O documento traça uma breve história da Música Popular Brasileira (MPB) desde o início do século XX, destacando marcos como o surgimento das primeiras gravadoras, estilos como samba e bossa nova, e artistas fundamentais como Noel Rosa, Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso. O tropicalismo dos anos 1960 é apresentado como um movimento que incorporou diversos estilos à canção brasileira.
3. A gravação no Brasil
• Casa Edison – primeiro selo de música do Brasil,
fundado em 1902.
• Odeon – primeira fábrica de discos da América
Latina, fundada em 1912.
• Casa Edison + Odeon – 30 mil chapas por mês.
• 1930 – fim da Casa Edison
4. A gravação no Brasil
• 1902 – 1925: gravação mecânica
• 1925 : gravação elétrica
• Discos 78 rpm (1902 – 1964):
6. Lundu – pintura de Rugendas
Música
originada nos
batuques e nas
danças que os
negros
africanos
trouxeram para
o Brasil .
7. Canção = letra + melodia
O compositor que se preocupa
com essa junção e compõe
suas canções com base nela é
chamado cancionista. Esse
termo foi cunhado pelo prof.
Luiz Tatit, da USP.
8.
9. Catulo da Paixão Cearense (1863-
1946)
Catulo viveu no
sertão nordestino e
soube coletar a
sabedoria e
registrar as
peculiaridades do
caboclo da
caatinga. Compôs,
em 1910, Luar do
Sertão.
10. Sinhô (1888-1930)
José Barbosa da
Silva, um dos mais
bem humorados
cancionistas do
início do século.
Entre seus
sucessos está Jura,
de 1929, atualmente
conhecida na voz de
Zeca Pagodinho.
11. Noel Rosa (1910-1937)
Em 26 anos de vida,
deixou nada menos
que 228
composições.
Entre as mais
conhecidas está
Com que roupa?,
de 1929, clássico
que marca o apogeu
do samba carioca e
permanece até hoje.
12. Assis Valente (1911-1958)
Compunha sempre
pensando na
pessoa que cantaria
seu samba. Em
1938, compôs
Camisa Listada,
sucesso na voz de
Carmem Miranda,
por quem era
encantado.
16. Ary Barroso (1903-1964)
Primeiro compositor
brasileiro a ser conhecido
e respeitado nos EUA.
Aquarela do Brasil , de
1939, chegou a ser cotada
para ser hino nacional.
Sílvio Caldas, Carlos Machado, Ary Barroso e Carlos Alberto
Lofer
17. Dorival Caymmi (1914 - 2008)
Grande contador da
vida de pescadores. O
mar, de 1938, é uma
obra prima,
representante da
perfeita junção de letra
e melodia.
Seu maior sucesso é O
que é que a baiana
tem?, de 1939, que
também se popularizou
na voz de Carmem
Miranda.
18. Lupicínio Rodrigues (1914-
1974)
Inventor do termo “dor
de cotovelo”.
Compôs Felicidade
em 1931, aos 17
anos. Mas a canção
só foi gravada em
1947.
É também o
compositor do hino de
um certo time de
futebol de Porto
Alegre...
19. Bossa Nova
A Bossa Nova nasceu por volta de 1958, e
representa um modelo de concisão:
-eliminação de excessos e economia de recursos;
-linguagem coloquial;
-mínimo ou quase nenhum efeito emocional .
Foi o primeiro movimento com núcleo na música
popular que se espraiou por vários setores da
sociedade brasileira, fundando um novo modo de
ser.
20.
21. Tom Jobim (1927-1994)
Maestro de formação
erudita e gênio em
composições
populares, é maior
representante da MPB
no mundo. Em parceria
com Vinícius de
Moraes, compôs
Chega de Saudade
(1958), que estourou
na voz de João
Gilberto, assim como
Desafinado.
24. Nara Leão (1942-1989)
Dona de uma
voz doce e
suave, tornou-
se a musa da
Bossa Nova.
Seu
apartamento
na Av.
Atlântica, no
Rio de Janeiro,
era ponto de
encontro dos
grandes
bossanovistas.
25. Adoniran Barbosa (1910-
1982)
João Rubinato nasceu e
morreu pobre. Gastou
todo o dinheiro que
ganhou comemorando o
sucesso de suas
músicas e ajudando os
amigos. Tiro ao
Álvaro, de 1960, foi
gravado por Elis Regina
em 1980.
27. Jorge Ben (1942)
Criador de uma batida única
na música brasileira, o
samba-rock, influenciou
grandes nomes da MPB.
Mas que nada, de 1963, é
uma das canções brasileiras
mais conhecidas no exterior,
embora tenha demorado a
ser aceita no Brasil.
28. Jovem Guarda
Com temas
ingênuos, alheios
a questões
sociais,foi um
grande sucesso
nos anos 60.
Eu sou terrível,
de Roberto e
Erasmo, é de
1968, auge da
ditadura militar no
Brasil.
37. Tropicália
Geração de
continuadores da Bossa
Nova. Movimento
equivalente ao
Modernismo na
literatura brasileira.
Incorporaram à canção
brasileira o bolero, o
tango, o rock, o rap, o
reggae, os ritmos
regionais, o brega, o
novo, o obsoleto...
38. Os Mutantes
Trio de
experimentalistas
musicais, Arnaldo
Baptista, Rita Lee e
Sérgio Dias, formado
em 1966. Foram um
dos grupos mais
inovadores da era
psicodélica, inovando
nas distorções e
truques de estúdio.
Ando meio
desligado é de 1970.
39.
40. Caetano Veloso (1942)
Maior nome do
Tropicalismo.
Provocador,
inconseqüente,
excêntrico, ele sempre se
posicionou diante dos
problemas sociais do
Brasil de maneira clara e
objetiva
Alegria, alegria é de
1967.
Tropicália é de 1968
Sampa é de 1978.
41. Geraldo Vandré (1935)
Causou impacto com
Pra não dizer que
não falei das flores
em 1968, no III Festival
Internacional da
Canção. Sentiu na pele
a força e o terror da
ditadura, sendo
torturado pelos
militares.
42. Gilberto Gil (1942)
Forte nome do Tropicalismo e das
canções de protesto contra a
ditadura. Domingo do Parque
(tropicalista) é de 1967. Aquele
Abraço, homenagem aos
companheiros exilados, é de 1969.
43. Chico Buarque (1944)
Em 1966, com A
Banda, divide o 1º
lugar do Festival da
Record com Jair
Rodrigues, que
interpretava
Disparada, de
Geraldo Vandré.
Também tem inúmeras
canções de protesto,
como Apesar de
Você, de 1970.
Em 1976, ao lado de
Milton Nascimento,
cantou O que será.