radioterapia - CAISM
Co-
60
HDR
simulado
r
controlada
salas dos aparelhos
supervisionada
sala dos controles
livre
vizinhanças das salas
AL
HDR
56
DOSÍMETRO
• Monitoração Individual:
• obrigatória para trabalhadores de áreas
controladas
• avaliar
• a dose dos trabalhadores e suas tendências
• local de trabalho
• exposições acidentais
57
MONITORAÇÃO INDIVIDUAL
Composição dos monitores Sapra Landauer.
Pastilha de CaSO4
Pastilha de LiF
58
Monitoração Individual
NOME DO SETOR:SMN CÓDIGO DO SETOR (SAPRA) 3801
CÓDIGO DO USUÁRIO:SAPRA 004 IPEN: 009/014
NOME:
SEXO: F CPF:
DATA DE NASCIMENTO:
FUNÇÃO: Auxiliar de Enfermagem DATA DE ADMIS.:
CARGA HORÁRIA (h/sem): DOSE ACUMULADA ANTERIOR:
INÍCIO DE RADIAÇÃO: jan/95 INÍCIO DE CONTROLE: 1/4/1995
MÊS 1995 1996 1997 2001 2002 2003 2004
janeiro 0,70 0 0,3 0,3
fevereiro 1,90 1,50 0,4 0,3
março 2,95 1,10 0,4 0,3
abril 0,60 2,95 1,10 0,6
setembro 0,80 0,90 0,90 0,4
outubro 0,90 1,90 1,30 0,4
novembro 0 1,90 0,90 0,3
dezembro 0,50 0,40 0,30 0
TOTAL ANUAL 2,80 13,60 7,10 2,80 0,90 0,00 0,00
MÉDIA MENSAL: 0,56 1,70 0,89 0,35 0,30 #DIV/0! #DIV/0!
DOSE MENSAL (mSv)
ANO
59
LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS
 Itens necessários:
 Local de recebimento, armazenagem e
manipulação de radionucídeos
 Bancada com proteção em “L”
 Recipientes blindados para as fontes e
rejeitos;
 Livros de registro
60
LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS
 Itens necessários:
 Monitor de Área e de Contaminação
 Luvas descartáveis
 Bandejas forradas
 Conjuntos para descontaminação
 Água corrente
61
PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES
62
PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES
63
Laboratório de Radioisótopos do
Serviço de Medicina Nuclear
vista frontal da bancada de
manuseio com as blindagens
área de manuseio de radionuclídeos
64
LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS
 Procedimentos:
 não fumar, beber ou comer
 monitorar superfícies de trabalho
 usar:
pipetas automáticas
luvas
aventais
 manipular fontes sobre bandejas forradas
65
ORGANIZAÇÃO DE ÁREAS DE
TRABALHO
66
Uso de Luvas e Monitoração das Mãos
67
DESCONTAMINAÇÃO
68
CONTAMINAÇÃO
Armazenagem de roupa
contaminada
Descontaminação e Monitoração
69
REJEITOS RADIOATIVOS - Definição
 Rejeito Radioativo – “qualquer
material resultante de atividades
humanas, que contenha radionuclídeos
em quantidades superiores aos limites
de isenção especificados na norma
CNEN-NN-3.01 e para o qual a
reutilização é imprópria ou não prevista”
70
GERENCIAMENTO DE REJEITOS
 Rejeitos Radioativos
 coletados
 segregados
 classificados
 identificados
71
GERENCIAMENTO DE REJEITOS
 Rejeitos Radioativos
 descartados tão logo quanto possível
 armazenados para decaimento (depósito)
 T½ muito longa = IPEN
 devolução ao fabricante (fontes seladas)
 registro de inventário
72
GERENCIAMENTO DE REJEITOS
 Armazenamento de rejeitos
 inicialmente no Laboratório
 Descarte definitivo
 Sólidos
 Lixo Comum
 Lixo Hospitalar
 Líquidos
 Rede de Esgotos
73
GERENCIAMENTO DE REJEITOS
 Rejeitos Líquidos Com Solventes
Orgânicos
 problema químico + importante
 separação
 incineração ??? (autor. da CNEN)
 evaporação em capelas ???
74
RECIPIENTES PARA COLETA E
ARMAZENAMENTO
 O acondicionamento dos rejeitos deve
considerar
 estado físico
 tipo de emissão
 características perigosas (químicas e biológicas).
 deve ser feito em recipientes
 padronizados
 identificados
 estocados em local pré-determinado, segundo o tipo de
rejeito
75
RECIPIENTES PARA COLETA E
ARMAZENAMENTO
 Rejeitos
Líquidos
 Rejeitos
Sólidos
76
Etiqueta de Identificação
dos Rejeitos
HC – UNICAMP – Serviço de Medicina Nuclear
Resp . Radioproteção : Dr. xxxxxxxx
Sólido não combustível ( ) Sólido combustível ( )
Plástico ( ) Papel ( ) Vidro ( ) Pérfuro – cortante ( )
Cx.: _______________ Atividade : ______________
99m Tc ( ) 18F ( ) 131I ( ) 67Ga ( ) 201Tl ( ) 153Sm ( ) 51Cr ( )
Massa do conteúdo : _____ kg Volume do conteúdo : 0,0074m3
Qtde de rejeito : ______ kg/m3 Massa da emb. Vazia : 0,45 kg
Tipo de embalagem : 2 – caixa de papelão
Nível da radiação na superfície : ________ mSvh-1 / mRh-1
Nível da radiação a 1,0 m da superfície: ________mSvh-1 / mRh-1
Resp. : _____________ Data de fechamento : ___ / ___ / ___
DATA PARA DESCARTE : ____ / ____ / ____
77
CENTRO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA/UNICAMP
ÁREA DE FÍSICA MÉDICA
CONTROLE DE VARIAÇÕES DE INVENTÁRIO
Fósforo - 33 - Conteúdo Atual dos Castelos Originais
λ
λ
λ
λ = 2,77E-02 dia^-1 T1/2 = 25,0 dias
AQUISIÇÃO UTILIZAÇÃO
CATE- ELIMINADOS
DATA ISÓTOPO ATIVIDADE ATIVIDADE QUANTIDADE DATA ATIVIDADE QUANTIDADE GORIA REDE DE LIXO
UNITÁRIA TOTAL MASSA VOL. TOTAL MASSA VOL. DATA ATIV. MASSA
(MBq/m l) (MBq) (kg) m l (MBq) (kg) m l (MBq) (kg)
08/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 07/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,57E-23 0,045
08/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 07/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,57E-23 0,045
22/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 21/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 1,12E-22 0,045
19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045
19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045
19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045
19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045
31/07/98 P-33 0,42 0,011 0,025 30/08/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,77E-22 0,045
14/08/98 P-33 0,42 0,011 0,025 13/09/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 1,14E-21 0,045
25/09/98 P-33 0,42 0,011 0,025 25/10/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 3,67E-21 0,045
IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO: Laboratório de Hem ostasia RAMAL: 88755
HEMOCENTRO/HC
RESPONSÁVEL PELA RADIOPROTEÇÃO: Lúcia Helena Siqueira DATA 18/07/02 ASSINATURA
78
TRANSPORTE DE MATERIAIS
RADIOATIVOS
 TRANSPORTE EXTERNO
 obedecer norma específica
 aprovado pela CNEN (cargas maiores)
 obedecer exigências do Ministério dos
Transportes
 motorista habilitado (transp. de produtos
perigosos)
 TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
 recipientes adequados e sinalizados
79
79
TRANSPORTE DE MATERIAIS
RADIOATIVOS
Etiqueta de
identificação:
radionuclídeo,
atividade, índice
de transporte
Container para
transporte de
fonte de Ir-192
(embalagem
tipo A)
80
81
 ACIDENTE COM DIFRATÔMETRO
(blindagem retirada para calibração)
82
ACIDENTE COM
DIFRATÔMETRO
83
FILME BOM SOBRE RADIAÇÕES E EFEITOS -
http://www.youtube.com/watch?v=UfxlrD-
Su7Mfeature=endscreenNR=1

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Radioproteção__radiologia__tecnologo.pdf

Semelhante a Radioproteção__radiologia__tecnologo.pdf (20)

Evolução Radiologia
Evolução RadiologiaEvolução Radiologia
Evolução Radiologia
 
Radiação: conceito, histórico, aplicações e prevenção.
Radiação: conceito, histórico, aplicações e prevenção.Radiação: conceito, histórico, aplicações e prevenção.
Radiação: conceito, histórico, aplicações e prevenção.
 
Efeitos Deletéris da Radiação
Efeitos Deletéris da RadiaçãoEfeitos Deletéris da Radiação
Efeitos Deletéris da Radiação
 
palestra cem.ppt
palestra cem.pptpalestra cem.ppt
palestra cem.ppt
 
Radiação
RadiaçãoRadiação
Radiação
 
Proteçao radiologica
Proteçao radiologicaProteçao radiologica
Proteçao radiologica
 
RADIOPROTEÇÃO APLICADA A RADIOTERAPIA CECAPTEC.pptx
RADIOPROTEÇÃO APLICADA A RADIOTERAPIA CECAPTEC.pptxRADIOPROTEÇÃO APLICADA A RADIOTERAPIA CECAPTEC.pptx
RADIOPROTEÇÃO APLICADA A RADIOTERAPIA CECAPTEC.pptx
 
Proteção Radiologica palestra
Proteção Radiologica palestraProteção Radiologica palestra
Proteção Radiologica palestra
 
Aplicações
AplicaçõesAplicações
Aplicações
 
Medicina Nuclear
Medicina NuclearMedicina Nuclear
Medicina Nuclear
 
Radioatividade
RadioatividadeRadioatividade
Radioatividade
 
Apostila1cnen
Apostila1cnenApostila1cnen
Apostila1cnen
 
Curso radiologia odontológica
Curso radiologia odontológica Curso radiologia odontológica
Curso radiologia odontológica
 
LEGISLAÇÃO RADIOLÓGICA
LEGISLAÇÃO RADIOLÓGICALEGISLAÇÃO RADIOLÓGICA
LEGISLAÇÃO RADIOLÓGICA
 
FUKUSHIMA
FUKUSHIMA FUKUSHIMA
FUKUSHIMA
 
ProteçãO Radiologica Ipen
ProteçãO  Radiologica   IpenProteçãO  Radiologica   Ipen
ProteçãO Radiologica Ipen
 
RISCO FÍSICO
RISCO FÍSICORISCO FÍSICO
RISCO FÍSICO
 
Biofisica radioterapia 1
Biofisica radioterapia 1Biofisica radioterapia 1
Biofisica radioterapia 1
 
Biofisicaradioterapia 1-140323085058-phpapp01
Biofisicaradioterapia 1-140323085058-phpapp01Biofisicaradioterapia 1-140323085058-phpapp01
Biofisicaradioterapia 1-140323085058-phpapp01
 
Todos Os Pratos
Todos Os PratosTodos Os Pratos
Todos Os Pratos
 

Radioproteção__radiologia__tecnologo.pdf

  • 1. 1 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Rosângela Franco Coelho Área de Física Médica Centro de Engenharia Biomédica UNICAMP rosangel@ceb.unicamp.br
  • 2. 2 HISTÓRICO 08/11/1895 - Roentgen descobriu os RX 28/12/1895 - Roentgen publicou 05/01/1896 - “VEINA PRESS” - publica um resumo ⇒ notícia se espalha ⇒ Thomas A. Edson começa a trabalhar com RX 1896 - “MEDICAL RECORD” (NY) publica 28 referências sobre os RX trabalhadores apresentam reações ajudante de Edson apresenta sintomas
  • 3. 3 HISTÓRICO ~ 1896 - Com o uso dos RX para diagnóstico e pesquisa sem cuidados adequados apareceram efeitos danosos em médicos e pacientes – EFEITOS IMEDIATOS Eritema Perda de cabelo (alopécia) Anemia Baixa energia da radiação Longo tempo necessário para uma radiografia aceitável 1as. Medidas para estabelecer guias de proteção radiológica Limites de exposição em termos de DOSE ERITEMA Anos mais tarde novos efeitos danosos – EFEITOS TARDIOS Leucemia
  • 4. 4 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422009000100044script=sci_arttext RX: Fascinação, medo e ciência . A male technician taking an x-ray of a female patient in 1940. This image was used to argue that exposure to radiation during the x-ray procedure would be a myth
  • 5. 5 HISTÓRICO 1896 - Becquerel - raios similares aos RX eram emitidos continuamente por compostos de Urânio 12/1896 - Casal Curie isola o RADIUM -altamente radioativo com três tipos de “raio” Raios γ ≈ aos Raios X 1901 - Becquerel sofreu queimaduras devido a um frasco de RADIUM que carregava no bolso P. Curie queimou o braço (de propósito??) ⇒ propriedades medicinais ??? ⇒ início do uso terapêutico da radiação
  • 6. 6 HISTÓRICO 1901 - ⇒ início de aplicação em doenças de pele ⇒ pesquisa → RX tinham efeito bactericida 1901 - Bergonie e Tribondeau estudaram a histologia de tecidos irradiados ⇒ LEI DE BERGONIE E TRIBONDEAU “Células imaturas e células em estado de divisão são mais sensíveis à irradiação do que células adultas ou estacionadas” 1903 - RX são esterilizantes
  • 8. 8 HISTÓRICO 1903 a 1927 - Bardeen → ovos de rã fertilizados com espermas irradiados com RX desenvolviam anomalias 1927 - Müller → Drosophila → RX e Rγ produziam mutações que eram hereditárias 1930 a 1960 desenvolvimento de fontes poderosas de RX e Rγ isolamento de vários gramas de RADIUM desenvolvimento de fontes de alta voltagem
  • 9. 9 HISTÓRICO 1961 em diante início do desenvolvimento dos ACELERADORES LINEARES invenção do CICLOTRON produção de radioisótopos em larga escala Desenvolvimento da energia atômica acidentes e bombas conscientização maior sobre danos potenciais da radiação ionizante ICRP fundada em 1928 durante Congresso de Radiologia estuda assuntos relativos à Prot. Rad
  • 10. Introduction to Radiation Protection in Diagnostic Radiology 10 Há RADIAÇÃO nesta sala?
  • 11. 11 RADIAÇÃO NATURAL Exposição às radiações ionizantes sempre ocorreu radiações cósmicas elementos radioativos naturais solo, alimentos, corpo humano e materiais de construção BG varia dependendo do local médio = 1,25 mSv/ano IFUSP = 1,40 mSv/ano Guarapari = 3,15 mSv/ano EUA = 1,02 mSv/ano
  • 12. Introduction to Radiation Protection in Diagnostic Radiology 12 Radiação – Nós vivemos com: Radiação Natural: Raios Cósmicos, radiação dentro do nosso corpo, na comida que comemos, água que bebemos, casa que moramos, gramados, material de construção etc. Corpo Humano: K-40, Ra-226, Ra-228 e.g. homem com 70 kg 140 gm of K 140 x 0.012%= 0.0168 gm of K-40 0.1 µCi of K-40 ≈24,000 fótons emitidos/min (T1/2 of K-40 = 1.3 bilhões de anos)
  • 13. Introduction to Radiation Protection in Diagnostic Radiology 13 Radiação – Nós vivemos com: Terra: Topo 1m de jardim de 400 m2 =1200 kg de K dos quais K-40 =1.28 Kg = +3.6 Kg de Th + 1 Kg Ur μGy/yr New Delhi, India 700 Bangalore, India 825 Bombay, India 424 Kerala, India (in narrow Coastal strip) 4000 Ramsar, Iran 10000 Guarapari, Brazil 8760
  • 14.
  • 15. Introduction to Radiation Protection in Diagnostic Radiology 15 Radiação – Nós vivemos com: Food Níveis de Materiais Radioativos (Bq/kg) Incorporação diária (g/d) Ra-226 Th-228 Pb-210 K-40 Arroz 150 0.126 0.267 0.133 62.4 Trigo 270 0.296 0.270 0.133 142.2 Legumes 60 0.233 0.093 0.115 397.0 Outros Vegetais 70 0.126 0.167 -- 135.2 Folhas Vegetais 15 0.267 0.326 -- 89.1 Leite 90 -- -- -- 38.1 Dieta Composta 1370 0.067 0.089 0.063 65.0 Dose equivalente = 0.315 mSv/yr DoseTotal por fontes Naturais = 1.0 to 3.0 mSv/yr
  • 16. 16 RADIAÇÃO PRODUZIDA PELO HOMEM Ambiental armas, produtos de consumo Procedimentos médicos (balanço risco benefício) diagnóstico médico e odontológico terapia Ocupacional radionuclídeos, aparelhos de RX e aceleradores de partículas reatores nucleares
  • 17. 17 Matéria e Energia Matéria é aquilo que ocupa espaço. Os átomos e moléculas são a parte fundamental da matéria Oxigênio Hidrogênio Hidrogênio
  • 18. 18 Curva de estabilidade nuclear Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998
  • 19. 19 Modos de decaimento Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998 emissão alfa -2 n -2p
  • 20. 20 Curva de decaimento Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998
  • 21. 21 Espectro eletromagnético Bushong, S. C. - Radiologic science for technologists: physics, biology, and protection – 6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
  • 22. 22 Ionização Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998
  • 23. 23 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA e- de alta velocidade Ionização, excitação, quebra de ligações moleculares, calor Mudanças químicas Danos biológicos BIOLÓGICO t 10 s e t 10 horas FÍSICO t≤10-14s QUÍMICO 10-12 s t ≤ ≤ ≤ ≤ 10-3 s Radiação X ou γ γ γ γ entrando no sistema biológico Interação primária PROTEÇÃO = blindagem PROTEÇÃO = terapia com químicos reações de rad. livres, quebra de ligações, etc. FÍSICO-QUÍMICO – radiólise da água, formação de H2O2 ⇩ ⇩ ⇩ ⇩ mitose, rompimento da membrana celular QUÍMICO-BIOLÓGICO – início da ação dos compostos tóxicos PROTEÇÃO = tratamento de sintomas
  • 24. 24 Grandezas e unidades de radiação Bushong, S. C. - Radiologic science for technologists: physics, biology, and protection – 6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
  • 25. 25 DNA E O HOMEM O DNA é a molécula mais importante com relação ao dano por radiação sofre ação direta e indireta (radiólise da água) S. C. Bushong – Radiologic Science for Technologists - Physics, Biology and Protection – 6Th Edition Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998
  • 26. 26 EFEITOS DA RADIAÇÃO S. C. Bushong – Radiologic Science for Technologists - Physics, Biology and Protection – 6Th Edition
  • 27. 27 População Efeito Observado Radiologistas americanos Leucemia, ⇩ tempo de vida Sobreviventes das bombas atômicas Doenças malignas Vítimas de acidentes de radiação Morte Mineiros de urânio Câncer de pulmão Pintores de mostradores de relógio Câncer ósseo Irradiação intra-útero Câncer infantil Stuart C. Bushong – Radiologic Science for Technologists - 1997 EFEITOS DA RADIAÇÃO
  • 28. 28 Rosângela F. Coelho - AFM/CEB - CONFIME 2012 28 Relação entre dose D x E efeito Pintoras de mostradores de relógios - tinta com rádio - câncer ósseo com limiar de dose - idem para câncer de fígado por ingestão de tório - idem para câncer de pulmão para mineiros não fumantes expostos a radônio e seus filhos Emico Okuno, Elisabeth Mateus Yoshimura – Física das Radiações – Editora Oficina de Textos - 2010
  • 29. 29 EFEITOS DA RADIAÇÃO S. C. Bushong – Radiologic Science for Technologists - Physics, Biology and Protection – 6Th Edition 1000 mSv 1000 mSv 100.000 mSv 2000 mSv
  • 30. 30 SENSIBILIDADE x IDADE Bushong, S. C. - Radiologic science for technologists: physics, biology, and protection – 6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
  • 31. 31 DISTRIBUIÇÃO DE DOSES Bushong, S. C. - Radiologic science for technologists: physics, biology, and protection – 6th Edition – 1997- Mosby, Inc.
  • 32. 32 CURVA DE DANOS À SAÚDE
  • 33. 33 COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN) Estabelece, publica e faz cumprir normas para o trabalho seguro com materiais e equipamentos emissores de radiações ionizantes Normas importantes: NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Radioproteção – 2005 NE 6.02 – Licenciamento de Instalações Radiativas – 1998
  • 34. 34 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Princípios de Radioproteção (CNEN-NN-3.01) JUSTIFICATIVA OTIMIZAÇÃO LIMITAÇÃO DE DOSES as doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem exceder os limites de dose equivalente estabelecidos na norma evitam efeitos determinísticos e previnem efeitos estocásticos doses que se recebidas pelo indivíduo não afetam a ele ou a seus descendentes
  • 35. INTRODUÇÃO À PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Período DMP (mSv/ano) 1931-1936 500 1936-1948 300 1948-1958 150 1958- Presente* 50 Variação da DMP (DMA) ao longo do tempo atualmente - exposição = benefício *ALARA (As Low As Reasonably Achievable) 20 2005
  • 36. 36 LIMITES DE DOSE Limites Primários de Dose Equivalente Órgão Dose equivalente (mSv) Trabalhadores Público Corpo Inteiro (Hefetiva) 20a 1 Órgão ou Tecido T 500 1/wt** Pele 500 50 Cristalino 150 50 Extremidades* 500 50 a – média em 5 anos, com H=50 mSv em 1 único ano * - mãos, antebraços, pés e tornozelos ** - wt - fator de ponderação para o órgão ou tecido T
  • 37. 37 LIMITES DERIVADOS DMA ANUAL - períodos mais curtos Trabalhadores: 1,670 mSv/mês 0,385 mSv/semana 0,080 mSv/dia 0,010 mSv/h H=8(h/dia)x5(dia/sem)x50(sem/ano)x0,010(mSv/h) H=20,0 mSv/ano
  • 38. 38 COMPARAÇÃO COM RISCOS NA INDÚSTRIA (EUA - 1972) Atividade Mortes/milhão ano Risco Comércio 72 segura Indústria 96 segura Serviços 120 Governo 131 Transporte 362 Agricultura 657 Construção 710 Mineração 1000
  • 39. 39 COMPARAÇÃO COM RISCOS NA INDÚSTRIA ATIVIDADES SEGURAS risco = 10-4 /ano para doses de 5 mSv/ano = 5xBG risco = 10-4 /ano limite de dose = 20 mSv/ano doses médias = 5 mSv/ano equivalente a: 64.000 km por ar ou 9.600 km de carro 75 cigarros 1,4 dias na vida de um homem de 60 anos
  • 40. 40 FONTES SELADAS X NÃO SELADAS Fontes seladas: material radioativo encapsulado, sem possibilidade de contacto com o mesmo ex. fontes de cobalto, césio, irídio usadas em radioterapia Fontes não seladas ou abertas: material radioativo líquido, em pó, etc. ex. materiais usados em medicina nuclear, pesquisa, etc.
  • 41. 41
  • 42. 42 Emissores β de T1/2 variada 3 H, 14 C, 35 S, 32 P medicina e biologia Emissores γ de T1/2 curta 99m Tc, 131 I, 51 Cr medicina emissores α T1/2 103 anos 226Ra, 238U, 232 Th , 147 Sm cronologia e raios cósmicos MATERIAIS RADIOATIVOS:
  • 43. 43 Planejamento de Instalações e Programa de Proteção Radiológica Planejamento Físico lay-out Blindagens Planejamento de Procedimentos descrição do trabalho, riscos e procedimentos para garantir a segurança Depende de: fontes de radiação características e uso usuários formação e quantidade
  • 44. 44 PLANEJAMENTO DE PROCEDIMENTOS deve ser feito pelo próprio pesquisador = envolvimento com a proteção radiológica do laboratório = efetivo depende de características da atividade conhecido e entendido por todos
  • 45. 45 45 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Instalações com fontes - Símbolo internacional de presença de radiação ionizante Desenho + óbvio indicando risco
  • 46. 46 RESPONSABILIDADES PROTEÇÃO RADIOLÓGICA controle da exposição de trabalhadores e indivíduos do público TRABALHADORES seguir as recomendações da proteção radiológica informar sobre anormalidades
  • 47. 47 MEIOS DE PROTEÇÃO Mould, R. F. – Radiation Protection in Hospitals - 1985 Distância intensidade varia com 1/d2 Tempo Blindagem
  • 48. 48 BLINDAGENS • α α α α e β β β β de baixa energia distância, embalagens, condições de uso • β β β β de energia mais alta áreas de trabalho e locais de armazenamento de fontes e rejeitos material = acrílico • γ γ γ γ e X áreas de trabalho, local de armazenamento de fontes e rejeitos material = = = = chumbo ou barita
  • 49. 49 BLINDAGENS → BETA = ACRÍLICO
  • 50. 50 HVL x espessura do absorvedor Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998 BLINDAGENS → GAMA = CHUMBO
  • 51. 51 BLINDAGEM PARA TELETERAPIA 2,67 m – sala do acelerador linear do HC-Unicamp – parede mais espessa região de feixe primário (direto) de radiação “labirinto” – protege a porta da sala = espessura diminui
  • 52. 52 MONITORAÇÃO DE ÁREA Avaliação da eficácia das blindagens medida em todos os pontos de interesse ao redor da fonte ou da sala Resultados classificam a área restrita livre Monitoração individual???
  • 53. 53 INSTRUMENTAÇÃO USADA EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Detectores a Gás Geiger-Müller bom para medir γ e β sondas Cilíndrica ou “pancake” Powsner, R. A; Powsner E. R – “Essentials of nuclear medicine physics” – Blackwell Science - 1998
  • 55. 55 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS Radioterapia - CAISM Co- 60 HDR simulado r controlada salas dos aparelhos supervisionada sala dos controles livre vizinhanças das salas AL HDR
  • 56. 56 DOSÍMETRO • Monitoração Individual: • obrigatória para trabalhadores de áreas controladas • avaliar • a dose dos trabalhadores e suas tendências • local de trabalho • exposições acidentais
  • 57. 57 MONITORAÇÃO INDIVIDUAL Composição dos monitores Sapra Landauer. Pastilha de CaSO4 Pastilha de LiF
  • 58. 58 Monitoração Individual NOME DO SETOR:SMN CÓDIGO DO SETOR (SAPRA) 3801 CÓDIGO DO USUÁRIO:SAPRA 004 IPEN: 009/014 NOME: SEXO: F CPF: DATA DE NASCIMENTO: FUNÇÃO: Auxiliar de Enfermagem DATA DE ADMIS.: CARGA HORÁRIA (h/sem): DOSE ACUMULADA ANTERIOR: INÍCIO DE RADIAÇÃO: jan/95 INÍCIO DE CONTROLE: 1/4/1995 MÊS 1995 1996 1997 2001 2002 2003 2004 janeiro 0,70 0 0,3 0,3 fevereiro 1,90 1,50 0,4 0,3 março 2,95 1,10 0,4 0,3 abril 0,60 2,95 1,10 0,6 setembro 0,80 0,90 0,90 0,4 outubro 0,90 1,90 1,30 0,4 novembro 0 1,90 0,90 0,3 dezembro 0,50 0,40 0,30 0 TOTAL ANUAL 2,80 13,60 7,10 2,80 0,90 0,00 0,00 MÉDIA MENSAL: 0,56 1,70 0,89 0,35 0,30 #DIV/0! #DIV/0! DOSE MENSAL (mSv) ANO
  • 59. 59 LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS Itens necessários: Local de recebimento, armazenagem e manipulação de radionucídeos Bancada com proteção em “L” Recipientes blindados para as fontes e rejeitos; Livros de registro
  • 60. 60 LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS Itens necessários: Monitor de Área e de Contaminação Luvas descartáveis Bandejas forradas Conjuntos para descontaminação Água corrente
  • 63. 63 Laboratório de Radioisótopos do Serviço de Medicina Nuclear vista frontal da bancada de manuseio com as blindagens área de manuseio de radionuclídeos
  • 64. 64 LABORATÓRIO DE RADIONUCLÍDEOS Procedimentos: não fumar, beber ou comer monitorar superfícies de trabalho usar: pipetas automáticas luvas aventais manipular fontes sobre bandejas forradas
  • 66. 66 Uso de Luvas e Monitoração das Mãos
  • 69. 69 REJEITOS RADIOATIVOS - Definição Rejeito Radioativo – “qualquer material resultante de atividades humanas, que contenha radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na norma CNEN-NN-3.01 e para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista”
  • 70. 70 GERENCIAMENTO DE REJEITOS Rejeitos Radioativos coletados segregados classificados identificados
  • 71. 71 GERENCIAMENTO DE REJEITOS Rejeitos Radioativos descartados tão logo quanto possível armazenados para decaimento (depósito) T½ muito longa = IPEN devolução ao fabricante (fontes seladas) registro de inventário
  • 72. 72 GERENCIAMENTO DE REJEITOS Armazenamento de rejeitos inicialmente no Laboratório Descarte definitivo Sólidos Lixo Comum Lixo Hospitalar Líquidos Rede de Esgotos
  • 73. 73 GERENCIAMENTO DE REJEITOS Rejeitos Líquidos Com Solventes Orgânicos problema químico + importante separação incineração ??? (autor. da CNEN) evaporação em capelas ???
  • 74. 74 RECIPIENTES PARA COLETA E ARMAZENAMENTO O acondicionamento dos rejeitos deve considerar estado físico tipo de emissão características perigosas (químicas e biológicas). deve ser feito em recipientes padronizados identificados estocados em local pré-determinado, segundo o tipo de rejeito
  • 75. 75 RECIPIENTES PARA COLETA E ARMAZENAMENTO Rejeitos Líquidos Rejeitos Sólidos
  • 76. 76 Etiqueta de Identificação dos Rejeitos HC – UNICAMP – Serviço de Medicina Nuclear Resp . Radioproteção : Dr. xxxxxxxx Sólido não combustível ( ) Sólido combustível ( ) Plástico ( ) Papel ( ) Vidro ( ) Pérfuro – cortante ( ) Cx.: _______________ Atividade : ______________ 99m Tc ( ) 18F ( ) 131I ( ) 67Ga ( ) 201Tl ( ) 153Sm ( ) 51Cr ( ) Massa do conteúdo : _____ kg Volume do conteúdo : 0,0074m3 Qtde de rejeito : ______ kg/m3 Massa da emb. Vazia : 0,45 kg Tipo de embalagem : 2 – caixa de papelão Nível da radiação na superfície : ________ mSvh-1 / mRh-1 Nível da radiação a 1,0 m da superfície: ________mSvh-1 / mRh-1 Resp. : _____________ Data de fechamento : ___ / ___ / ___ DATA PARA DESCARTE : ____ / ____ / ____
  • 77. 77 CENTRO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA/UNICAMP ÁREA DE FÍSICA MÉDICA CONTROLE DE VARIAÇÕES DE INVENTÁRIO Fósforo - 33 - Conteúdo Atual dos Castelos Originais λ λ λ λ = 2,77E-02 dia^-1 T1/2 = 25,0 dias AQUISIÇÃO UTILIZAÇÃO CATE- ELIMINADOS DATA ISÓTOPO ATIVIDADE ATIVIDADE QUANTIDADE DATA ATIVIDADE QUANTIDADE GORIA REDE DE LIXO UNITÁRIA TOTAL MASSA VOL. TOTAL MASSA VOL. DATA ATIV. MASSA (MBq/m l) (MBq) (kg) m l (MBq) (kg) m l (MBq) (kg) 08/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 07/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,57E-23 0,045 08/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 07/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,57E-23 0,045 22/05/98 P-33 0,42 0,011 0,025 21/06/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 1,12E-22 0,045 19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045 19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045 19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045 19/06/98 P-33 0,42 0,011 0,025 19/07/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 2,42E-22 0,045 31/07/98 P-33 0,42 0,011 0,025 30/08/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 7,77E-22 0,045 14/08/98 P-33 0,42 0,011 0,025 13/09/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 1,14E-21 0,045 25/09/98 P-33 0,42 0,011 0,025 25/10/98 0,004 0,025 LBN 18/07/02 3,67E-21 0,045 IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO: Laboratório de Hem ostasia RAMAL: 88755 HEMOCENTRO/HC RESPONSÁVEL PELA RADIOPROTEÇÃO: Lúcia Helena Siqueira DATA 18/07/02 ASSINATURA
  • 78. 78 TRANSPORTE DE MATERIAIS RADIOATIVOS TRANSPORTE EXTERNO obedecer norma específica aprovado pela CNEN (cargas maiores) obedecer exigências do Ministério dos Transportes motorista habilitado (transp. de produtos perigosos) TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO recipientes adequados e sinalizados
  • 79. 79 79 TRANSPORTE DE MATERIAIS RADIOATIVOS Etiqueta de identificação: radionuclídeo, atividade, índice de transporte Container para transporte de fonte de Ir-192 (embalagem tipo A)
  • 80. 80
  • 81. 81 ACIDENTE COM DIFRATÔMETRO (blindagem retirada para calibração)
  • 83. 83 FILME BOM SOBRE RADIAÇÕES E EFEITOS - http://www.youtube.com/watch?v=UfxlrD- Su7Mfeature=endscreenNR=1