O documento descreve a banda brasileira Nação Zumbi, formada na década de 1990 na cidade do Recife através da união da banda de rock Loustal com o bloco de samba-reggae Lamento Negro, originalmente chamando-se 'Chico Science & Nação Zumbi'.
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
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1. ARTE- Profº Beto Cavalcante
NOVEMBRO/2020
MATERIAL 4
01-
Nação Zumbi é uma banda
brasileira de rock, nascida no
início da década de 1990, no
Recife, capital do estado de
Pernambuco, a partir da união do
Loustal, banda de rock pós-
punk, com o bloco de samba-
reggae Lamento Negro, e
originalmente chamava-se
"Chico Science & Nação Zumbi"
a) O texto faz referência ao ecossistema dos mangues como
símbolo da miséria e da pobreza e ilustra a necessidade de se
proporem alternativas para sua extinção, na medida em que
colaboram com a desorganização da cidade do Recife e
dificultam o desenvolvimento.
b) Da lama ao caos, do caos à lama é uma obra, que
exemplifica o movimento Manguebeat, ocorrido na década
de 70, na cidade do Recife, no sentido de resgatar a
desvalorização da cultura local, influenciando movimentos
culturais externos.
c) No trecho do texto: “Ô Josué, eu nunca vi tamanha
desgraça”, o autor sinaliza a sua insatisfação com as heranças
e influências culturais deixadas por Josué de Castro, Mestre Salustiano, Ariano Suassuna no
surgimento do movimento Manguebeat, na década de 90.
d) O texto ilustra um movimento de renovação e valorização da cultura pernambucana,
denominado de Manguebeat, nascido na década de 90, na cidade do Recife, pautado na
mobilização e na contestação social, e traz a ideia de caos como referência às desigualdades e
aos conflitos sociais.
e) No texto, o caranguejo e o aratu representam a abundância dos recursos da natureza presentes
nos manguezais, sendo esses recursos os responsáveis pela redução da fome e da miséria e por
significativos avanços sociais, vistos na década de 70, momento em que nascia o Movimento
Manguebeat.
2. 02-O trecho do rap e o grafite evidenciam o papel social
das manifestações artísticas e provocam a
a) consciência do público sobre as razões da
desigualdade social.
b) rejeição do público-alvo à situação representada nas
obras.
c) reflexão contra a indiferença nas relações sociais de
forma contundente.
d) ideia de que a igualdade é atingida por meio da
violência.
e) mobilização do público contra o preconceito racial
em contextos diferentes.
03- Ultimamente vários críticos de arte têm
questionado se as intervenções urbanas de vários
artistas que estão espalhados pelo mundo podem ou
não ser consideradas arte. Na maioria das vezes as
intervenções urbanas têm mensagens sobre política,
guerra, fome, pobreza, assuntos do cotidiano,
segurança. A noção de intervenção é empregada, no
campo das artes, com múltiplos sentidos, não havendo
uma única definição para o termo. Na área de
urbanismo e arquitetura, as intervenções urbanas designam programas e projetos que
visam à reestruturação, requalificação ou reabilitação funcional e simbólica de regiões ou
edificações de uma cidade. Como prática artística no espaço urbano, a intervenção pode
ser considerada uma vertente da arte urbana, ambiental ou pública, direcionada a interferir
sobre uma dada situação para promover alguma transformação ou reação, no plano físico,
intelectual ou sensorial. Trabalhos de intervenção podem ocorrer em áreas externas ou no
interior de edifícios.
A partir das ideias acima expostas sobre a intervenção como força expressiva, assinale a
alternativa correta.
A-O grafite pode ser considerado como exemplo dessa força expressiva, pois como aponta
o enunciado pode ocorrer em áreas externas e intervêm na paisagem urbana.
B- A intervenção diz respeito a uma modalidade artística, com recursos limitados para sua
construção.
C- Arte Urbana e Intervenção são conceitos distintos, já que a primeira se ocupa dos espaços
públicos e a segunda, eminentemente, com espaços privados.
D- Trabalhos de intervenção só podem ocorrer no interior de edifícios.
E- A intervenção não pode ser considerada uma vertente da arte urbana.
3. 04- (enem 2009) O ano de 1968 ficou conhecido pela efervescência social, tal como se pode
comprovar pelo seguinte trecho, retirado de texto sobre propostas preliminares para uma
revolução cultural: “É preciso discutir em todos os lugares e com todos. O dever de ser
responsável e pensar politicamente diz respeito a todos, não é privilégio de uma minoria de
iniciados. Não devemos nos surpreender com o caos das ideias, pois essa é a condição para
a emergência de novas ideias. Os pais do regime devem compreender que autonomia não
é uma palavra vã; ela supõe a partilha do poder, ou seja, a mudança de sua natureza. Que
ninguém tente rotular o movimento atual; ele não tem etiquetas e não precisa delas”.
Journal de la comune étudiante. Textes et documents. Paris: Seuil, 1969 (adaptado)
Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 1968,
A-foram manifestações desprovidas de conotação política, que tinham o objetivo de
questionar a rigidez dos padrões de comportamento social fundados em valores
tradicionais da moral religiosa.
B-restringiram-se às sociedades de países desenvolvidos, onde a industrialização
avançada, a penetração dos meios de comunicação de massa e a alienação cultural que
deles resultava eram mais evidentes.
C-resultaram no fortalecimento do conservadorismo político, social e religioso que
prevaleceu nos países ocidentais durante as décadas de 70 e 80.
D-tiveram baixa repercussão no plano político, apesar de seus fortes desdobramentos
nos planos social e cultural, expressos na mudança de costumes e na contracultura.
E-inspiraram futuras mobilizações, como o pacifismo, o ambientalismo, a promoção da
equidade de gêneros e a defesa dos direitos das minorias.
05-Leia o texto e observe a imagem a seguir.
Surgiu, em 1944, no Rio de Janeiro, o Teatro Experimental do Negro,
ou TEN, que se propunha a resgatar, no Brasil, os valores da pessoa
humana e da cultura negro-africana, degradados e negados por
uma sociedade dominante que, desde os tempos da colônia,
portava a bagagem mental de sua formação metropolitana
europeia, imbuída de conceitos pseudocientíficos sobre a
inferioridade da raça negra.
(NASCIMENTO, A. Teatro Experimental do Negro: trajetória e reflexões. Revista do
Instituto de Estudos Avançados. São Paulo: USP 18(50), 2004, p.209-224. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n50/a19v1850.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2013.)
A partir do texto, da imagem sobre o TEN e do contexto brasileiro
(década de 1940), é possível julgar correto que
a- Em 1940, década de criação do TEN, era comum no Brasil
atores brancos interpretarem papéis que deveriam ser destinados
especificamente a atores negros ricos e poderosos, para a valorização da raça negra.
4. b- No contexto brasileiro, caracterizava-se de negro um ator branco quando o papel
tivesse certo destaque cênico ou alguma qualificação dramática.
c- O TEN alfabetizava somente aquele que participavam ativamente das atividades do
grupo, isolando-se de toda a sociedade branca da época.
d- O TEN não teve forças para lutar pela valorização do negro brasileiro, pois seus
criadores acabaram aderindo aos ideais do regime militar da década de 1960.
e- O TEN propunha-se a trabalhar pela valorização social do negro no Brasil, através da
educação, da cultura e da arte. Para isso, usava diferentes instrumentos, como a realização
de peças teatrais, concursos de beleza etc.
06- Em 1922, a famosa Semana de Arte Moderna
rompeu com as tradições, imortalizando artistas
como Anita Malfatti e Mario de Andrade. Nesse
mesmo ano, outro acontecimento, muito menos
celebrado pela historiografia, também constituiu
um marco importante na arte brasileira: pela
primeira vez, uma mulher era premiada por uma
pintura histórica, gênero artístico mais prestigiado
na época. A paulista Georgina de Albuquerque que
recebeu o prêmio, concedido pela Escola Nacional
de Belas Artes, pela pintura Sessão do Conselho do
Estado. A partir do tema independência do Brasil, a
artista questionava as representações do poder, ao
escolher retratar uma mulher no centro de um
acontecimento histórico. Em vez de retratar um
evento triunfal, como a famosa tela de Pedro
Américo, a obra representava um episódio diplomático no qual a princesa Leopoldina ouvia
as opiniões dos membros do conselho de Estado sobre a independência.
Marina Tessitore. As artistas esquecidas pela história. In: Revista ARTE!Brasileiros, 20/04/2017.
Considerando a pintura de Georgina de Albuquerque e o fragmento de texto apresentado,
é possível afirmar que
a- A pintura de Georgina de Albuquerque representa uma sessão do Conselho do
Estado ocorrida em 1922.
b- O gênero histórico, muito prestigiado na arte acadêmica, foi um dos principais
estilos que influenciou as pinturas vanguardistas.
c- A pintura de Georgina de Albuquerque apresenta aspectos impressionistas, como a
presença dos sentimentos e emoções da artista em sua obra.
d- Embora represente Leopoldina em silêncio, ouvindo a opinião de alguns homens, a
pintura reconhece a importância histórica dessa personagem.
e- Ao representar a princesa Leopoldina fora do centro da pintura, Georgina de
Albuquerque deixa claro a irrelevância da princesa na tomada de decisões históricas.
07- TEXTO I
5. DUCHAMP, M. Roda de bicicleta. Aço e madeira, 1,3 m x 64 cm x 42
cm, 1913. Museu de Arte Moderna de Nova York.
DUCHAMP, M. Roda de bicicleta. Barcelona: Polígrafa, 1995.
TEXTO II
Ao ser questionado sobre seu processo de
criação de ready-mades, Marcel Duchamp afirmou:
— Isto dependia do objeto; em geral, era
preciso tomar cuidado com o seu look. É muito
difícil escolher um objeto porque depois de quinze
dias você começa a gostar dele ou a detestá-lo. É
preciso chegar a qualquer coisa com uma
indiferença tal que você não tenha nenhuma
emoção estética. A escolha do ready-made é
sempre baseada na indiferença visual e, ao mesmo
tempo, numa ausência total de bom ou mau gosto.
CABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo
perdido. São Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado).
Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-
se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-
mades, inaugurou um modo de fazer arte que
consiste em
A-designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o artífice da arte do século XX.
B-considerar a forma dos objetos como elemento essencial da obra de arte.
C-revitalizar de maneira radical o conceito clássico do belo na arte.
D-criticar os princípios que determinam o que é uma obra de arte.
E-atribuir aos objetos industriais o status de obra de arte.
08- A origem da obra de arte (2002) é uma instalação
seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada
originalmente em sua primeira exposição individual, no
Museu de Arte da
Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um
convite para a interação do espectador instigado a
compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo
campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica
(ou será o contrário?) e, à disposição do espectador,
encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes.
Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a criação dos textos, foi construído um pequeno
galpão, evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem.
As 1500 letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas
Gerais, num processo que durou vários meses e contou com a participação de dezenas de mulheres
6. das comunidades do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe o trabalho. No
contexto de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se
torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade.
Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em:
22 maio 2013 (adaptado).
A função da obra de arte como possibilidade de experimentação e de construção pode ser
constatada no trabalho de Marilá Dardot porque
a) o projeto artístico acontece ao ar livre.
b) o observador da obra atua como seu criador.
c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico.
d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de mudas.
e) as mulheres da comunidade participam na confecção das peças.
09- “Tudo indica que o termo ‘indústria cultural’ foi empregado pela primeira vez no livro
Dialética do esclarecimento, que Horkheimer [1895-1973] e eu [Adorno, 1903-1969]
publicamos em 1947, em Amsterdã. (...) Em todos os seus ramos fazem se, mais ou menos
segundo um plano, produtos adaptados ao consumo das massas e que em grande medida
determinam esse consumo”.
(ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1986. p. 92.)
Com base no texto acima e na concepção de indústria cultural expressa por Adorno e
Horkheimer, é correto afirmar:
a) Os produtos da indústria cultural caracterizam-se por ser a expressão espontânea das
massas.
b) Os produtos da indústria cultural afastam o indivíduo da rotina do trabalho alienante
realizado em seu cotidiano.
c) A quantidade, a diversidade e a facilidade de acesso aos produtos da indústria cultural
contribuem para a formação de indivíduos críticos, capazes de julgar com autonomia.
d) A indústria cultural visa à promoção das mais diferentes manifestações culturais,
preservando as características originais de cada uma delas.
e) A indústria cultural banaliza a arte ao transformar as obras artísticas em produtos
voltados para o consumo das massas.
10-Quanto mais uma pessoa entra em contato com as formas artísticas, mais se aprofunda
nessa linguagem, enriquece repertório, conhece autores/artistas, tem acesso à
compreensão estética da humanidade. Para cultivarmos o hábito da leitura de obras
artísticas, é fundamental não só o contato com as reproduções de obras de Arte (já que
nossa presença frente às originais nem sempre é possível), como também a frequência a
galerias, museus, teatros, concertos e óperas, entre outros espaços. Sobre a leitura e a
linguagem da Arte, é correto afirmar:
a) A arte permite diversas leituras, ou seja, quando nos deparamos com um objeto artístico,
nós os interpretamos e os ressignificamos à nossa maneira. Dessa forma, podemos dizer
que a percepção das obras de arte é individual.
b) Todo objeto artístico possui seu significado. Esse significado é oferecido pelo
autor/artista da obra. Não é possível que haja inúmeras leituras e significações para cada
obra de arte, pois, se assim fosse, nunca conseguiríamos explicar uma obra de arte.
7. c) Quando nos deparamos com obras realizadas há duzentos ou trezentos anos,
encontramos exatamente os mesmos sentidos e significações que o público daquela época
encontrou nessas mesmas obras.
d) A reprodução dos objetos artísticos, tão comum nos dias de hoje, transformou a arte em
mercadoria, fazendo com que ela perdesse seu caráter democrático.
e) Na experiência da interpretação narrativa de uma obra de arte, é de fundamental
importância o conhecimento da história da arte, uma vez que sem esse conhecimento não
há como entender e sem uma clara interpretação não há linguagem possível.
GABARITO
01- D
02- C
03- A
04- E
05- E
06- D
07- E
08- B
09- E
10- A