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Projeto Índios Kaingang
Amanda, Bruna, Bruno, Catarina,
Larissa, Leizi, Simone e Talytha.
COLONIZAÇÃO NO NORTE
DO PARANÁ –
ÍNDIO KAINGANG
OCUPAÇÃO KAINGANG NO NORTE
DO PARANÁ
 O povo Kaingang acredita que sua origem está ligada
diretamente com a terra. Quando suas crianças
nascem seus umbigos são enterrados na terra e por
isso se consideram parte dela. Estão ligados desde o
nascimento até à morte a ela.
 Durante o processo de colonização no norte do Paraná
viviam comunidades indígenas Xetá, Guaranis e
Kaingang.
INTERESSES NA COLONIZAÇÃO DO
NORTE DO PARANÁ
 No início do séc XX, por meio da Companhia de Terras
do Norte do Paraná, houve uma rápida expansão na
colonização dessa região.
 A Companhia de Terras do Norte do Paraná, comprou
terras localizadas na região entre os rios Tibagi, Ivaí e
Paranapanema, tendo como objetivo os lucros
exorbitantes com a comercialização desses terrenos.
 Com o passar dos anos vilas e cidades foram
crescendo por toda a região norte do Paraná.
Acelerando a ocupação das terras Kaingang.
ATUAL TERRITÓRIO DOS ÍNDIOS KAINGANG
A QUÍMICA E A COLONIZAÇÃO
 No séc XVII, houve a descoberta de metais preciosos
no Tibagi, como ouro e diamante.
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO
 O diamante é uma forma alotrópica do carbono.
São criados a partir de condições de extremo
calor e pressão, sendo o material mais
duro de ocorrência
natural na natureza.
 O diamante só pode
Ser riscado por outro
diamante.
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO OURO
 O ouro (Au) faz parte dos metais de transição, sendo
um metal sólido em temperatura ambiente, dúctil,
maleável, de cor amarela, denso e brilhante.
 Hoje em dia o ouro é
largamente utilizado pela
indústria eletrônica,
como condutor de
eletricidade em
produtos de alto valor
agregado como celulares
e computadores.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Famílias Descendências
É lua, o cedro e o macaco
KAMÉ
DIVISÃO DAS METADES
KAIRU
É sol, pinheiro e o lagarto.
Pinturas Kamé e Kairu
 Kamé - pintura em
traços ( râ ror) Kairu - - pintura
circular (râ téi)
• Unem
membros das
metades
opostas; entre
um Kamé e um
Kairu
O CASAMENTO
•Os filhos desse casamento
recebem a filiação da metade
paterna, a mãe é somente a
depositária e guarda da prole.
A FILIAÇÃO
ALIMENTAÇÃO E MORADIA
ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
• Mandioca – Mansa e Brava
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
ÁCIDO CIANÍDRICO - HCN
HCN - Hidrogênio;
- Carbono;
- Nitrogênio.
MODO DE PRODUÇÃO
• Retira-se a casca;
• A mandioca é lavada
• Manualmente • Desintegrador
MORADIA
MORADIA
 As casas, em uma aldeia Kaingang,
costumam estar espalhadas pelo território,
dispostas mais ou menos de acordo com a
proximidade das roças de cada família, e formando
núcleos geralmente em torno de um “tronco” velho, ou
seja, um chefe de grande família.
 No entanto, alguém que visite hoje, por primeira vez,
uma área Kaingang, estranhará a disposição das casas na
forma de arruamentos e pequenas vilas.
 Em alguns casos essas aldeias lhe parecerão
semelhantes a vilas de comunidades brasileiras.
MORADIA
ANTIGAMENTE
 Casas Subterrâneas
(registros: 650a D.C.)
 Casas de Superfície (registros: início do século XVIII)
MORADIA ATUALMENTE
 Casas de Madeira
(FUNAI: antes da
década de 70)
Casas de Alvenaria
(FUNAI: a partir da
década de 70)
MEDICINA
MEDICINA
 Introdução: No Brasil do século XVI os indígenas
acreditavam que as doenças eram causadas por vontade
de algum ser sobrenatural, ação dos astros, agentes
climáticos, força de uma praga ou castigo.
FONTES DE MATÉRIA PRIMA
 Todos os remédios são retirados de meios naturais.
São geralmente ervas naturais, raízes, folhas entre
outros porém todos de alguma forma abençoados pelos
deuses desse povo e aplicados com muita fé no poder
da cura.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
 Copaíba (Copaifera officinalis),
 Parte Utilizada: Resina extraída do caule e óleo.
 Composição química: A porção resinosa (55 – 60%)
possui ácido copaíbico, ésteres e resinóides.
 Utilização: cicatrizante,ferimentos , dermatoses ,
diurética.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
 Jurubeba (Solanum panicyulatum, Solanum
fastigiatum)
 Parte utilizada: folhas, os frutos verdes e as
raízes.
 Composição química:
alcalóides, gluco-alcalóides,
ácido clorogênico,
Saponinas e resinas.
 Utilização: hepáticas,
fébre,
estimulante das funções
digestivas, do fígado, etc.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
 Barbatimão (stryphnodendron barbatiman).
 Parte utilizada: Casca ou
Entrecasca do tronco.
 Composição química:
Substâncias tânicas
(20 a 30%) ,Açúcar solúvel ,
Mucilagens e Flavonóides.
 Utilização: diarréias e
disenterias, Gonorréia,
gastrite, Úlceras do estômago.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
 Tansagem (Plantago major, Plantago lanceolata)
 Parte utilizada: usam-se tanto as folhas
quanto as raízes.
 Composição química:
Ac. Silícico, taninos,
Ac. Orgânicos,etc.
 Utilização:dores de
Estomago e bexiga ,
inflamações da boca
e gengivas, aftas,etc.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
 Arruda (Ruta graveolens).
 Parte utilizada: Toda a planta.
 Composição química:
glicosídeos, lactonas
aromáticas, alcalóides,
flavonóides, etc.
 Utilização:
cólicas menstruais,
piolhos e lêndeas,
verminoses, dores
de ouvido, varizes e
flebite, combate da
calvície, asma brônquica, pneumonia, etc.
CHÁS COMPOSTOS
 Anti-diabétes: melão-de-são-caetano, carqueja, abacate,
jambolão.
 Anti-celulite: e varizes centelha, cavalinha, alcachofra e ginco-
biloba.
 Anti-reumático: chapéu-de-couro, alfafa, alecrim, salsaparrilha.
 Anti-hemorróidas: alecrim, sene, cana-da-índia e cáscara sagrada.
 Calmante: macela, erva-cidreira, camomila, melissa, maracujá,
capim limão.
 Diurético: dente-de-leão, abacateiro, chapéu-de-couro, cavalinha .
 Digestivo: erva-cidreira, capim limão, carqueja, boldo e alcachofra.
 Emagrecedor: carqueja, boldo, cavalinha e cáscara-sagrada.
 Energético: catuaba, guaraná, ginseng, pfáfia, alfafa e
marapuama.
 Gastrite: zedoária, espinheira-santa, camomila e guaçatonga.
 Hepático: boldo, espinheira-santa, carqueja, hortelã e dente-de-
leão.
 Laxante: dente-de-leão, carqueja, sene, erva-doce e jalapa.
ARTESANATO
ARTESANATO INDÍGENA
 Folclore
 Formas de linguagem
 Usos e costumes
 Características e tradições
 Diversidade cultural
ARTESANATO KAINGANG
 Expressão cultural
 História
 Legitimidade do Artesão
 Relação com o meio
 Renda familiar
APRENDIZAGEM DO ARTESANATO
Oralidade
Observação
Atividades diárias
Aprendizagem familiar
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Taquara Taquaruçú
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Taquara Mansa
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Cipós
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
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Utilização Proibida pelo IBAMA
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Folhas de Palmeiras
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Cascas de Timbó
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
 Porongos
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Sementes e Caroços de frutas
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
 Penas
MATERIAIS UTILIZADOS NA
CONFECÇÃO DO ARTESANATO
Industrializados:
 Fios de nylon
 Pinos de ferro
 Fios de silicone
 Colorantes
 Verniz
 Facas, tesouras, etc..
Anilina -
fenilamina ou
aminobenzeno.
TIPOS DE ARTESANATOS
Trançados  Tecidos
 Ornamentos
TIPOS DE ARTESANATOS
 Utensílios
 Bijuterias
TIPOS DE ARTESANATOS
Instrumentos Musicais  Armas
TIPOS DE ARTESANATOS
Em Madeira
 Em Barro
ARTESANATOS TRANÇADOS
 Cestos feitos de taquaras, cipós ou
cascas da arvore timbó e palhas de palmeiras.
ARTESANATOS TRANÇADOS
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de taquara
ARTESANATOS TRANÇADOS
Cestos fechados de taquara (Balaios)
ARTESANATOS TRANÇADOS
Cestos decorativos
ARTESANATOS TRANÇADOS
ARTESANATOS TRANÇADOS
Peneiras (taquara mansa)
ARTESANATOS TRANÇADOS
 Casas de pássaros
feitas com cipós Bolsas
GRAFISMO KAINGANG
 Trançados, tecidos. armas, utensílios de cabaça,
cerâmica, corporal etc...
 Dualismo das metades kaingangs, Kamé e Kairú.
Kamé
“ Kre Téi”
Kairu
“ Kre Ror”
Grafismos Kong gãr
• compridos,
longos, altos,
abertos
• redondos,
quadrangulares,
losangulares, baixos,
fechados
Mistura: Inhiá
GRAFISMO EM CESTARIA
Kamé
“ Kre Téi”
Kairu
“ Kre Ror”
GRAFISMO EM CESTARIA
Kamé
“ Kre Téi”
Kairu
“ Kre Ror”
ORNAMENTOS
 Cocar e
Bastões
UTENSÍLIOS
BIJUTERIAS
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Tambores
Pau de chuva
Flautas (coqué) Maracás (xii)
Apito (õtõrêrê)
ARMAS (domésticas,
caça e guerra)
 Zarabatana
 Lanças e Setas
ARMAS
Arco (uy) e flecha (dou)
Pedras Polidas
Pontas de flechas
Pesca
ARTESANATO EM MADEIRA
ARTESANATO EM BARRO
RITUAIS
RITUAL DO KIKI
O que é o kiki ?
o 0 Kiki e uma festa anual que é realizada a pedido de
um parente do falecido, onde todos participam
exibindo pintura corporal ,rezando , cantando e
dançando .
o Neste ritual as crianças são pintadas pela primeira vez
com desenhos circulares ou alongadas, identificando-se
desta forma com a metade kamé e kairu.
PINTURA PARA
0 RITUAL
o Pintura Kaimé
o Pintura Kairú
Como ocorre o Ritual dos
Kaingangs?
o O ritual é marcado pela
presença dos rezadores
da aldeia .
o O objetivo do ritual é
romper os laços entre os
vivos e os fantasmas.
o São acendidos 3 fogos , onde o
primeiro fogo ocorre nos 2 meses
antes da realização do terceiro
fogo e o ultimo fogo.
Como é feito o Kiki ?
o Para ser preparada a bebida os kaingang derrubam
um pinheiro (araucária).
o Constroem um cocho que servirá de recipiente, onde
será consumida no final do ritual.
o Adicionam(cerca de 70 litros de mel e 250 litros de
água).
FOTOS DO RITUAL DO KIKI
FOTOS DO RITUAL DO KIKI
FOTOS DO RITUAL DO KIKI
FOTOS DO
RITUAL
DO KIKI
ÍNDIOS KAINGANGS
TOMANDO O KIKI
Canção que os Kaingangs
contam ao fazer o ritual
“ Cagmá, iengrê, oanan eiõ ohó ia, engô que tin, in
fimbré, ixan ióngóngue, ianá que nó ó caicá, katô nô
ó eká maingvé”
Tradução
“Passe com cuidado a ponte. Viva bem com os outros;
assim como eles vivem bem, você também pode
viver. La você ha de ver muita coisa que já viu aqui
em minha terra, assim como o gavião. Teus
parentes hão de vir te encontrar na ponte e te
levarão com eles para a tua morada.”
PINTURA CORPORAL
PINTURA DOS KAINGANGS
 Os índios utilizam a pintura corporal como meio de
expressão ligado aos diversos manifestos culturais de
sua sociedade.
As tintas são feitas do
urucum que tem a sua
coloração vermelha ,
o carvão mineral que tem
a coloração preta
e o genipapo que apresenta
uma coloração azul marinho .
FOTOS DE PINTURAS COM
URUCUM E CARVÃO MINERAL
 O urucum é utilizado tradicionalmente pelos índios, como
fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usada
para os mais diversos fins, entre eles, protetor solar e
contra picadas de insetos
 Urucum que possui como principal ativo o corante bixina,
um composto de 24 carbonos, contendo ácido carboxílico
e éster metílico nas extremidades.
Molécula da Bixina
URUCUM
 As sementes do urucu contêm celulose (40 a 45%),
açúcares (3,5 a 5,2%), óleo essencial (0,3% a 0,9%),
óleo fixo (3%), pigmentos (4,5 a 5,5%), proteínas (13 a
16%), alfa e beta-carotenos e outros constituintes.
 Para informação nutricional, 100 g de semente de
urucum contêm:
Cálcio 7,00 mg
Ferro 0,80 mg
Fósforo 10,00 mg
Vitamina A 15,00 mg
Vitamina B2 0,05 mg
Vitamina B3 0,03 mg
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URUCUM
NUTRIENTES DO URUCUM
 Cálcio (Ca)
NUTRIENTES DO URUCUM
 Ferro (Fe)
 Fósforo (P)
NUTRIENTES DO URUCUM
 Vitamina A
NUTRIENTES DO URUCUM
NUTRIENTES DO URUCUM
 Vitamina B2
 Vitamina B3
NUTRIENTES DO URUCUM
 Vitamina C
NUTRIENTES DO URUCUM
PREPARO DA TINTURA
CARVÃO VEGETAL
CARVÃO VEGETAL
 É uma substância de
cor negra obtida pela
carbonização da
madeira ou lenha.
 Muito utilizado como
combustível para
aquecedores, lareiras,
churrasqueiras e
fogões a lenha.
JENIPAPO
Significa:
“ Fruta que serve
para pintar ”
JENIPAPO
 Jenipapo é o fruto do jenipapeiro
(Genipa americana), uma árvore
que chega a vinte metros de
altura e é da família Rubiaceae,
a mesma do café.
 No Brasil, encontramos pés de jenipapo nativos na
Amazônia e na mata atlântica, principalmente em matas
mais úmidas, ou próximo a rios.
 A coloração azul-escura formada deve-se ao contacto
da genipina contida nos frutos verdes com as proteínas
da pele, sob ação do oxigênio atmosférico.
Referências Bibliográficas
• ARESE, Cláudia: Transformações Culturais e Territórios, O Kaingang da
Reserva Indígena de Serrinha/RS. Dissertação de Mestrado do Curso de
Geografia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008.
• ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 922p.
• BIGG-WITHER, Thomas P. Novo caminho no Brasil meridional: A província
do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
• BROWN; LEMAY; BURSTEN. Química: A Ciência Central. 9. ed. Person
Education. 2011. 992 p.
• FERRAZO, C. Juliana: Fabricação de Artesanatos na Aldeia Kaingang
Capizal/RS. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação Tecnológico em
Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, 2011.
• D’ANGELIS, W. R; VEIGA, J. Habitação e Acampamentos Kaingangs hoje e
no passado. Revista CADERNOS DO CEOM, nº 18, p.213 – 242, Chapecó, RG
Sul.
• MOTA, Lúcio Tadeu. As Guerras dos índios Kaingang: a história épica dos
índios Kaingang no Paraná(1769-1924). Maringá. EDUEM, 1994.
• NÖTZOLD, A. L. V. A trajetoria da implantacio do ensino diferenciado:o
caso Kainging do Xapecozinho. VIII Encontro Estadual deHistoria - ANPUH.
Historia: experiéncias e desafios:. Florianopolis,28 a 31 de agosto de 2000.
• NÖTZOLD, A. L. V. Olhar, Escutar e Trançar: O Artesanato Kaingang de
cada dia. IV Encontro Regional Sul de História Oral, Cultura, Identidade e
Memórias, 2007.
• PROVOPAR, Ação Social: Vida Indígena no Paraná, Memória, Presença,
Horizontes. Paraná, Curitiba, 2006.
• Site Ágora: Revista online do Arquivo público de Santa Catarina e Curso de
Arquivologia da UFSC. Disponível em:
http://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/225. Acesso em 03/10/2012.
• Site Agrofloresta.net. Disponível em:
http://www.agrofloresta.net/static/fotos/farinha/index.htm. Acesso em
12/10/2012.
• Site Céu Nossa Senhora da Conceição. Disponível em:
http://www.ceunossasenhoradaconceicao.com.br/xamanismo/plantas-
medicinais. Acesso em 16/10/2012.
• Site Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil - Instituto Socioambiental.
Disponível em: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaingang/print. Acesso
em 18/10/2012.
• Site O poder das plantas. Disponível em:
http://poderdasplantas.blogspot.com.br/2011/04/provenientes-da-aldeia-
bananeiras-do.html. Acesso em 18/10/2012.
• Site Portal Kaingang . Disponível em:
http://www.portalkaingang.org/index_povo_1.htm. Acesso em 10/10/2012.
• Sociedade Jê Meridional em Movimento. Tese de Doutorado apresentada ao
departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo, 1995.
• VEIGA, J. Cosmologia kaingang e suas práticas rituais. XXIV Encontro anual
de Anpocs. PPGCS-IFCH, Unicamp, São Pulo, 2000.

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Índios Kaingang no Norte do Paraná

  • 1.
  • 2. Projeto Índios Kaingang Amanda, Bruna, Bruno, Catarina, Larissa, Leizi, Simone e Talytha.
  • 3. COLONIZAÇÃO NO NORTE DO PARANÁ – ÍNDIO KAINGANG
  • 4.
  • 5. OCUPAÇÃO KAINGANG NO NORTE DO PARANÁ  O povo Kaingang acredita que sua origem está ligada diretamente com a terra. Quando suas crianças nascem seus umbigos são enterrados na terra e por isso se consideram parte dela. Estão ligados desde o nascimento até à morte a ela.  Durante o processo de colonização no norte do Paraná viviam comunidades indígenas Xetá, Guaranis e Kaingang.
  • 6. INTERESSES NA COLONIZAÇÃO DO NORTE DO PARANÁ  No início do séc XX, por meio da Companhia de Terras do Norte do Paraná, houve uma rápida expansão na colonização dessa região.  A Companhia de Terras do Norte do Paraná, comprou terras localizadas na região entre os rios Tibagi, Ivaí e Paranapanema, tendo como objetivo os lucros exorbitantes com a comercialização desses terrenos.  Com o passar dos anos vilas e cidades foram crescendo por toda a região norte do Paraná. Acelerando a ocupação das terras Kaingang.
  • 7. ATUAL TERRITÓRIO DOS ÍNDIOS KAINGANG
  • 8. A QUÍMICA E A COLONIZAÇÃO  No séc XVII, houve a descoberta de metais preciosos no Tibagi, como ouro e diamante.
  • 9. PROPRIEDADES QUÍMICAS DO  O diamante é uma forma alotrópica do carbono. São criados a partir de condições de extremo calor e pressão, sendo o material mais duro de ocorrência natural na natureza.  O diamante só pode Ser riscado por outro diamante.
  • 10. PROPRIEDADES QUÍMICAS DO OURO  O ouro (Au) faz parte dos metais de transição, sendo um metal sólido em temperatura ambiente, dúctil, maleável, de cor amarela, denso e brilhante.  Hoje em dia o ouro é largamente utilizado pela indústria eletrônica, como condutor de eletricidade em produtos de alto valor agregado como celulares e computadores.
  • 12. É lua, o cedro e o macaco KAMÉ DIVISÃO DAS METADES KAIRU É sol, pinheiro e o lagarto.
  • 13. Pinturas Kamé e Kairu  Kamé - pintura em traços ( râ ror) Kairu - - pintura circular (râ téi)
  • 14. • Unem membros das metades opostas; entre um Kamé e um Kairu O CASAMENTO
  • 15. •Os filhos desse casamento recebem a filiação da metade paterna, a mãe é somente a depositária e guarda da prole. A FILIAÇÃO
  • 20. ÁCIDO CIANÍDRICO - HCN HCN - Hidrogênio; - Carbono; - Nitrogênio.
  • 21. MODO DE PRODUÇÃO • Retira-se a casca;
  • 22. • A mandioca é lavada
  • 23. • Manualmente • Desintegrador
  • 24.
  • 25.
  • 27. MORADIA  As casas, em uma aldeia Kaingang, costumam estar espalhadas pelo território, dispostas mais ou menos de acordo com a proximidade das roças de cada família, e formando núcleos geralmente em torno de um “tronco” velho, ou seja, um chefe de grande família.  No entanto, alguém que visite hoje, por primeira vez, uma área Kaingang, estranhará a disposição das casas na forma de arruamentos e pequenas vilas.  Em alguns casos essas aldeias lhe parecerão semelhantes a vilas de comunidades brasileiras.
  • 29.  Casas de Superfície (registros: início do século XVIII)
  • 30. MORADIA ATUALMENTE  Casas de Madeira (FUNAI: antes da década de 70) Casas de Alvenaria (FUNAI: a partir da década de 70)
  • 32. MEDICINA  Introdução: No Brasil do século XVI os indígenas acreditavam que as doenças eram causadas por vontade de algum ser sobrenatural, ação dos astros, agentes climáticos, força de uma praga ou castigo.
  • 33. FONTES DE MATÉRIA PRIMA  Todos os remédios são retirados de meios naturais. São geralmente ervas naturais, raízes, folhas entre outros porém todos de alguma forma abençoados pelos deuses desse povo e aplicados com muita fé no poder da cura.
  • 34. ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS  Copaíba (Copaifera officinalis),  Parte Utilizada: Resina extraída do caule e óleo.  Composição química: A porção resinosa (55 – 60%) possui ácido copaíbico, ésteres e resinóides.  Utilização: cicatrizante,ferimentos , dermatoses , diurética.
  • 35. ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS  Jurubeba (Solanum panicyulatum, Solanum fastigiatum)  Parte utilizada: folhas, os frutos verdes e as raízes.  Composição química: alcalóides, gluco-alcalóides, ácido clorogênico, Saponinas e resinas.  Utilização: hepáticas, fébre, estimulante das funções digestivas, do fígado, etc.
  • 36. ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS  Barbatimão (stryphnodendron barbatiman).  Parte utilizada: Casca ou Entrecasca do tronco.  Composição química: Substâncias tânicas (20 a 30%) ,Açúcar solúvel , Mucilagens e Flavonóides.  Utilização: diarréias e disenterias, Gonorréia, gastrite, Úlceras do estômago.
  • 37. ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS  Tansagem (Plantago major, Plantago lanceolata)  Parte utilizada: usam-se tanto as folhas quanto as raízes.  Composição química: Ac. Silícico, taninos, Ac. Orgânicos,etc.  Utilização:dores de Estomago e bexiga , inflamações da boca e gengivas, aftas,etc.
  • 38. ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS  Arruda (Ruta graveolens).  Parte utilizada: Toda a planta.  Composição química: glicosídeos, lactonas aromáticas, alcalóides, flavonóides, etc.  Utilização: cólicas menstruais, piolhos e lêndeas, verminoses, dores de ouvido, varizes e flebite, combate da calvície, asma brônquica, pneumonia, etc.
  • 39. CHÁS COMPOSTOS  Anti-diabétes: melão-de-são-caetano, carqueja, abacate, jambolão.  Anti-celulite: e varizes centelha, cavalinha, alcachofra e ginco- biloba.  Anti-reumático: chapéu-de-couro, alfafa, alecrim, salsaparrilha.  Anti-hemorróidas: alecrim, sene, cana-da-índia e cáscara sagrada.  Calmante: macela, erva-cidreira, camomila, melissa, maracujá, capim limão.  Diurético: dente-de-leão, abacateiro, chapéu-de-couro, cavalinha .  Digestivo: erva-cidreira, capim limão, carqueja, boldo e alcachofra.  Emagrecedor: carqueja, boldo, cavalinha e cáscara-sagrada.  Energético: catuaba, guaraná, ginseng, pfáfia, alfafa e marapuama.  Gastrite: zedoária, espinheira-santa, camomila e guaçatonga.  Hepático: boldo, espinheira-santa, carqueja, hortelã e dente-de- leão.  Laxante: dente-de-leão, carqueja, sene, erva-doce e jalapa.
  • 41. ARTESANATO INDÍGENA  Folclore  Formas de linguagem  Usos e costumes  Características e tradições  Diversidade cultural
  • 42. ARTESANATO KAINGANG  Expressão cultural  História  Legitimidade do Artesão  Relação com o meio  Renda familiar
  • 44. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Taquara Taquaruçú
  • 45. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Taquara Mansa
  • 46. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Cipós
  • 47. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Pinheiros
  • 49. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Folhas de Palmeiras
  • 50. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Cascas de Timbó
  • 51. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO  Porongos
  • 52. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Sementes e Caroços de frutas
  • 53. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO  Penas
  • 54. MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DO ARTESANATO Industrializados:  Fios de nylon  Pinos de ferro  Fios de silicone  Colorantes  Verniz  Facas, tesouras, etc.. Anilina - fenilamina ou aminobenzeno.
  • 55. TIPOS DE ARTESANATOS Trançados  Tecidos  Ornamentos
  • 56. TIPOS DE ARTESANATOS  Utensílios  Bijuterias
  • 58. TIPOS DE ARTESANATOS Em Madeira  Em Barro
  • 59. ARTESANATOS TRANÇADOS  Cestos feitos de taquaras, cipós ou cascas da arvore timbó e palhas de palmeiras.
  • 65. ARTESANATOS TRANÇADOS  Casas de pássaros feitas com cipós Bolsas
  • 66. GRAFISMO KAINGANG  Trançados, tecidos. armas, utensílios de cabaça, cerâmica, corporal etc...  Dualismo das metades kaingangs, Kamé e Kairú. Kamé “ Kre Téi” Kairu “ Kre Ror” Grafismos Kong gãr • compridos, longos, altos, abertos • redondos, quadrangulares, losangulares, baixos, fechados Mistura: Inhiá
  • 67. GRAFISMO EM CESTARIA Kamé “ Kre Téi” Kairu “ Kre Ror”
  • 68. GRAFISMO EM CESTARIA Kamé “ Kre Téi” Kairu “ Kre Ror”
  • 72. INSTRUMENTOS MUSICAIS Tambores Pau de chuva Flautas (coqué) Maracás (xii) Apito (õtõrêrê)
  • 73. ARMAS (domésticas, caça e guerra)  Zarabatana  Lanças e Setas
  • 74. ARMAS Arco (uy) e flecha (dou) Pedras Polidas Pontas de flechas Pesca
  • 78. RITUAL DO KIKI O que é o kiki ? o 0 Kiki e uma festa anual que é realizada a pedido de um parente do falecido, onde todos participam exibindo pintura corporal ,rezando , cantando e dançando . o Neste ritual as crianças são pintadas pela primeira vez com desenhos circulares ou alongadas, identificando-se desta forma com a metade kamé e kairu.
  • 79. PINTURA PARA 0 RITUAL o Pintura Kaimé o Pintura Kairú
  • 80. Como ocorre o Ritual dos Kaingangs? o O ritual é marcado pela presença dos rezadores da aldeia . o O objetivo do ritual é romper os laços entre os vivos e os fantasmas. o São acendidos 3 fogos , onde o primeiro fogo ocorre nos 2 meses antes da realização do terceiro fogo e o ultimo fogo.
  • 81. Como é feito o Kiki ? o Para ser preparada a bebida os kaingang derrubam um pinheiro (araucária). o Constroem um cocho que servirá de recipiente, onde será consumida no final do ritual. o Adicionam(cerca de 70 litros de mel e 250 litros de água).
  • 82. FOTOS DO RITUAL DO KIKI
  • 83. FOTOS DO RITUAL DO KIKI
  • 84. FOTOS DO RITUAL DO KIKI
  • 87. Canção que os Kaingangs contam ao fazer o ritual “ Cagmá, iengrê, oanan eiõ ohó ia, engô que tin, in fimbré, ixan ióngóngue, ianá que nó ó caicá, katô nô ó eká maingvé” Tradução “Passe com cuidado a ponte. Viva bem com os outros; assim como eles vivem bem, você também pode viver. La você ha de ver muita coisa que já viu aqui em minha terra, assim como o gavião. Teus parentes hão de vir te encontrar na ponte e te levarão com eles para a tua morada.”
  • 89. PINTURA DOS KAINGANGS  Os índios utilizam a pintura corporal como meio de expressão ligado aos diversos manifestos culturais de sua sociedade. As tintas são feitas do urucum que tem a sua coloração vermelha , o carvão mineral que tem a coloração preta e o genipapo que apresenta uma coloração azul marinho .
  • 90. FOTOS DE PINTURAS COM URUCUM E CARVÃO MINERAL
  • 91.  O urucum é utilizado tradicionalmente pelos índios, como fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usada para os mais diversos fins, entre eles, protetor solar e contra picadas de insetos  Urucum que possui como principal ativo o corante bixina, um composto de 24 carbonos, contendo ácido carboxílico e éster metílico nas extremidades. Molécula da Bixina URUCUM
  • 92.  As sementes do urucu contêm celulose (40 a 45%), açúcares (3,5 a 5,2%), óleo essencial (0,3% a 0,9%), óleo fixo (3%), pigmentos (4,5 a 5,5%), proteínas (13 a 16%), alfa e beta-carotenos e outros constituintes.  Para informação nutricional, 100 g de semente de urucum contêm: Cálcio 7,00 mg Ferro 0,80 mg Fósforo 10,00 mg Vitamina A 15,00 mg Vitamina B2 0,05 mg Vitamina B3 0,03 mg Vitamina C 2,00 mg URUCUM
  • 93. NUTRIENTES DO URUCUM  Cálcio (Ca)
  • 102. CARVÃO VEGETAL  É uma substância de cor negra obtida pela carbonização da madeira ou lenha.  Muito utilizado como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.
  • 103. JENIPAPO Significa: “ Fruta que serve para pintar ”
  • 104. JENIPAPO  Jenipapo é o fruto do jenipapeiro (Genipa americana), uma árvore que chega a vinte metros de altura e é da família Rubiaceae, a mesma do café.  No Brasil, encontramos pés de jenipapo nativos na Amazônia e na mata atlântica, principalmente em matas mais úmidas, ou próximo a rios.  A coloração azul-escura formada deve-se ao contacto da genipina contida nos frutos verdes com as proteínas da pele, sob ação do oxigênio atmosférico.
  • 105.
  • 106. Referências Bibliográficas • ARESE, Cláudia: Transformações Culturais e Territórios, O Kaingang da Reserva Indígena de Serrinha/RS. Dissertação de Mestrado do Curso de Geografia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. • ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 922p. • BIGG-WITHER, Thomas P. Novo caminho no Brasil meridional: A província do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001. • BROWN; LEMAY; BURSTEN. Química: A Ciência Central. 9. ed. Person Education. 2011. 992 p. • FERRAZO, C. Juliana: Fabricação de Artesanatos na Aldeia Kaingang Capizal/RS. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação Tecnológico em Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011. • D’ANGELIS, W. R; VEIGA, J. Habitação e Acampamentos Kaingangs hoje e no passado. Revista CADERNOS DO CEOM, nº 18, p.213 – 242, Chapecó, RG Sul. • MOTA, Lúcio Tadeu. As Guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná(1769-1924). Maringá. EDUEM, 1994.
  • 107. • NÖTZOLD, A. L. V. A trajetoria da implantacio do ensino diferenciado:o caso Kainging do Xapecozinho. VIII Encontro Estadual deHistoria - ANPUH. Historia: experiéncias e desafios:. Florianopolis,28 a 31 de agosto de 2000. • NÖTZOLD, A. L. V. Olhar, Escutar e Trançar: O Artesanato Kaingang de cada dia. IV Encontro Regional Sul de História Oral, Cultura, Identidade e Memórias, 2007. • PROVOPAR, Ação Social: Vida Indígena no Paraná, Memória, Presença, Horizontes. Paraná, Curitiba, 2006. • Site Ágora: Revista online do Arquivo público de Santa Catarina e Curso de Arquivologia da UFSC. Disponível em: http://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/225. Acesso em 03/10/2012. • Site Agrofloresta.net. Disponível em: http://www.agrofloresta.net/static/fotos/farinha/index.htm. Acesso em 12/10/2012. • Site Céu Nossa Senhora da Conceição. Disponível em: http://www.ceunossasenhoradaconceicao.com.br/xamanismo/plantas- medicinais. Acesso em 16/10/2012. • Site Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil - Instituto Socioambiental. Disponível em: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaingang/print. Acesso em 18/10/2012.
  • 108. • Site O poder das plantas. Disponível em: http://poderdasplantas.blogspot.com.br/2011/04/provenientes-da-aldeia- bananeiras-do.html. Acesso em 18/10/2012. • Site Portal Kaingang . Disponível em: http://www.portalkaingang.org/index_povo_1.htm. Acesso em 10/10/2012. • Sociedade Jê Meridional em Movimento. Tese de Doutorado apresentada ao departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 1995. • VEIGA, J. Cosmologia kaingang e suas práticas rituais. XXIV Encontro anual de Anpocs. PPGCS-IFCH, Unicamp, São Pulo, 2000.