SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
Educomunicação
&
Equidade Racial
Artigo sobre o filme
Axé – canto do povo de um lugar
Por Jurema Paes (cantora, historiadora e semioticista)
Primeiramente, registro meus agradecimentos à AfroeducAÇÃO pelo convite para
assistir ao filme ​Axé – canto do povo de um lugar​ , e, por conseguinte, poder
dialogar um pouco sobre educação e cultura pelo viés do cinema documentário.
Hoje, ainda, mais especial, pelo tema do filme aqui em pauta: música, cultura e
sociedade da qual eu de uma forma ou de outra faço parte.
Abordar a música brasileira pelo viés da música de varejo produzida na Bahia é
muito interessante, porque quase que não se tem documentários que falam sobre a
indústria da música pelo viés do varejo, ainda mais pelo varejo produzido na Bahia.
No mosaico da cultura popular produzida na Bahia, o filme traz, também, em
contra-ponto ao universo do varejo, as configurações dos blocos afros, suas
conexões com o movimento negro, o processo de reafricanização, a emersão e a
reverberação mundial com as projeções do Olodum ao lado de Paul Simon e a
gravação do clip de Michael Jackson no pelourinho por Spike Lee.
Abro um parêntese nas reflexões que faço aqui para parabenizar o diretor Chico
Kertz, pela capacidade em administrar com excelência um tema tão complexo e
assimétrico como o proposto pelo filme, por aborda questões delicadas e
transversais, em uma zona de negociação e conflito de códigos culturais que é a
zona da música popular de sucesso. O diretor surpreende quando traz uma
abordagem dialética em relação ao tema, pincelando questões e problemas
gerados, que envolvem, por exemplo, a crise estética do axé e a insatisfação
interna de muitos artistas.
Fica evidente que o diretor, apesar de procurar ser imparcial nas suas abordagens,
deixa escapar suas escolhas. E isso me me surpreendeu, fiquei feliz em assistir e
perceber que o diretor transcendeu uma visão óbvia do tema e deu um paço
interessante em sua incursão ao debutar seu primeiro documentário.
Não podemos deixar de reconhecer que o tema é polêmico, pois um grupo de
pessoas adora o axé, outro o odeiam. Eu, que não me enquadro em nenhum
desses grupos, confesso que vim assistir ao filme um pouco reticente, com medo de
chegar aqui e ver uma exposição publicitária do tema, como aqueles filmes com
estética governamental ​made in Bahiatursa, e graças a Deus isso não ocorreu. O
diretor se mostrou maduro, apresentou uma visão crítica em relação ao assunto,
expondo os diversos “tons de cinza” que compõem o entorno da temática central,
ou seja, a dor e a delícia de ser esses artistas que compõem tal cena.
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
O filme é interessante na medida em que mostra os diversos personagens que
compõem, tecem essa história em sua devida proporção e dimensão, por meio do
discurso de cada um. Por meio das palavras emitidas e do gestual dos devidos
depoimentos, uma análise rica discursiva pode nos oferecer aspectos também de
imensa riqueza sobre a complexidade da nossa cultura e das conexões da mesma
com as múltiplas dimensões que compõem o contexto social da cidade de Salvador.
O filme elenca desde Caetano Veloso e Gilberto Gil (Tropicalismo), artistas com
visões mais profundas do todo, que podemos chamar de artistas cartográficos, que
possuem uma visão antropológica da cena. Eles compõem a cena mas, ao mesmo
tempo, são estranhos a ela, pois vieram de um outro momento histórico e político,
com uma cena musical própria, e fazem parte de um movimento estético entendido
como revolucionário, a tropicália. Eles aproveitam e editam o que lhes soam
interessante com uma visão positiva das questões e, inclusive, os conflitos que ali
existem, até porque possuem uma compreensão do Brasil e do mundo em suas
profundas camadas e dimensões. Enfim, eles atravessam as questões políticas,
sociais e econômicas da cidade de Salvador por um prisma macro, sem maiores
contaminações.
Ressalto, também, no documentário, o depoimento dos diretores dos bloco afro
Olodum e Ilê Ayê, ambos apresentam discursos seguros e coerentes com as
funções que exercem nos blocos afros citados. Considerando que tais blocos
tornaram referências de luta para o movimento negro tanto da Bahia quanto, de
fato, no mundo, pois os códigos culturais ali presentes conectaram a zona das
estações globais da diáspora negra no continente americano e em diversas partes
do mundo.
É preciso entender que os blocos afros foram extremamente importantes para a
emergência da consciência afro e do processo de reafricanização em meio a
descendentes de africanos, há tempos separados de ÁFRICA. Antônio Risério
(1981), entende, inclusive, o movimento dos blocos afros da Bahia como um
processo de reafricanização. Até porque, a juventude negromestiça da Bahia
recebeu influências dos movimentos jovens dos EUA – em tempos de ​black power​ e
soul music e o impacto exercido pela libertação das antigas colônias portuguesas na
África.
O filme traz também o depoimento do músico Durval Lelis, um típico representante
da classe média rotariana baiana, com um discurso infantil, de proposta artística
rasa. Um discurso mimado e falocêntrico, que nos leva a refletir como é perigoso
juntar sucesso econômico com pobreza imaterial. Muito interessante.
Afinal, é complicado falar de uma música que faz tanto sucesso regionalmente,
nacionalmente que se deslocou internacionalmente, que elenca muitos aspectos
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
relacionados a possíveis aceitações e rejeições em diversos momentos da história
da música brasileira, por públicos com visões de mundo diferentes que ora se
espelham, ora rejeitam.
O sucesso gera muita simpatia para uns e muito preconceito por outros. O filme
tem essa importância, traz a baila a discussão sobre o preconceito sobretudo do
Sudeste em relação ao Axé. Vem à tona a máxima: música de sucesso versos
preconceito ​cult. Questões como: quem é ​o cult? O que significa ser ​cult? Que tipo
de preconceito é esse, que vem à tona.
Nessa direção, fica o mérito do diretor de ter feito e arriscado um tema espinhoso
para adentrar o universo do cinema documentário. Óbvio que muito ficou de fora,
mas para dar conta de um assunto tão extenso só um formato de série
documentário poderia agradar a gregos e troianos.
O filme começa apresentando as diversas visões sobre a emersão da ​axé music​ ,
cada artista ou personagem da cena emitindo sua opinião. A narrativa fílmica
costura de forma inteligente os diversos depoimentos discursivos, entre eles, as
falas totêmicas dos tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil, que dão dimensão
justa ao tema, em cada palavra emitida. Em segunda instância, a rainha do ​Axé,
Daniela Mercury, também traz um discurso rico em detalhes, percepções e histórias
pontuais sobre o processo de emersão do samba-reggae e de todo o processo
histórico que se deu, nas décadas de 1980 e 1990, na música baiana de varejo e a
possível conexão e articulação da mesma com os blocos afros.
Mercury surge no cenário musical brasileiro como uma mulher guerreira, um vulcão
de liberdade em meio a uma sociedade paternalista, abrindo o campo para outras
mulheres atuarem e serem protagonistas da história como artistas e empresárias. A
questão de gênero feminino no axé mereceria, inclusive, um documentário a parte,
porque, além de ser rico, tem nuances impressionantes no que tange ao
empoderamento feminino.
O diretor partiu do ponto zero da ​axé music, a música “Fricote”, de Luis Caldas,
uma música claramente machista e racista. Embora fique evidente o talento e a
potência musical de Luis Caldas, não podemos fechar os olhos para a ignorância no
que se refere a micro-política, ao reverberar e entoar aquela canção para o mundo
e talvez por isso em igual medida, seu processo de ascensão e queda. Ele foi sendo
posto à margem, na medida que o discurso politicamente correto passou a ditar as
regras do jogo das relações de poder na sociedade. Trata-se de uma atitude
machista e, ao mesmo tempo, racista que não poderia mais ser engolida.
Provavelmente, ele foi vítima da falta de cultura e informação que prejudicou e
prejudica tantas pessoas em nosso país. Ele não só dominava a linguagem musical,
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
mas também tinha a aderência popular, mas não percebeu que armadilhas estão
sempre a postos em trajetórias populistas, e todo cuidado é pouco.
O filme mostra, também, o comportamento falocêntrico dos cartolas da indústria do
disco, as posturas machista, agressiva e de pensamento econômico imediatista,
pouco desenvolvimentista. Isso nos leva a refletir e entender como é perigoso
articular a ignorância ao poder político e econômico. Nos leva a dar um viva ao
surgimento do ​napster e do ​mp3 que diminuiu o poder das mãos de homens
retrógrados.
O desfecho do filme consideramos curioso, pois nele a cidade do Salvador e o
carnaval não param de ferver, trata-se de magma cultural, que se manifesta ora no
seio da classe média, por meio do “Furdunço”, com a “Baiana System”, ora na
periferia com Igor Kannário e tantos outros que habitam o periférico no momento.
Ambas as ebulições magmáticas que apontam um devir carnavalesco conectado
com partículas quânticas de atrito não são abordadas pelo filme, e fica nosso apelo
ao diretor, para que nos ofereça uma cidade em fagulhas, pois queremos ver o
circo pegar fogo. Está na hora de entendermos o discurso estético da alteridade
como discurso produtivo, também, como gerador de rendas. Isso também é pensar
em desenvolvimento econômico. ​Vide Rappers americanos como Kendrik Lamar e e
a cantora Beyonce em seu álbum Lemonade.
Mas infelizmente o diretor aponta o devir da cena e do carnaval para um Salvador
de nome Saulo, rapaz talentoso mas de discurso anêmico e frágil em um mundo
que exige outras abordagens, no qual inovar esteticamente e ter estilo são
negócios também. O obsoleto, infelizmente, não traz a potência da inovação. Daí
fazermos um apelo ao diretor: transforme esse filme único em uma série, na qual
as fraturas expostas das negociações e conflitos venham a tona para o público em
geral, como bem colocou o maestro Letieres Leite o ​Axé não vai morrer nunca, era
um fogo alto que agora está brando. Trata-se de um modelo econômico
extrativista. Nessa direção, é preciso apoiarmos o novo, as novas partículas de
ebulição da cena, para que a energia circule e o capital também. A lógica feudal
não cabe mais em um mundo de economia criativa.
Então, para onde aponta o devir da música de varejo da Bahia? Um devir onde o
sistema capitalista vem gerenciando mudanças em torno do criativo, do sustentável
e do ecológico. Qual foi a saída que o cacau encontrou para a vassoura de bruxa?
Voltar-se para a policultura e os processos orgânicos da natureza. Fica então a
deixa, policultura é Furdunço, Larissa Luz, Igor Kannário e o pagode de protesto.
Um tecido riquíssimo de assuntos podem ser tratados em sala de aula pelo filme
dando vazão à Lei 10639/03. Vamos a ele então:
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
O filme possibilita a imersão do público em diversos pontos potentes e polêmicos
para se trabalhar em sala de aula. Pontos esses que tocam processos históricos
constitutivos da cultura brasileira por meio do suporte comunicacional, Música de
varejo/ festa popular carnaval/ processo de reafricanização, via blocos afros/
diáspora negra, dentre tantos outros temas.
Claro que muitos desses pontos não estão claros no filme. As brechas por ele
deixadas, precisam ser completadas pela visão crítica construtiva do professor em
sala de aula com materiais suportes, como livros, textos, letras de música e uma
historicização pautada em documentos históricos outros e, até mesmo, outros
filmes.
Para o professor de História, o filme traz permanências de um tempo pretérito
pós-colonial, como também transformações que representam uma história recente.
Nessa direção, elencamos:
- História da cidade de Salvador que foi capital da colônia, daí o professor pode
desdobrar todo um diálogo sobre o conceito discursivo de Mito de origem.
- A cidade de Salvador é conhecida como Roma Negra, por ter mais 70% de
sua população constituída por afro- mestiços e traz o aspecto curioso de ser regida
politicamente por uma elite de homens brancos.
- Por meio dos blocos afros, desdobrar o processo constitutivo de partículas
culturais de matrizes africanas e de suas diversas etnias vindas em diáspora por
meio da escravidão do continente africano que em solo colonial fizeram a ebulição
de uma cultura que hoje reverbera por meio da música, do vestuário, da dança, da
culinária, da ocupação de espaços de poder. Isso por meio das permanências e
transformações histórica.
- Verificar a interlocução da música baiana com os movimentos negros
americanos: Black Panters, da Soul Music, como tais músicas se reverberaram nas
periferias da cidade de Salvador? Como as influências da cultura pop americana foi
contributiva para trabalhar o discurso afirmativo de negritude na Salvador do
Século XX, cidade que não consegue muitas vezes se desgarrar da opulência e dos
mecanismos de poder do século XIX?
- A história das gravadoras nas décadas de 1980 e 1990 no Brasil
- O comportamento falocêntrico, machista e sexista dos cartolas de gravadora
- A figura da mulher dentro do carnaval, levando em consideração questões de
gênero, de étnicas e de classe.
- O discurso da música Nega do cabelo duro – que é um discurso racista e
machista.
- Creio que esses aspectos arranharam bastante a imagem cultural da Bahia no
Sudeste, embora pelo ponto de vista de um capitalismo selvagem, pessoas mais
voltadas para um pensamento de um capitalismo sem escrúpulos ganharam e
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
ganham muito dinheiro ainda por meio desses métodos, como colocou Letieres
Leite muito bem no filme. Métodos extrativistas que não contribui em nada para o
desenvolvimento da cidade de Salvador e sua comunidade carente. A cidade
continua cada dia mais violenta e desigual com suas 17 ou mais favelas, nas quais
as oportunidades de trabalho e desenvolvimento humana são muito precários.
- Enfim, uma cultura coronelista e da saudade do século XIX.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ACOSTA, Leonardo. Música e descolonizacion. La Havana: Arte e literatura, 1982.
ALESSANDRO, Portelli. “O que faz a história oral de diferente”. Projeto história.
Revista do programa de Estudos Pós-graduados em história e do departamento de
história da PUC/ SP. N 14. São Paulo, 1997.
BACHELARD, Gaston. A filosofia do não em Os Pensadores. SP: Abril Cultural, 1984.
________________. O novo espírito científico em Os Pensadores SP: Abril Cultural,
1984.
BASTIDE, Roger. Brasil, terra de contrates. SP: Difel, 1959.
BENJAMIN, Walter. Nervos Sadios. In Documentos de cultura, documentos de
barbárie.(org. Willi Bolle) SP: Cultrix, 1995.
CAMPOS, Haroldo de. Ruptura dos gêneros na literatura latino-americana. In
América latina em sua literatura (org. César Fernández Moreno). SP: Perspectiva,
1979.
CARPENTIER, Alejo. Literatura & consciência política na América Latina. SP: Global,
1969.
CERTAU, Michel de. A invenção do cotidiano 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes,
1994.
_________________. La ciudad de las columnas. Barcelona: Bruguera, 1982.
DELGADO, Manuel. Sociedades Movedizas. Pasos hacia uma antropologia de las
calles. Barcelona: Anagrama, 2007.
DUNNING, Eric. Prefacio in DUNNING, Eric; ELIAS, Norbert. Deporte y
ocio en el proceso de la civilización. Madri: Fondo de Cultura
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
Económica, 1992.
FERREIRA, Jerusa Pires. Armadilhas da memória: ( conto e poesia popular)./
Salvador- Ba- Fundação Casa de Jorge Amado, 1991.
GOBELLO,José. Letras de Tango. Centro de Editor de cultura Argentina S.A.,
Argentina, 1999.
GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. SP: Cia das Letras, 2001.
GUILLÈN, Nicolás. Cuba em El ala de nuestro tiempo. Editorial Letras Cubanas, La
Habana, Cuba, 1987.
GUERREIRO, Goli. A trama dos tambores. A música afro-pop de Salvador. Editora
34, 2000.
LAPLATINE, François. Mestizajes/ François Laplantine y Alexis Nouss – 1ª Ed. –
Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007.
LÓTMAN, Iuri. La Semiosfera I, II, III. Madri: Cátedra, 2002.
LÓTMAN, Iuri. A estrutura do texto artístico. Editora Estampa. Lisboa, 1978.
LÓTMAN, Iuri. Ensaios de semiótica soviética. Ivanov. Livros Horizonte – 1991,
Lisboa.
MACHADO, Irene. Org. Semiótica da cultura e semiosfera. São Paulo:
Anhamblume/ FAPESP, 2007.
MATOS, Maria Izilda Santos de. Âncora de emoções: corpos, subjetividades e
sensibilidades. Bauru, SP: Edusc, 2005.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo. Travesías
latinoamericanas de la comunicación em La cultura. Santiago do Chile:
Fondo de Cultura Económica, 2002.
ORTIZ, Fernando. Los intrumentos de La musica afrocubana. La paila los timbales
criollos El bongó. Editorial letras cubanas, La Habana, Cuba. 1995.
ORTIZ, Fernando. La Africana de La musica folklorica de Cuba. Editorial Letras
Cubanas, La Habana, Cuba, 1993.
PINHEIRO, Amálio. (org.) Introdução em Comunicação & Cultura: Barroco
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta
Educomunicação
&
Equidade Racial
e Mestiçagem. Campo Grande/MS: Ed. da Uniderp.
________________. Mídia e Mestiçagem em Comunicação & Cultura: Barroco
e Mestiçagem. Campo Grande/MS: Ed. da Uniderp.
POCHÉ, Christian. La música arábigo-andaluza.Traducion Beatriz Martínez Del
Fresno. Ediciones Akal, S.A.,Madri, Espanha, 1997.
Recopilácion de textos sobre Nicolas Guillen. Série Valoracion Multiple, Casa de Las
Americas. Mosquito editores, Santiago, Chile, 1994.
RISÉRIO, Antônio. Carnaval Ijexá; notas sobre afoxés e blocos do novo carnaval
afrobaiano. Corrupio, Salvador,Bahia 1981.
RODRIGUEZ, Manuel López Rodríguez. El Flamenco “lãs onomatopeyas em su
léxico”. Ediciones Giralda, 1994.
ROTKER, Susana. Prólogo em Las Cronicas de Jose Martí. Havana: Casa de
las Americas, 1992
TANGO nuestro. Diário popular.
SALAS, Horacio. El Tango.Editorial Planeta, Argentina, Buenos Aires, p. 382, 1999.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo – por uma nova
cultura política. Vol. 4: SP: Cortez, 2006.
TRIVINHO, Eugênio. A dromocracia cibercultural. SP: Paulus, 2007.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. SP:
Cosac Naify, 2002.
www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br
A cultura negra em pauta

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Orlando de barros história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
Orlando de barros   história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...Orlando de barros   história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
Orlando de barros história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
Jorge Freitas
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
Leonardo Brum
 
A música na cultura brasileira compactado (1)
A música na cultura brasileira compactado (1)A música na cultura brasileira compactado (1)
A música na cultura brasileira compactado (1)
Eliete Correia Santos
 
Artigo musica-01
Artigo musica-01Artigo musica-01
Artigo musica-01
may1ane
 

Mais procurados (20)

O SEGREDO É SER ESPORTÂNEO: UMA BREVE INTRODUÇÃO DA HISTORIA DO CIRCO
O SEGREDO É SER ESPORTÂNEO: UMA BREVE INTRODUÇÃO DA HISTORIA DO CIRCOO SEGREDO É SER ESPORTÂNEO: UMA BREVE INTRODUÇÃO DA HISTORIA DO CIRCO
O SEGREDO É SER ESPORTÂNEO: UMA BREVE INTRODUÇÃO DA HISTORIA DO CIRCO
 
Coco de roda_-_mestrado_etnomusicologia_2007_-_parte_b
Coco de roda_-_mestrado_etnomusicologia_2007_-_parte_bCoco de roda_-_mestrado_etnomusicologia_2007_-_parte_b
Coco de roda_-_mestrado_etnomusicologia_2007_-_parte_b
 
Brasilidades quituteira
Brasilidades quituteiraBrasilidades quituteira
Brasilidades quituteira
 
Orlando de barros história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
Orlando de barros   história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...Orlando de barros   história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
Orlando de barros história afro-brasileira - corações de chocolat -micro hi...
 
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaSemana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
 
Carnaval de Rua SP
Carnaval de Rua SP Carnaval de Rua SP
Carnaval de Rua SP
 
Artigo inventudes3
Artigo inventudes3Artigo inventudes3
Artigo inventudes3
 
Borandá As Narrativas Do ExíLio No Show OpiniãO Edson Soares Martins
Borandá   As Narrativas Do ExíLio No Show OpiniãO Edson Soares MartinsBorandá   As Narrativas Do ExíLio No Show OpiniãO Edson Soares Martins
Borandá As Narrativas Do ExíLio No Show OpiniãO Edson Soares Martins
 
Roteiro americano
Roteiro americanoRoteiro americano
Roteiro americano
 
A pluralidade cultural na obra do cravo carbono.keila.ictus
A pluralidade cultural na obra do cravo carbono.keila.ictusA pluralidade cultural na obra do cravo carbono.keila.ictus
A pluralidade cultural na obra do cravo carbono.keila.ictus
 
A Vida Cultural no Recife
A Vida Cultural no RecifeA Vida Cultural no Recife
A Vida Cultural no Recife
 
A música na cultura brasileira compactado (1)
A música na cultura brasileira compactado (1)A música na cultura brasileira compactado (1)
A música na cultura brasileira compactado (1)
 
Chico
ChicoChico
Chico
 
Artigo musica-01
Artigo musica-01Artigo musica-01
Artigo musica-01
 
Camargo emerson zíngaro - revendo a música sertaneja
Camargo emerson zíngaro -  revendo a música sertanejaCamargo emerson zíngaro -  revendo a música sertaneja
Camargo emerson zíngaro - revendo a música sertaneja
 
Apresentaça oseminarioprofeliete
Apresentaça oseminarioprofelieteApresentaça oseminarioprofeliete
Apresentaça oseminarioprofeliete
 
Quem nomeia a música brega
Quem nomeia a música bregaQuem nomeia a música brega
Quem nomeia a música brega
 
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980 deborah levy
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980   deborah levyO brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980   deborah levy
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980 deborah levy
 
3º ano (sertanejo, gabaritada)
3º ano (sertanejo, gabaritada)3º ano (sertanejo, gabaritada)
3º ano (sertanejo, gabaritada)
 

Destaque

tesis problemas alimenticios en venezuela
tesis problemas alimenticios en venezuela tesis problemas alimenticios en venezuela
tesis problemas alimenticios en venezuela
4to c
 
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کارچرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
Salar Saket
 

Destaque (20)

Apresentação Docker
Apresentação DockerApresentação Docker
Apresentação Docker
 
Instructivo sistema de gestión de tickets
Instructivo sistema de gestión de ticketsInstructivo sistema de gestión de tickets
Instructivo sistema de gestión de tickets
 
Wordpress ile Ücretsiz Blog ve Site kurulumu
Wordpress ile Ücretsiz Blog ve Site kurulumuWordpress ile Ücretsiz Blog ve Site kurulumu
Wordpress ile Ücretsiz Blog ve Site kurulumu
 
Imagenes torch
Imagenes torchImagenes torch
Imagenes torch
 
tesis problemas alimenticios en venezuela
tesis problemas alimenticios en venezuela tesis problemas alimenticios en venezuela
tesis problemas alimenticios en venezuela
 
Taller Innivador
Taller InnivadorTaller Innivador
Taller Innivador
 
Ourotech pitch deck
Ourotech pitch deckOurotech pitch deck
Ourotech pitch deck
 
Tükrözött osztályterem
Tükrözött osztályteremTükrözött osztályterem
Tükrözött osztályterem
 
Medición de la productividad del valor agregado
Medición de la productividad del valor agregadoMedición de la productividad del valor agregado
Medición de la productividad del valor agregado
 
registro de pozoz
registro de pozozregistro de pozoz
registro de pozoz
 
La Restauración de las 12 Puertas - 5ª La puerta del Muladar
La Restauración de las 12 Puertas - 5ª La puerta del MuladarLa Restauración de las 12 Puertas - 5ª La puerta del Muladar
La Restauración de las 12 Puertas - 5ª La puerta del Muladar
 
Método Dalcroze. Fundamentos
Método Dalcroze. FundamentosMétodo Dalcroze. Fundamentos
Método Dalcroze. Fundamentos
 
Estrategias clave para la atracción de alumnos - José Antonio Gea
Estrategias clave para la atracción de alumnos - José Antonio GeaEstrategias clave para la atracción de alumnos - José Antonio Gea
Estrategias clave para la atracción de alumnos - José Antonio Gea
 
Chapitre 2: III. L'autel de Dieu
Chapitre 2: III. L'autel de DieuChapitre 2: III. L'autel de Dieu
Chapitre 2: III. L'autel de Dieu
 
Taller 10 practicainnovadora- ernesto cañar , armando burbano
Taller 10 practicainnovadora- ernesto cañar , armando burbanoTaller 10 practicainnovadora- ernesto cañar , armando burbano
Taller 10 practicainnovadora- ernesto cañar , armando burbano
 
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کارچرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
چرخه عمر مدیریت فرآیندهای کسب و کار
 
Motivationgoalsettings
MotivationgoalsettingsMotivationgoalsettings
Motivationgoalsettings
 
Software
SoftwareSoftware
Software
 
معماری سازمانی
معماری سازمانیمعماری سازمانی
معماری سازمانی
 
Asunto practica educativa innovadora
Asunto practica educativa innovadoraAsunto practica educativa innovadora
Asunto practica educativa innovadora
 

Semelhante a Artigo Filme "Axé- canto do povo de um lugar" (Por Jurema Paes)

Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelhoPronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
atodeler
 
Teo da comunicação nós que aqui estamos... - 12.09.2011
Teo da comunicação    nós que aqui estamos... - 12.09.2011Teo da comunicação    nós que aqui estamos... - 12.09.2011
Teo da comunicação nós que aqui estamos... - 12.09.2011
claudiocpaiva
 
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
ContinenteAfrica
 

Semelhante a Artigo Filme "Axé- canto do povo de um lugar" (Por Jurema Paes) (20)

Cultura Negra no documentário _AmarElo _ É tudo Pra Ontem_.pptx
Cultura Negra no documentário _AmarElo _ É tudo Pra Ontem_.pptxCultura Negra no documentário _AmarElo _ É tudo Pra Ontem_.pptx
Cultura Negra no documentário _AmarElo _ É tudo Pra Ontem_.pptx
 
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelhoPronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
 
A Carroça dos Sonhos e os Saltimbancos
A Carroça dos Sonhos e os SaltimbancosA Carroça dos Sonhos e os Saltimbancos
A Carroça dos Sonhos e os Saltimbancos
 
Zolpidem para matar a insônia e fazer o Bruxismo denunciar o estresse
Zolpidem para matar a insônia e fazer o Bruxismo denunciar o estresseZolpidem para matar a insônia e fazer o Bruxismo denunciar o estresse
Zolpidem para matar a insônia e fazer o Bruxismo denunciar o estresse
 
Os textos contemporâneos na construção da opinião.
Os textos contemporâneos na construção  da opinião.Os textos contemporâneos na construção  da opinião.
Os textos contemporâneos na construção da opinião.
 
Vanguardas artísticas e Musica no Brasil nos anos 50 e 60 - Bossa Nova e Jov...
Vanguardas artísticas  e Musica no Brasil nos anos 50 e 60 - Bossa Nova e Jov...Vanguardas artísticas  e Musica no Brasil nos anos 50 e 60 - Bossa Nova e Jov...
Vanguardas artísticas e Musica no Brasil nos anos 50 e 60 - Bossa Nova e Jov...
 
federal reserve
federal reservefederal reserve
federal reserve
 
A Musica classica e as dimensões da vida.
A Musica classica e as dimensões da vida.A Musica classica e as dimensões da vida.
A Musica classica e as dimensões da vida.
 
620204.pptx Música Clássica e as Dimensões da Vida.
620204.pptx Música Clássica e as Dimensões da Vida.620204.pptx Música Clássica e as Dimensões da Vida.
620204.pptx Música Clássica e as Dimensões da Vida.
 
Susana Baca
Susana BacaSusana Baca
Susana Baca
 
CARTILHA - UM OLHAR DECOLONIAL SOBRE PINTURAS.pdf
CARTILHA  - UM OLHAR DECOLONIAL SOBRE PINTURAS.pdfCARTILHA  - UM OLHAR DECOLONIAL SOBRE PINTURAS.pdf
CARTILHA - UM OLHAR DECOLONIAL SOBRE PINTURAS.pdf
 
PADEIRINHO DA MANGUEIRA: A ESTÉTICA DA LINGUAGEM DO MORRO
PADEIRINHO DA MANGUEIRA: A ESTÉTICA DA LINGUAGEM DO MORROPADEIRINHO DA MANGUEIRA: A ESTÉTICA DA LINGUAGEM DO MORRO
PADEIRINHO DA MANGUEIRA: A ESTÉTICA DA LINGUAGEM DO MORRO
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
 
Teo da comunicação nós que aqui estamos... - 12.09.2011
Teo da comunicação    nós que aqui estamos... - 12.09.2011Teo da comunicação    nós que aqui estamos... - 12.09.2011
Teo da comunicação nós que aqui estamos... - 12.09.2011
 
Benjamim Xavier De Paula
Benjamim Xavier De PaulaBenjamim Xavier De Paula
Benjamim Xavier De Paula
 
A tropicália
A tropicáliaA tropicália
A tropicália
 
MATERIAL4-QUESTÕES DE ARTE-novembro.docx
MATERIAL4-QUESTÕES DE ARTE-novembro.docxMATERIAL4-QUESTÕES DE ARTE-novembro.docx
MATERIAL4-QUESTÕES DE ARTE-novembro.docx
 
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
A Mulher Negra na Publicidade Brasileira 5
 
A CENA UNDERGROUND DE BELÉM E OS ENTRAVES PARA UMA APROPRIAÇÃO FEMINISTA DESS...
A CENA UNDERGROUND DE BELÉM E OS ENTRAVES PARA UMA APROPRIAÇÃO FEMINISTA DESS...A CENA UNDERGROUND DE BELÉM E OS ENTRAVES PARA UMA APROPRIAÇÃO FEMINISTA DESS...
A CENA UNDERGROUND DE BELÉM E OS ENTRAVES PARA UMA APROPRIAÇÃO FEMINISTA DESS...
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Último (20)

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 

Artigo Filme "Axé- canto do povo de um lugar" (Por Jurema Paes)

  • 1. Educomunicação & Equidade Racial Artigo sobre o filme Axé – canto do povo de um lugar Por Jurema Paes (cantora, historiadora e semioticista) Primeiramente, registro meus agradecimentos à AfroeducAÇÃO pelo convite para assistir ao filme ​Axé – canto do povo de um lugar​ , e, por conseguinte, poder dialogar um pouco sobre educação e cultura pelo viés do cinema documentário. Hoje, ainda, mais especial, pelo tema do filme aqui em pauta: música, cultura e sociedade da qual eu de uma forma ou de outra faço parte. Abordar a música brasileira pelo viés da música de varejo produzida na Bahia é muito interessante, porque quase que não se tem documentários que falam sobre a indústria da música pelo viés do varejo, ainda mais pelo varejo produzido na Bahia. No mosaico da cultura popular produzida na Bahia, o filme traz, também, em contra-ponto ao universo do varejo, as configurações dos blocos afros, suas conexões com o movimento negro, o processo de reafricanização, a emersão e a reverberação mundial com as projeções do Olodum ao lado de Paul Simon e a gravação do clip de Michael Jackson no pelourinho por Spike Lee. Abro um parêntese nas reflexões que faço aqui para parabenizar o diretor Chico Kertz, pela capacidade em administrar com excelência um tema tão complexo e assimétrico como o proposto pelo filme, por aborda questões delicadas e transversais, em uma zona de negociação e conflito de códigos culturais que é a zona da música popular de sucesso. O diretor surpreende quando traz uma abordagem dialética em relação ao tema, pincelando questões e problemas gerados, que envolvem, por exemplo, a crise estética do axé e a insatisfação interna de muitos artistas. Fica evidente que o diretor, apesar de procurar ser imparcial nas suas abordagens, deixa escapar suas escolhas. E isso me me surpreendeu, fiquei feliz em assistir e perceber que o diretor transcendeu uma visão óbvia do tema e deu um paço interessante em sua incursão ao debutar seu primeiro documentário. Não podemos deixar de reconhecer que o tema é polêmico, pois um grupo de pessoas adora o axé, outro o odeiam. Eu, que não me enquadro em nenhum desses grupos, confesso que vim assistir ao filme um pouco reticente, com medo de chegar aqui e ver uma exposição publicitária do tema, como aqueles filmes com estética governamental ​made in Bahiatursa, e graças a Deus isso não ocorreu. O diretor se mostrou maduro, apresentou uma visão crítica em relação ao assunto, expondo os diversos “tons de cinza” que compõem o entorno da temática central, ou seja, a dor e a delícia de ser esses artistas que compõem tal cena. www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 2. Educomunicação & Equidade Racial O filme é interessante na medida em que mostra os diversos personagens que compõem, tecem essa história em sua devida proporção e dimensão, por meio do discurso de cada um. Por meio das palavras emitidas e do gestual dos devidos depoimentos, uma análise rica discursiva pode nos oferecer aspectos também de imensa riqueza sobre a complexidade da nossa cultura e das conexões da mesma com as múltiplas dimensões que compõem o contexto social da cidade de Salvador. O filme elenca desde Caetano Veloso e Gilberto Gil (Tropicalismo), artistas com visões mais profundas do todo, que podemos chamar de artistas cartográficos, que possuem uma visão antropológica da cena. Eles compõem a cena mas, ao mesmo tempo, são estranhos a ela, pois vieram de um outro momento histórico e político, com uma cena musical própria, e fazem parte de um movimento estético entendido como revolucionário, a tropicália. Eles aproveitam e editam o que lhes soam interessante com uma visão positiva das questões e, inclusive, os conflitos que ali existem, até porque possuem uma compreensão do Brasil e do mundo em suas profundas camadas e dimensões. Enfim, eles atravessam as questões políticas, sociais e econômicas da cidade de Salvador por um prisma macro, sem maiores contaminações. Ressalto, também, no documentário, o depoimento dos diretores dos bloco afro Olodum e Ilê Ayê, ambos apresentam discursos seguros e coerentes com as funções que exercem nos blocos afros citados. Considerando que tais blocos tornaram referências de luta para o movimento negro tanto da Bahia quanto, de fato, no mundo, pois os códigos culturais ali presentes conectaram a zona das estações globais da diáspora negra no continente americano e em diversas partes do mundo. É preciso entender que os blocos afros foram extremamente importantes para a emergência da consciência afro e do processo de reafricanização em meio a descendentes de africanos, há tempos separados de ÁFRICA. Antônio Risério (1981), entende, inclusive, o movimento dos blocos afros da Bahia como um processo de reafricanização. Até porque, a juventude negromestiça da Bahia recebeu influências dos movimentos jovens dos EUA – em tempos de ​black power​ e soul music e o impacto exercido pela libertação das antigas colônias portuguesas na África. O filme traz também o depoimento do músico Durval Lelis, um típico representante da classe média rotariana baiana, com um discurso infantil, de proposta artística rasa. Um discurso mimado e falocêntrico, que nos leva a refletir como é perigoso juntar sucesso econômico com pobreza imaterial. Muito interessante. Afinal, é complicado falar de uma música que faz tanto sucesso regionalmente, nacionalmente que se deslocou internacionalmente, que elenca muitos aspectos www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 3. Educomunicação & Equidade Racial relacionados a possíveis aceitações e rejeições em diversos momentos da história da música brasileira, por públicos com visões de mundo diferentes que ora se espelham, ora rejeitam. O sucesso gera muita simpatia para uns e muito preconceito por outros. O filme tem essa importância, traz a baila a discussão sobre o preconceito sobretudo do Sudeste em relação ao Axé. Vem à tona a máxima: música de sucesso versos preconceito ​cult. Questões como: quem é ​o cult? O que significa ser ​cult? Que tipo de preconceito é esse, que vem à tona. Nessa direção, fica o mérito do diretor de ter feito e arriscado um tema espinhoso para adentrar o universo do cinema documentário. Óbvio que muito ficou de fora, mas para dar conta de um assunto tão extenso só um formato de série documentário poderia agradar a gregos e troianos. O filme começa apresentando as diversas visões sobre a emersão da ​axé music​ , cada artista ou personagem da cena emitindo sua opinião. A narrativa fílmica costura de forma inteligente os diversos depoimentos discursivos, entre eles, as falas totêmicas dos tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil, que dão dimensão justa ao tema, em cada palavra emitida. Em segunda instância, a rainha do ​Axé, Daniela Mercury, também traz um discurso rico em detalhes, percepções e histórias pontuais sobre o processo de emersão do samba-reggae e de todo o processo histórico que se deu, nas décadas de 1980 e 1990, na música baiana de varejo e a possível conexão e articulação da mesma com os blocos afros. Mercury surge no cenário musical brasileiro como uma mulher guerreira, um vulcão de liberdade em meio a uma sociedade paternalista, abrindo o campo para outras mulheres atuarem e serem protagonistas da história como artistas e empresárias. A questão de gênero feminino no axé mereceria, inclusive, um documentário a parte, porque, além de ser rico, tem nuances impressionantes no que tange ao empoderamento feminino. O diretor partiu do ponto zero da ​axé music, a música “Fricote”, de Luis Caldas, uma música claramente machista e racista. Embora fique evidente o talento e a potência musical de Luis Caldas, não podemos fechar os olhos para a ignorância no que se refere a micro-política, ao reverberar e entoar aquela canção para o mundo e talvez por isso em igual medida, seu processo de ascensão e queda. Ele foi sendo posto à margem, na medida que o discurso politicamente correto passou a ditar as regras do jogo das relações de poder na sociedade. Trata-se de uma atitude machista e, ao mesmo tempo, racista que não poderia mais ser engolida. Provavelmente, ele foi vítima da falta de cultura e informação que prejudicou e prejudica tantas pessoas em nosso país. Ele não só dominava a linguagem musical, www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 4. Educomunicação & Equidade Racial mas também tinha a aderência popular, mas não percebeu que armadilhas estão sempre a postos em trajetórias populistas, e todo cuidado é pouco. O filme mostra, também, o comportamento falocêntrico dos cartolas da indústria do disco, as posturas machista, agressiva e de pensamento econômico imediatista, pouco desenvolvimentista. Isso nos leva a refletir e entender como é perigoso articular a ignorância ao poder político e econômico. Nos leva a dar um viva ao surgimento do ​napster e do ​mp3 que diminuiu o poder das mãos de homens retrógrados. O desfecho do filme consideramos curioso, pois nele a cidade do Salvador e o carnaval não param de ferver, trata-se de magma cultural, que se manifesta ora no seio da classe média, por meio do “Furdunço”, com a “Baiana System”, ora na periferia com Igor Kannário e tantos outros que habitam o periférico no momento. Ambas as ebulições magmáticas que apontam um devir carnavalesco conectado com partículas quânticas de atrito não são abordadas pelo filme, e fica nosso apelo ao diretor, para que nos ofereça uma cidade em fagulhas, pois queremos ver o circo pegar fogo. Está na hora de entendermos o discurso estético da alteridade como discurso produtivo, também, como gerador de rendas. Isso também é pensar em desenvolvimento econômico. ​Vide Rappers americanos como Kendrik Lamar e e a cantora Beyonce em seu álbum Lemonade. Mas infelizmente o diretor aponta o devir da cena e do carnaval para um Salvador de nome Saulo, rapaz talentoso mas de discurso anêmico e frágil em um mundo que exige outras abordagens, no qual inovar esteticamente e ter estilo são negócios também. O obsoleto, infelizmente, não traz a potência da inovação. Daí fazermos um apelo ao diretor: transforme esse filme único em uma série, na qual as fraturas expostas das negociações e conflitos venham a tona para o público em geral, como bem colocou o maestro Letieres Leite o ​Axé não vai morrer nunca, era um fogo alto que agora está brando. Trata-se de um modelo econômico extrativista. Nessa direção, é preciso apoiarmos o novo, as novas partículas de ebulição da cena, para que a energia circule e o capital também. A lógica feudal não cabe mais em um mundo de economia criativa. Então, para onde aponta o devir da música de varejo da Bahia? Um devir onde o sistema capitalista vem gerenciando mudanças em torno do criativo, do sustentável e do ecológico. Qual foi a saída que o cacau encontrou para a vassoura de bruxa? Voltar-se para a policultura e os processos orgânicos da natureza. Fica então a deixa, policultura é Furdunço, Larissa Luz, Igor Kannário e o pagode de protesto. Um tecido riquíssimo de assuntos podem ser tratados em sala de aula pelo filme dando vazão à Lei 10639/03. Vamos a ele então: www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 5. Educomunicação & Equidade Racial O filme possibilita a imersão do público em diversos pontos potentes e polêmicos para se trabalhar em sala de aula. Pontos esses que tocam processos históricos constitutivos da cultura brasileira por meio do suporte comunicacional, Música de varejo/ festa popular carnaval/ processo de reafricanização, via blocos afros/ diáspora negra, dentre tantos outros temas. Claro que muitos desses pontos não estão claros no filme. As brechas por ele deixadas, precisam ser completadas pela visão crítica construtiva do professor em sala de aula com materiais suportes, como livros, textos, letras de música e uma historicização pautada em documentos históricos outros e, até mesmo, outros filmes. Para o professor de História, o filme traz permanências de um tempo pretérito pós-colonial, como também transformações que representam uma história recente. Nessa direção, elencamos: - História da cidade de Salvador que foi capital da colônia, daí o professor pode desdobrar todo um diálogo sobre o conceito discursivo de Mito de origem. - A cidade de Salvador é conhecida como Roma Negra, por ter mais 70% de sua população constituída por afro- mestiços e traz o aspecto curioso de ser regida politicamente por uma elite de homens brancos. - Por meio dos blocos afros, desdobrar o processo constitutivo de partículas culturais de matrizes africanas e de suas diversas etnias vindas em diáspora por meio da escravidão do continente africano que em solo colonial fizeram a ebulição de uma cultura que hoje reverbera por meio da música, do vestuário, da dança, da culinária, da ocupação de espaços de poder. Isso por meio das permanências e transformações histórica. - Verificar a interlocução da música baiana com os movimentos negros americanos: Black Panters, da Soul Music, como tais músicas se reverberaram nas periferias da cidade de Salvador? Como as influências da cultura pop americana foi contributiva para trabalhar o discurso afirmativo de negritude na Salvador do Século XX, cidade que não consegue muitas vezes se desgarrar da opulência e dos mecanismos de poder do século XIX? - A história das gravadoras nas décadas de 1980 e 1990 no Brasil - O comportamento falocêntrico, machista e sexista dos cartolas de gravadora - A figura da mulher dentro do carnaval, levando em consideração questões de gênero, de étnicas e de classe. - O discurso da música Nega do cabelo duro – que é um discurso racista e machista. - Creio que esses aspectos arranharam bastante a imagem cultural da Bahia no Sudeste, embora pelo ponto de vista de um capitalismo selvagem, pessoas mais voltadas para um pensamento de um capitalismo sem escrúpulos ganharam e www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 6. Educomunicação & Equidade Racial ganham muito dinheiro ainda por meio desses métodos, como colocou Letieres Leite muito bem no filme. Métodos extrativistas que não contribui em nada para o desenvolvimento da cidade de Salvador e sua comunidade carente. A cidade continua cada dia mais violenta e desigual com suas 17 ou mais favelas, nas quais as oportunidades de trabalho e desenvolvimento humana são muito precários. - Enfim, uma cultura coronelista e da saudade do século XIX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ACOSTA, Leonardo. Música e descolonizacion. La Havana: Arte e literatura, 1982. ALESSANDRO, Portelli. “O que faz a história oral de diferente”. Projeto história. Revista do programa de Estudos Pós-graduados em história e do departamento de história da PUC/ SP. N 14. São Paulo, 1997. BACHELARD, Gaston. A filosofia do não em Os Pensadores. SP: Abril Cultural, 1984. ________________. O novo espírito científico em Os Pensadores SP: Abril Cultural, 1984. BASTIDE, Roger. Brasil, terra de contrates. SP: Difel, 1959. BENJAMIN, Walter. Nervos Sadios. In Documentos de cultura, documentos de barbárie.(org. Willi Bolle) SP: Cultrix, 1995. CAMPOS, Haroldo de. Ruptura dos gêneros na literatura latino-americana. In América latina em sua literatura (org. César Fernández Moreno). SP: Perspectiva, 1979. CARPENTIER, Alejo. Literatura & consciência política na América Latina. SP: Global, 1969. CERTAU, Michel de. A invenção do cotidiano 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. _________________. La ciudad de las columnas. Barcelona: Bruguera, 1982. DELGADO, Manuel. Sociedades Movedizas. Pasos hacia uma antropologia de las calles. Barcelona: Anagrama, 2007. DUNNING, Eric. Prefacio in DUNNING, Eric; ELIAS, Norbert. Deporte y ocio en el proceso de la civilización. Madri: Fondo de Cultura www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 7. Educomunicação & Equidade Racial Económica, 1992. FERREIRA, Jerusa Pires. Armadilhas da memória: ( conto e poesia popular)./ Salvador- Ba- Fundação Casa de Jorge Amado, 1991. GOBELLO,José. Letras de Tango. Centro de Editor de cultura Argentina S.A., Argentina, 1999. GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. SP: Cia das Letras, 2001. GUILLÈN, Nicolás. Cuba em El ala de nuestro tiempo. Editorial Letras Cubanas, La Habana, Cuba, 1987. GUERREIRO, Goli. A trama dos tambores. A música afro-pop de Salvador. Editora 34, 2000. LAPLATINE, François. Mestizajes/ François Laplantine y Alexis Nouss – 1ª Ed. – Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007. LÓTMAN, Iuri. La Semiosfera I, II, III. Madri: Cátedra, 2002. LÓTMAN, Iuri. A estrutura do texto artístico. Editora Estampa. Lisboa, 1978. LÓTMAN, Iuri. Ensaios de semiótica soviética. Ivanov. Livros Horizonte – 1991, Lisboa. MACHADO, Irene. Org. Semiótica da cultura e semiosfera. São Paulo: Anhamblume/ FAPESP, 2007. MATOS, Maria Izilda Santos de. Âncora de emoções: corpos, subjetividades e sensibilidades. Bauru, SP: Edusc, 2005. MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo. Travesías latinoamericanas de la comunicación em La cultura. Santiago do Chile: Fondo de Cultura Económica, 2002. ORTIZ, Fernando. Los intrumentos de La musica afrocubana. La paila los timbales criollos El bongó. Editorial letras cubanas, La Habana, Cuba. 1995. ORTIZ, Fernando. La Africana de La musica folklorica de Cuba. Editorial Letras Cubanas, La Habana, Cuba, 1993. PINHEIRO, Amálio. (org.) Introdução em Comunicação & Cultura: Barroco www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta
  • 8. Educomunicação & Equidade Racial e Mestiçagem. Campo Grande/MS: Ed. da Uniderp. ________________. Mídia e Mestiçagem em Comunicação & Cultura: Barroco e Mestiçagem. Campo Grande/MS: Ed. da Uniderp. POCHÉ, Christian. La música arábigo-andaluza.Traducion Beatriz Martínez Del Fresno. Ediciones Akal, S.A.,Madri, Espanha, 1997. Recopilácion de textos sobre Nicolas Guillen. Série Valoracion Multiple, Casa de Las Americas. Mosquito editores, Santiago, Chile, 1994. RISÉRIO, Antônio. Carnaval Ijexá; notas sobre afoxés e blocos do novo carnaval afrobaiano. Corrupio, Salvador,Bahia 1981. RODRIGUEZ, Manuel López Rodríguez. El Flamenco “lãs onomatopeyas em su léxico”. Ediciones Giralda, 1994. ROTKER, Susana. Prólogo em Las Cronicas de Jose Martí. Havana: Casa de las Americas, 1992 TANGO nuestro. Diário popular. SALAS, Horacio. El Tango.Editorial Planeta, Argentina, Buenos Aires, p. 382, 1999. SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo – por uma nova cultura política. Vol. 4: SP: Cortez, 2006. TRIVINHO, Eugênio. A dromocracia cibercultural. SP: Paulus, 2007. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. SP: Cosac Naify, 2002. www.afroeducacao.com.br​ ​|​ contato@afroeducacao.com.br A cultura negra em pauta