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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
CURSO PROINFO INTEGRADO
Rosana Araújo Quintino da Silva
RELATÓRIO FINAL DE CURSO – LABORATÓRIOS PRÁTICOS
Cláudia Vieira Barboza Sumikawa
Brasília-DF
2015
SUMÁRIO
1. Introdução ----------------------------------------------------------------------------- 3
2. Laboratório prático: Filme "The Good Lie" (A Boa Mentira) --------- 4
3. Lições da experiência vivida no laboratório prático -------------------- 6
4. Considerações finais -------------------------------------------------------------- 11
5. Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------ 12
5. Apêndices
5.1 Apêndice A - Projeto/Aula --------------------------------------------------- 13
5.2 Apêndice B - Slides utilizados em sala de aula para discussão --- 15
5.3 Apêndice C - Ficha técnica do filme The Good Lie ------------------- 18
5.4 Apêndice D - Modelos de teste escrito ----------------------------------- 19
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório é a produção final do curso Proinfo Integrado -
Educando com Tecnologias, oferecido pelo MEC/GEINFE/NTE/EAPE aos
professores da rede pública do Distrito Federal. Como um dos principais
objetivos do curso é a integração de recursos tecnológicos na prática
pedagógica, o projeto aqui apresentado utiliza tecnologia tanto dentro da sala
de aula (datashow) quanto fora (sala de vídeo).
Sobre esse projeto, é importante ressaltar que foi desenvolvido na
disciplina de Língua Inglesa, tomando como base o filme "The Good Lie" (A
boa mentira) e envolvendo 6 turmas (com uma média de 30 alunos) do 1o ano
do Centro de Ensino Médio 01 do Riacho Fundo I. Entre os seus objetivos
estão: desenvolver o conhecimento dos alunos referente a dois países que
falam inglês (EUA e Sudão), discutir o tema diferenças culturais e a situação de
refugiados de guerra, além da apropriação de vocabulário em língua inglesa.
2. Laboratório prático: Filme "The Good Lie" (A Boa Mentira)
Sou professora de língua Inglesa e gosto bastante de utilizar tecnologias
em sala de aula. Além disso, estou sempre procurando fazer o link com os
conteúdos que vemos na aula, para tornar a aula mais dinâmica. Como estava
concluindo uma unidade do livro que falava sobre estereótipos e iniciando
uma unidade cujo tópico central era a ideia de heróis (clássicos e modernos),
considerei oportuno criar esse projeto sobre o filme "The Good Lie".
O filme relata a história de 3 sudanesess que, ao fugir da guerra civil
que assolou o Sudão entre os anos de 1983 e 2005, conseguiram chegar a
um dos campos de refugiados e, posteriormente, aos EUA. Lá, eles tem a
oportunidade de recomeçar as suas vidas, mas para isso terão que lidar com
uma cultura bem diferente e com vários estereótipos. Essa é uma história real
(inclusive 2 desses atores são refugiados sudaneses) que retrata a situação
de mais de 27 mil crianças sudanesas que ficaram orfãs ao longo dessa
guerra e ficaram conhecidas como "The Lost Boys/Gilrs".
Apesar de se tratar de uma história bem comovente, o filme tem um tom
cômico quando trata das diferenças culturais. E justamente por mesclar tão
bem o drama e a comédia, além de tratar de temas tão importantes, que
escolhi esse filme - lançado em outubro de 2014 e já disponível no Netflix. A
ficha técnica do filme pode ser consultada na página 18.
Como o objetivo não era simplesmente passar o filme, criei um projeto
para desenvolver com os meus alunos. Ao todo, no Centro de Ensino Médio
01 do Riacho Fundo I, são 12 turmas de 1o ano - mas como temos o regime
da semestralidade, trabalhei apenas com 6 turmas no 1o semestre. As turmas
tem em média 30 alunos com faixa etária entre 15 e 16 anos. Para a
realização do projeto, foram previstas 6 aulas de 50 minutos - conforme
apresentado no projeto (página 13).
Inicialmente utilizaria 3 das minhas aulas para o próprio filme. Contudo,
por questões de organização escolar e também por julgar ser mais
interessante assistir ao filme de uma só vez, conversei com os outros
professores desse bloco e criei um horário específico. Dessa forma,
aproveitando o tamanho da sala de vídeo da escola (com capacidade para 60
alunos), duas turmas assistiram ao filme nos 3 primeiros horários de um dia,
outras 2 duas turmas nos 3 últimos horários e as duas turmas restantes
assistiram no dia seguinte. O filme foi passado com legendas, com o intuito de
colocar os alunos em contato com o áudio original, a fim de perceberem o
contraste entre os dois sotaques de inglês.
No encontro seguinte, apoiada pelos slides apresentados na página 15,
discuti com os alunos alguns pontos que considerei relevantes em relação ao
filme. Foi uma discussão bastante proveitosa e percebi que os alunos
realmente apreciaram o filme. Um dos tópicos mais debatidos pelos alunos foi
o papel da mídia em relação à difícil situação dos refugiados e as dificuldades
em relação ao choque cultural. Foi uma oportunidade também dos alunos
terem contato com vocabulário de língua inglesa relacionado ao filme - uma
vez que os slides estavam em inglês.
Na aula seguinte, conforme combinado, os alunos fariam um teste
escrito em sala sobre o filme. Novamente, como o teste estaria em inglês, os
alunos foram orientados sobre a possibilidade de trazer dicionários para
auxiliarem eles na resolução do teste - além disso foram disponibilizados
também 10 dicionários da sala de leitura da escola para auxiliá-los. Para evitar
o número de cola, foram elaborados 3 tipos de teste - todos disponíveis na
página 19.
Depois de corrigidos os testes, a última aula do projeto foi utilizada para
entregá-los aos alunos e fazer uma correção/discussão sobre as questões dos
3 modelos de teste. Além disso, nos últimos minutos da aula foi realizada uma
pequena avaliação sobre o projeto com os alunos e pude constatar que o
saldo foi bastante positivo.
3. Lições da experiência vivida no laboratório prático
É incontestável a mudança na dinâmica de uma escola hoje em dia: as
tecnologias estão presentes a todo momento - fora e dentro da sala de aula.
Por isso, é necessário incorporar essa tecnologia na nossa prática docente, de
forma a ressignificar o papel da escola e também tornar esse espaço mais
interessante. Contudo, incluir essa tecnologia só por incluir não deve ser o
objetivo. É preciso educar com as tecnologias e também educar para um uso
crítico de todos os recursos disponíveis.
Dessa forma, ao pensar em um projeto que envolvesse recursos
tecnológicos, tive a preocupação em ressaltar sempre as oportunidades de
aprendizado que a tecnologia nos oferece a todo momento (informações em
sites, blogs, netflix, etc.) e a importância de ter um posicionamento crítico
diante de todas essas possibilidades. Além, é claro, de valorizar o momento de
interação pessoal em sala de aula - muitas vezes colocado em segundo plano
quando a tecnologia está envolvida. Por isso, no meu projeto incluí momentos
de contato exclusivo com a tecnologia (com o filme), momentos mistos (com o
datashow e a discussão em sala) e momentos sem tecnologia digital (a
resolução do teste escrito). O objetivo era mostrar também a importância de
momentos de interação e de produção offline.
Conforme ressaltei bastante em sala de aula com as turmas, é preciso
aproveitar melhor os momentos do nosso dia para desenvolver e buscar novos
aprendizados. Um simples filme pode ser fonte de um conhecimento
interdisciplinar incrível e com a Internet a nosso favor podemos acessar uma
infinidade de informações disponíveis na rede, de forma a potencializar esse
conhecimento. E justamente por entender que “o projeto rompe com as
fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes
áreas de conhecimento” (ALMEIDA, 2001, p.58) que fiz a opção de trabalhar
cada vez mais com projetos, e nesse caso específico ressaltar todas as
oportunidades de aprendizado possíveis a partir do filme.
Afinal de contas, é possível observar que boa parte dos alunos, apesar
de passarem muito tempo online, não costumam acessar materiais que
possam de fato contribuir para o próprio aprendizado escolar. Por exemplo,
pude perceber o entusiasmo dos alunos durante o filme - apesar de ter sido
lançado ano passado e já estar disponibilizado no Netflix, nenhum aluno
conhecia o filme - o que fez com eles ficassem ainda mais interessados. Tanto
que não tive problemas em relação à indisciplina durante a reprodução do filme
e em todas as turmas ouvi comentários positivos - alguns alunos até
perguntaram algumas informações em relação aos temas abordados no filme -
questões culturais, Sudão, EUA, refugiados, etc. Orientei todas as turmas a
buscar algumas dessas informações na Internet para a nossa próxima aula,
para discutirmos em sala. E, embora a discussão tenha sido proveitosa,
percebi que praticamente nenhum aluno havia pesquisado, de fato, os temas.
Aqueles que haviam se dado ao trabalho de pesquisar algo, trouxeram
resultados muito superficiais - tanto que a maior parte das informações que eu
propus em sala foi novidade para a maioria.
Por isso, ressaltei a importância de aproveitar esse ciberespaço para
buscar informações e construir novos conhecimentos e dividi com eles algumas
fontes de pesquisa que utilizo. Acredito que o compartilhamento de
informações e a discussão sobre tecnologias devem fazer parte dessa nova
escola, inserida na cibercultura. Afinal “as tecnologias surgiram, então, como a
infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade,
de organização e de transação, mas também novo mercado da informação e
do conhecimento” (LÉVY, 1999, p. 32). Pode-se afirmar então que a
cibercultura possibilita inúmeras e inesperadas situações para o
desenvolvimento das pessoas e das sociedades.
Outro ponto que me chamou atenção durante a execução do projeto foi
a reclamação dos alunos sobre o fato de eu ter preservado o áudio original do
filme, visto que optei pelo filme legendado. Pude notar que os alunos tem muita
dificuldade em acompanhar as cenas e as legendas. Não imaginava que essa
opção fosse ser um problema para os alunos (talvez pelo fato de estar
acostumada a assistir filmes legendados), mas pelo que pude notar a grande
maioria deles consome filmes/séries estrangeiros, porém dublados.
E esse foi outro ponto que destaquei em relação ao aprendizado (nesse
caso de línguas estrangeiras), pois uma importante forma de adquirir fluência e
vocabulário é consumir conteúdo na língua alvo (seja por texto ou áudio). E,
novamente, o que não falta na rede são oportunidades como essa do filme
para todos os gostos. Assim, espero que com o projeto os alunos pelo menos
comecem a pensar em fazer essa pequena mudança da rotina deles
(eliminando a dublagem quando possível), pois com certeza fará diferença no
aprendizado de língua estrangeira.
Outro ponto que achei muito interessante ter repercutido nas discussões
de todas as turmas foi em relação ao papel da mídia. Os alunos ficaram
'indignados' por saber que essa guerra civil no Sudão só acabou em 2005 e
'quase ninguém' ficou sabendo - mesmo com a mídia já disponível nesse
período. E então, não pude evitar questioná-los sobre o que eles fazem nessa
'tão importante mídia': que tipo de informação eles estão consumindo. Foi um
momento que eu nem tinha programado, pois inicialmente não tinha pensando
nessa questão da mídia, mas que foi bem importante e espero ter sido pelo
menos uma forma de fazer os alunos pensarem de modo mais crítico em
relação ao próprio consumo digital. Além disso, acredito que desenvolver esse
projeto com as turmas desse semestre vai ser ainda mais interessante nesse
sentido, dada a repercussão da difícil situação dos refugiados da Síria.
Inclusive, preciso ressaltar esse momento de discussão em sala sobre o
filme, pois pude perceber a importância de se manter um diálogo entre
professor e alunos. Afinal de contas, é primordial propiciar o debate, ouvir o
aluno, valorizar sua opinião, pois, assim, valoriza-se a sua história de forma
que ele participe do processo ensino-aprendizagem como sujeito, pois “saber
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996).
Além das proveitosas discussões em sala, considero importante também
ressaltar a dificuldade de uma parte dos alunos ao consultar um dicionário.
Percebi que eles estão tão acostumados ao uso de tradutores eletrônicos, de
aplicativos que você nem precisa escrever a frase a ser traduzida - basta
fotografar, que utilizar um recurso básico como o dicionário se tornou uma
tarefa mais complicada que o esperado. De forma geral, eles traduzem palavra
por palavra mas tem dificuldade em compreender o sentido mais amplo dos
fragmentos textuais e, por isso, perderam muito tempo com a consulta a esse
tipo de material. Pensando nisso, decidi disponibilizar mais momentos assim ao
longo do semestre, a fim de desenvolver essa habilidade de consulta e de
realização de exercícios sem qualquer tipo de apoio digital.
Outro ponto que considero importante registrar aqui é em relação à parte
de execução do projeto. Tive dificuldades em relação ao uso da sala de vídeo e
a organização do horário especial para as turmas assistirem o filme. Primeiro
em relação ao espaço da escola: no período da tarde são 17 turmas na escola
e a estrutura não é tão adequada para abrigar essa quantidade de alunos (a
escola é de ensino médio, mas devido a reforma de uma escola de ensino
fundamental, atendemos também turmas de 8a
série, por exemplo). Além disso,
a escola não possui nenhum auditório, e a única sala que comporta mais de
uma turma e tem ar condicionado é a sala de vídeo - um espaço bastante
disputado.
Tive que reprogramar a minha atividade 4 vezes, pois essa sala foi
solicitada para uma reunião escolar no primeiro dia que eu havia planejado,
depois coincidiu com uma paralisação, depois com um passeio para os alunos
e depois com as datas que outros professores já haviam agendado. Cheguei a
considerar passar o filme em sala (com o meu próprio datashow), mas como a
minha sala de aula é muito iluminada, pensei que não valeria a pena. Dessa
forma, esperei quase um mês para de fato executar o projeto.
Justamente por conta dessa dificuldade em utilizar a sala de vídeo da
escola, tive que fazer a modificação em relação a forma de passar o filme.
Utilizaria somente os meus horários para isso, mas precisaria de um total de 3
dias para concluir o filme. Como só tinha a sala de vídeo disponível para dois
dias na semana (terça e sexta), optei por criar um horário especial e passar o
filme de uma só vez para todas as turmas nesses dois dias. Essa opção
acabou sendo mais viável para mim e para os alunos - pois dividir o filme em 3
partes poderia ser meio cansativo. Contudo, criar esse horário foi um pouco
complicado.
A equipe da escola continuamente nos incentiva a trabalhar com
projetos e fazer atividades diferenciadas, contudo vejo que o apoio para esses
projetos é quase sempre nulo. Percebi que a direção/coordenação não gostou
da ideia de ter um horário diferenciado para as turmas envolvidas no projeto e
nem me ofereceu apoio para tal. Acabei fazendo por conta própria um horário e
conversei individualmente com cada professor 'afetado', uns foram mais
solícitos que outros, mas todos aceitaram. E depois comuniquei o arranjo a
uma das coordenadoras.
Acho que é importante ter essas atividades diferenciadas na prática
docente, mas pela minha experiência nessa escola há 4 anos, vejo que o
professor que se propõe a fazer isso, tem sempre 'mais' trabalho. Talvez por
isso, muitos prefiram continuar na sua própria sala, com os seus próprios
recursos. Eu mesma optei por comprar o meu próprio datashow para diminuir a
dificuldade do processo para o empréstimo de recursos da escola.
Enfim, de um modo geral, mesmo depois de quase 1 mês da data
prevista, o projeto foi 100% executado e o saldo foi bem positivo - tanto que
pretendo realizá-lo novamente com as outras 6 turmas de 1o ano desse
semestre. E ao realizar o projeto ficou evidente a importância do planejamento
para que todos os objetivos fossem alcançados, de ter um material de apoio
suficiente para embasar esse planejamento e do quanto os recursos
tecnológicos podem facilitar o processo de aprendizagem – falar sobre os
refugiados ou mesmo discutir alguns tópicos não seriam tão interessantes sem
o auxílio do filme e dos slides, por exemplo.
Inclusive, esse foi um comentário feito por vários alunos ao final do
projeto, quando estávamos fazendo uma avaliação do projeto. E gostaria de
ressaltar a importância de momentos como esse ao final de um projeto para
legitimar sua proposta inicial e identificar possíveis problemas/sugestões.
Nesse projeto, por exemplo, a única reclamação foi em relação ao tempo do
projeto, alguns alunos gostariam de ter tipo mais atividades relacionadas ao
filme e/ou mais projetos como esse ao longo do semestre.
4. Considerações finais
Desenvolver o projeto com os alunos foi excelente. Apesar de já utilizar
recursos tecnológicos em sala, percebo cada vez mais a necessidade de não
apenas inserir recursos tecnológicos na sala de aula, mas também propor
momentos para debater o uso crítico desses recursos que tanto influenciam a
vida dos alunos (e da sociedade de uma modo geral).
Outro ponto importante durante a realização de um projeto é a
quantidade de possibilidades que esse tipo de atividade nos dá em relação à
participação dos alunos (debate, teste escrito, avaliação do projeto). Foi
possível identificar dificuldades (uso de dicionário, leitura de legendas),
perceber o posicionamento deles em relação a alguns tópicos, além é claro,
dos seus interesses.
Por exemplo, baseado nas minhas observações ao longo desse projeto
já pude pensar em modificar algumas atividades seguintes (incluir mais
atividades de escuta de língua estrangeira e consultas a vários tipos de
dicionário), e até mesmo criar novas propostas de projetos para desenvolver
assuntos que percebi que interessam aos alunos - propor uma pesquisa mais
abrangente sobre as diferenças culturais entre outros países que falam inglês.
Além disso, a cada projeto realizado em sala de aula, fica mais evidente
a necessidade de os alunos de terem aulas diferenciadas e nas quais eles se
sintam mais ativos. Por isso, tenho buscado cada vez mais fugir de aulas
expositivas e me apropriar de recursos tecnológicos que me auxiliem seja em
projetos ou aulas diferenciadas.
5. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Maria E. B. Educação Projetos, tecnologia e conhecimento. São
Paulo: PROEM, 2001. In: Elaboração de Projetos. Guia do Cursistas, MEC,
2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. Trad. Carlos Irineu da
Costa.
Ficha técnica do filme: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
218982/creditos/ Acesso em Abril, 2015.
Informações sobre Sudão:
http://www.bbc.com/news/world-africa-14069082 Acesso em Abril, 2015
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sud%C3%A3o_do_Sul Acesso em Abril, 2015
6. Apêndices
6.1 Apêndice A - Projeto/Aula
_______________________________________________________________
Educando com as tecnologias – Proinfo Integrado
PROPOSTA DO PROJETO/AULA
1. AUTORIA
Nome Escola
2. ESTRUTURA CURRICULAR
Nível de ensino/modalidade: 1o
ano do Ensino Médio.
Componente curricular: Inglês
Tema: Diferenças Culturais
3. DADOS DA AULA
3.1-Título: Filme The Good Lie (A boa mentira)
3.2- Objetivos:
• Identificar as similaridades e as principais diferenças entre as duas culturas
apresentadas no filme (Sudão x EUA), cujo idioma oficial é o inglês.
• Explorar as oportunidades interdisciplinares de aprendizado em um filme.
• Incentivar a prática de listening (escuta) da língua inglesa, observando os
diferentes sotaques.
• Promover o respeito às diferenças culturais.
• Aprimorar o vocabulário de inglês;
• Conhecer mais sobre a realidade do Sudão e de seus refugiados.
Rosana Araújo Quintino da Silva CEM 01 R. F. I
3.3 -Duração: 6 aulas de 50 minutos
3.4- Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Breve exposição sobre os países que falam inglês, destacando o Sudão (sua localização e
curiosidades)
3.5- Palavras-chave: diferenças culturais, inglês, sudão, eua
4. ESTRATÉGIAS E RECURSOS
• 1 aula: breve contextualização sobre os países que falam inglês, entre eles o
Sudão.
*Recurso: Datashow/slides em inglês na sala de
aula.
• 3 aulas: apresentação do filme chamado 'The Good Lie' legendado.
*Recurso: Datashow/sala de vídeo.
• 1 aula: discussão sobre o filme sendo orientada através de material contendo
curiosidades sobre o filme (em inglês) e pontuações sobre assuntos desenvolvidos no
filme. A ideia é relacionar os momentos do filme ao tema diferenças culturais, a fim
de compreendê-las como produto de um processo histórico.
*Recurso: Datashow/slides em inglês na sala de aula.
• 1 aula: aplicação de avaliação escrita individual sobre o filme
*Recurso: Papel e dicionários.
• 1 aula: correção das avaliações e considerações finais sobre o projeto.
*Recurso: Quadro Branco
5. AVALIAÇÃO
A avaliação será um teste escrito (em inglês) no valor de 2 pontos sobre o filme,
com questões objetivas e subjetivas. O aluno poderá consultar o dicionário para a
realização do teste. A ideia do teste é avaliar a capacidade do aluno de relacionar as cenas
do filme com as diferenças culturais, as curiosidades trabalhadas em sala e o vocabulário
contextualizado.
6.2 Apêndice B - Slides utilizados em sala de aula para discussão
9/18/15&
1&
THE GOOD LIE
A boa mentira
Did you know that Sudan was the biggest
country in Africa?
Did you know that English is an official
language in Sudan?
Did you know that 1/5 of the population in
Sudan live with less than U$1,25 dollar a day?
Did you know that Sudan is the 4th most
corrupted country in the world?
9/18/15&
2&
Why should we watch movies? Why should we watch movies?
History
Geography
English
Biology
Sociology
Literature…
“THE GOOD LIE”
STEREOTYPES
Popular belief about a culture or a specific
group of people without knowing them and it
is based on generalization
Modern Heroes
• Reliable
• Ethical
• Open-minded
• Brave
• Hard-working
• Polite
• Sensible
• Honest
• Polite
• Ambitious
9/18/15&
3&
WHAT MAKES A
PERSON EDUCATED?
COULD YOU SURVIVE
ALONE?
WOULD YOU HAVE
PROBLEMS LIVING IN
ANOTHER COUNTRY?
IS LANGUAGE THE
ONLY BARRIER
BETWEEN COUNTRIES?
SUDAN * USA
Can you think of positive and negative aspects?
6.3 Apêndice C - Ficha técnica do filme The Good Lie
Diretores:
Philippe Falardeau
Atores:
Reese Witherspoon (Carrie)
Arnold Oceng (Mamere)
Ger Duany (Jeremiah)
Emmanuel Jal (Paul)
Corey Stoll (Jack)
Kuoth Wiel (Abital)
Femi Oguns (Theo)
Sarah Baker (Pamela)
Roteiro:
Margaret Nagle
Produtores:
Brian Grazer
Ron Howard
Thad Luckinbill
Produtores Executivos:
Broderick Johnson
Andrew A. Kosove
Produção:
Alcon Entertainment / Imagine Entertainment / Reliance Entertainment
Distribuidor brasileiro:
PARIS FILMES
5.4 Apêndice D - Modelos de teste escrito
Filme sobre refugiados
Filme sobre refugiados

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Filme sobre refugiados

  • 1. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CURSO PROINFO INTEGRADO Rosana Araújo Quintino da Silva RELATÓRIO FINAL DE CURSO – LABORATÓRIOS PRÁTICOS Cláudia Vieira Barboza Sumikawa Brasília-DF 2015
  • 2. SUMÁRIO 1. Introdução ----------------------------------------------------------------------------- 3 2. Laboratório prático: Filme "The Good Lie" (A Boa Mentira) --------- 4 3. Lições da experiência vivida no laboratório prático -------------------- 6 4. Considerações finais -------------------------------------------------------------- 11 5. Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------ 12 5. Apêndices 5.1 Apêndice A - Projeto/Aula --------------------------------------------------- 13 5.2 Apêndice B - Slides utilizados em sala de aula para discussão --- 15 5.3 Apêndice C - Ficha técnica do filme The Good Lie ------------------- 18 5.4 Apêndice D - Modelos de teste escrito ----------------------------------- 19
  • 3. 1. INTRODUÇÃO O presente relatório é a produção final do curso Proinfo Integrado - Educando com Tecnologias, oferecido pelo MEC/GEINFE/NTE/EAPE aos professores da rede pública do Distrito Federal. Como um dos principais objetivos do curso é a integração de recursos tecnológicos na prática pedagógica, o projeto aqui apresentado utiliza tecnologia tanto dentro da sala de aula (datashow) quanto fora (sala de vídeo). Sobre esse projeto, é importante ressaltar que foi desenvolvido na disciplina de Língua Inglesa, tomando como base o filme "The Good Lie" (A boa mentira) e envolvendo 6 turmas (com uma média de 30 alunos) do 1o ano do Centro de Ensino Médio 01 do Riacho Fundo I. Entre os seus objetivos estão: desenvolver o conhecimento dos alunos referente a dois países que falam inglês (EUA e Sudão), discutir o tema diferenças culturais e a situação de refugiados de guerra, além da apropriação de vocabulário em língua inglesa.
  • 4. 2. Laboratório prático: Filme "The Good Lie" (A Boa Mentira) Sou professora de língua Inglesa e gosto bastante de utilizar tecnologias em sala de aula. Além disso, estou sempre procurando fazer o link com os conteúdos que vemos na aula, para tornar a aula mais dinâmica. Como estava concluindo uma unidade do livro que falava sobre estereótipos e iniciando uma unidade cujo tópico central era a ideia de heróis (clássicos e modernos), considerei oportuno criar esse projeto sobre o filme "The Good Lie". O filme relata a história de 3 sudanesess que, ao fugir da guerra civil que assolou o Sudão entre os anos de 1983 e 2005, conseguiram chegar a um dos campos de refugiados e, posteriormente, aos EUA. Lá, eles tem a oportunidade de recomeçar as suas vidas, mas para isso terão que lidar com uma cultura bem diferente e com vários estereótipos. Essa é uma história real (inclusive 2 desses atores são refugiados sudaneses) que retrata a situação de mais de 27 mil crianças sudanesas que ficaram orfãs ao longo dessa guerra e ficaram conhecidas como "The Lost Boys/Gilrs". Apesar de se tratar de uma história bem comovente, o filme tem um tom cômico quando trata das diferenças culturais. E justamente por mesclar tão bem o drama e a comédia, além de tratar de temas tão importantes, que escolhi esse filme - lançado em outubro de 2014 e já disponível no Netflix. A ficha técnica do filme pode ser consultada na página 18. Como o objetivo não era simplesmente passar o filme, criei um projeto para desenvolver com os meus alunos. Ao todo, no Centro de Ensino Médio 01 do Riacho Fundo I, são 12 turmas de 1o ano - mas como temos o regime da semestralidade, trabalhei apenas com 6 turmas no 1o semestre. As turmas tem em média 30 alunos com faixa etária entre 15 e 16 anos. Para a realização do projeto, foram previstas 6 aulas de 50 minutos - conforme apresentado no projeto (página 13). Inicialmente utilizaria 3 das minhas aulas para o próprio filme. Contudo, por questões de organização escolar e também por julgar ser mais interessante assistir ao filme de uma só vez, conversei com os outros professores desse bloco e criei um horário específico. Dessa forma, aproveitando o tamanho da sala de vídeo da escola (com capacidade para 60
  • 5. alunos), duas turmas assistiram ao filme nos 3 primeiros horários de um dia, outras 2 duas turmas nos 3 últimos horários e as duas turmas restantes assistiram no dia seguinte. O filme foi passado com legendas, com o intuito de colocar os alunos em contato com o áudio original, a fim de perceberem o contraste entre os dois sotaques de inglês. No encontro seguinte, apoiada pelos slides apresentados na página 15, discuti com os alunos alguns pontos que considerei relevantes em relação ao filme. Foi uma discussão bastante proveitosa e percebi que os alunos realmente apreciaram o filme. Um dos tópicos mais debatidos pelos alunos foi o papel da mídia em relação à difícil situação dos refugiados e as dificuldades em relação ao choque cultural. Foi uma oportunidade também dos alunos terem contato com vocabulário de língua inglesa relacionado ao filme - uma vez que os slides estavam em inglês. Na aula seguinte, conforme combinado, os alunos fariam um teste escrito em sala sobre o filme. Novamente, como o teste estaria em inglês, os alunos foram orientados sobre a possibilidade de trazer dicionários para auxiliarem eles na resolução do teste - além disso foram disponibilizados também 10 dicionários da sala de leitura da escola para auxiliá-los. Para evitar o número de cola, foram elaborados 3 tipos de teste - todos disponíveis na página 19. Depois de corrigidos os testes, a última aula do projeto foi utilizada para entregá-los aos alunos e fazer uma correção/discussão sobre as questões dos 3 modelos de teste. Além disso, nos últimos minutos da aula foi realizada uma pequena avaliação sobre o projeto com os alunos e pude constatar que o saldo foi bastante positivo.
  • 6. 3. Lições da experiência vivida no laboratório prático É incontestável a mudança na dinâmica de uma escola hoje em dia: as tecnologias estão presentes a todo momento - fora e dentro da sala de aula. Por isso, é necessário incorporar essa tecnologia na nossa prática docente, de forma a ressignificar o papel da escola e também tornar esse espaço mais interessante. Contudo, incluir essa tecnologia só por incluir não deve ser o objetivo. É preciso educar com as tecnologias e também educar para um uso crítico de todos os recursos disponíveis. Dessa forma, ao pensar em um projeto que envolvesse recursos tecnológicos, tive a preocupação em ressaltar sempre as oportunidades de aprendizado que a tecnologia nos oferece a todo momento (informações em sites, blogs, netflix, etc.) e a importância de ter um posicionamento crítico diante de todas essas possibilidades. Além, é claro, de valorizar o momento de interação pessoal em sala de aula - muitas vezes colocado em segundo plano quando a tecnologia está envolvida. Por isso, no meu projeto incluí momentos de contato exclusivo com a tecnologia (com o filme), momentos mistos (com o datashow e a discussão em sala) e momentos sem tecnologia digital (a resolução do teste escrito). O objetivo era mostrar também a importância de momentos de interação e de produção offline. Conforme ressaltei bastante em sala de aula com as turmas, é preciso aproveitar melhor os momentos do nosso dia para desenvolver e buscar novos aprendizados. Um simples filme pode ser fonte de um conhecimento interdisciplinar incrível e com a Internet a nosso favor podemos acessar uma infinidade de informações disponíveis na rede, de forma a potencializar esse conhecimento. E justamente por entender que “o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento” (ALMEIDA, 2001, p.58) que fiz a opção de trabalhar cada vez mais com projetos, e nesse caso específico ressaltar todas as oportunidades de aprendizado possíveis a partir do filme. Afinal de contas, é possível observar que boa parte dos alunos, apesar de passarem muito tempo online, não costumam acessar materiais que possam de fato contribuir para o próprio aprendizado escolar. Por exemplo,
  • 7. pude perceber o entusiasmo dos alunos durante o filme - apesar de ter sido lançado ano passado e já estar disponibilizado no Netflix, nenhum aluno conhecia o filme - o que fez com eles ficassem ainda mais interessados. Tanto que não tive problemas em relação à indisciplina durante a reprodução do filme e em todas as turmas ouvi comentários positivos - alguns alunos até perguntaram algumas informações em relação aos temas abordados no filme - questões culturais, Sudão, EUA, refugiados, etc. Orientei todas as turmas a buscar algumas dessas informações na Internet para a nossa próxima aula, para discutirmos em sala. E, embora a discussão tenha sido proveitosa, percebi que praticamente nenhum aluno havia pesquisado, de fato, os temas. Aqueles que haviam se dado ao trabalho de pesquisar algo, trouxeram resultados muito superficiais - tanto que a maior parte das informações que eu propus em sala foi novidade para a maioria. Por isso, ressaltei a importância de aproveitar esse ciberespaço para buscar informações e construir novos conhecimentos e dividi com eles algumas fontes de pesquisa que utilizo. Acredito que o compartilhamento de informações e a discussão sobre tecnologias devem fazer parte dessa nova escola, inserida na cibercultura. Afinal “as tecnologias surgiram, então, como a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado da informação e do conhecimento” (LÉVY, 1999, p. 32). Pode-se afirmar então que a cibercultura possibilita inúmeras e inesperadas situações para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades. Outro ponto que me chamou atenção durante a execução do projeto foi a reclamação dos alunos sobre o fato de eu ter preservado o áudio original do filme, visto que optei pelo filme legendado. Pude notar que os alunos tem muita dificuldade em acompanhar as cenas e as legendas. Não imaginava que essa opção fosse ser um problema para os alunos (talvez pelo fato de estar acostumada a assistir filmes legendados), mas pelo que pude notar a grande maioria deles consome filmes/séries estrangeiros, porém dublados. E esse foi outro ponto que destaquei em relação ao aprendizado (nesse caso de línguas estrangeiras), pois uma importante forma de adquirir fluência e vocabulário é consumir conteúdo na língua alvo (seja por texto ou áudio). E, novamente, o que não falta na rede são oportunidades como essa do filme
  • 8. para todos os gostos. Assim, espero que com o projeto os alunos pelo menos comecem a pensar em fazer essa pequena mudança da rotina deles (eliminando a dublagem quando possível), pois com certeza fará diferença no aprendizado de língua estrangeira. Outro ponto que achei muito interessante ter repercutido nas discussões de todas as turmas foi em relação ao papel da mídia. Os alunos ficaram 'indignados' por saber que essa guerra civil no Sudão só acabou em 2005 e 'quase ninguém' ficou sabendo - mesmo com a mídia já disponível nesse período. E então, não pude evitar questioná-los sobre o que eles fazem nessa 'tão importante mídia': que tipo de informação eles estão consumindo. Foi um momento que eu nem tinha programado, pois inicialmente não tinha pensando nessa questão da mídia, mas que foi bem importante e espero ter sido pelo menos uma forma de fazer os alunos pensarem de modo mais crítico em relação ao próprio consumo digital. Além disso, acredito que desenvolver esse projeto com as turmas desse semestre vai ser ainda mais interessante nesse sentido, dada a repercussão da difícil situação dos refugiados da Síria. Inclusive, preciso ressaltar esse momento de discussão em sala sobre o filme, pois pude perceber a importância de se manter um diálogo entre professor e alunos. Afinal de contas, é primordial propiciar o debate, ouvir o aluno, valorizar sua opinião, pois, assim, valoriza-se a sua história de forma que ele participe do processo ensino-aprendizagem como sujeito, pois “saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996). Além das proveitosas discussões em sala, considero importante também ressaltar a dificuldade de uma parte dos alunos ao consultar um dicionário. Percebi que eles estão tão acostumados ao uso de tradutores eletrônicos, de aplicativos que você nem precisa escrever a frase a ser traduzida - basta fotografar, que utilizar um recurso básico como o dicionário se tornou uma tarefa mais complicada que o esperado. De forma geral, eles traduzem palavra por palavra mas tem dificuldade em compreender o sentido mais amplo dos fragmentos textuais e, por isso, perderam muito tempo com a consulta a esse tipo de material. Pensando nisso, decidi disponibilizar mais momentos assim ao longo do semestre, a fim de desenvolver essa habilidade de consulta e de realização de exercícios sem qualquer tipo de apoio digital.
  • 9. Outro ponto que considero importante registrar aqui é em relação à parte de execução do projeto. Tive dificuldades em relação ao uso da sala de vídeo e a organização do horário especial para as turmas assistirem o filme. Primeiro em relação ao espaço da escola: no período da tarde são 17 turmas na escola e a estrutura não é tão adequada para abrigar essa quantidade de alunos (a escola é de ensino médio, mas devido a reforma de uma escola de ensino fundamental, atendemos também turmas de 8a série, por exemplo). Além disso, a escola não possui nenhum auditório, e a única sala que comporta mais de uma turma e tem ar condicionado é a sala de vídeo - um espaço bastante disputado. Tive que reprogramar a minha atividade 4 vezes, pois essa sala foi solicitada para uma reunião escolar no primeiro dia que eu havia planejado, depois coincidiu com uma paralisação, depois com um passeio para os alunos e depois com as datas que outros professores já haviam agendado. Cheguei a considerar passar o filme em sala (com o meu próprio datashow), mas como a minha sala de aula é muito iluminada, pensei que não valeria a pena. Dessa forma, esperei quase um mês para de fato executar o projeto. Justamente por conta dessa dificuldade em utilizar a sala de vídeo da escola, tive que fazer a modificação em relação a forma de passar o filme. Utilizaria somente os meus horários para isso, mas precisaria de um total de 3 dias para concluir o filme. Como só tinha a sala de vídeo disponível para dois dias na semana (terça e sexta), optei por criar um horário especial e passar o filme de uma só vez para todas as turmas nesses dois dias. Essa opção acabou sendo mais viável para mim e para os alunos - pois dividir o filme em 3 partes poderia ser meio cansativo. Contudo, criar esse horário foi um pouco complicado. A equipe da escola continuamente nos incentiva a trabalhar com projetos e fazer atividades diferenciadas, contudo vejo que o apoio para esses projetos é quase sempre nulo. Percebi que a direção/coordenação não gostou da ideia de ter um horário diferenciado para as turmas envolvidas no projeto e nem me ofereceu apoio para tal. Acabei fazendo por conta própria um horário e conversei individualmente com cada professor 'afetado', uns foram mais solícitos que outros, mas todos aceitaram. E depois comuniquei o arranjo a uma das coordenadoras.
  • 10. Acho que é importante ter essas atividades diferenciadas na prática docente, mas pela minha experiência nessa escola há 4 anos, vejo que o professor que se propõe a fazer isso, tem sempre 'mais' trabalho. Talvez por isso, muitos prefiram continuar na sua própria sala, com os seus próprios recursos. Eu mesma optei por comprar o meu próprio datashow para diminuir a dificuldade do processo para o empréstimo de recursos da escola. Enfim, de um modo geral, mesmo depois de quase 1 mês da data prevista, o projeto foi 100% executado e o saldo foi bem positivo - tanto que pretendo realizá-lo novamente com as outras 6 turmas de 1o ano desse semestre. E ao realizar o projeto ficou evidente a importância do planejamento para que todos os objetivos fossem alcançados, de ter um material de apoio suficiente para embasar esse planejamento e do quanto os recursos tecnológicos podem facilitar o processo de aprendizagem – falar sobre os refugiados ou mesmo discutir alguns tópicos não seriam tão interessantes sem o auxílio do filme e dos slides, por exemplo. Inclusive, esse foi um comentário feito por vários alunos ao final do projeto, quando estávamos fazendo uma avaliação do projeto. E gostaria de ressaltar a importância de momentos como esse ao final de um projeto para legitimar sua proposta inicial e identificar possíveis problemas/sugestões. Nesse projeto, por exemplo, a única reclamação foi em relação ao tempo do projeto, alguns alunos gostariam de ter tipo mais atividades relacionadas ao filme e/ou mais projetos como esse ao longo do semestre.
  • 11. 4. Considerações finais Desenvolver o projeto com os alunos foi excelente. Apesar de já utilizar recursos tecnológicos em sala, percebo cada vez mais a necessidade de não apenas inserir recursos tecnológicos na sala de aula, mas também propor momentos para debater o uso crítico desses recursos que tanto influenciam a vida dos alunos (e da sociedade de uma modo geral). Outro ponto importante durante a realização de um projeto é a quantidade de possibilidades que esse tipo de atividade nos dá em relação à participação dos alunos (debate, teste escrito, avaliação do projeto). Foi possível identificar dificuldades (uso de dicionário, leitura de legendas), perceber o posicionamento deles em relação a alguns tópicos, além é claro, dos seus interesses. Por exemplo, baseado nas minhas observações ao longo desse projeto já pude pensar em modificar algumas atividades seguintes (incluir mais atividades de escuta de língua estrangeira e consultas a vários tipos de dicionário), e até mesmo criar novas propostas de projetos para desenvolver assuntos que percebi que interessam aos alunos - propor uma pesquisa mais abrangente sobre as diferenças culturais entre outros países que falam inglês. Além disso, a cada projeto realizado em sala de aula, fica mais evidente a necessidade de os alunos de terem aulas diferenciadas e nas quais eles se sintam mais ativos. Por isso, tenho buscado cada vez mais fugir de aulas expositivas e me apropriar de recursos tecnológicos que me auxiliem seja em projetos ou aulas diferenciadas.
  • 12. 5. Referências Bibliográficas ALMEIDA, Maria E. B. Educação Projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2001. In: Elaboração de Projetos. Guia do Cursistas, MEC, 2013. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. Trad. Carlos Irineu da Costa. Ficha técnica do filme: http://www.adorocinema.com/filmes/filme- 218982/creditos/ Acesso em Abril, 2015. Informações sobre Sudão: http://www.bbc.com/news/world-africa-14069082 Acesso em Abril, 2015 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sud%C3%A3o_do_Sul Acesso em Abril, 2015
  • 13. 6. Apêndices 6.1 Apêndice A - Projeto/Aula _______________________________________________________________ Educando com as tecnologias – Proinfo Integrado PROPOSTA DO PROJETO/AULA 1. AUTORIA Nome Escola 2. ESTRUTURA CURRICULAR Nível de ensino/modalidade: 1o ano do Ensino Médio. Componente curricular: Inglês Tema: Diferenças Culturais 3. DADOS DA AULA 3.1-Título: Filme The Good Lie (A boa mentira) 3.2- Objetivos: • Identificar as similaridades e as principais diferenças entre as duas culturas apresentadas no filme (Sudão x EUA), cujo idioma oficial é o inglês. • Explorar as oportunidades interdisciplinares de aprendizado em um filme. • Incentivar a prática de listening (escuta) da língua inglesa, observando os diferentes sotaques. • Promover o respeito às diferenças culturais. • Aprimorar o vocabulário de inglês; • Conhecer mais sobre a realidade do Sudão e de seus refugiados. Rosana Araújo Quintino da Silva CEM 01 R. F. I
  • 14. 3.3 -Duração: 6 aulas de 50 minutos 3.4- Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno: Breve exposição sobre os países que falam inglês, destacando o Sudão (sua localização e curiosidades) 3.5- Palavras-chave: diferenças culturais, inglês, sudão, eua 4. ESTRATÉGIAS E RECURSOS • 1 aula: breve contextualização sobre os países que falam inglês, entre eles o Sudão. *Recurso: Datashow/slides em inglês na sala de aula. • 3 aulas: apresentação do filme chamado 'The Good Lie' legendado. *Recurso: Datashow/sala de vídeo. • 1 aula: discussão sobre o filme sendo orientada através de material contendo curiosidades sobre o filme (em inglês) e pontuações sobre assuntos desenvolvidos no filme. A ideia é relacionar os momentos do filme ao tema diferenças culturais, a fim de compreendê-las como produto de um processo histórico. *Recurso: Datashow/slides em inglês na sala de aula. • 1 aula: aplicação de avaliação escrita individual sobre o filme *Recurso: Papel e dicionários. • 1 aula: correção das avaliações e considerações finais sobre o projeto. *Recurso: Quadro Branco 5. AVALIAÇÃO A avaliação será um teste escrito (em inglês) no valor de 2 pontos sobre o filme, com questões objetivas e subjetivas. O aluno poderá consultar o dicionário para a realização do teste. A ideia do teste é avaliar a capacidade do aluno de relacionar as cenas do filme com as diferenças culturais, as curiosidades trabalhadas em sala e o vocabulário contextualizado.
  • 15. 6.2 Apêndice B - Slides utilizados em sala de aula para discussão 9/18/15& 1& THE GOOD LIE A boa mentira Did you know that Sudan was the biggest country in Africa? Did you know that English is an official language in Sudan? Did you know that 1/5 of the population in Sudan live with less than U$1,25 dollar a day? Did you know that Sudan is the 4th most corrupted country in the world?
  • 16. 9/18/15& 2& Why should we watch movies? Why should we watch movies? History Geography English Biology Sociology Literature… “THE GOOD LIE” STEREOTYPES Popular belief about a culture or a specific group of people without knowing them and it is based on generalization Modern Heroes • Reliable • Ethical • Open-minded • Brave • Hard-working • Polite • Sensible • Honest • Polite • Ambitious
  • 17. 9/18/15& 3& WHAT MAKES A PERSON EDUCATED? COULD YOU SURVIVE ALONE? WOULD YOU HAVE PROBLEMS LIVING IN ANOTHER COUNTRY? IS LANGUAGE THE ONLY BARRIER BETWEEN COUNTRIES? SUDAN * USA Can you think of positive and negative aspects?
  • 18. 6.3 Apêndice C - Ficha técnica do filme The Good Lie Diretores: Philippe Falardeau Atores: Reese Witherspoon (Carrie) Arnold Oceng (Mamere) Ger Duany (Jeremiah) Emmanuel Jal (Paul) Corey Stoll (Jack) Kuoth Wiel (Abital) Femi Oguns (Theo) Sarah Baker (Pamela) Roteiro: Margaret Nagle Produtores: Brian Grazer Ron Howard Thad Luckinbill Produtores Executivos: Broderick Johnson Andrew A. Kosove Produção: Alcon Entertainment / Imagine Entertainment / Reliance Entertainment Distribuidor brasileiro: PARIS FILMES
  • 19. 5.4 Apêndice D - Modelos de teste escrito