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O QUE CANTOU
Adriano Correia de Oliveira
6ºK Português
Professora: Carla Rema
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão.
Tens em troca órfãos e órfãs
Tens campos de solidão.
Tens mães que não têm filhos
Filhos que não têm pai.
Coração que tens e sofre
Longas ausências mortais.
Viúvas de vivos mortos
Que ninguém consolará.
Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
Que possam cortar teu pão.
CANTAR DE EMIGRAÇÃO
Menina dos olhos tristes
o que tanto a faz chorar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Vamos senhor pensativo
olhe o cachimbo a apagar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Senhora de olhos cansados
porque a fatiga o tear
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Anda bem triste um amigo
uma carta o fez chorar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
A lua que é viajante
é que nos pode informar
o soldadinho já volta
está mesmo quase a chegar
Vem numa caixa de pinho
do outro lado do mar
desta vez o soldadinho
nunca mais se faz ao mar
MENINA DOS OLHOS TRISTES
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
TROVA DO VENTO QUE PASSA
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Mata-me com os mesmos ferros
Com que a Lira morreu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
O que mais sofre sou eu.
Mata-me com os mesmos ferros
Com que a Lira morreu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim que sou teu.
Morte que mataste Lira
O que mais sofre sou eu.
LIRA
 Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
 Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
 Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas (Refrão)
TEJO QUE LEVAS AS ÁGUAS
 Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
 Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
 Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
 Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
 refrão
 Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
 Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
 Tejo que levas nas águas
AUTORES -COMPOSITORES
Cantar de Emigração : José Niza /Rosália de Castro.
Menina dos Olhos Tristes: Reinaldo Ferreira/ José Afonso
Trova do vento que Passa: António Portugal/ Manuel alegre
Lira: canção popular açoriana
Tejo Que Levas as Águas: Adriano Correia de Oliveira/ Manuel Fonseca

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O que cantou Adriano Correia de Oliveira

  • 1. O QUE CANTOU Adriano Correia de Oliveira 6ºK Português Professora: Carla Rema
  • 2. Este parte, aquele parte e todos, todos se vão. Galiza ficas sem homens que possam cortar teu pão. Tens em troca órfãos e órfãs Tens campos de solidão. Tens mães que não têm filhos Filhos que não têm pai. Coração que tens e sofre Longas ausências mortais. Viúvas de vivos mortos Que ninguém consolará. Este parte, aquele parte E todos, todos se vão. Galiza ficas sem homens Que possam cortar teu pão. CANTAR DE EMIGRAÇÃO
  • 3. Menina dos olhos tristes o que tanto a faz chorar o soldadinho não volta do outro lado do mar Vamos senhor pensativo olhe o cachimbo a apagar o soldadinho não volta do outro lado do mar Senhora de olhos cansados porque a fatiga o tear o soldadinho não volta do outro lado do mar Anda bem triste um amigo uma carta o fez chorar o soldadinho não volta do outro lado do mar A lua que é viajante é que nos pode informar o soldadinho já volta está mesmo quase a chegar Vem numa caixa de pinho do outro lado do mar desta vez o soldadinho nunca mais se faz ao mar MENINA DOS OLHOS TRISTES
  • 4. Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país E o vento cala a desgraça O vento nada me diz. E o vento cala a desgraça O vento nada me diz. Mas há sempre uma candeia Dentro da própria desgraça Há sempre alguém que semeia Canções no vento que passa. Há sempre alguém que semeia Canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste Em tempo de servidão Há sempre alguém que resiste Há sempre alguém que diz não. Há sempre alguém que resiste Há sempre alguém que diz não. TROVA DO VENTO QUE PASSA
  • 5. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Mata-me com os mesmos ferros Com que a Lira morreu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira O que mais sofre sou eu. Mata-me com os mesmos ferros Com que a Lira morreu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira Mata-me a mim que sou teu. Morte que mataste Lira O que mais sofre sou eu. LIRA
  • 6.  Tejo que levas as águas correndo de par em par lava a cidade de mágoas leva as mágoas para o mar  Lava-a de crimes espantos de roubos, fomes, terrores, lava a cidade de quantos do ódio fingem amores  Leva nas águas as grades de aço e silêncio forjadas deixa soltar-se a verdade das bocas amordaçadas (Refrão) TEJO QUE LEVAS AS ÁGUAS  Lava bancos e empresas dos comedores de dinheiro que dos salários de tristeza arrecadam lucro inteiro  Lava palácios vivendas casebres bairros da lata leva negócios e rendas que a uns farta e a outros mata
  • 7.  Tejo que levas as águas correndo de par em par lava a cidade de mágoas leva as mágoas para o mar  Lava avenidas de vícios vielas de amores venais lava albergues e hospícios cadeias e hospitais  refrão  Afoga empenhos favores vãs glórias, ocas palmas leva o poder dos senhores que compram corpos e almas  Das camas de amor comprado desata abraços de lodo rostos corpos destroçados lava-os com sal e iodo  Tejo que levas nas águas
  • 8. AUTORES -COMPOSITORES Cantar de Emigração : José Niza /Rosália de Castro. Menina dos Olhos Tristes: Reinaldo Ferreira/ José Afonso Trova do vento que Passa: António Portugal/ Manuel alegre Lira: canção popular açoriana Tejo Que Levas as Águas: Adriano Correia de Oliveira/ Manuel Fonseca