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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
                      UNISUL

            CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL




 VALIDAÇÃO ANALÍTICA DA
        CINARINA

ACADÊMICA: SILVIA DOS SANTOS NEVES
ORIENTADORA.:Dra MARIA ANA PIGNATEL MARCON MARTINS




                  JUNHO, 2012
INTRODUÇÃO
      Originada do Norte da África e do Mediterrâneo, a cinarina é citada
desde o século 4 a.C. como alimento e medicamento. Foi muito apreciada
pelos antigos romanos como um vegetal com efeitos benéficos para a digestão.
(MARTIN BAUER GROUP).
      As folhas da alcachofra se caracterizam pela sua composição em ácidos
fenólicos (até 2%), como ácido caféico, ácido clorogênico e cinarina;
flavonoides (0,1 a 1%), e óleos voláteis. (CARVALHO, 2004).
JUSTIFICATIVA

    O grande objetivo de uma indústria farmacêutica é produzir produtos de
confiança e qualidade já que este tem o objetivo curativo ou preventivo de
doenças em seres humanos.
    A Cinarina, princípio-ativo do extrato Alcachofra, é usado no produto
Alcagest, produzido pela empresa Airela Indústria Farmacêutica Ltda., o
mesmo não possui método validado para determinação do teor.
    Sendo assim, viu-se a necessidade de desenvolver um método capaz de
determinar o teor de Cinarina, tanto na matéria – prima como no produto final,
um método eficiente e preciso, um método validado para o princípio-ativo
presente na Alcachofra.
OBJETIVOS
 OBJETIVO GERAL:


    Desenvolver um método eficaz para análise de teor da Cinarina,
avaliando-se a sensibilidade, através de um espectrofotômetro UV-VIS.
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


  •   Realizar um levantamento bibliográfico com base na Resolução nº 899
  da ANVISA e determinar quais parâmetros deverão ser avaliados na
  validação do método analítico do princípio – ativo Cinarina.

  •   Desenvolver o Protocolo e o Relatório de Validação do Teor de
  Cinarina, contendo todos os procedimentos detalhados a serem seguidos.

  •   Certificar através da seletividade que o método é capaz de determinar o
  princípio ativo em presença de outros componentes.

  •   Construir   uma     curva   de    calibração   avaliando   a   relação
  CONCENTRAÇÃO X ABSORVÂNCIA.
    OBJETIVOS ESPECÍFICOS:



•   Demonstrar com a linearidade que os resultados encontrados são
diretamente proporcionais às concentrações da substância ativa no
extrato, dentro de um intervalo especificado.

•   Estimar a partir da precisão a concordância entre os resultados obtidos.

•   Demonstrar através da exatidão que os resultados encontrados com o
método desenvolvido têm proximidade em relação ao valor verdadeiro.

•   Certificar com a robustez a confiabilidade do método em estudo.

•   Implantar o método validado para a determinação da cinarina, tanto para
matéria – prima como para o produto final.
CINARINA
      Conhecida popularmente como Alcachofra, foi trazida para o Brasil
pelos imigrantes europeus.
      O extrato de alcachofra é utilizado para tratar problemas como:
• Gastrite;
• Meteorismo;
• Flatulência;
• Doença do trato biliar funcional.
CINARINA
Figura 1. Estrutura química da cinarina. (1,5- dicafeoilquínico )




Fonte: http:www.scielo.br
ESPECTROFOTÔMETRO UV-VIS
    A espectrofotometria é uma das técnicas analíticas mais utilizadas devido
a robustez, custo baixo e grande número de aplicações desenvolvidas.
            Figura 2. Esquema espectrofotômetro UV-VIS.




            Fonte: http:www.infoescola.com.br
METODOLOGIA VALIDADA

Quadro 1. Classificação dos testes, segundo sua finalidade.

 Categoria                               Finalidade do teste

               Testes quantitativos para a determinação do princípio ativo em produtos
      I
               farmacêuticos ou matérias–primas


               Testes quantitativos ou ensaio limite para a determinação de impurezas
      II
               e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas



     III       Testes de performance (por exemplo: dissolução, liberação do ativo)

     IV        Testes de identificação

Fonte: Resolução nº 899, ANVISA.
PLANO DE VALIDAÇÃO
Quadro 2. Plano de validação segundo a classificação do analito.
                                           CATEGORIA II
                              CATEGORIA                     CATEGO CATEGORIA
     PARÂMETRO                          QUANTITATI ENSAIO
                                  I                          RIA III   IV
                                           VO      LIMITE
     Especificidade                Sim     Sim      Sim       *       Sim
       Linearidade                 Sim     Sim      Não       *       Não
        Intervalo                  Sim     Sim       *        *       Não
                Repetibilid
                                   Sim     Sim      Não      Sim      Não
                   ade
  Precisão
                Intermediár        **       **      Não       **      Não
                     ia
   Limite de detecção              Não     Não      Sim       *       Não
Limite de quantificação            Não     Sim      Não       *       Não
        Exatidão                   Sim     Sim       *        *       Não
        Robustez                   Sim     Sim      Sim      Não      Não
Fonte: Resolução nº 899, ANVISA.
METODOLOGIA
PREPARO DA SOLUÇÃO PADRÃO:


     Pesar 2,5 mg de padrão referência de cinarina em uma balão de 25 mL, adicionar
15 mL de uma solução 1:1 de metanol e água. Agitar a solução em ultrasson por 10
minutos, completar o volume com o mesmo solvente e filtrar a solução por papel filtro.


PREPARO DA SOLUÇÃO AMOSTRA:


     Pesar 500,0 mg do extrato de alcachofra em um balão de 25 mL, adicionar 15 mL
de uma solução 1:1 de metanol e água. Agitar a solução em ultrasson por 10
minutos, completar o volume com o mesmo solvente e filtrar a solução por papel filtro.
PROCEDIMENTO
Quadro 3. Preparo das amostras.
                                TUBOS TESTE               TUBOS CONTROLE
   REAGENTE                                                                     BRANCO
                          1           2         3        C1       C2     C3

Solução amostra          0,9         1,0       1,1       0,9      1,0    1,1       -
(mL)
Água purificada          4,1         4,0       3,9      4,35      4,25   4,15    10,0
(mL)


Tampão Acetato           0,25       0,25      0,25      0,25      0,25   0,25     0,5
(mL)

NaNO2 40%                0,25       0,25      0,25        -        -      -       0,5
(mL)*
                                 Deixar em repouso durante 3 minutos.
NaOH 10% (mL)*           0,25        0,25      0,25     0,25      0,25   0,25     0,5



Fonte: Acervo próprio.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 SELETIVIDADE
 Quadro 4. Preparo das amostras para o ensaio de seletividade.


                                     EXTRATO
                          AMIDO                    PADRÃO       CONCENTRAÇÃO
     AMOSTRAS                       ALCAHOFRA
                           (mg)                 CINARINA (mg)   CINARINA (mg/mL)
                                       (mg)


  Extrato                       -     500,30          -              0,0949

  Extrato + Amido          50,20      501,07          -              0,0971

  Branco                        -       -             -                -

  Padrão Cinarina               -       -            2,7             0,1132

 Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 SELETIVIDADE

Figura 3. Varreduras das amostras.




Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 LINEARIDADE

  Quadro 5: Concentrações dos padrões de cinarina.
                                    CONC. ABSORBÂNC          ABSORBÂNCI   ABSTUBON-
      CURVA         AMOSTRA                         CONTROLE
                                   (mg/mL)    IA                 A         ABSCN

                   Tubo 1 – 80%    0,0144   0,396      C1       0,067       0,329

                   Tubo 2 – 90%    0,0162   0,454      C2       0,065       0,389

     1ª CURVA      Tubo 3 – 100%   0,0179   0,514      C3       0,071       0,443

                   Tubo 4 – 110%   0,0197   0,569      C4       0,072       0,497

                   Tubo 5 – 120%   0,0215   0,628      C5       0,077       0,551

                   Tubo 1 – 80%    0,0144   0,399      C1       0,065       0,334

                   Tubo 2 – 90%    0,0162   0,463      C2       0,069       0,394

     2ª CURVA      Tubo 3 – 100%   0,0179   0,516      C3       0,071       0,445

                   Tubo 4 – 110%   0,0197   0,553      C4       0,076       0,477

                   Tubo 5 – 120%   0,0215   0,615      C5       0,08        0,535

   Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 LINEARIDADE
     Figura 4. Curva de Calibração




      Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 PRECISÃO
• REPETIBILIDADE
Quadro 6. Resultados do ensaio de repetibilidade no período da manhã.

                                                            CONC. NA
        ABSOR             CONTRO                  ABSTUBON-            QUANTIDADE   TEOR
AMOSTRA                             ABSORBÂNCIA             AMOSTRA
        BÂNCIA              LE                     ABSCN                  (mg)       (%)
                                                             (mg/mL)


  Tubo 1        0,528          C1      0,119       0,409     0,0971      0,4856     0,486

  Tubo 2        0,523          C2      0,121       0,402     0,0957      0,4786     0,479

  Tubo 3        0,522          C3      0,121       0,401     0,0955      0,4776     0,478

  Tubo 4        0,519          C4      0,121       0,398     0,0949      0,4746     0,475

  Tubo 5        0,515          C5      0,120       0,395     0,0943      0,4716     0,472

  Tubo 6        0,529          C6      0,120       0,409     0,0971      0,4856     0,489

Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 PRECISÃO
• REPETIBILIDADE
Quadro 7. Resultados para o ensaio de repetibilidade no período da tarde.

                                                              CONC. NA
        ABSOR CONTRO                              ABSTUBON-              QUANTIDADE TEOR
AMOSTRA                             ABSORBÂNCIA               AMOSTRA
        BÂNCIA  LE                                 ABSCN                    (mg)     (%)
                                                               (mg/mL)


  Tubo 1        0,520          C1      0,127        0,393      0,0939      2,3487   0,470

  Tubo 2        0,522          C2      0,123        0,399      0,0951      2,3785   0,476

  Tubo 3        0,527          C3      0,123        0,404      0,0961      2,4034   0,481

  Tubo 4        0,521          C4      0,122        0,399      0,0951      2,3785   0,476

  Tubo 5        0,517          C5      0,122        0,395      0,0943      2,3586   0,472

  Tubo 6        0,523          C6      0,121        0,402      0,0957      2,3934   0,479

Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 PRECISÃO
Quadro 8. Comparação dos resultados no período da manhã e tarde para o
ensaio de repetibilidade.
      PERÍODO                  AMOSTRA   TEOR (%)   MÉDIA      DPR
                                Tubo 1     0,486
                                Tubo 2     0,479
                                Tubo 3     0,478
       MANHÃ
                                Tubo 4     0,475
                                Tubo 5     0,472
                                Tubo 6     0,489
                                                    0,477      1,023
                                Tubo 1     0,470
                                Tubo 2     0,476
                                Tubo 3     0,481
       TARDE
                                Tubo 4     0,476
                                Tubo 5     0,472
                                Tubo 6     0,479

Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 PRECISÃO
• INTERMEDIÁRIA
Quadro 9. Resultados para o ensaio de precisão intermediária.
    ANALISTA                   AMOSTRA   TEOR (%)    MÉDIA      DPR
                                Tubo 1     0,486
                                Tubo 2     0,479
                                Tubo 3     0,478
    ANALISTA 1
                                Tubo 4     0,475
                                Tubo 5     0,472
                                Tubo 6     0,486
                                                       0,483    2,069
                                Tubo 1     0,461
                                Tubo 2     0,491
                                Tubo 3     0,496
    ANALISTA 2
                                Tubo 4     0,492
                                Tubo 5     0,494
                                Tubo 6     0,490
Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 EXATIDÃO


 Quadro 10. Concentração das soluções para o ensaio de exatidão.

                                                                CONCENTRAÇÃO
                                PADRÃO CINARINA
                                                                CINARINA (mg/mL)



   AMOSTRA
                                                     CONC.
                   PESADO       PUREZA   PESO
                                                   SOL. MÃE    80%      100%     120%
                     (mg)         (%)  CORRIGIDO
                                                    (mg/mL)




 Sol. Mãe Padrão
                     2,75        99,49    2,74      0,10944   0,01523   0,01903 0,02284
   de Cinarina


 Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
     EXATIDÃO

Quadro 11. Resultados obtidos no ensaio de exatidão.
                                                                                      MÉDIA
               ABSORBÂN        CONTRO               ABSTUBON-    CONC.     MÉDIA
AMOSTRA                               ABSORBÂNCIA                                   CORRIGIDA
                  CIA            LE                  ABSCN      (mg/mL)   (mg/mL)
                                                                                     (mg/mL)
 Placebo- 1        0,006         C1       0,003       0,003     0,0028
 Placebo - 2       0,006         C2       0,003       0,003     0,0028    0,0028      0,0001
 Placebo - 3       0,006         C3       0,003       0,003     0,0028
   80% - 1          0,41         C1       0,067       0,343     0,0146
   80% - 2          0,42         C2       0,067       0,353     0,0150    0,0149      0,0148
   80% - 3         0,426         C3       0,067       0,359     0,0152
  100% - 1         0,506         C1       0,074       0,432     0,0177
  100% - 2          0,52         C2       0,074       0,446     0,0182    0,0180      0,0179
  100% - 3         0,518         C3       0,074       0,444     0,0181
  120% - 1          0,63         C1       0,067       0,563     0,0222
  120% - 2         0,622         C2       0,067       0,555     0,0219    0,0220      0,0219
  120% - 3         0,622         C3       0,067       0,555     0,0219

Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 EXATIDÃO
   Quadro 12. : Recuperações obtidas no ensaio de exatidão para os 3 níveis
avaliados.
                   CONC. TEÓRICA   CONC. PRÁTICA   RECUPERAÇÃO   RECUPERAÇÃO
 AMOSTRA
                      (mg/mL)         (mg/mL)          (%)         MÉDIA (%)
    80% - 1              0,01523      0,01450         95,26

    80% - 2              0,01523      0,01485         97,53          97,23

    80% - 3              0,01523      0,01506         98,89

   100% - 1              0,01903      0,01758         92,65
                                                                     94,23
   100% - 2              0,01903      0,01801         95,20

   100% - 3              0,01903      0,01800         94,84

   120% - 1              0,02284      0,02212         100,50
                                                                     99,66
   120% - 2              0,02284      0,02184         99,24

   120% - 3              0,02284      0,02184         99,24

Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 ROBUSTEZ
 Quadro 13. Resultados obtidos no ensaio de robustez.
                                          MÉDIA ABS.   MÉDIA ABS.
      PARÂMETRO MODIFICADO                                          TEOR (%)   DPR
                                           TESTE       CONTROLE
                                8           0,518        0,124        0,52     0,00
   Tempo de extração
                               10           0,512        0,119        0,52       -
        (min)
                               12           0,505        0,110        0,52     0,00
  Tempo de reação do            2           0,505        0,115        0,52     1,30
    nitrito de sódio            3           0,523        0,120        0,53       -
         (min)                  4           0,532        0,121        0,54     1,30
                          Imediatamente     0,523        0,120        0,53       -
  Tempo de leitura no
                                5            0,56        0,121        0,57     5,10
     uv-vis (min)
                               10            0,55        0,109        0,58     6,40
  Marca do nitrito de        Fmaia          0,523        0,120        0,53       -
         sódio                Synth         0,524        0,126        0,52     1,30
  Marca do hidróxido          Vetec         0,523        0,120        0,53       -
       de sódio               Synth         0,530        0,125        0,53      00
   Temperatura das             23           0,512        0,119        0,52       -
     soluções (ºc)             15           0,520        0,120        0,53     1,30
  Fonte: Acervo próprio, 2012.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 ADEQUABILIDADE DO SISTEMA

Quadro 14. Resultados conforme o dia de análise.

                                                                CONC. NA
 REAGEN                                    CONTRO                          TEOR
              AMOSTRA          ABSORBÂNCIA        ABSORBÂNCIA   AMOSTRA            DPR
   TES                                       LE                             (%)
                                                                 (mg/mL)


 Soluções        Tubo 1           0,489      C1       0,116      0,0900
preparadas       Tubo 2           0,517      C2       0,122      0,0943    0,477
  no dia         Tubo 3           0,56       C3       0,127      0,1019
                 Tubo 1           0,485      C1       0,112      0,0900            0,562
 Soluções        Tubo 2           0,511      C2       0,118      0,0939
 após 24 h                                                                 0,471
do preparo       Tubo 3           0,543      C3       0,124      0,0991

Fonte: Acervo próprio, 2012.
CONCLUSÃO

      Segundo a RE nº 899 da ANVISA uma validação analítica tem como
objetivo demonstrar que o método é apropriado para a finalidade pretendida,
ou seja, a determinação qualitativa, semi-quantitativa e/ou quantitativa de
fármacos e outras substâncias em produtos farmacêuticos
     Com os resultados aqui demonstrados é possível afirmar que o método
desenvolvido   utilizando   espectrofotômetro      UV-VIS,   é   confiável   na
determinação do teor. O método desenvolvido e validado mostrou resultados
positivos na seletividade, linearidade, precisão exatidão e robustez, que são

critérios para que um método possa ser validado.
AGRADECIMENTOS

       Primeiramente a Deus, por toda força e determinação para realizar este
trabalho.
       Aos meus pais, pelo apoio e confiança à mim depositada durante todos
estes anos.
       À orientadora de estágio, Professora Maria Ana Pignatel, pela dedicação
durante a realização deste trabalho.
       À supervisora de campo, Letícia Rechia, pela dedicação e ajuda durante o
período de estágio.
       À empresa Airela Indústria Farmacêutica por me proporcionar a realização
desta pesquisa e por fim, a elaboração deste método .
       À todos meus colegas, de trabalho e do próprio curso, que me apoiaram e
me ajudaram nesta etapa.
REFERÊNCIAS
• ANVISA. Guia Para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos.
  Resolução No 899 de 29 de maio de 2003.
• CALIXTO; J.B. Medicamentos Fitoterápicos. In: YUNES, R. A. &
  CALIXTO, J. B. (Orgs.). Plantas medicinais sob a ótica da química
  medicinal moderna.
  Chapecó: Argos, 2001. p.297-315
• CARVALHO, J.C.T.; GOSMANN, G.; SCHENKEL, E.P. Compostos
  fenólicos simples e heterosídicos. In: Farmacognosia: da planta ao
  medicamento. 5 ed. rev.             ampl., primeira reimpressão. Porto
  Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da UFSC, 2004. p. 371-
  400.
• MIGUEL, M.D.; MIGUEL, O.G. Desenvolvimento de fitoterápicos.
  Ribeirão Preto: Tecmedd, 2004. 115p.
• NOLDIN, F.V.; CECHINEL, V. et al. Composição química e atividades
  biológicas das folhas de Cynara scolymus L. (alcachofra) cultivada no
  Brasil. Química Nova: vol.26 no.3 São Paulo May/June 2003. Disponível
  em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
  40422003000300008&script=sci_arttext. Acesso em: 11 jun, 2012.
REFERÊNCIAS
• PINTO, A.C.; SILVA, D.H.S.; BOLZANI, V.S. et al. Produtos naturais:
  atualidade, desafios e perspectivas. Quím. Nova, São Paulo, v. 25, supl. 1,
  p.45-61, 2002.
• VEIGA JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C.; MACIEL, M.A.M. Plantas
  medicinais: cura
   segura ? Quím. Nova, São Paulo, v. 28, n. 3, p.519-528, 2005.
• SIANI, A.C. (Coord.). Desenvolvimento tecnológico de fitoterápicos:
   plataforma metodológica. Rio de Janeiro: Scriptorio, 2003. 97p.
• RIBEIRO, C.A.F. Justifica-se o uso de extractos de plantas medicinais na
  terapêutica da ansiedade e da depressão? Revista Saúde Mental, v. II, n.4,
  p. 9- 14, 2000.
• MARTIN BAUER GROUP: Encarte de apresentação
• MARTINEZ, Marina. Materiais de Laboratório. Espectrofotômetro.
  Publicado em: 21/07/2010. Disponível
  em:http://www.infoescola.com/materiais-delaboratorio/espectrofotometr
  Acesso em: 11 jun, 2012.
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
                      UNISUL

            CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL




 VALIDAÇÃO ANALÍTICA DA
        CINARINA

ACADÊMICA: SILVIA DOS SANTOS NEVES
ORIENTADORA.:Dra MARIA ANA PIGNATEL MARCON MARTINS




                  JUNHO, 2012

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Validação analítica da cinarina por espectrofotometria UV-VIS

  • 1. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNISUL CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL VALIDAÇÃO ANALÍTICA DA CINARINA ACADÊMICA: SILVIA DOS SANTOS NEVES ORIENTADORA.:Dra MARIA ANA PIGNATEL MARCON MARTINS JUNHO, 2012
  • 2. INTRODUÇÃO Originada do Norte da África e do Mediterrâneo, a cinarina é citada desde o século 4 a.C. como alimento e medicamento. Foi muito apreciada pelos antigos romanos como um vegetal com efeitos benéficos para a digestão. (MARTIN BAUER GROUP). As folhas da alcachofra se caracterizam pela sua composição em ácidos fenólicos (até 2%), como ácido caféico, ácido clorogênico e cinarina; flavonoides (0,1 a 1%), e óleos voláteis. (CARVALHO, 2004).
  • 3. JUSTIFICATIVA O grande objetivo de uma indústria farmacêutica é produzir produtos de confiança e qualidade já que este tem o objetivo curativo ou preventivo de doenças em seres humanos. A Cinarina, princípio-ativo do extrato Alcachofra, é usado no produto Alcagest, produzido pela empresa Airela Indústria Farmacêutica Ltda., o mesmo não possui método validado para determinação do teor. Sendo assim, viu-se a necessidade de desenvolver um método capaz de determinar o teor de Cinarina, tanto na matéria – prima como no produto final, um método eficiente e preciso, um método validado para o princípio-ativo presente na Alcachofra.
  • 4. OBJETIVOS  OBJETIVO GERAL: Desenvolver um método eficaz para análise de teor da Cinarina, avaliando-se a sensibilidade, através de um espectrofotômetro UV-VIS.
  • 5.  OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Realizar um levantamento bibliográfico com base na Resolução nº 899 da ANVISA e determinar quais parâmetros deverão ser avaliados na validação do método analítico do princípio – ativo Cinarina. • Desenvolver o Protocolo e o Relatório de Validação do Teor de Cinarina, contendo todos os procedimentos detalhados a serem seguidos. • Certificar através da seletividade que o método é capaz de determinar o princípio ativo em presença de outros componentes. • Construir uma curva de calibração avaliando a relação CONCENTRAÇÃO X ABSORVÂNCIA.
  • 6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Demonstrar com a linearidade que os resultados encontrados são diretamente proporcionais às concentrações da substância ativa no extrato, dentro de um intervalo especificado. • Estimar a partir da precisão a concordância entre os resultados obtidos. • Demonstrar através da exatidão que os resultados encontrados com o método desenvolvido têm proximidade em relação ao valor verdadeiro. • Certificar com a robustez a confiabilidade do método em estudo. • Implantar o método validado para a determinação da cinarina, tanto para matéria – prima como para o produto final.
  • 7. CINARINA Conhecida popularmente como Alcachofra, foi trazida para o Brasil pelos imigrantes europeus. O extrato de alcachofra é utilizado para tratar problemas como: • Gastrite; • Meteorismo; • Flatulência; • Doença do trato biliar funcional.
  • 8. CINARINA Figura 1. Estrutura química da cinarina. (1,5- dicafeoilquínico ) Fonte: http:www.scielo.br
  • 9. ESPECTROFOTÔMETRO UV-VIS A espectrofotometria é uma das técnicas analíticas mais utilizadas devido a robustez, custo baixo e grande número de aplicações desenvolvidas. Figura 2. Esquema espectrofotômetro UV-VIS. Fonte: http:www.infoescola.com.br
  • 10. METODOLOGIA VALIDADA Quadro 1. Classificação dos testes, segundo sua finalidade. Categoria Finalidade do teste Testes quantitativos para a determinação do princípio ativo em produtos I farmacêuticos ou matérias–primas Testes quantitativos ou ensaio limite para a determinação de impurezas II e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas III Testes de performance (por exemplo: dissolução, liberação do ativo) IV Testes de identificação Fonte: Resolução nº 899, ANVISA.
  • 11. PLANO DE VALIDAÇÃO Quadro 2. Plano de validação segundo a classificação do analito. CATEGORIA II CATEGORIA CATEGO CATEGORIA PARÂMETRO QUANTITATI ENSAIO I RIA III IV VO LIMITE Especificidade Sim Sim Sim * Sim Linearidade Sim Sim Não * Não Intervalo Sim Sim * * Não Repetibilid Sim Sim Não Sim Não ade Precisão Intermediár ** ** Não ** Não ia Limite de detecção Não Não Sim * Não Limite de quantificação Não Sim Não * Não Exatidão Sim Sim * * Não Robustez Sim Sim Sim Não Não Fonte: Resolução nº 899, ANVISA.
  • 12. METODOLOGIA PREPARO DA SOLUÇÃO PADRÃO: Pesar 2,5 mg de padrão referência de cinarina em uma balão de 25 mL, adicionar 15 mL de uma solução 1:1 de metanol e água. Agitar a solução em ultrasson por 10 minutos, completar o volume com o mesmo solvente e filtrar a solução por papel filtro. PREPARO DA SOLUÇÃO AMOSTRA: Pesar 500,0 mg do extrato de alcachofra em um balão de 25 mL, adicionar 15 mL de uma solução 1:1 de metanol e água. Agitar a solução em ultrasson por 10 minutos, completar o volume com o mesmo solvente e filtrar a solução por papel filtro.
  • 13. PROCEDIMENTO Quadro 3. Preparo das amostras. TUBOS TESTE TUBOS CONTROLE REAGENTE BRANCO 1 2 3 C1 C2 C3 Solução amostra 0,9 1,0 1,1 0,9 1,0 1,1 - (mL) Água purificada 4,1 4,0 3,9 4,35 4,25 4,15 10,0 (mL) Tampão Acetato 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,5 (mL) NaNO2 40% 0,25 0,25 0,25 - - - 0,5 (mL)* Deixar em repouso durante 3 minutos. NaOH 10% (mL)* 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,5 Fonte: Acervo próprio.
  • 14. RESULTADOS E DISCUSSÕES  SELETIVIDADE Quadro 4. Preparo das amostras para o ensaio de seletividade. EXTRATO AMIDO PADRÃO CONCENTRAÇÃO AMOSTRAS ALCAHOFRA (mg) CINARINA (mg) CINARINA (mg/mL) (mg) Extrato - 500,30 - 0,0949 Extrato + Amido 50,20 501,07 - 0,0971 Branco - - - - Padrão Cinarina - - 2,7 0,1132 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 15. RESULTADOS E DISCUSSÕES  SELETIVIDADE Figura 3. Varreduras das amostras. Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 16. RESULTADOS E DISCUSSÕES  LINEARIDADE Quadro 5: Concentrações dos padrões de cinarina. CONC. ABSORBÂNC ABSORBÂNCI ABSTUBON- CURVA AMOSTRA CONTROLE (mg/mL) IA A ABSCN Tubo 1 – 80% 0,0144 0,396 C1 0,067 0,329 Tubo 2 – 90% 0,0162 0,454 C2 0,065 0,389 1ª CURVA Tubo 3 – 100% 0,0179 0,514 C3 0,071 0,443 Tubo 4 – 110% 0,0197 0,569 C4 0,072 0,497 Tubo 5 – 120% 0,0215 0,628 C5 0,077 0,551 Tubo 1 – 80% 0,0144 0,399 C1 0,065 0,334 Tubo 2 – 90% 0,0162 0,463 C2 0,069 0,394 2ª CURVA Tubo 3 – 100% 0,0179 0,516 C3 0,071 0,445 Tubo 4 – 110% 0,0197 0,553 C4 0,076 0,477 Tubo 5 – 120% 0,0215 0,615 C5 0,08 0,535 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 17. RESULTADOS E DISCUSSÕES  LINEARIDADE Figura 4. Curva de Calibração Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 18. RESULTADOS E DISCUSSÕES  PRECISÃO • REPETIBILIDADE Quadro 6. Resultados do ensaio de repetibilidade no período da manhã. CONC. NA ABSOR CONTRO ABSTUBON- QUANTIDADE TEOR AMOSTRA ABSORBÂNCIA AMOSTRA BÂNCIA LE ABSCN (mg) (%) (mg/mL) Tubo 1 0,528 C1 0,119 0,409 0,0971 0,4856 0,486 Tubo 2 0,523 C2 0,121 0,402 0,0957 0,4786 0,479 Tubo 3 0,522 C3 0,121 0,401 0,0955 0,4776 0,478 Tubo 4 0,519 C4 0,121 0,398 0,0949 0,4746 0,475 Tubo 5 0,515 C5 0,120 0,395 0,0943 0,4716 0,472 Tubo 6 0,529 C6 0,120 0,409 0,0971 0,4856 0,489 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 19. RESULTADOS E DISCUSSÕES  PRECISÃO • REPETIBILIDADE Quadro 7. Resultados para o ensaio de repetibilidade no período da tarde. CONC. NA ABSOR CONTRO ABSTUBON- QUANTIDADE TEOR AMOSTRA ABSORBÂNCIA AMOSTRA BÂNCIA LE ABSCN (mg) (%) (mg/mL) Tubo 1 0,520 C1 0,127 0,393 0,0939 2,3487 0,470 Tubo 2 0,522 C2 0,123 0,399 0,0951 2,3785 0,476 Tubo 3 0,527 C3 0,123 0,404 0,0961 2,4034 0,481 Tubo 4 0,521 C4 0,122 0,399 0,0951 2,3785 0,476 Tubo 5 0,517 C5 0,122 0,395 0,0943 2,3586 0,472 Tubo 6 0,523 C6 0,121 0,402 0,0957 2,3934 0,479 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 20. RESULTADOS E DISCUSSÕES  PRECISÃO Quadro 8. Comparação dos resultados no período da manhã e tarde para o ensaio de repetibilidade. PERÍODO AMOSTRA TEOR (%) MÉDIA DPR Tubo 1 0,486 Tubo 2 0,479 Tubo 3 0,478 MANHÃ Tubo 4 0,475 Tubo 5 0,472 Tubo 6 0,489 0,477 1,023 Tubo 1 0,470 Tubo 2 0,476 Tubo 3 0,481 TARDE Tubo 4 0,476 Tubo 5 0,472 Tubo 6 0,479 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 21. RESULTADOS E DISCUSSÕES  PRECISÃO • INTERMEDIÁRIA Quadro 9. Resultados para o ensaio de precisão intermediária. ANALISTA AMOSTRA TEOR (%) MÉDIA DPR Tubo 1 0,486 Tubo 2 0,479 Tubo 3 0,478 ANALISTA 1 Tubo 4 0,475 Tubo 5 0,472 Tubo 6 0,486 0,483 2,069 Tubo 1 0,461 Tubo 2 0,491 Tubo 3 0,496 ANALISTA 2 Tubo 4 0,492 Tubo 5 0,494 Tubo 6 0,490 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 22. RESULTADOS E DISCUSSÕES  EXATIDÃO Quadro 10. Concentração das soluções para o ensaio de exatidão. CONCENTRAÇÃO PADRÃO CINARINA CINARINA (mg/mL) AMOSTRA CONC. PESADO PUREZA PESO SOL. MÃE 80% 100% 120% (mg) (%) CORRIGIDO (mg/mL) Sol. Mãe Padrão 2,75 99,49 2,74 0,10944 0,01523 0,01903 0,02284 de Cinarina Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 23. RESULTADOS E DISCUSSÕES  EXATIDÃO Quadro 11. Resultados obtidos no ensaio de exatidão. MÉDIA ABSORBÂN CONTRO ABSTUBON- CONC. MÉDIA AMOSTRA ABSORBÂNCIA CORRIGIDA CIA LE ABSCN (mg/mL) (mg/mL) (mg/mL) Placebo- 1 0,006 C1 0,003 0,003 0,0028 Placebo - 2 0,006 C2 0,003 0,003 0,0028 0,0028 0,0001 Placebo - 3 0,006 C3 0,003 0,003 0,0028 80% - 1 0,41 C1 0,067 0,343 0,0146 80% - 2 0,42 C2 0,067 0,353 0,0150 0,0149 0,0148 80% - 3 0,426 C3 0,067 0,359 0,0152 100% - 1 0,506 C1 0,074 0,432 0,0177 100% - 2 0,52 C2 0,074 0,446 0,0182 0,0180 0,0179 100% - 3 0,518 C3 0,074 0,444 0,0181 120% - 1 0,63 C1 0,067 0,563 0,0222 120% - 2 0,622 C2 0,067 0,555 0,0219 0,0220 0,0219 120% - 3 0,622 C3 0,067 0,555 0,0219 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 24. RESULTADOS E DISCUSSÕES  EXATIDÃO Quadro 12. : Recuperações obtidas no ensaio de exatidão para os 3 níveis avaliados. CONC. TEÓRICA CONC. PRÁTICA RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO AMOSTRA (mg/mL) (mg/mL) (%) MÉDIA (%) 80% - 1 0,01523 0,01450 95,26 80% - 2 0,01523 0,01485 97,53 97,23 80% - 3 0,01523 0,01506 98,89 100% - 1 0,01903 0,01758 92,65 94,23 100% - 2 0,01903 0,01801 95,20 100% - 3 0,01903 0,01800 94,84 120% - 1 0,02284 0,02212 100,50 99,66 120% - 2 0,02284 0,02184 99,24 120% - 3 0,02284 0,02184 99,24 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 25. RESULTADOS E DISCUSSÕES  ROBUSTEZ Quadro 13. Resultados obtidos no ensaio de robustez. MÉDIA ABS. MÉDIA ABS. PARÂMETRO MODIFICADO TEOR (%) DPR TESTE CONTROLE 8 0,518 0,124 0,52 0,00 Tempo de extração 10 0,512 0,119 0,52 - (min) 12 0,505 0,110 0,52 0,00 Tempo de reação do 2 0,505 0,115 0,52 1,30 nitrito de sódio 3 0,523 0,120 0,53 - (min) 4 0,532 0,121 0,54 1,30 Imediatamente 0,523 0,120 0,53 - Tempo de leitura no 5 0,56 0,121 0,57 5,10 uv-vis (min) 10 0,55 0,109 0,58 6,40 Marca do nitrito de Fmaia 0,523 0,120 0,53 - sódio Synth 0,524 0,126 0,52 1,30 Marca do hidróxido Vetec 0,523 0,120 0,53 - de sódio Synth 0,530 0,125 0,53 00 Temperatura das 23 0,512 0,119 0,52 - soluções (ºc) 15 0,520 0,120 0,53 1,30 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 26. RESULTADOS E DISCUSSÕES  ADEQUABILIDADE DO SISTEMA Quadro 14. Resultados conforme o dia de análise. CONC. NA REAGEN CONTRO TEOR AMOSTRA ABSORBÂNCIA ABSORBÂNCIA AMOSTRA DPR TES LE (%) (mg/mL) Soluções Tubo 1 0,489 C1 0,116 0,0900 preparadas Tubo 2 0,517 C2 0,122 0,0943 0,477 no dia Tubo 3 0,56 C3 0,127 0,1019 Tubo 1 0,485 C1 0,112 0,0900 0,562 Soluções Tubo 2 0,511 C2 0,118 0,0939 após 24 h 0,471 do preparo Tubo 3 0,543 C3 0,124 0,0991 Fonte: Acervo próprio, 2012.
  • 27. CONCLUSÃO Segundo a RE nº 899 da ANVISA uma validação analítica tem como objetivo demonstrar que o método é apropriado para a finalidade pretendida, ou seja, a determinação qualitativa, semi-quantitativa e/ou quantitativa de fármacos e outras substâncias em produtos farmacêuticos Com os resultados aqui demonstrados é possível afirmar que o método desenvolvido utilizando espectrofotômetro UV-VIS, é confiável na determinação do teor. O método desenvolvido e validado mostrou resultados positivos na seletividade, linearidade, precisão exatidão e robustez, que são critérios para que um método possa ser validado.
  • 28. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por toda força e determinação para realizar este trabalho. Aos meus pais, pelo apoio e confiança à mim depositada durante todos estes anos. À orientadora de estágio, Professora Maria Ana Pignatel, pela dedicação durante a realização deste trabalho. À supervisora de campo, Letícia Rechia, pela dedicação e ajuda durante o período de estágio. À empresa Airela Indústria Farmacêutica por me proporcionar a realização desta pesquisa e por fim, a elaboração deste método . À todos meus colegas, de trabalho e do próprio curso, que me apoiaram e me ajudaram nesta etapa.
  • 29. REFERÊNCIAS • ANVISA. Guia Para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos. Resolução No 899 de 29 de maio de 2003. • CALIXTO; J.B. Medicamentos Fitoterápicos. In: YUNES, R. A. & CALIXTO, J. B. (Orgs.). Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal moderna. Chapecó: Argos, 2001. p.297-315 • CARVALHO, J.C.T.; GOSMANN, G.; SCHENKEL, E.P. Compostos fenólicos simples e heterosídicos. In: Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5 ed. rev. ampl., primeira reimpressão. Porto Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da UFSC, 2004. p. 371- 400. • MIGUEL, M.D.; MIGUEL, O.G. Desenvolvimento de fitoterápicos. Ribeirão Preto: Tecmedd, 2004. 115p. • NOLDIN, F.V.; CECHINEL, V. et al. Composição química e atividades biológicas das folhas de Cynara scolymus L. (alcachofra) cultivada no Brasil. Química Nova: vol.26 no.3 São Paulo May/June 2003. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100- 40422003000300008&script=sci_arttext. Acesso em: 11 jun, 2012.
  • 30. REFERÊNCIAS • PINTO, A.C.; SILVA, D.H.S.; BOLZANI, V.S. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e perspectivas. Quím. Nova, São Paulo, v. 25, supl. 1, p.45-61, 2002. • VEIGA JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C.; MACIEL, M.A.M. Plantas medicinais: cura segura ? Quím. Nova, São Paulo, v. 28, n. 3, p.519-528, 2005. • SIANI, A.C. (Coord.). Desenvolvimento tecnológico de fitoterápicos: plataforma metodológica. Rio de Janeiro: Scriptorio, 2003. 97p. • RIBEIRO, C.A.F. Justifica-se o uso de extractos de plantas medicinais na terapêutica da ansiedade e da depressão? Revista Saúde Mental, v. II, n.4, p. 9- 14, 2000. • MARTIN BAUER GROUP: Encarte de apresentação • MARTINEZ, Marina. Materiais de Laboratório. Espectrofotômetro. Publicado em: 21/07/2010. Disponível em:http://www.infoescola.com/materiais-delaboratorio/espectrofotometr Acesso em: 11 jun, 2012.
  • 31. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNISUL CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL VALIDAÇÃO ANALÍTICA DA CINARINA ACADÊMICA: SILVIA DOS SANTOS NEVES ORIENTADORA.:Dra MARIA ANA PIGNATEL MARCON MARTINS JUNHO, 2012