Entrevista
A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente
informativa veiculado, sobretudo, pelos meios de comunicação: jornais,
revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros, há diversos tipos de
entrevistas dependendo da intenção pretendida: a entrevista jornalística,
entrevista de emprego, entrevista psicológica, a entrevista social, dentre
outras.
Trata-se de um texto marcado pela oralidade (conversação) produzido
pela interação entre duas pessoas, ou seja, o entrevistador, responsável
por fazer perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados), quem responde
às perguntas.
A Entrevista possui uma função social muito importante, sendo essencial
para a difusão do conhecimento, a formação de opinião e
posicionamento crítico da sociedade.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=79c0IhOKgkE
Características da entrevista
Textos informativos e/ou opinativos;
Presença do entrevistador e do entrevistado;
Linguagem dialógica e oral;
Marca do discurso direto e da subjetividade;
Mescla da linguagem formal e informal.
Vejamos uma entrevista escrita
A fim de sabermos um pouco mais sobre o tratamento de água e esgoto que é feito
em Bauru, conversamos com o pesquisador e doutorando em Gestão Urbana, Carlos
Alberto Ferreira Rino, que possui pesquisa voltada na área de gerenciamento dos
resíduos de serviços de saúde em Bauru. Além de explicar o funcionamento da
distribuição e gerenciamento do DAE de Bauru, Carlos propôs soluções para o
reaproveitamento de água.
Repórter Unesp: Como você avalia a atual gestão do DAE?
Carlos Alberto: A atual situação acredito que é favorável, mas ainda assim temos um
certo atraso na questão do esgoto. Nós já estamos há uns 15 anos construindo a
Estação de Tratamento de Esgoto, apesar de agora estar em vias de caminhar para
que seja possível; ou pelo menos é essas são as informações oficiais que a gente tem.
Consciência e esclarecimento para um bom uso da água
Continuação...
R.U.: Como você acha que o DAE poderia melhor o sistema de tratamento de água e
esgoto?
C.A.: Acho importante separar as duas coisas; água é de um jeito e esgoto é de outro.
São coisas distintas. A questão do tratamento do esgoto eu vejo que está
encaminhada. Com relação à água ainda precisam ser feitas várias ações. Há muito
desperdício por parte do DAE, e precisa ter muitas ações de educação para a
população diminuir o consumo, evitando que os próprios usuários façam esse
desperdício, para que o sistema não entre em colapso – o que está próximo a ocorrer.
R.U.: Existe a possibilidade de se implantar, em Bauru, algum tipo de sistema que
reutilize a água das chuvas para abastecer as casas?
C.A.: Não, isso teria que ser uma ação individual de cada morador. Em lugares como a
Austrália, existem leis locais que obrigam as casas a terem captação de água da chuva
dos telhados. Logicamente que lá é uma região mais seca do que aqui, não sei se aqui
não se tem a necessidade imediata de fazer isso. Mas essas ações poderiam começar
a serem feitas por empresas que têm uma grande área de telhado, para poder captar
uma grande quantidade de água.
Continuação...
R.U.: Como seria feito um sistema desse tipo numa casa residencial?
C.A.: Você teria que contratar um engenheiro e fazer um projeto para pode captar
essa água e armazená-la corretamente. Isso é mais indicado para residências que
estão sendo construídas, que são novas, porque a intervenção fica mais barata. Mas
tem um custo razoável, não é tão barato. Vai depender do porte da residência e de
quanto você quer armazenar de água.
R.U.: Em casos de crise de falta de água, como aconteceu no fim do ano passado,
como você acha que o tratamento deveria ser gerido?
C.A.: A melhor solução é o esclarecimento da população. Tem que fazer campanhas
educativas na imprensa, explicar o problema… E a população acaba colaborando.
R.U.: Você acha que seja mais um problema mais por parte da população do que por
parte da gestão governamental?
Continuação...
R.U.: Você acha que seja mais um problema mais por parte da população do que por
parte da gestão governamental?
C.A.: Não! São os dois problemas paralelos. O DAE tem muita perda de água. Existem
dois conceitos distintos. A perda é quando o DAE perde a água sem cobrar; por
exemplo, se a tubulação da rua está vazando. Isso é chamado de “perda”. Agora,
quando [a água] passou pelo seu hidrômetro e o DAE já está recebendo, e você [o
consumidor] está perdendo, aí eles chamam de “desperdício”. Então tem o
desperdício, que deve ser combatido por parte da população: pessoas que ficam
lavando calçada, que deixam vazamento no banheiro e não consertam… E pelo
próprio DAE as perdas de água que acontecem na cidade, que a gente está cansado
de ver na imprensa: vazamentos em ruas, que são demorados pra consertar. São duas
coisas que têm de ser trabalhadas paralelamente. Mas o principal acredito ser do DAE
mesmo. O índice de perda chega a 35% na cidade de Bauru, e isso é muita coisa. A
primeira coisa é o órgão dar o exemplo, diminuir isso [a perda] para números
aceitáveis, que seria em torno de 10%, para depois poder cobrar da população. Tem
que atuar essas duas frentes: o órgão público diminuir as perdas, que são grandes, e
depois fazer um trabalho educativo para diminuir o desperdício.
Reportagem: Gabriela Baraldi Passy
Agora responda no seu caderno, com relação a entrevista
escrita
1- Antes de fazer a leitura, você tentou supor sobre o que o texto trataria?
Suas suposições se confirmaram ao final da leitura?
2-Sobre a entrevista lida, responda:
3-Qual é o assunto do texto?
4- Qual é o objetivo?
5-Quem é o entrevistador e o entrevistado?
6-Qual é a profissão do entrevistado?
7- Em sua opinião por que provavelmente o entrevistado foi escolhido para
essa entrevista?
Uso da crase
O assunto de hoje é crase.
Certamente esse é um dos
tópicos da nossa gramática
que mais geram
questionamentos entre os
falantes, que sempre se
perguntam quando utilizar ou
não utilizar o acento grave. É
importante que você saiba,
antes de darmos sequência ao
nosso estudo, que crase, na
verdade, é o nome de um
fenômeno que funde a
preposição “a” com o artigo
feminino “a”. Nesses casos,
emprega-se aquele que deve
ser chamado de acento grave (
` ).
Utilize o acento indicador de crase apenas diante de palavras femininas: Talvez essa seja a
dica mais importante, aquela que evitará erros gramaticais grosseiros.
Se mesmo assim surgir aquela dúvida chata na hora de escrever, substitua a palavra
feminina por outra masculina: se o “a” transformar-se em “ao”, ele deverá receber o
acento grave.
Veja só alguns exemplos:
Os alunos vão à escola para estudar → Os alunos vão ao colégio para estudar.
A família foi à feira comprar frutas e legumes → A família foi ao supermercado
frutas e legumes.
Antes de expressões que indiquem hora, utilize a crase: Antes das locuções indicativas de
horas, você deverá empregar o acento grave indicador de crase. Observe os exemplos:
A festa terá início às 21h. Eles chegaram de viagem às 13h.
Continuação ...
Utilize a crase antes das expressões “à moda de” e “à medida que”: A expressão “à moda
de”, às vezes, está implícita no contexto da frase, mas mesmo assim o acento grave
indicador de crase deve ser empregado, ainda que depois dele venha uma palavra
masculina. Veja os exemplos:
Ele chutou ao gol à Pelé → Ele chutou ao gol à moda de Pelé.
À medida que o tempo passa, mais eu gosto de você.
Nunca utilize a crase antes de palavras masculinas: Você viu no exemplo anterior que
somente no emprego da expressão “à moda de” com ocorrência de substantivo masculino
subsequente a crase será admitida. Excluída essa possibilidade, não a utilize. Veja os
exemplos:
Falamos a respeito do problema para o prefeito.
Ele foi a pé para a faculdade.
Continuação ...
A crase e os pronomes relativos: A crase deve acontecer somente antes dos pronomes
relativos a qual e as quais, porque eles aceitam o emprego do artigo quando regidos por
um verbo que exija a preposição “a”. Antes dos pronomes relativos que, quem, cujo, cuja,
cujos, cujas, nunca utilize o acento grave indicador de crase. Observe:
São normas às quais todos os cidadãos devem obedecer.
O aluno, a quem entregamos o prêmio, foi aprovado no vestibular.
Continuação ...
Exercícios:
1) Coloque nas frases abaixo o acento grave onde houver crase.
a) O menino foi ao parque. A menina foi a cidade.
b) Fomos a Bahia ver o desfile carnavalesco.
c) Gosto de passear a tardinha.
d) Parei de estudar as cinco horas.
2) Complete os espaços, substituindo por ao(s), à.
a) Paula chegou ___ colégio para assistir ___ aula
b) As minhocas são úteis ___ vegetais e ___ agricultura.
c) Dirigiu-se ___ vovó e depois ___ vovô.
d) Eu fui ___ clube e depois ___ festa.
3) Use o acento da crase onde for necessário:
a) Sentou-se a máquina e começou a escrever;
b) Não se sentava a mesa, nem vinha a sala em ocasiões de visita.
c) Não se sentava a mesa, nem vinha a sala em ocasiões de visita.
d) Pude perceber o perigo a distância de 10 metros.
e) Voltamos a casa quase as duas horas da tarde.
f) Máquina movida a eletricidade.
g) Você pode ir a pé ou a cavalo.
4) Faça duas frases utilizando à e às.
R.
Flexão e concordância verbal
Os verbos são uma classe gramatical complexa e abrangente, devido,
principalmente, à pluralidade de flexões que apresenta. Existe flexão do
verbo em número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.
Flexão em número:
Singular (um sujeito);
Plural (vários sujeitos).
Flexão em pessoa:
1.ª pessoa (quem fala: eu e nós);
2.ª pessoa (com quem se fala: tu e vós);
3.ª pessoa (de quem se fala: ele e eles).
Conjugação verbal
Os verbos são formados por um radical mais uma terminação. As terminações são diferentes,
conforme as flexões que ocorrem nos verbos.
Nos verbos regulares, existem três estruturas de conjugação:
1.ª conjugação: verbos terminados em -ar;
2.ª conjugação: verbos terminados em -er;
3.ª conjugação: verbos terminados em -ir.
Exemplo de flexão de um verbo da 1.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu ando (and + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu andas (and + -as)
3.ª pessoa do singular: Ele anda (and + -a)
1.ª pessoa do plural: Nós andamos (and + -amos)
2.ª pessoa do plural: Vós andais (and + -ais)
3.ª pessoa do plural: Eles andam (and + -am) Exemplo de flexão de um verbo da 2.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu escrevo (escrev + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu escreves (escrev + -es)
3.ª pessoa do singular: Ele escreve (escrev + -e)
1.ª pessoa do plural: Nós escrevemos (escrev + -emos)
2.ª pessoa do plural: Vós escreveis (escrev + -eis)
3.ª pessoa do plural: Eles escrevem (escrev + -em)
Exemplo de flexão de um verbo da 3.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu divido (divid + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu divides (divid + -es)
3.ª pessoa do singular: Ele divide (divid + -e)
1.ª pessoa do plural: Nós dividimos (divid + -imos)
2.ª pessoa do plural: Vós dividis (divid + -is)
3.ª pessoa do plural: Eles dividem (divid + -em)
Exercícios:
1)Complete com a forma verbal correta:
a) como não _________________ fechar a porta, chamou o chaveiro. (conseguir)
b) Peço-vos que ______________ fieis ao que prometestes. (ser)
c) O homem diminuía a velocidade em todos os pontos que _______________ buracos. (haver)
d) Os jogadores ___________________ quando jogavam. (entreter-se)
e) A nova regra não _________________ determinações antigas. (extinguir)
f) Essas comemorações espontâneas talvez ___________________ num movimento organizado. (desaguar)
g) _______________ sempre aos conselhos dos pais. (ater-se)
h) Não é recomendável que __________________ seu sucessor. (indicar)
i) ________________ de maneira consciente para não se arrependerem. (optar)
j) ________________ imediatamente! Não podes viver aqui! (fugir)
k) O senador ____________________ que uma investigação. (sugerir)
2- Reescreva as frases abaixo, obedecendo ao modelo:
Exemplo:
“Se ele voltou cedo, eu também voltei.
Se ele voltar cedo, eu também voltarei.”
a) Se ele viu o filme, eu também vi.
b) Se tu te dispuseste, eu também me dispus.