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CINCO MINUTOS DE VALORES HUMANOS
                          para a escola

                                          1º MÓDULO


                                           OBSERVAÇÃO:

                             Este 1º módulo foi revisado em outubro/2011,
                            e foram feitas algumas alterações importantes.

    ______________________________________________________________________________


     ALGUNS ESCLARECIMENTOS:

     Este Programa consta de três módulos, com 200 aulas cada, totalizando 600 aulas, suficientes para
atender as necessidades do ensino fundamental, a partir do 5º ano.
     Cada módulo é equivalente a um ano letivo e, para simplificar, foram divididos em 1º e 2º
semestres.
     As aulas têm duração de apenas cinco minutos para não interferir na programação normal das
escolas.

     Sugerimos:

     No primeiro ano de implementação do Programa, ministrar:

     1º MÓDULO para todas as turmas do 5º ao 9º ano.

     No ano seguinte ministrar:
     1º MÓDULO, para o 5º ano.
     2º MÓDULO, para 6º, 7º, 8º e 9º anos.

     No ano seguinte ministrar:
     1º MÓDULO, para o 5º ano.
     2º MÓDULO, para o 6º ano.
     3º MÓDULO = para 7º, 8º e 9º anos.

      A partir daí, sugerimos que, no lugar do 4º módulo seja re-ministrado o 2º, e no lugar do 5º módulo
seja re-ministrado o 3º.
      Não recomendamos a repetição do 1º módulo porque nele estão inseridos os episódios da Aventura
Virtual. Ficaria repetitivo.

     Para o ensino médio esse material foi adaptado para aulas semanais com duração de 45/50
minutos, e também está disponível para download, com o título: Ensinando Valores Humanos a Crianças
e Adolescentes – Volumes 01 e 02.

     O material didático pode ser “xerocado” no formato de apostila, para uso dos professores. Só não é
permitida sua comercialização, sob qualquer pretexto.
1º MÓDULO – primeiro semestre

      Dessa forma, qualquer escola, em qualquer lugar, poderá implementar o Programa sem quaisquer
dificuldades.
      OBSERVAÇÕES:

      OBS. 01 – Este Programa não necessita de capacitação de professores, mas é importante haver
uma reunião de sensibilização e de motivação com os mesmos, porque alguns se mostram desmotivados
para desenvolver mais um trabalho em sala de aula. Detalhes no texto Passo-a-passo, mais abaixo.

      OBS. 02 – Ao longo do 1º Módulo estão inseridos no formato de aulas os episódios de Uma
Aventura no Mundo Virtual, baseada em O Desafio Virtual, de autoria de Saara Nousiainen. Escrito
inicialmente no formato de roteiro recebeu do Ministério da Cultura em 1997, junto com outros catorze, o
prêmio de “Melhor roteiro cinematográfico de longa metragem”.
      Esse material foi gravado (somente áudio) no formato de novelinha de rádio, minissérie em áudio,
e também está disponibilizado de maneira inteiramente gratuita no site www.cincominutos.org, com 43
capítulos de 5 minutos. Nesse formato, interpretado por 15 artistas, certamente ficou bem mais
interessante. Assim as aulas sobre a Aventura Virtual podem ser substituídas pela apresentação do mesmo
capítulo, em áudio.
      Trata-se de uma trama bem urdida ao longo da qual os ouvintes vão percebendo como é importante
vivenciar valores como: respeito, não violência, ética, justiça, verdade, responsabilidade, honestidade e,
sobretudo, amor.
      Certamente é bem mais proveitoso o ensino de tais valores através de uma minissérie em áudio, e
as escolas poderão fazer download desse material através do link:
http://www.cincominutos.org/minisseries.cadastro.htm

     OBS. 03 - Para simplificar, nas orientações ao(à) professor(a) estamos generalizando, empregando
apenas “o professor”.

     OBS. 04 – Os textos em itálico são orientações pontuais ao professor.

      OBS. 05 – A implantação do Programa Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola pode ser
iniciada em qualquer época, bastando manter sempre a sequencia, porque algumas aulas são
sequenciadas, como por exemplo "Uma Aventura no Mundo Virtual", cujos episódios foram inseridos,
um a cada cinco aulas no Primeiro Módulo.
      A metodologia é muito simples. As aulas têm partes que estão no formato de leitura, ou seja, o(a)
professor(a) lê para os alunos, e outras nas quais faz perguntas, incentiva respostas e socializa assuntos.
Em algumas há tarefa de casa e em poucas a necessidade de materiais simples e fáceis de conseguir.
      Grande parte das aulas foi elaborada utilizando-se de contos e narrativas, permitindo aos alunos
mais fácil fixação dos ensinamentos.


     COMO IMPLANTAR O PROGRAMA NA ESCOLA, PASSO-A-PASSO.

      1 – Ler as explicações sobre o Programa no site www.cincominutos.org.
      No link “Material Didático”, preenchendo o cadastro e dando OK vai entrar na página dos
Downloads. “Baixar” o material didático, ou seja, os três Módulos e os dois volumes do livro Ensinando
Valores humanos a Crianças e Adolescentes.
      OBSERVAÇÃO: Para facilitar, os três Módulos estão disponíveis em PDF, em formato próprio
para impressão ou Xerox. É importante “baixar” logo todo o material didático e salvar no computador.

      2 – Imprimir as apostilas, inicialmente do 1º Módulo, sendo uma para cada professor que vá
ministrar as aulas. Se for para o ensino médio, o material didático a ser impresso será o primeiro volume
do livro Ensinando Valores Humanos a Crianças e Adolescentes, que é uma adaptação das aulas diárias
de 5 minutos, para aulas semanais com duração de 45/50 minutos.
                                                     2
1º MÓDULO – primeiro semestre


     3 – Definir o horário das aulas de Valores Humanos, que sugerimos sejam sempre no início da
primeira aula de cada turno, em todas as salas, do 5º ao 9º ano, diariamente.

      4 – Realizar uma reunião de sensibilização e motivação com os professores que vão ministrar as
aulas de Valores Humanos.

      Roteiro da reunião de sensibilização e motivação:
      a) convidar os presentes a "fazerem de conta" que são crianças e alunos, e a procurarem sentir
como se de fato fossem crianças, passando-se em seguida a ministrar-lhes uma das aulas do “Cinco
Minutos”. Dessa forma, observando como o conteúdo da aula repercute em seu próprio interior,
perceberão a importância de assumir essa tarefa.
      Para facilitar, sugerimos algumas aulas do Primeiro Módulo – primeiro semestre, dentre as quais
poderão escolher a que será ministrada aos professores, ou seja: aulas N º 01, 24, 44, 79.
      É importante que essa aula seja ministrada por alguém que tenha “comprado a idéia”.
      OBSERVAÇÃO: quando se tratar de ensino médio, a aula a ser ministrada aos professores deve ser
do livro Ensinando Valores Humanos a Crianças e Adolescentes;

      b) esclarecê-los sobre a abordagem adotada no Programa:
      Os valores não são apresentados pela ótica religiosa, mas sim como atitudes e ações que geram
resultados benéficos a quem os vivencia.
      A consciência é apresentada como um guia interno, estando nela registrado o conhecimento do
certo e do errado, tanto assim que as próprias leis que foram estabelecidas ao longo do tempo, nasceram
desse conhecimento interno que vai se aprimorando à medida que o ser humano e a sociedade evoluem.
Mostra-se então ao aluno que a prática de ações que ferem os valores humanos gera pontos de conflito na
consciência, produzindo o remorso, que é algo ruim, inclusive para a saúde, conforme indicam inúmeras
pesquisas científicas.
      Os contos e narrativas, criados especificamente para cada situação, enfatizam, sempre dentro de
possibilidades reais, o quanto é importante e benéfico vivenciar valores positivos.



  *********************************************************************************




                               PRIMEIRO SEMESTRE


     AULA – 01
     Desculpar-se

      O professor deve caminhar pela sala e esbarrar em algum objeto que está sobre a mesa de um
aluno, derrubando o objeto no chão; seguir adiante como se não se importasse com o acontecido. Ao
voltar deve fazer o mesmo com outro aluno, mas abaixar-se, apanhar o objeto e entregá-lo ao aluno,
pedindo desculpas.
      Em seguida, perguntar ao primeiro aluno o que sentiu ao ser tratado daquela maneira tão mal
educada.
      Perguntar ao segundo aluno o que sentiu ao receber o pedido de desculpas com a devolução do
objeto derrubado.

                                                   3
1º MÓDULO – primeiro semestre


     Então, deu para perceber o quanto uma pessoa mal educada se torna desagradável, e o quanto uma
pessoa educada é agradável?

      Mas acontece que muitas pessoas pedem uma meia desculpa dizendo, por exemplo: “foi mal”.
      Dizer “foi mal” apenas informa que a pessoa entende que não “foi bem”, mas isto não é exatamente
um pedido de desculpas.
      As pessoas que não pedem desculpas tornam-se desagradáveis e ficam conhecidas pela sua falta de
educação. Já as pessoas educadas são bem vistas e bem-vindas em qualquer lugar.
      Muitas pessoas procuram tornar-se populares de forma errada. Fazem-se agressivas para chamar a
atenção e ser respeitadas. Só que, em vez de serem respeitadas, podem se tornar temidas, o que é bem
diferente.
      O respeito é um valor que conquistamos pelas nossas qualidades, nunca pela força.
      Outros procuram se tornar populares exibindo o que acham que têm de bonito, o rosto, o corpo, o
cabelo, as roupas... Ou ainda, objetos como celulares de última geração, e tantos outros que exaltam a
vaidade.
      Mas esse é um tipo falso de popularidade, porque não reflete a verdade interior dessas pessoas.
      Uma pessoa só consegue o respeito e a admiração dos outros pelos seus valores verdadeiros, tais
como a boa educação, a bondade, a honestidade, o esforço que faz para aprender, para se desenvolver
profissionalmente, etc.
      Quem é que admira um mal educado?

     O professor deve incentivar respostas e convidar os alunos a passarem a usar o pedido de
desculpas, sempre que de alguma forma incomodarem alguém.


     AULA – 02
     Aventura Virtual - Episódio 01

      OBSERVAÇÃO: Conforme informado, as aulas dessa Aventura Virtual foram gravadas no formato
de novelinha de rádio. Podendo ser “baixadas” gratuitamente a partir do link:
http://www.cincominutos.org/minisseries.cadastro.htm.
      Assim, ao invés de uma aula comum, as crianças poderão ouvir a narrativa, com toda a
dramatização dela decorrente.

     Hoje vamos contar para vocês o primeiro episódio de uma estória muito interessante. É uma
aventura virtual vivida por três crianças. Como é uma estória bastante comprida, ela está dividida em
episódios.

      Dona Selma e seu marido, Reynaldo, têm três filhos: Gilberto, com doze anos; Teca, com dez e
Serginho com oito.
      Os três estudam na mesma escola. Gilberto é o melhor da classe em matemática. Já Teca é muito
boa em português. Serginho é meio preguiçoso, mas nunca perdeu um ano. Os três são conhecidos como
os Praxedinhos, por causa do seu sobrenome.
      Num dia muito especial, a aula custa a terminar, porque os três estão muito ansiosos. Seu Reynaldo
havia prometido levar-lhes um presente. Um presentão.
      Assim que termina a aula, os três voltam para casa correndo.
      Entram esbaforidos e vão logo procurando o pai com os olhos, mas ele ainda não chegou.
      Sem agüentar a ansiedade, Gil pergunta aos irmãos:
      – Que será que o papai vai nos dar de presente? Ele prometeu um presentão. Será que é um
computador?
      Gil tem duas grandes paixões na vida: pegar onda e navegar na Internet. Mas pegar onda, só nas
férias, e a Internet... só de longe em longe, quando vai ao escritório do pai.
                                                    4
1º MÓDULO – primeiro semestre

      Um veículo pára em frente à casa.
      – É o carro do papai! – exclama Serginho.
      Os três partem correndo para abrir a porta da garagem. Outros minutos de expectativa e por fim... lá
estão elas, algumas caixas, no porta-malas.
      – É um computador! – arrisca Teca.
      – Acertou – diz seu Reynaldo. – É um computador. Com multimídia, acesso à Internet e tudo o
mais.
      Gilberto fica mudo de tão contente. Era tudo o que tinha sonhado. Os três cercam o pai com beijos e
abraços de gratidão. Instantes mais tarde os quatro chegam com as caixas à sala de estudo.
      Seu Reynaldo, com ar muito sério, diz:
      – Meus filhos, vocês têm se esforçado nos estudos, têm tirado notas boas na escola, por isso resolvi
lhes dar esse presente. Mas eu quero duas coisas de vocês: que não briguem... e que usem o computador
para estudar.
      – Só para estudar? – reclama Teca.
      – Mas, pai... – começa Gil a dizer com expressão aflita.
      – Não, filhos. Não é só para estudar, responde seu Reynaldo. – Vocês podem fazer seus trabalhos
durante a semana, mas Internet só aos domingos.
      Vendo o pai fazer menção de sair, Gilberto pergunta, com uma ponta de decepção na voz:
      – O senhor não vai ligar?
      – Não, filho. Isto é trabalho para o técnico. Agora vão tirar esses uniformes e tomar um banho.
      As crianças obedecem, decepcionadas, enquanto seu Reynaldo se encarrega de levar embora as
caixas vazias.

     O episódio de hoje termina aqui, mas qualquer dia destes nós voltamos com a continuação da nossa
aventura virtual.
     Agora, quero ver quem se lembra quais foram as duas exigências que seu Reynaldo fez aos filhos.
     O professor deve incentivar respostas e socializar lembrando que as exigências foram: Não brigar
e usar o computador para estudar, explicando que para tudo é necessário haver ordem e disciplina: as
crianças ganharam um computador, mas precisam aprender a usá-lo de forma que não se transforme em
algo prejudicial.


     AULA – 03
     Perigos com o uso do computador

      No primeiro episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que seu Reynaldo fez duas
exigências aos filhos, quando lhes deu o computador: que não brigassem e usassem o computador para
fazer os trabalhos da escola; “Internet, só aos domingos”.
      Seu Reynaldo estava muito certo quanto a essas exigências porque os filhos brigavam muito, e isto
não é bom. É importante aprender a conviver em paz.
      A outra exigência sobre os cuidados no uso do computador é também muito importante porque hoje
há muita gente viciada em computador, principalmente adolescentes e jovens.
      A pessoa viciada em computador prejudica muito a si mesma, a seus estudos, a suas amizades e a
muitas outras coisas.
      Esse vício é tão grave que em alguns países já existem até clínicas especializadas em tratar viciados
em computador. São tratamentos muito difíceis, e o viciado sempre sofre muito para conseguir livrar-se
do vício. A mesma coisa acontece em relação a todos os vícios: o cigarro, o álcool, as drogas, o “video
game”, etc.
      Por isso, as pessoas sábias cuidam de não se viciar.
      O problema está em que sempre acreditamos que podemos experimentar, usar... e que não vamos
ficar viciados. Mas é aí que mora o perigo, porque, quando a gente menos espera, já está viciado...
Então... começam muitos problemas, muitos sofrimentos.
      Assim, sempre é bom ficar longe de coisas que podem gerar vício.
                                                     5
1º MÓDULO – primeiro semestre

        Quem aqui conhece alguém com algum tipo de vício?

      O professor deve socializar a discussão, focando os aspectos negativos dos vícios, as dificuldades e
sofrimentos que provocam ao viciado e aos que com ele convivem.
      Deve também incitá-los a compartilharem com seus familiares o que tiverem aprendido nessa aula.


        AULA – 04
        Influências

      O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os
familiares referente à aula anterior, socializando a discussão.
      Sempre que essa socialização se estender por mais tempo, a aula atual pode ser transferida para o
dia seguinte, sem qualquer prejuízo.
      Vocês sabem o que é influência?
      Vamos ver um exemplo.
      São Francisco foi uma pessoa que sempre gerou uma influência boa, pelo que dizia e principalmente
pelas suas ações.
      Era um homem bom que irradiava alegria e amor. Ele amava a tudo, da mesma forma como uma
fonte oferece suas águas para todos, sem exceção.
      Então, as pessoas que conviveram com ele foram influenciadas para o bem, para a alegria e para o
amor.
      Um exemplo oposto nós podemos ver em Hitler, que promoveu a Segunda Guerra Mundial, na qual
morreram muitos milhões de pessoas.
      Hitler usou de todos os recursos possíveis para influenciar os alemães a aceitarem a guerra. Ele fazia
discursos inflamados e sabia como usar as palavras que mais tocassem o patriotismo das pessoas.
      Hitler foi uma influência para o mal, enquanto São Francisco foi uma influência para o bem.

        Agora vamos procurar exemplos de outras pessoas que conseguiram gerar influência para o bem.
        O professor deve incentivar respostas e socializar, relembrando o valor que foi ensinado.
        Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa
aula.


        AULA – 05
        O cumprimento

      O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os
familiares referente à aula anterior, socializando a discussão.
      Caso essa socialização se estenda por mais tempo, a aula atual pode ser transferida para o dia
seguinte, sem qualquer prejuízo.

        Hoje pela manhã, quando vocês acordaram, quais foram as primeiras pessoas que viram?
        O professor deve incentivar respostas.

        Pois bem, quem de vocês deu bom dia para essas pessoas?
        O professor deve incentivar respostas.

      É muito bom cumprimentar as pessoas sempre. A gente se sente bem quando recebe um alegre bom-
dia, boa-tarde ou boa-noite. Não é verdade?
      Quando dizemos bom-dia para alguém, estamos desejando a essa pessoa um dia realmente bom, e,
quando ela nos responde da mesma forma, também está desejando para nós um dia bom.
      Assim, estamos passando para essa pessoa uma energia boa e ao mesmo tempo recebendo dela uma
                                                     6
1º MÓDULO – primeiro semestre

boa energia.
      Essa questão das energias é muito interessante e é fácil de verificar. Muitas vezes acontece de
estarmos de baixo astral, e, ao encontrar alguém que nos acolhe com um largo sorriso e um alegre bom
dia, além de um abraço amigo, o “baixo astral” vai embora.
      Também é muito comum estarem algumas pessoas num ambiente meio carregado e aí entra alguém
de “alto astral”, que cumprimenta os demais com alegria e afeto, e o ambiente muda logo, fica mais leve.
      Os grandes mestres da humanidade sempre disseram que aquilo que queremos para nós devemos
fazer para os outros. Então, vamos começar a cultivar o bom- dia, o boa-tarde e o boa-noite. Vocês
concordam?

     O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, relembrando o valor que foi
ensinado.
     Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que tiverem aprendido
nessa aula.


     AULA – 06
     Revisão

     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:
     a) Pedido de desculpas.
     Numa das aulas vimos que pedir desculpas é um ato de boa educação e que as pessoas bem
educadas são mais admiradas e mais respeitas.
     Pois bem, gostaria de saber quem de vocês, durante estes dias, se lembrou de pedir desculpas
quando incomodou alguém?
     O professor deve incentivar respostas, indagando se o pedido de desculpas foi apenas um “foi
mal”, ou se foi como deve ser.

     b) Exigências para o uso do computador.

      Nós narramos o primeiro episódio de “Uma Aventura no Mundo Virtual? Quem se lembra quais
foram as exigências que os pais fizeram a Gilberto, Teca e Serginho?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que eles ganharam um computador e que os pais
fizeram-lhes duas exigências: não brigar e usar o computador para estudar.

      O que vocês acham sobre essas exigências dos pais dos Praxedinhos?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que foram exigências muito sábias. A primeira
visando o bom convívio entre eles. A segunda para aprenderem a usar o computador de forma a não se
transformar numa coisa prejudicial.

      De que forma o uso do computador pode ser prejudicial?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que pode se transformar em vício; que hoje há
muita gente viciada em computador, principalmente adolescentes e jovens, prejudicando muito a si
mesmos, a seus estudos, a suas amizades e a muitas outras coisas;
      que esse vício é tão grave que em alguns países já existem até clínicas especializadas em tratar
viciados em computador;
      que o tratamento é muito difícil e o viciado sempre sofre muito para conseguir livrar-se;
      que o mesmo acontece em relação a todos os vícios: o cigarro, o álcool, as drogas, o “video
game”, etc.;
      que por isso as pessoas sábias cuidam de não adquirir vícios.
                                                    7
1º MÓDULO – primeiro semestre




     b) Influências.

     Em outra aulinha nós vimos a questão das influências e apresentamos Hitler como uma influência
negativa, porque foi ele quem promoveu a Segunda Guerra Mundial, na qual morreram muitos milhões de
pessoas e foram praticadas terríveis atrocidades.

     Qual foi o exemplo de boa influencia que demos? Alguém se lembra?
     O professor deve incentivar respostas, lembrando que o exemplo citado foi de S. Francisco, um
homem bom que irradiava alegria e amor. Amava a tudo, da mesma forma como uma fonte oferece suas
águas para todos, sem exceção.

     c) Importância de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las.

     Quem de vocês tem se lembrado do bom-dia, boa-tarde e boa-noite?
     O professor deve incentivar respostas.


     AULA – 07
     Aventura Virtual - Episódio 02

      Hoje vamos contar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos. Vocês lembram aquela
história das crianças que ganharam um computador?
      Pois bem, no dia seguinte, que é um sábado, logo cedo, o técnico chega para instalar o aparelho.
      Terminada a instalação, verifica que tudo está em ordem e sai.
      Gilberto senta-se diante do micro, com ar de conhecedor, mas o coração está aos pulos.
      Dona Selma e seu Reynaldo entram na sala e ficam parados junto à porta, abraçados, olhando os
filhos com um sorriso nos lábios. Dá para ver que, apesar dos muitos anos de convívio e de algumas
briguinhas, ainda continuam apaixonados um pelo outro.
      Dona Selma se aproxima, perguntando:
      – E então, estão contentes?
      – É massa!... superlegal! – exclamam as crianças.
      – Nós já estamos indo – diz seu Reynaldo.
      Dona Selma, com ar preocupado, acaricia as cabeças dos filhos:
      – Vocês vão mesmo ficar bem, sozinhos?
      – Não se preocupem... a gente se garante – afirma Gilberto.
      Teca, carinhosa, vai abraçar a mãe e depois o pai, dizendo:
      – Nós já somos bastante grandinhos... Podem viajar tranqüilos.
      Serginho abre um sorriso maroto e, fazendo cara de bobo, diz:
      – Eu não sei bem o que é isso de segunda lua-de-mel, mas... deve ser muito bom. E vocês merecem.
      Teca tem certa “pinimba” com Serginho porque ele é muito popular por sua gaiatice e constante
alegria. Dá-lhe um cascudo, reclamando:
      – Deixa de ser puxa-saco. Claro que eles merecem... Nem é preciso dizer.
      – Olha o que eu disse sobre as brigas! – reclama seu Reynaldo. – Quero vocês amigos uns dos
outros. A Tia Dinah vai ficar com vocês, até nós voltarmos. Sejam obedientes.
      Dona Selma, preocupada, recomenda mais uma vez aos filhos:
      – Não se esqueçam das recomendações que fizemos sobre navegação na Internet. Vocês têm aulas
de computação no colégio, mas agora é diferente.
      O casal parte depois das despedidas e de mais recomendações sobre os perigos da Internet, e as
crianças voltam ao computador, viajando pelas páginas que vão se sucedendo no monitor.
      De repente aparece uma porta fechada, onde está escrita a expressão “Curso de idiomas”. Em
seguida a porta se abre mostrando uma sala de aula, com o professor diante de um grupo de alunos.
                                                  8
1º MÓDULO – primeiro semestre

      – Muito bem, diz o professor. Parabéns aos novos alunos do nosso curso de idiomas...
      Não termina de falar porque a tela congela. As crianças olham-se apreensivas. Será que entrou
algum vírus?
      Teca, com ar decepcionado, sugere:
      – Dá “enter” para ver se acontece alguma coisa.
      Gil atende, e a tela fica escura.
      – Essa não! – exclama Serginho, contendo a custo as lágrimas.
      Mal acaba de falar, surge na tela uma luz azul com franjas douradas. Aos poucos começa a girar
formando um rodamoinho. As crianças observam que aquilo não está acontecendo apenas na telinha do
monitor, mas também no próprio ambiente da sala. Tudo passa a girar cada vez mais depressa, e os três
são sugados para dentro do computador.

     O episódio de hoje termina aqui, mas em breve nós voltamos com a aventura virtual dos
Praxedinhos.

     Alguém de vocês acredita que uma pessoa possa ser engolida por um computador?
     O professor deve incentivar respostas.
     É claro que um computador não pode engolir o que quer que seja, a não ser de forma simbólica.


     AULA – 08
     Falsas amizades pela Internet

     O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de cumprimentar as pessoas ao
encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas que tenham recebido.
     Vocês se lembram daquele episódio dos Praxedinhos, em que ganharam um computador e foram
engolidos por ele?
     É claro que na vida real ninguém é engolido por computador, mas pode ser muito prejudicado se
não souber lidar com ele.
     O computador tem dois lados, um bom e outro ruim.
     É bom quando é usado para se trabalhar, estudar, pesquisar, mandar e receber mensagens, etc.
     É ruim quando ele se torna um vício. Muitas pessoas ficam viciadas em computador. Passam todo o
tempo disponível com ele, prejudicando o estudo e muitas outras coisas.
     Como coisas ruins, há também as falsas amizades, os contatos perigosos, a entrada de vírus e ainda
algumas imagens negativas que ficam presentes por muito tempo na nossa memória.
     Hoje vamos falar um pouco sobre as falsas amizades.
     Pelo computador podemos conversar com pessoas do mundo inteiro, mas não podemos ver essas
pessoas enquanto falamos com elas, não podemos ouvir-lhes a voz e por isso elas podem nos enganar à
vontade. Muitas vezes dizem coisas bonitas, contam histórias tristes de suas vidas para nos sensibilizar, e
acabamos criando grande amizade por alguém que só está brincando conosco.
     É pior ainda quando se trata de algum bandido fazendo-se de criança para ganhar confiança e
conseguir informações importantes para suas intenções, que sempre são muito ruins.

     Alguém aqui já ouviu falar de algum caso assim, em que o bandido conseguiu através da Internet
informações sobre uma criança que depois acaba seqüestrada?

      O professor deve socializar, enfatizando a importância de se tomar muito cuidado ao usar a
Internet.

      O professor deve incitar os alunos a cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e agradecer pelas
gentilezas recebidas.



                                                     9
1º MÓDULO – primeiro semestre

     AULA – 09
     Perigos da Internet

     Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram?
     Quem escolheu ser mal-educado no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas.

     Quem escolheu ser bem-educado no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas e socializar.

     Parabéns pela escolha! Foi muito acertada. Agora, é só continuar praticando o que escolheram...

      Em aula anterior nós falamos sobre o perigo das informações que podemos fornecer pela Internet,
sem perceber.
      Já têm acontecido muitos casos assim. Um bandido se faz passar por uma criança e faz amizade
virtual com outra criança de verdade. Em algum momento ele pergunta se essa criança estuda em escola
particular ou pública e, com mais algumas perguntas, aparentemente inocentes, ele acaba sabendo o nome
da escola, qual o turno em que a criança estuda, seu tipo físico e, assim, já sabe como fazer o seqüestro.
      Outra coisa que não se deve colocar na Internet são fotografias da família, da casa onde se mora,
números de telefone, de celular; também não se deve dar quaisquer informações dessa natureza.
      Todo cuidado é pouco, porque há muito bandido usando a Internet para os mais diversos fins,
sempre ruins.
      Além disso, há também a entrada de vírus. Muita gente manda vírus de computador pela Internet e
isso pode dar os maiores problemas. Existem outros tipos de vírus que são uns programinhas que os
hackers enviam e que ficam instalados no computador. Esses programinhas captam informações
importantes, como número de contas bancárias, as senhas dessas contas, etc.
      Aí os hackers, com esses dados em mãos, transferem todo o dinheiro para suas próprias contas.
      Existem milhares de pessoas que de repente perderam todo o dinheiro que tinham no banco, por
causa dos descuidos com o uso da Internet.
      Muitos sites, principalmente os pornográficos e mesmo os musicais, são transmissores desses vírus.
      Por isso, quem tem acesso à Internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais os sites que pode
visitar, etc.

     O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da
escola, quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los? Como se sentem?


     AULA – 10
     Revisão

    Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
    O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que o principal ensinamento foi:

     O computador tem dois lados, um bom e outro ruim.

     Quem se lembra qual o lado bom do computador?
     O professor deve incentivar respostas, lembrando que é bom quando é usado para se trabalhar,
estudar, pesquisar, mandar e receber mensagens, etc.

     E quanto aos lados ruins do computador... quem se lembra?
     O professor deve incentivar respostas, lembrando que um deles é quando o seu uso se transforma
em vício.
                                                    10
1º MÓDULO – primeiro semestre


      Por que o vício em computador é ruim?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que tais pessoas passam tempo excessivo com
ele, prejudicando o estudo e muitas outras coisas.

      Que outros malefícios podem ser gerados pelo uso do computador?
      O professor deve incentivar respostas, citando as falsas amizades, os contatos perigos, a entrada de
vírus e ainda algumas imagens negativas que ficam presentes por muito tempo na memória dos usuários.

       Sempre é importante lembrar que através do computador conectado à Internet podemos conversar
com pessoas do mundo inteiro, mas nem sempre podemos ver essas pessoas enquanto falamos com elas, e
também por isso podem nos enganar à vontade. Muitas vezes dizem coisas bonitas, contam histórias
tristes de suas vidas para nos sensibilizar, e acabamos criando grande amizade por alguém que só está
brincando conosco.
       É pior ainda quando algum bandido se faz de criança para ganhar confiança e conseguir
informações importantes para suas más intenções. Isto tem acontecido muito freqüentemente.
       Também há a questão dos vírus que circulam na Internet e que podem danificar o computador.
       Da mesma forma há muitos sites de jogos, de música e outros que parecem muito chamativos para
crianças e adolescentes, mas são disseminadores de vírus e, pior ainda, de uns programinhas que os
hackers enviam e que ficam instalados no computador. Esses programinhas captam informações
importantes, como número de contas bancárias, as senhas dessas contas, etc.
       Aí então os hackers, com esses dados em mãos, roubam o dinheiro dessas contas.
       Por tudo isso é preciso ter muito cuidado ao usar o computador e, principalmente, a Internet.
       Quem tem acesso à Internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais os sites que pode visitar,
etc.


     AULA – 11
     Aventura Virtual - Episódio 03

      Hoje vamos contar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos. Vocês se lembram deles?
      Nós tínhamos parado naquele momento em que acontece um rodamoinho e as crianças são sugadas
para dentro do computador.
      Então...
      O rodamoinho pára, e eles percebem que estão num grande salão semicircular, uma espécie de
teatro. Só que, em vez de cadeiras, há nos largos degraus pequenos camarotes. À frente, um palco com
arranjos de flores raras, plantas exóticas e uma mesa com três caixas contendo objetos estranhos. As
paredes, em tons de azul e pérola, vão se fechando para cima em funil, até formarem pequena abertura no
alto. Por essa abertura penetra um feixe de luz que vai mudando lentamente de cor – azul, verde, rosa e
dourado – , refletindo-se nas paredes e nos camarotes e fazendo belos efeitos cromáticos. Os camarotes
estão quase todos ocupados por grupos de três ou quatro crianças, aparentando entre 8 e 14 anos. Todas
demonstram estranheza em suas expressões.
      Uma música alegre toca baixinho, e aquela estranha platéia permanece quieta, em grande
expectativa. De repente a música pára, e no meio do palco aparece uma luz dourada que rapidamente se
transforma numa menina de uns 12 anos. É muito bonita. Tem a expressão serena e meiga, mas firme, e,
nos olhos muito azuis, surgem vez por outra reflexos dourados. Que magnífica figura! As crianças estão
maravilhadas.
      A menina sorri. É um sorriso lindo, espontâneo. Ela diz:
      – Eu sou Ashtarih e represento o Comando do nosso sistema solar.
      A voz tem um timbre cheio, gostoso de se ouvir. Percebe-se que ela está acostumada a liderar e a
falar para grandes platéias. Continua:
      – Vocês podem me fazer perguntas... é só levantar a mão.
      Um garotinho levanta a mão. Ashtarih faz um gesto convidando-o a falar.
                                                    11
1º MÓDULO – primeiro semestre

      – Eu pensei que isto fosse um curso de idiomas com prêmios para os vencedores.
      – É verdade. Só que vocês foram escolhidos para uma missão... Se concordarem... é claro.
      Ashtarih faz pequena pausa e continua, falando com muita seriedade:
      – Vocês estão sendo convocados, junto com muitos outros grupos de crianças, para ajudarem a
Terra.
      Essa informação é tão inesperada que todos ficam boquiabertos. Finalmente, alguém pergunta:
      – Ajudar a Terra?
      Ashtarih vai percorrendo os camarotes com o olhar, enquanto fala.
      – Exatamente. Este planeta tem evoluído muito nos últimos anos. Milhões de pessoas querem ver a
Terra como um grande lar onde todos possam viver bem.
      Uma menina levanta a mão e diz:
      – Isso é verdade, mas acho difícil porque a violência está crescendo demais.
      Um garotinho levanta a mão e acrescenta:
      – E não é só a violência. A corrupção também. Até parece que no mundo só tem desonesto.
      Outro menino, aparentando uns 12 anos, diz por sua vez:
      – Eu acho que o pior são as drogas. Lá no meu colégio é só o que dá.
      Serginho cria coragem e levanta a mão. Quando vê que todos estão olhando para ele, fica meio
encabulado, mas dá o recado, falando de jeito engraçado.
      – Pois é... Eu acho que desse jeito o mundo vai é se ferrar...
      É uma risada só, de Ashtarih até a última das crianças. Quando silenciam, ela continua:
      – Vocês sabem por que as coisas na Terra estão desse jeito?
      Ninguém responde. As crianças ficam olhando umas para as outras, procurando alguma resposta.
Ashtarih, com ar decidido, diz:
      – É porque milhões de pessoas que curtem a violência. Outros tantos milhões são desonestos e
gananciosos, e seus pensamentos e emoções estão criando em torno do planeta uma faixa de energia
muito perigosa.
      Faz pequena pausa, observando o ar de preocupação que vai se formando em todos os rostos, e
pergunta:
      – Algum de vocês já entrou num presídio?
      Ninguém se manifesta, e ela continua:
      – A pessoa que entra num presídio sente logo um ambiente pesado, agressivo. Já numa igreja ou
num lar feliz, equilibrado, o ambiente é leve, gostoso, não é mesmo? Isso acontece por causa do tipo de
energia dos pensamentos e das emoções geradas pelas pessoas que vivem nesses lugares ou os
freqüentam. E, como disse antes, a faixa de energia maléfica está crescendo muito em torno da Terra.
      Ashtarih faz pequena pausa e continua:
      – Um gênio do mal, conhecido como Ruk Pollus, está planejando dominar este planeta, usando essa
energia.
      Um calafrio corre pelas costas das crianças, e a preocupação aumenta em suas expressões. Gilberto,
vencendo a timidez, levanta a mão e pergunta:
      – E esse Comando... do sistema solar... de que você falou, não vai fazer nada?
      – Diretamente, não.
      – Mas por quê?
      –Porque, se os terráqueos criaram essa fonte de energia pervertida, são eles próprios que terão de
destruí-la. Ou pelo menos dar os primeiros passos. E é para isso que estamos reunidos aqui, hoje.

     Bom, por hoje é só, mas nós vamos continuar com essa aventura em outro dia.


     AULA – 12
     Preso pelo ódio

     Quem de vocês tem procurado desenvolver um bom convívio aqui na escola?
     O professor deve incentivar respostas.
                                                   12
1º MÓDULO – primeiro semestre


     Conta-se que um país entrou em guerra e dois jovens amigos, João e José, foram convocados. O
inimigo derrotou a sua tropa, e eles foram feitos prisioneiros e levados para um campo de concentração.
Estiveram presos durante dois anos. Quando foram postos em liberdade, cada um deles foi para um lado
do país para refazer as suas vidas.
     Dez anos depois eles se encontraram, e João perguntou a José:
     – Lembras-te dos nossos carcereiros?
     José respondeu:
     – Sim. Não deixei de odiá-los nem um único dia.
     João disse:
     – Olha, eu, desde que abandonei o campo de concentração, nunca mais voltei a pensar neles.
Portanto, amigo, eu estive preso dois anos, mas tu estás preso há doze.

      O que João quis dizer com isso de José estar preso há doze anos, já que há dez anos eles estavam em
liberdade?
      O professor deve socializar, mostrando que sentimentos negativos, como o ódio e o rancor, nos
deixam presos aos nossos adversários, pelo fato de continuarmos emocionalmente ligados a eles, etc.;
enfatizar o fato de o ódio ser uma força negativa muito poderosa que tem tendência a transformar-se na
pior das prisões.

     Tarefa de casa
     O aluno deve perguntar a um adulto qual é o motivo de haver tanta violência na Terra.

     O professor deve incitar os alunos a serem educados e afetuosos em casa com os familiares, na
escola e nos demais ambientes onde estiverem.


     AULA – 13
     Violência, não

      O professor deve ver as respostas da tarefa de casa anterior e socializá-las, procurando mostrar
que nada se resolve com violência e que esta sempre acaba piorando a situação; observar que nos
noticiários constantemente aparecem situações em que pessoas, num momento de raiva, agridem e até
matam outras pessoas e com isso estragam a própria vida, acabam na cadeia enfrentando as piores
situações, perdendo as melhores oportunidades de suas vidas para trabalhar, estudar e crescer como
pessoa, etc. Os que têm uma família para sustentar terão de vê-la passar necessidades e privações anos a
fio. E o pior ainda é a consciência pesando sempre, acusando pela violência ou pelo crime cometido.

     Agora vamos todos respirar fundo e relaxar... (fazer umas cinco respirações profundas.)

     Não estão mais relaxados?
     Pois bem, sempre que vocês estiverem num momento de raiva, façam isso: respirem profundamente
algumas vezes, procurando relaxar. Assim, mais calmos, poderão pensar melhor e resolver situações
complicadas com diálogo, sem violência.

      O professor deve incitar os alunos a se esforçarem para ter um bom convívio em casa, com os
familiares.


     AULA – 14
     Gandhi

     Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram?
                                                   13
1º MÓDULO – primeiro semestre

     Quem escolheu ser mal-educado no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas.

     Quem escolheu desenvolver um bom convívio com todos no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas e socializar.

     Parabéns pela escolha! Foi muito acertada.
     Agora, é só continuar praticando o que escolheram...

      Quem aqui já ouviu falar em Gandhi?
      Ele viveu na Índia, um país muito grande que fica no outro lado do mundo. Era conhecido como
Mahatma Gandhi e foi um grande homem... Grande como pessoa, porque era muito magrinho...
      Gandhi acreditava que era possível lutar sem violência.
      Foi estudar em Londres, onde se formou como advogado em 1891, portanto há mais de um século.
      Dois anos mais tarde, ele foi para a África do Sul, a fim de trabalhar numa empresa hindu. Lá,
começou a sentir o peso do poderio do Império Britânico, ou seja, dos ingleses, que dominavam muitas
nações do mundo, inclusive a Índia.
      Quando voltou para o seu país, Gandhi congregou o povo indiano a resistir ao domínio dos ingleses,
mas de forma pacífica.
      Imaginem vocês que a Inglaterra havia se apossado da produção de sal na Índia, e os indianos
tinham que comprar dos ingleses o sal que era deles próprios.
      Que fez Gandhi, então? Ele informou ao Primeiro-Ministro inglês, que governava a Índia, que iria
dirigir-se ao mar, para extrair o sal, desobedecendo assim à imposição dos ingleses, injusta e absurda.
      Partiu, assim, com um pequeno grupo de pessoas, iniciando a famosa “Marcha para o Sal”. Pelo
caminho outras pessoas iam se juntando ao grupo, que ia crescendo cada vez mais e mais. Ao chegarem
ao mar, já eram milhares de indianos, que tinham andado mais de 300 km a pé.
      Era uma multidão tão grande que os ingleses nada puderam fazer.
      A partir daí os indianos passaram a extrair e a comercializar o sal que era deles. Com isso, a nação
foi se fortalecendo e acabou expulsando os ingleses, conquistando desse modo a sua independência, sem
guerra, sem pegar em armas.
      Mahatma Gandhi foi uma pessoa admirável. Ele deixou um grande exemplo para nós, para também
aprendermos a viver sem violência.
      Praticar a não-violência é nunca ferir ou magoar alguém por palavras ou por ações.
      As pessoas não violentas sempre são mais agradáveis, conseguem fazer mais amigos, têm mais
sucesso na vida e, principalmente, estão obedecendo às leis universais da paz.

     O professor deve incitar os alunos a se esforçarem para desenvolver um bom convívio na escola e
nos demais ambientes onde estiverem.


     AULA – 15
     Revisão

     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:

     a) Sentimentos negativos.

     Numa das aulas nós vimos como sentimentos negativos, assim como o ódio e o rancor, deixam as
pessoas emocionalmente ligadas aos seus adversários.
     Vocês se lembram da narrativa que fizemos sobre aqueles dois amigos, João e José, que estiveram
                                                    14
1º MÓDULO – primeiro semestre

presos num campo de concentração durante dois anos até serem libertados?
     Dez anos mais tarde eles se encontraram, e João perguntou a José:
     – Lembras-te dos nossos carcereiros?
     O que foi que José respondeu? Quem se lembra?
     O professor deve incentivar respostas, lembrando que José respondeu dizendo que durante aqueles
dez anos não deixara de odiá-los nem um só dia, o que significa que esteve preso a eles durante todo
aquele tempo.

     O ódio é uma força negativa muito poderosa, que acaba se transformando numa prisão, porque nos
mantém emocionalmente ligados àqueles a quem odiamos.
     Quem de vocês sabe qual é o único caminho para nos libertarmos dessa prisão?
     O professor deve incentivar respostas, lembrando que esse caminho é o do perdão.

     b) Ter raiva

      Também trocamos ideias sobre essa questão da raiva que leva muitas pessoas a cometerem
desatinos, agredindo e até matando outras pessoas num momento de ódio e, com isso, além do remorso
que vão sofrer, também estragam a própria vida.
      Qual foi a sugestão que demos para aqueles momentos em que estivermos com muita raiva de
alguém?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que nesses momentos é importante respirar fundo
algumas vezes procurando relaxar... Dessa forma, mais calmos, podemos pensar melhor e resolver
situações complicadas com diálogo, sem violência.

     O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da
escola quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los?


     AULA – 16
     Aventura Virtual - Episódio 04

     O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver um bom convívio na
escola e nos demais ambientes onde esteve, e incentivar respostas.

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças
para ajudarem a Terra.
      Isso deixa a Teca preocupada. Além de preguiçosa, ela é medrosa. Levanta a mão e, quando
autorizada, pergunta:
      – Por que esse trabalho tem que ser feito por crianças?
      Com uma voz suave mas firme, Ashtarih responde:
      – Principalmente porque as crianças ainda não estão contaminadas pelo gosto do poder, da ganância,
do ódio... São mais sinceras e honestas. Com isso elas têm mais chances de vencer.
      Algumas crianças estão eufóricas; outras, assustadas. Um garotinho pergunta:
      – Nós vamos ter que lidar com esse tal de... Ruk Pollus?
      – Terão que lidar com ele, sim – responde Ashtarih. – Mas vocês não estarão sozinhos, nem
desprotegidos.
      – Estou com medo – diz Teca, quase chorando.
      Gilberto olha em torno e observa que o medo de Teca começa a contagiar as outras crianças.
Levanta novamente a mão e, autorizado, fala com segurança.
      – Eu gostaria de dizer uma coisa. Se o mundo continuar assim como está, logo vai ficar tão ruim que
vai ser pior que o inferno. Eu acho que nós podemos confiar em Ashtarih.
      A menina sorri para Gilberto, faz um gesto abrangente e diz devagar, para que todos possam
entender:
                                                   15
1º MÓDULO – primeiro semestre

      – Existem forças cósmicas muito poderosas porque são amparadas pela Grande Lei... e nós
trabalhamos dentro das suas diretrizes. Se juntarmos amor, justiça, inteligência e energia, com dedicação
e coragem...
      Gil levanta os polegares das duas mãos e exclama:
      – Eu topo!...
      Vendo a expressão desconfiada de Teca, Gilberto fala meio acanhado.
      – Eu sei que sou meio agressivo... Adoro filme violento, luta marcial... “video game”... De vez em
quando, dou uns bofetes no Serginho... Mas, se for para melhorar o mundo... eu seria capaz até de virar
santo.
      Ashtarih sorri, levemente emocionada, sentindo a sinceridade do garoto.
      – Não é preciso ninguém virar santo. Basta fazer tudo para não ser agressivo... e mais algumas
outras coisinhas que eu já vou explicar.
      Serginho faz o mesmo gesto com os polegares e diz com voz firme:
      – Eu também topo! Eu quero fazer a minha parte para melhorar o nosso planeta.
      Teca levanta timidamente os dois polegares, dizendo com voz sumida.
      – Está bem... eu também topo. Acho que está na hora de eu aprender a ser mais corajosa e... menos
preguiçosa.
      – Gostei de ver tua sinceridade, garota – diz Ashtarih. – Reconhecer as próprias falhas é o primeiro
passo em nosso crescimento como gente.
      Uma por uma, todas as crianças daquela estranha assembléia levantam-se, erguem bem alto os dois
polegares em gesto afirmativo e gritam:
      – Eu topo!
      – Eu também topo!
       Ashtarih sorri satisfeita.
      – Ótimo!... Muito bem! Eu tinha certeza de que poderia contar com vocês. E repito: não precisam
ficar com medo. O Comando Solar vai lhes dar cobertura, e, a partir de agora, vocês serão conhecidos
entre nós como os “mensageiros de Ashtarih”.
      Em seguida convida as equipes a irem até o palco para receber seus instrumentos de trabalho.
      Gilberto levanta, seguido dos irmãos, e vai se dirigindo ao palco. As outras equipes também
levantam, mas todos param, dando-lhe a vez, como se vissem nele um líder. Já no palco, Ashtarih coloca-
lhe no pulso um aparelho parecido com um relógio, dizendo:
      – Isto aqui, Gilberto, é um mini-micro. Vai ser muito útil.
      À Teca ela entrega uma pedrinha cor-de-rosa:
      – Isto é um condensador e transmissor de vibrações de amor. Basta usar o pensamento e a emoção.
Pode colocá-lo em seu bolso.
      A Serginho dá um objeto parecido com uma canetinha, que prende em sua camisa:
      – Você vai precisar deste instrumento. Numa ponta ele gera energia e na outra dinamiza a alegria...
      – O Serginho não precisa disso – atalha Teca. – É a criança mais alegre que já vi. Quando não está
brigando com Gil, está sempre sorrindo.
      Ashtarih olha carinhosa para Serginho e alisa seu cabelo, dizendo:
      – A sua alegria, Serginho, é muito útil e é muito importante. Mas você vai precisar deste aparelho.
Cuidado para não perdê-lo.
      E, olhando com seriedade para os três, acrescenta:
      – Procurem não brigar.
      – No que depender de mim – afirma Gilberto – não vai ter briga.
      Os Praxedinhos descem do palco voltando ao camarote, enquanto Ashtarih continua entregando
instrumentos e apetrechos às outras equipes.

     Por agora vamos ficando por aqui. Outro dia vamos ver como continua essa aventura virtual dos
Praxedinhos.




                                                    16
1º MÓDULO – primeiro semestre

        AULA 17
        Não brigar

      O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares,
e incentivar respostas.

     No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos como as crianças haviam se
engajado na luta para ajudar a salvar a Terra das maldades de um gênio do mal, o Ruk Pollus.
     Vocês se lembram como a Ashtarih recomendou a eles para não brigarem?
     Pois é, brigar nunca é bom.
     Alguém de vocês sabe de alguma briga que acabou bem, em que ninguém se machucou?
     Incentivar respostas.
     E alguém sabe de alguma briga que terminou mal?
     O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, tendo em foco o que a mídia mostra
diuturnamente sobre brigas que terminam em ferimentos ou em morte, brigas bobas, por vezes, que
começam pelas mais tolas razões e que acabam mal...

        O professor deve incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa
aula.


        AULA – 18
        Como mudar o planeta

      O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os
familiares referente à aula anterior, socializando a discussão.

        Quem sabe dizer por que no nosso planeta acontecem tantas coisas ruins?
        O professor deve incentivar respostas.

     Na Terra acontecem tantas coisas ruins porque o ser humano abriga muitos valores negativos em
seu coração, assim como a ganância, o orgulho e a falta de amor.

      O que vocês acham que seria necessário mudar nas pessoas para o mundo se tornar um lugar bom
para todos?
      O professor deve incentivar respostas e socializá-las.

      As pessoas já estão começando a entender a necessidade de mudanças para salvar o nosso planeta e
a transformá-lo num mundo melhor para todos.
      Muitas empresas, muitas instituições e até governos estão trabalhando para proteger a natureza.
      Mas só proteger a natureza não é o bastante porque são as pessoas que precisam mudar.
      Bastaria que o ser humano cultivasse duas qualidades, ou seja, dois valores para transformar a Terra
num lugar bom para todos. Esses valores são o AMOR e a JUSTIÇA.

      O que vocês acham?
      Por que o amor e a justiça são tão importantes?
      O professor deve incentivar respostas e socializá-las, lembrando que quem ama não agride, não
humilha, não prejudica, mas tudo faz para ajudar os outros a serem felizes, e quem é justo sabe como
viver, conviver e ajudar com equilíbrio.

     O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da
escola quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los? Como se sentem?
Crêem que agindo assim o mundo será melhor?
                                                     17
1º MÓDULO – primeiro semestre

        AULA – 19
        Respeitar a si mesmo

     O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de pedir desculpas, de usar o “faz
favor”, de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas recebidas.

        Vocês sabem o que significa respeitar a si mesmo?
        O professor deve incentivar respostas.

      O pai de Eduardo sempre lhe dizia que as leis de Deus estão gravadas em nossa consciência e que é
por isso que todas as pessoas sempre sabem o que é certo e o que é errado. Dizia também que o mais
importante é obedecer a essas leis, porque a maior riqueza de um ser humano é ter a consciência
tranqüila.
      A família de Eduardo era pobre, e ele precisava trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Com
isso teve de batalhar muito para conseguir formar-se em Direito e chegar a ser juiz.
      Quando isso aconteceu, foi aquela festa, aquela alegria!
      Mas certo dia chegou às suas mãos, para análise e julgamento, um processo contra o senhor
Gouveia, pessoa muito importante na cidade. Eduardo, ou melhor, Dr. Eduardo ficou preocupado, pois
sabia que não iria ser fácil. De fato, no dia seguinte recebeu a visita do advogado do senhor Gouveia
pedindo-lhe para dar ganho de causa ao seu cliente.
      Dr. Eduardo respondeu, dizendo que iria julgar os fatos e agir com justiça.
      O advogado ofereceu-lhe, então, uma grande importância em dinheiro para inocentar o senhor
Gouveia. Era muito dinheiro, mas Dr. Eduardo negou-se a receber a propina e, indignado, ameaçou
mandar prendê-lo. O advogado saiu furioso, dizendo que, por isso, ele, Dr. Eduardo, seria transferido para
uma cidadezinha do interior, a mais distante possível.
      Aborrecido e preocupado, Dr. Eduardo foi procurar o pai, que lhe disse:
      – Meu filho, estou orgulhoso de você. É assim que age uma pessoa de bem, uma pessoa honesta,
que tem respeito por si mesma.
      – Eu sei, pai – respondeu Dr. Eduardo. – E mesmo que o senhor Gouveia consiga que me
transfiram, mesmo que seja para o pior lugar do mundo, não me importo. O que vale mesmo é estar com a
consciência tranqüila.

     Quem de vocês acha que Dr. Eduardo fez bem em recusar aquele dinheirão da propina que o
advogado lhe ofereceu?
     O professor deve incentivar respostas e socializá-las, com foco na importância da honestidade.

        Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa
aula.


        AULA – 20
        Revisão

     O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de pedir desculpas, de usar o “faz
favor”, de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas recebidas.

     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:




                                                     18
1º MÓDULO – primeiro semestre

        a) Nossas escolhas

     Em algumas de nossas aulas anteriores dissemos que todos os dias, ao acordar pela manhã, temos
duas escolhas a fazer, no que diz respeito aos nossos estados de espírito:
     A primeira é estarmos contentes nesse dia, bem humorados, simpáticos, agradáveis, vivenciando
valores positivos.
     A segunda é estarmos mal humorados, antipáticos, desagradáveis, vivenciando valores negativos.
     Qual é o tipo de estado de espírito que vocês escolheram hoje pela manhã, a primeira ou a segunda?
     O professor deve incentivar respostas.

        b) Gesto nobre

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças
para ajudarem nosso planeta.
      Vimos como a Teca teve um gesto nobre ao dominar a preguiça e o medo e juntar-se às demais
crianças para ajudar a salvar a Terra.
      Alguém de vocês sabe explicar o que significa um “gesto nobre”?
      O professor deve incentivar respostas, explicando que fazemos um gesto nobre quando praticamos
uma ação benéfica para outros, sem esperar recompensas e tendo que abrir mão de nossos interesses
pessoais.

        c) Não brigar

        Vocês se lembram que a Ashtarih recomendou aos Praxedinhos para não brigarem? Por que ela fez
isso?
        O professor deve incentivar respostas lembrando que brigar nunca é bom.

     Alguém de vocês sabe de alguma briga que acabou bem, na qual ninguém tenha se machucado e
todos ficaram felizes?
     O professor deve incentivar respostas.

     E alguém aqui sabe de alguma briga que terminou mal?
     O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, tendo em foco o que a mídia mostra
diuturnamente sobre brigas que terminam em ferimentos ou em morte, brigas bobas, por vezes, que
começam pelas mais tolas razões e que acabam mal...

        d) Bastaria ao ser humano cultivar duas qualidades.

      Em outra aulinha foi dito que bastaria ao ser humanos cultivar duas qualidades, ou seja, dois valores
para transformar a Terra num lugar bom para todos. Esses valores são o AMOR e a JUSTIÇA.

      O que vocês acham? Por que o amor e a justiça são tão importantes?
      O professor deve incentivar respostas e socializá-las, lembrando que quem ama não agride, não
humilha, não prejudica, mas tudo faz para ajudar os outros a serem felizes, e quem é justo sabe como
viver, conviver e ajudar com equilíbrio.


        AULA – 21
        Aventura Virtual - Episódio 05

      O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares,
e incentivar respostas.

                                                     19
1º MÓDULO – primeiro semestre

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos as crianças recebendo seus
instrumentos de trabalho das mãos de Ashtarih.

      Enquanto isso, numa grande nave espacial, Ruk Pollus examina um painel de controle. É um tipo
alto, musculoso. Tem a cabeça raspada e o tórax nu. Da cintura para baixo, veste uma espécie de calção
azul-marinho que vai até o meio das canelas, amarrado na cintura com uma faixa vermelha; nos pés,
botinas de um material parecido com borracha, e nos braços, uns braceletes de couro com enfeites de
bronze. Pelos olhos negros perpassam reflexos cor de aço. É uma figura assustadora.
      Junto a Ruk, há uma menina em tudo parecida com Ashtarih. A diferença está apenas na expressão
do rosto e no olhar, que são duros, frios, sem aquele encanto da outra. Ruk termina de examinar alguns
instrumentos e diz, com ar meio satisfeito, meio preocupado:
      – Estamos chegando perto.
      – Se o Comando Solar não se meter... – diz a menina.
      Ruk olha para ela com um daqueles olhares que vão até o fundo da alma e pergunta pausadamente:
      – Que é que você está sabendo, Fávia?
      – Eu acho que a Ashtarih está reunindo crianças...
      – Reunindo crianças?... Que é que ela pretende?
      – Eu não sei.
      – Pois trate de saber... agora!
      Fávia sai correndo para cumprir a ordem de Ruk.
      Enquanto isso, no grande salão, depois que todas as equipes receberam seus instrumentos, Ashtarih
volta a falar:
      – Agora, uma coisa muito importante. Vocês vão atuar como geradores e transmissores de “energia
boa”. Dessa forma, todo o bem que conseguirem fazer... ou fazer que aconteça... e todos os bons
sentimentos que nutrirem serão dinamizados pelo Comando Solar, e esse potencial todo irá atuar naquela
faixa de energia perigosa de que falei, ajudando a destruí-la. Aí, Ruk Pollus não mais terá poder sobre a
humanidade. Vocês entenderam?
      Teca responde:
      – Eu entendi. Nós precisamos gerar energia boa...
      – Isso mesmo! – exclama Ashtarih. – Só que essa energia é diferente. Ela é gerada a partir dos
pensamentos e dos sentimentos. Assim, sempre que vocês pensarem no bem, na paz, na harmonia, sempre
que sentirem amor e amizade, estarão gerando energia boa. E como disse, o Comando Solar vai
dinamizar, ou seja, vai ampliar, vai multiplicar essa boa energia que vocês gerarem.
      – Mas, Ashtarih – contesta Gilberto – de que adianta isso se a Terra está cheia de pessoas tão ruins
quanto esse tal de Rul Pollus?
      – A ordem é destruir essa faixa energética de que falei, porque esse perigo é imediato... e é dos mais
graves na história deste planeta. Nunca houve um momento como este na Terra. Depois, o Comando sabe
o que deverá fazer. Por ora, esta é a nossa missão.
      Percorrendo todas as equipes com o olhar, Ashtarih continua:
      – Acho que nem é preciso dizer que tudo isto é absolutamente sigiloso. Não comentem com
ninguém. Mesmo porque, se vocês contarem isto a alguém, não vão acreditar... dirão que estão malucos.
Só os pais de alguns de vocês serão avisados por nós.
      Faz uma pequena pausa e conclui:
      – Agradeço a todos em nome do Comando Solar e lhes desejo sucesso.
      E antes que alguém possa fazer mais alguma pergunta, Ashtarih faz um gesto com a mão, e um novo
rodamoinho acontece, sugando cada equipe para algum ponto diferente da Terra.

     A continuação dessa aventura nós vamos ver em outras aulas.




                                                     20
1º MÓDULO – primeiro semestre

     AULA – 22
     Energias

     O professor deve perguntar aos alunos quem se lembra de como se pode desenvolver boa energia
para os ambientes da Terra.

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças
para gerarem energia boa, do bem, e informar-lhes que o Comando Solar iria dinamizar essa energia e
com ela eliminar a faixa de energia do mal com que o Ruk Pollus pretendia dominar a Terra.
      Lembram que a Ashtarih também explicou que essas energias são geradas pelos pensamentos e
sentimentos das pessoas?
      É claro que essa aventura é imaginária, mas essa questão das energias tem fundamento.
      Aquilo que sentimos fica impregnado nos ambientes. Isto é fácil de perceber.
      Quando entramos numa igreja onde as pessoas desenvolvem sentimentos elevados, de religiosidade,
de amor e de fé, podemos sentir um ambiente leve, agradável. Mas, se entramos num presídio, sentimos o
ambiente muito pesado, difícil de suportar.
      Isto acontece por causa dos sentimentos e pensamentos dos que ali vivem, assim como também do
que falam.
      Em outro momento Ashtarih havia dito que o nosso planeta está envolvido em energias agressivas,
principalmente pelo fato de milhões de pessoas “curtirem” a violência através de jogos eletrônicos, filmes
e noticiários com teor violento, e até das conversas que giram em torno desse tema.
      Podemos entender, então, que, se os ambientes da Terra estão impregnados com energia agressiva,
as pessoas sentem essa influência. Assim, vemos pessoas sem qualquer motivo pegarem uma arma e
saírem por aí matando gente.
      Se nós queremos um mundo melhor para o nosso futuro, precisamos fazer alguma coisa para que o
mundo melhore.
      E nós que estamos aqui nesta sala de aula, será que podemos ajudar a melhorar o mundo? O que
vocês acham?
      O professor deve incentivar respostas e socializá-las, enfatizando a força que as crianças têm junto
aos pais e outros adultos para induzi-los a vivenciarem a paz e a fraternidade. É bom lembrá-los de que
também podem colaborar, e muito, evitando jogos e filmes violentos, e desenvolvendo afetividade, que é
um sentimento muito poderoso para gerar energia boa.


     AULA – 23
     O ponto preto

     O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver boa energia, e incentivar
respostas.

      O professor deve fazer um ponto preto numa folha de papel branco e perguntar aos alunos o que
eles estão vendo ali. Todos dirão que estão vendo um ponto preto.

      Está errado. O que vemos é um espaço branco cercando um pequeno ponto escuro.
      Vocês estão percebendo como é que costumamos ver os outros?
      Geralmente vemos logo os erros dos outros, as coisas negativas que eles apresentam e até mesmo as
roupas que usam e que podemos tachar como cafonas ou feias. Dificilmente observamos as qualidades
das pessoas ou as boas ações que praticam.
      A própria mídia – televisão, rádio, jornais – sempre dá muita publicidade a crimes e a tudo que é
ruim.
      Mas há muita coisa boa no mundo para se ver, existem pessoas maravilhosas que dedicam suas
vidas para ajudar os outros; há pessoas que trabalham intensamente cuidando da natureza, defendendo as
matas, os rios, os animais...
                                                    21
1º MÓDULO – primeiro semestre


     O professor deve pedir à metade da turma para dizer em que profissões as pessoas ajudam outras.
A outra metade deve citar situações nas quais as pessoas cuidam da natureza, incluindo animais.

     O professor deve convidar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam
nessa aula.


     AULA – 24
     Candidatas a professor

      O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os
familiares referente à aula anterior, socializando a discussão.

     Vamos imaginar uma cena.

      OBSERVAÇÃO: Conforme for falando das duas candidatas, o professor deve escrever no quadro
seus nomes e características para os alunos poderem escolher melhor.

    Digamos que vocês vão escolher uma nova professora. Há duas candidatas, a Madalena e a Camila.
    A Madalena está vestida com uma roupa simples, bem pobrezinha. Ela é baixinha e gorda. A
Camila está muito bem vestida, na última moda; usa jóias caras e é muito bonita.
    Vamos agora fazer a votação.
    Quem escolhe a Madalena para professora?
    Quem prefere a Camila para professora?

     Provavelmente a Camila, bonita e rica, receberá mais votos.

       Vocês perceberam que nessa votação não se tratou de saber qual das duas seria a melhor como
professora?
       A escolha de vocês foi feita só pela aparência das duas.
       E, se eu dissesse que a Madalena era uma excelente professora e que a Camila, a professora bonita e
rica, era uma pessoa má e muito mal educada, que faltava mais do que trabalhava e que vocês acabariam
muito prejudicados?
       O ser humano ainda não aprendeu a enxergar direito, a ver o que está atrás das aparências.
       Quem aqui gosta de sorvete de abacaxi?
       O abacaxi tem uma aparência feia, toda espinhosa, mas seu interior... é uma delícia.
       Milhões de pessoas são bonitas por fora, mas feias por dentro. Outras milhões de pessoas são feias e
até desagradáveis por fora, mas muito bonitas por dentro.
       Quem saberia dar exemplo do que é ser bonito por dentro?
       O professor deve incentivar respostas

     Bonita por dentro é aquela pessoa que é amiga, que ajuda, que compreende e perdoa os erros dos
outros, que ajuda os outros em suas dificuldades, que se preocupa com as outras pessoas, que se interessa
verdadeiramente pelo crescimento dos demais.

     O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado.

     O professor deve também incitar os alunos a se esforçarem para vivenciar os valores apresentados
nestas aulas.




                                                     22
1º MÓDULO – primeiro semestre

     AULA – 25
     Revisão

     Revisão
     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:

     a) Energias

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que Ashtarih convocou as
crianças para gerarem energia boa, do bem, e informou-lhes que o Comando Solar iria dinamizá-la e com
ela eliminar a faixa de energia do mal com que o Ruk Pollus pretendia dominar a Terra.
      Lembram que Ashtarih também explicou que essas energias são geradas pelos pensamentos e
sentimentos das pessoas?
      Quem de vocês sabe dar um exemplo?
      O professor deve incentivar respostas, lembrando que é fácil perceber como existem ambientes
leves, agradáveis, como, por exemplo, numa igreja, e há outros pesados, carregados, difíceis de suportar,
como, por exemplo, nos presídios.

      Ashtarih também havia dito que o nosso planeta estava envolvido em energias agressivas,
principalmente pelo fato de milhões de pessoas “curtirem” a violência através de jogos eletrônicos, filmes
e noticiários com teor violento, e até das conversas que giram em torno desses assuntos.

      E vocês? Acham que podem fazer alguma coisa para ajudar a melhorar o mundo?
      O professor deve socializar, lembrando que as crianças também podem colaborar, e muito,
evitando jogos e filmes violentos e desenvolvendo afetividade, que é um sentimento muito poderoso para
gerar energia boa.

     b) O quê, ou a quem valorizar.

      Em outra aula imaginamos aquela cena das duas candidatas ao cargo de professor, a Madalena e a
Camila. Lembram?
      A Madalena era pobre e feia, mas era uma excelente professora, enquanto a Camila era rica e bonita,
mas era uma pessoa má e muito mal educada, que faltava mais do que trabalhava o que acabaria
prejudicando os alunos.
      Então conversamos sobre essa questão da discriminação. Geralmente damos mais valor a quem é
rico ou bonito do que a quem é pobre ou feio.
      Vamos ver agora o que vocês acham.
      OBS.: O professor deve escrever no quadro negro as três opções e fazer uma rápida votação.
      Devemos valorizar as pessoas:
      1 – pela sua aparência?
      2 – pelo que elas possuem?
      3 – pelos seus valores como ser humano?
      O professor deve socializar a discussão.

     O professor deve convidar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam
nessa aula.




                                                    23
1º MÓDULO – primeiro semestre

     AULA – 26
     Aventura Virtual - Episódio 06

     O professor deve perguntar aos alunos quem compartilhou os ensinamentos da aula anterior com
os familiares e socializar, pedindo algum feedback sobre o que os pais e/ou familiares comentaram.

      No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos como, a um gesto de Ashtarih,
se formou um rodamoinho, levando os Praxedinhos a perder a noção de lugar e de tempo, e, quando tudo
pára, eles olham em volta, vendo em torno apenas altas montanhas. Um caminho segue em meio à
vegetação, que é pouca e raquítica.
      – Onde será que estamos? – pergunta Gilberto.
      – Eu acho que estamos em outro país – diz Serginho, olhando em volta. – Isto aqui não tem cara de
Brasil.
      – Nós estamos no mundo virtual, esqueceu?
      – E faz alguma diferença? – pergunta Teca, começando a demonstrar mau humor. – Quero é ver
onde vamos encontrar comida... Estou morrendo de fome.
      –Não é reclamando que a gente vai conseguir alguma coisa – aconselha Serginho, que, mesmo
sendo o mais novo, às vezes demonstra bastante sabedoria.
      – Vamos em frente – diz Gilberto. – Esse caminho deve dar em algum lugar.
      Os três partem.
      Depois de caminharem por longas horas ladeando montanhas e pela beira de precipícios, sem chegar
a algum lugar habitado, Teca resolve parar. Senta em cima de uma pedra e informa aos irmãos, com ar
decidido:
      – Eu estou cansada!... Não dou mais nenhum passo.
      Gil e Serginho também param. Serginho senta sobre uma ponta de rochedo. De repente, lembrando-
se do aparelho que Ashtarih entregou a Gil, exclama:
      – Nós podemos pedir socorro!
      Gil, com ar decidido, retruca:
      – Pedir socorro só em último caso, bobão. Nós vamos é continuar andando.
      – E não me chame de bobão, que eu incho teu nariz com um murro – responde Serginho, raivoso.
      Teca, dando uma rara demonstração de iniciativa, levanta a mão na direção de Serginho e diz em
tom ameaçador:
      – Nem pense, Serginho!... e abaixe o tom da voz. Nada de brigas, nem de ofensas. Não se esqueçam
de que estamos em missão.
      Os meninos acomodam suas raivas e sorriem com ar misterioso. Afinal, estão em missão... e que
missão!
      – Mas eu ainda estou querendo saber para que é que serve esse mini-micro – diz Serginho.
      Gilberto olha o aparelho com mais atenção. Parece um relógio de pulso, daqueles antigos. Abre-o. A
parte interna da tampa é a tela de um micromonitor e a face do aparelho é um miniteclado.
      – Que legal! – exclama Serginho, entusiasmado. – É massa!
      Teca, ainda de má vontade e já meio arrependida de ter concordado com a aventura, resmunga.
      – Quero é ver para que serve essa coisa.
      Gil toca a tela com a ponta do dedo e aparece uma pergunta: “Que deseja?”
      – Olha que legal! Está perguntando o que desejamos.
      Teca não quer dar o braço a torcer e responde:
      – O que desejamos? Cair fora daqui, é claro!
      Serginho, apesar de sua eterna alegria, já está ficando cansado com o mau humor da irmã e reclama:
      – Quer parar com essa mania de viver se queixando? Você ainda vai se dar mal...
      Gilberto, sem se ocupar com a discussão dos irmãos, digita: “Estou com fome e sede”, mas a tela
permanece como antes.
      Os garotos olham-se com ar desolado. Uma pontinha de temor começa a se insinuar em suas
emoções. O mau humor de Teca transforma-se rapidamente em medo.
      – E agora? – pergunta choramingando. – O que vai ser de nós?
                                                   24
1º MÓDULO – primeiro semestre

      – Eu acho que você tem que teclar o comando “enter” – diz Serginho para Gilberto, sentindo-se
importante.
      Este atende, mas nada acontece. Fala com raiva:
      – Essa porcaria não serve para nada. Eu vou é jogar fora.
      Teca segura-lhe a mão.
      – Espera, Gil. Eu acho que sei qual é o problema. Nós não somos uma equipe?
      Os meninos concordam com a cabeça.
      – Então é preciso dizer: “Nós estamos com fome”.
      – Vamos ver – diz Gilberto, começando a digitar conforme a orientação da irmã, mas a tela apenas
pisca e fica escura. Gil levanta o aparelho para jogá-lo fora, mas, antes que o faça, pára, com os olhos
arregalados:
      – Olhem!
      À sua frente surgira do nada um poste com um cartaz onde está escrito: “À direita, Pousadinha. À
esquerda, deserto”.

      Vocês estão curiosos para saber a continuação dessa aventura? Eu também, mas temos que deixar
para outro dia.


     AULA – 27
     Equipe

     O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de cumprimentar as pessoas ao
encontrá-las, agradecer pelas gentilezas que tenham recebido e pedir desculpas sempre que tenham
incomodado alguém.

     No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que o Gilberto, quando pediu
ajuda para si mesmo pelo mini-micro, nada conseguiu. Mas, quando a Teca disse que eles eram uma
equipe e que era preciso pensar não em si mesmo mas em todos, logo conseguiram ajuda.
     Algum de vocês pertence a alguma equipe?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, explicando que a família é uma equipe; na
escola uma classe é uma equipe porque todos estão ali juntos com a finalidade de aprender, etc.; deve
ainda explicar que numa equipe todos devem procurar o bem de todos, que isto é um tanto difícil porque
somos todos diferentes uns dos outros, mas que é importante se esforçar sempre nesse sentido; que
muitas vezes algum companheiro de equipe age mal, mas isso nunca deve nos desanimar, etc.

      O professor deve também pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e
fora da escola quanto ao exercício dos valores estudados.


     AULA – 28
     Dividindo a casa em áreas

     O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado observar a si mesmo quanto aos
valores aprendidos, e socializar.

      Em uma casa simples, vivia a família do seu Luís. Apesar das dificuldades eram felizes, cada um
com seus afazeres domésticos, os estudos, etc.
      Certo dia Aninha, a filha mais velha, então com dez anos, chamou seus irmãos e lhes disse:
  – A partir de hoje, só eu posso entrar no quarto de dormir, pois vocês só bagunçam e não ajudam a
arrumar. E traçou uma linha imaginária no chão perto da porta dizendo aos irmãos que eles não poderiam
ultrapassar aquele limite sem que ela autorizasse.
      Roberta com oito anos disse, então, que ninguém poderia entrar na cozinha, pois era ela que lavava
                                                    25
1º MÓDULO – primeiro semestre

a louça do café e, repetindo o gesto da irmã, traçou também uma linha imaginária no chão dizendo que, a
partir daquele momento, a cozinha seria um espaço só dela, que estava proibida a entrada dos irmãos sem
a sua permissão.
      Júnior, o caçula de quatro anos, olhou para as irmãs e, sem compreender direito o que estava
acontecendo, foi até o banheiro e fez com o pé uma linha imaginária, dizendo que o banheiro era dele.
      Lá pelas tantas Aninha chamou pela mãe que estava lavando roupa, dizendo que estava com sede,
mas Roberta não a deixava entrar na cozinha para pegar água.
      Roberta, por sua vez, necessitava usar o banheiro, e Júnior não a deixava entrar. Júnior queria tirar a
sua sonequinha e Aninha lhe barrava a entrada no quarto.
      Dona Amélia chamou seu Luís, que estava trabalhando no jardim, e lhe explicou o que estava
acontecendo.
      Seu Luís pensou um momento e, chamando os filhos, explicou-lhes que a cozinha, o banheiro e os
demais cômodos da casa eram de todos os que viviam naquele lar. Assim, quem tinha sede ou fome
poderia usar a cozinha; quem precisasse ir ao banheiro tinha o direito de fazê-lo, bem como todos
poderiam usar o quarto, que era compartilhado pelos três. Disse-lhes que tudo na vida possui regras e que
todos devem cumpri-las para não haver bagunça, que cada um deveria cuidar da sua tarefa e respeitar o
trabalho do outro, fazendo uso da liberdade, mas com responsabilidade.
      Foi então que eles resolveram realizar uma reunião familiar, uma vez por semana, para discutir as
regras de convívio e criar outras novas, caso fosse necessário.

        O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado.

        Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa
aula.


        AULA – 29
        O monge e o escorpião

      O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os
familiares referente à aula anterior, socializando a discussão.

     Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um
escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o
bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair
novamente no rio. Correu então pela margem, apanhou um ramo de árvore, entrou novamente no rio,
colheu o escorpião e o salvou. Ao voltar para a estrada, seus discípulos, que haviam assistido a tudo, o
receberam perplexos e penalizados. Um deles disse:
     – Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso?
     Outro comentou:
     – Devia ter deixado que o escorpião se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua
ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
     O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
     – O escorpião agiu conforme a natureza dele e eu de acordo com a minha.

     Quem de vocês sabe dizer o que esse conto nos mostra?
     O professor deve incentivar respostas, explicando que esse conto nos mostra a importância de
agirmos sempre como devem agir os seres humanos, ou seja, com solidariedade e com afeto, procurando
sempre ajudar quem está em apuros.

     Infelizmente, a maioria das pessoas só pensa em se dar bem. É por isso que existe tanto sofrimento
na Terra.
     Se todos pensassem um pouquinho que fosse nos outros, se todos ajudassem um pouquinho que
                                                      26
1º MÓDULO – primeiro semestre

fosse aos que estão em momentos difíceis ou passam necessidade, a Terra seria um paraíso.
      Mas felizmente já existem milhões de pessoas e milhares de organizações que estão trabalhando
para melhorar o nosso planeta.

     O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado.


     AULA – 30
     Revisão

     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:

     a) Atuar em equipe

      Lembram-se daquele episódio da aventura virtual dos Praxedinhos quando o Gilberto pediu ajuda
para si mesmo pelo mini-micro e nada conseguiu, mas, quando a Teca disse que eles eram uma equipe e
que era preciso cada um pensar não em si mesmo, mas em todos, e assim logo conseguiram ajuda?
      Quais são as equipes das quais vocês participam?
      O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando que a nossa equipe básica é a
família, e que por isso devemos aprender a pensar e procurar cuidar também dos demais membros da
nossa família; explicar que também é importante os alunos de cada turma desenvolverem um sentimento
de equipe.

      Numa equipe todos devem procurar o bem de todos. Isto é um tanto difícil porque somos todos
diferentes uns dos outros, mas é importante fazer muito esforço nesse sentido.
      Quando acontece de algum companheiro de equipe agir mal, o que vocês acham que devem fazer?
      O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando quanto é importante procurar
conversar com ele, não com aquele jeito de quem se acha superior, mas com vontade sincera de ajudar.

     b) Respeito aos direitos dos outros.

      Em outra aula fizemos aquela narrativa sobre a família do seu Luís, que, apesar das dificuldades
eram felizes, até que Aninha, a filha mais velha, resolveu traçar uma linha imaginária no chão em frente à
porta do quarto de dormir, dizendo aos irmãos que eles não poderiam ultrapassar aquele limite sem que
ela autorizasse.
      Diante desse fato os irmãos também traçaram suas linhas imaginárias dividindo toda a casa em
áreas. Esse procedimento acabou criando muita confusão e muita briga, até que Seu Luís, chamando os
filhos, explicou-lhes que a cozinha, o banheiro e os demais cômodos da casa eram de todos os que viviam
naquele lar. Assim, quem tinha sede ou fome poderia usar a cozinha; quem precisasse ir ao banheiro tinha
o direito de fazê-lo, bem como todos poderiam usar o quarto, que era compartilhado pelos três. Disse-lhes
que tudo na vida possui regras e que todos devem cumpri-las para não haver bagunça, que cada um
deveria cuidar da sua tarefa e respeitar o trabalho do outro, fazendo uso da liberdade, mas com
responsabilidade.
      Quem sabe dizer qual foi o ensinamento que essa narrativa deixou?
      O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando o quanto é importante o respeito que
se tem pelos direitos dos outros; se queremos ter direitos, devemos começar por respeitas os dos demais.
Só assim poderá haver bom convívio entre todos.




                                                    27
1º MÓDULO – primeiro semestre

     AULA 31
     Aventura Virtual - Episódio 07

      O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares,
e incentivar respostas.

      Hoje vamos narrar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos.
      Nós tínhamos parado naquele ponto em que as crianças, lá no mundo virtual, estavam caminhando
há várias horas em meio às montanhas. Já aflitos, sem saber o que fazer, resolvem apelar para o mini-
micro que Ashtarih havia dado a Gilberto e de repente lhes surge à frente um poste com um cartaz onde
está escrito: “À direita, Pousadinha. À esquerda, deserto”.
      Os Praxedinhos retomam a caminhada, seguindo pela direita, e logo chegam a um pequeno platô
onde encontram três tábuas de madeira.
      – E agora? – pergunta Gil. – Eu tenho a impressão de que essas tábuas foram colocadas aqui para
nós.
      – Também acho – concorda Serginho. – Acho que é para a gente levar...
      Teca dá um pinote:
      – Eu é que não vou sair por aí carregando peso à toa. Estou cansada.
      – Pois eu acho que devia – diz Gilberto, enquanto levanta uma das tábuas. – Até que não é tão
pesada.
      Gil e Serginho apanham cada qual uma tábua e seguem caminho, subindo por uma encosta e
chegando a outro platô. Teca segura a tábua que lhe cabe levar, mas prefere largá-la no chão,
resmungando mentalmente: “Brincar num computador é uma coisa, mas sair por aí, andando horas a fio,
com sede e fome... e ainda por cima, carregando peso? Eu hein?”.
      Mais alguns passos e topam com uma fenda geológica de uns dois metros de largura. Olham para
baixo e levam um susto: não dá para ver o fundo, mas ouve-se o ruído de água corrente. Serginho e Gil
colocam suas tábuas sobre ela e atravessam com cuidado. Teca aproxima-se para atravessar, mas as
tábuas, como se mão invisível as tocasse, caem, batendo pelas encostas do abismo. Apavorada, grita:
      – Gilberto, Serginho... me ajudem!... não vão embora... me ajudem!
      Gil e Serginho ficam olhando um para o outro, sem saber como ajudar a irmã. Teca continua
gritando, desesperada:
      – Façam alguma coisa! Me ajudem!
      Gil tem uma idéia:
      – Só você voltando para buscar a tábua que ficou lá embaixo.
      Dessa vez Teca não reclama.
      – Vou sim... eu vou... mas me esperem aí... Prometam que vão me esperar.
      – Nós esperamos, Teca – grita Gil. – Mas vai aprendendo a lição, tá bom? A preguiça nunca é boa
companheira. Mamãe sempre diz isso, lembra?

     Vamos deixar a Teca descendo a ladeira, aflita e meio desesperada, para buscar a tábua que tivera
preguiça de levar e que agora seria de fato a sua “tábua de salvação”. Outro dia vamos saber o que
aconteceu, mas agora quero saber quem de vocês é preguiçoso.
     O professor deve socializar a discussão, sempre com foco no lado negativo de se ser preguiçoso,
lembrando que muitas oportunidades são perdidas na vida por causa da preguiça, etc.


     AULA 32
     Agradecimento

     Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram?
     Quem escolheu ser preguiçoso no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas.

                                                   28
1º MÓDULO – primeiro semestre

     Quem escolheu ser ativo, fazer todos os deverem bem-feitos e estudar direitinho no dia de hoje?
     O professor deve incentivar respostas e socializar.

     Parabéns pela escolha! Foi muito acertada.
     Agora, é só continuar praticando o que escolheram...

     O professor deve pedir a algum aluno que empreste por instantes algo que esteja com ele, um livro,
uma caneta, etc.; pegar o objeto solicitado e devolvê-lo, dizendo gentilmente “muito obrigado (a)”;
perguntar ao aluno como se sentiu ao receber o agradecimento; socializar a discussão, enfatizando o
quanto o agradecimento é bonito, como mostra a boa educação da pessoa, e como uma pessoa educada
sempre é mais admirada e muito mais bem recebida em qualquer lugar; convidar os alunos a passarem a
usar o agradecimento a partir desse dia, sem se esquecerem dos cumprimentos: bom-dia, boa-tarde e
boa-noite.

     O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da
escola, quanto ao exercício dos valores estudados.


     AULA 33
     Conto dos coelhos que brigaram, incentivados pelo macaco.

     O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver boa energia, e incentivar
respostas.

       Numa floresta havia uma grande clareira onde moravam muitos coelhos. Eles plantavam cenouras,
amendoins e bananas e viviam muito felizes.
       Um dia, um macaco que vivia cobiçando as bananas dos coelhos teve uma idéia. Começou a fazer
intrigas entre os coelhos, incentivando-os a brigarem e, enquanto brigavam, o macaco se empanturrava
com as bananas.
       Como se sabe, o coelho é um bichinho muito pacífico, mas, com as intrigas do macaco, os coelhos
acabaram brigando tanto que suas unhas cresceram, ficaram longas, e os dentes ficaram muito afiados.
       Certa vez eles brigaram tanto que todos acabaram muito machucados. O macaco, pulando pelos
galhos das árvores, ria tanto que acabou ficando com dor de barriga. A dor ficou tão forte que ele foi para
a toca dos coelhos, para pedir ajuda, mas os coelhos que haviam se acostumado a brigar, em vez de ajudá-
lo, trataram de atacá-lo com suas longas unhas e dentes afiados.
       A coruja, que era muito sábia e observadora, vendo o que acontecia, deu três pios muito fortes e,
pousando num galho próximo, disse:
       – Vocês todos são uns tolos. Esse bicho sabido, mas sem escrúpulos, que é o macaco, fez intrigas
para vocês brigarem e, enquanto isso, ele poder comer as suas bananas. Vocês, que são animais mansos e
dóceis, acabaram entrando nessa coisa horrível que são as suas brigas. Olhem para vocês. Nem parecem
coelhos com essas unhas compridas e dentes afiados. Vocês não têm vergonha?
       Os coelhos se olharam em silêncio e pela primeira vez perceberam o quanto estavam horríveis.
       A coruja, olhando desta vez para o macaco, disse:
       – E você seu macaco, não tem vergonha de agir assim? Veja o que conseguiu fazer com os coelhos.
Por que não foi plantar suas próprias bananeiras, em vez de ficar maquinando maldades? A floresta inteira
vai saber o que você fez e você vai ficar isolado. Ninguém mais vai querer falar com um animal tão cheio
de artimanhas, mau e preguiçoso como você.
       O macaco baixou a cabeça envergonhado e, num gemido, falou:
       – A coruja está certa. Não vale a pena ser ambicioso nem cobiçar aquilo que não nos pertence. Vou
plantar minhas próprias bananeiras. Peço a todos que me perdoem.
       O macaco saiu mancando, enquanto os coelhos se abraçavam envergonhados por terem tido a
coragem, a triste coragem, de se agredir. Daí em diante nunca mais se ouviu falar em brigas na aldeia dos
coelhos.
                                                    29
1º MÓDULO – primeiro semestre

     O professor deve socializar a discussão, enfatizando a importância do bom convívio que só traz
benefícios, enquanto as brigas só resultam em problemas e em sofrimento.

      OBSERVAÇÃO: Para a aulinha seguinte de valores humanos, os alunos vão precisar de papel e
lápis para fazerem um desenho.


     AULA 34
     Desenhando a paz

     Material necessário a cada aluno: lápis e papel para fazer um desenho.

      Hoje nós vamos pensar sobre a paz. Vamos fechar os olhos e relaxar. Vamos respirar fundo algumas
vezes, relaxando o corpo e a mente.
      Vamos continuar de olhos fechados... todos relaxados... e vamos pensar na paz.
      Cada um de vocês imagine alguma figura, alguma coisa que possa retratar ou simbolizar a paz.
(vinte segundos)
      Vamos agora abrir os olhos, e vocês vão desenhar a figura ou a coisa que imaginaram e que possa
representar a paz.
      Cada qual deve também colocar seu nome no papel.

     O professor deve recolher os desenhos para mostrá-los na aula seguinte.

     O professor deve também incitar os alunos a se esforçarem para vivenciar os valores apresentados
nestas aulas.


     AULA 35
     Revisão

     O professor deve apresentar os desenhos sobre a paz que foram feitos na aula anterior, pedir a
cada aluno para falar sobre o significado de seu desenho e socializar.

     Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores
humanos?
     O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos
foram:

     a) Agradecimento

      Numa das aulas nós vimos o quanto o agradecimento é bonito, como mostra a boa educação da
pessoa e como uma pessoa educada sempre é mais admirada e muito mais bem recebida em qualquer
lugar.
      Quem de vocês tem se lembrado de agradecer pelos benefícios recebidos?
      O professor deve incentivar respostas e socializar.

     b) Não vale a pena cobiçar aquilo que não nos pertence.

      Em outra aula narramos aquele conto sobre o macaco que vivia cobiçando as bananas plantadas
pelos coelhos e acabou se dando mal.
      Qual foi o ensinamento que aquele conto nos deixou?
      O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando que não vale a pena ser ambicioso
nem cobiçar aquilo que não nos pertence. Quando tivermos vontade de possuir algo devemos trabalhar
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Ensinando desculpas e educação com 5 minutos

  • 1. CINCO MINUTOS DE VALORES HUMANOS para a escola 1º MÓDULO OBSERVAÇÃO: Este 1º módulo foi revisado em outubro/2011, e foram feitas algumas alterações importantes. ______________________________________________________________________________ ALGUNS ESCLARECIMENTOS: Este Programa consta de três módulos, com 200 aulas cada, totalizando 600 aulas, suficientes para atender as necessidades do ensino fundamental, a partir do 5º ano. Cada módulo é equivalente a um ano letivo e, para simplificar, foram divididos em 1º e 2º semestres. As aulas têm duração de apenas cinco minutos para não interferir na programação normal das escolas. Sugerimos: No primeiro ano de implementação do Programa, ministrar: 1º MÓDULO para todas as turmas do 5º ao 9º ano. No ano seguinte ministrar: 1º MÓDULO, para o 5º ano. 2º MÓDULO, para 6º, 7º, 8º e 9º anos. No ano seguinte ministrar: 1º MÓDULO, para o 5º ano. 2º MÓDULO, para o 6º ano. 3º MÓDULO = para 7º, 8º e 9º anos. A partir daí, sugerimos que, no lugar do 4º módulo seja re-ministrado o 2º, e no lugar do 5º módulo seja re-ministrado o 3º. Não recomendamos a repetição do 1º módulo porque nele estão inseridos os episódios da Aventura Virtual. Ficaria repetitivo. Para o ensino médio esse material foi adaptado para aulas semanais com duração de 45/50 minutos, e também está disponível para download, com o título: Ensinando Valores Humanos a Crianças e Adolescentes – Volumes 01 e 02. O material didático pode ser “xerocado” no formato de apostila, para uso dos professores. Só não é permitida sua comercialização, sob qualquer pretexto.
  • 2. 1º MÓDULO – primeiro semestre Dessa forma, qualquer escola, em qualquer lugar, poderá implementar o Programa sem quaisquer dificuldades. OBSERVAÇÕES: OBS. 01 – Este Programa não necessita de capacitação de professores, mas é importante haver uma reunião de sensibilização e de motivação com os mesmos, porque alguns se mostram desmotivados para desenvolver mais um trabalho em sala de aula. Detalhes no texto Passo-a-passo, mais abaixo. OBS. 02 – Ao longo do 1º Módulo estão inseridos no formato de aulas os episódios de Uma Aventura no Mundo Virtual, baseada em O Desafio Virtual, de autoria de Saara Nousiainen. Escrito inicialmente no formato de roteiro recebeu do Ministério da Cultura em 1997, junto com outros catorze, o prêmio de “Melhor roteiro cinematográfico de longa metragem”. Esse material foi gravado (somente áudio) no formato de novelinha de rádio, minissérie em áudio, e também está disponibilizado de maneira inteiramente gratuita no site www.cincominutos.org, com 43 capítulos de 5 minutos. Nesse formato, interpretado por 15 artistas, certamente ficou bem mais interessante. Assim as aulas sobre a Aventura Virtual podem ser substituídas pela apresentação do mesmo capítulo, em áudio. Trata-se de uma trama bem urdida ao longo da qual os ouvintes vão percebendo como é importante vivenciar valores como: respeito, não violência, ética, justiça, verdade, responsabilidade, honestidade e, sobretudo, amor. Certamente é bem mais proveitoso o ensino de tais valores através de uma minissérie em áudio, e as escolas poderão fazer download desse material através do link: http://www.cincominutos.org/minisseries.cadastro.htm OBS. 03 - Para simplificar, nas orientações ao(à) professor(a) estamos generalizando, empregando apenas “o professor”. OBS. 04 – Os textos em itálico são orientações pontuais ao professor. OBS. 05 – A implantação do Programa Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola pode ser iniciada em qualquer época, bastando manter sempre a sequencia, porque algumas aulas são sequenciadas, como por exemplo "Uma Aventura no Mundo Virtual", cujos episódios foram inseridos, um a cada cinco aulas no Primeiro Módulo. A metodologia é muito simples. As aulas têm partes que estão no formato de leitura, ou seja, o(a) professor(a) lê para os alunos, e outras nas quais faz perguntas, incentiva respostas e socializa assuntos. Em algumas há tarefa de casa e em poucas a necessidade de materiais simples e fáceis de conseguir. Grande parte das aulas foi elaborada utilizando-se de contos e narrativas, permitindo aos alunos mais fácil fixação dos ensinamentos. COMO IMPLANTAR O PROGRAMA NA ESCOLA, PASSO-A-PASSO. 1 – Ler as explicações sobre o Programa no site www.cincominutos.org. No link “Material Didático”, preenchendo o cadastro e dando OK vai entrar na página dos Downloads. “Baixar” o material didático, ou seja, os três Módulos e os dois volumes do livro Ensinando Valores humanos a Crianças e Adolescentes. OBSERVAÇÃO: Para facilitar, os três Módulos estão disponíveis em PDF, em formato próprio para impressão ou Xerox. É importante “baixar” logo todo o material didático e salvar no computador. 2 – Imprimir as apostilas, inicialmente do 1º Módulo, sendo uma para cada professor que vá ministrar as aulas. Se for para o ensino médio, o material didático a ser impresso será o primeiro volume do livro Ensinando Valores Humanos a Crianças e Adolescentes, que é uma adaptação das aulas diárias de 5 minutos, para aulas semanais com duração de 45/50 minutos. 2
  • 3. 1º MÓDULO – primeiro semestre 3 – Definir o horário das aulas de Valores Humanos, que sugerimos sejam sempre no início da primeira aula de cada turno, em todas as salas, do 5º ao 9º ano, diariamente. 4 – Realizar uma reunião de sensibilização e motivação com os professores que vão ministrar as aulas de Valores Humanos. Roteiro da reunião de sensibilização e motivação: a) convidar os presentes a "fazerem de conta" que são crianças e alunos, e a procurarem sentir como se de fato fossem crianças, passando-se em seguida a ministrar-lhes uma das aulas do “Cinco Minutos”. Dessa forma, observando como o conteúdo da aula repercute em seu próprio interior, perceberão a importância de assumir essa tarefa. Para facilitar, sugerimos algumas aulas do Primeiro Módulo – primeiro semestre, dentre as quais poderão escolher a que será ministrada aos professores, ou seja: aulas N º 01, 24, 44, 79. É importante que essa aula seja ministrada por alguém que tenha “comprado a idéia”. OBSERVAÇÃO: quando se tratar de ensino médio, a aula a ser ministrada aos professores deve ser do livro Ensinando Valores Humanos a Crianças e Adolescentes; b) esclarecê-los sobre a abordagem adotada no Programa: Os valores não são apresentados pela ótica religiosa, mas sim como atitudes e ações que geram resultados benéficos a quem os vivencia. A consciência é apresentada como um guia interno, estando nela registrado o conhecimento do certo e do errado, tanto assim que as próprias leis que foram estabelecidas ao longo do tempo, nasceram desse conhecimento interno que vai se aprimorando à medida que o ser humano e a sociedade evoluem. Mostra-se então ao aluno que a prática de ações que ferem os valores humanos gera pontos de conflito na consciência, produzindo o remorso, que é algo ruim, inclusive para a saúde, conforme indicam inúmeras pesquisas científicas. Os contos e narrativas, criados especificamente para cada situação, enfatizam, sempre dentro de possibilidades reais, o quanto é importante e benéfico vivenciar valores positivos. ********************************************************************************* PRIMEIRO SEMESTRE AULA – 01 Desculpar-se O professor deve caminhar pela sala e esbarrar em algum objeto que está sobre a mesa de um aluno, derrubando o objeto no chão; seguir adiante como se não se importasse com o acontecido. Ao voltar deve fazer o mesmo com outro aluno, mas abaixar-se, apanhar o objeto e entregá-lo ao aluno, pedindo desculpas. Em seguida, perguntar ao primeiro aluno o que sentiu ao ser tratado daquela maneira tão mal educada. Perguntar ao segundo aluno o que sentiu ao receber o pedido de desculpas com a devolução do objeto derrubado. 3
  • 4. 1º MÓDULO – primeiro semestre Então, deu para perceber o quanto uma pessoa mal educada se torna desagradável, e o quanto uma pessoa educada é agradável? Mas acontece que muitas pessoas pedem uma meia desculpa dizendo, por exemplo: “foi mal”. Dizer “foi mal” apenas informa que a pessoa entende que não “foi bem”, mas isto não é exatamente um pedido de desculpas. As pessoas que não pedem desculpas tornam-se desagradáveis e ficam conhecidas pela sua falta de educação. Já as pessoas educadas são bem vistas e bem-vindas em qualquer lugar. Muitas pessoas procuram tornar-se populares de forma errada. Fazem-se agressivas para chamar a atenção e ser respeitadas. Só que, em vez de serem respeitadas, podem se tornar temidas, o que é bem diferente. O respeito é um valor que conquistamos pelas nossas qualidades, nunca pela força. Outros procuram se tornar populares exibindo o que acham que têm de bonito, o rosto, o corpo, o cabelo, as roupas... Ou ainda, objetos como celulares de última geração, e tantos outros que exaltam a vaidade. Mas esse é um tipo falso de popularidade, porque não reflete a verdade interior dessas pessoas. Uma pessoa só consegue o respeito e a admiração dos outros pelos seus valores verdadeiros, tais como a boa educação, a bondade, a honestidade, o esforço que faz para aprender, para se desenvolver profissionalmente, etc. Quem é que admira um mal educado? O professor deve incentivar respostas e convidar os alunos a passarem a usar o pedido de desculpas, sempre que de alguma forma incomodarem alguém. AULA – 02 Aventura Virtual - Episódio 01 OBSERVAÇÃO: Conforme informado, as aulas dessa Aventura Virtual foram gravadas no formato de novelinha de rádio. Podendo ser “baixadas” gratuitamente a partir do link: http://www.cincominutos.org/minisseries.cadastro.htm. Assim, ao invés de uma aula comum, as crianças poderão ouvir a narrativa, com toda a dramatização dela decorrente. Hoje vamos contar para vocês o primeiro episódio de uma estória muito interessante. É uma aventura virtual vivida por três crianças. Como é uma estória bastante comprida, ela está dividida em episódios. Dona Selma e seu marido, Reynaldo, têm três filhos: Gilberto, com doze anos; Teca, com dez e Serginho com oito. Os três estudam na mesma escola. Gilberto é o melhor da classe em matemática. Já Teca é muito boa em português. Serginho é meio preguiçoso, mas nunca perdeu um ano. Os três são conhecidos como os Praxedinhos, por causa do seu sobrenome. Num dia muito especial, a aula custa a terminar, porque os três estão muito ansiosos. Seu Reynaldo havia prometido levar-lhes um presente. Um presentão. Assim que termina a aula, os três voltam para casa correndo. Entram esbaforidos e vão logo procurando o pai com os olhos, mas ele ainda não chegou. Sem agüentar a ansiedade, Gil pergunta aos irmãos: – Que será que o papai vai nos dar de presente? Ele prometeu um presentão. Será que é um computador? Gil tem duas grandes paixões na vida: pegar onda e navegar na Internet. Mas pegar onda, só nas férias, e a Internet... só de longe em longe, quando vai ao escritório do pai. 4
  • 5. 1º MÓDULO – primeiro semestre Um veículo pára em frente à casa. – É o carro do papai! – exclama Serginho. Os três partem correndo para abrir a porta da garagem. Outros minutos de expectativa e por fim... lá estão elas, algumas caixas, no porta-malas. – É um computador! – arrisca Teca. – Acertou – diz seu Reynaldo. – É um computador. Com multimídia, acesso à Internet e tudo o mais. Gilberto fica mudo de tão contente. Era tudo o que tinha sonhado. Os três cercam o pai com beijos e abraços de gratidão. Instantes mais tarde os quatro chegam com as caixas à sala de estudo. Seu Reynaldo, com ar muito sério, diz: – Meus filhos, vocês têm se esforçado nos estudos, têm tirado notas boas na escola, por isso resolvi lhes dar esse presente. Mas eu quero duas coisas de vocês: que não briguem... e que usem o computador para estudar. – Só para estudar? – reclama Teca. – Mas, pai... – começa Gil a dizer com expressão aflita. – Não, filhos. Não é só para estudar, responde seu Reynaldo. – Vocês podem fazer seus trabalhos durante a semana, mas Internet só aos domingos. Vendo o pai fazer menção de sair, Gilberto pergunta, com uma ponta de decepção na voz: – O senhor não vai ligar? – Não, filho. Isto é trabalho para o técnico. Agora vão tirar esses uniformes e tomar um banho. As crianças obedecem, decepcionadas, enquanto seu Reynaldo se encarrega de levar embora as caixas vazias. O episódio de hoje termina aqui, mas qualquer dia destes nós voltamos com a continuação da nossa aventura virtual. Agora, quero ver quem se lembra quais foram as duas exigências que seu Reynaldo fez aos filhos. O professor deve incentivar respostas e socializar lembrando que as exigências foram: Não brigar e usar o computador para estudar, explicando que para tudo é necessário haver ordem e disciplina: as crianças ganharam um computador, mas precisam aprender a usá-lo de forma que não se transforme em algo prejudicial. AULA – 03 Perigos com o uso do computador No primeiro episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que seu Reynaldo fez duas exigências aos filhos, quando lhes deu o computador: que não brigassem e usassem o computador para fazer os trabalhos da escola; “Internet, só aos domingos”. Seu Reynaldo estava muito certo quanto a essas exigências porque os filhos brigavam muito, e isto não é bom. É importante aprender a conviver em paz. A outra exigência sobre os cuidados no uso do computador é também muito importante porque hoje há muita gente viciada em computador, principalmente adolescentes e jovens. A pessoa viciada em computador prejudica muito a si mesma, a seus estudos, a suas amizades e a muitas outras coisas. Esse vício é tão grave que em alguns países já existem até clínicas especializadas em tratar viciados em computador. São tratamentos muito difíceis, e o viciado sempre sofre muito para conseguir livrar-se do vício. A mesma coisa acontece em relação a todos os vícios: o cigarro, o álcool, as drogas, o “video game”, etc. Por isso, as pessoas sábias cuidam de não se viciar. O problema está em que sempre acreditamos que podemos experimentar, usar... e que não vamos ficar viciados. Mas é aí que mora o perigo, porque, quando a gente menos espera, já está viciado... Então... começam muitos problemas, muitos sofrimentos. Assim, sempre é bom ficar longe de coisas que podem gerar vício. 5
  • 6. 1º MÓDULO – primeiro semestre Quem aqui conhece alguém com algum tipo de vício? O professor deve socializar a discussão, focando os aspectos negativos dos vícios, as dificuldades e sofrimentos que provocam ao viciado e aos que com ele convivem. Deve também incitá-los a compartilharem com seus familiares o que tiverem aprendido nessa aula. AULA – 04 Influências O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os familiares referente à aula anterior, socializando a discussão. Sempre que essa socialização se estender por mais tempo, a aula atual pode ser transferida para o dia seguinte, sem qualquer prejuízo. Vocês sabem o que é influência? Vamos ver um exemplo. São Francisco foi uma pessoa que sempre gerou uma influência boa, pelo que dizia e principalmente pelas suas ações. Era um homem bom que irradiava alegria e amor. Ele amava a tudo, da mesma forma como uma fonte oferece suas águas para todos, sem exceção. Então, as pessoas que conviveram com ele foram influenciadas para o bem, para a alegria e para o amor. Um exemplo oposto nós podemos ver em Hitler, que promoveu a Segunda Guerra Mundial, na qual morreram muitos milhões de pessoas. Hitler usou de todos os recursos possíveis para influenciar os alemães a aceitarem a guerra. Ele fazia discursos inflamados e sabia como usar as palavras que mais tocassem o patriotismo das pessoas. Hitler foi uma influência para o mal, enquanto São Francisco foi uma influência para o bem. Agora vamos procurar exemplos de outras pessoas que conseguiram gerar influência para o bem. O professor deve incentivar respostas e socializar, relembrando o valor que foi ensinado. Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. AULA – 05 O cumprimento O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os familiares referente à aula anterior, socializando a discussão. Caso essa socialização se estenda por mais tempo, a aula atual pode ser transferida para o dia seguinte, sem qualquer prejuízo. Hoje pela manhã, quando vocês acordaram, quais foram as primeiras pessoas que viram? O professor deve incentivar respostas. Pois bem, quem de vocês deu bom dia para essas pessoas? O professor deve incentivar respostas. É muito bom cumprimentar as pessoas sempre. A gente se sente bem quando recebe um alegre bom- dia, boa-tarde ou boa-noite. Não é verdade? Quando dizemos bom-dia para alguém, estamos desejando a essa pessoa um dia realmente bom, e, quando ela nos responde da mesma forma, também está desejando para nós um dia bom. Assim, estamos passando para essa pessoa uma energia boa e ao mesmo tempo recebendo dela uma 6
  • 7. 1º MÓDULO – primeiro semestre boa energia. Essa questão das energias é muito interessante e é fácil de verificar. Muitas vezes acontece de estarmos de baixo astral, e, ao encontrar alguém que nos acolhe com um largo sorriso e um alegre bom dia, além de um abraço amigo, o “baixo astral” vai embora. Também é muito comum estarem algumas pessoas num ambiente meio carregado e aí entra alguém de “alto astral”, que cumprimenta os demais com alegria e afeto, e o ambiente muda logo, fica mais leve. Os grandes mestres da humanidade sempre disseram que aquilo que queremos para nós devemos fazer para os outros. Então, vamos começar a cultivar o bom- dia, o boa-tarde e o boa-noite. Vocês concordam? O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, relembrando o valor que foi ensinado. Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que tiverem aprendido nessa aula. AULA – 06 Revisão Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: a) Pedido de desculpas. Numa das aulas vimos que pedir desculpas é um ato de boa educação e que as pessoas bem educadas são mais admiradas e mais respeitas. Pois bem, gostaria de saber quem de vocês, durante estes dias, se lembrou de pedir desculpas quando incomodou alguém? O professor deve incentivar respostas, indagando se o pedido de desculpas foi apenas um “foi mal”, ou se foi como deve ser. b) Exigências para o uso do computador. Nós narramos o primeiro episódio de “Uma Aventura no Mundo Virtual? Quem se lembra quais foram as exigências que os pais fizeram a Gilberto, Teca e Serginho? O professor deve incentivar respostas, lembrando que eles ganharam um computador e que os pais fizeram-lhes duas exigências: não brigar e usar o computador para estudar. O que vocês acham sobre essas exigências dos pais dos Praxedinhos? O professor deve incentivar respostas, lembrando que foram exigências muito sábias. A primeira visando o bom convívio entre eles. A segunda para aprenderem a usar o computador de forma a não se transformar numa coisa prejudicial. De que forma o uso do computador pode ser prejudicial? O professor deve incentivar respostas, lembrando que pode se transformar em vício; que hoje há muita gente viciada em computador, principalmente adolescentes e jovens, prejudicando muito a si mesmos, a seus estudos, a suas amizades e a muitas outras coisas; que esse vício é tão grave que em alguns países já existem até clínicas especializadas em tratar viciados em computador; que o tratamento é muito difícil e o viciado sempre sofre muito para conseguir livrar-se; que o mesmo acontece em relação a todos os vícios: o cigarro, o álcool, as drogas, o “video game”, etc.; que por isso as pessoas sábias cuidam de não adquirir vícios. 7
  • 8. 1º MÓDULO – primeiro semestre b) Influências. Em outra aulinha nós vimos a questão das influências e apresentamos Hitler como uma influência negativa, porque foi ele quem promoveu a Segunda Guerra Mundial, na qual morreram muitos milhões de pessoas e foram praticadas terríveis atrocidades. Qual foi o exemplo de boa influencia que demos? Alguém se lembra? O professor deve incentivar respostas, lembrando que o exemplo citado foi de S. Francisco, um homem bom que irradiava alegria e amor. Amava a tudo, da mesma forma como uma fonte oferece suas águas para todos, sem exceção. c) Importância de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las. Quem de vocês tem se lembrado do bom-dia, boa-tarde e boa-noite? O professor deve incentivar respostas. AULA – 07 Aventura Virtual - Episódio 02 Hoje vamos contar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos. Vocês lembram aquela história das crianças que ganharam um computador? Pois bem, no dia seguinte, que é um sábado, logo cedo, o técnico chega para instalar o aparelho. Terminada a instalação, verifica que tudo está em ordem e sai. Gilberto senta-se diante do micro, com ar de conhecedor, mas o coração está aos pulos. Dona Selma e seu Reynaldo entram na sala e ficam parados junto à porta, abraçados, olhando os filhos com um sorriso nos lábios. Dá para ver que, apesar dos muitos anos de convívio e de algumas briguinhas, ainda continuam apaixonados um pelo outro. Dona Selma se aproxima, perguntando: – E então, estão contentes? – É massa!... superlegal! – exclamam as crianças. – Nós já estamos indo – diz seu Reynaldo. Dona Selma, com ar preocupado, acaricia as cabeças dos filhos: – Vocês vão mesmo ficar bem, sozinhos? – Não se preocupem... a gente se garante – afirma Gilberto. Teca, carinhosa, vai abraçar a mãe e depois o pai, dizendo: – Nós já somos bastante grandinhos... Podem viajar tranqüilos. Serginho abre um sorriso maroto e, fazendo cara de bobo, diz: – Eu não sei bem o que é isso de segunda lua-de-mel, mas... deve ser muito bom. E vocês merecem. Teca tem certa “pinimba” com Serginho porque ele é muito popular por sua gaiatice e constante alegria. Dá-lhe um cascudo, reclamando: – Deixa de ser puxa-saco. Claro que eles merecem... Nem é preciso dizer. – Olha o que eu disse sobre as brigas! – reclama seu Reynaldo. – Quero vocês amigos uns dos outros. A Tia Dinah vai ficar com vocês, até nós voltarmos. Sejam obedientes. Dona Selma, preocupada, recomenda mais uma vez aos filhos: – Não se esqueçam das recomendações que fizemos sobre navegação na Internet. Vocês têm aulas de computação no colégio, mas agora é diferente. O casal parte depois das despedidas e de mais recomendações sobre os perigos da Internet, e as crianças voltam ao computador, viajando pelas páginas que vão se sucedendo no monitor. De repente aparece uma porta fechada, onde está escrita a expressão “Curso de idiomas”. Em seguida a porta se abre mostrando uma sala de aula, com o professor diante de um grupo de alunos. 8
  • 9. 1º MÓDULO – primeiro semestre – Muito bem, diz o professor. Parabéns aos novos alunos do nosso curso de idiomas... Não termina de falar porque a tela congela. As crianças olham-se apreensivas. Será que entrou algum vírus? Teca, com ar decepcionado, sugere: – Dá “enter” para ver se acontece alguma coisa. Gil atende, e a tela fica escura. – Essa não! – exclama Serginho, contendo a custo as lágrimas. Mal acaba de falar, surge na tela uma luz azul com franjas douradas. Aos poucos começa a girar formando um rodamoinho. As crianças observam que aquilo não está acontecendo apenas na telinha do monitor, mas também no próprio ambiente da sala. Tudo passa a girar cada vez mais depressa, e os três são sugados para dentro do computador. O episódio de hoje termina aqui, mas em breve nós voltamos com a aventura virtual dos Praxedinhos. Alguém de vocês acredita que uma pessoa possa ser engolida por um computador? O professor deve incentivar respostas. É claro que um computador não pode engolir o que quer que seja, a não ser de forma simbólica. AULA – 08 Falsas amizades pela Internet O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas que tenham recebido. Vocês se lembram daquele episódio dos Praxedinhos, em que ganharam um computador e foram engolidos por ele? É claro que na vida real ninguém é engolido por computador, mas pode ser muito prejudicado se não souber lidar com ele. O computador tem dois lados, um bom e outro ruim. É bom quando é usado para se trabalhar, estudar, pesquisar, mandar e receber mensagens, etc. É ruim quando ele se torna um vício. Muitas pessoas ficam viciadas em computador. Passam todo o tempo disponível com ele, prejudicando o estudo e muitas outras coisas. Como coisas ruins, há também as falsas amizades, os contatos perigosos, a entrada de vírus e ainda algumas imagens negativas que ficam presentes por muito tempo na nossa memória. Hoje vamos falar um pouco sobre as falsas amizades. Pelo computador podemos conversar com pessoas do mundo inteiro, mas não podemos ver essas pessoas enquanto falamos com elas, não podemos ouvir-lhes a voz e por isso elas podem nos enganar à vontade. Muitas vezes dizem coisas bonitas, contam histórias tristes de suas vidas para nos sensibilizar, e acabamos criando grande amizade por alguém que só está brincando conosco. É pior ainda quando se trata de algum bandido fazendo-se de criança para ganhar confiança e conseguir informações importantes para suas intenções, que sempre são muito ruins. Alguém aqui já ouviu falar de algum caso assim, em que o bandido conseguiu através da Internet informações sobre uma criança que depois acaba seqüestrada? O professor deve socializar, enfatizando a importância de se tomar muito cuidado ao usar a Internet. O professor deve incitar os alunos a cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e agradecer pelas gentilezas recebidas. 9
  • 10. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA – 09 Perigos da Internet Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram? Quem escolheu ser mal-educado no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas. Quem escolheu ser bem-educado no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas e socializar. Parabéns pela escolha! Foi muito acertada. Agora, é só continuar praticando o que escolheram... Em aula anterior nós falamos sobre o perigo das informações que podemos fornecer pela Internet, sem perceber. Já têm acontecido muitos casos assim. Um bandido se faz passar por uma criança e faz amizade virtual com outra criança de verdade. Em algum momento ele pergunta se essa criança estuda em escola particular ou pública e, com mais algumas perguntas, aparentemente inocentes, ele acaba sabendo o nome da escola, qual o turno em que a criança estuda, seu tipo físico e, assim, já sabe como fazer o seqüestro. Outra coisa que não se deve colocar na Internet são fotografias da família, da casa onde se mora, números de telefone, de celular; também não se deve dar quaisquer informações dessa natureza. Todo cuidado é pouco, porque há muito bandido usando a Internet para os mais diversos fins, sempre ruins. Além disso, há também a entrada de vírus. Muita gente manda vírus de computador pela Internet e isso pode dar os maiores problemas. Existem outros tipos de vírus que são uns programinhas que os hackers enviam e que ficam instalados no computador. Esses programinhas captam informações importantes, como número de contas bancárias, as senhas dessas contas, etc. Aí os hackers, com esses dados em mãos, transferem todo o dinheiro para suas próprias contas. Existem milhares de pessoas que de repente perderam todo o dinheiro que tinham no banco, por causa dos descuidos com o uso da Internet. Muitos sites, principalmente os pornográficos e mesmo os musicais, são transmissores desses vírus. Por isso, quem tem acesso à Internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais os sites que pode visitar, etc. O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da escola, quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los? Como se sentem? AULA – 10 Revisão Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que o principal ensinamento foi: O computador tem dois lados, um bom e outro ruim. Quem se lembra qual o lado bom do computador? O professor deve incentivar respostas, lembrando que é bom quando é usado para se trabalhar, estudar, pesquisar, mandar e receber mensagens, etc. E quanto aos lados ruins do computador... quem se lembra? O professor deve incentivar respostas, lembrando que um deles é quando o seu uso se transforma em vício. 10
  • 11. 1º MÓDULO – primeiro semestre Por que o vício em computador é ruim? O professor deve incentivar respostas, lembrando que tais pessoas passam tempo excessivo com ele, prejudicando o estudo e muitas outras coisas. Que outros malefícios podem ser gerados pelo uso do computador? O professor deve incentivar respostas, citando as falsas amizades, os contatos perigos, a entrada de vírus e ainda algumas imagens negativas que ficam presentes por muito tempo na memória dos usuários. Sempre é importante lembrar que através do computador conectado à Internet podemos conversar com pessoas do mundo inteiro, mas nem sempre podemos ver essas pessoas enquanto falamos com elas, e também por isso podem nos enganar à vontade. Muitas vezes dizem coisas bonitas, contam histórias tristes de suas vidas para nos sensibilizar, e acabamos criando grande amizade por alguém que só está brincando conosco. É pior ainda quando algum bandido se faz de criança para ganhar confiança e conseguir informações importantes para suas más intenções. Isto tem acontecido muito freqüentemente. Também há a questão dos vírus que circulam na Internet e que podem danificar o computador. Da mesma forma há muitos sites de jogos, de música e outros que parecem muito chamativos para crianças e adolescentes, mas são disseminadores de vírus e, pior ainda, de uns programinhas que os hackers enviam e que ficam instalados no computador. Esses programinhas captam informações importantes, como número de contas bancárias, as senhas dessas contas, etc. Aí então os hackers, com esses dados em mãos, roubam o dinheiro dessas contas. Por tudo isso é preciso ter muito cuidado ao usar o computador e, principalmente, a Internet. Quem tem acesso à Internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais os sites que pode visitar, etc. AULA – 11 Aventura Virtual - Episódio 03 Hoje vamos contar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos. Vocês se lembram deles? Nós tínhamos parado naquele momento em que acontece um rodamoinho e as crianças são sugadas para dentro do computador. Então... O rodamoinho pára, e eles percebem que estão num grande salão semicircular, uma espécie de teatro. Só que, em vez de cadeiras, há nos largos degraus pequenos camarotes. À frente, um palco com arranjos de flores raras, plantas exóticas e uma mesa com três caixas contendo objetos estranhos. As paredes, em tons de azul e pérola, vão se fechando para cima em funil, até formarem pequena abertura no alto. Por essa abertura penetra um feixe de luz que vai mudando lentamente de cor – azul, verde, rosa e dourado – , refletindo-se nas paredes e nos camarotes e fazendo belos efeitos cromáticos. Os camarotes estão quase todos ocupados por grupos de três ou quatro crianças, aparentando entre 8 e 14 anos. Todas demonstram estranheza em suas expressões. Uma música alegre toca baixinho, e aquela estranha platéia permanece quieta, em grande expectativa. De repente a música pára, e no meio do palco aparece uma luz dourada que rapidamente se transforma numa menina de uns 12 anos. É muito bonita. Tem a expressão serena e meiga, mas firme, e, nos olhos muito azuis, surgem vez por outra reflexos dourados. Que magnífica figura! As crianças estão maravilhadas. A menina sorri. É um sorriso lindo, espontâneo. Ela diz: – Eu sou Ashtarih e represento o Comando do nosso sistema solar. A voz tem um timbre cheio, gostoso de se ouvir. Percebe-se que ela está acostumada a liderar e a falar para grandes platéias. Continua: – Vocês podem me fazer perguntas... é só levantar a mão. Um garotinho levanta a mão. Ashtarih faz um gesto convidando-o a falar. 11
  • 12. 1º MÓDULO – primeiro semestre – Eu pensei que isto fosse um curso de idiomas com prêmios para os vencedores. – É verdade. Só que vocês foram escolhidos para uma missão... Se concordarem... é claro. Ashtarih faz pequena pausa e continua, falando com muita seriedade: – Vocês estão sendo convocados, junto com muitos outros grupos de crianças, para ajudarem a Terra. Essa informação é tão inesperada que todos ficam boquiabertos. Finalmente, alguém pergunta: – Ajudar a Terra? Ashtarih vai percorrendo os camarotes com o olhar, enquanto fala. – Exatamente. Este planeta tem evoluído muito nos últimos anos. Milhões de pessoas querem ver a Terra como um grande lar onde todos possam viver bem. Uma menina levanta a mão e diz: – Isso é verdade, mas acho difícil porque a violência está crescendo demais. Um garotinho levanta a mão e acrescenta: – E não é só a violência. A corrupção também. Até parece que no mundo só tem desonesto. Outro menino, aparentando uns 12 anos, diz por sua vez: – Eu acho que o pior são as drogas. Lá no meu colégio é só o que dá. Serginho cria coragem e levanta a mão. Quando vê que todos estão olhando para ele, fica meio encabulado, mas dá o recado, falando de jeito engraçado. – Pois é... Eu acho que desse jeito o mundo vai é se ferrar... É uma risada só, de Ashtarih até a última das crianças. Quando silenciam, ela continua: – Vocês sabem por que as coisas na Terra estão desse jeito? Ninguém responde. As crianças ficam olhando umas para as outras, procurando alguma resposta. Ashtarih, com ar decidido, diz: – É porque milhões de pessoas que curtem a violência. Outros tantos milhões são desonestos e gananciosos, e seus pensamentos e emoções estão criando em torno do planeta uma faixa de energia muito perigosa. Faz pequena pausa, observando o ar de preocupação que vai se formando em todos os rostos, e pergunta: – Algum de vocês já entrou num presídio? Ninguém se manifesta, e ela continua: – A pessoa que entra num presídio sente logo um ambiente pesado, agressivo. Já numa igreja ou num lar feliz, equilibrado, o ambiente é leve, gostoso, não é mesmo? Isso acontece por causa do tipo de energia dos pensamentos e das emoções geradas pelas pessoas que vivem nesses lugares ou os freqüentam. E, como disse antes, a faixa de energia maléfica está crescendo muito em torno da Terra. Ashtarih faz pequena pausa e continua: – Um gênio do mal, conhecido como Ruk Pollus, está planejando dominar este planeta, usando essa energia. Um calafrio corre pelas costas das crianças, e a preocupação aumenta em suas expressões. Gilberto, vencendo a timidez, levanta a mão e pergunta: – E esse Comando... do sistema solar... de que você falou, não vai fazer nada? – Diretamente, não. – Mas por quê? –Porque, se os terráqueos criaram essa fonte de energia pervertida, são eles próprios que terão de destruí-la. Ou pelo menos dar os primeiros passos. E é para isso que estamos reunidos aqui, hoje. Bom, por hoje é só, mas nós vamos continuar com essa aventura em outro dia. AULA – 12 Preso pelo ódio Quem de vocês tem procurado desenvolver um bom convívio aqui na escola? O professor deve incentivar respostas. 12
  • 13. 1º MÓDULO – primeiro semestre Conta-se que um país entrou em guerra e dois jovens amigos, João e José, foram convocados. O inimigo derrotou a sua tropa, e eles foram feitos prisioneiros e levados para um campo de concentração. Estiveram presos durante dois anos. Quando foram postos em liberdade, cada um deles foi para um lado do país para refazer as suas vidas. Dez anos depois eles se encontraram, e João perguntou a José: – Lembras-te dos nossos carcereiros? José respondeu: – Sim. Não deixei de odiá-los nem um único dia. João disse: – Olha, eu, desde que abandonei o campo de concentração, nunca mais voltei a pensar neles. Portanto, amigo, eu estive preso dois anos, mas tu estás preso há doze. O que João quis dizer com isso de José estar preso há doze anos, já que há dez anos eles estavam em liberdade? O professor deve socializar, mostrando que sentimentos negativos, como o ódio e o rancor, nos deixam presos aos nossos adversários, pelo fato de continuarmos emocionalmente ligados a eles, etc.; enfatizar o fato de o ódio ser uma força negativa muito poderosa que tem tendência a transformar-se na pior das prisões. Tarefa de casa O aluno deve perguntar a um adulto qual é o motivo de haver tanta violência na Terra. O professor deve incitar os alunos a serem educados e afetuosos em casa com os familiares, na escola e nos demais ambientes onde estiverem. AULA – 13 Violência, não O professor deve ver as respostas da tarefa de casa anterior e socializá-las, procurando mostrar que nada se resolve com violência e que esta sempre acaba piorando a situação; observar que nos noticiários constantemente aparecem situações em que pessoas, num momento de raiva, agridem e até matam outras pessoas e com isso estragam a própria vida, acabam na cadeia enfrentando as piores situações, perdendo as melhores oportunidades de suas vidas para trabalhar, estudar e crescer como pessoa, etc. Os que têm uma família para sustentar terão de vê-la passar necessidades e privações anos a fio. E o pior ainda é a consciência pesando sempre, acusando pela violência ou pelo crime cometido. Agora vamos todos respirar fundo e relaxar... (fazer umas cinco respirações profundas.) Não estão mais relaxados? Pois bem, sempre que vocês estiverem num momento de raiva, façam isso: respirem profundamente algumas vezes, procurando relaxar. Assim, mais calmos, poderão pensar melhor e resolver situações complicadas com diálogo, sem violência. O professor deve incitar os alunos a se esforçarem para ter um bom convívio em casa, com os familiares. AULA – 14 Gandhi Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram? 13
  • 14. 1º MÓDULO – primeiro semestre Quem escolheu ser mal-educado no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas. Quem escolheu desenvolver um bom convívio com todos no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas e socializar. Parabéns pela escolha! Foi muito acertada. Agora, é só continuar praticando o que escolheram... Quem aqui já ouviu falar em Gandhi? Ele viveu na Índia, um país muito grande que fica no outro lado do mundo. Era conhecido como Mahatma Gandhi e foi um grande homem... Grande como pessoa, porque era muito magrinho... Gandhi acreditava que era possível lutar sem violência. Foi estudar em Londres, onde se formou como advogado em 1891, portanto há mais de um século. Dois anos mais tarde, ele foi para a África do Sul, a fim de trabalhar numa empresa hindu. Lá, começou a sentir o peso do poderio do Império Britânico, ou seja, dos ingleses, que dominavam muitas nações do mundo, inclusive a Índia. Quando voltou para o seu país, Gandhi congregou o povo indiano a resistir ao domínio dos ingleses, mas de forma pacífica. Imaginem vocês que a Inglaterra havia se apossado da produção de sal na Índia, e os indianos tinham que comprar dos ingleses o sal que era deles próprios. Que fez Gandhi, então? Ele informou ao Primeiro-Ministro inglês, que governava a Índia, que iria dirigir-se ao mar, para extrair o sal, desobedecendo assim à imposição dos ingleses, injusta e absurda. Partiu, assim, com um pequeno grupo de pessoas, iniciando a famosa “Marcha para o Sal”. Pelo caminho outras pessoas iam se juntando ao grupo, que ia crescendo cada vez mais e mais. Ao chegarem ao mar, já eram milhares de indianos, que tinham andado mais de 300 km a pé. Era uma multidão tão grande que os ingleses nada puderam fazer. A partir daí os indianos passaram a extrair e a comercializar o sal que era deles. Com isso, a nação foi se fortalecendo e acabou expulsando os ingleses, conquistando desse modo a sua independência, sem guerra, sem pegar em armas. Mahatma Gandhi foi uma pessoa admirável. Ele deixou um grande exemplo para nós, para também aprendermos a viver sem violência. Praticar a não-violência é nunca ferir ou magoar alguém por palavras ou por ações. As pessoas não violentas sempre são mais agradáveis, conseguem fazer mais amigos, têm mais sucesso na vida e, principalmente, estão obedecendo às leis universais da paz. O professor deve incitar os alunos a se esforçarem para desenvolver um bom convívio na escola e nos demais ambientes onde estiverem. AULA – 15 Revisão Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: a) Sentimentos negativos. Numa das aulas nós vimos como sentimentos negativos, assim como o ódio e o rancor, deixam as pessoas emocionalmente ligadas aos seus adversários. Vocês se lembram da narrativa que fizemos sobre aqueles dois amigos, João e José, que estiveram 14
  • 15. 1º MÓDULO – primeiro semestre presos num campo de concentração durante dois anos até serem libertados? Dez anos mais tarde eles se encontraram, e João perguntou a José: – Lembras-te dos nossos carcereiros? O que foi que José respondeu? Quem se lembra? O professor deve incentivar respostas, lembrando que José respondeu dizendo que durante aqueles dez anos não deixara de odiá-los nem um só dia, o que significa que esteve preso a eles durante todo aquele tempo. O ódio é uma força negativa muito poderosa, que acaba se transformando numa prisão, porque nos mantém emocionalmente ligados àqueles a quem odiamos. Quem de vocês sabe qual é o único caminho para nos libertarmos dessa prisão? O professor deve incentivar respostas, lembrando que esse caminho é o do perdão. b) Ter raiva Também trocamos ideias sobre essa questão da raiva que leva muitas pessoas a cometerem desatinos, agredindo e até matando outras pessoas num momento de ódio e, com isso, além do remorso que vão sofrer, também estragam a própria vida. Qual foi a sugestão que demos para aqueles momentos em que estivermos com muita raiva de alguém? O professor deve incentivar respostas, lembrando que nesses momentos é importante respirar fundo algumas vezes procurando relaxar... Dessa forma, mais calmos, podemos pensar melhor e resolver situações complicadas com diálogo, sem violência. O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da escola quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los? AULA – 16 Aventura Virtual - Episódio 04 O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver um bom convívio na escola e nos demais ambientes onde esteve, e incentivar respostas. No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças para ajudarem a Terra. Isso deixa a Teca preocupada. Além de preguiçosa, ela é medrosa. Levanta a mão e, quando autorizada, pergunta: – Por que esse trabalho tem que ser feito por crianças? Com uma voz suave mas firme, Ashtarih responde: – Principalmente porque as crianças ainda não estão contaminadas pelo gosto do poder, da ganância, do ódio... São mais sinceras e honestas. Com isso elas têm mais chances de vencer. Algumas crianças estão eufóricas; outras, assustadas. Um garotinho pergunta: – Nós vamos ter que lidar com esse tal de... Ruk Pollus? – Terão que lidar com ele, sim – responde Ashtarih. – Mas vocês não estarão sozinhos, nem desprotegidos. – Estou com medo – diz Teca, quase chorando. Gilberto olha em torno e observa que o medo de Teca começa a contagiar as outras crianças. Levanta novamente a mão e, autorizado, fala com segurança. – Eu gostaria de dizer uma coisa. Se o mundo continuar assim como está, logo vai ficar tão ruim que vai ser pior que o inferno. Eu acho que nós podemos confiar em Ashtarih. A menina sorri para Gilberto, faz um gesto abrangente e diz devagar, para que todos possam entender: 15
  • 16. 1º MÓDULO – primeiro semestre – Existem forças cósmicas muito poderosas porque são amparadas pela Grande Lei... e nós trabalhamos dentro das suas diretrizes. Se juntarmos amor, justiça, inteligência e energia, com dedicação e coragem... Gil levanta os polegares das duas mãos e exclama: – Eu topo!... Vendo a expressão desconfiada de Teca, Gilberto fala meio acanhado. – Eu sei que sou meio agressivo... Adoro filme violento, luta marcial... “video game”... De vez em quando, dou uns bofetes no Serginho... Mas, se for para melhorar o mundo... eu seria capaz até de virar santo. Ashtarih sorri, levemente emocionada, sentindo a sinceridade do garoto. – Não é preciso ninguém virar santo. Basta fazer tudo para não ser agressivo... e mais algumas outras coisinhas que eu já vou explicar. Serginho faz o mesmo gesto com os polegares e diz com voz firme: – Eu também topo! Eu quero fazer a minha parte para melhorar o nosso planeta. Teca levanta timidamente os dois polegares, dizendo com voz sumida. – Está bem... eu também topo. Acho que está na hora de eu aprender a ser mais corajosa e... menos preguiçosa. – Gostei de ver tua sinceridade, garota – diz Ashtarih. – Reconhecer as próprias falhas é o primeiro passo em nosso crescimento como gente. Uma por uma, todas as crianças daquela estranha assembléia levantam-se, erguem bem alto os dois polegares em gesto afirmativo e gritam: – Eu topo! – Eu também topo! Ashtarih sorri satisfeita. – Ótimo!... Muito bem! Eu tinha certeza de que poderia contar com vocês. E repito: não precisam ficar com medo. O Comando Solar vai lhes dar cobertura, e, a partir de agora, vocês serão conhecidos entre nós como os “mensageiros de Ashtarih”. Em seguida convida as equipes a irem até o palco para receber seus instrumentos de trabalho. Gilberto levanta, seguido dos irmãos, e vai se dirigindo ao palco. As outras equipes também levantam, mas todos param, dando-lhe a vez, como se vissem nele um líder. Já no palco, Ashtarih coloca- lhe no pulso um aparelho parecido com um relógio, dizendo: – Isto aqui, Gilberto, é um mini-micro. Vai ser muito útil. À Teca ela entrega uma pedrinha cor-de-rosa: – Isto é um condensador e transmissor de vibrações de amor. Basta usar o pensamento e a emoção. Pode colocá-lo em seu bolso. A Serginho dá um objeto parecido com uma canetinha, que prende em sua camisa: – Você vai precisar deste instrumento. Numa ponta ele gera energia e na outra dinamiza a alegria... – O Serginho não precisa disso – atalha Teca. – É a criança mais alegre que já vi. Quando não está brigando com Gil, está sempre sorrindo. Ashtarih olha carinhosa para Serginho e alisa seu cabelo, dizendo: – A sua alegria, Serginho, é muito útil e é muito importante. Mas você vai precisar deste aparelho. Cuidado para não perdê-lo. E, olhando com seriedade para os três, acrescenta: – Procurem não brigar. – No que depender de mim – afirma Gilberto – não vai ter briga. Os Praxedinhos descem do palco voltando ao camarote, enquanto Ashtarih continua entregando instrumentos e apetrechos às outras equipes. Por agora vamos ficando por aqui. Outro dia vamos ver como continua essa aventura virtual dos Praxedinhos. 16
  • 17. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA 17 Não brigar O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares, e incentivar respostas. No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos como as crianças haviam se engajado na luta para ajudar a salvar a Terra das maldades de um gênio do mal, o Ruk Pollus. Vocês se lembram como a Ashtarih recomendou a eles para não brigarem? Pois é, brigar nunca é bom. Alguém de vocês sabe de alguma briga que acabou bem, em que ninguém se machucou? Incentivar respostas. E alguém sabe de alguma briga que terminou mal? O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, tendo em foco o que a mídia mostra diuturnamente sobre brigas que terminam em ferimentos ou em morte, brigas bobas, por vezes, que começam pelas mais tolas razões e que acabam mal... O professor deve incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. AULA – 18 Como mudar o planeta O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os familiares referente à aula anterior, socializando a discussão. Quem sabe dizer por que no nosso planeta acontecem tantas coisas ruins? O professor deve incentivar respostas. Na Terra acontecem tantas coisas ruins porque o ser humano abriga muitos valores negativos em seu coração, assim como a ganância, o orgulho e a falta de amor. O que vocês acham que seria necessário mudar nas pessoas para o mundo se tornar um lugar bom para todos? O professor deve incentivar respostas e socializá-las. As pessoas já estão começando a entender a necessidade de mudanças para salvar o nosso planeta e a transformá-lo num mundo melhor para todos. Muitas empresas, muitas instituições e até governos estão trabalhando para proteger a natureza. Mas só proteger a natureza não é o bastante porque são as pessoas que precisam mudar. Bastaria que o ser humano cultivasse duas qualidades, ou seja, dois valores para transformar a Terra num lugar bom para todos. Esses valores são o AMOR e a JUSTIÇA. O que vocês acham? Por que o amor e a justiça são tão importantes? O professor deve incentivar respostas e socializá-las, lembrando que quem ama não agride, não humilha, não prejudica, mas tudo faz para ajudar os outros a serem felizes, e quem é justo sabe como viver, conviver e ajudar com equilíbrio. O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da escola quanto ao exercício dos valores estudados. É fácil ou difícil vivenciá-los? Como se sentem? Crêem que agindo assim o mundo será melhor? 17
  • 18. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA – 19 Respeitar a si mesmo O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de pedir desculpas, de usar o “faz favor”, de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas recebidas. Vocês sabem o que significa respeitar a si mesmo? O professor deve incentivar respostas. O pai de Eduardo sempre lhe dizia que as leis de Deus estão gravadas em nossa consciência e que é por isso que todas as pessoas sempre sabem o que é certo e o que é errado. Dizia também que o mais importante é obedecer a essas leis, porque a maior riqueza de um ser humano é ter a consciência tranqüila. A família de Eduardo era pobre, e ele precisava trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Com isso teve de batalhar muito para conseguir formar-se em Direito e chegar a ser juiz. Quando isso aconteceu, foi aquela festa, aquela alegria! Mas certo dia chegou às suas mãos, para análise e julgamento, um processo contra o senhor Gouveia, pessoa muito importante na cidade. Eduardo, ou melhor, Dr. Eduardo ficou preocupado, pois sabia que não iria ser fácil. De fato, no dia seguinte recebeu a visita do advogado do senhor Gouveia pedindo-lhe para dar ganho de causa ao seu cliente. Dr. Eduardo respondeu, dizendo que iria julgar os fatos e agir com justiça. O advogado ofereceu-lhe, então, uma grande importância em dinheiro para inocentar o senhor Gouveia. Era muito dinheiro, mas Dr. Eduardo negou-se a receber a propina e, indignado, ameaçou mandar prendê-lo. O advogado saiu furioso, dizendo que, por isso, ele, Dr. Eduardo, seria transferido para uma cidadezinha do interior, a mais distante possível. Aborrecido e preocupado, Dr. Eduardo foi procurar o pai, que lhe disse: – Meu filho, estou orgulhoso de você. É assim que age uma pessoa de bem, uma pessoa honesta, que tem respeito por si mesma. – Eu sei, pai – respondeu Dr. Eduardo. – E mesmo que o senhor Gouveia consiga que me transfiram, mesmo que seja para o pior lugar do mundo, não me importo. O que vale mesmo é estar com a consciência tranqüila. Quem de vocês acha que Dr. Eduardo fez bem em recusar aquele dinheirão da propina que o advogado lhe ofereceu? O professor deve incentivar respostas e socializá-las, com foco na importância da honestidade. Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. AULA – 20 Revisão O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de pedir desculpas, de usar o “faz favor”, de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas recebidas. Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: 18
  • 19. 1º MÓDULO – primeiro semestre a) Nossas escolhas Em algumas de nossas aulas anteriores dissemos que todos os dias, ao acordar pela manhã, temos duas escolhas a fazer, no que diz respeito aos nossos estados de espírito: A primeira é estarmos contentes nesse dia, bem humorados, simpáticos, agradáveis, vivenciando valores positivos. A segunda é estarmos mal humorados, antipáticos, desagradáveis, vivenciando valores negativos. Qual é o tipo de estado de espírito que vocês escolheram hoje pela manhã, a primeira ou a segunda? O professor deve incentivar respostas. b) Gesto nobre No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças para ajudarem nosso planeta. Vimos como a Teca teve um gesto nobre ao dominar a preguiça e o medo e juntar-se às demais crianças para ajudar a salvar a Terra. Alguém de vocês sabe explicar o que significa um “gesto nobre”? O professor deve incentivar respostas, explicando que fazemos um gesto nobre quando praticamos uma ação benéfica para outros, sem esperar recompensas e tendo que abrir mão de nossos interesses pessoais. c) Não brigar Vocês se lembram que a Ashtarih recomendou aos Praxedinhos para não brigarem? Por que ela fez isso? O professor deve incentivar respostas lembrando que brigar nunca é bom. Alguém de vocês sabe de alguma briga que acabou bem, na qual ninguém tenha se machucado e todos ficaram felizes? O professor deve incentivar respostas. E alguém aqui sabe de alguma briga que terminou mal? O professor deve incentivar respostas e socializar a discussão, tendo em foco o que a mídia mostra diuturnamente sobre brigas que terminam em ferimentos ou em morte, brigas bobas, por vezes, que começam pelas mais tolas razões e que acabam mal... d) Bastaria ao ser humano cultivar duas qualidades. Em outra aulinha foi dito que bastaria ao ser humanos cultivar duas qualidades, ou seja, dois valores para transformar a Terra num lugar bom para todos. Esses valores são o AMOR e a JUSTIÇA. O que vocês acham? Por que o amor e a justiça são tão importantes? O professor deve incentivar respostas e socializá-las, lembrando que quem ama não agride, não humilha, não prejudica, mas tudo faz para ajudar os outros a serem felizes, e quem é justo sabe como viver, conviver e ajudar com equilíbrio. AULA – 21 Aventura Virtual - Episódio 05 O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares, e incentivar respostas. 19
  • 20. 1º MÓDULO – primeiro semestre No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos as crianças recebendo seus instrumentos de trabalho das mãos de Ashtarih. Enquanto isso, numa grande nave espacial, Ruk Pollus examina um painel de controle. É um tipo alto, musculoso. Tem a cabeça raspada e o tórax nu. Da cintura para baixo, veste uma espécie de calção azul-marinho que vai até o meio das canelas, amarrado na cintura com uma faixa vermelha; nos pés, botinas de um material parecido com borracha, e nos braços, uns braceletes de couro com enfeites de bronze. Pelos olhos negros perpassam reflexos cor de aço. É uma figura assustadora. Junto a Ruk, há uma menina em tudo parecida com Ashtarih. A diferença está apenas na expressão do rosto e no olhar, que são duros, frios, sem aquele encanto da outra. Ruk termina de examinar alguns instrumentos e diz, com ar meio satisfeito, meio preocupado: – Estamos chegando perto. – Se o Comando Solar não se meter... – diz a menina. Ruk olha para ela com um daqueles olhares que vão até o fundo da alma e pergunta pausadamente: – Que é que você está sabendo, Fávia? – Eu acho que a Ashtarih está reunindo crianças... – Reunindo crianças?... Que é que ela pretende? – Eu não sei. – Pois trate de saber... agora! Fávia sai correndo para cumprir a ordem de Ruk. Enquanto isso, no grande salão, depois que todas as equipes receberam seus instrumentos, Ashtarih volta a falar: – Agora, uma coisa muito importante. Vocês vão atuar como geradores e transmissores de “energia boa”. Dessa forma, todo o bem que conseguirem fazer... ou fazer que aconteça... e todos os bons sentimentos que nutrirem serão dinamizados pelo Comando Solar, e esse potencial todo irá atuar naquela faixa de energia perigosa de que falei, ajudando a destruí-la. Aí, Ruk Pollus não mais terá poder sobre a humanidade. Vocês entenderam? Teca responde: – Eu entendi. Nós precisamos gerar energia boa... – Isso mesmo! – exclama Ashtarih. – Só que essa energia é diferente. Ela é gerada a partir dos pensamentos e dos sentimentos. Assim, sempre que vocês pensarem no bem, na paz, na harmonia, sempre que sentirem amor e amizade, estarão gerando energia boa. E como disse, o Comando Solar vai dinamizar, ou seja, vai ampliar, vai multiplicar essa boa energia que vocês gerarem. – Mas, Ashtarih – contesta Gilberto – de que adianta isso se a Terra está cheia de pessoas tão ruins quanto esse tal de Rul Pollus? – A ordem é destruir essa faixa energética de que falei, porque esse perigo é imediato... e é dos mais graves na história deste planeta. Nunca houve um momento como este na Terra. Depois, o Comando sabe o que deverá fazer. Por ora, esta é a nossa missão. Percorrendo todas as equipes com o olhar, Ashtarih continua: – Acho que nem é preciso dizer que tudo isto é absolutamente sigiloso. Não comentem com ninguém. Mesmo porque, se vocês contarem isto a alguém, não vão acreditar... dirão que estão malucos. Só os pais de alguns de vocês serão avisados por nós. Faz uma pequena pausa e conclui: – Agradeço a todos em nome do Comando Solar e lhes desejo sucesso. E antes que alguém possa fazer mais alguma pergunta, Ashtarih faz um gesto com a mão, e um novo rodamoinho acontece, sugando cada equipe para algum ponto diferente da Terra. A continuação dessa aventura nós vamos ver em outras aulas. 20
  • 21. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA – 22 Energias O professor deve perguntar aos alunos quem se lembra de como se pode desenvolver boa energia para os ambientes da Terra. No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos Ashtarih convocar as crianças para gerarem energia boa, do bem, e informar-lhes que o Comando Solar iria dinamizar essa energia e com ela eliminar a faixa de energia do mal com que o Ruk Pollus pretendia dominar a Terra. Lembram que a Ashtarih também explicou que essas energias são geradas pelos pensamentos e sentimentos das pessoas? É claro que essa aventura é imaginária, mas essa questão das energias tem fundamento. Aquilo que sentimos fica impregnado nos ambientes. Isto é fácil de perceber. Quando entramos numa igreja onde as pessoas desenvolvem sentimentos elevados, de religiosidade, de amor e de fé, podemos sentir um ambiente leve, agradável. Mas, se entramos num presídio, sentimos o ambiente muito pesado, difícil de suportar. Isto acontece por causa dos sentimentos e pensamentos dos que ali vivem, assim como também do que falam. Em outro momento Ashtarih havia dito que o nosso planeta está envolvido em energias agressivas, principalmente pelo fato de milhões de pessoas “curtirem” a violência através de jogos eletrônicos, filmes e noticiários com teor violento, e até das conversas que giram em torno desse tema. Podemos entender, então, que, se os ambientes da Terra estão impregnados com energia agressiva, as pessoas sentem essa influência. Assim, vemos pessoas sem qualquer motivo pegarem uma arma e saírem por aí matando gente. Se nós queremos um mundo melhor para o nosso futuro, precisamos fazer alguma coisa para que o mundo melhore. E nós que estamos aqui nesta sala de aula, será que podemos ajudar a melhorar o mundo? O que vocês acham? O professor deve incentivar respostas e socializá-las, enfatizando a força que as crianças têm junto aos pais e outros adultos para induzi-los a vivenciarem a paz e a fraternidade. É bom lembrá-los de que também podem colaborar, e muito, evitando jogos e filmes violentos, e desenvolvendo afetividade, que é um sentimento muito poderoso para gerar energia boa. AULA – 23 O ponto preto O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver boa energia, e incentivar respostas. O professor deve fazer um ponto preto numa folha de papel branco e perguntar aos alunos o que eles estão vendo ali. Todos dirão que estão vendo um ponto preto. Está errado. O que vemos é um espaço branco cercando um pequeno ponto escuro. Vocês estão percebendo como é que costumamos ver os outros? Geralmente vemos logo os erros dos outros, as coisas negativas que eles apresentam e até mesmo as roupas que usam e que podemos tachar como cafonas ou feias. Dificilmente observamos as qualidades das pessoas ou as boas ações que praticam. A própria mídia – televisão, rádio, jornais – sempre dá muita publicidade a crimes e a tudo que é ruim. Mas há muita coisa boa no mundo para se ver, existem pessoas maravilhosas que dedicam suas vidas para ajudar os outros; há pessoas que trabalham intensamente cuidando da natureza, defendendo as matas, os rios, os animais... 21
  • 22. 1º MÓDULO – primeiro semestre O professor deve pedir à metade da turma para dizer em que profissões as pessoas ajudam outras. A outra metade deve citar situações nas quais as pessoas cuidam da natureza, incluindo animais. O professor deve convidar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. AULA – 24 Candidatas a professor O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os familiares referente à aula anterior, socializando a discussão. Vamos imaginar uma cena. OBSERVAÇÃO: Conforme for falando das duas candidatas, o professor deve escrever no quadro seus nomes e características para os alunos poderem escolher melhor. Digamos que vocês vão escolher uma nova professora. Há duas candidatas, a Madalena e a Camila. A Madalena está vestida com uma roupa simples, bem pobrezinha. Ela é baixinha e gorda. A Camila está muito bem vestida, na última moda; usa jóias caras e é muito bonita. Vamos agora fazer a votação. Quem escolhe a Madalena para professora? Quem prefere a Camila para professora? Provavelmente a Camila, bonita e rica, receberá mais votos. Vocês perceberam que nessa votação não se tratou de saber qual das duas seria a melhor como professora? A escolha de vocês foi feita só pela aparência das duas. E, se eu dissesse que a Madalena era uma excelente professora e que a Camila, a professora bonita e rica, era uma pessoa má e muito mal educada, que faltava mais do que trabalhava e que vocês acabariam muito prejudicados? O ser humano ainda não aprendeu a enxergar direito, a ver o que está atrás das aparências. Quem aqui gosta de sorvete de abacaxi? O abacaxi tem uma aparência feia, toda espinhosa, mas seu interior... é uma delícia. Milhões de pessoas são bonitas por fora, mas feias por dentro. Outras milhões de pessoas são feias e até desagradáveis por fora, mas muito bonitas por dentro. Quem saberia dar exemplo do que é ser bonito por dentro? O professor deve incentivar respostas Bonita por dentro é aquela pessoa que é amiga, que ajuda, que compreende e perdoa os erros dos outros, que ajuda os outros em suas dificuldades, que se preocupa com as outras pessoas, que se interessa verdadeiramente pelo crescimento dos demais. O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado. O professor deve também incitar os alunos a se esforçarem para vivenciar os valores apresentados nestas aulas. 22
  • 23. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA – 25 Revisão Revisão Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: a) Energias No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que Ashtarih convocou as crianças para gerarem energia boa, do bem, e informou-lhes que o Comando Solar iria dinamizá-la e com ela eliminar a faixa de energia do mal com que o Ruk Pollus pretendia dominar a Terra. Lembram que Ashtarih também explicou que essas energias são geradas pelos pensamentos e sentimentos das pessoas? Quem de vocês sabe dar um exemplo? O professor deve incentivar respostas, lembrando que é fácil perceber como existem ambientes leves, agradáveis, como, por exemplo, numa igreja, e há outros pesados, carregados, difíceis de suportar, como, por exemplo, nos presídios. Ashtarih também havia dito que o nosso planeta estava envolvido em energias agressivas, principalmente pelo fato de milhões de pessoas “curtirem” a violência através de jogos eletrônicos, filmes e noticiários com teor violento, e até das conversas que giram em torno desses assuntos. E vocês? Acham que podem fazer alguma coisa para ajudar a melhorar o mundo? O professor deve socializar, lembrando que as crianças também podem colaborar, e muito, evitando jogos e filmes violentos e desenvolvendo afetividade, que é um sentimento muito poderoso para gerar energia boa. b) O quê, ou a quem valorizar. Em outra aula imaginamos aquela cena das duas candidatas ao cargo de professor, a Madalena e a Camila. Lembram? A Madalena era pobre e feia, mas era uma excelente professora, enquanto a Camila era rica e bonita, mas era uma pessoa má e muito mal educada, que faltava mais do que trabalhava o que acabaria prejudicando os alunos. Então conversamos sobre essa questão da discriminação. Geralmente damos mais valor a quem é rico ou bonito do que a quem é pobre ou feio. Vamos ver agora o que vocês acham. OBS.: O professor deve escrever no quadro negro as três opções e fazer uma rápida votação. Devemos valorizar as pessoas: 1 – pela sua aparência? 2 – pelo que elas possuem? 3 – pelos seus valores como ser humano? O professor deve socializar a discussão. O professor deve convidar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. 23
  • 24. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA – 26 Aventura Virtual - Episódio 06 O professor deve perguntar aos alunos quem compartilhou os ensinamentos da aula anterior com os familiares e socializar, pedindo algum feedback sobre o que os pais e/ou familiares comentaram. No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos como, a um gesto de Ashtarih, se formou um rodamoinho, levando os Praxedinhos a perder a noção de lugar e de tempo, e, quando tudo pára, eles olham em volta, vendo em torno apenas altas montanhas. Um caminho segue em meio à vegetação, que é pouca e raquítica. – Onde será que estamos? – pergunta Gilberto. – Eu acho que estamos em outro país – diz Serginho, olhando em volta. – Isto aqui não tem cara de Brasil. – Nós estamos no mundo virtual, esqueceu? – E faz alguma diferença? – pergunta Teca, começando a demonstrar mau humor. – Quero é ver onde vamos encontrar comida... Estou morrendo de fome. –Não é reclamando que a gente vai conseguir alguma coisa – aconselha Serginho, que, mesmo sendo o mais novo, às vezes demonstra bastante sabedoria. – Vamos em frente – diz Gilberto. – Esse caminho deve dar em algum lugar. Os três partem. Depois de caminharem por longas horas ladeando montanhas e pela beira de precipícios, sem chegar a algum lugar habitado, Teca resolve parar. Senta em cima de uma pedra e informa aos irmãos, com ar decidido: – Eu estou cansada!... Não dou mais nenhum passo. Gil e Serginho também param. Serginho senta sobre uma ponta de rochedo. De repente, lembrando- se do aparelho que Ashtarih entregou a Gil, exclama: – Nós podemos pedir socorro! Gil, com ar decidido, retruca: – Pedir socorro só em último caso, bobão. Nós vamos é continuar andando. – E não me chame de bobão, que eu incho teu nariz com um murro – responde Serginho, raivoso. Teca, dando uma rara demonstração de iniciativa, levanta a mão na direção de Serginho e diz em tom ameaçador: – Nem pense, Serginho!... e abaixe o tom da voz. Nada de brigas, nem de ofensas. Não se esqueçam de que estamos em missão. Os meninos acomodam suas raivas e sorriem com ar misterioso. Afinal, estão em missão... e que missão! – Mas eu ainda estou querendo saber para que é que serve esse mini-micro – diz Serginho. Gilberto olha o aparelho com mais atenção. Parece um relógio de pulso, daqueles antigos. Abre-o. A parte interna da tampa é a tela de um micromonitor e a face do aparelho é um miniteclado. – Que legal! – exclama Serginho, entusiasmado. – É massa! Teca, ainda de má vontade e já meio arrependida de ter concordado com a aventura, resmunga. – Quero é ver para que serve essa coisa. Gil toca a tela com a ponta do dedo e aparece uma pergunta: “Que deseja?” – Olha que legal! Está perguntando o que desejamos. Teca não quer dar o braço a torcer e responde: – O que desejamos? Cair fora daqui, é claro! Serginho, apesar de sua eterna alegria, já está ficando cansado com o mau humor da irmã e reclama: – Quer parar com essa mania de viver se queixando? Você ainda vai se dar mal... Gilberto, sem se ocupar com a discussão dos irmãos, digita: “Estou com fome e sede”, mas a tela permanece como antes. Os garotos olham-se com ar desolado. Uma pontinha de temor começa a se insinuar em suas emoções. O mau humor de Teca transforma-se rapidamente em medo. – E agora? – pergunta choramingando. – O que vai ser de nós? 24
  • 25. 1º MÓDULO – primeiro semestre – Eu acho que você tem que teclar o comando “enter” – diz Serginho para Gilberto, sentindo-se importante. Este atende, mas nada acontece. Fala com raiva: – Essa porcaria não serve para nada. Eu vou é jogar fora. Teca segura-lhe a mão. – Espera, Gil. Eu acho que sei qual é o problema. Nós não somos uma equipe? Os meninos concordam com a cabeça. – Então é preciso dizer: “Nós estamos com fome”. – Vamos ver – diz Gilberto, começando a digitar conforme a orientação da irmã, mas a tela apenas pisca e fica escura. Gil levanta o aparelho para jogá-lo fora, mas, antes que o faça, pára, com os olhos arregalados: – Olhem! À sua frente surgira do nada um poste com um cartaz onde está escrito: “À direita, Pousadinha. À esquerda, deserto”. Vocês estão curiosos para saber a continuação dessa aventura? Eu também, mas temos que deixar para outro dia. AULA – 27 Equipe O professor deve perguntar aos alunos se têm se lembrado de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las, agradecer pelas gentilezas que tenham recebido e pedir desculpas sempre que tenham incomodado alguém. No último episódio da aventura virtual dos Praxedinhos, nós vimos que o Gilberto, quando pediu ajuda para si mesmo pelo mini-micro, nada conseguiu. Mas, quando a Teca disse que eles eram uma equipe e que era preciso pensar não em si mesmo mas em todos, logo conseguiram ajuda. Algum de vocês pertence a alguma equipe? O professor deve incentivar respostas e socializar, explicando que a família é uma equipe; na escola uma classe é uma equipe porque todos estão ali juntos com a finalidade de aprender, etc.; deve ainda explicar que numa equipe todos devem procurar o bem de todos, que isto é um tanto difícil porque somos todos diferentes uns dos outros, mas que é importante se esforçar sempre nesse sentido; que muitas vezes algum companheiro de equipe age mal, mas isso nunca deve nos desanimar, etc. O professor deve também pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da escola quanto ao exercício dos valores estudados. AULA – 28 Dividindo a casa em áreas O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado observar a si mesmo quanto aos valores aprendidos, e socializar. Em uma casa simples, vivia a família do seu Luís. Apesar das dificuldades eram felizes, cada um com seus afazeres domésticos, os estudos, etc. Certo dia Aninha, a filha mais velha, então com dez anos, chamou seus irmãos e lhes disse: – A partir de hoje, só eu posso entrar no quarto de dormir, pois vocês só bagunçam e não ajudam a arrumar. E traçou uma linha imaginária no chão perto da porta dizendo aos irmãos que eles não poderiam ultrapassar aquele limite sem que ela autorizasse. Roberta com oito anos disse, então, que ninguém poderia entrar na cozinha, pois era ela que lavava 25
  • 26. 1º MÓDULO – primeiro semestre a louça do café e, repetindo o gesto da irmã, traçou também uma linha imaginária no chão dizendo que, a partir daquele momento, a cozinha seria um espaço só dela, que estava proibida a entrada dos irmãos sem a sua permissão. Júnior, o caçula de quatro anos, olhou para as irmãs e, sem compreender direito o que estava acontecendo, foi até o banheiro e fez com o pé uma linha imaginária, dizendo que o banheiro era dele. Lá pelas tantas Aninha chamou pela mãe que estava lavando roupa, dizendo que estava com sede, mas Roberta não a deixava entrar na cozinha para pegar água. Roberta, por sua vez, necessitava usar o banheiro, e Júnior não a deixava entrar. Júnior queria tirar a sua sonequinha e Aninha lhe barrava a entrada no quarto. Dona Amélia chamou seu Luís, que estava trabalhando no jardim, e lhe explicou o que estava acontecendo. Seu Luís pensou um momento e, chamando os filhos, explicou-lhes que a cozinha, o banheiro e os demais cômodos da casa eram de todos os que viviam naquele lar. Assim, quem tinha sede ou fome poderia usar a cozinha; quem precisasse ir ao banheiro tinha o direito de fazê-lo, bem como todos poderiam usar o quarto, que era compartilhado pelos três. Disse-lhes que tudo na vida possui regras e que todos devem cumpri-las para não haver bagunça, que cada um deveria cuidar da sua tarefa e respeitar o trabalho do outro, fazendo uso da liberdade, mas com responsabilidade. Foi então que eles resolveram realizar uma reunião familiar, uma vez por semana, para discutir as regras de convívio e criar outras novas, caso fosse necessário. O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado. Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus familiares o que aprenderam nessa aula. AULA – 29 O monge e o escorpião O professor deve pedir aos alunos um “retorno” sobre o compartilhamento que tiveram com os familiares referente à aula anterior, socializando a discussão. Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Correu então pela margem, apanhou um ramo de árvore, entrou novamente no rio, colheu o escorpião e o salvou. Ao voltar para a estrada, seus discípulos, que haviam assistido a tudo, o receberam perplexos e penalizados. Um deles disse: – Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Outro comentou: – Devia ter deixado que o escorpião se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão! O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: – O escorpião agiu conforme a natureza dele e eu de acordo com a minha. Quem de vocês sabe dizer o que esse conto nos mostra? O professor deve incentivar respostas, explicando que esse conto nos mostra a importância de agirmos sempre como devem agir os seres humanos, ou seja, com solidariedade e com afeto, procurando sempre ajudar quem está em apuros. Infelizmente, a maioria das pessoas só pensa em se dar bem. É por isso que existe tanto sofrimento na Terra. Se todos pensassem um pouquinho que fosse nos outros, se todos ajudassem um pouquinho que 26
  • 27. 1º MÓDULO – primeiro semestre fosse aos que estão em momentos difíceis ou passam necessidade, a Terra seria um paraíso. Mas felizmente já existem milhões de pessoas e milhares de organizações que estão trabalhando para melhorar o nosso planeta. O professor deve sistematizar o conteúdo da aula, relembrando qual foi o valor ensinado. AULA – 30 Revisão Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: a) Atuar em equipe Lembram-se daquele episódio da aventura virtual dos Praxedinhos quando o Gilberto pediu ajuda para si mesmo pelo mini-micro e nada conseguiu, mas, quando a Teca disse que eles eram uma equipe e que era preciso cada um pensar não em si mesmo, mas em todos, e assim logo conseguiram ajuda? Quais são as equipes das quais vocês participam? O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando que a nossa equipe básica é a família, e que por isso devemos aprender a pensar e procurar cuidar também dos demais membros da nossa família; explicar que também é importante os alunos de cada turma desenvolverem um sentimento de equipe. Numa equipe todos devem procurar o bem de todos. Isto é um tanto difícil porque somos todos diferentes uns dos outros, mas é importante fazer muito esforço nesse sentido. Quando acontece de algum companheiro de equipe agir mal, o que vocês acham que devem fazer? O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando quanto é importante procurar conversar com ele, não com aquele jeito de quem se acha superior, mas com vontade sincera de ajudar. b) Respeito aos direitos dos outros. Em outra aula fizemos aquela narrativa sobre a família do seu Luís, que, apesar das dificuldades eram felizes, até que Aninha, a filha mais velha, resolveu traçar uma linha imaginária no chão em frente à porta do quarto de dormir, dizendo aos irmãos que eles não poderiam ultrapassar aquele limite sem que ela autorizasse. Diante desse fato os irmãos também traçaram suas linhas imaginárias dividindo toda a casa em áreas. Esse procedimento acabou criando muita confusão e muita briga, até que Seu Luís, chamando os filhos, explicou-lhes que a cozinha, o banheiro e os demais cômodos da casa eram de todos os que viviam naquele lar. Assim, quem tinha sede ou fome poderia usar a cozinha; quem precisasse ir ao banheiro tinha o direito de fazê-lo, bem como todos poderiam usar o quarto, que era compartilhado pelos três. Disse-lhes que tudo na vida possui regras e que todos devem cumpri-las para não haver bagunça, que cada um deveria cuidar da sua tarefa e respeitar o trabalho do outro, fazendo uso da liberdade, mas com responsabilidade. Quem sabe dizer qual foi o ensinamento que essa narrativa deixou? O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando o quanto é importante o respeito que se tem pelos direitos dos outros; se queremos ter direitos, devemos começar por respeitas os dos demais. Só assim poderá haver bom convívio entre todos. 27
  • 28. 1º MÓDULO – primeiro semestre AULA 31 Aventura Virtual - Episódio 07 O professor deve perguntar quem tem procurado ser educado e afetuoso em casa com os familiares, e incentivar respostas. Hoje vamos narrar mais um episódio da aventura virtual dos Praxedinhos. Nós tínhamos parado naquele ponto em que as crianças, lá no mundo virtual, estavam caminhando há várias horas em meio às montanhas. Já aflitos, sem saber o que fazer, resolvem apelar para o mini- micro que Ashtarih havia dado a Gilberto e de repente lhes surge à frente um poste com um cartaz onde está escrito: “À direita, Pousadinha. À esquerda, deserto”. Os Praxedinhos retomam a caminhada, seguindo pela direita, e logo chegam a um pequeno platô onde encontram três tábuas de madeira. – E agora? – pergunta Gil. – Eu tenho a impressão de que essas tábuas foram colocadas aqui para nós. – Também acho – concorda Serginho. – Acho que é para a gente levar... Teca dá um pinote: – Eu é que não vou sair por aí carregando peso à toa. Estou cansada. – Pois eu acho que devia – diz Gilberto, enquanto levanta uma das tábuas. – Até que não é tão pesada. Gil e Serginho apanham cada qual uma tábua e seguem caminho, subindo por uma encosta e chegando a outro platô. Teca segura a tábua que lhe cabe levar, mas prefere largá-la no chão, resmungando mentalmente: “Brincar num computador é uma coisa, mas sair por aí, andando horas a fio, com sede e fome... e ainda por cima, carregando peso? Eu hein?”. Mais alguns passos e topam com uma fenda geológica de uns dois metros de largura. Olham para baixo e levam um susto: não dá para ver o fundo, mas ouve-se o ruído de água corrente. Serginho e Gil colocam suas tábuas sobre ela e atravessam com cuidado. Teca aproxima-se para atravessar, mas as tábuas, como se mão invisível as tocasse, caem, batendo pelas encostas do abismo. Apavorada, grita: – Gilberto, Serginho... me ajudem!... não vão embora... me ajudem! Gil e Serginho ficam olhando um para o outro, sem saber como ajudar a irmã. Teca continua gritando, desesperada: – Façam alguma coisa! Me ajudem! Gil tem uma idéia: – Só você voltando para buscar a tábua que ficou lá embaixo. Dessa vez Teca não reclama. – Vou sim... eu vou... mas me esperem aí... Prometam que vão me esperar. – Nós esperamos, Teca – grita Gil. – Mas vai aprendendo a lição, tá bom? A preguiça nunca é boa companheira. Mamãe sempre diz isso, lembra? Vamos deixar a Teca descendo a ladeira, aflita e meio desesperada, para buscar a tábua que tivera preguiça de levar e que agora seria de fato a sua “tábua de salvação”. Outro dia vamos saber o que aconteceu, mas agora quero saber quem de vocês é preguiçoso. O professor deve socializar a discussão, sempre com foco no lado negativo de se ser preguiçoso, lembrando que muitas oportunidades são perdidas na vida por causa da preguiça, etc. AULA 32 Agradecimento Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha que fizeram? Quem escolheu ser preguiçoso no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas. 28
  • 29. 1º MÓDULO – primeiro semestre Quem escolheu ser ativo, fazer todos os deverem bem-feitos e estudar direitinho no dia de hoje? O professor deve incentivar respostas e socializar. Parabéns pela escolha! Foi muito acertada. Agora, é só continuar praticando o que escolheram... O professor deve pedir a algum aluno que empreste por instantes algo que esteja com ele, um livro, uma caneta, etc.; pegar o objeto solicitado e devolvê-lo, dizendo gentilmente “muito obrigado (a)”; perguntar ao aluno como se sentiu ao receber o agradecimento; socializar a discussão, enfatizando o quanto o agradecimento é bonito, como mostra a boa educação da pessoa, e como uma pessoa educada sempre é mais admirada e muito mais bem recebida em qualquer lugar; convidar os alunos a passarem a usar o agradecimento a partir desse dia, sem se esquecerem dos cumprimentos: bom-dia, boa-tarde e boa-noite. O professor deve pedir aos alunos para observarem a si mesmos no dia-a-dia, dentro e fora da escola, quanto ao exercício dos valores estudados. AULA 33 Conto dos coelhos que brigaram, incentivados pelo macaco. O professor deve perguntar aos alunos quem tem procurado desenvolver boa energia, e incentivar respostas. Numa floresta havia uma grande clareira onde moravam muitos coelhos. Eles plantavam cenouras, amendoins e bananas e viviam muito felizes. Um dia, um macaco que vivia cobiçando as bananas dos coelhos teve uma idéia. Começou a fazer intrigas entre os coelhos, incentivando-os a brigarem e, enquanto brigavam, o macaco se empanturrava com as bananas. Como se sabe, o coelho é um bichinho muito pacífico, mas, com as intrigas do macaco, os coelhos acabaram brigando tanto que suas unhas cresceram, ficaram longas, e os dentes ficaram muito afiados. Certa vez eles brigaram tanto que todos acabaram muito machucados. O macaco, pulando pelos galhos das árvores, ria tanto que acabou ficando com dor de barriga. A dor ficou tão forte que ele foi para a toca dos coelhos, para pedir ajuda, mas os coelhos que haviam se acostumado a brigar, em vez de ajudá- lo, trataram de atacá-lo com suas longas unhas e dentes afiados. A coruja, que era muito sábia e observadora, vendo o que acontecia, deu três pios muito fortes e, pousando num galho próximo, disse: – Vocês todos são uns tolos. Esse bicho sabido, mas sem escrúpulos, que é o macaco, fez intrigas para vocês brigarem e, enquanto isso, ele poder comer as suas bananas. Vocês, que são animais mansos e dóceis, acabaram entrando nessa coisa horrível que são as suas brigas. Olhem para vocês. Nem parecem coelhos com essas unhas compridas e dentes afiados. Vocês não têm vergonha? Os coelhos se olharam em silêncio e pela primeira vez perceberam o quanto estavam horríveis. A coruja, olhando desta vez para o macaco, disse: – E você seu macaco, não tem vergonha de agir assim? Veja o que conseguiu fazer com os coelhos. Por que não foi plantar suas próprias bananeiras, em vez de ficar maquinando maldades? A floresta inteira vai saber o que você fez e você vai ficar isolado. Ninguém mais vai querer falar com um animal tão cheio de artimanhas, mau e preguiçoso como você. O macaco baixou a cabeça envergonhado e, num gemido, falou: – A coruja está certa. Não vale a pena ser ambicioso nem cobiçar aquilo que não nos pertence. Vou plantar minhas próprias bananeiras. Peço a todos que me perdoem. O macaco saiu mancando, enquanto os coelhos se abraçavam envergonhados por terem tido a coragem, a triste coragem, de se agredir. Daí em diante nunca mais se ouviu falar em brigas na aldeia dos coelhos. 29
  • 30. 1º MÓDULO – primeiro semestre O professor deve socializar a discussão, enfatizando a importância do bom convívio que só traz benefícios, enquanto as brigas só resultam em problemas e em sofrimento. OBSERVAÇÃO: Para a aulinha seguinte de valores humanos, os alunos vão precisar de papel e lápis para fazerem um desenho. AULA 34 Desenhando a paz Material necessário a cada aluno: lápis e papel para fazer um desenho. Hoje nós vamos pensar sobre a paz. Vamos fechar os olhos e relaxar. Vamos respirar fundo algumas vezes, relaxando o corpo e a mente. Vamos continuar de olhos fechados... todos relaxados... e vamos pensar na paz. Cada um de vocês imagine alguma figura, alguma coisa que possa retratar ou simbolizar a paz. (vinte segundos) Vamos agora abrir os olhos, e vocês vão desenhar a figura ou a coisa que imaginaram e que possa representar a paz. Cada qual deve também colocar seu nome no papel. O professor deve recolher os desenhos para mostrá-los na aula seguinte. O professor deve também incitar os alunos a se esforçarem para vivenciar os valores apresentados nestas aulas. AULA 35 Revisão O professor deve apresentar os desenhos sobre a paz que foram feitos na aula anterior, pedir a cada aluno para falar sobre o significado de seu desenho e socializar. Quem se lembra quais foram os principais ensinamentos apresentados nas últimas aulas de valores humanos? O professor deve incentivar respostas e socializar, observando que os principais ensinamentos foram: a) Agradecimento Numa das aulas nós vimos o quanto o agradecimento é bonito, como mostra a boa educação da pessoa e como uma pessoa educada sempre é mais admirada e muito mais bem recebida em qualquer lugar. Quem de vocês tem se lembrado de agradecer pelos benefícios recebidos? O professor deve incentivar respostas e socializar. b) Não vale a pena cobiçar aquilo que não nos pertence. Em outra aula narramos aquele conto sobre o macaco que vivia cobiçando as bananas plantadas pelos coelhos e acabou se dando mal. Qual foi o ensinamento que aquele conto nos deixou? O professor deve incentivar respostas e socializar, lembrando que não vale a pena ser ambicioso nem cobiçar aquilo que não nos pertence. Quando tivermos vontade de possuir algo devemos trabalhar 30