1. O documento discute o conceito de obsessão como o domínio que alguns espíritos podem adquirir sobre certas pessoas, sendo sempre espíritos inferiores que procuram dominar.
2. A obsessão é descrita como uma enfermidade espiritual de longo curso que requer terapia especializada, podendo levar à loucura se não tratada.
3. É explicado que a obsessão ocorre como forma de resgate/provação/expiação de débitos espirituais e culpas do passado, permitindo que
2. i
Obsessão – uma Pandemia Invisível
SUMÁRIO
1. A Obsessão – Conceitos Fundamentais.......................................................1
1.1 Domínio/Controle .......................................................................................1
1.2 Enfermidade Espiritual................................................................................2
1.3 Resgate/Provação/Expiação........................................................................2
2. A Obsessão – uma Pandemia Invisível........................................................6
2.1 Um Flagelo Social.......................................................................................6
3. A Obsessão – Especiais – Nos Bastidores da Obsessão ........................... 13
5.1 O Processo.................................................................................................13
5.2 Implantes Perispirituais.............................................................................15
5.3 Licantropia ................................................................................................16
5.4 Enfermidades Virtuais...............................................................................19
5.1 De Encarnados para Encarnados...............................................................19
4. A Obsessão – Causas/Origens....................................................................21
3.1 Débitos Cármicos......................................................................................21
3.2 Indolência física/mental ............................................................................22
3.3 Tendências negativas ................................................................................23
5. A Obsessão – Tipos .....................................................................................24
4.1 Entre Desencarnados.................................................................................24
4.2 Entre Encarnados ......................................................................................24
4.3 Entre Encarnados e Desencarnados ..........................................................25
6. A Obsessão – Estratégias/Técnicas............................................................26
5.1 Aumento da Pressão Obsessiva.................................................................26
5.2 Alivio da Pressão Obsessiva .....................................................................27
7. A Obsessão - e os Trabalhadores Espíritas ..............................................28
8. A Obsessão - e as Drogas Medicamentosas .............................................. 30
9. A Obsessão – Especiais/Processos/Exemplos............................................ 31
5.2 Processos...................................................................................................31
5.3 Implantes Perispirituais.............................................................................33
5.4 Licantropia ................................................................................................33
3. ii
Obsessão – uma Pandemia Invisível
5.5 Enfermidades Virtuais...............................................................................35
10. A Obsessão – Profilaxia/Tratamento .....................................................36
7.1 Autoconscientização .................................................................................36
7.2 Reeducação Mental ...................................................................................37
7.3 A Prece/a Meditação .................................................................................38
7.4 Ação Enobrecedora...................................................................................40
11. Anexo - Nos Bastidores da Obsessão – 50 anos de publicação/2020... 42
7.5 Nos Bastidores da Obsessão – Sinopse.....................................................42
7.6 Nos Bastidores da Obsessão – Considerações sobre a Obsessão .............43
7.7 Manoel Philomeno de Miranda – Biografia..............................................47
7.8 Manoel Philomeno de Miranda – Livros ..................................................50
12. Referências ...............................................................................................53
4. 1
Obsessão – uma Pandemia Invisível
1. A Obsessão – Conceitos Fundamentais
1.1 Domínio/Controle
Obsessão é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas.
Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar.
Nos Bastidores da Obsessão - Examinando a Obsessão
A obsessão é a ação persistente que o Espírito “ignorante” exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais
exteriores até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.
Allan Kardec - O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XXVIII – item 81 -
No número das dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta é necessário colocar
a da obsessão em primeira linha.
Trata-se do domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas. São
sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum
constrangimento. Os bons aconselham, combatem a influência dos maus, e se não os escutam
preferem retirar-se. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se
chegam a dominar alguém, identificam-se com o Espírito da vítima e a conduzem: como se faz
com uma criança.
Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 23 – Item 237 – A Obsessão
5. 2
Obsessão – uma Pandemia Invisível
1.2 Enfermidade Espiritual
A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curso,
exigindo terapia especializada de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir
apressadamente.
Transmissão mental de cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que
denuncia enfermidade grave de erradicação difícil.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão - Examinando a Obsessão
Os atos infelizes, deliberadamente praticados, em razão da força mental de que
necessitam, destroem os tecidos sutis do perispírito, os quais, ressentindo-se do desconcerto,
deixarão matrizes na futura forma física, em que se manifestarão as deficiências purificadoras.
A queda do tom vibratório específico permitirá, então, que os envolvidos no fato, no
tempo e no espaço, próximos ou não, se vinculem pelo processo de uma sintonia automática de
que não se furtarão.
Estabelecem-se aí as enfermidades de qualquer porte.
Os fatores imunológicos do organismo, padecendo a disritmia vibratória que os envolve,
são vencidos por bactérias, vírus e toda a sorte de micróbios patogênicos que logo se
desenvolvem, dando gênese às doenças físicas.
O médico informou, ainda, que há casos em que a incidência do pensamento maléfico,
aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula, interferindo no seu núcleo,
acelerando a sua reprodução e dando gênese a neoplasias e cânceres de variadas
expressões.
Por sua vez, na área mental, os conflitos, as mágoas, os ódios acerbos, as ambições
tresvariadas e os tormentosos delitos ocultos, quando da reencarnação, por estarem ínsitos no
Espírito endividado, respondem pelas distonias psíquicas e alienações mais variadas.
Acrescente-se a isso a presença dos cobradores desencarnados, cuja ação mental
encontra perfeito acoplamento na paisagem psicológica daqueles a quem perseguem, e teremos
instalada a constrição obsessiva.
Eis porque é rara a enfermidade que não conte com a presença de um componente
espiritual, quando não seja diretamente o seu efeito.
Corpo e mente refletem a realidade espiritual de cada criatura.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 1
Esse distúrbio, o da obsessão, difere bastante daqueles de natureza orgânica, que
produzem a idiotia e a loucura.
6. 3
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Em todos esses casos, porém, encontram-se espíritos enfermos, aqueles que estão
reencarnados, endividados perante as Leis Cósmicas, em processos graves de provações
dolorosas ou expiações reeducativas.
Na obsessão, encontra-se atuante um agente espiritual que se faz responsável pelo
transtorno reversível; no entanto, nos casos em que o ser renasce sob o estigma da idiotia ou
chancelado pelos fatores que propiciam a loucura, os seus débitos e gravames são de tal natureza
grave, que imprimiram no corpo o látego e o presídio necessários para a sua renovação moral.
Desde o momento da reencarnação, a consciência culpada e os sentimentos em
desordem imprimiram nos equipamentos orgânicos e cerebrais as deficiências de que o
endividado tem necessidade para reparar os males anteriormente praticados, desde quando,
portador de inteligência e mesmo de genialidade, delas se utilizou para a alucinação no prazer
exorbitante em prejuízo de grande número de pessoas outras que lhe experimentaram a
crueldade, a intemperança, a indiferença...
Malbaratado o patrimônio superior que a vida lhe concedeu para multiplicar os talentos
de que dispunha, volta agora ao orbe terrestre para expiar, passando pelos sítios tormentosos da
falta de lucidez e com limitação mental, encarcerado em equipamentos que são incapazes de
lhe permitir a comunicação com o mundo exterior. Sitiado em si mesmo, sofre as conseqüências
da hediondez que se permitiu, padecendo rudes aflições pela impossibilidade de agir com
segurança e desenvoltura.
O corpo, atingido pelos fatores endógenos — hereditariedade, seqüelas de enfermidades
infectocontagiosas — de que se revestiu o espírito por sintonia vibratória no momento da
reencarnação, é resultado da utilização de genes com características deformadas, não havendo
possibilidade então de recomposição, de restauração da saúde mental, de equilíbrio psíquico.
No entanto, resgatando os males ainda preponderantes na sua economia moral, adquirirá
a harmonia que lhe facultará futuros cometimentos felizes, mediante os quais contribuirá em
favor da ordem e do desenvolvimento intelectual, moral e espiritual de si mesmo, assim como
da sociedade.
(...) Quando as obsessões se fazem prolongadas e o paciente não se dispõe à recuperação
ou não a consegue, a incidência continuada dos fluidos deletérios sobre os neurônios cerebrais
termina por produzir afecções e distúrbios de grave porte que se tornam irrecuperáveis.
Desse modo, as obsessões podem conduzir à loucura, à idiotia, e essas, por sua vez,
serão ampliadas por influências espirituais perniciosas, que são realizadas pelos adversários do
enfermo, que se utilizam da sua incapacidade de autodefesa para os desforços infelizes, nos
quais se comprometem, por sua vez, com a própria consciência.
7. 4
Obsessão – uma Pandemia Invisível
(...) Desse modo, as obsessões, na sua fase inicial, antes da tragédia da subjugação, de
mais difícil reequilíbrio, têm caráter provacional, enquanto que a idiotia e a loucura estão
incursas nas expiações redentoras, através das quais o espírito calceta desperta para a
compreensão dos valores da vida, enriquecendo-se de sabedoria para os futuros
comportamentos.
Assim mesmo, nos casos dessa ordem, a contribuição psicoterapêutica do Espiritismo
através da bioenergia, da água fluidificada, da doutrinação do paciente e dos espíritos que,
possivelmente, estarão complicando-lhe o processo de desequilíbrio, a oração fraternal e
intercessária são de inequívoco resultado saudável, proporcionando o bem-estar possível e a
diminuição de sofrimento do paciente, a ambos encaminhando para a paz e a futura plenitude.
Manoel Philomeno de Miranda – Reencontro com a Vida – 1o Parte – Cap. 5 – Obsessão,
Idiotia e Loucura
8. 5
Obsessão – uma Pandemia Invisível
1.3 Resgate/Provação/Expiação
Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo
os fatores predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar – que facultam a
alienação.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão - Examinando a Obsessão
Neste capítulo, o das culpas, origina-se o fator causal para a injunção obsessiva; daí
porque só existem obsidiados porque há dívidas a resgatar.
A culpa, consciente ou inconscientemente instalada na casa mental, emite ondas que
sintonizam com inteligências doentias, habilitando-se a intercâmbios mórbidos.
A obsessão resulta de um conúbio por afinidade de ambos os parceiros.
O reflexo de uma ação gera reflexo equivalente.
Toda vez que uma atitude agride, recebe uma resposta de violência, tanto quanto, se o
endividado se apresenta forrado de sadias intenções para o ressarcimento do débito, encontra
benevolência e compreensão para recuperar-se.
Manoel Philomeno de Miranda - Painéis da Obsessão - Prefácio
Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral
de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a
Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante ação,
como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como
provação ou expiação e aceita com esse caráter.
Allan Kardec – A Gênese – Cap. 14
9. 6
Obsessão – uma Pandemia Invisível
2. A Obsessão – uma Pandemia Invisível
2.1 Um Flagelo Social
A obsessão, mesmo nos dias de hoje, constitui tormentoso flagício social. Está
presente em toda parte, convidando o homem a sérios estudos.
As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la. Ignorada
propositadamente pela chamada Ciência Oficial, prossegue colhendo nas suas malhas,
diariamente, verdadeiras legiões de incautos que se deixam arrastar a resvaladouros sombrios e
truanescos, nos quais padecem irremissivelmente, até à desencarnação lamentável,
continuando, não raro, mesmo após o traspasse... Isto, porque a morte continua triunfando,
ignorada, qual ponto de interrogação cruel para muitas mentes e incontáveis corações.
(...)
Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais
espalhadas na Terra são alguns dos fatores predisponentes para as obsessões... Os crimes
ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra
vida, em caráter coercitivo, obsessivo.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Exórdio
As obsessões enxameiam por toda parte e os homens terminam por conviver,
infelizes, com essas psicopatologias para as quais, fugindo à sua realidade, procuram as causas
nos traumas, nos complexos, nos conflitos, nas pressões sociais, familiares e econômicas, como
mecanismo de fuga aos exames de profundidade da gênese real de tão devastadora enfermidade.
Não negando a preponderância de todos esses fatores que desencadeiam problemas de
comportamento psicológico, afirmamos que eles, antes de constituírem causa dos distúrbios,
são, em si mesmos, efeito de atitudes transatas, que o Espírito imprime na organização
fisiopsíquica ao reencarnar-se, porquanto é sempre colocado no grupo familiar com o qual se
encontra enredado, por impositivo de ressarcimento de dívidas, para o equilíbrio evolutivo.
Enquanto o homem não for estudado na sua realidade profunda -- ser espiritual que é,
preexistente ao corpo e a ele sobrevivente --, muito difíceis serão os êxitos da ciência médica,
na área da saúde mental.
As doenças psíquicas, entre as quais se destacam, pela alta incidência, as obsessões,
continuarão ainda a perseguir o homem.
10. 7
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 26 – Fenômenos
Obsessivos
Pululam por toda parte os vinculados gravemente às Entidades perturbadoras do
Mundo Espiritual inferior.
Obsidiados, desse modo, sim, somos quase todos nós, em demorado trânsito pelas
faixas das fixações tormentosas do passado, donde vimos para as sintonias superiores que
buscamos.
Muito maior, portanto, do que se supõe, é o número dos que padecem de obsessões,
na Terra.
Lamentavelmente, esse grande flagelo espiritual que se abate sobre os homens, e não
apenas sobre eles, já que existem problemas obsessivos de várias expressões, como os de um
encarnado sobre outro, de um desencarnado sobre outro, de um encarnado sobre um
desencarnado e, genericamente, deste sobre aquele, não tem merecido dos cientistas nem dos
religiosos o cuidado, o estudo, o tratamento que exige.
Obsessões e obsidiados são as grandes chagas morais dos tumultuados dias da
atualidade.
Todavia, a Doutrina Espírita, trazendo de volta a mensagem do Senhor, em espírito e
verdade, é o portal de luz por onde todos transitaremos no rumo da felicidade real que nos
aguarda, quando desejemos alcançá-la.
Manoel Philomeno de Miranda – Sementes de Vida Eterna – Cap. xx – Considerando a
Obsessão
Muito mais grave do que parece é a obsessão, nos problemas sociais do comportamento
humano.
Alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, sexolatria, jogatina, gula recebem grande
suporte espiritual, sendo, não poucas vezes, iniciada a viciação de cá para ai, por inspiração que
fomenta a curiosidade e por necessidade que estimula o prosseguimento.
O enfermo, dificilmente, consegue evadir-se, por si mesmo, da dificuldade.
De um lado, pelos nefastos prejuízos orgânicos de que se ressente e, por outro, em razão
da incidência mental do obsessor, que o utiliza como instrumento da loucura de que se vê
possuído.
As verdadeiras multidões de dependentes de drogas ou de outras viciações estertoram,
mesmo sem o saberem, em danosos processos de obsessão lamentável.
11. 8
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Manoel Philomeno de Miranda - Roteiro de Libertação – Cap. xx – Comportamento por
Obsessão
Capítulo doloroso do comportamento humano que passa quase despercebido de
grande número de pacientes e médicos, é o que diz respeito à auto-obsessão, fruto espúrio
do egoísmo que gera o orgulho e os seus hediondos facínoras, quais o ódio, o ciúme, a inveja,
o ressentimento.
Mais assinalado pelas heranças do primarismo que inspirado pelas conquistas da razão,
o indivíduo permite-se algum extremo de procedimento, impondo os próprios caprichos, sem
conceder aos outros direitos equivalentes, derrapando na defesa da autoimagem, considerando-
se sempre a pessoa correta e melhores as suas opiniões.
Quando isso não ocorre, entrega-se ao desleixo e abandona o esforço de crescimento
interior a prejuízo das conquistas ético-morais que o capacitam para o avanço pela senda do
progresso.
No primeiro caso, sofre o conflito de perfeccionismo, acreditando ser o indicado para
tudo fazer melhor, e, quando assim acontece, levanta queixas e críticas contra os demais
elementos do grupo social no qual se movimenta.
Assevera que ninguém o entende, que as suas são as melhores intenções e o seu
sacrifício em favor de todos não é levado em consideração merecida.
Exigente, a todos agride, tornando o verbo amargo e ferino, possuindo as mãos calçadas
por luvas de espinhos, e dedo em riste apontando sempre erros imaginários ou reais, que
poderiam ser corrigidos mediante o estímulo edificante àqueles que os cometem.
Na segunda vertente, a destruição da imagem atira-o ao fosso do desestímulo e do
desrespeito por si mesmo, abandonando a luta antes de enfrentá-la, assim tombando inerme na
auto-obsessão, proibindo-se qualquer esforço para mudar de atitude.
Pode-se notar que ambas condutas são profundamente autodestrutivas, trabalhadas pelas
fixações pretéritas das existências infelizes de que não se conseguiu libertar.
Ressumando do inconsciente atual através dos delicados mecanismos do perispírito,
impõem-se, perturbadoras, tornando-se algozes que infelicitam sem piedade aquele que lhes
padeceram as injunções perversas.
(...) Todas essas e outras síndromes de condutas enfermas desenham o quadro patológico
da auto-obsessão, em que o paciente lúcido sabe o que está fazendo, sem interesse real de
empenhar-se para alterá-lo trabalhando por uma nova maneira de conquistar a saúde emocional.
12. 9
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Ocorre que, em situações de tal natureza, a questão de sintonia faz-se naturalmente e
são sincronizadas as próprias com outras mentes de seres desencarnados que estagiam na
mesma onda psíquica, perturbados e infelizes, aderindo aos que lhes são equivalentes, nutrindo-
se reciprocamente enquanto mais se desgastam.
Torna-se urgente que sejam estudadas tais condutas patológicas nas áreas do animismo
como do mediunismo, a fim de que essas ressonâncias sejam interrompidas, enquanto agentes
e pacientes recebam a terapia conveniente, que tem por base o esforço pela transformação moral
do ser, aplicando-se à autovigilância encarregada de minimizar, remediar e evitar a reincidência
dessa extravagante forma de comportamento.
(...) A característica comum desses pacientes é a dificuldade que têm de laborar em
grupo, em razão do egoísmo que os assinala, do orgulho que se fere com facilidade, dos
ressentimentos que se demoram arraigados, dos ciúmes que se permitem, nunca valorizando as
demais pessoas que formam o conjunto.
(...) Mais lamentável é a patologia auto-obsessiva, porquanto permanece além do
túmulo, amargurando com sevícias cruéis o enfermo deslindado da matéria mas não dos hábitos
transtornadores.
A problemática se alonga por período expressivo, muitas vezes sendo necessária a
internação em Nosocômios especializados, que o amor de nobres Espíritos edificaram na
Espiritualidade com esse objetivo específico.
Somente a pouco e pouco, o calceta desperta para os prejuízos que a sua atitude doentia
causou a si mesmo, dando curso a problemas que permanecerão aguardando reparação.
Manoel Philomeno de Miranda - Luzes do Alvorecer: Cap. 15 - Distúrbios
Emocionais Obsessivos
Desse modo, merece que sejam ampliadas as reflexões em torno da sutileza das
obsessões, a fim de que se possa entender-lhe os mecanismos delicados e complexos.
Quando ocorram pensamentos repetitivos perturbadores, reduzindo a polivalência dos
mesmos, restritos a uma idéia que se destaca e predomina, eis que se inicia o processo sombrio
enfermiço.
Da mesma forma, quando os fenômenos da antipatia entre amigos ou meramente
conhecidos passem a crescer, gerando animosidade em instalação, sem qualquer dúvida, além
das barreiras carnais movimentam-se interesses perversos administrando o raciocínio daquele
que assim se comporta.
13. 10
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Sob outro aspecto, mesmo no culto de qualquer ideal, quando se apresentam programas
esdrúxulos ou úteis, mas não oportunos, com riscos de fazer soçobrar o edificio do bem, há
forças espirituais negativas conspirando, cruéis, para o descrédito, a destruição do trabalho.
Toda vez quando os sentimentos se armem contra o próximo, ou se afeiçoem em
demasia, a ponto de perder a linha do equilíbrio, tenha-se certeza de que uma obsessão sutil,
em agravamento, encontra-se em instalação.
As fixações mentais que desestruturam o comportamento psicológico, além do caráter
de instabilidade emocional, tornam-se canais para interferências negativas por parte de espíritos
ociosos e doentios, que andam à espreita de campos experimentais para o conúbio exploratório
de energias físicas a que se imantam.
As obsessões sutis são perigosas, exatamente em razão da sua delicadeza de estrutura,
da maleabilidade com que se apresentam, sendo confundidas com as naturais manifestações de
conduta psicológica pertinente a cada indivíduo.
É necessário muito discernimento para distinguir, quando se expressam desajustes
emocionais, transtornos orgânicos que afetam a conduta psicológica e influências espirituais
perturbadoras.
Mesmo em se tratando de injunções da saúde emocional, é válido considerar-se que,
estando incursos na Lei de Causa e Efeito, os sofrimentos fazem parte do currículo existencial,
mantendo-se disposição para os enfrentamentos afligentes, mas também considerando-se a
hipótese de ocorrer injunção obsessiva, o que faculta melhor terapêutica, mais adequada
conduta moral para a liberação da prova libertadora.
Tornar os ensinamentos cristãos parte da filosofia existencial diária constitui um recurso
valioso para a preservação da saúde sob quaisquer aspectos considerados, e mesmo quando se
manifestem enfermidades, na condição de terapia psicológica e espiritual, capaz de manter o
equilíbrio interior e a coragem para o prosseguimento da luta até o momento da vitória.
Manoel Philomeno de Miranda – Reencontro com a Vida – 2o Parte – Cap. 2 – Sutilezas da
Obsessão
Não desconhecemos que a obsessão na infância tem um caráter expiatório como efeito
de ações danosas de curso mais grave.
Não obstante, os recursos terapêuticos ministrados ao adulto serão aplicados ao enfermo
infantil com mais intensa contribuição dos passes e da água fluidificada, da bioenergia bem
como da proteção amorosa e paciente, usando a oração e a doutrinação indireta ao agente
agressor, a psicoterapia e, por fim, o atendimento desobsessivo mediante o concurso
14. 11
Obsessão – uma Pandemia Invisível
psicofônico quando for possível atrair o hóspede à comunicação mediúnica de conversação
direta.
A visão do espiritismo em relação à criança obsediada é holística, pois que não a
dissocia, na sua forma atual, do adulto de ontem quando contraiu o débito.
Ele ensina que infantil é somente o corpo, já que o espírito possui uma diferente idade
cronológica, nada correspondente à da matéria.
Além disso, propõe que se cuide não só da saúde imediata, mas, sobretudo, da disposição
para toda uma existência saudável que proporcionará uma reencarnação vitoriosa, o que
equivale a dizer rica de experiências iluminativas e libertadoras.
Adimos a terapia do amor dos pais e demais familiares, igualmente envolvidos no drama
que afeta a criança.
Manoel Philomeno de Miranda - Trilhas da Libertação - Pág. 27
Dentre as várias manifestações obsessivas, uma passa quase despercebida, sendo, por
isso mesmo, de alta gravidade, pela razão de raramente chamar a atenção, graças às suas
sutilezas e características especiais.
Referimo-nos às obsessões intermitentes.
Elas são frequentemente variantes, isto é, apresentam-se voluptuosas e destruidoras em
determinados períodos, para desaparecerem quase completamente em outros.
Suas vítimas experimentam injunções cruéis, vivendo sob verdadeiras espadas de
Dâmocles, prestes a terem ceifadas a paz, a saúde, a vida...
Aqueles que sofrem as ações dos espíritos perversos – e no caso em tela, muito lúcidos
e cruéis – passam períodos de otimismo e realizações edificantes para, subitamente, derraparem
em paixões sórdidas, depressões sem causa aparente ou exaltação de violência...
Durante a incidência da perturbação, esses seres chegam às raias da loucura, perdendo
o discernimento e a lucidez, permitindo-se comportamentos esdrúxulos, atitudes surpreendentes
e estados desequilibrados da alma.
Isto, porque, os seus adversários espirituais, que os conhecem, identificam os seus
defeitos e sabem quais as suas imperfeições, graças aos quais têm preferências estranhas,
permitindo-se licenças morais que se tornam campo propício à penetração e assimilação pelo
paciente da energia obsessiva.
Esse fenômeno perturbador ocorre, como é natural, porque o enfermo cultiva os hábitos
viciosos que procedem de outras existências, ou que são adquiridos mais recentemente, a cujo
exercício de prazer se entregam inermes.
15. 12
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Têm a mente enriquecida de extravagâncias e comportamentos defeituosos, não se
esforçando por liberar-se em definitivo dos instintos primários nem das paixões selvagens.
As pessoas que sofrem obsessões intermitentes marcham sob sombras que necessitam
ser desbastadas com a luz da conduta nobre, da ação edificante e da prece inspirativa...
Mantendo-se vigilantes, preservando o equilíbrio no trabalho do bem, conseguem
despertar a simpatia dos Mentores Espirituais e libertar-se da psicosfera propiciadora da
vinculação com os antigos comparsas, ora tornados inimigos.
Quem, periodicamente, experimente as alternâncias de humor, de estados emocionais e
físicos, sem causas imediatas, certamente está sob a pressão de obsessões intermitentes,
necessitando de coragem para o auto-exame, o enfrentamento das inferioridades e a elevação
moral, entregando-se ao bem que possa fazer e fruir, no qual a saúde se torna o estado ideal que
todos aspiram.
Manoel Philomeno de Miranda - Antologia Espiritual - Cap. xx - Obsessões Intermitentes
Sutil e perigosa, a obsessão grassa, alarmante, disfarçada de transtornos
psiconeuróticos vários, particularmente a depressão e o distúrbio de pânico, avolumando-se nos
tormentos sexuais em desregramento, assim como nas dependências químicas de natureza
diversificada.
Decorrente da assimilação das energias perturbadoras exteriorizadas pelos Espíritos em
sofrimento ou perseguidores, por afinidade mental e moral, em razão da inferioridade daqueles
que se lhe fazem joguetes espontâneos, a obsessão arrasta multidões aos dédalos de aflições
coercitivas, que estão a exigir terapêutica especializada e cuidadosa.
Na raiz de todo desafio obsessivo, encontra-se pulsante o ser endividado, que, não tendo
adquirido valores éticos substanciais, é compelido por automatismos vibratórios a sintonizar
com aqueles desencarnados que lhe são semelhantes, sejam-lhe as vítimas transatas ou outros
que se lhe assemelham.
Joanna de Ângelis – Sendas Luminosas – Cap. xx – Parasitose Perigosa
16. 13
Obsessão – uma Pandemia Invisível
3. A Obsessão – Especiais – Nos Bastidores da Obsessão
1. O Processo
• Em todo processo de imantação mental, do qual decorrem os sucedâneos da obsessão
simples, da fascinação e da subjugação (...), há sempre fatores predisponentes e
preponderantes que se perdem no intrincado das reencarnações. Toda vítima de hoje é
algoz de ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico.
• Assim considerando, em quase todos os processos de loucura – exceção feita não somente
aos casos orgânicos de ataque microbiano à massa encefálica ou traumatismo por choques
de objetos contundentes – defrontamos com rigorosas obsessões em que o amor
desequilibrado e o ódio devastador são agentes de poderosa atuação. Quando há um
processo de obsessão desta ou daquela natureza, o paciente possui os condicionamentos
psíquicos – lembranças inconscientes do débito através das quais se vincula ao perseguidor
–, que facultam a sintonia e a aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam
do plano espiritual.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
• Desse modo, quando a entidade perseguidora, consciente ou não, se vincula ao ser
perseguido, obedece a impulso automático de sintonia espiritual por meio da qual
estabelece os primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical
inicialmente e depois nos recônditos do polígono cerebral, donde comanda as diretrizes da
vida psíquica e orgânica, produzindo ali lesões desta ou daquela natureza, cujos reflexos
aparecem na distrofia e desarticulação dos órgãos ligados à sede atacada pela força-
pensamento invasora.
• Desse centro de comando, em que o hóspede se sobrepõe ao hospedeiro, as alienações
mentais e os distúrbios orgânicos se generalizam em longo curso, que a morte do
obsidiado nem sempre interrompe.
• A consciência culpada é sempre porta aberta à invasão da penalidade justa ou
arbitrária. E o remorso, que lhe constitui dura clave, faculta o surgimento de ideias-
fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate das dívidas.
• Invariavelmente, na obsessão, há sempre o aproveitamento da ideia traumatizante – a
presença do crime praticado –, que é utilizada pela mente que se fez perseguidora revel,
apressando o desdobramento das forças deprimentes em latência, no devedor, as quais,
desgovernadas, gravitam em torno de quem as elabora, sendo consumido por elas mesmas,
paulatinamente.
17. 14
Obsessão – uma Pandemia Invisível
• As ideias plasmadas e aceitas pelo cérebro, durante a jornada física, criam nos painéis
delicados do perispírito as imagens mais vitalizadas, de que se utilizam os hipnotizadores
espirituais para recompor o quadro apavorante, em cujas malhas o imprevidente se vê
colhido, derrapando para o desequilíbrio psíquico total e deixando-se revestir por formas
animalescas grotescas – que já se encontram no subconsciente da própria vítima – e
que estrugem, infelizes, como o látego da justiça no necessitado de corretivo.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
18. 15
Obsessão – uma Pandemia Invisível
2. Implantes Perispirituais
Naquela noite, o primeiro caso seria o julgamento de José Marcondes Effendi, 21 anos,
ainda encarnado. Uma testemunha historiou os acontecimentos. Sessenta anos atrás, José
tramara a morte da entidade que ali comparecia como testemunha. O crime foi por motivo
torpe. José, que na época era uma mulher, combinou com seu amante a morte do próprio marido,
um crime que não foi descoberto pela justiça terrena.
Após muitos anos, a vítima se viu diante de um jovem de 10 anos aproximadamente:
era sua esposa reencarnada em corpo de homem. O processo obsessivo começou ali e acabou
gerando um doloroso caso de homossexualismo, assim explicado pelo obsessor: Identificando
nela (em corpo de homem, agora) as tendências guardadas da vida anterior, em que as
dissipações atingiram o auge, seria fácil perturbar-lhe os centros genésicos, através da
perversão da mente inquieta, em processo de hipnose profunda, praticada por técnicos
desencarnados.
Com a ajuda de um hipnotizador indicado por Teofrastus, foi fácil modificar-lhe o
interesse e inclinar-lhe a libido em sentido oposto ao da lei natural, já que o seu corpo era
masculino, produzindo irreparável distonia nos centros da emoção. Daí por diante, o obsessor
associou-se à sua organização física e psíquica, experimentando as sensações que lhe eram
agradáveis e criando um condicionamento em que seus interesses passaram a ser comuns. O
ódio se converteu em estímulo de gozo, imanando-os em processo de vampirização em que
o espírito se locupleta e, ao mesmo tempo, destrói sua vítima, atirando-a cada vez em charco
mais vil, até que o suicídio seja sua única saída.
O rapaz aprendeu a orar, fugindo à sua influência. Foi com a ajuda de Teofrastus,
que conseguiu induzi-lo a novos erros, que aconteceu o ensejo de trazê-lo até o Anfiteatro
naquela noite, onde seria realizada a intervenção cirúrgica sugerida por Teofrastus. "Iremos
fazer uma implantação de pequena célula fotoelétrica gravada, de material especial, nos
centros da memória do paciente", explicou Teofrastus. Operando sutilmente o perispírito,
aquele pequeno dispositivo faria com que uma voz lhe repetisse insistentemente a mesma
ordem: "Você vai enlouquecer! Suicide-se". Transcorridos dez minutos, a cirurgia estava
concluída.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 8
19. 16
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Instrumentos delicados, de alta tecnologia, são utilizados durante as manifestações mais
vigorosas, de modo que sejam realizadas cirurgias nos enfermos espirituais, vitimados por auto-
obsessões ou aloobsessões, ou que se tornaram portadores de implantes de células
supersensíveis que os enlouquecem sob comando exterior.
Manoel Philomeno de Miranda – Reencontro com a Vida – Cap. 18 – Sessões Espíritas
Mediúnicas
21. 18
Obsessão – uma Pandemia Invisível
3. Licantropia
Algemada e atada a uma corrente, uma jovem mulher de quase 35 anos foi trazida,
acolitada por dois guardas e conduzida ao palco da triste encenação. Iria começar o
julgamento.
O acusador narrou seu caso. A mulher vinha da Terra após uma vida de abominação,
em que se entregara a toda espécie de prazeres. Tendo oportunidade de fazer-se mãe, seis vezes
consecutivas, delinquiu em todas elas, evadindo-se, pelo infanticídio, a qualquer
responsabilidade para com os próprios atos. Na última vez, fez-se vítima da própria leviandade
e desencarnou após terrível e demorada hemorragia que lhe roubou toda a possibilidade de
sobrevivência.
O dr. Teofrastus ergueu-se e, depois de receber mesuras dos comparsas, sentenciou: -
Façamos com ela o que no íntimo sempre foi: uma loba! Acercando-se da sofrida entidade, ele
passou a ofendê-la, vilmente. A vítima não apresentou qualquer reação. Sua visão parecia
distante. Obrigando-a a ajoelhar-se, enquanto lhe estrugia no dorso longo chicote, ordenou, de
voz estertorada: - Víbora infeliz! Devoradora dos próprios filhos! Toma tua forma... a que já
tens na mente atormentada.
A voz, impregnada de pesadas vibrações deletérias e vigorosas, dobrava os centros de
resistência perispiritual da atormentada e, diante dos olhos de todos, ao comando do verdugo
cruel, que se utilizava de processos hipnóticos deprimentes, atuava no subconsciente
perispiritual abarrotado de remorso da infanticida, imprimindo-lhe a tragédia da mutação
da forma, num horrendo fenômeno de licantropia, dos mais lacerantes...
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
22. 19
Obsessão – uma Pandemia Invisível
4. Enfermidades Virtuais
E a lepra, que parecia consumir a jovem Ana Maria (nome atual de Henriette)? Como
curá-la? Tais dúvidas levantadas pelo amado de Ana Maria foram sanadas por Glaucus. Na
verdade, a lepra era uma enfermidade simulacro, produzida pelas descargas constantes de
seu algoz desencarnado.
De mente consumida pela perturbação que a si mesma se vinha impondo, a jovem
sincronizou com o verdugo que a atormentava e, amolentada pelas vibrações hipnóticas do seu
antagonista, começou a experimentar as falsas impressões do mal de Hansen – conforme
desejo do seu inimigo –, sendo atirada à colônia em que vivia, em quase total abandono, para
que a vindita a levasse ao suicídio.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 10
5. De Encarnados para Encarnados
Obsessões especiais também identificamos, que são produzidas por encarnados sobre
encarnados.
O pensamento é sempre o dínamo vigoroso que emite ondas e que registra vibrações,
em intercâmbio ininterrupto nas diversas faixas que circulam a Terra.
Mentes viciadas e em tormento, não poucas vezes escravas da monoideia obsessiva,
sincronizam com outras mentes desprevenidas e ociosas, gerando pressão devastadora.
Aguilhões freqüentes perturbam o comportamento de muitas criaturas que se sentem
vinculadas ou dirigidas por fortes constrições nos painéis mentais, inquietantes e afligentes...
Muitos processos graves de alienação mental têm início quando os seres constrangidos por essa
força possuidora, ao invés de a repelirem, acalentam-lhe os miasmas pertinazes que terminam
por as senhorear-se do campo em que se espalham.
Em casos dessa natureza, o agente opressor influencia de tal forma o paciente perturbado
que não é raro originar-se o grave problema do vampirismo espiritual por processo de absorção
do plasma mental.
Quando em parcial desprendimento pelo sono, o espírito parasita busca a sua
vítima, irresponsável ou coagida, prosseguindo no nefando consórcio nessas horas que são
reservadas para edificação espiritual e renovação da paisagem orgânica.
Produzida a sintonia deletéria mui dificilmente aqueles que alojam os pensamentos
infelizes conseguem libertar-se.
23. 20
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Nos diversos problemas obsessivos, há que examiná-los para selecionar os que
procedem do continente da alma encarnada e os que se vinculam aos quadros aflitivos do mundo
espiritual.
O ódio tanto quanto o amor desvairado constituem elementos matrizes dessas
obsessões especiais.
O ódio, pela fixação demorada acerca da vindita, cria um condicionamento psíquico que
emite ondas em direção segura, envolvendo o ser almejado que, se não se encontra devidamente
amparado nos princípios superiores da vida, capazes de destruírem as ondas invasoras, termina
por se deixar algemar.
E o amor tresloucado que se converte em paixão acerba, devido ao tormento que se
impõe quanto à posse física do objeto requestado, conduz o espírito que está atormentado à
visitação, a princípio de alma nos períodos do sono reparador, até criar a in-
tercomunicação que degenera em aflitivo quadro de desgaste orgânico e psíquico, não
somente do vampirizado, como também mediante a alucinação do vampirizador.
Em qualquer hipótese, no entanto, as diretivas clarificantes da mensagem de Jesus são
rotas e veículos de luz libertadora para ensejar a uns e outros, obsidiados e obsessores, os meios
de superação.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Cap. xx
24. 21
Obsessão – uma Pandemia Invisível
4. A Obsessão – Causas/Origens
6. Débitos Cármicos
Inicialmente o hospede espiritual (o obsessor), movido pela morbidez do ódio ou do
amor insano, ou por outros sentimentos, envolve a casa mental do futuro parceiro (o obsedado)
– a quem se encontra vinculado por compromissos infelizes de outras vidas, o que lhe
confere receptividade por parte deste, mediante a consciência da culpa, o arrependimento
desequilibrante, a afinidade nos gostos e aspirações, por ser endividado – enviando-lhe
mensagens persistentes, em continuas tentativas telepáticas, até que sejam captadas as primeiras
induções, que abrirão o campo a incursões mais ousadas e vigorosas.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 11
Com origem nos refolhos do espírito encarnado, obsessões há em escala infinita e,
consequentemente, obsidiados existem em infinita variedade, sendo a etiopatogenia de tais
desequilíbrios, genericamente denominada distúrbios mentais, mais ampla do que a clássica
apresentada, merecendo destaque aquela denominação causa cármica.
Jornaleiro da Eternidade, o espírito conduz os germens cármicos que facultam o
convívio com os desafetos do pretérito, ensejando a comunhão nefasta.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Examinando a Obsessão
25. 22
Obsessão – uma Pandemia Invisível
7. Indolência física/mental
Os indivíduos tornam-se presas fáceis dos seus antigos comparsas, tombando nos
processos variados de alienações obsessivas, porque, além de se descurarem da observância
espiritual da existência, mediante atitudes salutares, comportamento equilibrado e vida mental
enriquecida pela prece, pela reflexão, não se esforçam por libertar-se dos aborrecimentos e
problemas desgastantes do dia a dia, mediante a aplicação dos recursos físicos e
especialmente os mentais, por acomodação preguiçosa ou por uma dependência emotiva,
infantil, que sempre transfere responsabilidades para os outros e prazeres para si.
A preguiça mental é um polo de captação das induções obsessivas pelo princípio
de aceitação irracional de tudo quanto a atinge.
Cabe ao homem que pensa dar plasticidade ao raciocínio, ampliando o campo das idéias
e renovando-as com o aprimoramento da possibilidade de absorver os elementos salutares que
o enriquecem de sabedoria e de paz íntima.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 12
26. 23
Obsessão – uma Pandemia Invisível
8. Tendências negativas
Os espíritos perversos e infelizes sempre se utilizam das tendências negativas
daqueles a quem odeiam, para estimulá-las, desse modo levando-os às situações penosas,
perturbadoras. Se o homem se apoia nos recursos de elevação, difícil se torna para os seus
verdugos espirituais encontrar as brechas pelas quais infiltram os seus pensamentos torpes, na
sanha da perseguição em que se comprazem.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 24
27. 24
Obsessão – uma Pandemia Invisível
5. A Obsessão – Tipos
9. Entre Desencarnados
Todavia, não apenas o ódio como se poderia pensar é o fator causal das Obsessões e
nem somente na Terra se manifestam os tormentos obsessivos... Além da sepultura, nas
regiões pungentes e aflitivas de reajustamentos imperiosos e despertamentos inadiáveis das
consciências, defrontam-se muitos verdugos e vítimas, começando ou dando prosseguimento
aos nefandos banquetes de subjugação psíquica, em luta intérmina de extermínio impossível...
Obsessores há milenarmente vinculados ao crime, em estruturas de desespero
invulgar, em que se demoram voluntariamente, envergando indumentárias de perseguidores
de outros obsessores menos poderosos mentalmente que, perseguindo, são também escravos
daqueles que se nutrem às suas expensas, imanados por forças vigorosas e cruéis...
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Examinando a Obsessão
10.Entre Encarnados
Na Terra, igualmente, é muito grande o número de encarnados que se convertem, por
irresponsabilidade e invigilância, em obsessores de outros encarnados, estabelecendo um
consórcio de difícil erradicação e prolongada duração, quase sempre em forma de vampirismo
inconsciente e pertinaz. São criaturas atormentadas, feridas nos seus anseios, invariàvelmente
inferiores que, fixando aqueles que elegem gratuitamente como desafetos, os perseguem em
corpo astral, através dos processos de desdobramento inconsciente, prendendo, muitas vezes,
nas malhas bem urdidas da sua rede de idiossincrasia, esses desassisados morais, que, então, se
transformam em vítimas portadoras de enfermidades complicadas e de origem clínica
ignorada...
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Examinando a Obsessão
28. 25
Obsessão – uma Pandemia Invisível
11.Entre Encarnados e Desencarnados
Outros, ainda, afervorados a esta ou àquela iniquidade, fixam-se, mentalmente, a
desencarnados que efetivamente se identificam e fazem-se obsessores destes, amargurando-
os e retendo-os às lembranças da vida física, em lamentável comunhão espiritual degradante...
Além dessas formas diversificadas de obsessão, outras há, inconscientes ou não, entre
as quais, aquelas produzidas em nome do amor tiranizante aos que se demoram nos
invólucros carnais, atormentados por aqueles que partiram em estado doloroso de perturbação
e egocentrismo... ou entre encarnados que mantém conúbio mental infeliz e demorado...
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Examinando a Obsessão
29. 26
Obsessão – uma Pandemia Invisível
6. A Obsessão – Estratégias/Técnicas
12.Aumento da Pressão Obsessiva
Não ignoravam eles que há duas técnicas bem conhecidas de que se utilizam os
perseguidores de encarnados atormentados que buscam o concurso o Espiritismo:
- Em alguns casos, eles aumentam a agressão às suas vítimas a fim de lhes darem
ideias falsas de que a frequência às sessões acarreta maior dose de sofrimento, inspirando-as a
debandarem, após o que, então, cessam de repente a constrição obsessiva, fazendo crer que a
melhoria decorreu do abandono aos compromissos espíritas. Mais tarde, voltam mais ferozes,
cruéis, implacáveis.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 11
Quando são tomadas as primeiras providencias para a terapia desalienante surgem os
efeitos mais imediatos, como decorrência dessa atitude :
1o
: a revolta do inimigo, que muda a técnica da agressão, reformulando a sua
programática perseguidora, mais atacando a presa com o objetivo de desanimá-la. Neste
caso a vitima, não adestrada no conhecimento da desobsessão, porque se sente piorar,
raciocina, erradamente, que a medicação lhe esta sendo mais prejudicial do que a
enfermidade e, inspirada pelo perseguidor, planeja abandonar o procedimento novo, o que, às
vezes, realiza, permitindo à astuto perseguidor liberá-lo, momentaneamente, das sensações
negativas, para o surpreender, mais tarde, quando a suas reservas de forças sejam menores e
os recursos de equilíbrio se façam pouco viáveis...
Painéis da Obsessão – Pag.158
30. 27
Obsessão – uma Pandemia Invisível
13.Alivio da Pressão Obsessiva
De outras vezes, agem de maneira inversa: logo que o indivíduo começa a participar do
estudo e da tarefa espiritista, afastam-se temporariamente, permanecendo em contínua
vigília. Se a pessoa, pensando estar curada, deixa os seus compromissos, sem que a dívida esteja
resgatada, eis que os verdugos perseverantes, que a seguem, retornam vigorosos e ferozes.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 11
Quando são tomadas as primeiras providencias para a terapia desalienante surgem os
efeitos mais imediatos, como decorrência dessa atitude :
2o
: o obsessor enseja uma falsa concessão de liberdade, isto é, afrouxa o cerco, antes
pertinaz, permanecendo, porém, em vigília, aguardando oportunidade para desferir um assalto
fatal. Neste caso, sentindo-se menos opresso, o obsidiado se crê desobrigado dos novos
compromissos e volve às atitudes vulgares de antes, tombando, posteriormente, na urdidura
hábil do seu vigilante carcereiro espiritual
Painéis da Obsessão – Pag.158
31. 28
Obsessão – uma Pandemia Invisível
7. A Obsessão - e os Trabalhadores Espíritas
Há quem indague, nos arraiais espíritas, porque determinados pacientes portadores de
obsessão, que freqüentam com assiduidade as instituições onde se vivem os postulados da
Doutrina revelada por Allan kardec, que se especializam no mister do tratamento a tais
alienações, não se recuperam. Muitos inquirem, também, sobre a razão porque os Mentores
Espirituais não libertam os obsessos e subjugados, em nome da caridade.(189)
1o
: Nunca será demais repetir-se que, em todo processo obsessivo, a aparente vitima
é o legitimo algoz apenas transferido no tempo, sendo-lhe a divida a razão do mecanismo
perturbador. Vencido pela insânia do ódio, aquele que foi dilapidado imanta-se ao infrator que
o infelicitou e assume a igualmente indébita posição de cobrador ou justiceiro, incidindo, por
sua vez, em erro não menor, enquanto o amor não luz no defraudador, ante a mudança de
comportamento do seu adversário, eis que o problema permanece.
2o
: Deve-se ter em mente que o fato de nem sempre ser visto o perseguidor
desencarnado, pêlos homens, não significa que a tarefa dos guias espirituais, deva ser a de
afastá-los, pura e simplesmente. Seres vivos e inteligentes, apenas despidos da matéria,
sofrem e amam,, odeiam e lutam, esperando a ajuda que não souberam ou não quiseram
oferecer-se. Portanto, o amor deve alcançar a vitima de ontem, que sofre há mais tempo,
amparando-a, de modo a que desperte para não mais sofrer nem provocar sofrimento.
3o
: Como a função da dor reveste-se de um poder terapêutico de libertação para
quem a sabe aproveitar, justo se faz que o encarnado se modifique para melhor, mediante cujo
comportamento também sensibiliza o seu opositor, a seu turno adquirindo recursos de paz e
títulos de trabalho para o seu crescimento espiritual.
4o
: No campo das obsessões, não são poucos aqueles que, logo se melhoram,
abandonam as disposições de trabalho e progresso, para correrem precipites, de retorno aos
hábitos vulgares em que antes se compraziam... É comum fazer-se o compromisso íntimo de
renovação e trabalho, enquanto perdura a doença, negociando-se com Deus a saúde que se
deseja pelo que se promete realizar, como se a pratica das virtude do bem fosse útil ao Pai e não
dever de todos nós, que nos beneficia e felicita.
5o
: Em particular àqueles que freqüentam as Instituições espíritas, portando obsessões
e não se recuperam, merece que se tenha em mente o fato de que a visão do medicamento não
propícia a saúde, senão a ingestão dele e a posterior dieta conforme convém. A crença racional
e o conhecimento são fatores muito poderosos, quando o indivíduo que se habilita aos mesmos
esta honestamente resolvido a vivê-los. Saber, apenas, não representa recurso de
32. 29
Obsessão – uma Pandemia Invisível
imunização, se aquele que conhece não se resolve por aplicar, na vivência, as informações que
possui.(13)
6o
: Demais, nem todos os males devem ser solucionados conforme a óptica de quem os
padece, mas de acordo com os superiores programas que estabelecem o que é melhor para
a criatura.
7o
: A função do Espiritismo é essencialmente a de iluminação da consciência com
a conseqüente orientação do comportamento, armando o seu aprendiz com os recursos que o
capacitem a vencer-se, superando as paixões selvagens e sublimando as tendências inferiores
mediante cujo procedimento se eleva.
Painéis da Obsessão
33. 30
Obsessão – uma Pandemia Invisível
8. A Obsessão - e as Drogas Medicamentosas
Na atualidade, grande número de pacientes portadores de alienação por obsessão,
transita por gabinetes de respeitáveis psiquiatras que lhes prescrevem drogas aditivas de que
se encharcam, viciando a vontade, que perde os comandos e demorando-se abúlicos,
sofrendo dependências de demorada erradicação. Sem o controle da vontade, que sofre a ação
barbitúrica da droga e a perniciosa interferência da mente perturbadora, o enfermo tem
dificuldades de lutar, utilizando-se dos recursos desobsessivos cujos efeitos dele dependem.
É claro que em determinados quadros da loucura, a providencia das drogas é
salutar, especialmente nos muitos agitados, nos catatônicos, nos psicótico-maníaco-
depressivos – mesmo que estejam sob a indução de adversários desencarnados, evitando-se,
dessa forma, a consumação de suicídios, por exemplo - portanto deve-se evitar é o seu uso
genérico.(182)
Painéis da Obsessão
34. 31
Obsessão – uma Pandemia Invisível
9. A Obsessão – Especiais/Processos/Exemplos
14.Processos
• Em todo processo de imantação mental, do qual decorrem os sucedâneos da obsessão
simples, da fascinação e da subjugação (...), há sempre fatores predisponentes e
preponderantes que se perdem no intrincado das reencarnações. Toda vítima de hoje é
algoz de ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico.
• Assim considerando, em quase todos os processos de loucura – exceção feita não somente
aos casos orgânicos de ataque microbiano à massa encefálica ou traumatismo por choques
de objetos contundentes – defrontamos com rigorosas obsessões em que o amor
desequilibrado e o ódio devastador são agentes de poderosa atuação. Quando há um
processo de obsessão desta ou daquela natureza, o paciente possui os condicionamentos
psíquicos – lembranças inconscientes do débito através das quais se vincula ao perseguidor
–, que facultam a sintonia e a aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam
do plano espiritual.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
• Desse modo, quando a entidade perseguidora, consciente ou não, se vincula ao ser
perseguido, obedece a impulso automático de sintonia espiritual por meio da qual
estabelece os primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical
inicialmente e depois nos recônditos do polígono cerebral, donde comanda as diretrizes da
vida psíquica e orgânica, produzindo ali lesões desta ou daquela natureza, cujos reflexos
aparecem na distrofia e desarticulação dos órgãos ligados à sede atacada pela força-
pensamento invasora.
• Desse centro de comando, em que o hóspede se sobrepõe ao hospedeiro, as alienações
mentais e os distúrbios orgânicos se generalizam em longo curso, que a morte do
obsidiado nem sempre interrompe.
• A consciência culpada é sempre porta aberta à invasão da penalidade justa ou
arbitrária. E o remorso, que lhe constitui dura clave, faculta o surgimento de ideias-
fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate das dívidas.
• Invariavelmente, na obsessão, há sempre o aproveitamento da ideia traumatizante – a
presença do crime praticado –, que é utilizada pela mente que se fez perseguidora revel,
apressando o desdobramento das forças deprimentes em latência, no devedor, as quais,
desgovernadas, gravitam em torno de quem as elabora, sendo consumido por elas mesmas,
paulatinamente.
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
• As ideias plasmadas e aceitas pelo cérebro, durante a jornada física, criam nos painéis
delicados do perispírito as imagens mais vitalizadas, de que se utilizam os hipnotizadores
espirituais para recompor o quadro apavorante, em cujas malhas o imprevidente se vê
colhido, derrapando para o desequilíbrio psíquico total e deixando-se revestir por formas
animalescas grotescas – que já se encontram no subconsciente da própria vítima – e
que estrugem, infelizes, como o látego da justiça no necessitado de corretivo.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
15.Implantes Perispirituais
Naquela noite, o primeiro caso seria o julgamento de José Marcondes Effendi, 21 anos,
ainda encarnado. Uma testemunha historiou os acontecimentos. Sessenta anos atrás, José
tramara a morte da entidade que ali comparecia como testemunha. O crime foi por motivo
torpe. José, que na época era uma mulher, combinou com seu amante a morte do próprio marido,
um crime que não foi descoberto pela justiça terrena.
Após muitos anos, a vítima se viu diante de um jovem de 10 anos aproximadamente:
era sua esposa reencarnada em corpo de homem. O processo obsessivo começou ali e acabou
gerando um doloroso caso de homossexualismo, assim explicado pelo obsessor: Identificando
nela (em corpo de homem, agora) as tendências guardadas da vida anterior, em que as
dissipações atingiram o auge, seria fácil perturbar-lhe os centros genésicos, através da
perversão da mente inquieta, em processo de hipnose profunda, praticada por técnicos
desencarnados.
Com a ajuda de um hipnotizador indicado por Teofrastus, foi fácil modificar-lhe o
interesse e inclinar-lhe a libido em sentido oposto ao da lei natural, já que o seu corpo era
masculino, produzindo irreparável distonia nos centros da emoção. Daí por diante, o obsessor
associou-se à sua organização física e psíquica, experimentando as sensações que lhe eram
agradáveis e criando um condicionamento em que seus interesses passaram a ser comuns. O
ódio se converteu em estímulo de gozo, imanando-os em processo de vampirização em que
o espírito se locupleta e, ao mesmo tempo, destrói sua vítima, atirando-a cada vez em charco
mais vil, até que o suicídio seja sua única saída.
O rapaz aprendeu a orar, fugindo à sua influência. Foi com a ajuda de Teofrastus,
que conseguiu induzi-lo a novos erros, que aconteceu o ensejo de trazê-lo até o Anfiteatro
naquela noite, onde seria realizada a intervenção cirúrgica sugerida por Teofrastus. "Iremos
fazer uma implantação de pequena célula fotoelétrica gravada, de material especial, nos
centros da memória do paciente", explicou Teofrastus. Operando sutilmente o perispírito,
aquele pequeno dispositivo faria com que uma voz lhe repetisse insistentemente a mesma
ordem: "Você vai enlouquecer! Suicide-se". Transcorridos dez minutos, a cirurgia estava
concluída.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 8
16.Licantropia
37. 34
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Algemada e atada a uma corrente, uma jovem mulher de quase 35 anos foi trazida,
acolitada por dois guardas e conduzida ao palco da triste encenação. Iria começar o
julgamento.
O acusador narrou seu caso. A mulher vinha da Terra após uma vida de abominação,
em que se entregara a toda espécie de prazeres. Tendo oportunidade de fazer-se mãe, seis vezes
consecutivas, delinquiu em todas elas, evadindo-se, pelo infanticídio, a qualquer
responsabilidade para com os próprios atos. Na última vez, fez-se vítima da própria leviandade
e desencarnou após terrível e demorada hemorragia que lhe roubou toda a possibilidade de
sobrevivência.
O dr. Teofrastus ergueu-se e, depois de receber mesuras dos comparsas, sentenciou: -
Façamos com ela o que no íntimo sempre foi: uma loba! Acercando-se da sofrida entidade, ele
passou a ofendê-la, vilmente. A vítima não apresentou qualquer reação. Sua visão parecia
distante. Obrigando-a a ajoelhar-se, enquanto lhe estrugia no dorso longo chicote, ordenou, de
voz estertorada: - Víbora infeliz! Devoradora dos próprios filhos! Toma tua forma... a que já
tens na mente atormentada.
A voz, impregnada de pesadas vibrações deletérias e vigorosas, dobrava os centros de
resistência perispiritual da atormentada e, diante dos olhos de todos, ao comando do verdugo
cruel, que se utilizava de processos hipnóticos deprimentes, atuava no subconsciente
perispiritual abarrotado de remorso da infanticida, imprimindo-lhe a tragédia da mutação
da forma, num horrendo fenômeno de licantropia, dos mais lacerantes...
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 4
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
17.Enfermidades Virtuais
E a lepra, que parecia consumir a jovem Ana Maria (nome atual de Henriette)? Como
curá-la? Tais dúvidas levantadas pelo amado de Ana Maria foram sanadas por Glaucus. Na
verdade, a lepra era uma enfermidade simulacro, produzida pelas descargas constantes de
seu algoz desencarnado.
De mente consumida pela perturbação que a si mesma se vinha impondo, a jovem
sincronizou com o verdugo que a atormentava e, amolentada pelas vibrações hipnóticas do seu
antagonista, começou a experimentar as falsas impressões do mal de Hansen – conforme
desejo do seu inimigo –, sendo atirada à colônia em que vivia, em quase total abandono, para
que a vindita a levasse ao suicídio.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 10
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
10.A Obsessão – Profilaxia/Tratamento
18.Autoconscientização
Portanto na terapia desobsessiva, o contributo do enfermo, tão logo raciocine e entenda
a assistência que se lhe ministra, é de vital importância, porquanto, serão os seus
pensamentos e atos que responderão pela sua transformação moral para melhor. A
evangelização do espírito desencarnado é de suma importância, mas, igualmente, a da criatura
humana que se emaranhou na delinquência e ainda não se recuperou do delito praticado.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 24
Em qualquer problema de desobsessão, a parte mais importante e difícil pertence ao
paciente, que afinal de contas é o endividado.
A este compete o difícil recurso da insistência no bem, perseverando no dever e
fugindo a qualquer custo aos velhos cultos do "eu" enfermo, aos hábitos infelizes, mediante
os quais volta a sintonizar com os seus perseguidores que, embora momentaneamente afastados,
não estão convencidos da necessidade de os libertar.
Oração, portanto, mas vigilância, também, conforme a recomendação de Jesus. A
prece oferece o tônico da resistência, e a vigilância o vigor da dignidade. Armas para
quaisquer situações, são o escudo e a armadura do cristão...
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 8
• No campo das obsessões, não são poucos aqueles que, logo se melhoram, abandonam as
disposições de trabalho e progresso, para correrem precipites, de retorno aos hábitos vulgares em
que antes se compraziam... É comum fazer-se o compromisso íntimo de renovação e trabalho,
enquanto perdura a doença, negociando-se com Deus a saúde que se deseja pelo que se promete
realizar, como se a pratica das virtude do bem fosse útil ao Pai e não dever de todos nós, que nos
beneficia e felicita.
• Em particular àqueles que freqüentam as Instituições espíritas, portando obsessões e não se
recuperam, merece que se tenha em mente o fato de que a visão do medicamento não propícia a
saúde, senão a ingestão dele e a posterior dieta conforme convém. A crença racional e o
conhecimento são fatores muito poderosos, quando o indivíduo que se habilita aos mesmos esta
honestamente resolvido a vivê-los. Saber, apenas, não representa recurso de imunização, se
aquele que conhece não se resolve por aplicar, na vivência, as informações que possui.(13)
• Demais, nem todos os males devem ser solucionados conforme a óptica de quem os padece, mas de
acordo com os superiores programas que estabelecem o que é melhor para a criatura.
A função do Espiritismo é essencialmente a de iluminação da consciência com a conseqüente
orientação do comportamento, armando o seu aprendiz com os recursos que o capacitem a vencer-se,
superando as paixões selvagens e sublimando as tendências inferiores mediante cujo procedimento se
eleva.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA – Livro : Painéis da Obsessão
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
19.Reeducação Mental
Como é compreensível, o vício mental decorrente da convivência com o hospede (o
obsessor) gera ideoplastias perniciosas de que se alimenta psiquicamente o hospedeiro (o
obsidiado). Mesmo quando afastado o fator obsessivo, permanecem, por largo tempo, os
hábitos negativos, engendrando imagens prejudiciais que constituem a psicosfera doentia, na
qual se movimenta o paciente.
Graças a tais fatores, nem sempre a cura da obsessão ocorre quando são afastados
os pobres perseguidores, mas somente quando os seus companheiros de luta instalam no
mundo intimo as bases do legitimo amor e do trabalho fraternal em favor do próximo, tanto
quanto de si mesmos, através do reto cumprimento dos deveres.
Um dos mais severos esforços que os enfermos psíquicos por obsessão devem
movimentar, é o da reeducação mental, adaptando-se às idéias otimistas, aos pensamentos
sadios, às construções edificantes.
Por isso, a saúde mental que decorre da liberação das alienações obsessivas se faz
difícil, porque ela depende, sobretudo, do enfermo, do seu esforço e não exclusivamente
do afastamento do seu perturbador.
Não basta somente afastar os seus adversários, para que os obsidiados se recuperem...
A transformação intima, que é mais importante, porque procede do âmago do indivíduo, deve
ser trabalhada, insistentemente tentada, a fim de que se desfaçam os fatores propiciatórios,
os motivos que levam às dores, liberando cada um, a consciência, de modo a não tombar nas
AUTO-OBSESSÕES, mais graves e de curso mais demorado...
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 31
Uma força existe capaz de produzir resultados junto aos perseguidores encarnados ou
desencarnados, conscientes ou inconscientes: a que se deriva da conduta moral.
Nos Bastidores da Obsessão – Examinando a Obsessão
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
20.A Prece/a Meditação
A prece liberta a mente viciada dos seus clichês perniciosos e abre a mente para a
captação das energias inspiradoras, que fomentam o entusiasmo pelo bem e a conquista da paz
através do amor. Entretanto, a fim que se revista de força desalienante, ela necessita do
combustível da fé, sem a qual não passa de palavras destituídas de compromisso emocional
entre aquele que as enuncia e a Quem são dirigidas.
Por vezes o obsidiado, em desespero, recorda-se da oração e da necessidade de buscar
os amigos, entretanto, nestes instantes muitas vezes a prece flui dos seus lábios sem a tônica do
amor, da fé e portanto, não se irradia, não sintoniza com os Núcleos de captação de
rogativas.
Tudo são vibrações em estados diferentes de energia, desde a pedra até o pensamento
que se exterioriza pela vontade. Captadas pêlos Centros de registros mentais e transmitidas aos
sábios prepostos do Senhor, as nossas rogativas levam cargas psíquicas que facilmente
traduzem o significado real das nossas aspirações, ao mesmo tempo, facultando-lhes ajuizar
com presteza a respeito da conveniência ou não, da justeza e oportunidade do pedido, assim
facilitando o seu deferimento.(200/211)
A vontade disciplinada e o habito da concentração superior armam o homem para, e
contra mil vicissitudes que defronta na sua escalada evolutiva.
A concentração positiva libera a mente dos clichês viciosos, próprios ou recebidos
de outras mentes, como do meio onde vive, já que somos sensíveis ao ambiente no qual nos
movimentamos.
Por adaptação às ocorrências do dia-a-dia o homem se deixa arrastar meio dormido pela
correnteza dos acontecimentos, sem despertar o pensamento para que a mente raciocine com
objetividade e discernimento, estabelecendo parâmetros do que deve e não deseja, ao que
não deve, mas deseja fazer...
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 12
Aliando o esforço que cada um deve envidar a benefício próprio, a prece é fonte
inexaurível que irriga o ser, renovando-o e aprimorando-o, ensejando também, logo após
depurar-se, a plainar além dos reveses e tropelias, arrastado pelas sutis modulações das Esferas
Superiores da Vida, onde haure vitalidade e força para superar todos os empeços.
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 6
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
21.Ação Enobrecedora
Nos processos de obsessão de qualquer natureza, as conquistas morais do paciente são-
lhe o salvo-conduto para o trânsito sem problemas durante a sua vilegiatura carnal. Isto porque,
liberado da constrição afligente, começa-lhe o período da recuperação dos débitos passados
mediante outras provações de que necessita e de testemunhos que lhe aferirão as novas
disposições abrigadas na alma.
O maior antídoto à obsessão, além da comunhão com Deus, nunca será demasiado
repeti-lo, é a ação enobrecedora. O trabalho edificante constitui força de manutenção do
equilíbrio, porquanto, desenvolvendo as atividades mentais, pela concentração na
responsabilidade e na preocupação para executar os deveres, desconecta os plugs que se
encaixam as matrizes psíquicas receptoras das induções obsessivas. A oração, portanto,
desdobrada na ação superior, representa a psicoterapia anti-obsessiva mais relevante, que
está ao alcance de toda e qualquer pessoa responsável, de boa vontade.
Apoiem-se na oração e no trabalho. A paisagem mental luarizada pela prece e o
sentimento vinculado ao dever, no serviço, podem ser sitiados pelas forças da obsessão, mas
nunca tombarão nas mãos dos pertinazes perseguidores.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 32
O conhecimento do Espiritismo realiza a melhor terapêutica para o espírito,
higienizando-lhe a mente, animando-o para o trabalho reto e atitudes corretas e sobretudo
dulcificando-o pelo exercício do amor e da caridade, como medidas providenciais de
reajustamento e equilíbrio. Não há força operante no mal que consiga penetrar numa mente
assepsiada pelas energias vitalizadoras do otimismo, que se adquire pela irrestrita confiança
em Deus e pela prática das ações da solidariedade e da fraternidade.
Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 6
Quando se lhe falam (aos homens) do recurso da oração – anestésico sublime da dor, reage porque lhe
desconhece a formula salutar.
Quando convidado à meditação - estimulante de efeito enérgico e relevante, desconsidera-lhe o
conteúdo porque se aclimatou … ociosidade mental em termos de reflexão e disciplina.
Ao se lhe apresentarem uma leitura substanciosa - verdadeira psicoterapia otimista, reivindica as
páginas chocantes da licenciosidade, por achar ingênuas aqueloutras, de significação ultrapassada.
Se chamado à beneficência mediante ação pessoal - praxiterapia liberativa, apresenta escusa, por se
acreditar sem condições.
Convidado ao exercício da caridade fraternal em morros e favelas, palafitas e alagados - ginástica e
ioga para o corpo, mente e espírito, prefere as fugas espetaculares através do desculpismo insensato, taxando de
pieguistas essas realizações e atirando a responsabilidade desse mister a governos e organizações de serviço social.
No entanto, o amor é melhor para quem ama e a ação dignificante eleva e pacifica aquele que a executa.
Sem dúvida, a quimioterapia, a farmacopéia em geral dispõem de elevados contributos para o homem,
minimizando-lhe enfermidades, erradicando velhas e calamitosas epidemias, ampliando as possibilidades da vida
na terra.
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
Sem embargo, a terapia espiritual vazada no Evangelho e nos recursos do Espiritismo é o maior
antídoto ao desgaste, à excitação, ao cansaço, à violência, à criminalidade e à miséria social dos momentos
cruciais que estrugem na Terra...
Carneiro de Campos – Sementes de Vida Eterna: Cap. 8 – Doença e Terapêutica
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
11.Anexo - Nos Bastidores da Obsessão – 50 anos de publicação/2020
22.Nos Bastidores da Obsessão – Sinopse
• Autor: Manoel Philomeno de Miranda
• Médium: Divaldo Franco
• Editora: FEB
• 1º Edição: 1970
• Sinopse:
Através de 16 capítulos, precedidos de anotações sobre os conceitos da obsessão,
apresenta os acontecimentos ocorridos entre os anos de 1937 e 1938, em Salvador, Bahia, com
a família Soares, que se encontrava em regime de intensa perturbação espiritual.
Nos Bastidores da Obsessão mostra as ações adotadas pelo Plano Superior, durante
sessões realizadas na União Espírita Baiana, ensejando aos membros da família Soares a
renovação íntima por meio da aceitação e prática dos ensinamentos apresentados pela Doutrina
Espírita
Todos os fatos narrados no livro sob estudo aconteceram nos anos de 1937 e 1938, em
Salvador (BA), quando Manoel Philomeno de Miranda ainda se encontrava encarnado.
Algumas das personagens ali comparecem através de pseudônimos.
O autor revela que possuía grande facilidade para libertar-se dos liames corporais, em
estado de lucidez. Ao retornar ao corpo, as lembranças eram conservadas intactas, e o mesmo
se dava com diversos companheiros daquelas atividades.
Mais tarde, as tarefas tornaram-se mais complexas e o Plano Espiritual procedeu à
censura das lembranças, para que a vida material dele e dos amigos não fosse afetada pelas
recordações. Assim, só depois de sua desencarnação é que pôde ele reunir todos os
apontamentos de que carecia para escrever este livro, para o que contou com o auxílio do amigo
José Petitinga e de outras entidades de grande elevação espiritual.
O objetivo da obra – dada a lume pela Editora da FEB em 1970 – é cooperar com os que
lidam com a mediunidade, na área da desobsessão. (Exórdio, págs. 10 a 13)
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
23.Nos Bastidores da Obsessão – Considerações sobre a Obsessão
1 Milhões de criaturas dormem o sono da indiferença, entregues aos anestésicos do prazer e
ao ópio da ilusão. (Manoel P. de Miranda, Exórdio, pág. 10)
2 Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas
na Terra são alguns dos fatores predisponentes para as obsessões.,. Os crimes ocultos, os
desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra vida,
em caráter coercitivo, obsessivo. É o que hoje ocorre como consequência do passado.
(M.P.M, ibid., pág. 10)
3 A Doutrina Espírita (...) possui os antídotos, as terapias especiais para tão calamitoso mal.
Repetindo Jesus, distende lições e roteiros para os que se abeberam das suas fontes vitais.
(M.P.M., ibid., pág. 10)
4 Estes dois mundos – o dos encarnados e o dos desencarnados – se interpenetram, já que não
há barreiras que os separem nem fronteiras reais, definidas, entre ambos. (M.P.M., ibid.,
pág. 11)
5 As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para
o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e
resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e
assemelhar-nos a eles. (Allan Kardec, Prolegômenos, pág. 15)
6 Muito embora os desvarios da razão estejam presentes nos fastos de todos os tempos, jamais,
como na atualidade, o homem se sentiu tão perturbado. (M.P.M., ibid., pág. 17)
7 A Codificação Kardequiana certamente não resolveu o "problema do homem", pois que este
ao próprio homem é pertinente, oferecendo, todavia, as bases e direções seguras para que
tenha uma vida feliz, ética e socialmente harmoniosa na família e na comunidade onde foi
chamado a viver. (M.P.M., ibid., pág. 19)
8 Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um
tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos.
(Allan Kardec, Examinando a obsessão, pág. 21)
9 Obsessão é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é
praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos
nenhum constrangimento inflige. (Allan Kardec, ibid., pág. 22)
10 Os meios de se combater a obsessão variam de acordo com o caráter que ela reveste. As
imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua
libertação. (Allan Kardec, ibid., pág. 24)
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
11 A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curso,
exigindo terapia especializada de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir
apressadamente. (M.P.M., ibid., pág. 25)
12 Uma força existe capaz de produzir resultados junto aos perseguidores encarnados ou
desencarnados, conscientes ou inconscientes: a que se deriva da conduta moral. (M.P.M.,
ibid., pág. 26)
13 Transmissão mental de cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que denuncia
enfermidade grave de erradicação difícil. (M.P.M., ibid., pág. 28)
14 Por essa razão, a Doutrina Espírita, em convocando o homem ao amor e ao estudo, prescreve
como norma de conduta o Evangelho vivo e atuante – nobre Tratado de Higiene Mental –
através de cujas lições haure o espírito vitalidade e renovação, firmeza e dignidade...
(M.P.M., ibid., pág. 30)
15 Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo os
fatores predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar – que facultam a
alienação. (M.P.M., ibid., pág. 31)
16 Somente o Espiritismo (...) possui os anticorpos e sucedâneos eficazes para operar a
libertação do enfermo, libertação que, no entanto, muito depende do próprio paciente...
Sendo o obsidiado um calceta, um devedor, é imprescindível que se disponha ao labor
operoso pelo resgate perante a Consciência Universal, agindo de modo positivo, para
atender às sagradas imposições da harmonia estabelecida pelo Excelso Legislador. (M.P.M.,
ibid., pág. 32)
17 O pensamento é sempre o dínamo vigoroso que emite ondas e que registra vibrações, em
intercâmbio ininterrupto nas diversas faixas que circulam a Terra. (M.P.M., ibid., pág. 34)
18 Para que você atinja a plenitude da harmonia íntima, cultive a oração com carinho e o
devotamento com que a mãe atende ao sagrado dever de amamentar o filho. A prece é uma
lâmpada acesa no coração, clareando os escaninhos da alma. (M.P.M., ibid., pág. 36)
19 Encarcerado na indumentária carnal, o espírito tem necessidade de comunhão com Deus
através da prece, tanto quanto o corpo necessita de ar puro para prosseguir na jornada.
(M.P.M., ibid., pág. 36)
20 Vivemos cercados, na Terra, daqueles que nos precederam na grande jornada da
desencarnação. Em razão disso, somos o que pensamos, permutando vibrações que se
harmonizam com outras vibrações afins. (M.P.M., ibid., pág. 37)
21 Graças às injunções do renascimento, o homem é impelido à depressão ou ao exaltamento,
vinculando-se aos pensamentos vulgares compatíveis às circunstâncias do meio, situação e
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Obsessão – uma Pandemia Invisível
progresso. Assim, faz-se imprescindível o exercício da prece mental e habitual para
fortalecer as fulgurações psíquicas que visitam o cérebro, constituindo a vida normal
propícia à propagação do pensamento excelso. (M.P.M., ibid., pág. 37)
22 A terapia espírita, em casos que tais, é a do convite ao enfermo para a responsabilidade,
conclamando-o a uma auto-análise honesta, de modo a que ele possa romper em definitivo
com as imperfeições... (M.P.M., ibid., pág. 40)
23 Diante de um programa de melhoria íntima desatam-se os liames da vinculação entre os dois
Espíritos, e o perturbador, percebendo tão sincero esforço, se toca, deixando-se permear
pelas vibrações emanadas da sua vítima, agora pensando em nova esfera mental. Só
excepcionalmente não se sensibilizam os sicários da mente melhorada. (M.P.M., ibid., pág.
40)
24 Use sempre a Doutrina Espírita como medida profilática, mesmo porque, se até hoje não
foi afetada a sua organização fisiopsíquica, isto não isenta de, no futuro, (...) o seu "ontem"
poder repontar rigoroso, "hoje" ou "amanhã", chamando-o ao ajuste de contas com a
consciência cósmica que nos dirige. (M.P.M., ibid., pág. 41)
25 As reuniões espíritas de qualquer natureza devem revestir-se do caráter elevado da
seriedade. (M.P.M., ibid., pág. 44)
26 Elegendo como santuário qualquer lugar onde se vivam as lições incorruptíveis de Jesus, o
Espiritismo ensina que o êxito das sessões se encontra na dependência dos fatores-objetivos
que as produzem, das pessoas que as compõem e do programa estabelecido. (M.P.M.,
ibidem, pág. 44)
27 As intenções, fundamentadas nos preceitos evangélicos do amor e da caridade, do estudo e
da aprendizagem, são as que realmente atraem os Espíritos Superiores, sem cuja
contribuição valiosa os resultados decaem para a frivolidade, a monotonia e não raro para a
obsessão. (M.P.M., ibid., págs. 44 e 45)
28 Os membros componentes devem esforçar-se por manter os requisitos mínimos de
conseguirem instruir-se, elevando-se moral, mental e espiritualmente, através do
devotamento contínuo, incessante, para a fixação da idéia espírita de elevação que lhes deve
tornar pauta de conduta diária. (M.P.M., ibid., pág. 45)
29 Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação interior,
se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança e da
felicidade na Terra – programa sublime presidido por Jesus, das Altas Esferas. (M.P.M.,
ibid., pág. 46)
49. 46
Obsessão – uma Pandemia Invisível
30 Para que uma sessão espírita possa interessar os Instrutores Espirituais, não pode abstrair
do elevado padrão moral de que se devem revestir todos os participantes, pois que se o cenho
carregado e sisudo na Terra pode apresentar um homem como sendo de bem, em verdade,
só a exteriorização dos seus fluidos – isto é, a vibração do seu próprio espírito, que é
resultante dos atos morais praticados – o distingue das diversas criaturas... (M.P.M., ibid.,
pág. 47)
50. 47
Obsessão – uma Pandemia Invisível
24.Manoel Philomeno de Miranda – Biografia
Manoel Philomeno Batista de Miranda, filho de Manoel Batista de Miranda e Umbelina
Maria da Conceição, nasceu em Jangada, município do Conde Estado da Bahia, , 14 de
novembro de 1876 e desencarnou em 14 de julho de 1942 e continua trabalhando até hoje .
A partir da década de 1970, o seu nome foi adotado em psicografias, através da
mediunidade de Divaldo Franco .
Tendo iniciado a sua vida profissional desde 1887, veio a Salvador com os pais em 1894,
a trabalho.
Diplomado como bacharel em comércio e fazenda pela Escola Comercial da Bahia
(atual Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia) em 1910,
“Miranda era um conjunto de dotes artísticos e perfeitos.
Tão grande na moral e na modéstia, que poucos o compreendiam” (SILVA, 1976).
Petitinga constituiu família e nela demonstrou sua capacidade e pensamento educativos
nos cuidados com a orientação de seus sete filhos, todos do primeiro matrimônio. Viúvo,
consorciou-se com a jovem Maria Luiza, que o acompanhou nas peripécias da vida, velando-o
na sua desencarnação, já septuagenário. Seus descendentes atestaram o devotamento com que
cuidava da família, deixando singular página de orientação para seu filho, considerada uma
tábua de ensinamentos evangélicos.
Teve conhecimento da Doutrina Espírita através do médium Saturnino Favilla,
conhecendo, no mesmo ano, José Petitinga, com o qual estabeleceria uma duradoura relação de
amizade.
No ano seguinte, começou a frequentar as reuniões da União Espírita Baiana/UEB,
recém-fundada.
A partir de 1920, engajou-se nas reuniões ordinárias da Diretoria da União, sendo eleito
secretário no ano seguinte.
Segundo Leopoldo Machado, ele era conhecido pelo estilo especial de tratar e doutrinar
os assistentes das sessões (mediúnicas) da União, sempre cheia de ouvintes interessados ou
curiosos das lições espiríticas de Miranda, baseadas sempre e infalivelmente num magistral
versículo evangélico. (...)
Gentleman, na expressão exata do termo, era um autêntico diplomata espírita, capaz de
resolver todas as dificuldades que sobreviessem em qualquer sociedade, espírita ou não(SILVA,
1976).
51. 48
Obsessão – uma Pandemia Invisível
Em 1939, com a desencarnação de José Petitinga, que era presidente da UEB, Manoel
Miranda (como assinava) assumiu a presidência da União (na época ele era o vice-presidente).
Escreveu 3 obras, sem assinar sua autoria:
o opúsculo “Porque eu sou Espírita” (1931), em resposta ao padre Humberto Rohden;
“Resenha do Espiritismo na Bahia” (1940) e
“Excertos que Justificam o Espiritismo” (1941).
Ele foi pioneiro no trabalho de catalogação dos Centros Espíritas existentes no Estado,
tendo cadastrado cerca 18 Casas Espíritas nos anos de 1940 e 1941, mas, dizia ele, sabia da
existência de mais de 100 Grupos estabelecidos .
Incansável nos trabalhos da União, Manoel Miranda, que sofria de problemas cardíacos,
nunca se furtava aos seus deveres enquanto espírita.
Sofrendo horrivelmente do coração, subia inúmeras escadas, afim de não faltar às
sessões, sorrindo e sempre animado quando os espíritos, conhecedores do seu melindroso
estado, remendavam-lhe o máximo repouso. (...) Mas ele, impávido, replicava que era o seu
dever. (...) Sentia imensa alegria em dar os seus últimos dias a serviço do Cristo. Não deixaria
jamais de subir aquelas escadas enquanto tivesse forças (SILVA, 1976).
Desencarnou às 21 horas do dia 14 de julho de 1942, aos 65 anos. Fiel discípulo da Seara
do Mestre, até o seu desenlace, “demonstrou a firmeza da tranquilidade dos justos, proclamando
e testemunhando a grandeza imortal da Doutrina Espírita” (Projeto Manoel Philomeno de
Miranda).
Porém, o seu trabalho não terminou com perda do corpo físico. Schubert (1990) traz um
relato de Divaldo Pereira Franco:
No ano de 1950 Chico Xavier psicografou para mim uma mensagem ditada pelo Espírito
José Petitinga e no próximo encontro, uma outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de
Miranda (...).
No ano de 1970 apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, dizendo que,
na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, tendo exercido vários cargos, dedicando-
se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão.
Quando chegou ao Mundo Espiritual, foi estudar em mais profundidade as alienações
por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.
52. 49
Obsessão – uma Pandemia Invisível
(...) Convidado por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da
mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e
pesquisas e elaborando trabalhos que mais tarde iria enfeixar em livros.
Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu
intermédio.
(...) Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente, para
facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever “Nos Bastidores da
Obsessão”, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de
desobsessão.
REFERÊNCIAS
Livros da União Espírita Baiana. (sem autoria)- Resenha do Espiritismo na
Bahia. Tipografia Naval. Bahia, 1940;
__________________________________Excertos que Justificam o
Espiritismo. Tipografia Naval. Natal, 1941
SCHUBERT, S. C. O semeador de Estrelas. LEAL. Salvador, 1990.
SILVA, A.M. Biografia de Manoel Philomeno Batista de Miranda. In: Presença Espírita
n°33. Salvador. Novembro, 1976.
53. 50
Obsessão – uma Pandemia Invisível
25.Manoel Philomeno de Miranda – Livros
1 Nos Bastidores da Obsessão 1970 FEB
2 Grilhões Partidos 1974 LEAL
3 Tramas do destino 1976 FEB
4 Nas Fronteiras da Loucura 1982 LEAL
5 Painéis de Obsessão 1984 LEAL
6 Loucura e Obsessão1988 FEB
7 Temas da Vida e da Morte 1996 FEB
8 Trilhas da Libertação 1996 FEB
9 Tormentos da Obsessão 2001 LEAL
10 Sexo e Obsessão 2003 LEAL
11 Entre os Dois Mundos 2006 LEAL
12 Reencontro com a Vida 2006 LEAL
13 Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos 2009 LEAL
14 Transição Planetária 2010 LEAL
15 Mediunidade: Desafios e Bênçãos 2012 LEAL
16 Amanhecer de Uma Nova Era 2012 LEAL
17 Perturbações Espirituais 2015 LEAL
56. 53
Os Medos na Vida – uma leitura espiritual
12.Referências
Esta relação bibliográfica não está, intencionalmente, seguindo os padrões usuais – está
numa forma mais sintética, fazendo uma correlação direta entre o texto do trabalho e os
livros/mensagens.
# Autor/Referência
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