UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Promova interação e autonomia na EaD
1. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
Um indivíduo é considerado autônomo quando tem capacidade de
administrar e gerenciar seus compromissos e atividades. Na modalidade
de ensino remoto, para que isso ocorra, o aluno precisa estar motivado,
interessado e participativo.
A autonomia nos processos de ensino e de aprendizagem significa
entender que o outro é independente, capaz de construir conhecimentos
e refletir sobre eles e que o professor formador e/ou tutor é o mediador
do processo de aprendizagem.
É necessário que a mediação pedagógica ocorra de maneira favorável
ao processo de construção de autonomia discente, assegurando que
a aprendizagem remota ou na EaD seja baseada na interação,
cooperação, colaboração.
Professor é mediador. Promove a interação e
atividades colaborativas.
O termo autonomia é confundido muitas vezes com uma atuação
autodidata apenas, que torna sem sentido o papel da docência, a qual
passa a se resumir à preparação, seleção de conteúdos e
disponibilização destes no ambiente virtual de aprendizagem - AVA.
Nesse sentido, disponibilizar o material das aulas presenciais através
de uma plataforma digital não é o bastante. O professor mediador deve
planejar o uso dos recursos do AVA em torno do conteúdo mantendo em
vista sempre a promoção da interação do aluno com seus colegas, com
professores, tutores e com o conteúdo. Deve assegurar que a
aprendizagem ocorra em um ambiente colaborativo.
Autonomia é diferente de autodidatismo.
2. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
As ferramentas ao lado são
apenas alguns exemplos para
que o professor tenha uma
ideia dos recursos que
poderá utilizar para
promover a autonomia
discente.
Há inúmeros recursos
gratuitos disponíveis fora do
AVA que podem ser
utilizados, mas é importante
notar que o AVA possibilita o
acompanhamento das
atividades.
Alguns exemplos de ferramentas do AVA que podem ser úteis conforme
esse objetivo:
Moodle
• Fóruns de discussão;
• Diálogo;
• Big Blue Button;
• Chat;
• Conteúdo interativo H5P.
Sigaa
• Chat;
• Fórum.
Ferramentas externas
• Google Hangout Meet;
• Google Classroom.
Quando estudantes têm dificuldades, normalmente recorrem ao
professor, tutor e aos colegas. Se não há tutores disponíveis, é preciso
redimensionar adequadamente o tempo dedicado ao atendimento
prestado aos estudantes para auxiliá-los em suas dificuldades.
Pesquisas apontam que, entre as maiores dificuldades vivenciadas pelos
alunos nessa modalidade de ensino, estão a ausência do professor e
os prazos das atividades propostas.
Os processos de ensino e de aprendizagem não são unilaterais: quando
o professor apenas seleciona e disponibiliza o material e presume-se que
os estudantes têm uma atuação autodidata. Na modalidade remota ou na
EaD deve-se realizar o acompanhamento ainda mais próximo das
atividades e aferir os métodos e as estratégias de ensino a partir do que
se observa, em um processo dinâmico de construção/modificação dos
recursos escolhidos e das ações planejadas.
O acompanhamento das atividades pelo docente é fundamental.
Como mencionado, uma das maiores dificuldades que alunos da EaD ou
de outros regimes de ensino remoto experimentam refere-se à ausência
do professor. De forma geral, o isolamento do aluno ocorre de forma
natural quase na totalidade dos casos. Combater o isolamento com
3. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
medidas como a criação de grupos de estudo pode ser decisivo para a
motivação e determinação do aluno e para a construção da autonomia
discente, por conseguinte.
Por último, um fator que pode contribuir para o sucesso da aprendizagem
remota e favorecer a construção da autonomia discente é levar em
consideração que nossos alunos aprendem em condições
específicas. Indivíduos adultos aprendem melhor em ambientes
informais, confortáveis e flexíveis. Eles têm necessidade de saber
porque precisam aprender algo.
Nesse sentido, a forma como o conteúdo é organizado no AVA pode
fazer toda diferença. Procure contextualizar sempre o conteúdo e
deixar clara a sequência pretendida. Utilize exemplos e trabalhe com
aplicações daquele conhecimento antes do aprofundamento teórico, pois
este irá requerer o engajamento dos alunos.
Organize o conteúdo e o AVA, contextualize,
explique, exemplifique, flexibilize!
Não se esqueça! A aprendizagem na EaD requer muita disciplina por
parte do aluno, sendo que é bastante comum que ele realize as
atividades nos últimos minutos. Sabendo disso, recomenda-se que o
docente ofereça atividades menores com mais frequência ao invés do
contrário, atividades extensas, que abrangem muito conteúdo, que
possuem grande impacto na nota final do curso e que tem prazos muito
longos para entrega.
Fontes consultadas
SANTOS, M. F. dos, A construção da autonomia do sujeito aprendiz no
contexto da EaD. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a
Distância, v. 14, p. 21-36, 2015. Disponível em:
http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/262. Acesso em: 27
abr. 2020.
SILVA, J. D. A., Lima, M. V. R. O. Autonomia do aluno em EaD. In: Anais
do V Congresso Nacional de Educação, p. 1-11, 2018. Disponível em:
https://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_
EV117_MD1_SA19_ID7393_09082018120337.pdf Acesso em: 27 abr.
2020.