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INTRODUÇÃO ÀS PRÁTICAS
DE ENFERMAGEM
Thiago MonçãoThiago Monção
Enfermeiro COREN-MG 300.892
Especialista em Vigilância e Controle de Infecções – UNIMONTES
Especializando em Saúde da Família – UFPel
Especializando em História da Filosofia - UNIMONTES
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS
NO EXAME FÍSICO
SIMPLIFICADO:
Inspeção, Palpação,
Percussão e Ausculta.
Exame Físico
O Exame físico compreende no levantamento
das condições globais do paciente, tanto físicas como
psicológicas, no sentido de buscar informações
significativas para a enfermagem que possam
subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente.
Exame Físico
Os passos propedêuticos a serem empregados
no exame físico são inspeção, palpação, percussão e
ausculta, passos estes que devem ser realizados a
partir da utilização dos sentidos da visão, audição, tato
e olfato.
Exame Físico
Esses sentidos podem ser ampliados
começando-se da utilização instrumental como
estetoscópio, olftamoscópio, fita métrica,
termômetro, espátulas, etc. (BARROS, 2002).
INSPEÇÃO
É um procedimento propedêutico, primeiro do
exame físico, baseado no sentido da visão para
averiguar ou inspecionar o aspecto, a cor, a forma, o
tamanho e o movimento dos diversos segmentos
corporais. Identifica condições clinicas visíveis a olho
nu, como lesões cutâneas, cateteres, sondas, etc.
Tipos de Inspeção
ESTÁTICA: O cliente se mantém em uma única
posição, sendo a padrão a ortostática.
DINÂMICA: É solicitado ao cliente movimentos
como o de respiração, marcha, adução e abdução de
membros. Baseia-se na análise do cliente durante
mobilizações.
Na Inspeção Observamos:
Estado geral: descrever a aparência do
paciente classificando-a em bom estado geral, regular
estado geral ou mal estado geral.
Na Inspeção Observamos:
Nível de consciência: observar lucidez, diálogo
avaliando conexão dos assuntos.
Na Inspeção Observamos:
Estado nutricional: observar aceitação da
dieta por via oral, se é por sonda ou se faz uso de
algum suporte nutricional. Observar nível de
hidratação, caquexia, obesidade, etc.
Na Inspeção Observamos:
Linguagem: comunicação do paciente (verbal
ou gestual), afonia, disártrico, taquilalia ou fala
pastosa.
Na Inspeção Observamos:
Movimentação e postura:
Deambula? Cadeira de rodas?, Posição que
mais prefere ficar e em qual refere dor?
Na Inspeção Observamos:
Coloração da pele, mucosa e
hidratação: palidez, descamações, prurido,
icterícia, verificar a consistência e
integridade.
NORMOCORADO OU ANICTÉRICO
HIPERCORADO
HIPOCORADO OU ICTÉRICO
Na Inspeção Observamos:
Higiene: sujidades e odores (roupas também).
PALPAÇÃO
É baseada no tato e na pressão,
especificamente, no toque sobre as superfícies dos
segmentos corporais para detectar modificações da
textura, volume, forma, espessura, consistência,
flutuações, frêmitos, sensibilidade táctil e dolorosa,
elasticidade, temperatura, localização dos órgãos,
presença de edemas, massas.
PALPAÇÃO
OBJETIVOS:
Reconhecimento de modificações relacionadas
a:
Textura, Espessura, Consistência, Sensibilidade,
Volume, Dureza, Flutuação, Elasticidade, Turgor,
dentre outras.
PALPAÇÃO
A palpação pode ser SUPERFICIAL ou
PROFUNDA.
Existem varias técnicas de palpação, veremos
cada uma.
Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a
palma de uma mãos.
Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a
palma de ambas as mãos.
Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas
polpas digitais e a parte ventral dos dedos.
Palpação usando-se o polegar e o indicador
formando uma pinça.
Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos.
Digito pressão - realizada com a polpa do polegar
ou do indicador.
Puntipressão - compressão com objeto pontiagudo
em ponto do corpo.
Vitropressão - compressão da pele com uma lâmina
de vidro, através da qual se verifica a condição da
pele. Difere como exemplo eritema de púrpura.
Fricção com algodão - para avaliação de
sensibilidade.
Com a Palpação Podemos:
Recolher dados através:
Do tato - impressões sobre a parte mais
superficial da estrutura.
Da pressão - impressões sobre a parte mais
profunda.
PERCUSSÃO
Consiste na utilização do tato e da
audição, para provocar e ouvir os sons
de golpes leves, planejados, articulados
e direcionados para delimitar órgãos,
detectar coleção de líquido ou ar e
perceber formações fibrosas teciduais.
PERCUSSÃO
Esses golpes dão origem a
vibrações sonoras que têm
características próprias quanto à
intensidade, timbre e tonalidade.
PERCUSSÃO
Dependendo da estrutura anatômica
percutida, e permitem também a obtenção de
impressões sobre a resistência que a região
golpeada oferece. Quanto mais densa a área
percutida maior será o som, mais breve e
menos discernível
Classificação dos Sons
Som maciço (cabeceira da cama / parede /
bloco de madeira) transmite a sensação de
dureza e resistência, é encontrado em regiões
desprovidas de ar. É decorrente da percussão
de regiões sólidas.
EX: coxa (músculo), fígado, coração, baço e
rins.
Classificação dos Sons
Som Submaciço é a variação de som
maciço, ocorre devida presença de ar em
quantidade restrita. EX: parênquima
pulmonar e um órgão sólido – infecção
de um lobo pulmonar.
Classificação dos Sons
Som Timpânico ( caixa vazia / pequeno
tambor) é encontrado em cavidades
fechadas, recobertas por membranas
flexíveis, que contenham ar. Acompanha
a sensação de elasticidade. EX:
intestinos e traube (fundo do estômago).
Classificação dos Sons
Som Pulmonar (colchão de mola / caixa
com pedaços de isopor / livro grosso
colocado sobre a mesa). Resultado das
vibrações pulmonares e das respectivas
vias aéreas transmitidas à parede
torácica.
Percussão Direta
É realizada golpeando-se
diretamente com as pontas dos
dedos a região alvo.
Percussão dígito-digital
Executa-se golpeando com a borda
ungueal do dedo médio da mão direita
na superfície dorsal da 2ª falange do
dedo médio ou indicador da outra mão.
Dedo que
golpeia - plexor
Dedo que recebe
o golpe
plexímetro
Punho-percussão
Mantendo-se a mão fechada,
golpeia-se com a borda cubital a região
estudada e averigua-se a ocorrência de
sensação dolorosa.
Percussão com a borda da mão
Os dedos ficam estendidos e
unidos, golpeando-se a região
desejada com a borda ulnar,
averiguando-se a ocorrência de
sensação dolorosa.
Percussão por piparote
Com uma das mãos o examinador
golpeia o abdome por piparotes (golpes
com dedo indicador), enquanto a outra
espalmada na região contralateral,
procura captar ondas líquidas contra a
parede abdominal.
Com a percussão podemos
➔
Detectar vibrações obtidas pelo
golpeamento direcionado a um ponto
qualquer do organismo.
➔
Observar que cada estrutura anatômica
percutida tem características próprias quanto
à: - Intensidade - Timbre - Tonalidade
AUSCULTA
Procedimento que consiste na utilização
do sentido da audição para ouvir sons ou
ruídos produzidos pelos órgãos, que são
decorrentes da vibração das suas estruturas na
superfície corporal, como na avaliação dos
ruídos respiratórios, cardíacos, circulatórios e
intestinais.
TIPOS DE AUSCULTA
➔
A Ausculta direta - é executada por aplicação
direta da orelha ao corpo.
➔
A Ausculta Indireta – é a que utiliza o
estetoscópio. Outro tipo de esteto é o de pinar
(obstetrícia).
➔
Estetoscópio- Introduzido por Laennec na
metade do século XIX.
Estetoscópio
Onde empregamos a
ausculta?
➔
Pulmões (murmúrios vesiculares).
➔
Coração (bulhas cardíacas), vasos
(sopros).
➔
Abdome (ruídos hidroaéreos no
intestino e peristalse no estomago).
Características dos Sons
Freqüência -
quanto maior,
mais agudo
Qualidade - sopro
ou borbulhante
Altura - Alto e
baixo
Duração - curta,
média ou longa
Ambiente da Ausculta
A AUSCULTA deve ser realizada em
ambiente silencioso, o paciente em
posição adequada e a área a ser
auscultada deve ser descoberta.
REFERÊNCIAS
Dirce Laplaca Viana, Marcio Petenusso,
Manual para Realização do Exame Físico, Editora
Yendis, 2007.
BARROS, Alba Lucia Botura Leite de. Anamnese e
exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no
adulto . Porto Alegre: Artmed, 2002. 272 p.
JARVIS, Carolyn; MUNDIM, Fernando Diniz (Trad).
Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Guanabara Koogan., 2002. xxi, 900 p.
REFERÊNCIAS
NOBRE, André Luiz Cândido Sarmento Drummond.
Guia prático: roteiros de anamnese e exame físico .
Montes Claros: Editora Unimontes, 2006. 165 p
BRUNNER, Lillian Sholtis; SMELTZER, Suzanne C.
O'Connell; BARE, Brenda G; SUDDARTH, Doris Smith.
Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Pesquisa, organização, formatação e referenciamento
conforme literatura descrita em REFERÊNCIAS.
Esta apresentação pertence a MONÇÃO, Thiago
Santos, para fins didáticos não-comerciais em sala de
aula e palestras.
MONÇÃO, T. S. MÉTODOS PROPEDÊUTICOS NO
EXAME FÍSICO SIMPLIFICADO:
Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta. CEI: 2013,
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Exame físico: métodos propedêuticos

  • 1. INTRODUÇÃO ÀS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM Thiago MonçãoThiago Monção Enfermeiro COREN-MG 300.892 Especialista em Vigilância e Controle de Infecções – UNIMONTES Especializando em Saúde da Família – UFPel Especializando em História da Filosofia - UNIMONTES MÉTODOS PROPEDÊUTICOS NO EXAME FÍSICO SIMPLIFICADO: Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta. Exame Físico O Exame físico compreende no levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente. Exame Físico Os passos propedêuticos a serem empregados no exame físico são inspeção, palpação, percussão e ausculta, passos estes que devem ser realizados a partir da utilização dos sentidos da visão, audição, tato e olfato. Exame Físico Esses sentidos podem ser ampliados começando-se da utilização instrumental como estetoscópio, olftamoscópio, fita métrica, termômetro, espátulas, etc. (BARROS, 2002). INSPEÇÃO É um procedimento propedêutico, primeiro do exame físico, baseado no sentido da visão para averiguar ou inspecionar o aspecto, a cor, a forma, o tamanho e o movimento dos diversos segmentos corporais. Identifica condições clinicas visíveis a olho nu, como lesões cutâneas, cateteres, sondas, etc.
  • 2. Tipos de Inspeção ESTÁTICA: O cliente se mantém em uma única posição, sendo a padrão a ortostática. DINÂMICA: É solicitado ao cliente movimentos como o de respiração, marcha, adução e abdução de membros. Baseia-se na análise do cliente durante mobilizações. Na Inspeção Observamos: Estado geral: descrever a aparência do paciente classificando-a em bom estado geral, regular estado geral ou mal estado geral. Na Inspeção Observamos: Nível de consciência: observar lucidez, diálogo avaliando conexão dos assuntos. Na Inspeção Observamos: Estado nutricional: observar aceitação da dieta por via oral, se é por sonda ou se faz uso de algum suporte nutricional. Observar nível de hidratação, caquexia, obesidade, etc. Na Inspeção Observamos: Linguagem: comunicação do paciente (verbal ou gestual), afonia, disártrico, taquilalia ou fala pastosa. Na Inspeção Observamos: Movimentação e postura: Deambula? Cadeira de rodas?, Posição que mais prefere ficar e em qual refere dor?
  • 3. Na Inspeção Observamos: Coloração da pele, mucosa e hidratação: palidez, descamações, prurido, icterícia, verificar a consistência e integridade. NORMOCORADO OU ANICTÉRICO HIPERCORADO HIPOCORADO OU ICTÉRICO Na Inspeção Observamos: Higiene: sujidades e odores (roupas também). PALPAÇÃO É baseada no tato e na pressão, especificamente, no toque sobre as superfícies dos segmentos corporais para detectar modificações da textura, volume, forma, espessura, consistência, flutuações, frêmitos, sensibilidade táctil e dolorosa, elasticidade, temperatura, localização dos órgãos, presença de edemas, massas. PALPAÇÃO OBJETIVOS: Reconhecimento de modificações relacionadas a: Textura, Espessura, Consistência, Sensibilidade, Volume, Dureza, Flutuação, Elasticidade, Turgor, dentre outras. PALPAÇÃO A palpação pode ser SUPERFICIAL ou PROFUNDA. Existem varias técnicas de palpação, veremos cada uma. Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma mãos.
  • 4. Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de ambas as mãos. Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas polpas digitais e a parte ventral dos dedos. Palpação usando-se o polegar e o indicador formando uma pinça. Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Digito pressão - realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Puntipressão - compressão com objeto pontiagudo em ponto do corpo.
  • 5. Vitropressão - compressão da pele com uma lâmina de vidro, através da qual se verifica a condição da pele. Difere como exemplo eritema de púrpura. Fricção com algodão - para avaliação de sensibilidade. Com a Palpação Podemos: Recolher dados através: Do tato - impressões sobre a parte mais superficial da estrutura. Da pressão - impressões sobre a parte mais profunda. PERCUSSÃO Consiste na utilização do tato e da audição, para provocar e ouvir os sons de golpes leves, planejados, articulados e direcionados para delimitar órgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. PERCUSSÃO Esses golpes dão origem a vibrações sonoras que têm características próprias quanto à intensidade, timbre e tonalidade. PERCUSSÃO Dependendo da estrutura anatômica percutida, e permitem também a obtenção de impressões sobre a resistência que a região golpeada oferece. Quanto mais densa a área percutida maior será o som, mais breve e menos discernível
  • 6. Classificação dos Sons Som maciço (cabeceira da cama / parede / bloco de madeira) transmite a sensação de dureza e resistência, é encontrado em regiões desprovidas de ar. É decorrente da percussão de regiões sólidas. EX: coxa (músculo), fígado, coração, baço e rins. Classificação dos Sons Som Submaciço é a variação de som maciço, ocorre devida presença de ar em quantidade restrita. EX: parênquima pulmonar e um órgão sólido – infecção de um lobo pulmonar. Classificação dos Sons Som Timpânico ( caixa vazia / pequeno tambor) é encontrado em cavidades fechadas, recobertas por membranas flexíveis, que contenham ar. Acompanha a sensação de elasticidade. EX: intestinos e traube (fundo do estômago). Classificação dos Sons Som Pulmonar (colchão de mola / caixa com pedaços de isopor / livro grosso colocado sobre a mesa). Resultado das vibrações pulmonares e das respectivas vias aéreas transmitidas à parede torácica. Percussão Direta É realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região alvo.
  • 7. Percussão dígito-digital Executa-se golpeando com a borda ungueal do dedo médio da mão direita na superfície dorsal da 2ª falange do dedo médio ou indicador da outra mão. Dedo que golpeia - plexor Dedo que recebe o golpe plexímetro Punho-percussão Mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região estudada e averigua-se a ocorrência de sensação dolorosa. Percussão com a borda da mão Os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, averiguando-se a ocorrência de sensação dolorosa.
  • 8. Percussão por piparote Com uma das mãos o examinador golpeia o abdome por piparotes (golpes com dedo indicador), enquanto a outra espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas contra a parede abdominal. Com a percussão podemos ➔ Detectar vibrações obtidas pelo golpeamento direcionado a um ponto qualquer do organismo. ➔ Observar que cada estrutura anatômica percutida tem características próprias quanto à: - Intensidade - Timbre - Tonalidade AUSCULTA Procedimento que consiste na utilização do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos, que são decorrentes da vibração das suas estruturas na superfície corporal, como na avaliação dos ruídos respiratórios, cardíacos, circulatórios e intestinais. TIPOS DE AUSCULTA ➔ A Ausculta direta - é executada por aplicação direta da orelha ao corpo. ➔ A Ausculta Indireta – é a que utiliza o estetoscópio. Outro tipo de esteto é o de pinar (obstetrícia). ➔ Estetoscópio- Introduzido por Laennec na metade do século XIX. Estetoscópio
  • 9. Onde empregamos a ausculta? ➔ Pulmões (murmúrios vesiculares). ➔ Coração (bulhas cardíacas), vasos (sopros). ➔ Abdome (ruídos hidroaéreos no intestino e peristalse no estomago). Características dos Sons Freqüência - quanto maior, mais agudo Qualidade - sopro ou borbulhante Altura - Alto e baixo Duração - curta, média ou longa Ambiente da Ausculta A AUSCULTA deve ser realizada em ambiente silencioso, o paciente em posição adequada e a área a ser auscultada deve ser descoberta. REFERÊNCIAS Dirce Laplaca Viana, Marcio Petenusso, Manual para Realização do Exame Físico, Editora Yendis, 2007. BARROS, Alba Lucia Botura Leite de. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto . Porto Alegre: Artmed, 2002. 272 p. JARVIS, Carolyn; MUNDIM, Fernando Diniz (Trad). Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan., 2002. xxi, 900 p. REFERÊNCIAS NOBRE, André Luiz Cândido Sarmento Drummond. Guia prático: roteiros de anamnese e exame físico . Montes Claros: Editora Unimontes, 2006. 165 p BRUNNER, Lillian Sholtis; SMELTZER, Suzanne C. O'Connell; BARE, Brenda G; SUDDARTH, Doris Smith. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Pesquisa, organização, formatação e referenciamento conforme literatura descrita em REFERÊNCIAS. Esta apresentação pertence a MONÇÃO, Thiago Santos, para fins didáticos não-comerciais em sala de aula e palestras. MONÇÃO, T. S. MÉTODOS PROPEDÊUTICOS NO EXAME FÍSICO SIMPLIFICADO: Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta. CEI: 2013, 54 slides.