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INTRODUÇÃO À HISTÓRIA
TUDO TEM UMA HISTÓRIA
Exemplo:
A MODA ( Num passado bem remoto...)
No Egito Antigo...
Na Idade Média...
No Século XIX/ início do XX ( a Belle Époque )...
Após a Primeira Guerra Mundial ( 1914-1918 )
Nos anos de 1960/70...
A moda como ARTE e a História como inspiração
2. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA
a)Analisa e interpreta as ações humanas ao
longo do tempo
b)Explica as mudanças de acordo com as
diferentes condições culturais, políticas,
econômicas, religiosas
c)Permite um conhecimento dinâmico do
passado ( passível de ser interpretado
diferentemente de acordo com quem o
interpreta )
Assim, nem o passado nem o presente vão ser
entendidos como algo PRONTO e ACABADO...
AULAS DO PAULO Ó.
alunosangloguara@hotmail.com
www.colegioanglocruzeiro.com
        ( provisório )
 Antiguidade e Idade Média
EXTENSIVO – ANGLO
         VAMO LÁ, GALERA!!!
1. A PERIODIZAÇÃO da HISTÓRIA ( = divisão do
passado em períodos, numa tentativa, nem
sempre adequada, de classificar as diferentes e
específicas características do passado ).
a)Divisão Tradicional:
  Pré-História: ausência de escrita
  História: presença de escrita
b) Divisão Tradicional da História Geral:
•Idade Antiga ( 4.000 a.C. – 476 )
•Idade Média ( 476 – 1453 )
•Idade Moderna ( 1453 – 1789 )
•Idade Contemporânea ( 1789 – dias de hoje )
c) Problemas (“ defeitos “) na Divisão Tradicional
•Despreza a Pré-História: se História é “ o que há
depois da escrita “, então não há “ História da
Pré-História “... ( mas isto não é verdade ! )
• É EUROCÊNTRICA: utiliza como
  marcos divisórios acontecimentos
  relacionados à história da Europa
- 476: queda do Império Romano;
- 1453: tomada de Constantinopla;
- 1789: Revolução Francesa

   E a China? E a Índia? E o Japão?
• Ao representar o passado numa “ linha do
  tempo “ ( periodização linear ), a História
  ganha características “ evolutivas “ que não
  necessariamente são adequadas.
Exemplos:
• Do Antigo para o Médio - aquilo que está no
  “ meio “ - e do Médio para o Moderno ( dando
  a impressão de que o que está no “ meio “
  não tem importância )
• Do que não sabe escrever para o que sabe...
d) Outras formas de periodizar a História:
( de acordo com os MODOS DE PRODUÇÃO )
•Modo de produção Asiático: relações de trabalho
definidas pela SERVIDÃO COLETIVA ( China, Índia, Egito,
Mesopotâmia, Pérsia, etc. )
•Modo de produção escravista: relações de produção
definidas pela escravidão ( Grécia e Roma )
•Modo de produção feudal: relações de trabalho
definidas pela SERVIDÃO PESSOAL (Europa Medieval)
•Modo de produção capitalista: relações de trabalho
definidas pelo ASSALARIAMENTO
Divisão Tradicional da História do Brasil:
•Período Colonial: 1500 – 1822
•Período Imperial/Monárquico: 1822 – 1889
•Período Republicano: 1889 – dias de hoje
Contagem de SÉCULOS:
No calendário cristão: usa como referência o
nascimento de Jesus ( ano “ 1 “ ):
•Século I: ano 1 ao ano 100
•Século II: ano 101 ao ano 200 ( e aí vai... )
OBS: dica ( “ regrinha “ ) para identificar o século
ao qual pertence o ano:
•Observar os dois últimos algarismos
Exemplo: ano 789
•Se não houver os algarismos 00: some ao 1º
algarismo ( = 7 ) um número romano ( VIII ). Aí
temos o SÉCULO VIII
•Se houver os algarismos 00: repita o mesmo
número romano do algarismo inicial. Neste
caso, o ano 700 faz parte do século VII
A PRÉ-HISTÓRIA
1. De acordo com a Divisão Tradicional: período
que antecede a origem da escrita
2. Pré-História: da origem da Humanidade à
origem da Escrita
3. Períodos da Pré-História:
a)PALEOLÍTICO ( Origem da Humanidade –
10.000 a.C. )
b)NEOLÍTICO ( 10.000 a.C. – 5.000 a.C. )
c) IDADE DOS METAIS ( 5.000 a.C. – 4.000 a.C. )
4. O PERÍODO PALEOLÍTICO ( Características )
• Sobrevivência baseada na pesca, coleta e caça
• Modo de vida NÔMADE ( não há moradia fixa
  nem noção de propriedade privada, particular
  da terra )
• Já há as primeiras manifestações de arte e
  religião, através das pinturas rupestres,
  dolmens, menires ou sambaquis )
• Já há domínio do fogo e de técnicas
  rudimentares ( = simples ) de artesanato
  ( pedra “ lascada “ )
Pinturas Rupestres
Cavernas de Lascaux ( França ). Pinturas com
mais de 17.000 anos
Menires: grandes pedras esculpidas
Dólmens: construções com 2 ou mais menires
Sambaquis: depósitos de conchas ( bastante
comuns no litoral do Atlântico )
5. O Período NEOLÍTICO ( Características )
a)De nômades, os homens passam a
SEDENTÁRIOS ( habitações fixas )
b)Ocorre a REVOLUÇÃO AGRÍCOLA ( domínio da
agricultura ), em torno de 10.000 a.C.
c) Em torno de 5.000 a.C. surgem as primeiras
Civilizações ( vida urbana, com organizações
econômicas e políticas mais complexas e
elaboradas ) e Impérios
d) Aprimoramento de armas e ferramentas
( pedra polida )
A Pedra “ lascada “
A Pedra “ polida “
6. A IDADE DOS METAIS ( Características )
a)Uso de utensílios de metal ( armas e
ferramentas )
b) Desenvolvimento da escrita
7. A Origem da Humanidade
a)Local: África
b)Como?
•Nossa espécie ( = homo sapiens sapiens )
passou por um longo processo evolutivo
•Evolução: partiu de um ancestral, o PRIMATA,
comum a outros animais, com o mesmo “
parentesco “ genético: chipanzés, gorilas,
orangotangos
•OBS: portanto, o homem não evoluiu do
macaco
Lucy: australopithecos mais antigo até
              os anos 80


 Descoberta na Etiópia em
 1974 por arqueólogos dos
 EUA, com 3,2 milhões de
 anos
A PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL




     (pintura rupestre encontrada no PIAUÍ)
Período anterior à chegada dos portugueses
1. A chegada dos primeiros habitantes da
   América ( teorias mais conhecidas)
a) Teoria do Autoctonismo ( de Florentino
Ameguino )
•italiano, naturalizado argentino, Armeguino
sugeriu que o homem americano seja
AUTÓCTONE, ou seja, surgiu e evoluiu na
própria América.
b) Teoria da Origem Polinésia ( de Paul Rivet )
•Médico francês, sugeriu que os antigos nativos
teriam atravessado o Oceano Pacífico, deixando
ilhas da Polinésia através de canoas
c) Teoria da Origem Asiática ( a mais provável )
•Sugerida por Ales Hrdlicka, é a que reúne a
maior quantidade de provas
•Segundo ela, migrações de origem asiática
entraram na América por meio do Estreito de
Bering
•Quando o Estreito de Bering transformou-se
num enorme bloco de gelo, num rigoroso
inverno na região, serviu de ponte para a
passagem de grupos provenientes da Ásia
2. Os mais antigos vestígios arqueológicos no BR
a)Parque Nacional da Serra da Capivara ( PI )

Artefatos encon-
trados na região
atestam presença
humana há
50.000 anos na
região
b) Lagoa Santa ( MG )
• Apelidada de Luzia, em homenagem à Lucy
  etíope, é a mais antiga ossada humana
  encontrada até hoje na América ( morta a
  cerca de 11.500 anos )
• É Luzia, com seus traços negros, a maior
  evidência de que a Ásia não foi a única porta
  de entrada para a América
• Luzia: evidência que serve de base para a
  Teoria da Origem Polinésia-Australiana
O EGITO ANTIGO
1. Introdução: como as mais antigas civilizações ,
 o Egito desenvolveu-se na região do chamado
                 Crescente Fértil
2. Origens e Evolução da Civilização
a) Período Pré-dinástico ( anterior a 3.200 a.C. ):
• Não há faraós, nem pirâmides
• Povo distribuído em clãs/tribos ( nomos )
• Entre 4.000-3.200 a.C. surgem dois
  reinos: um ao Norte ( Baixo Egito ) e
  outro ao Sul ( Alto Egito )
• 3.200 a.C.: 1º faraó: Narmer ou Menés
  ( unificou Alto e Baixo Egitos
• Surgimento dos primeiros hieróglifos
Hieróglifos
b) Antigo Império ( 3.200-2180 a.C. ):
•Construção das grandes pirâmides
•Capital: Mênfis
•Estruturação do Estado: vizir ( uma espécie de
1º Ministro ), e demais funcionários ( escribas e
ministros ), que recebiam terras do Faraó em
troca de seus serviços
•Os Faraós eram vistos como seres divinos
A CONSTRUÇÃO DE PIRÂMIDES




Modelos de rampas que podem ter sido usadas
        na construção das pirâmides
A MUMIFICAÇÃO
1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se
as vísceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc.)
O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a
parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se
uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro
derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos
orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.
2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão
(espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.
3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem.
Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias
para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados
dentro do corpo.
4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo
que amuletos eram colocados entre estas faixas
c) Médio Império ( 2180-1570 a.C. )
•Período marcado pela invasão e domínio dos
hicsos
•Período marcado pela ida do povo hebreu para
o Egito, em 1750 a.C.
•Durante 400 anos, o povo hebreu foi
escravizado no Egito ( Cativeiro do Egito )
•1570 a.C.: o faraó Amósis expulsa os hicsos,
dando início ao Novo Império
Carros de guerras dos hicsos
d) Novo Império ( 1570-525 a.C. )
•Destaque para: Amen-hotep, criador de
fracassada reforma monoteísta. Com o nome de
Aquenaton, instituiu o culto a Aton, deus único
•Tutancâmon: filho de Aquenaton, restaurou o
politeísmo. Morreu aos 19 anos
•Fuga dos hebreus de volta à Palestina (Êxodo)
•Ao fim do período, o Egito sofre invasões dos
assírios ( 667 a.C. ) e persas ( 525 a.C. )
e) Declínio da Civilização Egípcia:
•332 a.C.: Alexandre, o Grande, conquista o
Egito, sob domínio persa.
•30 a.C.: domínio romano sobre o Egito

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
a)ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Monarquia de
caráter TEOCRÁTICO ( O faraó era considerado
Deus )
b)Economia: baseada na agricultura de irrigação
e no comércio
c) Relações de trabalho: marcadas,
predominantemente, pela SERVIDÃO COLETIVA



PARA TEREM O DIREITO DE PRO -
DUZIR PARA SI, OS CAMPONESES
DEVERIAM SERVIR AO ESTADO,
ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE EXCE-
DENTES AGRÍCOLAS OU TRABALHOS
BRAÇAIS
d) Religião : politeísta ( = vários deuses ), de
caráter antropozoomórfico ( deuses com forma
humana ou animal )
Exemplos:
AMON = DEUS CRIADOR
ÁPIS = FERTILIDADE ( touro )
HÓRUS = DEUS DO CÉU
ÍSIS= DEUSA PROTETORA ( esposa de Osíris )
NUT= DEUSA DO CÉU
OSÍRIS= DEUS DA RESSURREIÇÃO
SETH= DESTRUIDOR/PROTETOR DO MAL
THOT= SABEDORIA
TEFNET= DEUSA GUERREIRA
A MESOPOTÂMIA ( = Iraque atual )
1. Mesopotâmia = “ terra entre rios “ ( Tigre e
   Eufrates )
2. Heranças deixadas:
a) Escrita cuneiforme: talhada em placas de
   barro com uma ferramenta chamada cunha
b) Jardins suspensos da Babilônia: construção
   em forma semi piramidal, conhecida como
   ZIGURATE.
c) Código de Hamurabi: elaborado em 1750 a.C.
   no governo do imperador Hamurabi, é um
   dos mais antigos documentos escritos
CUNHA
ESCRITA CUNEIFORME



Desenvolvida pelos
Sumérios por volta
de 3.500 a.C.
JARDINS DA BABILÔNIA




Construído pelo imperador Nabucodonosor para
       agradar sua esposa ( séc. VI a.C. )
CÓDIGO DE HAMURABI
•Possui 282 artigos
•Reflete a hierarquização das classes sociais,
privilegiando homens livres em prejuízo de
escravos; homens em prejuízo de mulheres
•Tem vários artigos inspirados na Lei de Talião
( “ Olho por olho, dente por dente “ ), em que a
pena é proporcional ao crime cometido.
•Regulamenta questões ligadas à família,
dívidas, saúde, propriedade, crime, etc.
Art. 02: “ Se alguém fizer uma acusação a
outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio,
se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse
da casa do culpado, e se ele escapar sem
ferimentos, o acusado não será culpado, e então
aquele que fez a acusação deverá ser condenado
à morte, enquanto que aquele que pulou no rio
deve tomar posse da casa que pertencia a seu
acusador “
Art. 195. “Se um filho bater em seu pai, ele terá
suas mãos cortadas”.
Art. 196. “Se um homem arrancar o olho de
outro homem, o olho do primeiro deverá ser
arrancado [Olho por olho].”
Art. 197. “Se um homem quebrar o osso de
outro homem, o primeiro terá também seu
osso quebrado”.
Art. 200. “Se um homem quebrar o dente de um
seu igual, o dente deste homem também
deverá ser quebrado” [ Dente por dente]
Art. 215. “Se um médico fizer uma grande
incisão com uma faca de operações e salvar o
olho, o médico deverá receber 10 shekels em
dinheiro”.
Art. 216. “Se o paciente for um homem livre, ele
receberá cinco shekels.”
Art. 217. “Se ele for o escravo de alguém, seu
proprietário deve dar ao médico 2 shekels”.
Art. 218. “Se um médico fizer uma incisão com
uma faca de operações e matar o paciente, suas
mãos deverão ser cortadas”.
3. Organização Política: Estado Teocrático
(semelhança com o Egito )
4. Economia: predomínio da servidão coletiva
( camponeses recebiam terras arrendadas pelo
Estado e eram obrigados a lhe entregar os
excedentes.
5. Religião: politeísta ( como no Egito )
•Principais deuses mesopotâmicos:
•Enlil: deus do vento e da chuva
•Shamach: deus de Sol
• Ischtar: deusa da chuva, da primavera e da
  fertilidade
• Marduque: deus protetor da cidade de Babel (
  Babilônia )
• Anu: deus do céu
• Enki: deus das águas

           ANU
6. Principais povos: sumérios, acádios, amoritas
( 1º Império Babilônio ), caldeus ( 2º Império
Babilônio ) e assírios
a)SUMÉRIOS:
•Mais antigo povo da Mesopotâmia
•Criadores da escrita cuneiforme
b) ACÁDIOS:
•Dominaram os sumérios ( por volta de 2.250
a.C. )
c) AMORITAS:
• Dominaram a região entre 2.000 e 1.750 a.C.
• Principal cidade: Babel ( = Babilônia )
• Imperador de destaque: Hamurabi
d) ASSÍRIOS:
• dominaram a região entre 1.300 e 612 a.C.
• Transferiram a capital para Nínive
• Principal imperador: Assurbanipal ( construiu
  a Biblioteca de Nínive, com mais de 22.000
  placas cuneiformes )
• Invadiram o Egito, em 667 a.C.
e) CALDEUS:
•dominaram a região entre 612 e 539 a.C.
•Principal imperador: Nabucodonosor II ( Torre
de Babel e Jardins da Babilônia )
•Após sua morte, a região foi incorporada ao
Império Persa
OS HEBREUS
1. Localização antiga: PALESTINA
2. Maior particularidade dos hebreus:
•Primeiros povos da Antiguidade a estruturar-se
em torno do MONOTEÍSMO RELIGIOSO ( = 1 só
deus )
•Monoteísmo hebreu: originou o JUDAÍSMO,
raiz religiosa do CRISTIANISMO e do
ISLAMISMO, posteriormente
•Outra importante herança: BÍBLIA ( Antigo
Testamento, em especial )
3. Evolução Histórica:
a) Fase dos Patriarcas ( 2000 a.C. – 1180 a.C. )
• patriarcas: chefes tribais, primeiros líderes
  políticos e religiosos
• Principais patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó,
  Moisés
• 2.000 a.C.: Abraão deixa a Mesopotâmia e
  migra para a Palestina, considerando-a a Terra
  Prometida ( = Canaã )
• Durante cerca de 400 anos, o povo hebreu
  permanece sob a escravidão no Egito, até
  cerca de 1250 a.C.
• ÊXODO: fogem do Egito de volta a Canaã
Êxodo
b) Fase dos Juízes ( 1180 – 1010 a.C. )
•juízes: líderes militares que surgem após a
morte de Moisés
•Organizam a luta pela reconquista da Palestina
( ocupada por outros povos durante o Cativeiro
do Egito )
•Principal Juiz: JOSUÉ ( 1º juiz, conquistou a
cidade de Jericó, reintroduzindo os hebreus na
Terra Prometida )
c) Fase dos Reis ( 1010 – 936 a.C. )
•As várias tribos hebraicas são unificadas em
torno de uma MONARQUIA TEOCRÁTICA ( os
reis, neste caso, eram REPRESENTANTES de
Deus )
•Primeiro rei: Saul
•Segundo rei: Davi ( estabeleceu Jerusalém
como capital )
•Terceiro rei: Salomão ( auge da Monarquia/
construção do Templo de Jerusalém )
d) Fase do Cisma ( 936 a.C. )
•Após a morte de Salomão, as 12 tribos dividem-
se em 2 reinos: Judá e Israel
O CISMA HEBRAICO
            REINO de ISRAEL

               Capital =
               SAMARIA
            REINO DE JUDÁ

               Capital =
             JERUSALÉM
4) Domínio estrangeiro e declínio
•Após o Cisma: Palestina invadida várias vezes e
hebreus submetidos a épocas de servidão e
escravidão
•722 a.C.: Reino de Israel dominado pelos
Assírios
•589 a.C.: Reino de Judá dominado pelos
Caldeus ( Babilônios )
•333 a.C.: Palestina dominada pelos Macedônios
•63 a.C.: Palestina dominada pelos Romanos
• Ano 1: nascimento de Cristo, judeu de origem
• Ano 134: ainda sob domínio romano, foram
  expulsos da região e se espalharam pelo
  Mundo, acontecimento que ficou conhecido
  como DIÁSPORA.
• Século VII: Palestina dominada pelos árabes
  muçulmanos
• Século XIX: surge o movimento SIONISTA
  ( defendendo o retorno dos judeus para a
  Palestina )
• Holocausto: extermínio nazista de 6.000.000
  de judeus na Europa dominada por Hitler
• 1947: ONU faz partilha
 de terras entre judeus
 ( Estado de Israel ) e
árabes palestinos
 ( Estado Palestino )
• De lá para cá, a região tem sido palco
  constante de conflitos entre os dois povos
INTIFADA: REVOLTA POPULAR
 PALESTINA CONTRA ISRAEL
A FENÍCIA ( LÍBANO ATUAL )
1. Importância na Antiguidade:
• Grandes navegadores e criadores do alfabeto
2. Organização Política: Cidades-Estado ( cada
uma era um “país”, de caráter monárquico )
3. Religião: politeístas (principais deuses):
•Baal
•Astarteia
•Dagon,
•Ayan
•Anat



                      ( Astarteia )
3. Auge: 1200 a.C. – 800 a.C., quando fundaram
diversas cidades na costa mediterrânea e
espalharam o alfabeto e suas mercadorias,
como o vidro
4. Declínio: 539 – 65 a.C.
•539 a.C.: Ciro, rei persa, domina a região
•332 a.C.: Alexandre, rei macedônio, domina
Tiro, a principal cidade
•146 a.C.: romanos dominam a região, vencendo
Cartago ( fundada pelos fenícios )nas Guerras
Púnicas
OS PERSAS ( Irã atual )
1) Origem: Planalto do Irã atual

  povoado pelos povos medos e persas
2) Destaques para os imperadores:
•550 a.C.: Ciro, rei dos persas, vence os medos e
unifica os 2 povos
•525 a.C.: Cambises conquistou o Egito
• Auge: Dario I        maior conquistador, foi
barrado pelos gregos, nas GUERRAS MÉDICAS,
perdidas em definitivo por Xerxes
3) Especificidades dos persas na Antiguidade:
a)Criação de um eficiente sistema
administrativo, as SATRÁPIAS ( como se fossem
províncias ), e do DÁRICO ( moeda ), igualmente
criadas por Dario I
b)DUALISMO RELIGIOSO: sistema formado por
duas entidades sobrenaturais ( MAZDA ou
ORMUZ, associada ao BEM e ARIMÃ, associado
ao MAL )
    chamado tbm mazdeísmo ou zoroastrismo
( por ter sido fundado por Zoroastro )
MAZDA/ORMUZ
ARIMÃ
CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL
             ( Características Gerais )
•Organização Política: Monarquias Teocráticas
•Estado: proprietário das terras e dos
excedentes
•Sociedades rigidamente estratificadas, com
raríssima mobilidade: posição social
determinada pelo nascimento
•Relações de produção e trabalho assinaladas
pela SERVIDÃO COLETIVA
GRÉCIA ANTIGA
  INTRODUÇÃO: O CONCEITO DE ANTIGUIDADE
                     CLÁSSICA
•Surgiu na época do Renascimento e referia-se
ao período da Antiguidade que deveria ser
estudado na escola ( em “ classe “ ): Grécia e
Roma
•Refere-se também a uma concepção
EUROCÊNTRICA, por considerar indispensável,
um “ clássico “, o estudo dos dois povos que
exerceram maior influência na formação da
cultura europeia
EUROCENTRISMO
• TERMO QUE REVELA UMA PRESUMIDA
  SUPERIORIDADE DA CULTURA E DOS DEMAIS
  VALORES EUROPEUS SOBRE OS DEMAIS
  POVOS
• NO EUROCENTRISMO: OS VALORES
  EUROPEUS SÃO TOMADOS - pelos europeus,
  é claro - COMO CENTRO DE REFERÊNCIA
Antiguidade Oriental    Antiguidade Ocidental
(primeiras civiliza-        ( ou Clássica )
      ções )              Gregos e Romanos
Egito, Mesopotâmia,
Persas, Hebreus, Chi-
na, Índia, Fenícia
                          dotados de suposta
                            superioridade
1. Localização (Europa e Ásia Menor )
2. Povoamento:
a)A partir de 2.000 a.C. a Península Balcânica foi
povoada por diversos povos: pelasgos, cretenses
e indo-europeus (aqueus, eólios, jônios e dórios)
b)O povoamento da Grécia, também conhecida
como HÉLADE, é o resultado da miscigenação ( =
mistura ) destes três povos: pelasgos, cretenses
e indo-europeus
c)O período de povoamento da Grécia é
chamado de Pré-Homérico ( séc. XX - XII a.C. )
3. Período Pré-Homérico ( séc. XX – XII a.C. )
•Gradual povoamento da Península Balcânica
•Período Neolítico: 1º povoamento ( Pelasgos )
•2.000 a.C.: Península Balcânica invadida pelos
cretenses ( forma-se a civilização creto-micênica
)
•1.400 a.C.: Península Balcânica invadida pelos
aqueus, vindo logo após os eólios e jônios
•1.200 a.C.: invasão dos dórios provoca a
Primeira Diáspora Grega (dispersão dos gregos
pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor )
• Invasão dórica destrói as bases da primeira
  civilização instalada na Grécia, de base
  cretense ( minoica ) e aqueia ( micênica ) e
  inaugura novo período ( Homérico )

                                       ruínas do
                                       Palácio de
                                        Cnossos,
                                       destruído
                                      pela invasão
                                       dos dórios
4. Período Homérico ( séc. XII – VIII a.C. )
•Marcado pela dispersão ( 1ª Diáspora ) dos
gregos pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor
•Formação de novas comunidades humanas, os
GENOS ( comunidades familiares, chefiadas por
um líder político, militar e religioso, o PATER )
•Período Homérico: assim chamado por causa
das obras de Homero – Ilíada e Odisseia
( principais fontes escritas do período )
GUERRA DE TRÓIA
•Evento ocorrido no século VIII a.C. entre as
cidades gregas e a cidade de Tróia ( na Ásia
Menor ) , também conhecida como Ílion
•Causa da guerra ( de acordo com Homero ):
rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de
Esparta. Autor do rapto: Páris, filho do rei de
Tróia ( = Príamo )
•Causa do rapto: rivalidade de Afrodite, aliada
dos troianos, contra Palas Atena, protetora dos
gregos.
• Afrodite embeleza Páris, que seduz Helena
  durante a viagem de Menelau a Creta.
• Ilíada: narra a Guerra dos gregos contra os
  troianos para recuperar Helena
• Odisseia: narra o retorno de Ulisses, rei de
  Ítaca, para os braços de sua esposa Penélope
• Tanto na Ilíada quanto na Odisseia, fundem-se
  elementos da mitologia quanto informações
  da cultura e da sociedade gregas
ILÍADA
ODISSEIA
• Ao final do Período Homérico, ocorre novo
  processo de urbanização, em que os GENOS
  transformaram-se em PÓLIS, ou CIDADES-
  ESTADO
• PÓLIS = CIDADE-ESTADO = “CIDADE-PAÍS”




  Cidades gregas = politicamente autônomas,
     independentes entre si; na Grécia nunca
   houve uma unidade política ou um Império
5. Período Arcaico ( séc. VIII – VI a.C. )
•Desenvolvimento das cidades-estado gregas
•Destaque para as cidades de Atenas e Esparta
      ATENAS                        ESPARTA
I. ESPARTA
• Localização: região da Lacônia, no Vale do
  Peloponeso
• Fundada pelos dórios em região
  anteriormente habitada por comunidades de
  aqueus
• Economia: terra ( propriedade estatal ).
  Cultivada pelos hilotas
• Sociedade: formada por
ESPARTÍATAS: descendentes dos dórios, eram os
  únicos detentores de direitos políticos e de
  terras
PERIECOS: aqueus livres, porém sem direitos
políticos. Dedicados ao comércio e ao
artesanato.
HILOTAS: aqueus escravizados, não tinham
direitos políticos
•Organização Política: OLIGARQUIA

                  ( poucos no poder )
•Principais Instituições políticas:
DIARQUIA: 2 reis, de origem dória
GERÚSIA: assembleia formada por 28 cidadãos
com mais de 60 anos. Fiscalizavam o governo e
os costumes
ÁPELA: assembleia formada por cidadãos com
mais de 30 anos. Elaborava as leis e elegia o
EFORATO: composto por 5 cidadãos eleitos para
o mandato de 1 ano



  TODOS OS ÓRGÃOS POLÍTICOS DE ESPARTA
ERAM OCUPADOS SOMENTE POR ESPARTÍATAS
• ENSINO: priorizava a formação militar dos
  espartíatas
• Dos 7 aos 30 anos a preparação dos
  espartíatas era voltada para a guerra, estando
  o soldado proibido até de casar.
• Pela KRIPTEIA, um soldado deveria decapitar
  um hilota, a fim de mostrar destreza e ganhar
  suas próprias armas
     ESPARTA: OLIGARQUIA +
     MILITARISMO + XENOFOBIA
II. ATENAS
• Localização: Ática
• Fundada pelos jônios
• Economia: propriedade particular da terra;
  economia priorizada pelo comércio marítimo
• Sociedade: mais dinâmica e diversificada que
  a espartana, era formada por:
EUPÁTRIDAS: proprietários das melhores terras;
  aristocracia rural; oligarquia local.
  Inicialmente, somente eles eram cidadãos
GEORGÓIS: pequenos proprietários
DEMIURGOS: comerciantes
THETAS: camponeses sem terra
THECNAYS: artesãos
METECOS: estrangeiros
ESCRAVOS: inicialmente, eram os endividados.
Posteriormente, os prisioneiros de guerra
•ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: de uma oligarquia,
passou a uma tirania – até atingir a
DEMOCRACIA
•PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS:
BULÉ ( ou CONSELHO DOS 500 ): cidadãos que
elaboravam as leis
ECLÉSIA: assembleia de cidadãos que votava as
leis elaboradas pela Bulé
ARCONTADO: “ prefeitura “
OSTRACISMO: medida punitiva que bania por 10
anos os cidadãos condenados por ameaçar os
valores da democracia
  ATENAS = DEMOCRACIA DIRETA E
  EXCLUDENTE + VIDA INTELECTUAL
            DINÂMICA
• CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA
                     ATENIENSE
# apenas homens livres e nascidos de pai e mãe
  atenienses eram considerados cidadãos
# era DIRETA: todos os cidadãos, numa
  instituição ou noutra, sempre poderiam
  participar do sistema
# era EXCLUDENTE: mulheres, escravos,
  estrangeiros não chegaram a ganhar o direito
  à cidadania
# chegou ao auge no século V a.C.
6. Período Clássico ( séc. V – IV a.C. )
•Auge da civilização
Ex: os grandes filósofos ( Sócrates, Platão e
Aristóteles ) são do século V a.C.
•Auge de Atenas e Esparta
Ex: o sistema democrático em Atenas chegou ao
apogeu
•Ocorrência de grandes guerras ( Médicas e
Peloponeso )
AS GUERRAS MÉDICAS ( 500 – 479 a.C. )
• Gregos X Persas (= chamados de medos )
• Causa: expansionismo persa ameaça cidades
  gregas da Ásia Menor
• Estopim: aliança entre Atenas e Mileto contra
  a ocupação persa de Mileto - cidade grega da
  Ásia Menor. Daí, Dario I promoveu a invasão
  da Península Balcânica
• Principais batalhas: Termópilas, 480 a.C. ( 300
  espartanos derrotados por milhares de persas,
  após resistência no desfiladeiro que leva o
  nome da batalha )
O DESFILA-
DEIRO DE
TERMÓPILAS
Batalha de Salamina ( 480 a.C. )
• Batalha naval entre Atenienses e persas,
• Comandando a frota ateniense, Temístocles
  conseguiu deter os persas em Salamina

Batalha de Platéia ( 479 a.C. )
• O exército da Confederação de Delos
  ( coalizão de cidades lideradas por Atenas )
  derrota definitivamente os persas
A GUERRA DO PELOPONESO ( 431-404 a.C. )
• Confederação de Delos ( Atenas )

               X
Liga do Peloponeso ( Esparta )
Causas:
• Cidades ligadas a Esparta repudiavam o
  controle de Atenas sobre o tesouro de Delos (
  recursos doados para a guerra contra os
  persas )
• Hegemonia/Imperialismo ateniense e seu
  modelo democrático
7. Período Helenístico ( séc. IV – II a.C. )
• A Guerra do Peloponeso levou ao
  enfraquecimento das cidades gregas
• A fragilidade dos gregos facilitou a invasão do
  Reino da Macedônia
• Período Helenístico = declínio da Grécia
• Período Helenístico = sobrevivência da cultura
  grega pelas mãos de Alexandre ( Imperador
  Macedônio )
• Alexandre: propagou a cultura grega,
  fundindo-a a outras culturas
Invasões macedônias
IMPÉRIO MACEDÔNICO
• Alexandre, o Grande, propagou a cultura
  grega através de casamentos entre seus
  soldados e mulheres oriundas das terras
  conquistadas ( ele próprio desposou uma
  princesa persa )
• Escolas e bibliotecas gregas foram fundadas
  por terras conquistadas
• Fim do período helenístico: em 146 a.C., com
  o domínio romano estedido sobre as terras de
  conquista macedônia
Complemento
A religião grega: politeísta e antropomórfica
• Zeus: deus principal
• Afrodite: deusa do amor e da beleza
• Dionísio: deus do vinho e da fertilidade
• Atena: deusa da sabedoria e protetora na
  guerra
• Apolo: Deus do Sol, da Medicina, da Música e
  da Profecia
• Ártemis: deusa da Lua, protetora das cidades
• Hera: esposa de Zeus, protetora do
  casamento, das crianças e do lar
• Deméter: protetora das colheitas, cereais e
  dos frutos
• Hermes: mensageiro dos homens
• Ares: deus da guerra e filho de Zeus e Hera
• Hefesto: deus da metalurgia
• Poseidon: deus dos mares
• Hades: deus das profundezas terrenas
A Filosofia grega:
•Precedida pela MITOLOGIA:
-MITOS: relatos inspirados na tradição oral,
religiosa, marcado pela primazia da lenda e da
fantasia
•FILOSOFIA ( séc. V a.C. ): organização RACIONAL
do conhecimento, dedicada ao pensamento
lógico, à ética e à política
-Principais filósofos: Sócrates, Platão e
Aristóteles
( Unesp-2008 ) O mapa mostra a área ocupada
por cidades e territórios colonizados pelos
gregos entre os séculos VIII e VI a.C.
A constituição dessa área de colonização deveu-se
(A) aos conflitos entre Atenas e Esparta,
denominados Guerra do Peloponeso.
(B) aos conflitos entre gregos e persas,
denominados Guerras Médicas.
(C) aos problemas derivados do crescimento
demográfico e da escassez de terras.
(D) ao expansionismo resultante da aliança
militar chamada Liga de Delos.
(E) ao fim da escravidão por dívidas,
estabelecido por Drácon na Lei das 12 Tábuas.
RESPOSTA:
    C
( Unesp 2010 ) A Ilíada, de Homero, data do
século VIII a.C. e narra o último ano da Guerra
de Troia, que teria oposto gregos e troianos
alguns séculos antes. Não se sabe, no entanto,
se esta guerra de fato ocorreu ou mesmo se
Homero existiu. Diante disso, o procedimento
usual dos estudiosos tem sido:
(A) desconsiderar os relatos atribuídos a
Homero, pois não temos certeza de sua
procedência, nem se eles nos contam a verdade
sobre o passado grego
(B) identificar na obra, apesar das dúvidas,
características da sociedade grega antiga, como
a valorização das guerras e a crença na
interferência dos deuses na vida dos homens.
(C) desconfiar de Homero, pois ele era grego e
assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da
completa neutralidade que todo relato histórico
deve ter.
(D) acreditar que a Guerra de Troia realmente
aconteceu, pois Homero não poderia ter
imaginado tantos detalhes e personagens tão
complexos como os que aparecem no poema.
(E) descartar o uso da obra como fonte histórica,
pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a
Ilíada é um relato literário e não foi escrita com
rigor e precisão científica
RESPOSTA:
    B
ROMA ANTIGA
1. ORIGEM E POVOAMENTO
• Séc. X - VIII a.C.: Península Itálica povoada
   por etruscos, sabinos, samnitas, gregos ( ao
   sul – Magna Grécia ), latinos ( região
   conhecida como Latio, daí latinos ) e outros
   povos
• Latinos: fundadores de Roma, inicialmente
   uma tribo gradualmente evoluída para uma
   Cidade-Estado
• Mito de Origem: Rômulo e Remo
2. MONARQUIA ( 753 a.C. – 509 a.C. )
• Período de escassa documentação
• Exemplo: são conhecidos apenas os nomes
    dos reis lendários, de acordo com a
    literatura de Virgílio ( Eneida ) e Tito Lívio
    ( Ab urbi condita libri )
a) ORGANIZAÇÃO SOCIAL / POPULAÇÃO
• Gens ( ou clã ): primeiro núcleo de
    povoamento ( sistema familiar semelhante
    aos genos gregos )
• Cada gens era chefiado por um pater família
    ( líder político, religioso e militar )
• Do termo pater, nasceu o termo patrício
PATRÍCIOS: descendentes dos latinos; donos das
  melhores terras e detentores exclusivos da
  cidadania
CLIENTES: plebeus pertencentes ao círculo de
  proteção dos patrícios, prestando-lhes
  serviços militares ou domésticos.
PLEBEUS: membros da população em geral. Em
  sua maioria, pequenos proprietários.
  Proibidos de casar com os patrícios.
ESCRAVOS: plebeus endividados ( maioria ) ou
  prisioneiros de guerra
b) PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS
• SENADO: assembleia criada pelos pater
  família. Principal função: confirmar a eleição
  do rei
• CÚRIA: assembleia que elegia o rei, exercia
  funções judiciais e confirmava as decisões do
  rei
• MONARQUIA: inicialmente em mãos patrícias,
  passou por fases de domíno etrusco. A fim de
  eliminar o último rei, de origem etrusca
  ( Tarquínio ), os senadores proclamaram a
  República, em 509 a.C.
3. REPÚBLICA ( 509 a.C. – 27 a.C. )
a)PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS
• SENADO: 300 membros, de origem patrícia.
    Faziam as leis ( poder Legislativo )
• ASSEMBLEIAS ( a maioria de domínio patrício
    ): elegiam as magistraturas.
• MAGISTRATURAS: órgãos auxiliares do
    Senado, funcionavam como espécies de “
    ministérios “ atuais, sendo eleitos
    anualmente. Exemplos:
# CONSULES: em número de 2, convocavam o
  Senado e comandavam o Exército. Mais
  importante magistratura. Exerciam o papel do
  atual poder executivo. Cada um tinha o poder
  de veto sobre a decisão de outro. Caso não
  houvesse consenso, era eleito um ditador
  para o período de 6 meses
# PRETORES: Ministravam a justiça em Roma, no
  campo e nas províncias, das quais muitos
  eram nomeados governadores
# TRIBUNOS DA PLEBE: surgiram por pressões
  dos plebeus, a quem representavam. Tinham
  o poder de vetar leis que contrariavam o
  interesse da plebe, embora o veto de um
  pudesse ser vetado por outro tribuno ( “
  aliado “ de um patrício )
# EDIS: cuidavam da conservação da cidade,
  limpeza e policiamento
# CENSORES: cuidavam do censo ( = alistamento
  populacional )
# QUESTORES: responsáveis pela arrecadação e
  administração de impostos
b) PRINCIPAIS ASSUNTOS DO PERÍODO
                 REPUBLICANO:
      b.1) REVOLTA DO MONTE SAGRADO
                  ( 494 a.C. )
• Causa: plebeus não tinham direito de participar das
  magistraturas
• Procedimento: milhares de plebeus retiraram-se de
  Roma e ameaçaram construir nova cidade
• Desfecho: como eram importantes no serviço militar,
  tiveram do Senado a criação do Tribunato da Plebe
b.2) 450 a.C.: Lei das XII Tábuas. Por iniciativa
  dos tribunos, o Senado aprovou a 1ª legislação
  escrita (a fim de limitar a manipulação da
  justiça em mãos patrícias)
b.3) As pressões plebéias ainda produziram a
  aprovação das Leis:
• Canuléia ( 445 a.C. ): permitiu o casamento
  entre plebeus e patrícios
• Licínia ( 367 a.C. ): aboliu a escravidão por
  dívida e instituiu o número de 2 cônsules: um
  patrício e outro plebeu
b.4) EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA
• Metas: terras ( cereais ), escravos, saques e
  tributos
• Etapas: Península Itálica (1º) e Bacia do
  Mediterrâneo ( 2º )
• Principal Episódio: Guerras Púnicas ( 264 a.C. –
  146 a.C. ), entre romanos e cartagineses pelo
  controle da ilha da Sicília )
GUERRAS PÚNICAS (264 a.C. – 146 a.C.)
• Primeira Guerra ( 264 a.C. – 241 a.C. ): vencida
  por Roma, objetivava o controle da Sicília
• Segunda Guerra ( 218 a.C. – 201 a.C. ): teve
  como objeto a Espanha e como palco a Itália.
  Nova vitória de Roma
• Terceira Guerra ( 149 a.C. – 146 a.C. ): vitória
  romana. Cartago foi anexada como província
  da África. Garante também domínio sobre
  vastas terras
ROMA APÓS AS GUERRAS PÚNICAS
ROMA APÓS TODA A EXPANSÃO
b.5) CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO
                     TERRITORIAL
•   Domínio de todas as terras banhadas pelo
    Mediterrâneo ( = Mare Nostrum )
•   Maior destinação de riquezas a Roma;
•   Massificação da escravidão;
•   Ascensão dos “homens novos” ( grupo de
    plebeus enriquecidos com o comércio )
•   Êxodo rural ( plebeus em massa para Roma =
    1 milhão de habitantes no séc. I )
•   Formação do latifúndio escravista
• Helenização da cultura romana ( influência
  grega nos valores de Roma )
• Fortalecimento do poder e prestígio dos
  militares ( generais ) romanos. Exemplo:
  Guerra Civil entre os generais Mario e Sila
  (que invadiu Roma com seu Exército, antes de
  ser derrotado )
• Crise da República: enfraquecimento do
  Senado e ascensão política de novos atores.
  Exemplo: Irmãos Graco e Júlio César (morto
  no Senado em 44 a.C.)
TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA DOS IRMÃO
                      GRAGO
Tibério Graco(tribuno da plebe,eleito cônsul)
• Propôs, sem sucesso, o fim do latifúndio e um
  limite para a concentração de terras. Foi
  assassinado

Caio Graco ( tribuno da Plebe )
• propôs, sem sucesso, a Lei Frumentária, que
  daria aos pobres o direito de comprar cereais
  a preço de custo. Foi assassinado
• Formação dos Triunviratos: alianças políticas
  entre personalidades que se fortaleceram ao
  longo da expansão
1º Triunvirato ( 59 – 53 a.C. ): aliança informal
  entre Júlio César, Pompeu e Crasso. Desfeito
  por César X Pompeu
2º Triunvirato ( 43 – 33 a.C. ): aliança oficial
  ( reconhecida em eleição ) entre Marco
  Antônio, Lépido e Otávio ). Termina com a
  disputa entre Marco Antônio e Otávio
• 27 a.C.: Otávio proclamado 1º imperador
4. O IMPÉRIO ROMANO ( 27 a.C. – 467 )
a)  O ALTO IMPÉRIO ROMANO (séc. I – III)
•   Auge do Império
•   PAX ROMANA
•   Política do Pão e do Circo
a.1) Organização Social ( de acordo com a
    renda )
• Ordem Senatorial: homens com mais de 1
    milhão de sestércios
• Ordem Equestre: homens com mais de
    400.000 sestércios
• plebeus: trabalhadores do comércio,
  artesanato, pequenos lavradores
• Escravos: prisioneiros de guerra
• a.2) POLÍTICA DO PÃO E DO CIRCO
• Criada por Otávio ( 1º imperador )
• Estratégia política das elites para manter a
  população plebéia minimamente alimentada e
  distraída
• Meios: distribuição gratuita de cereais e
  espetáculos circenses ou de gladiadores
Circus maximus
Ruínas do Circus Maximus
a.3) PAX ROMANA:
• Sistema que garantia o controle das terras
  conquistadas
• Ao mesmo tempo estabelecia laços de
  integração com os povos dominados
• Meios: presença de funcionários e legiões e
  mercadores ( levavam mercadorias e
  costumes a toda parte, latim, Direito
  Romano(Jus Civilis e Jus Gentium), estradas ( “
  todos os caminhos levam a Roma, aquedutos,
  termas, etc)
Muralhas de Adriano ( Inglaterra )
Ponte de Gard – sul da França
Termas de Bath ( Reino Unido )
b) BAIXO IMPÉRIO ROMANO (séc. IV – V)
• Declínio do Império
• Crise do século III / crise do escravismo
        ( fator interno do declínio )
• Invasões bárbaras
        ( fator externo do declínio )
 • Transição para o feudalismo: gestação de um
      novo MODO DE PRODUÇÃO ( FEUDAL )
b1.) A CRISE DO ESCRAVISMO ( séc. III )
• Diminuição das guerras de conquista
• Diminuição da mão-de-obra escrava ( crise do
  escravismo )
• Propagação do cristianismo
• Queda na produtividade agrícola
• Inflação: menos comida X mesma quantidade
  de consumidores
• Queda na arrecadação de impostos
• Desinteresse pelo serviço militar
• Vulnerabilidade das fronteiras
INVASÕES BÁRBARAS
• Migrações e, posteriormente, invasões
  bárbaras nas cidades romanas
• Êxodo urbano ( = ruralização ): falta de
  abastecimento + invasões levam ao
  abandono das cidades e um recuo para a vida
  rural
 Exemplo: Roma, no ano 476, tinha pouco mais
              de 50.000 habitantes
b.2) EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
• Fator de desestabilização do Império
• Valores cristãos: incompatíveis com os valores
  do Império
• Valores do Império: militarismo, escravismo e
  politeísmo
• Valores cristãos: pacifismo, igualitarismo,
  monoteísmo
• Imperadores: perseguição aos cristãos
  ( escravizados, executados na cruz, etc. )
b.3) TENTATIVAS PARA SALVAR ROMA
• Ano 313: Constantino decreta o Edito de
  Milão e concede liberdade de culto aos
  cristãos
• Ano 332: Constantino cria a Lei do Colonato,
  abolindo a escravidão e instituindo a servidão
• Ano 380: Teodósio decreta o Edito de
  Tessalônica e institui o cristianismo como
  religião única e oficial do Império
• Ano 395: Teodósio divide o Império Romano
  em 2 unidades
DIVISÃO DO IMPÉRIO ROMANO
( Fuvest – 2010 )
Cesarismo/cesarista são termos utilizados para
caracterizar governantes atuais que, a maneira
de Júlio César ( de onde o nome ), na Antiga
Roma, exercem um poder:
a)Teocrático;
b)Democrático;
c)Aristocrático;
d)Burocrático;
e)Autocrático.
RESPOSTA:
    E
A IDADE MÉDIA ( séc. V – XV )
O IMPÉRIO BIZANTINO ( séc. V – XV )
1. Principais Características
• Corresponde ao ex-Império Romano do
   Oriente
• Sobreviveu à crise do escravismo romano e
   às invasões bárbaras
• Auge: reinado de Justiniano
• Conservou e propagou heranças do antigo
   Império Romano
• Nele ocorreu o Cisma do Oriente, 1ª grande
   separação no cristianismo
2. O reinado de Justiniano ( 527 – 565 )
• Sistematizou as leis romanas no Código de
  Direito Civil ( Corpus Juris Civilis )
• Construiu a Basílica de Santa Sofia
• Intensificou o controle pessoal sobre a Igreja
  Cristã ( Cesaropapismo ) e consolidou a
  doutrina monofisista
• Consolidou e expandiu o Império Bizantino,
  recuperando territórios do antigo Império
  Romano
CATEDRAL DE SANTA SOFIA ( séc. V )
MOSAICO BIZANTINO
3. CISMA DO ORIENTE ( 1054 )
• Cisma = Separação da Igreja Cristã em Católica
  Apostólica Romana e Ortodoxa Grega, em
  1054
• Motivos – os bizantinos:
# queriam a missa em grego
# não acreditavam na natureza humana de Jesus
  – eram MONOFISISTAS
# não aceitavam a adoração de imagens – eram
  ICONOCLASTAS
IGREJA ORTODOXA GREGA


                 Autoridade
                   máxima:
                   Patriarca
                      de
                 Constantino-
                     pla
OS POVOS GERMÂNICOS
1. Oriundos da Germânia ( região em torno da
  Alemanha ), invadiram o Imp. Romano
• Eram chamados de BÁRBAROS pelos romanos
• Barbarum: estrangeiro; termo de caráter
  depreciativo
• Viviam em tribos
• Não escreviam
• Suas leis eram orais ( Direito
  Consuetudinário )
• Eram politeístas
• Formaram diversos reinos na parte ocidental
  do antigo Império Romano
• Converteram-se ao Cristianismo para serem
  aceitos e reconhecidos. Em troca, doavam
  terras ao clero católico
 Transmitiram valores e costumes para a
  formação do SISTEMA FEUDAL, na Idade
  Média ( séc. V – XV ). Exemplo:
O COMITATUS: costume germânico entre
  guerreiros e seus chefes. Em troca de
  fidelidade e lealdade, os guerreiros ganhavam
  terras de seus chefes
Comitatus: base das relações entre os nobres
            ( senhores feudais )
2. O REINO FRANCO
• Mais importante dos reinos germânicos
  formados na Europa;
• Seus reis foram os primeiros a se converterem
  ao Cristianismo;
• Foram os que mais terras doaram ao clero
• Foi o maior em extensão, constituindo-se no
  Império Carolíngeo;
• Carlos Magno foi o imperador de maior
  importância, coroado pelo Papa Leão III no
  ano 800
Tratado de Verdun: fim do Império Carolíngeo
A CIVILIZAÇÃO ÁRABE E O ISLAMISMO
1. Arábia Pré-Islâmica
• Dividida em tribos independentes,
    governadas por chefes ( = xeques )
• Religião: politeísmo ( 360 deuses, incluindo
    Alá )
• Meca e Iatreb: principais cidades
• Meca: abrigava o santuário politeísta da
    Caaba ( conservado por Maomé )
• Coraixitas: tribo de Meca que administrava a
    Caaba
Caaba: poupada por Maomé
Pedra Negra: segundo a crença árabe, foi
   recebida por Abraão do anjo Gabriel
2. Origem do islamismo
• 570: nascimento de Maomé ( fundador do
  islamismo ), em Meca
• 590: casamento de Maomé com Cadija ( rica
  viúva de Meca ), com quem tem 6 filhos
  ( Fátima: 1ª filha )
• Assumindo a caravana da esposa, Maomé
  viajou pela Arábia. Conhecendo judeus e
  cristãos bizantinos, converteu-se ao
  Monoteísmo em 611
• Coraixitas ( politeísta ): perseguem Maomé
  ( monoteísta )
• 622: Maomé foge para Iatreb ( = Medina ),
  acontecimento conhecido como Hégira
• 622: Hégira = fuga de Maomé ( ano 1 do
  calendário muçulmano )
• 630: Maomé conquista Meca e, pela força do
  islã, torna-se o 1º governante árabe
• 632: morte de Maomé
3. Expansão do islamismo:
• Ocorre após a morte de Maomé
• Feita pelos califas ( sucessores de Maomé )
• Unidade Política, Militar e Religiosa: fatores
  que propagaram o islamismo. Exemplo:
• Jihad ( Guerra Santa ): promessa de Alá a
  Maomé de que o paraíso seria a recompensa
  para quem lutasse pelo islã
Dados de 2011
4. Características principais do islamismo:
• Monoteísmo ( idêntico ao cristão e judeu )
• Alcorão: principal livro sagrado ( revelação
    divina a Maomé )
• Suna: livro que narra episódios da vida do
    Profeta ( Maomé )
• Jejum e abstinência sexual ( ao longo do
    dia ), durante o mês de Ramadã
    ( novembro )
• 5 orações ao dia, voltadas para Meca
• Hajj: peregrinação a Meca, ao menos 1 vez
5. O Islamismo Hoje
• Religião que mais cresce no mundo
• Sunitas: maior ramificação do islamismo
# acreditam no Alcorão e na Suna
# não aceitam Abu Talib ( tio de Maomé ) como
  1º sucessor do profeta
• Xiitas: minoria no mundo muçulmano
# acreditam somente no Alcorão
# para eles, Abu Talib é o 1º sucessor de Maomé
6. Equívocos / ignorâncias sobre o islamismo
• “O islamismo é uma religião violenta”
• George Bush, ex-presidente dos EUA, é cristão
• Promoveu a invasão do Afeganistão e do
  Iraque ( países muçulmanos )
• Afeganistão: caçar Osama bin Laden ( sunita,
  autor do atentado de 11/09/2001 )
• Iraque: apreender armas de destruição em
  massa, fato nunca comprovado
• Segundo a ONG britânica IBC, 79% dos
  162.000 mortos no Iraque entre 2003-2011
  são civis
Você já leu alguma notícia sobre atentados
   terroristas de autoria muçulmana em
                  Taubaté?
           ( Mesquita em Taubaté )
168 mortos e mais de 500 feridos ( 19/04/1995 )
              ( Oklahoma – EUA )
Timothy McVeigh, condenado a morte por
   autoria no atentado de Oklahoma City
“As lideranças da Liga da Juventude Islâmica
                        Beneficente
do Brasil manifestou-se contra o terrorismo e afirmou
            que o Islã não dá suporte a ações
terroristas. Ainda assim, existiram retaliações contra
        alguns muçulmanos. Casas tiveram suas
   paredes pichadas com frases agressivas – “fora
             terroristas” –, houve ameaças de
  empregadores às muçulmanas que usavam o véu,
       algumas muçulmanas foram impedidas de
utilizarem transportes públicos e outras tiraram seus
              véus com medo de retaliações e
                       agressões”
      MARQUES, Vera Lúcia ( UFMG ). O Islã no Brasil. In 26ª Reunião
  Brasileira de Antropologia. Porto Seguro – BA ( 01-04 de junho de 2008 )
• “ O uso do véu é obrigatório e a mulher
      muçulmana é tratada com repressão “
( Coleção da designer Tuan Hasnah – Festival de Moda Islâmica
                       na Malásia, 2010 )
“nas comunidades formadas por imigrantes
 muçulmanos em Goiás, usar ou não usar o véu é
          uma opção individual. Algumas
delas dizem que não usam o véu islâmico por não
      suportarem “a pressão e as chacotas das
pessoas na rua”. Mesmo assim, dizem se sentirem
     “muçulmanas de coração” (Borges, 2004).
 Por outro lado, na comunidade muçulmana de
   Brasília, a maioria das muçulmanas não usa o
  véu, mas assume a vontade de usá-lo quando
               sentirem-se preparadas”
(MARQUES, Vera Lúcia.O Islã no Brasil. In 26ª Reunião Brasileira de
     Antropologia. Porto Seguro – BA, 01-04 de junho de 2008)
“A muçulmana que usa o véu sente-se nua
    quando sai na rua sem ele. Imagine se
fôssemos obrigados a sair nus nas ruas… É um
   constrangimento, analisa a estudante de
Antropologia da USP Jamile Pinheiro, 22 anos,
                 muçulmana.”
        Site: opiniaoenoticia.com.br
               ( 03/11/2006 )
ENEM – 2008
Existe uma regra religiosa, aceita pelos
praticantes do judaísmo e do
islamismo, que proíbe o consumo de
carne de porco. Estabelecida na
Antiguidade, quando os judeus viviam
em regiões áridas, foi adotada, séculos
depois, por árabes islamizados, que
também eram povos do deserto. Essa
regra pode ser entendida como:
A) uma demonstração de que o islamismo é um
   ramo do judaísmo tradicional.
B) um indício de que a carne de porco era
   rejeitada em toda a Ásia.
C) uma certeza de que do judaísmo surgiu o
   islamismo.
D) uma prova de que a carne do porco era
   largamente consumida fora das regiões
   áridas.
E) uma crença antiga de que o porco é um
   animal impuro.
Resposta:
   E
O FEUDALISMO
1. Surgiu da decomposição do Império Romano e das
    invasões bárbaras
• O Império Romano Ocidental perdeu sua unidade
  política e foi fragmentado em reinos chamados de
                        feudais
• Os reinos formados, de origem germânica,
  também tinham, como característica política,
  a fragmentação – ou o poder político
  descentralizado
• Cada fragmento territorial ficou conhecido
  como FEUDO
• Cada feudo era comandado por um SENHOR
  FEUDAL
• SENHORES FEUDAIS: MEMBROS DA NOBREZA
FEUDO
• Na nobreza, eram encontrados
  personalidades de importâncias diferentes
• Nem todo nobre era um senhor feudal
• Para ser senhor feudal era necessário ter
  terras. Ter, portanto, um feudo
• Um senhor feudal adquiria um feudo:
# por herança ( normalmente o primogênito )
# entrando para o clero, pois a Igreja também
  possuía terras
# ou jurando fidelidade, lealdade e proteção
  militar a outro senhor feudal que, em troca,
  dava-lhe terras também
• Cerimônia da HOMENAGEM: através da qual
  um senhor feudal MAIOR oferece título e
  terras a um nobre em troca de proteção
• As relações entre os nobres eram regidas,
  portanto, pela SUSERANIA e pela
  VASSALAGEM
• VASSALO: nobre que jurava fidelidade e
  lealdade ao senhor que lhe dava terras
• SUSERANO: senhor que doava parte de seu
  feudo a um nobre em troca de proteção
• SUSERANOS + VASSALOS = SENHORES
  FEUDAIS e MAIS IMPORTANTES MEMBROS DA
  NOBREZA
NOBREZA: dedicada à função militar
2. A SOCIEDADE FEUDAL
• Era composta por nobres, clérigos ( =
  membros do clero, da Igreja Católica ), uma
  minoria de trabalhadores livres ( também
  conhecidos como vilões ) e por uma maioria
  de trabalhadores braçais conhecidos como
  servos
• Era ESTAMENTAL: ou seja, não permita
  ascensão social entre as classes. Assim, um
  servo não poderia, em regra, ser
  transformado num nobre
• As camada sociais eram estáticas, com papéis
          rigidamente estabelecidos
• O clero era formado tanto por membros da
  nobreza quanto das classes inferiores:
• O ALTO CLERO era formado pela NOBREZA
• O BAIXO CLERO era formado pelas CLASSES
  INFERIORES ( vilões ou servos )
• Alto clero: Papa, Cardeais, Bispos, Arcebispos
  e Abades
• Baixo clero: padres comuns ( párocos )
3. ECONOMIA E RELAÇÕES DE TRABALHO
• Economia natural, de subsistência, voltada
  para atender as necessidades imediatas.
• Comércio ( em regra ): de baixa intensidade,
  restrito a regiões próximas do feudo, a base
  de troca, in natura
• Relações de trabalho: a classe trabalhadora,
  em sua maioria, estava submetida à servidão
• Principais obrigações servis em relação aos
  nobres: corveia, talha, banalidade.
• Corveia: obrigação do servo de trabalhar na
  reserva senhorial ( terras do feudo reservadas
  ao sustento do senhor feudal )
• Talha: entrega, para o senhor feudal, de parte
  do que o servo produz para si na reserva
  servil ( terras do feudo reservadas ao
  sustento do servo )
• Banalidade: taxa paga ( em espécie ) ao
  senhor feudal pelo uso de equipamentos ou
  instalações produtivas do feudo. Ex: forno,
  moinho
O TRABALHO SERVIL: corveia, talha e banalidade
4. O ISOLAMENTO COMERCIAL E CULTURAL EUROPEU
    NA IDADE MÉDIA: RELAÇÃO COM O ISLAMISMO
(UNESP-2010) Com a ruralização, a tendência à
autossuficiência de cada latifúndio e as
crescentes dificuldades nas comunicações, os
representantes do poder imperial foram
perdendo capacidade de ação sobre vastos
territórios. Mais do que isso, os próprios lati-
fundiários foram ganhando atribuições
anteriormente da alçada do Estado. (Hilário
Franco Jr. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense,
1986. Adaptado.) A característica do
feudalismo mencionada no fragmento:
(A)o desaparecimento do poder militar,
    provocado pelas invasões bárbaras.
(B) a fragmentação do poder político central.
(C) o aumento da influência política e financeira
    da Igreja Católica.
(D)a constituição das relações de escravidão.
(E) o estabelecimento de laços de servidão e
    vassalagem.
Resposta:
    B
A IGREJA ( CATÓLICA ) NA IDADE MÉDIA
1. Instituição ( = organização ) de maior
  influência na sociedade
2. Motivo: controlava a produção e a
  reprodução do Conhecimento ( Ciência,
  Filosofia, Arte ) e dos valores ( moral,
  certo/errado )
3. CULTURA MEDIEVAL = TEOCÊNTRICA

A religião e o clero eram o centro de referência
  para o Conhecimento, os valores e costumes
Copistas: religiosos responsáveis pela
    reprodução literária da época
Clero: único segmento da sociedade que
     conservou o domínio da escrita/leitura




Desta forma, o controle do Conhecimento ficava
         assegurado pela Igreja Católica
Exemplo do teocentrismo medieval:
“E o sol se deteve, e a lua parou, até que o
    povo se vingou de seus inimigos. Não
  está isto escrito no livro de Jasar? O sol,
  pois, se deteve no meio do céu, e não se
  apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
                 (Jos 10, 13) “

 BASE BÍBLICA PARA O GEOCENTRISMO
4. Igreja Católica na Idade Média: fortemente
  identificada aos interesses da nobreza
• Alto clero: formado por membros da nobreza
  e dela recebia terras como doação
• O governo da Igreja estava sob o comando da
  nobreza, nem sempre interessada na
  dimensão espiritual e pastoral da vida
  eclesiástica ( = do clero )
• Assim, por um longo período, o alto clero
  deixou de ter interesse pelas necessidades das
  camadas inferiores da sociedade
Alto Clero: distante das classes
           inferiores
5. HERESIAS MEDIEVAIS: movimentos de
  contestação em relação ao clero. Exemplos:
• Cátaros: mesclavam ensinamentos do
  cristianismo e do zoroastrismo ( antiga religião
  persa ). Negavam, por exemplo, a existência
  do inferno
• Valdenses: afirmavam que o clero estava mais
  preocupado com sua riqueza do que com a
  religião. Negavam o sacramento da penitência
  e confessavam os pecados uns aos outros
6. A ordem de Cluny:
• Movimento de monges que pretendeu conter
  parte do relaxamento de costumes que se
  instalou no clero
• Surgido na Abadia ( = mosteiro ) de Cluny, na
  Borgonha ( França )
• Inspirava-se na Regra de São Bento ( monge
  do séc. VI ), em que o monge deve consagrar
  sua vida à meditação e ao trabalho
• Irradiou mais de 1.000 mosteiros pela Europa
Monges: na oração
Monges: trabalho intelectual ou artesanal
7. Reações do alto clero contra as heresias:
• Criação do Tribunal da Santa Inquisição:
  tribunal eclesiástico que julgava e condenava (
  as vezes à morte ) indivíduos acusados de
  heresia
• Permissão para o funcionamento das Ordens
  Mendicantes, desde que elas fossem
  alinhadas ao comando do Papa
    Ordens Mendicantes: grupos de religiosos
   dedicados à assistência espiritual e social dos
                     mais pobres
Tribunal da Inquisição: tortura
e execução...
São Francisco de Assis
Franciscanos: trabalho junto aos
            pobres
8. O CISMA DO OCIDENTE ( 1378 – 1417 )
• Período em que a Igreja Católica possuiu 2
  papas: um era escolhido pelos reis franceses e
  outro pelos cardeais italianos
• Cativeiro de Avignon ( 1309 – 1377 ): período
  em que a sede do Papado deixou de ser Roma
  e passou a ser a cidade francesa de Avignon
  ( causa do Cisma do Ocidente )
• Início do séc. XIV: escolha do Papa sob
  pressões do rei francês Filipe, o Belo
• Para ter o Papa Clemente V perto de si, Filipe,
  o Belo o sequestrou, levando-o para Avignon
• Durante cerca de 70 anos, a sede do Papado
  deixou de ser Roma – fato que desagradou os
  cardeais italianos e outros reis católicos
• Cisma do Ocidente: exemplo do quanto a
  Igreja Católica medieval esteve vulnerável aos
  interesses políticos da nobreza e da realeza
As Cruzadas Medievais ( séc. XI –
             XIII )
1. Expedições de caráter religioso, político,
militar e comercial em direção ao Oriente Médio
e norte da África
•Interesses religiosos: retomar o controle de
Jerusalém para os cristãos ( interesse que
agradava aos Papas )
•Interesse político/militar: nobres sem feudo na
Europa viam nestas expedições a oportunidade
de saquear riquezas e obter terras fora do
continente
• Interesses comerciais: para os comerciantes,
  as expedições representavam a oportunidade
  de obter mercadorias orientais por preços
  mais baratos e aumentar suas margens de
  lucro
• Por outro lado, as Cruzadas serviram de
  válvula de escape para a explosão
  demográfica ocorrida no século XI
• Além disso, aliviaram o problemas sociais
  decorridos do aumento populacional.
  Exemplo: guerras entre nobres
2. A 1ª Cruzada ( 1096 – 1099 )
• Convocada pelo Papa Urbano II, no Concílio de
  Clermont ( França ), em 1095:
   “Façamos que aqueles que estão promovendo a
     guerra entre fieis marchem agora a combater
    contra os infiéis e conclua em vitória uma guerra
    que deveria ter se iniciado há muito tempo. Que
   aqueles que por muito tempo tem sido foragidos,
  que agora sejam cavaleiros. Que aqueles que estão
   pelejando com seus irmãos e parentes, que agora
  lutem de maneira apropriada contra os bárbaros.”
Primeira Cruzada ( 1096-1099 )
• Precedida pela Cruzada Popular ( dos
  Mendigos ): o monge Pedro, o Eremita, reuniu
  uma multidão de fiéis e partiu para o Oriente,
  massacrando até mesmo judeus que viam
  pelo caminho. Chegou a Constantinopla mas,
  sem recursos, dispersou-se e apenas poucos
  chegaram a se juntar aos cavaleiros da
  Primeira Cruzada
• também conhecida como Cruzada dos Nobres
• chefiada por Godofredo de Bulhão e
  Boemundo de Taranto ( nobres )
• atacaram, dominaram Jerusalém e fundaram
  4 reinos feudais no Oriente: Condado de
  Edessa, Principado de Antioquia, Condado de
  Trípoli e o Reino de Jerusalém
• para defenderem estes reinos, a nobreza criou
  ordens de monges cavaleiros, como OS
  TEMPLÁRIOS, OS HOSPITALÉRIOS E OS
  TEUTÔNICOS
Os 4 Reinos fundados após a 1ª Cruzada
3. A Segunda Cruzada (1147-1149)
• Convocada por Bernardo de Claraval (monge)
  e Eugênio III ( Papa )
• Liderada por Luis VII ( França ) e Conrado III
  ( S.I.R.G. )
• Contou com o apoio dos Templários
• Fracassou ao tentar atacar a cidade de
  Damasco
• Grupos de cavaleiros franceses, holandeses e
  ingleses conquistaram Lisboa, a convite de
  Afonso Henriques ( 1º rei de Portugal )
4. A Terceira Cruzada (dos Reis)
• Pregada pelo Papa Gregório VIII
• Liderada pelos reis Filipe Augusto ( França ),
  Frederico Barba Ruiva ( SIRG ), morto ao
  atravessar o rio Danúbio e Ricardo Coração de
  Leão ( Inglaterra )
• Causa da Cruzada: defender Jerusalém,
  tomada pelo sultão muçulmano Saladino
• Derrotados, negociaram a manutenção de
  Chipre e Acre e a ida de peregrinos a
  Jerusalém, desde que desarmados
5. A Quarta Cruzada ( apelidada de Comercial )
• Convocada pelo Papa Inocêncio III, não teve
  Jerusalém como destino
• Financiada por um rico duque de Veneza,
  Enrico Dândolo
• Os participantes atenderam ao pedido de
  Aleixo IV, imperador bizantino ( em disputa
  com o tio Isaac II pela disputa do trono )
• Destino: a cidade de Constantinopla
  (importante entreposto comercial no
  Oriente ), transformada em reino latino
  ( cristão ) até 1261
Principal consequência da 4ª Cruzada: conquista
     de terras comercialmente importantes
6. A Quinta Cruzada ( 1217-1221 )
• Pregada pelo Papa Inocêncio III
• Liderada por André II ( rei da Hungria ) e
  Leopoldo VI ( duque da Áustria )
• Teve como estratégia o ataque ao Egito para,
  depois, conquistar Jerusalém
• Não obteve sucesso em nenhum dos dois
  objetivos.
7. 6ª, 7ª e 8ª Cruzadas
Sexta Cruzada ( 1128-1229 ):
• Liderada por Frederico II ( imperador do SIRG )
• Ao invés de atacar Jerusalém, Frederico II
  negociou com o sultão Al-Kamil ( sobrinho de
  Saladino ) o controle de Belém e Nazaré na
  Palestina
• Por defender a tolerância entre cristãos e
  muçulmanos, Frederico II foi excomungado
  pelo Papa Gregório IX
Sétima Cruzada ( 1248-1254 ):
• Convocada pelo Papa Inocêncio IV
• Liderada pelo rei Luis IX ( França ), levou
  35.000 combatentes para o Egito
• Capturado, Luis IX foi libertado após o
  pagamento de 800.000 peças de ouro,
  livrando também todos os prisioneiros
  cristãos
• Posteriormente, foi canonizado pelo Papa
Oitava Cruzada ( 1270 )
• Também liderada por Luis IX ( FRA )
• Alvos: o Egito e a Tunísia
• Fracassou nos dois objetivos
• Antes de regressar, Luis IX foi acometido pela
  Peste Negra e morreu em Túnis
• Em 1497 foi canonizado pelo Papa Bonifácio
  VIII
8. Consequências das Cruzadas
• Objetivo religioso ( retomar Jerusalém ) não
  foi atingido ( somente nas duas primeiras
  Cruzadas )
• Principal consequência: retomada das
  atividades comerciais de longa distância entre
  Europa, Oriente Médio e norte da África,
  provocando o chamado RENASCIMENTO
  COMERCIAL E URBANOe gerando mudanças
  no sistema feudal
O RENASCIMENTO COMERCIAL E
      URBANO ( séc. XIII – XV )
• Processo que marcou a retomada das
  atividades comerciais entre Europa e Oriente
• Conhecido também como Pré-Capitalismo,
  onde ocorre a transição do sistema feudal ao
  sistema capitalista
• Marcado pela ascensão da burguesia ( classe
  social dedicada ao comércio, artesanato e
  atividades bancárias )
Novas rotas comerciais terrestres e marítimas
1. O surgimento da burguesia
• burgos: edificações muradas e construídas
   em torno de castelos, mosteiros ou no
   cruzamento de estradas e rios
• Burguesia: buscava a proteção de senhores
   feudais e membros do clero, estando
   vinculada ao sistema feudal
BURGOS: SUBMETIDOS AOS SENHORES FEUDAIS
Burgo de Bagnone – Itália ( séc. XV )
2. Organizações próprias da burguesia:
a)Corporações de Ofício ( ou Guildas )
• Associações de artesãos de um mesmo ramo
• Organizadas para impedir a concorrência
b) Hansas:
• Associações de comerciantes de uma cidade
  ou região
• Organizadas para impedir a concorrência de
  mercadores de outras regiões ou negociar
  Cartas de Franquia com os senhores feudais
CARTAS DE FRANQUIA


   Taxas pagas pela burguesia aos
    senhores feudais em troca de
liberdade de atuação no interior dos
               burgos
Liga Hanseática: reuniu dezenas de cidades
3. Obstáculos impostos à burguesia pela
  nobreza e clero:
• Pagamento de taxas de entrada ( “ pedágio “ )
  de feudo para feudo
• Falta de segurança nas estradas e de uma
  legislação criminal entre feudos
• Usura ( = empréstimo de dinheiro a juros ):
  prática condenada como pecado pela Igreja
• Diferença de moedas, pesos e medidas entre
  feudos
JARDA: VARIÁVEL DE SENHOR PARA SENHOR FEUDAL E
           DE BURGUÊS PARA BURGUÊS
( ENEM-2011 ) Se a mania de fechar, verdadeiro
 habitus da mentalidade medieval nascido talvez
de um profundo sentimento de insegurança,
estava difundida no mundo rural, estava do
mesmo modo no meio urbano, pois que uma
das características da cidade era de ser limitada
por portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al . “Séculos XIV-XV”.
In : ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada
da Europa Feudal à Renascença.
As práticas e os usos das muralhas sofreram
importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está diretamente
relacionado com:
A)o crescimento das atividades comerciais e
urbanas.
B)a migração de camponeses e artesãos.
C)a expansão dos parques industriais e fabris.
D)o aumento do número de castelos e feudos.
E)a contenção das epidemias e doenças.
RESPOSTA:
    A
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS
             NACIONAIS
1. Processo que levou à formação dos países
   europeus, sob a forma de monarquias
2. Causa: aliança entre burguesia e reis
• burguesia: interessada em remover os
   entraves ( = obstáculos ) impostos pela
   nobreza e o alto clero
• Reis: interessados em recuperar poderes –
   perdidos com a descentralização feudal
3. Características gerais dos Estados Nacionais
• Centralização do poder em torno dos reis
• Reis: determinavam a padronização das
  moedas, medidas, pesos, justiça, impostos,
  gramática
• Fonte de poder real: Exército ( mantido com o
  dinheiro dos impostos )
• Principal fonte de impostos: burguesia
• Papel da nobreza: serviço militar
• Papel do clero: ideológico ( aliado do rei )
Estado Nacional: rei forte, burguesia favorecida, clero e nobreza
            aliadas e classes populares ignoradas
FORMAÇÃO DA MONARQUIA FRANCESA

•   Principal exemplo de monarquia nacional
•   1ª dinastia: Capetíngea ( 987-1328 )
•   1º rei Hugo Capeto
•   Principais reis:
-   Filipe Augusto
-   Luis IX
-   Filipe, o Belo
1. Filipe Augusto ( Filipe II ): 1180-1223
• Início da centralização política
• Formação de um Exército Nacional
• Expansão das fronteiras: domínio do norte da
  FRA ( Normandia )
• Fontes de renda: Cartas de Franquia
2. Luis IX: 1226-1270
• Padronização da justiça, inspirada no Direito
  Romano
• Adoção de uma moeda única
3. Filipe, o Belo: 1285-1314
• Amplia a centralização
• 1302: cria os Estados Gerais ( = Parlamento ) e
  aprova o pagamento de impostos pelo clero
• Conflitos com o Papa Bonifácio VIII
• 1303: Filipe, o Belo interfere na eleição de um
  Papa francês ( Clemente V )
• 1309: rei da FRA “prende” Clemente V e muda
  sede do Papado para Avignon e provoca, mais
  tarde, o Cisma do Ocidente
FORMAÇÃO DA MONARQUIA NACIONAL
                      INGLESA
1. Primeira dinastia: Normanda ( 1066-1154 )
• 1º rei: Guilherme da Normandia – invade a
  ING e vence Haroldo II ( último rei feudal /
  anglo-saxão da ING )
• Cria os shires ( condados )
• Nomeia sheriffs ( funcionários do Estado –
  arrecadação de impostos sobre nobres e
  burgueses )
2) 2ª Dinastia: Plantageneta (1154-1453 )
                 ( principais reis )
a) Henrique II ( 1154-1189 )
• Cria um sistema judicial único no país
  ( Common Law )
b) Ricardo Coração de Leão ( 1189-1199 )
• Derrotas militares para os franceses ( disputa
  pelo norte da FRA ) e aumento de impostos
• Afastamento por ocasião das Cruzadas
  fortalece a nobreza feudal
c) João Sem Terra ( 1199-1216 )
• Derrotas para a FRA ( perde acesso para
   Flandres ) na Batalha de Bouvines ( 1214 )
• Confisca e depois devolve terras do clero e
   ganha ( oposição do Papa Inocêncio III )
• Aumento de impostos: descontentamento faz
   nobreza e clero redigirem a CARTA MAGNA
   ( documento que limitava os poderes do rei )
• 1215: João Sem Terra assina a Carta Magna
   ( documento que inspirou a criação do
   Parlamento ( 1295 )
GUERRA DOS CEM ANOS ( 1337-1453 )
1. ING X FRA ( vence )
2. Causas:
a) Disputa do trono francês

   Filipe de Valois   X   Eduardo III


Sobrinho paterno de       neto materno de
   Filipe, o Belo           Filipe, o Belo
b) Disputa sobre Flandres: maior centro europeu de
        produção têxtil, sob domínio da FRA
3. Sobre a guerra:
• Travada em solo francês
• Armagnacs ( franceses a favor da FRA – sul )
• Borguinhões (franceses a favor da ING - norte)
• 1315-1317: Grande Fome na FRA
  ( desnutrição e falta de higiene nas cidades )
• 1347-1350: Peste Negra
• 1358: Jacqueries ( revoltas camponesas )
• Até 1422: domínio inglês sobre 1/3 da FRA
• Rei Carlos VII ( 1403-1461 ), não reconhecido
  pelos borguinhões: nacionalismo



                      messianismo
                ( Joana D’arc: 1412-1431 )

                 comanda tropas e conduz
                 Carlos VII ao trono da FRA
FASE FINAL DA GUERRA
• 1430: captura de Joana D’arc pelos
  borguinhões. Julgada pelo Santo Ofício e
  executada em 1431
• 1453: Carlos VII vence a ING
4. Consequências da guerra:
• Consolidação da Monarquia francesa
• Enfraquecimento da nobreza e do
  campesinato ( mortes )
• Fortalecimento da realeza francesa
• Eclosão da Guerra das Duas Rosas na ING
5. Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 )
• Disputa pelo trono inglês
• Lancaster: nobreza feudal



   York: nobreza “mercantil”
• Henrique Tudor: Lancaster casado com uma
  York, vence a guerra e é coroado novo rei
  ( início da dinastia Tudor: 1485-1603 )
(FUVEST) No processo de formação dos estados
Nacionais da França e da Inglaterra, podem ser
identificados os seguintes aspectos:
 a) Fortalecimento do poder da nobreza e
retardamento da formação do estado moderno.
b) Ampliação da dependência do rei em relação aos
senhores feudais e à Igreja.
c) Desagregação do feudalismo e centralização política.
d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo
comercial.
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o
Estado e a Igreja.
RESPOSTA:
    C
A CRISE DO SISTEMA FEUDAL
   ( Crise dos séculos XIV e XV )
•Guerras: diminuem o número de
nobres e fortalecem o poder real
•Peste: queda na produção servil;
conflitos servos X nobres; abre
brecha para o desenvolvimento
urbano ( burgos )
A PESTE NEGRA ( 1347 – 1350 )
• Pandemia que matou 1/3 da população
  europeia
• Causa: infecção causada pelo pasteurella
  pestis ( bacilo alojado no couro cabeludo de
  ratos )
• Origem: Ásia
• Relação com o renascimento Comercial e
  Urbano e as péssimas condições de vida nas
  cidades européias ( falta de saneamento /
  subalimentação / Guerra dos Cem Anos )
O MAPEAMENTO DA PESTE NEGRA
• RELAÇÃO ENTRE PESTE E CRISE DO SÉC XIV ( =
  crise do sistema feudal ):
# Peste: dizimou 1/3 da população ( maioria
  camponeses )
# senhores feudais: submeteram servos a
  corvéias mais prolongadas
# servos: revoltas camponesas ( mais mortes ) e
  fuga para as cidades ( nova alternativa para os
  servos – livres dos senhores feudais )
   declínio das relações de produção feudais
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS PORTUGUESA E
                  ESPANHOLA
1. Portugal: 1ª monarquia nacional européia
• séc. VIII-XV: Guerra da Reconquista na
   Península Ibérica

reinos cristãos                  mouros
  ( feudais )                ( muçulmanos )
SÉC. XI: SURGE O CONDADO PORTUCALENSE
• Séc. XI: D. Afonso VI cede parte do reino de
  Leão ao nobre francês Henrique de Borgonha (
  em troca de auxílio contra os muçulmanos )
• Séc. XII ( 1140 ): Independência de Portugal
  ( promovida por Afonso Henriques, filho de
  Henrique de Borgonha )
• 1140-1385: dinastia de Borgonha – expulsão
  dos mouros e centralização política

PORTUGAL: precocidade como Estado Nacional
Séc. XIV: enquanto a Europa estava em crise, Portugal
prosperava no comércio litorâneo com os italianos
1383-1385: Revolução de Avis



   Reino de Leão e Castela tentam retomar o
        controle do território português



   João de Avis, nobre português, alia-se à
 burguesia, vence Castela e é aclamado novo
 rei. Início da Dinastia de Avis ( 1385- 1580 )
2. Espanha:
• Também formada a partir da Guerra da
  Reconquista



   Reinos feudais uniram-se para combater
    os mouros: Leão, Castela ( principais ),
               Navarra e Aragão
• 1492: Isabel de Castela vence os
  muçulmanos em Granada e completa a
  unificação da ESP
A CULTURA MEDIEVAL
1. Em poucas palavras: TEOCÊNTRICA
2. O teocentrismo medieval limitou o livre
   progresso da Ciência, fator que identificou a
   Idade Média aos termos “Idade das Trevas” e
   “ Noite de Mil Anos”
3. Porém:
• Mesmo teocêntrica, a cultura medieval tem
   suas relevantes expressões. Exemplos:
a) Arquitetura:
ARQUITETURA ROMÂNICA: PAREDES GROSSAS, INTERIOR
    ESCURO, VERTICALIDADE, ALTA IDADE MÉDIA
BASÍLICA DE SÃO SERNIN – FRANÇA
BASÍLICA DE APARECIDA – BRASIL
ARQUITETURA GÓTICA: VERTICALIDADE, ARCOS OGIVADOS,
INTERIOR CLARIDADE, VITRAIS COLORIDOS, BAIXA IDADE MÉDIA
           ( CATEDRAL DE COLÔNIA – ALEMANHA )
Catedral de Notre Dame, Reims - França
GÓTICO: CLARIDADE INTERIOR
Catedral de Notre Dame, Reims - França
b) Filosofia/Teologia
• Principais pensadores: Santo Agostinho e
  Santo Tomás de Aquino ( correntes diferentes
  de pensamento )
• Agostinho: contra o Livre Arbítrio, incapaz de
  levar o homem à Salvação. Base da doutrina
  da Pre-Destinação.
• Aquino: a favor do Livre Arbítrio
 Livre Arbítrio: capacidade racional de escolher
          entre bem e mal, certo e errado
c) Economia
• Também influenciada pelo teocentrismo
• Temas como salário, preços e lucro. Exemplos:
• Usura = empréstimo a juros. Condenada pela
   Igreja Católica por ferir o princípio de preço
   justo
• Preço Justo: justo preço é aquele bastante
   baixo para poder o consumidor comprar, sem
   extorsão, e suficientemente elevado para ter o
   vendedor interesse em vender e poder viver de
   maneira decente.
d) Universidades
•exemplo: Paris ( fundada por volta de 1170 )
•Professores nomeados pelo bispo da cidade
(Fuvest 2008) Se, para o historiador, a Idade
Média não pode ser reduzida a uma “Idade das
Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser
lembrada dessa maneira, como um período de
práticas e instituições “bárbaras”.
Com base na afirmação acima, indique e
descreva
a) duas contribuições relevantes da Idade
Média.
b) duas práticas ou instituições medievais
lembradas negativamente.

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Antiguidade e idade média

  • 2. TUDO TEM UMA HISTÓRIA
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. Exemplo: A MODA ( Num passado bem remoto...)
  • 10. No Século XIX/ início do XX ( a Belle Époque )...
  • 11. Após a Primeira Guerra Mundial ( 1914-1918 )
  • 12. Nos anos de 1960/70...
  • 13. A moda como ARTE e a História como inspiração
  • 14. 2. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA a)Analisa e interpreta as ações humanas ao longo do tempo b)Explica as mudanças de acordo com as diferentes condições culturais, políticas, econômicas, religiosas c)Permite um conhecimento dinâmico do passado ( passível de ser interpretado diferentemente de acordo com quem o interpreta ) Assim, nem o passado nem o presente vão ser entendidos como algo PRONTO e ACABADO...
  • 15. AULAS DO PAULO Ó. alunosangloguara@hotmail.com www.colegioanglocruzeiro.com ( provisório ) Antiguidade e Idade Média
  • 16. EXTENSIVO – ANGLO VAMO LÁ, GALERA!!! 1. A PERIODIZAÇÃO da HISTÓRIA ( = divisão do passado em períodos, numa tentativa, nem sempre adequada, de classificar as diferentes e específicas características do passado ). a)Divisão Tradicional: Pré-História: ausência de escrita História: presença de escrita
  • 17. b) Divisão Tradicional da História Geral: •Idade Antiga ( 4.000 a.C. – 476 ) •Idade Média ( 476 – 1453 ) •Idade Moderna ( 1453 – 1789 ) •Idade Contemporânea ( 1789 – dias de hoje ) c) Problemas (“ defeitos “) na Divisão Tradicional •Despreza a Pré-História: se História é “ o que há depois da escrita “, então não há “ História da Pré-História “... ( mas isto não é verdade ! )
  • 18. • É EUROCÊNTRICA: utiliza como marcos divisórios acontecimentos relacionados à história da Europa - 476: queda do Império Romano; - 1453: tomada de Constantinopla; - 1789: Revolução Francesa E a China? E a Índia? E o Japão?
  • 19. • Ao representar o passado numa “ linha do tempo “ ( periodização linear ), a História ganha características “ evolutivas “ que não necessariamente são adequadas. Exemplos: • Do Antigo para o Médio - aquilo que está no “ meio “ - e do Médio para o Moderno ( dando a impressão de que o que está no “ meio “ não tem importância ) • Do que não sabe escrever para o que sabe...
  • 20. d) Outras formas de periodizar a História: ( de acordo com os MODOS DE PRODUÇÃO ) •Modo de produção Asiático: relações de trabalho definidas pela SERVIDÃO COLETIVA ( China, Índia, Egito, Mesopotâmia, Pérsia, etc. ) •Modo de produção escravista: relações de produção definidas pela escravidão ( Grécia e Roma ) •Modo de produção feudal: relações de trabalho definidas pela SERVIDÃO PESSOAL (Europa Medieval) •Modo de produção capitalista: relações de trabalho definidas pelo ASSALARIAMENTO
  • 21. Divisão Tradicional da História do Brasil: •Período Colonial: 1500 – 1822 •Período Imperial/Monárquico: 1822 – 1889 •Período Republicano: 1889 – dias de hoje Contagem de SÉCULOS: No calendário cristão: usa como referência o nascimento de Jesus ( ano “ 1 “ ): •Século I: ano 1 ao ano 100 •Século II: ano 101 ao ano 200 ( e aí vai... )
  • 22. OBS: dica ( “ regrinha “ ) para identificar o século ao qual pertence o ano: •Observar os dois últimos algarismos Exemplo: ano 789 •Se não houver os algarismos 00: some ao 1º algarismo ( = 7 ) um número romano ( VIII ). Aí temos o SÉCULO VIII •Se houver os algarismos 00: repita o mesmo número romano do algarismo inicial. Neste caso, o ano 700 faz parte do século VII
  • 23. A PRÉ-HISTÓRIA 1. De acordo com a Divisão Tradicional: período que antecede a origem da escrita 2. Pré-História: da origem da Humanidade à origem da Escrita 3. Períodos da Pré-História: a)PALEOLÍTICO ( Origem da Humanidade – 10.000 a.C. ) b)NEOLÍTICO ( 10.000 a.C. – 5.000 a.C. )
  • 24. c) IDADE DOS METAIS ( 5.000 a.C. – 4.000 a.C. )
  • 25. 4. O PERÍODO PALEOLÍTICO ( Características )
  • 26. • Sobrevivência baseada na pesca, coleta e caça • Modo de vida NÔMADE ( não há moradia fixa nem noção de propriedade privada, particular da terra ) • Já há as primeiras manifestações de arte e religião, através das pinturas rupestres, dolmens, menires ou sambaquis ) • Já há domínio do fogo e de técnicas rudimentares ( = simples ) de artesanato ( pedra “ lascada “ )
  • 27. Pinturas Rupestres Cavernas de Lascaux ( França ). Pinturas com mais de 17.000 anos
  • 29. Dólmens: construções com 2 ou mais menires
  • 30. Sambaquis: depósitos de conchas ( bastante comuns no litoral do Atlântico )
  • 31. 5. O Período NEOLÍTICO ( Características ) a)De nômades, os homens passam a SEDENTÁRIOS ( habitações fixas ) b)Ocorre a REVOLUÇÃO AGRÍCOLA ( domínio da agricultura ), em torno de 10.000 a.C. c) Em torno de 5.000 a.C. surgem as primeiras Civilizações ( vida urbana, com organizações econômicas e políticas mais complexas e elaboradas ) e Impérios d) Aprimoramento de armas e ferramentas ( pedra polida )
  • 32. A Pedra “ lascada “
  • 33. A Pedra “ polida “
  • 34. 6. A IDADE DOS METAIS ( Características ) a)Uso de utensílios de metal ( armas e ferramentas )
  • 36. 7. A Origem da Humanidade a)Local: África b)Como? •Nossa espécie ( = homo sapiens sapiens ) passou por um longo processo evolutivo •Evolução: partiu de um ancestral, o PRIMATA, comum a outros animais, com o mesmo “ parentesco “ genético: chipanzés, gorilas, orangotangos •OBS: portanto, o homem não evoluiu do macaco
  • 37.
  • 38. Lucy: australopithecos mais antigo até os anos 80 Descoberta na Etiópia em 1974 por arqueólogos dos EUA, com 3,2 milhões de anos
  • 39. A PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL (pintura rupestre encontrada no PIAUÍ) Período anterior à chegada dos portugueses
  • 40. 1. A chegada dos primeiros habitantes da América ( teorias mais conhecidas)
  • 41. a) Teoria do Autoctonismo ( de Florentino Ameguino ) •italiano, naturalizado argentino, Armeguino sugeriu que o homem americano seja AUTÓCTONE, ou seja, surgiu e evoluiu na própria América. b) Teoria da Origem Polinésia ( de Paul Rivet ) •Médico francês, sugeriu que os antigos nativos teriam atravessado o Oceano Pacífico, deixando ilhas da Polinésia através de canoas
  • 42. c) Teoria da Origem Asiática ( a mais provável ) •Sugerida por Ales Hrdlicka, é a que reúne a maior quantidade de provas •Segundo ela, migrações de origem asiática entraram na América por meio do Estreito de Bering •Quando o Estreito de Bering transformou-se num enorme bloco de gelo, num rigoroso inverno na região, serviu de ponte para a passagem de grupos provenientes da Ásia
  • 43. 2. Os mais antigos vestígios arqueológicos no BR a)Parque Nacional da Serra da Capivara ( PI ) Artefatos encon- trados na região atestam presença humana há 50.000 anos na região
  • 44. b) Lagoa Santa ( MG )
  • 45. • Apelidada de Luzia, em homenagem à Lucy etíope, é a mais antiga ossada humana encontrada até hoje na América ( morta a cerca de 11.500 anos ) • É Luzia, com seus traços negros, a maior evidência de que a Ásia não foi a única porta de entrada para a América • Luzia: evidência que serve de base para a Teoria da Origem Polinésia-Australiana
  • 47. 1. Introdução: como as mais antigas civilizações , o Egito desenvolveu-se na região do chamado Crescente Fértil
  • 48. 2. Origens e Evolução da Civilização a) Período Pré-dinástico ( anterior a 3.200 a.C. ): • Não há faraós, nem pirâmides • Povo distribuído em clãs/tribos ( nomos ) • Entre 4.000-3.200 a.C. surgem dois reinos: um ao Norte ( Baixo Egito ) e outro ao Sul ( Alto Egito ) • 3.200 a.C.: 1º faraó: Narmer ou Menés ( unificou Alto e Baixo Egitos • Surgimento dos primeiros hieróglifos
  • 50. b) Antigo Império ( 3.200-2180 a.C. ): •Construção das grandes pirâmides •Capital: Mênfis •Estruturação do Estado: vizir ( uma espécie de 1º Ministro ), e demais funcionários ( escribas e ministros ), que recebiam terras do Faraó em troca de seus serviços •Os Faraós eram vistos como seres divinos
  • 51. A CONSTRUÇÃO DE PIRÂMIDES Modelos de rampas que podem ter sido usadas na construção das pirâmides
  • 53. 1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as vísceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc.) O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal. 2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias. 3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo. 4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas
  • 54. c) Médio Império ( 2180-1570 a.C. ) •Período marcado pela invasão e domínio dos hicsos •Período marcado pela ida do povo hebreu para o Egito, em 1750 a.C. •Durante 400 anos, o povo hebreu foi escravizado no Egito ( Cativeiro do Egito ) •1570 a.C.: o faraó Amósis expulsa os hicsos, dando início ao Novo Império
  • 55. Carros de guerras dos hicsos
  • 56. d) Novo Império ( 1570-525 a.C. ) •Destaque para: Amen-hotep, criador de fracassada reforma monoteísta. Com o nome de Aquenaton, instituiu o culto a Aton, deus único •Tutancâmon: filho de Aquenaton, restaurou o politeísmo. Morreu aos 19 anos •Fuga dos hebreus de volta à Palestina (Êxodo) •Ao fim do período, o Egito sofre invasões dos assírios ( 667 a.C. ) e persas ( 525 a.C. )
  • 57. e) Declínio da Civilização Egípcia: •332 a.C.: Alexandre, o Grande, conquista o Egito, sob domínio persa. •30 a.C.: domínio romano sobre o Egito 3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS a)ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Monarquia de caráter TEOCRÁTICO ( O faraó era considerado Deus ) b)Economia: baseada na agricultura de irrigação e no comércio
  • 58. c) Relações de trabalho: marcadas, predominantemente, pela SERVIDÃO COLETIVA PARA TEREM O DIREITO DE PRO - DUZIR PARA SI, OS CAMPONESES DEVERIAM SERVIR AO ESTADO, ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE EXCE- DENTES AGRÍCOLAS OU TRABALHOS BRAÇAIS
  • 59. d) Religião : politeísta ( = vários deuses ), de caráter antropozoomórfico ( deuses com forma humana ou animal ) Exemplos: AMON = DEUS CRIADOR
  • 60. ÁPIS = FERTILIDADE ( touro )
  • 61. HÓRUS = DEUS DO CÉU
  • 62. ÍSIS= DEUSA PROTETORA ( esposa de Osíris )
  • 64. OSÍRIS= DEUS DA RESSURREIÇÃO
  • 68. A MESOPOTÂMIA ( = Iraque atual )
  • 69. 1. Mesopotâmia = “ terra entre rios “ ( Tigre e Eufrates ) 2. Heranças deixadas: a) Escrita cuneiforme: talhada em placas de barro com uma ferramenta chamada cunha b) Jardins suspensos da Babilônia: construção em forma semi piramidal, conhecida como ZIGURATE. c) Código de Hamurabi: elaborado em 1750 a.C. no governo do imperador Hamurabi, é um dos mais antigos documentos escritos
  • 70. CUNHA
  • 72. JARDINS DA BABILÔNIA Construído pelo imperador Nabucodonosor para agradar sua esposa ( séc. VI a.C. )
  • 73. CÓDIGO DE HAMURABI •Possui 282 artigos •Reflete a hierarquização das classes sociais, privilegiando homens livres em prejuízo de escravos; homens em prejuízo de mulheres •Tem vários artigos inspirados na Lei de Talião ( “ Olho por olho, dente por dente “ ), em que a pena é proporcional ao crime cometido. •Regulamenta questões ligadas à família, dívidas, saúde, propriedade, crime, etc.
  • 74. Art. 02: “ Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador “
  • 75. Art. 195. “Se um filho bater em seu pai, ele terá suas mãos cortadas”. Art. 196. “Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho].” Art. 197. “Se um homem quebrar o osso de outro homem, o primeiro terá também seu osso quebrado”. Art. 200. “Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado” [ Dente por dente]
  • 76. Art. 215. “Se um médico fizer uma grande incisão com uma faca de operações e salvar o olho, o médico deverá receber 10 shekels em dinheiro”. Art. 216. “Se o paciente for um homem livre, ele receberá cinco shekels.” Art. 217. “Se ele for o escravo de alguém, seu proprietário deve dar ao médico 2 shekels”. Art. 218. “Se um médico fizer uma incisão com uma faca de operações e matar o paciente, suas mãos deverão ser cortadas”.
  • 77. 3. Organização Política: Estado Teocrático (semelhança com o Egito ) 4. Economia: predomínio da servidão coletiva ( camponeses recebiam terras arrendadas pelo Estado e eram obrigados a lhe entregar os excedentes. 5. Religião: politeísta ( como no Egito ) •Principais deuses mesopotâmicos: •Enlil: deus do vento e da chuva •Shamach: deus de Sol
  • 78. • Ischtar: deusa da chuva, da primavera e da fertilidade • Marduque: deus protetor da cidade de Babel ( Babilônia ) • Anu: deus do céu • Enki: deus das águas ANU
  • 79. 6. Principais povos: sumérios, acádios, amoritas ( 1º Império Babilônio ), caldeus ( 2º Império Babilônio ) e assírios a)SUMÉRIOS: •Mais antigo povo da Mesopotâmia •Criadores da escrita cuneiforme b) ACÁDIOS: •Dominaram os sumérios ( por volta de 2.250 a.C. ) c) AMORITAS:
  • 80. • Dominaram a região entre 2.000 e 1.750 a.C. • Principal cidade: Babel ( = Babilônia ) • Imperador de destaque: Hamurabi d) ASSÍRIOS: • dominaram a região entre 1.300 e 612 a.C. • Transferiram a capital para Nínive • Principal imperador: Assurbanipal ( construiu a Biblioteca de Nínive, com mais de 22.000 placas cuneiformes ) • Invadiram o Egito, em 667 a.C.
  • 81. e) CALDEUS: •dominaram a região entre 612 e 539 a.C. •Principal imperador: Nabucodonosor II ( Torre de Babel e Jardins da Babilônia ) •Após sua morte, a região foi incorporada ao Império Persa
  • 84. 2. Maior particularidade dos hebreus: •Primeiros povos da Antiguidade a estruturar-se em torno do MONOTEÍSMO RELIGIOSO ( = 1 só deus ) •Monoteísmo hebreu: originou o JUDAÍSMO, raiz religiosa do CRISTIANISMO e do ISLAMISMO, posteriormente •Outra importante herança: BÍBLIA ( Antigo Testamento, em especial ) 3. Evolução Histórica: a) Fase dos Patriarcas ( 2000 a.C. – 1180 a.C. )
  • 85. • patriarcas: chefes tribais, primeiros líderes políticos e religiosos • Principais patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, Moisés • 2.000 a.C.: Abraão deixa a Mesopotâmia e migra para a Palestina, considerando-a a Terra Prometida ( = Canaã ) • Durante cerca de 400 anos, o povo hebreu permanece sob a escravidão no Egito, até cerca de 1250 a.C. • ÊXODO: fogem do Egito de volta a Canaã
  • 87. b) Fase dos Juízes ( 1180 – 1010 a.C. ) •juízes: líderes militares que surgem após a morte de Moisés •Organizam a luta pela reconquista da Palestina ( ocupada por outros povos durante o Cativeiro do Egito ) •Principal Juiz: JOSUÉ ( 1º juiz, conquistou a cidade de Jericó, reintroduzindo os hebreus na Terra Prometida ) c) Fase dos Reis ( 1010 – 936 a.C. ) •As várias tribos hebraicas são unificadas em
  • 88. torno de uma MONARQUIA TEOCRÁTICA ( os reis, neste caso, eram REPRESENTANTES de Deus ) •Primeiro rei: Saul •Segundo rei: Davi ( estabeleceu Jerusalém como capital ) •Terceiro rei: Salomão ( auge da Monarquia/ construção do Templo de Jerusalém ) d) Fase do Cisma ( 936 a.C. ) •Após a morte de Salomão, as 12 tribos dividem- se em 2 reinos: Judá e Israel
  • 89. O CISMA HEBRAICO REINO de ISRAEL Capital = SAMARIA REINO DE JUDÁ Capital = JERUSALÉM
  • 90. 4) Domínio estrangeiro e declínio •Após o Cisma: Palestina invadida várias vezes e hebreus submetidos a épocas de servidão e escravidão •722 a.C.: Reino de Israel dominado pelos Assírios •589 a.C.: Reino de Judá dominado pelos Caldeus ( Babilônios ) •333 a.C.: Palestina dominada pelos Macedônios •63 a.C.: Palestina dominada pelos Romanos
  • 91. • Ano 1: nascimento de Cristo, judeu de origem • Ano 134: ainda sob domínio romano, foram expulsos da região e se espalharam pelo Mundo, acontecimento que ficou conhecido como DIÁSPORA. • Século VII: Palestina dominada pelos árabes muçulmanos • Século XIX: surge o movimento SIONISTA ( defendendo o retorno dos judeus para a Palestina )
  • 92. • Holocausto: extermínio nazista de 6.000.000 de judeus na Europa dominada por Hitler
  • 93. • 1947: ONU faz partilha de terras entre judeus ( Estado de Israel ) e árabes palestinos ( Estado Palestino )
  • 94. • De lá para cá, a região tem sido palco constante de conflitos entre os dois povos
  • 95. INTIFADA: REVOLTA POPULAR PALESTINA CONTRA ISRAEL
  • 96. A FENÍCIA ( LÍBANO ATUAL )
  • 97. 1. Importância na Antiguidade: • Grandes navegadores e criadores do alfabeto
  • 98. 2. Organização Política: Cidades-Estado ( cada uma era um “país”, de caráter monárquico ) 3. Religião: politeístas (principais deuses): •Baal •Astarteia •Dagon, •Ayan •Anat ( Astarteia )
  • 99. 3. Auge: 1200 a.C. – 800 a.C., quando fundaram diversas cidades na costa mediterrânea e espalharam o alfabeto e suas mercadorias, como o vidro 4. Declínio: 539 – 65 a.C. •539 a.C.: Ciro, rei persa, domina a região •332 a.C.: Alexandre, rei macedônio, domina Tiro, a principal cidade •146 a.C.: romanos dominam a região, vencendo Cartago ( fundada pelos fenícios )nas Guerras Púnicas
  • 100. OS PERSAS ( Irã atual )
  • 101. 1) Origem: Planalto do Irã atual povoado pelos povos medos e persas 2) Destaques para os imperadores: •550 a.C.: Ciro, rei dos persas, vence os medos e unifica os 2 povos •525 a.C.: Cambises conquistou o Egito • Auge: Dario I maior conquistador, foi barrado pelos gregos, nas GUERRAS MÉDICAS, perdidas em definitivo por Xerxes
  • 102. 3) Especificidades dos persas na Antiguidade: a)Criação de um eficiente sistema administrativo, as SATRÁPIAS ( como se fossem províncias ), e do DÁRICO ( moeda ), igualmente criadas por Dario I b)DUALISMO RELIGIOSO: sistema formado por duas entidades sobrenaturais ( MAZDA ou ORMUZ, associada ao BEM e ARIMÃ, associado ao MAL ) chamado tbm mazdeísmo ou zoroastrismo ( por ter sido fundado por Zoroastro )
  • 104. ARIMÃ
  • 105. CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL ( Características Gerais ) •Organização Política: Monarquias Teocráticas •Estado: proprietário das terras e dos excedentes •Sociedades rigidamente estratificadas, com raríssima mobilidade: posição social determinada pelo nascimento •Relações de produção e trabalho assinaladas pela SERVIDÃO COLETIVA
  • 106. GRÉCIA ANTIGA INTRODUÇÃO: O CONCEITO DE ANTIGUIDADE CLÁSSICA •Surgiu na época do Renascimento e referia-se ao período da Antiguidade que deveria ser estudado na escola ( em “ classe “ ): Grécia e Roma •Refere-se também a uma concepção EUROCÊNTRICA, por considerar indispensável, um “ clássico “, o estudo dos dois povos que exerceram maior influência na formação da cultura europeia
  • 107. EUROCENTRISMO • TERMO QUE REVELA UMA PRESUMIDA SUPERIORIDADE DA CULTURA E DOS DEMAIS VALORES EUROPEUS SOBRE OS DEMAIS POVOS • NO EUROCENTRISMO: OS VALORES EUROPEUS SÃO TOMADOS - pelos europeus, é claro - COMO CENTRO DE REFERÊNCIA
  • 108. Antiguidade Oriental Antiguidade Ocidental (primeiras civiliza- ( ou Clássica ) ções ) Gregos e Romanos Egito, Mesopotâmia, Persas, Hebreus, Chi- na, Índia, Fenícia dotados de suposta superioridade
  • 109. 1. Localização (Europa e Ásia Menor )
  • 110. 2. Povoamento: a)A partir de 2.000 a.C. a Península Balcânica foi povoada por diversos povos: pelasgos, cretenses e indo-europeus (aqueus, eólios, jônios e dórios) b)O povoamento da Grécia, também conhecida como HÉLADE, é o resultado da miscigenação ( = mistura ) destes três povos: pelasgos, cretenses e indo-europeus c)O período de povoamento da Grécia é chamado de Pré-Homérico ( séc. XX - XII a.C. )
  • 111. 3. Período Pré-Homérico ( séc. XX – XII a.C. ) •Gradual povoamento da Península Balcânica •Período Neolítico: 1º povoamento ( Pelasgos ) •2.000 a.C.: Península Balcânica invadida pelos cretenses ( forma-se a civilização creto-micênica ) •1.400 a.C.: Península Balcânica invadida pelos aqueus, vindo logo após os eólios e jônios •1.200 a.C.: invasão dos dórios provoca a Primeira Diáspora Grega (dispersão dos gregos pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor )
  • 112. • Invasão dórica destrói as bases da primeira civilização instalada na Grécia, de base cretense ( minoica ) e aqueia ( micênica ) e inaugura novo período ( Homérico ) ruínas do Palácio de Cnossos, destruído pela invasão dos dórios
  • 113. 4. Período Homérico ( séc. XII – VIII a.C. ) •Marcado pela dispersão ( 1ª Diáspora ) dos gregos pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor •Formação de novas comunidades humanas, os GENOS ( comunidades familiares, chefiadas por um líder político, militar e religioso, o PATER ) •Período Homérico: assim chamado por causa das obras de Homero – Ilíada e Odisseia ( principais fontes escritas do período )
  • 114. GUERRA DE TRÓIA •Evento ocorrido no século VIII a.C. entre as cidades gregas e a cidade de Tróia ( na Ásia Menor ) , também conhecida como Ílion •Causa da guerra ( de acordo com Homero ): rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Autor do rapto: Páris, filho do rei de Tróia ( = Príamo ) •Causa do rapto: rivalidade de Afrodite, aliada dos troianos, contra Palas Atena, protetora dos gregos.
  • 115. • Afrodite embeleza Páris, que seduz Helena durante a viagem de Menelau a Creta. • Ilíada: narra a Guerra dos gregos contra os troianos para recuperar Helena • Odisseia: narra o retorno de Ulisses, rei de Ítaca, para os braços de sua esposa Penélope • Tanto na Ilíada quanto na Odisseia, fundem-se elementos da mitologia quanto informações da cultura e da sociedade gregas
  • 118. • Ao final do Período Homérico, ocorre novo processo de urbanização, em que os GENOS transformaram-se em PÓLIS, ou CIDADES- ESTADO • PÓLIS = CIDADE-ESTADO = “CIDADE-PAÍS” Cidades gregas = politicamente autônomas, independentes entre si; na Grécia nunca houve uma unidade política ou um Império
  • 119. 5. Período Arcaico ( séc. VIII – VI a.C. ) •Desenvolvimento das cidades-estado gregas •Destaque para as cidades de Atenas e Esparta ATENAS ESPARTA
  • 121. • Localização: região da Lacônia, no Vale do Peloponeso • Fundada pelos dórios em região anteriormente habitada por comunidades de aqueus • Economia: terra ( propriedade estatal ). Cultivada pelos hilotas • Sociedade: formada por ESPARTÍATAS: descendentes dos dórios, eram os únicos detentores de direitos políticos e de terras
  • 122. PERIECOS: aqueus livres, porém sem direitos políticos. Dedicados ao comércio e ao artesanato. HILOTAS: aqueus escravizados, não tinham direitos políticos •Organização Política: OLIGARQUIA ( poucos no poder ) •Principais Instituições políticas: DIARQUIA: 2 reis, de origem dória
  • 123. GERÚSIA: assembleia formada por 28 cidadãos com mais de 60 anos. Fiscalizavam o governo e os costumes ÁPELA: assembleia formada por cidadãos com mais de 30 anos. Elaborava as leis e elegia o EFORATO: composto por 5 cidadãos eleitos para o mandato de 1 ano TODOS OS ÓRGÃOS POLÍTICOS DE ESPARTA ERAM OCUPADOS SOMENTE POR ESPARTÍATAS
  • 124. • ENSINO: priorizava a formação militar dos espartíatas • Dos 7 aos 30 anos a preparação dos espartíatas era voltada para a guerra, estando o soldado proibido até de casar. • Pela KRIPTEIA, um soldado deveria decapitar um hilota, a fim de mostrar destreza e ganhar suas próprias armas ESPARTA: OLIGARQUIA + MILITARISMO + XENOFOBIA
  • 126. • Localização: Ática • Fundada pelos jônios • Economia: propriedade particular da terra; economia priorizada pelo comércio marítimo • Sociedade: mais dinâmica e diversificada que a espartana, era formada por: EUPÁTRIDAS: proprietários das melhores terras; aristocracia rural; oligarquia local. Inicialmente, somente eles eram cidadãos GEORGÓIS: pequenos proprietários DEMIURGOS: comerciantes
  • 127. THETAS: camponeses sem terra THECNAYS: artesãos METECOS: estrangeiros ESCRAVOS: inicialmente, eram os endividados. Posteriormente, os prisioneiros de guerra •ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: de uma oligarquia, passou a uma tirania – até atingir a DEMOCRACIA •PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS: BULÉ ( ou CONSELHO DOS 500 ): cidadãos que
  • 128. elaboravam as leis ECLÉSIA: assembleia de cidadãos que votava as leis elaboradas pela Bulé ARCONTADO: “ prefeitura “ OSTRACISMO: medida punitiva que bania por 10 anos os cidadãos condenados por ameaçar os valores da democracia ATENAS = DEMOCRACIA DIRETA E EXCLUDENTE + VIDA INTELECTUAL DINÂMICA
  • 129. • CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA ATENIENSE # apenas homens livres e nascidos de pai e mãe atenienses eram considerados cidadãos # era DIRETA: todos os cidadãos, numa instituição ou noutra, sempre poderiam participar do sistema # era EXCLUDENTE: mulheres, escravos, estrangeiros não chegaram a ganhar o direito à cidadania # chegou ao auge no século V a.C.
  • 130. 6. Período Clássico ( séc. V – IV a.C. ) •Auge da civilização Ex: os grandes filósofos ( Sócrates, Platão e Aristóteles ) são do século V a.C. •Auge de Atenas e Esparta Ex: o sistema democrático em Atenas chegou ao apogeu •Ocorrência de grandes guerras ( Médicas e Peloponeso )
  • 131. AS GUERRAS MÉDICAS ( 500 – 479 a.C. )
  • 132. • Gregos X Persas (= chamados de medos ) • Causa: expansionismo persa ameaça cidades gregas da Ásia Menor • Estopim: aliança entre Atenas e Mileto contra a ocupação persa de Mileto - cidade grega da Ásia Menor. Daí, Dario I promoveu a invasão da Península Balcânica • Principais batalhas: Termópilas, 480 a.C. ( 300 espartanos derrotados por milhares de persas, após resistência no desfiladeiro que leva o nome da batalha )
  • 134. Batalha de Salamina ( 480 a.C. ) • Batalha naval entre Atenienses e persas, • Comandando a frota ateniense, Temístocles conseguiu deter os persas em Salamina Batalha de Platéia ( 479 a.C. ) • O exército da Confederação de Delos ( coalizão de cidades lideradas por Atenas ) derrota definitivamente os persas
  • 135.
  • 136. A GUERRA DO PELOPONESO ( 431-404 a.C. )
  • 137. • Confederação de Delos ( Atenas ) X Liga do Peloponeso ( Esparta ) Causas: • Cidades ligadas a Esparta repudiavam o controle de Atenas sobre o tesouro de Delos ( recursos doados para a guerra contra os persas ) • Hegemonia/Imperialismo ateniense e seu modelo democrático
  • 138. 7. Período Helenístico ( séc. IV – II a.C. ) • A Guerra do Peloponeso levou ao enfraquecimento das cidades gregas • A fragilidade dos gregos facilitou a invasão do Reino da Macedônia • Período Helenístico = declínio da Grécia • Período Helenístico = sobrevivência da cultura grega pelas mãos de Alexandre ( Imperador Macedônio ) • Alexandre: propagou a cultura grega, fundindo-a a outras culturas
  • 141. • Alexandre, o Grande, propagou a cultura grega através de casamentos entre seus soldados e mulheres oriundas das terras conquistadas ( ele próprio desposou uma princesa persa ) • Escolas e bibliotecas gregas foram fundadas por terras conquistadas • Fim do período helenístico: em 146 a.C., com o domínio romano estedido sobre as terras de conquista macedônia
  • 142. Complemento A religião grega: politeísta e antropomórfica • Zeus: deus principal • Afrodite: deusa do amor e da beleza • Dionísio: deus do vinho e da fertilidade • Atena: deusa da sabedoria e protetora na guerra • Apolo: Deus do Sol, da Medicina, da Música e da Profecia • Ártemis: deusa da Lua, protetora das cidades
  • 143. • Hera: esposa de Zeus, protetora do casamento, das crianças e do lar • Deméter: protetora das colheitas, cereais e dos frutos • Hermes: mensageiro dos homens • Ares: deus da guerra e filho de Zeus e Hera • Hefesto: deus da metalurgia • Poseidon: deus dos mares • Hades: deus das profundezas terrenas
  • 144. A Filosofia grega: •Precedida pela MITOLOGIA: -MITOS: relatos inspirados na tradição oral, religiosa, marcado pela primazia da lenda e da fantasia •FILOSOFIA ( séc. V a.C. ): organização RACIONAL do conhecimento, dedicada ao pensamento lógico, à ética e à política -Principais filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles
  • 145. ( Unesp-2008 ) O mapa mostra a área ocupada por cidades e territórios colonizados pelos gregos entre os séculos VIII e VI a.C.
  • 146. A constituição dessa área de colonização deveu-se (A) aos conflitos entre Atenas e Esparta, denominados Guerra do Peloponeso. (B) aos conflitos entre gregos e persas, denominados Guerras Médicas. (C) aos problemas derivados do crescimento demográfico e da escassez de terras. (D) ao expansionismo resultante da aliança militar chamada Liga de Delos. (E) ao fim da escravidão por dívidas, estabelecido por Drácon na Lei das 12 Tábuas.
  • 147. RESPOSTA: C
  • 148. ( Unesp 2010 ) A Ilíada, de Homero, data do século VIII a.C. e narra o último ano da Guerra de Troia, que teria oposto gregos e troianos alguns séculos antes. Não se sabe, no entanto, se esta guerra de fato ocorreu ou mesmo se Homero existiu. Diante disso, o procedimento usual dos estudiosos tem sido: (A) desconsiderar os relatos atribuídos a Homero, pois não temos certeza de sua procedência, nem se eles nos contam a verdade sobre o passado grego
  • 149. (B) identificar na obra, apesar das dúvidas, características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens. (C) desconfiar de Homero, pois ele era grego e assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da completa neutralidade que todo relato histórico deve ter.
  • 150. (D) acreditar que a Guerra de Troia realmente aconteceu, pois Homero não poderia ter imaginado tantos detalhes e personagens tão complexos como os que aparecem no poema. (E) descartar o uso da obra como fonte histórica, pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a Ilíada é um relato literário e não foi escrita com rigor e precisão científica
  • 151. RESPOSTA: B
  • 153. 1. ORIGEM E POVOAMENTO • Séc. X - VIII a.C.: Península Itálica povoada por etruscos, sabinos, samnitas, gregos ( ao sul – Magna Grécia ), latinos ( região conhecida como Latio, daí latinos ) e outros povos • Latinos: fundadores de Roma, inicialmente uma tribo gradualmente evoluída para uma Cidade-Estado • Mito de Origem: Rômulo e Remo
  • 154.
  • 155. 2. MONARQUIA ( 753 a.C. – 509 a.C. ) • Período de escassa documentação • Exemplo: são conhecidos apenas os nomes dos reis lendários, de acordo com a literatura de Virgílio ( Eneida ) e Tito Lívio ( Ab urbi condita libri ) a) ORGANIZAÇÃO SOCIAL / POPULAÇÃO • Gens ( ou clã ): primeiro núcleo de povoamento ( sistema familiar semelhante aos genos gregos ) • Cada gens era chefiado por um pater família ( líder político, religioso e militar )
  • 156. • Do termo pater, nasceu o termo patrício
  • 157. PATRÍCIOS: descendentes dos latinos; donos das melhores terras e detentores exclusivos da cidadania CLIENTES: plebeus pertencentes ao círculo de proteção dos patrícios, prestando-lhes serviços militares ou domésticos. PLEBEUS: membros da população em geral. Em sua maioria, pequenos proprietários. Proibidos de casar com os patrícios. ESCRAVOS: plebeus endividados ( maioria ) ou prisioneiros de guerra
  • 158. b) PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS • SENADO: assembleia criada pelos pater família. Principal função: confirmar a eleição do rei • CÚRIA: assembleia que elegia o rei, exercia funções judiciais e confirmava as decisões do rei • MONARQUIA: inicialmente em mãos patrícias, passou por fases de domíno etrusco. A fim de eliminar o último rei, de origem etrusca ( Tarquínio ), os senadores proclamaram a República, em 509 a.C.
  • 159.
  • 160. 3. REPÚBLICA ( 509 a.C. – 27 a.C. ) a)PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS • SENADO: 300 membros, de origem patrícia. Faziam as leis ( poder Legislativo ) • ASSEMBLEIAS ( a maioria de domínio patrício ): elegiam as magistraturas. • MAGISTRATURAS: órgãos auxiliares do Senado, funcionavam como espécies de “ ministérios “ atuais, sendo eleitos anualmente. Exemplos:
  • 161. # CONSULES: em número de 2, convocavam o Senado e comandavam o Exército. Mais importante magistratura. Exerciam o papel do atual poder executivo. Cada um tinha o poder de veto sobre a decisão de outro. Caso não houvesse consenso, era eleito um ditador para o período de 6 meses # PRETORES: Ministravam a justiça em Roma, no campo e nas províncias, das quais muitos eram nomeados governadores
  • 162. # TRIBUNOS DA PLEBE: surgiram por pressões dos plebeus, a quem representavam. Tinham o poder de vetar leis que contrariavam o interesse da plebe, embora o veto de um pudesse ser vetado por outro tribuno ( “ aliado “ de um patrício ) # EDIS: cuidavam da conservação da cidade, limpeza e policiamento # CENSORES: cuidavam do censo ( = alistamento populacional ) # QUESTORES: responsáveis pela arrecadação e administração de impostos
  • 163. b) PRINCIPAIS ASSUNTOS DO PERÍODO REPUBLICANO: b.1) REVOLTA DO MONTE SAGRADO ( 494 a.C. ) • Causa: plebeus não tinham direito de participar das magistraturas • Procedimento: milhares de plebeus retiraram-se de Roma e ameaçaram construir nova cidade • Desfecho: como eram importantes no serviço militar, tiveram do Senado a criação do Tribunato da Plebe
  • 164. b.2) 450 a.C.: Lei das XII Tábuas. Por iniciativa dos tribunos, o Senado aprovou a 1ª legislação escrita (a fim de limitar a manipulação da justiça em mãos patrícias) b.3) As pressões plebéias ainda produziram a aprovação das Leis: • Canuléia ( 445 a.C. ): permitiu o casamento entre plebeus e patrícios • Licínia ( 367 a.C. ): aboliu a escravidão por dívida e instituiu o número de 2 cônsules: um patrício e outro plebeu
  • 165. b.4) EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA • Metas: terras ( cereais ), escravos, saques e tributos • Etapas: Península Itálica (1º) e Bacia do Mediterrâneo ( 2º ) • Principal Episódio: Guerras Púnicas ( 264 a.C. – 146 a.C. ), entre romanos e cartagineses pelo controle da ilha da Sicília )
  • 166. GUERRAS PÚNICAS (264 a.C. – 146 a.C.) • Primeira Guerra ( 264 a.C. – 241 a.C. ): vencida por Roma, objetivava o controle da Sicília • Segunda Guerra ( 218 a.C. – 201 a.C. ): teve como objeto a Espanha e como palco a Itália. Nova vitória de Roma • Terceira Guerra ( 149 a.C. – 146 a.C. ): vitória romana. Cartago foi anexada como província da África. Garante também domínio sobre vastas terras
  • 167. ROMA APÓS AS GUERRAS PÚNICAS
  • 168. ROMA APÓS TODA A EXPANSÃO
  • 169. b.5) CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO TERRITORIAL • Domínio de todas as terras banhadas pelo Mediterrâneo ( = Mare Nostrum ) • Maior destinação de riquezas a Roma; • Massificação da escravidão; • Ascensão dos “homens novos” ( grupo de plebeus enriquecidos com o comércio ) • Êxodo rural ( plebeus em massa para Roma = 1 milhão de habitantes no séc. I ) • Formação do latifúndio escravista
  • 170. • Helenização da cultura romana ( influência grega nos valores de Roma ) • Fortalecimento do poder e prestígio dos militares ( generais ) romanos. Exemplo: Guerra Civil entre os generais Mario e Sila (que invadiu Roma com seu Exército, antes de ser derrotado ) • Crise da República: enfraquecimento do Senado e ascensão política de novos atores. Exemplo: Irmãos Graco e Júlio César (morto no Senado em 44 a.C.)
  • 171. TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA DOS IRMÃO GRAGO Tibério Graco(tribuno da plebe,eleito cônsul) • Propôs, sem sucesso, o fim do latifúndio e um limite para a concentração de terras. Foi assassinado Caio Graco ( tribuno da Plebe ) • propôs, sem sucesso, a Lei Frumentária, que daria aos pobres o direito de comprar cereais a preço de custo. Foi assassinado
  • 172. • Formação dos Triunviratos: alianças políticas entre personalidades que se fortaleceram ao longo da expansão 1º Triunvirato ( 59 – 53 a.C. ): aliança informal entre Júlio César, Pompeu e Crasso. Desfeito por César X Pompeu 2º Triunvirato ( 43 – 33 a.C. ): aliança oficial ( reconhecida em eleição ) entre Marco Antônio, Lépido e Otávio ). Termina com a disputa entre Marco Antônio e Otávio • 27 a.C.: Otávio proclamado 1º imperador
  • 173. 4. O IMPÉRIO ROMANO ( 27 a.C. – 467 )
  • 174. a) O ALTO IMPÉRIO ROMANO (séc. I – III) • Auge do Império • PAX ROMANA • Política do Pão e do Circo a.1) Organização Social ( de acordo com a renda ) • Ordem Senatorial: homens com mais de 1 milhão de sestércios • Ordem Equestre: homens com mais de 400.000 sestércios
  • 175. • plebeus: trabalhadores do comércio, artesanato, pequenos lavradores • Escravos: prisioneiros de guerra • a.2) POLÍTICA DO PÃO E DO CIRCO • Criada por Otávio ( 1º imperador ) • Estratégia política das elites para manter a população plebéia minimamente alimentada e distraída • Meios: distribuição gratuita de cereais e espetáculos circenses ou de gladiadores
  • 176.
  • 177.
  • 179. Ruínas do Circus Maximus
  • 180. a.3) PAX ROMANA: • Sistema que garantia o controle das terras conquistadas • Ao mesmo tempo estabelecia laços de integração com os povos dominados • Meios: presença de funcionários e legiões e mercadores ( levavam mercadorias e costumes a toda parte, latim, Direito Romano(Jus Civilis e Jus Gentium), estradas ( “ todos os caminhos levam a Roma, aquedutos, termas, etc)
  • 181. Muralhas de Adriano ( Inglaterra )
  • 182.
  • 183.
  • 184. Ponte de Gard – sul da França
  • 185. Termas de Bath ( Reino Unido )
  • 186. b) BAIXO IMPÉRIO ROMANO (séc. IV – V) • Declínio do Império • Crise do século III / crise do escravismo ( fator interno do declínio ) • Invasões bárbaras ( fator externo do declínio ) • Transição para o feudalismo: gestação de um novo MODO DE PRODUÇÃO ( FEUDAL )
  • 187. b1.) A CRISE DO ESCRAVISMO ( séc. III ) • Diminuição das guerras de conquista • Diminuição da mão-de-obra escrava ( crise do escravismo ) • Propagação do cristianismo • Queda na produtividade agrícola • Inflação: menos comida X mesma quantidade de consumidores • Queda na arrecadação de impostos • Desinteresse pelo serviço militar • Vulnerabilidade das fronteiras
  • 189. • Migrações e, posteriormente, invasões bárbaras nas cidades romanas • Êxodo urbano ( = ruralização ): falta de abastecimento + invasões levam ao abandono das cidades e um recuo para a vida rural Exemplo: Roma, no ano 476, tinha pouco mais de 50.000 habitantes
  • 190. b.2) EXPANSÃO DO CRISTIANISMO • Fator de desestabilização do Império • Valores cristãos: incompatíveis com os valores do Império • Valores do Império: militarismo, escravismo e politeísmo • Valores cristãos: pacifismo, igualitarismo, monoteísmo • Imperadores: perseguição aos cristãos ( escravizados, executados na cruz, etc. )
  • 191. b.3) TENTATIVAS PARA SALVAR ROMA • Ano 313: Constantino decreta o Edito de Milão e concede liberdade de culto aos cristãos • Ano 332: Constantino cria a Lei do Colonato, abolindo a escravidão e instituindo a servidão • Ano 380: Teodósio decreta o Edito de Tessalônica e institui o cristianismo como religião única e oficial do Império • Ano 395: Teodósio divide o Império Romano em 2 unidades
  • 193. ( Fuvest – 2010 ) Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais que, a maneira de Júlio César ( de onde o nome ), na Antiga Roma, exercem um poder: a)Teocrático; b)Democrático; c)Aristocrático; d)Burocrático; e)Autocrático.
  • 194. RESPOSTA: E
  • 195. A IDADE MÉDIA ( séc. V – XV )
  • 196.
  • 197. O IMPÉRIO BIZANTINO ( séc. V – XV )
  • 198. 1. Principais Características • Corresponde ao ex-Império Romano do Oriente • Sobreviveu à crise do escravismo romano e às invasões bárbaras • Auge: reinado de Justiniano • Conservou e propagou heranças do antigo Império Romano • Nele ocorreu o Cisma do Oriente, 1ª grande separação no cristianismo
  • 199. 2. O reinado de Justiniano ( 527 – 565 ) • Sistematizou as leis romanas no Código de Direito Civil ( Corpus Juris Civilis ) • Construiu a Basílica de Santa Sofia • Intensificou o controle pessoal sobre a Igreja Cristã ( Cesaropapismo ) e consolidou a doutrina monofisista • Consolidou e expandiu o Império Bizantino, recuperando territórios do antigo Império Romano
  • 200. CATEDRAL DE SANTA SOFIA ( séc. V )
  • 202. 3. CISMA DO ORIENTE ( 1054 )
  • 203. • Cisma = Separação da Igreja Cristã em Católica Apostólica Romana e Ortodoxa Grega, em 1054 • Motivos – os bizantinos: # queriam a missa em grego # não acreditavam na natureza humana de Jesus – eram MONOFISISTAS # não aceitavam a adoração de imagens – eram ICONOCLASTAS
  • 204. IGREJA ORTODOXA GREGA Autoridade máxima: Patriarca de Constantino- pla
  • 206. 1. Oriundos da Germânia ( região em torno da Alemanha ), invadiram o Imp. Romano • Eram chamados de BÁRBAROS pelos romanos • Barbarum: estrangeiro; termo de caráter depreciativo • Viviam em tribos • Não escreviam • Suas leis eram orais ( Direito Consuetudinário ) • Eram politeístas
  • 207. • Formaram diversos reinos na parte ocidental do antigo Império Romano
  • 208. • Converteram-se ao Cristianismo para serem aceitos e reconhecidos. Em troca, doavam terras ao clero católico Transmitiram valores e costumes para a formação do SISTEMA FEUDAL, na Idade Média ( séc. V – XV ). Exemplo: O COMITATUS: costume germânico entre guerreiros e seus chefes. Em troca de fidelidade e lealdade, os guerreiros ganhavam terras de seus chefes
  • 209. Comitatus: base das relações entre os nobres ( senhores feudais )
  • 210. 2. O REINO FRANCO • Mais importante dos reinos germânicos formados na Europa; • Seus reis foram os primeiros a se converterem ao Cristianismo; • Foram os que mais terras doaram ao clero • Foi o maior em extensão, constituindo-se no Império Carolíngeo; • Carlos Magno foi o imperador de maior importância, coroado pelo Papa Leão III no ano 800
  • 211.
  • 212. Tratado de Verdun: fim do Império Carolíngeo
  • 213. A CIVILIZAÇÃO ÁRABE E O ISLAMISMO
  • 214. 1. Arábia Pré-Islâmica • Dividida em tribos independentes, governadas por chefes ( = xeques ) • Religião: politeísmo ( 360 deuses, incluindo Alá ) • Meca e Iatreb: principais cidades • Meca: abrigava o santuário politeísta da Caaba ( conservado por Maomé ) • Coraixitas: tribo de Meca que administrava a Caaba
  • 216. Pedra Negra: segundo a crença árabe, foi recebida por Abraão do anjo Gabriel
  • 217. 2. Origem do islamismo • 570: nascimento de Maomé ( fundador do islamismo ), em Meca • 590: casamento de Maomé com Cadija ( rica viúva de Meca ), com quem tem 6 filhos ( Fátima: 1ª filha ) • Assumindo a caravana da esposa, Maomé viajou pela Arábia. Conhecendo judeus e cristãos bizantinos, converteu-se ao Monoteísmo em 611
  • 218. • Coraixitas ( politeísta ): perseguem Maomé ( monoteísta ) • 622: Maomé foge para Iatreb ( = Medina ), acontecimento conhecido como Hégira • 622: Hégira = fuga de Maomé ( ano 1 do calendário muçulmano ) • 630: Maomé conquista Meca e, pela força do islã, torna-se o 1º governante árabe • 632: morte de Maomé
  • 219. 3. Expansão do islamismo: • Ocorre após a morte de Maomé • Feita pelos califas ( sucessores de Maomé ) • Unidade Política, Militar e Religiosa: fatores que propagaram o islamismo. Exemplo: • Jihad ( Guerra Santa ): promessa de Alá a Maomé de que o paraíso seria a recompensa para quem lutasse pelo islã
  • 220.
  • 221.
  • 223. 4. Características principais do islamismo: • Monoteísmo ( idêntico ao cristão e judeu ) • Alcorão: principal livro sagrado ( revelação divina a Maomé ) • Suna: livro que narra episódios da vida do Profeta ( Maomé ) • Jejum e abstinência sexual ( ao longo do dia ), durante o mês de Ramadã ( novembro ) • 5 orações ao dia, voltadas para Meca • Hajj: peregrinação a Meca, ao menos 1 vez
  • 224.
  • 225.
  • 226. 5. O Islamismo Hoje • Religião que mais cresce no mundo • Sunitas: maior ramificação do islamismo # acreditam no Alcorão e na Suna # não aceitam Abu Talib ( tio de Maomé ) como 1º sucessor do profeta • Xiitas: minoria no mundo muçulmano # acreditam somente no Alcorão # para eles, Abu Talib é o 1º sucessor de Maomé
  • 227. 6. Equívocos / ignorâncias sobre o islamismo • “O islamismo é uma religião violenta”
  • 228. • George Bush, ex-presidente dos EUA, é cristão • Promoveu a invasão do Afeganistão e do Iraque ( países muçulmanos ) • Afeganistão: caçar Osama bin Laden ( sunita, autor do atentado de 11/09/2001 ) • Iraque: apreender armas de destruição em massa, fato nunca comprovado • Segundo a ONG britânica IBC, 79% dos 162.000 mortos no Iraque entre 2003-2011 são civis
  • 229.
  • 230. Você já leu alguma notícia sobre atentados terroristas de autoria muçulmana em Taubaté? ( Mesquita em Taubaté )
  • 231. 168 mortos e mais de 500 feridos ( 19/04/1995 ) ( Oklahoma – EUA )
  • 232.
  • 233. Timothy McVeigh, condenado a morte por autoria no atentado de Oklahoma City
  • 234. “As lideranças da Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil manifestou-se contra o terrorismo e afirmou que o Islã não dá suporte a ações terroristas. Ainda assim, existiram retaliações contra alguns muçulmanos. Casas tiveram suas paredes pichadas com frases agressivas – “fora terroristas” –, houve ameaças de empregadores às muçulmanas que usavam o véu, algumas muçulmanas foram impedidas de utilizarem transportes públicos e outras tiraram seus véus com medo de retaliações e agressões” MARQUES, Vera Lúcia ( UFMG ). O Islã no Brasil. In 26ª Reunião Brasileira de Antropologia. Porto Seguro – BA ( 01-04 de junho de 2008 )
  • 235. • “ O uso do véu é obrigatório e a mulher muçulmana é tratada com repressão “ ( Coleção da designer Tuan Hasnah – Festival de Moda Islâmica na Malásia, 2010 )
  • 236. “nas comunidades formadas por imigrantes muçulmanos em Goiás, usar ou não usar o véu é uma opção individual. Algumas delas dizem que não usam o véu islâmico por não suportarem “a pressão e as chacotas das pessoas na rua”. Mesmo assim, dizem se sentirem “muçulmanas de coração” (Borges, 2004). Por outro lado, na comunidade muçulmana de Brasília, a maioria das muçulmanas não usa o véu, mas assume a vontade de usá-lo quando sentirem-se preparadas” (MARQUES, Vera Lúcia.O Islã no Brasil. In 26ª Reunião Brasileira de Antropologia. Porto Seguro – BA, 01-04 de junho de 2008)
  • 237. “A muçulmana que usa o véu sente-se nua quando sai na rua sem ele. Imagine se fôssemos obrigados a sair nus nas ruas… É um constrangimento, analisa a estudante de Antropologia da USP Jamile Pinheiro, 22 anos, muçulmana.” Site: opiniaoenoticia.com.br ( 03/11/2006 )
  • 238. ENEM – 2008 Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que também eram povos do deserto. Essa regra pode ser entendida como:
  • 239. A) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional. B) um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia. C) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo. D) uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regiões áridas. E) uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.
  • 240. Resposta: E
  • 241. O FEUDALISMO 1. Surgiu da decomposição do Império Romano e das invasões bárbaras
  • 242. • O Império Romano Ocidental perdeu sua unidade política e foi fragmentado em reinos chamados de feudais
  • 243. • Os reinos formados, de origem germânica, também tinham, como característica política, a fragmentação – ou o poder político descentralizado • Cada fragmento territorial ficou conhecido como FEUDO • Cada feudo era comandado por um SENHOR FEUDAL • SENHORES FEUDAIS: MEMBROS DA NOBREZA
  • 244. FEUDO
  • 245. • Na nobreza, eram encontrados personalidades de importâncias diferentes
  • 246. • Nem todo nobre era um senhor feudal • Para ser senhor feudal era necessário ter terras. Ter, portanto, um feudo • Um senhor feudal adquiria um feudo: # por herança ( normalmente o primogênito ) # entrando para o clero, pois a Igreja também possuía terras # ou jurando fidelidade, lealdade e proteção militar a outro senhor feudal que, em troca, dava-lhe terras também
  • 247. • Cerimônia da HOMENAGEM: através da qual um senhor feudal MAIOR oferece título e terras a um nobre em troca de proteção
  • 248. • As relações entre os nobres eram regidas, portanto, pela SUSERANIA e pela VASSALAGEM • VASSALO: nobre que jurava fidelidade e lealdade ao senhor que lhe dava terras • SUSERANO: senhor que doava parte de seu feudo a um nobre em troca de proteção • SUSERANOS + VASSALOS = SENHORES FEUDAIS e MAIS IMPORTANTES MEMBROS DA NOBREZA
  • 249. NOBREZA: dedicada à função militar
  • 250. 2. A SOCIEDADE FEUDAL • Era composta por nobres, clérigos ( = membros do clero, da Igreja Católica ), uma minoria de trabalhadores livres ( também conhecidos como vilões ) e por uma maioria de trabalhadores braçais conhecidos como servos • Era ESTAMENTAL: ou seja, não permita ascensão social entre as classes. Assim, um servo não poderia, em regra, ser transformado num nobre
  • 251. • As camada sociais eram estáticas, com papéis rigidamente estabelecidos
  • 252. • O clero era formado tanto por membros da nobreza quanto das classes inferiores: • O ALTO CLERO era formado pela NOBREZA • O BAIXO CLERO era formado pelas CLASSES INFERIORES ( vilões ou servos ) • Alto clero: Papa, Cardeais, Bispos, Arcebispos e Abades • Baixo clero: padres comuns ( párocos )
  • 253.
  • 254. 3. ECONOMIA E RELAÇÕES DE TRABALHO • Economia natural, de subsistência, voltada para atender as necessidades imediatas. • Comércio ( em regra ): de baixa intensidade, restrito a regiões próximas do feudo, a base de troca, in natura • Relações de trabalho: a classe trabalhadora, em sua maioria, estava submetida à servidão • Principais obrigações servis em relação aos nobres: corveia, talha, banalidade.
  • 255. • Corveia: obrigação do servo de trabalhar na reserva senhorial ( terras do feudo reservadas ao sustento do senhor feudal ) • Talha: entrega, para o senhor feudal, de parte do que o servo produz para si na reserva servil ( terras do feudo reservadas ao sustento do servo ) • Banalidade: taxa paga ( em espécie ) ao senhor feudal pelo uso de equipamentos ou instalações produtivas do feudo. Ex: forno, moinho
  • 256. O TRABALHO SERVIL: corveia, talha e banalidade
  • 257. 4. O ISOLAMENTO COMERCIAL E CULTURAL EUROPEU NA IDADE MÉDIA: RELAÇÃO COM O ISLAMISMO
  • 258. (UNESP-2010) Com a ruralização, a tendência à autossuficiência de cada latifúndio e as crescentes dificuldades nas comunicações, os representantes do poder imperial foram perdendo capacidade de ação sobre vastos territórios. Mais do que isso, os próprios lati- fundiários foram ganhando atribuições anteriormente da alçada do Estado. (Hilário Franco Jr. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1986. Adaptado.) A característica do feudalismo mencionada no fragmento:
  • 259. (A)o desaparecimento do poder militar, provocado pelas invasões bárbaras. (B) a fragmentação do poder político central. (C) o aumento da influência política e financeira da Igreja Católica. (D)a constituição das relações de escravidão. (E) o estabelecimento de laços de servidão e vassalagem.
  • 260. Resposta: B
  • 261. A IGREJA ( CATÓLICA ) NA IDADE MÉDIA 1. Instituição ( = organização ) de maior influência na sociedade 2. Motivo: controlava a produção e a reprodução do Conhecimento ( Ciência, Filosofia, Arte ) e dos valores ( moral, certo/errado ) 3. CULTURA MEDIEVAL = TEOCÊNTRICA A religião e o clero eram o centro de referência para o Conhecimento, os valores e costumes
  • 262. Copistas: religiosos responsáveis pela reprodução literária da época
  • 263. Clero: único segmento da sociedade que conservou o domínio da escrita/leitura Desta forma, o controle do Conhecimento ficava assegurado pela Igreja Católica
  • 264. Exemplo do teocentrismo medieval: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no livro de Jasar? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. (Jos 10, 13) “ BASE BÍBLICA PARA O GEOCENTRISMO
  • 265. 4. Igreja Católica na Idade Média: fortemente identificada aos interesses da nobreza • Alto clero: formado por membros da nobreza e dela recebia terras como doação • O governo da Igreja estava sob o comando da nobreza, nem sempre interessada na dimensão espiritual e pastoral da vida eclesiástica ( = do clero ) • Assim, por um longo período, o alto clero deixou de ter interesse pelas necessidades das camadas inferiores da sociedade
  • 266. Alto Clero: distante das classes inferiores
  • 267. 5. HERESIAS MEDIEVAIS: movimentos de contestação em relação ao clero. Exemplos: • Cátaros: mesclavam ensinamentos do cristianismo e do zoroastrismo ( antiga religião persa ). Negavam, por exemplo, a existência do inferno • Valdenses: afirmavam que o clero estava mais preocupado com sua riqueza do que com a religião. Negavam o sacramento da penitência e confessavam os pecados uns aos outros
  • 268. 6. A ordem de Cluny: • Movimento de monges que pretendeu conter parte do relaxamento de costumes que se instalou no clero • Surgido na Abadia ( = mosteiro ) de Cluny, na Borgonha ( França ) • Inspirava-se na Regra de São Bento ( monge do séc. VI ), em que o monge deve consagrar sua vida à meditação e ao trabalho • Irradiou mais de 1.000 mosteiros pela Europa
  • 271. 7. Reações do alto clero contra as heresias: • Criação do Tribunal da Santa Inquisição: tribunal eclesiástico que julgava e condenava ( as vezes à morte ) indivíduos acusados de heresia • Permissão para o funcionamento das Ordens Mendicantes, desde que elas fossem alinhadas ao comando do Papa Ordens Mendicantes: grupos de religiosos dedicados à assistência espiritual e social dos mais pobres
  • 276. 8. O CISMA DO OCIDENTE ( 1378 – 1417 ) • Período em que a Igreja Católica possuiu 2 papas: um era escolhido pelos reis franceses e outro pelos cardeais italianos • Cativeiro de Avignon ( 1309 – 1377 ): período em que a sede do Papado deixou de ser Roma e passou a ser a cidade francesa de Avignon ( causa do Cisma do Ocidente ) • Início do séc. XIV: escolha do Papa sob pressões do rei francês Filipe, o Belo
  • 277. • Para ter o Papa Clemente V perto de si, Filipe, o Belo o sequestrou, levando-o para Avignon • Durante cerca de 70 anos, a sede do Papado deixou de ser Roma – fato que desagradou os cardeais italianos e outros reis católicos • Cisma do Ocidente: exemplo do quanto a Igreja Católica medieval esteve vulnerável aos interesses políticos da nobreza e da realeza
  • 278. As Cruzadas Medievais ( séc. XI – XIII )
  • 279. 1. Expedições de caráter religioso, político, militar e comercial em direção ao Oriente Médio e norte da África •Interesses religiosos: retomar o controle de Jerusalém para os cristãos ( interesse que agradava aos Papas ) •Interesse político/militar: nobres sem feudo na Europa viam nestas expedições a oportunidade de saquear riquezas e obter terras fora do continente
  • 280. • Interesses comerciais: para os comerciantes, as expedições representavam a oportunidade de obter mercadorias orientais por preços mais baratos e aumentar suas margens de lucro • Por outro lado, as Cruzadas serviram de válvula de escape para a explosão demográfica ocorrida no século XI • Além disso, aliviaram o problemas sociais decorridos do aumento populacional. Exemplo: guerras entre nobres
  • 281. 2. A 1ª Cruzada ( 1096 – 1099 ) • Convocada pelo Papa Urbano II, no Concílio de Clermont ( França ), em 1095: “Façamos que aqueles que estão promovendo a guerra entre fieis marchem agora a combater contra os infiéis e conclua em vitória uma guerra que deveria ter se iniciado há muito tempo. Que aqueles que por muito tempo tem sido foragidos, que agora sejam cavaleiros. Que aqueles que estão pelejando com seus irmãos e parentes, que agora lutem de maneira apropriada contra os bárbaros.”
  • 282. Primeira Cruzada ( 1096-1099 )
  • 283. • Precedida pela Cruzada Popular ( dos Mendigos ): o monge Pedro, o Eremita, reuniu uma multidão de fiéis e partiu para o Oriente, massacrando até mesmo judeus que viam pelo caminho. Chegou a Constantinopla mas, sem recursos, dispersou-se e apenas poucos chegaram a se juntar aos cavaleiros da Primeira Cruzada • também conhecida como Cruzada dos Nobres
  • 284. • chefiada por Godofredo de Bulhão e Boemundo de Taranto ( nobres ) • atacaram, dominaram Jerusalém e fundaram 4 reinos feudais no Oriente: Condado de Edessa, Principado de Antioquia, Condado de Trípoli e o Reino de Jerusalém • para defenderem estes reinos, a nobreza criou ordens de monges cavaleiros, como OS TEMPLÁRIOS, OS HOSPITALÉRIOS E OS TEUTÔNICOS
  • 285. Os 4 Reinos fundados após a 1ª Cruzada
  • 286. 3. A Segunda Cruzada (1147-1149)
  • 287. • Convocada por Bernardo de Claraval (monge) e Eugênio III ( Papa ) • Liderada por Luis VII ( França ) e Conrado III ( S.I.R.G. ) • Contou com o apoio dos Templários • Fracassou ao tentar atacar a cidade de Damasco • Grupos de cavaleiros franceses, holandeses e ingleses conquistaram Lisboa, a convite de Afonso Henriques ( 1º rei de Portugal )
  • 288. 4. A Terceira Cruzada (dos Reis)
  • 289. • Pregada pelo Papa Gregório VIII • Liderada pelos reis Filipe Augusto ( França ), Frederico Barba Ruiva ( SIRG ), morto ao atravessar o rio Danúbio e Ricardo Coração de Leão ( Inglaterra ) • Causa da Cruzada: defender Jerusalém, tomada pelo sultão muçulmano Saladino • Derrotados, negociaram a manutenção de Chipre e Acre e a ida de peregrinos a Jerusalém, desde que desarmados
  • 290. 5. A Quarta Cruzada ( apelidada de Comercial )
  • 291. • Convocada pelo Papa Inocêncio III, não teve Jerusalém como destino • Financiada por um rico duque de Veneza, Enrico Dândolo • Os participantes atenderam ao pedido de Aleixo IV, imperador bizantino ( em disputa com o tio Isaac II pela disputa do trono ) • Destino: a cidade de Constantinopla (importante entreposto comercial no Oriente ), transformada em reino latino ( cristão ) até 1261
  • 292. Principal consequência da 4ª Cruzada: conquista de terras comercialmente importantes
  • 293. 6. A Quinta Cruzada ( 1217-1221 )
  • 294. • Pregada pelo Papa Inocêncio III • Liderada por André II ( rei da Hungria ) e Leopoldo VI ( duque da Áustria ) • Teve como estratégia o ataque ao Egito para, depois, conquistar Jerusalém • Não obteve sucesso em nenhum dos dois objetivos.
  • 295. 7. 6ª, 7ª e 8ª Cruzadas
  • 296. Sexta Cruzada ( 1128-1229 ): • Liderada por Frederico II ( imperador do SIRG ) • Ao invés de atacar Jerusalém, Frederico II negociou com o sultão Al-Kamil ( sobrinho de Saladino ) o controle de Belém e Nazaré na Palestina • Por defender a tolerância entre cristãos e muçulmanos, Frederico II foi excomungado pelo Papa Gregório IX
  • 297. Sétima Cruzada ( 1248-1254 ): • Convocada pelo Papa Inocêncio IV • Liderada pelo rei Luis IX ( França ), levou 35.000 combatentes para o Egito • Capturado, Luis IX foi libertado após o pagamento de 800.000 peças de ouro, livrando também todos os prisioneiros cristãos • Posteriormente, foi canonizado pelo Papa
  • 298. Oitava Cruzada ( 1270 ) • Também liderada por Luis IX ( FRA ) • Alvos: o Egito e a Tunísia • Fracassou nos dois objetivos • Antes de regressar, Luis IX foi acometido pela Peste Negra e morreu em Túnis • Em 1497 foi canonizado pelo Papa Bonifácio VIII
  • 299. 8. Consequências das Cruzadas • Objetivo religioso ( retomar Jerusalém ) não foi atingido ( somente nas duas primeiras Cruzadas ) • Principal consequência: retomada das atividades comerciais de longa distância entre Europa, Oriente Médio e norte da África, provocando o chamado RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANOe gerando mudanças no sistema feudal
  • 300.
  • 301. O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO ( séc. XIII – XV ) • Processo que marcou a retomada das atividades comerciais entre Europa e Oriente • Conhecido também como Pré-Capitalismo, onde ocorre a transição do sistema feudal ao sistema capitalista • Marcado pela ascensão da burguesia ( classe social dedicada ao comércio, artesanato e atividades bancárias )
  • 302. Novas rotas comerciais terrestres e marítimas
  • 303. 1. O surgimento da burguesia • burgos: edificações muradas e construídas em torno de castelos, mosteiros ou no cruzamento de estradas e rios • Burguesia: buscava a proteção de senhores feudais e membros do clero, estando vinculada ao sistema feudal
  • 304. BURGOS: SUBMETIDOS AOS SENHORES FEUDAIS
  • 305. Burgo de Bagnone – Itália ( séc. XV )
  • 306. 2. Organizações próprias da burguesia: a)Corporações de Ofício ( ou Guildas ) • Associações de artesãos de um mesmo ramo • Organizadas para impedir a concorrência b) Hansas: • Associações de comerciantes de uma cidade ou região • Organizadas para impedir a concorrência de mercadores de outras regiões ou negociar Cartas de Franquia com os senhores feudais
  • 307. CARTAS DE FRANQUIA Taxas pagas pela burguesia aos senhores feudais em troca de liberdade de atuação no interior dos burgos
  • 308. Liga Hanseática: reuniu dezenas de cidades
  • 309. 3. Obstáculos impostos à burguesia pela nobreza e clero: • Pagamento de taxas de entrada ( “ pedágio “ ) de feudo para feudo • Falta de segurança nas estradas e de uma legislação criminal entre feudos • Usura ( = empréstimo de dinheiro a juros ): prática condenada como pecado pela Igreja • Diferença de moedas, pesos e medidas entre feudos
  • 310. JARDA: VARIÁVEL DE SENHOR PARA SENHOR FEUDAL E DE BURGUÊS PARA BURGUÊS
  • 311. ( ENEM-2011 ) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. DUBY, G. et al . “Séculos XIV-XV”. In : ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença.
  • 312. As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com: A)o crescimento das atividades comerciais e urbanas. B)a migração de camponeses e artesãos. C)a expansão dos parques industriais e fabris. D)o aumento do número de castelos e feudos. E)a contenção das epidemias e doenças.
  • 313. RESPOSTA: A
  • 314. FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS 1. Processo que levou à formação dos países europeus, sob a forma de monarquias 2. Causa: aliança entre burguesia e reis • burguesia: interessada em remover os entraves ( = obstáculos ) impostos pela nobreza e o alto clero • Reis: interessados em recuperar poderes – perdidos com a descentralização feudal
  • 315. 3. Características gerais dos Estados Nacionais • Centralização do poder em torno dos reis • Reis: determinavam a padronização das moedas, medidas, pesos, justiça, impostos, gramática • Fonte de poder real: Exército ( mantido com o dinheiro dos impostos ) • Principal fonte de impostos: burguesia • Papel da nobreza: serviço militar • Papel do clero: ideológico ( aliado do rei )
  • 316. Estado Nacional: rei forte, burguesia favorecida, clero e nobreza aliadas e classes populares ignoradas
  • 317. FORMAÇÃO DA MONARQUIA FRANCESA • Principal exemplo de monarquia nacional • 1ª dinastia: Capetíngea ( 987-1328 ) • 1º rei Hugo Capeto • Principais reis: - Filipe Augusto - Luis IX - Filipe, o Belo
  • 318. 1. Filipe Augusto ( Filipe II ): 1180-1223 • Início da centralização política • Formação de um Exército Nacional • Expansão das fronteiras: domínio do norte da FRA ( Normandia ) • Fontes de renda: Cartas de Franquia 2. Luis IX: 1226-1270 • Padronização da justiça, inspirada no Direito Romano • Adoção de uma moeda única
  • 319. 3. Filipe, o Belo: 1285-1314 • Amplia a centralização • 1302: cria os Estados Gerais ( = Parlamento ) e aprova o pagamento de impostos pelo clero • Conflitos com o Papa Bonifácio VIII • 1303: Filipe, o Belo interfere na eleição de um Papa francês ( Clemente V ) • 1309: rei da FRA “prende” Clemente V e muda sede do Papado para Avignon e provoca, mais tarde, o Cisma do Ocidente
  • 320. FORMAÇÃO DA MONARQUIA NACIONAL INGLESA 1. Primeira dinastia: Normanda ( 1066-1154 ) • 1º rei: Guilherme da Normandia – invade a ING e vence Haroldo II ( último rei feudal / anglo-saxão da ING ) • Cria os shires ( condados ) • Nomeia sheriffs ( funcionários do Estado – arrecadação de impostos sobre nobres e burgueses )
  • 321. 2) 2ª Dinastia: Plantageneta (1154-1453 ) ( principais reis ) a) Henrique II ( 1154-1189 ) • Cria um sistema judicial único no país ( Common Law ) b) Ricardo Coração de Leão ( 1189-1199 ) • Derrotas militares para os franceses ( disputa pelo norte da FRA ) e aumento de impostos • Afastamento por ocasião das Cruzadas fortalece a nobreza feudal
  • 322. c) João Sem Terra ( 1199-1216 ) • Derrotas para a FRA ( perde acesso para Flandres ) na Batalha de Bouvines ( 1214 ) • Confisca e depois devolve terras do clero e ganha ( oposição do Papa Inocêncio III ) • Aumento de impostos: descontentamento faz nobreza e clero redigirem a CARTA MAGNA ( documento que limitava os poderes do rei ) • 1215: João Sem Terra assina a Carta Magna ( documento que inspirou a criação do Parlamento ( 1295 )
  • 323. GUERRA DOS CEM ANOS ( 1337-1453 ) 1. ING X FRA ( vence ) 2. Causas: a) Disputa do trono francês Filipe de Valois X Eduardo III Sobrinho paterno de neto materno de Filipe, o Belo Filipe, o Belo
  • 324. b) Disputa sobre Flandres: maior centro europeu de produção têxtil, sob domínio da FRA
  • 325. 3. Sobre a guerra: • Travada em solo francês • Armagnacs ( franceses a favor da FRA – sul ) • Borguinhões (franceses a favor da ING - norte) • 1315-1317: Grande Fome na FRA ( desnutrição e falta de higiene nas cidades ) • 1347-1350: Peste Negra • 1358: Jacqueries ( revoltas camponesas ) • Até 1422: domínio inglês sobre 1/3 da FRA
  • 326. • Rei Carlos VII ( 1403-1461 ), não reconhecido pelos borguinhões: nacionalismo messianismo ( Joana D’arc: 1412-1431 ) comanda tropas e conduz Carlos VII ao trono da FRA
  • 327. FASE FINAL DA GUERRA
  • 328. • 1430: captura de Joana D’arc pelos borguinhões. Julgada pelo Santo Ofício e executada em 1431 • 1453: Carlos VII vence a ING 4. Consequências da guerra: • Consolidação da Monarquia francesa • Enfraquecimento da nobreza e do campesinato ( mortes ) • Fortalecimento da realeza francesa • Eclosão da Guerra das Duas Rosas na ING
  • 329. 5. Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ) • Disputa pelo trono inglês • Lancaster: nobreza feudal York: nobreza “mercantil” • Henrique Tudor: Lancaster casado com uma York, vence a guerra e é coroado novo rei ( início da dinastia Tudor: 1485-1603 )
  • 330. (FUVEST) No processo de formação dos estados Nacionais da França e da Inglaterra, podem ser identificados os seguintes aspectos: a) Fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do estado moderno. b) Ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja. c) Desagregação do feudalismo e centralização política. d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial. e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja.
  • 331. RESPOSTA: C
  • 332. A CRISE DO SISTEMA FEUDAL ( Crise dos séculos XIV e XV ) •Guerras: diminuem o número de nobres e fortalecem o poder real •Peste: queda na produção servil; conflitos servos X nobres; abre brecha para o desenvolvimento urbano ( burgos )
  • 333. A PESTE NEGRA ( 1347 – 1350 )
  • 334. • Pandemia que matou 1/3 da população europeia • Causa: infecção causada pelo pasteurella pestis ( bacilo alojado no couro cabeludo de ratos ) • Origem: Ásia • Relação com o renascimento Comercial e Urbano e as péssimas condições de vida nas cidades européias ( falta de saneamento / subalimentação / Guerra dos Cem Anos )
  • 335. O MAPEAMENTO DA PESTE NEGRA
  • 336. • RELAÇÃO ENTRE PESTE E CRISE DO SÉC XIV ( = crise do sistema feudal ): # Peste: dizimou 1/3 da população ( maioria camponeses ) # senhores feudais: submeteram servos a corvéias mais prolongadas # servos: revoltas camponesas ( mais mortes ) e fuga para as cidades ( nova alternativa para os servos – livres dos senhores feudais ) declínio das relações de produção feudais
  • 337. FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS PORTUGUESA E ESPANHOLA 1. Portugal: 1ª monarquia nacional européia • séc. VIII-XV: Guerra da Reconquista na Península Ibérica reinos cristãos mouros ( feudais ) ( muçulmanos )
  • 338. SÉC. XI: SURGE O CONDADO PORTUCALENSE
  • 339. • Séc. XI: D. Afonso VI cede parte do reino de Leão ao nobre francês Henrique de Borgonha ( em troca de auxílio contra os muçulmanos ) • Séc. XII ( 1140 ): Independência de Portugal ( promovida por Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha ) • 1140-1385: dinastia de Borgonha – expulsão dos mouros e centralização política PORTUGAL: precocidade como Estado Nacional
  • 340. Séc. XIV: enquanto a Europa estava em crise, Portugal prosperava no comércio litorâneo com os italianos
  • 341. 1383-1385: Revolução de Avis Reino de Leão e Castela tentam retomar o controle do território português João de Avis, nobre português, alia-se à burguesia, vence Castela e é aclamado novo rei. Início da Dinastia de Avis ( 1385- 1580 )
  • 342. 2. Espanha: • Também formada a partir da Guerra da Reconquista Reinos feudais uniram-se para combater os mouros: Leão, Castela ( principais ), Navarra e Aragão • 1492: Isabel de Castela vence os muçulmanos em Granada e completa a unificação da ESP
  • 343.
  • 344. A CULTURA MEDIEVAL 1. Em poucas palavras: TEOCÊNTRICA 2. O teocentrismo medieval limitou o livre progresso da Ciência, fator que identificou a Idade Média aos termos “Idade das Trevas” e “ Noite de Mil Anos” 3. Porém: • Mesmo teocêntrica, a cultura medieval tem suas relevantes expressões. Exemplos: a) Arquitetura:
  • 345. ARQUITETURA ROMÂNICA: PAREDES GROSSAS, INTERIOR ESCURO, VERTICALIDADE, ALTA IDADE MÉDIA
  • 346. BASÍLICA DE SÃO SERNIN – FRANÇA
  • 347. BASÍLICA DE APARECIDA – BRASIL
  • 348. ARQUITETURA GÓTICA: VERTICALIDADE, ARCOS OGIVADOS, INTERIOR CLARIDADE, VITRAIS COLORIDOS, BAIXA IDADE MÉDIA ( CATEDRAL DE COLÔNIA – ALEMANHA )
  • 349. Catedral de Notre Dame, Reims - França
  • 351. Catedral de Notre Dame, Reims - França
  • 352. b) Filosofia/Teologia • Principais pensadores: Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino ( correntes diferentes de pensamento ) • Agostinho: contra o Livre Arbítrio, incapaz de levar o homem à Salvação. Base da doutrina da Pre-Destinação. • Aquino: a favor do Livre Arbítrio Livre Arbítrio: capacidade racional de escolher entre bem e mal, certo e errado
  • 353. c) Economia • Também influenciada pelo teocentrismo • Temas como salário, preços e lucro. Exemplos: • Usura = empréstimo a juros. Condenada pela Igreja Católica por ferir o princípio de preço justo • Preço Justo: justo preço é aquele bastante baixo para poder o consumidor comprar, sem extorsão, e suficientemente elevado para ter o vendedor interesse em vender e poder viver de maneira decente.
  • 354. d) Universidades •exemplo: Paris ( fundada por volta de 1170 ) •Professores nomeados pelo bispo da cidade
  • 355. (Fuvest 2008) Se, para o historiador, a Idade Média não pode ser reduzida a uma “Idade das Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser lembrada dessa maneira, como um período de práticas e instituições “bárbaras”. Com base na afirmação acima, indique e descreva a) duas contribuições relevantes da Idade Média. b) duas práticas ou instituições medievais lembradas negativamente.