O documento descreve o declínio do colonialismo português no Brasil entre os séculos XVIII e XIX, levando à independência. Fatores como o enfraquecimento de Portugal, o surgimento de grupos que queriam independência e revoltas nativistas diminuíram os laços com a metrópole. A influência dos ideais liberais da Revolução Americana e Francesa também inspiraram movimentos emancipacionistas no Brasil no final do século XVIII.
Declínio Colonial e o processo de independência do Brasil
1. Declínio colonial e o processo de independência
Da crise do Antigo Regime às revoltas que alavancaram o fim do
colonialismo
Declínio Colonial no Brasil (Séc. XVIII)
Conjunto de fatores que possibilitam a independência:
Enfraquecimento político, militar e econômico de Portugal
Surgimento de um movimento pela independência do Brasil
- Grupos sociais com interesses opostos aos da
metrópole
“Lento, porém constante, enfraquecimento dos laços entre
colônia e metrópole”
2. Processo de desenvolvimento da Colônia:
Expansão da área ocupada
Aumento populacional
Crescimento na produção
Surgimento de novas classes sociais
- Interesses próprios
- Em choque com os interesses da metrópole
→ Conflitos
- Consumidores coloniais x Monopólios metropolitanos
- Classe dominante colonial x Metrópole
3. Contexto: Decadência econômica de Portugal
Arrocho colonial
Reforço do monopólio comercial
Ampliação da estrutura administrativa
→ Setores fiscal, militar e judiciário
→ Funcionários portugueses
Divisão:
Nascidos no Brasil x Nascidos no Reino
Pagando e obedecendo x Cobrando e Punindo
Descontentamento da população
Elite local:
Dificuldade da Coroa em conseguir mercados
Baixa lucratividade agravada com a cobrança de impostos
Perda de autoridade
4. Revoltas Nativistas (Sécs. XVII e XVIII)
Não chegaram a propor a independência
Aclamação de Amador Bueno (São Paulo, 1641)
Fim da União Ibérica
Paulistas resolvem criar um governo independente
Amador Bueno recusa
Revolta de Beckman (Maranhão, 1684)
Proibição da escravidão indígena
Questionavam a Companhia de Comércio do Maranhão
Rebelião é sufocada
5. Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1707-1709)
Descoberta das jazidas
Migrações internas e externas para a região
Conflitos dos paulistas com os emboabas
Pacificação: Capitania de São Paulo e Minas de Ouro
Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-1714)
Recife (poder econômico) x Olinda (poder político)
Emancipação político-administrativa de Recife
Olindenses invadem Recife
Conflito é encerrado com mediação da Coroa
Recife mantém sua autonomia
6. Motins do Maneta (Bahia, 1711)
Duas rebeliões
Contra o aumento do preço do sal (monopólio) e impostos
Revolta foi sufocada
Revolta de Vila Rica (Minas Gerais, 1720)
Rebeliões contra o aumento dos impostos
→ Casas de Fundição
Líder: Filipe dos Santos (preso, executado e esquartejado)
Coroa desmembra a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro
→ Capitania Real de São Paulo
→ Capitania Real das Minas Gerais
7. Período Pombalino (1750-1777)
Marquês de Pombal, ministro de D. José I
Influência do Iluminismo
→ Despotismo esclarecido
Decadência econômica de Portugal
Dependência da Inglaterra
Reformas Pombalinas
Modernização x Opressão fiscal
Revoltas Emancipacionistas
Contexto:
Queda do Antigo Regime na Europa
→ Absolutismo, mercantilismo, sociedade estamental
Declínio: a Europa beirava a industrialização
8. Ideais liberais → Pensamento burguês europeu
Camada média brasileira
Contradições
Conjuração Mineira (1789)
Movimento de elite
Apoio dos mineradores endividados
Inspirado na independência dos EUA
Delação
Conjuração Baiana (1798)
Crise na Bahia
Transferência da capital para o Rio de Janeiro
Declínio açucareiro
Influenciados pela independência dos EUA, Iluminismo
Caráter popular
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