O documento discute a cultura surda, definindo-a como a forma como surdos entendem e modificam o mundo usando suas percepções visuais. A cultura surda varia entre grupos e inclui a língua de sinais como elemento central. Surdos enfrentam desafios de inclusão devido à falta de acessibilidade na comunicação.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE GEOGRAFIA
CURSO DE GEOGRAFIA
ALISSON ALVES, DELCINETE SILVA, GLACIANE SILVA E MATEUS SANTIAGO
COLÓQUIO SOBRE OS
GRUPOS SEGREGADOS:
OS SURDOS
2. O QUE É CULTURA SURDA?
Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo
entender o mundo e de modificá-lo a fim de se
torná-lo acessível e habitável ajustando-os com
as suas percepções visuais, que contribuem para
a definição das identidades surdas e das “almas”
das comunidades surdas. Isto significa que
abrange a língua, as ideias, as crenças, os
costumes e os hábitos de povo surdo.
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3. A CULTURA SURDA
A cultura se expressa através da linguagem, dos
juízos de valor, da arte, das motivações, etc., gerando
a ordem do grupo, com seus códigos próprios, suas
formas de organização, de solidariedade, etc. As
culturas são recriadas em função de cada grupo que
nelas se inserem.
Além da Cultura Surda, tem os temas como;
Identidade Surda
Movimento Surdo
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4. VARIAÇÃO DA CULTURA SURDA
Embora o termo cultura surda seja usado frequentemente,
isso não significa que que todas as pessoas surdas no
mundo compartilhem a mesma cultura.
Há em Buenos Aires a associação dos surdos oralizados,
Nos EUA a associação dos surdos negros,
No Brasil a associação dos surdos gays.
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5. FORMAÇÃO DA CULTURA E IDENTIDADE SURDA
O papel de formação da Cultura e Identidade
Surda só foi possível, a partir do
reconhecimento da filosofia bilíngue – que
propõe que o surdo tem na verdade contato
com duas línguas, quando aprende a língua de
sinais mais a língua nativa de seu país. Quando
se aceita uma língua, se aceita também a
cultura que esta consigo possui.
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6. POPULAÇÃO SURDA
A população surda global está estimada
em torno de 42 milhões de pessoas, que
compartilham o fato de serem linguística e
culturalmente diferentes em diversas partes
do mundo.
No Brasil, estima-se que, em relação à
surdez, haja um total aproximado de mais
9.722.163, (2010) sendo que a maioria das
pessoas surdas utiliza a língua brasileira de
sinais (LIBRAS).
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7. LÍNGUA DE SINAIS
As Línguas de Sinais não são apenas um
conjunto de gestos que explicam as
línguas orais, são complexas e
expressivas, permitindo aos seus usuários
discutir sobre qualquer assunto, desde
filosofia e política, até moda, poesia e
teatro.
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9. DESAFIOS DOS SURDOS
Fazer compras, ir a uma consulta médica,
acompanhar o desenvolvimento do filho na
escola, realizar uma operação bancária são tarefas
comuns e fáceis para a maioria da população.
Para os surdos se trata de um desafio e tanto, já
que são poucas as pessoas que aprenderam libras,
a linguagem brasileira dos sinais, e conseguem se
comunicar com eles.
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10. INCLUSÃO DOS SURDOS NA SOCIEDADE
Para os surdos a nossa sociedade, hoje, ainda não
consegue proporcionar a verdadeira inclusão, seja na
escolarização, na formação, no trabalho, ou noutra
esfera da atividade humana, partindo da perspectiva
de que poucas instituições entendem a sua
especificidade linguística e se organizam para
desenvolver a comunicação com pessoas surdas por
meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que hoje é
legalmente reconhecida como a língua utilizada pela
comunidade surda brasileira.
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11. MINORIA ACEITA MAS NÃO RESPEITADA
Participar efetivamente das mais diversas atividades
sociais é um desafio no tocante à desvantagem
linguística que uma minoria como os surdos
enfrenta. As situações repetem-se cotidianamente e
são vivenciadas pelos surdos para além das portas
da escola ou das empresas, na participação política,
ao exercer sua cidadania, na desvantagem de
pertencer a esta minoria linguística que é aceita,
mas não é respeitada, no que se refere às
condições necessárias para a participação social
sem restrições.
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12. OS SURDOS NAS ESCOLAS
A proposta da inclusão em escolas regulares
ainda não acontece plenamente e o mínimo que
se pode fazer para que isso aconteça é preparar
as escolas e os professores para receber estes
alunos para poder pensar na inclusão de fato,
pois estes alunos só estarão incluídos se
conseguirem aprender e tiverem as mesmas
oportunidades de acesso à informação e
formação que os outros alunos ou buscar outras
formas alternativas que possam realmente
garantir uma via de inclusão de fato.
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13. OS SURDOS E A GEOGRAFIA
A Geografia, por sua própria lógica de conhecimento,
caracteriza-se pelas relações entre a sociedade e a
natureza, também presta sua contribuição na escola
para a realização da interdisciplinaridade,
conservando sempre o espaço geográfico como eixo
principal.
É essencial que essa ciência traga para os debates
esses grupos minoritários como os surdos de modo
que facilite a integração dos sujeitos ouvintes e
surdos.
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14. O SURDO CONSTRÓI NOVOS CONHECIMENTOS
O surdo como membro da sociedade, assim como um ouvinte,
ele constrói os novos conhecimentos influenciados pelas relações
socioculturais de acordo com as ideias de Vygotsky. Esse autor
afirma que os processos mentais superiores tem origem nos
processos sociais, e a relação do indivíduo com o mundo é
mediada pela linguagem, ou seja, as relações sociais são
convertidas em funções psicológicas através dos instrumentos e
signos, onde ambos são usados como mediadores para as
interações entre os seres humanos, mas também para interação
deles com o mundo.
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15. CONQUISTAS...
Sendo considerados como seres humanos
não competentes no inicio da Idade Média,
passando a ser reconhecidos como seres
capazes de serem ensinados a ler e escrever.
Pioneiros na luta pelos surdos
Ponce de León
Rodrigues Pereire
Abbé de L’Epée
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16. CULTURA DOS SURDOS CONTINUOU VIVA
No século XIX, os surdos haviam reivindicados seus direitos e
reconhecidos que tinham uma língua própria. Até o Congresso
de Milão eles não tinham conseguido ser ouvido e, na
verdade, muitos foram calados por uma educação que não
lhes permitia o acesso a cultura e ao conhecimento geral.
Mas a cultura e a língua dos surdos continuou viva, e eles
passaram a reivindicar os seus direitos como sujeitos, e entre
esses direitos o de que sua língua fosse utilizada na educação
dos surdos, que eles fossem reconhecidos não mais como
deficientes, mas como diferentes e que sua cultura fosse
respeitada.
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17. NO BRASIL...
As principais comunidades surdas:
Associações de Surdos: Uma associação de surdos surge em função de reunir sujeitos
surdos que participam e compartilham os mesmos interesses em comuns, assim como
os costumes, as história, as tradições em comuns
Federação Nacional de Educação de Surdos / FENEIS: é uma entidade filantrópica, sem
fins lucrativos com finalidade sociocultural, assistencial e educacional que tem por
objetivo a defesa e a luta dos direitos da Comunidade Surda Brasileira.
Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos / CBDS. Esta confederação organiza
e regulamenta muitas práticas de muitas modalidades de esportes de povo surdos,
também promove competições entre as associações de surdos e outros.
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18. PRINCIPAIS CONQUISTAS
Entre as principais conquistas, estão as vitórias legais, que contam com três
importantes leis dos últimos 13 anos:
A lei nº 10.436 (2002), foi reconhecida a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
como um meio legal de comunicação e expressão.
A lei nº 5.626 (2005), que exige o cumprimento da educação bilíngue
(Libras e língua portuguesa na modalidade escrita);
E a nº 12.319 (2010), que regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de
Libras.
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19. INCLUSÃO DOS SURDOS
Escola/universidades;
Mercado de Trabalho;
Concursos Públicos;
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20. DIA NACIONAL DO SURDO
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21. REFERÊNCIAS
Cultura Surda disponível em https://culturasurda.net/culturas-no-plural/ Acesso em 22 de março de 2017
Comunidade Surda disponível em
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade1/comunidade_culturasurda.htm Acesso em 22 de março de
2017
Língua de Sinais disponível em https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/lingua-de-sinais-
origem-e-historia/61951Acesso em 22 de março de 2017
Introdução à Cultura Surda disponível em <https://diversidadeemcomunicar.wordpress.com/2013/08/11/introducao-a-cultura-
surda/ > Acesso em 22 de março de 2017
MOURA, M. C. de. O surdo: Caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter, 1996.
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SEJA BILÍNGUE,
APRENDA LIBRAS!