Este documento discute a fisiologia do exercício e do esforço. Ele fornece definições de termos-chave como fisiologia do exercício, atividade física, aptidão física e suas componentes. Também descreve as principais capacidades físicas como resistência, flexibilidade e coordenação, além de explicar como o corpo produz energia durante o exercício por meio de vias anaeróbicas e aeróbicas.
1. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva
Práticas de Atividades Fisícas e Desportivas
Módulo 6
Fisiologia do Desporto
Daniela Dantas
Nº9
2012-2013
2. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Índice
Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------3
1-Conceitos
Fisiologia do exercício -----------------------------------------------------------------------4
Fisiologia do esforço --------------------------------------------------------------------------4
Atividade física----------------------------------------------------------------------------------5
Aptidão física -----------------------------------------------------------------------------------5
Componentes da aptidão física ---------------------------------------------------------6
Exercício físico ----------------------------------------------------------------------------------6
Treino físico --------------------------------------------------------------------------------------6
Benefícios da atividade física regular -------------------------------------------------7
2-Capacidades físicas
Capacidades físicas condicionais e coordenativas ------------------------------8
Resistência ---------------------------------------------------------------------------------------9
Flexibilidade ------------------------------------------------------------------------------------10
Destreza geral ---------------------------------------------------------------------------------11
Coordenação---------------------------------------------------------------------------------12
Agilidade----------------------------------------------------------------------------------------12
Ritmo----------------------------------------------------------------------------------------------12
3- princípios gerais e sistemas energéticos.
A energia e o ATP ----------------------------------------------------------------------------13
Como são absorvidas as calorias? ----------------------------------------------------13
O que é a caloria ? -------------------------------------------------------------------------14
Como são absorvidas as calorias? ----------------------------------------------------15
Como se da produção de gorduras no organismo? ---------------------------15
Como são queimadas as calorias? ---------------------------------------------------16
Como o organismo gasta a energia? ------------------------------------------------16
Acelere o metabolismo --------------------------------------------------------------------17
Porque os músculos crescem? ----------------------------------------------------------17
Como é obtida a energia que faz o nosso corpo funcionar? ---------------17
Conta energética ---------------------------------------------------------------------------18
Bateria carregada ---------------------------------------------------------------------------18
A energia e o ATP ----------------------------------------------------------------------------19
Como se obtém energia para a atividade física? ------------------------------20
Fontes de ATP - Nutrientes ----------------------------------------------------------------21
Produção de ATP - 3 vias ------------------------------------------------------------------22
Via anaeróbia alática (ATP - CP) ------------------------------------------------------23
Via anaeróbia lática (glicólise anaeróbia) -----------------------------------------24
Via aeróbia (glicólise aeróbia) ----------------------------------------------------------25
Resumindo -------------------------------------------------------------------------------------25
Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------27
3. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Introdução
Este dôssier são as todas as aulas que demos neste módulo.
Este módulo foi dado na disciplina de Prática de Atividades fisícas e
desportivas e é módulo de fisiologia do desporto
Este dôssier contém todas as matérias dadas nas aulas, como todos os
conceitos e definições sobre o assunto. Contém também o que são e quais
são as capacidades físicas e motoras, e de onde provém a nossa energia.
4. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Fisiologia
1- Conceitos
A fisiologia ( do grego physis = natureza, função ou funcionamento; e logos =
palavra ou estudo).
É o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e
bioquímicos nos seres vivos. De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o
funcionamento do organismo.
Fisiologia do exercício
A fisiologia do exercício desenvolveu-se a partir da sua disciplina mãe, a
filosofia.
Pode ser definida como a área do conhecimento cientifico que estuda como
o organismo se adapta fisiologicamente ao stress agudo do exercício, isto é, à
atividade física e também ao stress crónico do treino físico. Estuda como o
exercício altera a estrutura e a função do corpo humano.
Fisiologia do esforço
5. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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A fisiologia do esforço estuda os processos adaptados e relacionado com a
atividade física na educação de tarefas motoras em diferentes situações de
exercício.
Atividade física
Qualquer movimento corporal, produzindo pelos músculos esqueléticos, que
resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.
Aptidão física
Estado de funcionamento corporal caraterizado pela capacidade de tolerar o
stress do exercício.
6. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Refere-se a estar apto para a atividade física, de acordo com os músculos
usados, forças desenvolvidas e duração do uso.
Componentes: força muscular, potência muscular, resistência muscular,
resistência cardiorespiratória, flexibilidade e composição corporal.
Componentes da aptidão física
Força muscular é a forma máxima que um músculo pode desenvolver. A força
está diretamente relacionada ao tamanho do músculo.
Potência muscular depende da força e da velocidade
[potência= (força x distância) / tempo]
Resistência muscular é a capacidade de gerar ou sustentar a força máxima
repetidamente.
Exercício físico
Atividade realizada com o objetivo de melhorar, manter ou expressar um tipo
de aptidão física.
Treino físico
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Uso repetido do exercício para melhorar a aptidão física.
O corpo adapta-se ao exercício
“a falta da atividade destrói a boa condição de qualquer ser humano,
enquanto o movimento e o exercício físico metódico salva e preserva-o”.
Platão
Beneficios da atividade física regular
Reduz os riscos de doença cardíaca;
Diminui a depressão;
Ajuda no controle do peso;
Ajuda a estabelecer e manter ossos, múscuolos e articulações
saudáveis;
Ajuda os iodos a fortalecerem e serem capazes de se movimentar.
Aspetos antropométricos : diminui a gordura;
Aspetos metabólicos: aumenta o volume sistólico, aumenta a potência
aeróbica, aumenta a ventilação pulmonar, diminui a PA (pressão
arterial) e melhora a sensibilidade à insulina.
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Aspetos psicológicos: melhora a auto-estima, o auto conceito da
imagem corporal, a socialização, diminui o stress, a ansiedade e o
consumo de medicamentos.
2- Capacidades físicas
É através das capacidades físicas que se conseguem executar ações
motoras, desde as mais simples às mais complexas (andar, correr, saltar,
nadar, etc...).
O facto de ser mais veloz, mais flexivel ou mais forte e tem uma origem
hereditária, transmissivel depois de pais para filhos, mas também tem a ver
com a forma como vamos desenvolvendo/ treinando as fereidas
capacidades ao longo dos anos.
As capacidades físicas dividem-se em dois gfrandes grupos:
As capacidades condiconais, relacionam-se com o aspeto quantitativo do
movimento e são dependentesn dos processos de detenção de energia e
de fadiga;
As capacidades coordenativas, relacionam-se com o aspeto qualitativo do
movimento e dependem fundamentalmente de processos de controlo de
movimento e da coordenação entre o sistema muscular e o sistema
nervoso.
Condiconais
Resistência;
Força;
Velocidade;
Flexibilidade;
Destreza.
9. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Coordenativas
Observação;
Controlo motor;
Reação motora;
Antecipação;
Expressão motora;
Representação;
Ritmo;
Deferenciação cinestésica;
Coordenação;
Equilibrio;
Agilidade;
Orientação espacial.
Ao grau de desenvolvimento das capacidades motoras chama-se
condição física. Esta pode ser melhorada e desenvolvida através do treino
ou preparação física. O seu desenvolvimento é a garantia para a
aprendizagem e para a realização eficaz dos movimentos desportivos, pois
intervém em maior ou menos grau em todas as atividades físicas, individuais
ou coletivas.
Resistência
É uma capacidade revelada pelo sistema muscular que permite realizar
esforços de longa duração, resistindo à fadiga e permitindo uma rápida
recuperação depois dos esforços.
10. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Resistência aeróbica: permite manter por um determinado período de
tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua
absorçãp, sendo os esforços de fraca ou média intensidade.
Resistência anaeróbica: permite manter por um determinado período de
tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção,
acarretanto um débito de O2 e que somente será recompensado em
repasso, sendo os esforços de grande intensidade.
Força
É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através da
contração muscular. Esta possibilita, entre outros esforços, saltar, empurrar,
levantar, puxar, arremessar.
Força isotónica (dinâmica): é o tipo de força que envolve os músculos
dos membros em movimento ou suportanto o peso do próprio corpo em
movimentos repetidos.
Força isométrica (estática): é o tipo de força que explica o facto de
haver força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em
forma do movimento.
Força explosiva (potência): habilidade de exercer o máximo de energia
num ato explosivo. Potência é igual à força dinâmica x a velocidade.
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Velocidade
É a capacidade que permite realizar movimentos no mais curto espaço de
tempo. Através da velocidade de ração consegue-se reagir rapidamente
a um estímulo visual, auditivo e tátil. Através da velocidade de
deslocamento pod-se percorrer distâncias relativamente curtas no menor
tempo possivel.
Velocidade de deslocamento: capacidade máxima de uma pessoa
deslocar-se de um ponto a outro.
Velocidade de reação: rapidez com a qual uma pessoa é capaz de
responder a um estímulo (visual, auditivo e tátil). Tempo requerido para ser
iniciada a resposta a um estímulo recebido.
Capacidades físicas – capacidades motoras
Flexibilidade
É a capacidade que permite realizar movimentos de grande amplitude.
Esta capacidade possibilita melhorar a qualidade do gesto motor tomando
os movimentos mais harmoniosos, com maior amplitude a mais eficazes.
Destreza geral
É a capacidade que permite dominar, de forma segura, gestos motores
mais ou menos complexos (com alternância, de ritmos, de velocidade,
com ou sem deslocamento).
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Capacidades coordenativas
Alguns exemplos das capacidades físicas coordenativas que deverão ser
trabalhadas entre os 6 e os 10 anos de idade (período sensível).
Coordenação
Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente,
para que possam ser realizados com o minimo de esforço. Constitui-se uma
atividade psicomotora indespensável em todas as habilidades desportivas
devendo ser trabalhada em todos os programas de Educação Física desde
os primeiros níveis. A repetição contínua de movimentos combinados,
melhora gradualmente a coordenação. É o resultado de um trabalho
conjunto do sistema nervoso e o muscular, mostrando-se os movimentos
coordenados, amplos e económicos, sem desnecessárias contrações.
Agilidade
Habilidade que se tem para mover o corpo no espaço. Habilidade do
corpo inteiro, ou de um segmento, em realizar um movimento mudanças
direção rápida e precisamente requer uma combinação de várias
qualidades físicas e embora dependa da carga hereditária, pode ser
bastante melhorada com o treino.
Ritmo
É a ordenação dos movimentos sequência de movimentos repetidos várias
vezes, de forma equilibrada e harmonia.
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3 - Princípios gerais e sistemas energéticos
A energia e o ATP
O organismo masculino gasta para se manter ativo entre 1600 e 1800
calorias diárias, enquanto as mulheres 1200.
Para garantir um organismo saudável, é preciso compreender um
mecanismo complexo como o organismo queima calorias (Cal). Se ingerir-
mos mais energia do que gastar, criará depositivos de gordura. E, para
queimá-las, a única fórmula é aumentar a rotina de AF.
Segundo endocrinologistas se tomar laxantes e duréticos, a pessoa notará
uma redução de peso, mas não ficará mais magra, pois em vez de gordura
terá perdido liquidos. Além do risco de desiquilibrar o organismo, a água
perdida será recuperada assim que o índividuo ingerir liquidos. O mesmo
vale para regimes radicais.
As dietas de baixo valor calórico ou com distribuição inadequada de
nutrientes podem promover uma redução de peso às custas de massa
magra (musculatura), que é muito mais dificil de ser recuperada do que a
massa gorda.
As Cal funcionam no corpo humano como um combustível para um carro.
Transformados em energia dentro do organismo, os nutrientes dos alimentos
garantem-nos disposição para o exercício das tarefas quotidianas.
O problema é o que sedentarismo faz com que cada vez menos as
pessoas gastem a energia ingerida. Por exemplo, deixar de gastar 300 Cal
diariamente (correspondente a um bife frito ou a uma taça de mousse de
chocolate) gera um aumento de 6 a 8kl ao final de 1 ano.
Segundo um cirurgião do aparelho digestivo, é preciso mais cuidado com
as gorduras, embora o açúcar tenha assumido a fama de vilão (enquanto
uma grama de açúcar tem 4 Cal, a mesma quantidade de gordura tem 9).
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A gordura é pior, mas é preciso controlar ambas.
A boa notícia é que até quando estamos parados, gastamos energia entre
60% a 70% do que ingerimos é consumido na própria manutenção do
organismo, por meio dos processos digestivos da respiração e do
pensamento. O índice de cal gastas varia de pessoa para pessoa, e
envolve características como idade e sexo. Para emagrecer é necessário
investir em atividade física regular, capaz de aumentar de 20% a 30% o
gasto de enrgia. A grande vantagem é que o aumento da queima
calórica será mantido por cerca de 24 horas após o exercício.
Como são absorvidas as calorias?
Ao entrar no estômago, os açucares e as proteinas são quebrados por
enzimas, para permitir o aproveitamento dos nutrientes pelo organismo.
Depois de preparadas, as moléculas são obsorvidas pela corrente
sanguinea.
A corrente sanguinea leva as moléculas desdobradas para o figado, onde
tem ínicio a absorção da gordura do alimento ingerido. Os nutrientes são
metabolizados por uma enzima chamada acetil-coenzima A.
Após a metabolização dos nutrientes no figado há libertação de gás
carbónico e nergia (calórica). O gás carbónico é levado pela corrente
sanguinea aos pulmões, onde é filtrado e libertado pela respiração. A
energia é distribuida a centros vitias, como cérebro, músculos e coração,
servindo como combustível para a realização das atividades diárias.
Se o gasto energético for igual à ingestão de calorias, haverá equilibrio. Se
essa energia não for gasta num período de 3 a 6 semanas, as calorias
acumuladas no tecido muscular serão devolvidas à corrente sanguinea.
Depois de metabolizadas novamente no figado, a energia não gasta será
transformada em gordura e acumulada no tecido adiposo.
Nos homens adultos, a tendência é de formação de manto de gordura, no
abdômen. Nas mulheres, o depósito mais frequente é nos quadris.
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O que é a caloria?
Medida usada para expressar o valor energético dos alimentos, a caloria é
a quantidade necessária para elevar a temperatura de 1kg (ou litro) de
água em um grau centigrado (1ºC). Sua designação mais correta é
quilocaloria (KCal).
A quantidade de energia de um alimento é medida pela energia obtida
em sua queima. Se queimarmos a mesma quantidade de pão e amendoim
para aquecer uma mesma quantidade de água, ao medir a temperatura
da água no final da queima, perceberemos que ela fica mais aquecida
quando o amendoim é o combustivel. O amendoim liberta mais energia
por ser constituido de menor quantidade de água e por ter substâncias
mais calóricas que o pão.
Como sao absorvidas as calorias?
Os alimentos que ingerirmos são distribuidos em diferentes grupos
alimentares.
1- Hidratos de carbono (faricinos, pães, massas, batata, fruta, doces,
alcool) transformam-se em glicose, maior fonte de energia, durante a
digestão. A glicose deve ser “gasta” nas primeiras horas após sua
ingestão, caso contrário será armazenada como gordura. Cada grama
de hidratos de carbono tem 4KCal.
2- Gorduras (óleos, gordura de carnes, manteiga, margarina)
transformam-se em ácidos graxos. Cada grama de gordura tem 9Kcal.
3- Proteinas (carnes magras, leite, ovos, queijo, iogurte) transforma-se em
aminoácidos. Ajudam a manter a massa muscular e a repor vitaminas.
Se ingeridos em excesso, podem sobrecarregar rins e figado. Cada
grama de proteina tem 4Kcal.
4- Fibras e vitaminas são reguladoras do organismo. As fibras vegetais são
a parte não absorvivel dos alimentos (frutas, hortaliças, cereais
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integrais), ajudando a manter a função intestinal. As viaminas são
fornecidas por frutas, vegetais e carnes. Eliminadas praticamente
intactas nas fezes, são indespensáveis para as funções vitais e para as
defesas do organismo.
Como se dá produção de gorduras no organismo?
Variável de pessoas para pessoa, depende de mecanismos. O principal é a
ação da enzima lipase lipo proteica, que parece ser maior em pessoas como
propensão à obesidade, mesmo após elas emagrecerem (o que explicaria a
tendência de engordar após uma dieta). A gordura armazenada é derivada
do excesso de carboídratos e de gorduras, associada a uma baixa queima
calórica.
Como são queimadas as calorias ?
Os nutrientes servem de combustível para produzir adenosina trifosfato (ATP, a
energia corrente no organismo. Eles são transformados em ATP por meio de
reações químicos que ocorrem dentro das mitocôndrias das células.
O primeiro nutriente utilizado pelo organismo é a glicose, exigida pelo SNC. Em
exercícios de curta duração, como uma caminhada de 15 minutos, é nas
reservas de gordura depositadas no músculo e no fígado que o corpo vai
buscar energia, por isso nao se percebe um resultado estético.
Nos exercícios de maior duração de 40 a 60 minutos, o corpo passa a usar os
lipidos (gorduras) - as gorduras localizadas. Como a solicitação de energia é
mais lenta e constante, há tempo de ir busca-la em fontes mais calóricas, mas
também mais difíceis de "quebrar" como as gorduras.
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Quando há falta desses nutrientes no organismo, os amnoácidos (proteínas)
dos músculos são queimadas e utilizadas como combustível para produzir
energia. Esse processo pode levar ao desequilíbrio orgânico, como a queima
da chamada massa magra (músculos).
Em média, para queimar um quilo de gordura é preciso que o corpo gaste 7
mil calorias.
Como o organismo gasta a energia ?
1) consumo interno
Denominada taxa de metabolismo basal, corresponde ao mínimo de energia
que o corpo necessita para manter as suas funções vitais em repouso.
O organismo masculino gasta para se manter ativo entre 1.6 mil e 1.8 mil
calorias diárias, enquanto as mulheres 1.2 mil.
O valor depende da quantidade de massa magra (músculos, ossos, órgãos,
líquidos e outros tecidos) metabolicamente ativa. A massa gorda (gorduras)
nao consome calorias para se manter.
Para manutenção de peso, em indivíduos com pouca atividade fisca,
geralmente a quantidade de calorias necessárias varia de 1800 a 2500 kcal/
dia.
2) com as atividades físicas
A atividade física é o componente mais variável gasto de energia,
representando de 20% a 30% do gasto de energia diário total.
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O exercício aeróbico de intensidade moderada e frequente, como
caminhadas de 40 a 60 minutos, no mínimo 4 vezes por semana, é a melhor
maneira de acelarar a queima calórica. A atividade física associada a uma
alimentação equilibrada e distribuída durante a dia é a única forma de perder
peso de forma saudável, reduzindo principalmente gordura e não massa
magra.
O aumento da queima calórica começa após alguns minutos de exercício,
mas vai atingir os melhores níveis de frequência cardíaca.
Acelere o metabolismo
Quando se começa a fazer exercícios, a frequência cardíaca sobe isso
porque o coração passa a bombear mais rapidamente o sangue, garantindo
oxigênio e energia para os músculos.
Nos músculos, o trabalho das mitocôndrias, estruturas responsáveis pela
respiração celular, aumenta. São elas que transformam oxigênio em energia
para a célula.
Com isso, o metabolismo do corpo fica acelerado, e o gasto calórico é maior.
Assim, o organismo vai precisar extra, e vai busca-la na gordura acumulada no
tecido adiposo.
O melhor é que esse maior gasto calórico persiste por cerca de 24h.
Porque os músculos crescem?
Diante do esforço, as fibras musculares sofrem ruturas. Esses "machucados" são,
com o tempo, preenchidos por proteínas - é como um processo de
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cicatrização . As proteínas extra que se incorporam ao músculo fazem seu
volume aumentar, e o corpo ganha massa muscular.
Propagandas que dizem que determinados medicamentos ou "produtos
naturais" aumentam a queima calórica são enganosos. Não há comprovação
científica, e alguns produtos podem ser prejudiciais.
"Saltar refeições" nao facilita o emagrecimento. O corpo precisa de nutrientes
em quantidades pequenas, mas que sejam fornecidos a cada 3 a 4 horas.
Quem suprime uma refeição, principalmente o pequeno-almoço, fica com o
seu gasto energético reduzido para a poupar energia para o organismo.
Exercício físico nao deve ser feito em jejum. Além de nao queimar calorias
adequadamente, pode causar danos à musculatura. É indicado fazer uma
refeição leve antes de se exercitar.
Após ter emagrecido nao é indicado retornar aos "velhos hábitos" de
sedentarismo e alimentação inadequada. So consegue manutenção dos
resultados obtidos quem mantém hábitos saudáveis por toda a vida.
Como é obtida a energia que faz o nosso corpo funcionar?
A energia é obtida for nutrientes dos alimentos, como a glicose, as proteínas e
os hidratos de carbono. A ENERGIA não é nenhuma molécula: é a
capacidade que o nosso corpo tem de realizar trabalho, ou seja, fazer força
ou provocar deslocamentos. Mas, para que um pedacinho de pão nosso de
cada dia vire energia, não basta que seja engolido, mastigada e digerido. Ele
tem que ser quebrado em moléculas pequenas, que possam ser absorvidas
pelas células.
A GLICOSE é a principal dessas moléculas. O corpo humano transforma em
trabalho 30% da energia que consome, o mesmo que um automóvel.
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O restante da glicose vai para a manutenção das atividades vitais do
organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais. Por isso, temos
que abastecer a nossa "máquina" várias vezes ao dia. Para funcionar bem,
uma pessoa deve consumir, em média, 30 calorias por quilo do seu peso. Uma
pessoa com 64kl, por exemplo, deve fazer uma dieta diária de cerca de 2 mil
calorias.
GLICOSE NA VEIA
Molécula que funciona como combustível e é desdobrada até virar energia
para o corpo.
1. Como um pedaço de pão é milhões de vezes maior que uma célula, o
primeiro passo é quebra-lo em porções cada vez menores, os
HIDRATOS DE CARBONO, através da mastigação e da digestão. Isso
acontece até stevos hidratos de carbono sejam reduzidos à sua menor
unidade: a glicose. No intestino delgado, ela é absorvida pelo sistema
venoso, segue para o fígado, tecidos periféricos e finalmente à célula.
2. A glicose entra no citoplasma, a porção aquosa da célula, e sofre sua
primeira divisão. Uma molécula da glicose da origem dá origem a duas
de ácido pirúvico. Em bactérias, a respiração termina aqui – por isso o
aproveitamento energético delas é bem menor.
3. Os ácidos pirúvicos seguem para a mitocôndria, organismo responsável
pela respiração celular. Para obter mais energia, começa o CICLO DE
KREBS, uma sequência de reações. Nessa fase, o ácido perde
hidrogénios, que vão para outras moléculas e carbonos. Estes ligam-se
ao oxigéni disponivel na célula, gerando CO2, que sai na respiração.
No fim do ciclo, todos os carnbonos da glicose viram CO2.
4. Os hidrogénios que sairam da 5 molécula de ácido pirúvico tendem a
ligar-se ao oxigénio da respiração. Ao se unirem na crista da
mitocôndria, hidrogénio e oxigênio formam a famosa molécula de
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H2O. Parte dessa água é eliminada, e outra parte fica dentro da célula
atuando nas reações quimicas e ajudando a formar o citoplasma.
5. 5. Mas sobram alguns iões H+, que são atraídos para o lado interno da
membrana, que está carregado de iões negativos. Para isso, eles
passam por um caminho específico, uma espécie de "turbina" em
forma de guarda chuva, a ATP-sintase, que gira e liga um fosfato, que
já está na célula, a um ADP, que também está por ali, formando o ATP,
que fica livre para participar de outras reações nas nossas células.
6. Uma das reações que usa energia é a contração muscular. Duas das
proteínas do músculo fazem as contrações: a actina e a miosina. A
miosina liga-se ao ATP vindo da mitocôndria, e curva-se sobre a actina.
O ATP então quebra-se, libertando um fosfato e um ADP, que ficam
livres para ser recarregados novamente. Assim a actina e a miosina
deslizam uma sobre a outra, realizando o movimento.
Para que as duas se soltem e o músculo relaxe, é preciso que outro ATP
ligue à miosina, desligando as duas proteínas.
Conta energética
Para onde vai a energia que o corpo produz.
Cérebro - 19%
As sinapses (comunicação entre os neurônios) consomem a maior
parte da energia. Como tem pouco glicogenio de reserva, o cérebro
pode sofrer danos graves quando falta glicose, mesmo que por um
breve intervalo de tempo.
Músculos esqueléticos - 18%
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As contrações musculares demandam muito energia. Em atividades
físicas intensas, os músculos utilizam o glicogenio, que armazenam em
grande quantidade.
Coração - 7%
O coração depende muito da energia imediata da glicose. Por isso, a
mitocôndrias são mais abundantes no músculo cardíaco do que no
esquelético.
Baço e fígado - 27%
É principalmente no fígado que nosso stoke energético - o glicogenio -
está armazenado. É dele que retiramos a energia enquanto dormimos,
por exemplo.
Rins - 10%
A maior parte dessa energia é usada para a produção de urina. O
restante é utilizado para fabricar hormonas ou eliminar toxinas do resto
do corpo.
Bateria carregada
O ATP, ou adenosina trifosfato, é como uma bateria: carrega e descarrega
a cada vez que os H+ movem a "turbina". Mas o que o ATP tem a ver com o
pãozinho? Cada vez que 1g de glicose é queimada, 4 calorias são
libertadas, recarregando milhares de ATP's. Para fazer uma hora de aula,
por exemplo, o seu corpo consome, cerca de 126 calorias, ou seja, pelo
menos 30g de hidratos de carbono são necessários, o que corresponde a
um pão.
23. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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A energia e o ATP
Para realizar quase todas as tarefas que o nosso corpo necessita para a nossa
sobrevivência (funções biológicas), ou para que possa realizar uma ação do
nosso comando (movimentos e exercícios), é necessário um gasto de energia.
Esta energia é proveniente de uma molécula chamada ATP adenosina
trifosfato - uma molécula universal condutora de alta energia, fabricada em
todas as celular vivas.
Como se obtém energia para a atividade física ?
ATP é degradado e pode ser proveniente :
Fosfocreatina - cp (uma molécula geradora de energia)
Gorduras
Hidratos de carbono
Proteínas
É da degradação dos vários nutrientes que se obtém a energia química neles
contida, a qual possibilita todas as atividades celulares.
Este processo comporta 3 fases:
1. digestão dos alimentos
2. passagem destes nutrientes do sangue para o interior das várias células,
nomeadamente músculos
3. degradação destes nutrientes no meio intra celular.
Fontes de ATP – nutrientes
Os alimentos produzem energia para formar o ATP :
1. hidratos de carbono (glicose) - quando nao é necessário é armazenado
sob a forma de glicogenio;
24. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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2. lipidos (gorduras ácidos gordos);
3. prótidos (proteínas - aminoácidos) - proteínas musculares : actina e
miosina.
Os lipidos e prótidos só podem ser aproveitados por via aeróbia. Tem
importância no metabolismo estrutural.
Produção de ATP - 3 vias
1. anaeróbia alática - a partir da fosfocreatina (ATP+CP) sem presença
de O2.
2. anaeróbia lática - a partir dos glúcios (glicose L) sem presença de O2
3. aeróbia - a partir de todos os macronutrientes (glicólise + lipólise) exige
presença de O2
Via anaeróbia alática (ATP - CP)
A célula recorre a compostos existentes no seu interior para a produção
energética. O ATP e a CP. (fosfocreatina)
Este processo é extremamente potente (capaz de produzir grandes
quantidades de energia por unidade de tempo - potência máxima) mas de
reduzida capacidade (não se mantém por longos períodos de tempo)
Está potência máxima atinge-se entre os 3" e os 5", e a capacidade de
funcionamento festa fonte energética ronda os 10" em esforço máximo.
25. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Via anaeróbia lática (glicólise anaeróbia)
Entra em funcionamento quando se esgotam as reservas de ATP e CP e após
cerca de 5 a 10" de esforço, mas so produz energia significativa depois de 15 a
20". A sua potência máxima atinge-se entre os 30" e os 90".
A partir desse momento a produção energética decresce, esgotando-se entre
os 3 e os 6 minutos.
A célula recorre a hidratos de carbono armazenados, degradando-os em
ácido lático, por não dispor de O2 em quantidade e tempo suficientes.
Via aeróbia (glicólise aeróbia)
É a fonte de energia privilegiada nas atividades de resistência de grande
duração
Inicia-se pelo mesmo processo da fonte anaeróbia lática
Existe O2 em quantidade suficiente e o processo de degradação dos
nutrientes continua num conjunto de reações que permite uma produção
adicional.
Não há acumulação do ácido lático nos músculos.
Todos estes processos demoram entre 90" a 2' a entrar em funcionamento,
sendo que a potência energética máxima se obtém usualmente entre os 2 e
os 5 minutos.
A duração desta fonte é teoricamente infinita, desde que se mantenha o
abastecimento de nutrientes e oxigênio.
Resumindo:
produção anaeróbia glicólise e a degradação da fosfocreatina
citoplasma das células.
Produção aeróbia glicólise ou beta-óxidação das gorduras passando pelo
ciclo de krebs mitocôndria
26. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Fontes energéticas Intensidade
exercício
Duração VIA
ATP Máxima 1 a 3” Anaeróbia alática
CP Máxima 10 a 15” Anaeróbia alática
Glicogénio Sub-máxima 45 a 180” Anaeróbia lática
O2 Moderada 3 a várias horas Aeróbia
27. Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013
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Conclusão
Este dôssier, está bastante resumido, está de uma forma percetível e está de
maneira a que quem quiser, principalmente alunos do curso, ou simplesmente
interessados neste assunto, poderá consultar este dôssier, e ficar esclarecido.