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Abalos Sísmicos no Brasil – Fundamentação teórica e questão do vestibular Unicamp 2013
Principais conceitos
● Sismos, ou terremotos, são movimentações repentinas em falhas geológicas, que geram
vibrações que se propagam pelo interior da Terra em todas as direções, e podem ser
muito destrutivas.
● As movimentações das falhas geológicas são causadas pelo acúmulo de tensões no
interior da Terra.
O que é um terremoto?
Terremoto, ou sismo, são as vibrações provocadas por uma ruptura muito rápida de alguma
falha geológica. Essas vibrações se propagam em todas as direções. As rupturas ocorrem
devido ao lento acúmulo de tensões no interior da Terra, principalmente relacionado ao
movimento das placas litosféricas.
Os grandes terremotos ocorrem neste contato entre duas placas com movimento
convergente. O maior terremoto já registrado no mundo ocorreu em 1960 no sul do Chile
com magnitude 9,5 e foi causado pelo contato entre a placa de Nazca e a da América do Sul.
As profundidade dos sismos podem atingir até 650 km.
Sismicidade do Brasil
Como vimos, a sismicidade alta ocorre, em geral, nos limites das placas. Como o território
brasileiro situa-se no interior da placa sul-americana, a natureza dos sismos esperados é do
tipo intraplaca, o que configura uma região de sismicidade relativamente baixa. Os
sismos gerados são rasos (< 40 km) e a grande maioria ocorre na crosta superior a menos de
10 km de profundidade. E eventualmente os abalos sísmicos estão relacionados também a
presença de falhas geológicas e a comodação dos terrenos. As magnitudes quase sempre são
baixas, quando comparadas com outras regiões sísmicas do planeta. Contudo, isto não
significa que no Brasil não possa ocorrer algum sismo de magnitude considerável.
Embora sejam possíveis, os grandes terremotos intraplaca são extremamente raros.
Terremotos no Acre, uma exceção de profundidade
O Acre é uma área de sismos de grande profundidade, relacionados à placa de Nazca que
mergulha sob o continente, pois o mesmo situa-se na zona limítrofe da Cordilheira dos Andes.
No Acre, por exemplo, ocorrem sismos freqüentes com hipocentros entre 600 e 650 km
de profundidade, situados na zona de Wadati-Benioff da placa de Nazca, que mergulha
no manto superior debaixo da Placa da América do Sul.
Medindo os terremotos - Intensidade Mercalli
Uma maneira de se medir a intensidade de um sismo ou terremoto é pelo tipo de efeito que
ele causa. A classificação mais utilizada para os efeitos de um sismo é a chamada
“Escala Mercalli”, com graus que variam de I a XII, conforme os efeitos nas pessoas,
construções e na própria natureza. Portanto, a escala de intensidade não envolve
medida direta com instrumentos, mas apenas uma classificação dos efeitos das vibrações
segundo a percepção do ser humano e os estragos causados.
Magnitude Richter
A escala de magnitude Richter usa a amplitude máxima de uma onda sísmica. Como as
oscilações das ondas sísmicas variam desde milionésimos de mícrons (10 -9 mm) até vários
centímetros, torna-se inviável sua representação em um escala linear. Desse modo, utiliza-se
uma escala logarítmica (base 10), onde cada unidade na escala representa uma diferença de
dez vezes na amplitude das ondas. Portanto, um sismo de magnitude 5, por exemplo, causa
vibrações com amplitudes dez vezes maiores do que um de magnitude 4 (observado na
mesma distância); um de magnitude 6 teria vibrações cem vezes maiores que o de magnitude
4. A magnitude Richter pode ser relacionada à quantidade total de energia liberada
pela ruptura.
Reveja seus conceitos
● Terremoto é a ocorrência de uma ruptura repentina, causada por acúmulo de grandes
tensões, que geram vibrações que se propagam como ondas sísmicas pelo interior da
Terra.
● Hipocentro (ou foco) é o local do interior da Terra, onde se inicia a ruptura e a liberação das
tensões acumuladas. Epicentro é o ponto na superfície terrestre situado exatamente
acima do foco (ou hipocentro). As maiores intensidades ocorrem perto do epicentro.
● Ondas sísmicas são ondas elásticas produzidas a partir da energia liberada pela ruptura da
litosfera. Elas se propagam em todas as direções e podem sofrer refração e reflexão,
determinadas pelas mudanças das características físicas do meio e do tipo da onda.
● Os efeitos de um terremoto (nas pessoas, construções, e na natureza) são classificados pela
escala de intensidade Mercalli.
● O “tamanho” de um sismo é medido pela escala de magnitude Richter. Quanto maior a
magnitude, maior a energia liberada pela ruptura.
Questão 3 do vestibular da Unicamp 2013
O mapa abaixo apresenta os abalos sísmicos superiores à magnitude 3,0 identificados no Brasil
entre 1767 e 2007.
a) Embora distante de bordas de placas tectônicas, o Brasil apresenta abalos sísmicos
eventuais. Quais as características predominantes desses sismos no Brasil?
b) Por que o Estado do Acre apresenta grande quantidade de abalos sísmicos e por que ele
são profundos?
Conceitos de Sismologia - Texto do capítulo 3 do livro de GEOLOGIA GERAL, TERREMOTOS E
SISMICIDADE NO BRASIL em edição por Rômulo Machado e Marcelo Assumpção
Texto formatado com finalidades pedagógicas para minhas aulas de Geografia.
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Abalos sísmicos no Brasil - fundamentação teórica e vestibular da Unicamp

  • 1. Abalos Sísmicos no Brasil – Fundamentação teórica e questão do vestibular Unicamp 2013 Principais conceitos ● Sismos, ou terremotos, são movimentações repentinas em falhas geológicas, que geram vibrações que se propagam pelo interior da Terra em todas as direções, e podem ser muito destrutivas. ● As movimentações das falhas geológicas são causadas pelo acúmulo de tensões no interior da Terra. O que é um terremoto? Terremoto, ou sismo, são as vibrações provocadas por uma ruptura muito rápida de alguma falha geológica. Essas vibrações se propagam em todas as direções. As rupturas ocorrem devido ao lento acúmulo de tensões no interior da Terra, principalmente relacionado ao movimento das placas litosféricas. Os grandes terremotos ocorrem neste contato entre duas placas com movimento convergente. O maior terremoto já registrado no mundo ocorreu em 1960 no sul do Chile com magnitude 9,5 e foi causado pelo contato entre a placa de Nazca e a da América do Sul. As profundidade dos sismos podem atingir até 650 km. Sismicidade do Brasil Como vimos, a sismicidade alta ocorre, em geral, nos limites das placas. Como o território brasileiro situa-se no interior da placa sul-americana, a natureza dos sismos esperados é do tipo intraplaca, o que configura uma região de sismicidade relativamente baixa. Os sismos gerados são rasos (< 40 km) e a grande maioria ocorre na crosta superior a menos de 10 km de profundidade. E eventualmente os abalos sísmicos estão relacionados também a presença de falhas geológicas e a comodação dos terrenos. As magnitudes quase sempre são baixas, quando comparadas com outras regiões sísmicas do planeta. Contudo, isto não significa que no Brasil não possa ocorrer algum sismo de magnitude considerável. Embora sejam possíveis, os grandes terremotos intraplaca são extremamente raros. Terremotos no Acre, uma exceção de profundidade O Acre é uma área de sismos de grande profundidade, relacionados à placa de Nazca que mergulha sob o continente, pois o mesmo situa-se na zona limítrofe da Cordilheira dos Andes. No Acre, por exemplo, ocorrem sismos freqüentes com hipocentros entre 600 e 650 km de profundidade, situados na zona de Wadati-Benioff da placa de Nazca, que mergulha no manto superior debaixo da Placa da América do Sul. Medindo os terremotos - Intensidade Mercalli Uma maneira de se medir a intensidade de um sismo ou terremoto é pelo tipo de efeito que ele causa. A classificação mais utilizada para os efeitos de um sismo é a chamada “Escala Mercalli”, com graus que variam de I a XII, conforme os efeitos nas pessoas, construções e na própria natureza. Portanto, a escala de intensidade não envolve medida direta com instrumentos, mas apenas uma classificação dos efeitos das vibrações segundo a percepção do ser humano e os estragos causados. Magnitude Richter A escala de magnitude Richter usa a amplitude máxima de uma onda sísmica. Como as oscilações das ondas sísmicas variam desde milionésimos de mícrons (10 -9 mm) até vários centímetros, torna-se inviável sua representação em um escala linear. Desse modo, utiliza-se uma escala logarítmica (base 10), onde cada unidade na escala representa uma diferença de dez vezes na amplitude das ondas. Portanto, um sismo de magnitude 5, por exemplo, causa vibrações com amplitudes dez vezes maiores do que um de magnitude 4 (observado na mesma distância); um de magnitude 6 teria vibrações cem vezes maiores que o de magnitude 4. A magnitude Richter pode ser relacionada à quantidade total de energia liberada pela ruptura. Reveja seus conceitos ● Terremoto é a ocorrência de uma ruptura repentina, causada por acúmulo de grandes tensões, que geram vibrações que se propagam como ondas sísmicas pelo interior da Terra.
  • 2. ● Hipocentro (ou foco) é o local do interior da Terra, onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões acumuladas. Epicentro é o ponto na superfície terrestre situado exatamente acima do foco (ou hipocentro). As maiores intensidades ocorrem perto do epicentro. ● Ondas sísmicas são ondas elásticas produzidas a partir da energia liberada pela ruptura da litosfera. Elas se propagam em todas as direções e podem sofrer refração e reflexão, determinadas pelas mudanças das características físicas do meio e do tipo da onda. ● Os efeitos de um terremoto (nas pessoas, construções, e na natureza) são classificados pela escala de intensidade Mercalli. ● O “tamanho” de um sismo é medido pela escala de magnitude Richter. Quanto maior a magnitude, maior a energia liberada pela ruptura. Questão 3 do vestibular da Unicamp 2013 O mapa abaixo apresenta os abalos sísmicos superiores à magnitude 3,0 identificados no Brasil entre 1767 e 2007. a) Embora distante de bordas de placas tectônicas, o Brasil apresenta abalos sísmicos eventuais. Quais as características predominantes desses sismos no Brasil? b) Por que o Estado do Acre apresenta grande quantidade de abalos sísmicos e por que ele são profundos? Conceitos de Sismologia - Texto do capítulo 3 do livro de GEOLOGIA GERAL, TERREMOTOS E SISMICIDADE NO BRASIL em edição por Rômulo Machado e Marcelo Assumpção Texto formatado com finalidades pedagógicas para minhas aulas de Geografia. Professor Silvio Araujo de Sousa – Escola Estadual Professor Renê Rodrigues de Moraes – Guarujá - SP