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Pesquisa: Camada Pré-Sal do Brasil
A “camada pré-sal” é uma espécie de bolsão onde ficam acumulados hidrocarbonetos
como petróleo e gás metano e que fica localizada logo abaixo da “camada de sal” em regiões
de bacias sedimentares que contém grandes estruturas halocinéticas (locais onde há a
ascensão de corpos salinos).
Este é o caso da “camada pré-sal” localizada na bacia sedimentar litorânea brasileira, mais
precisamente, entre os litorais do Espírito Santo e Santa Catarina em uma extensão de cerca
de 800 quilômetros abrangendo a região de três bacias sedimentares: as bacias do Espírito
Santo, Campos e Santos.
As bacias sedimentares deste tipo sempre tiveram grande importância para a indústria
petrolífera, pois sua existência está quase sempre relacionada com a ocorrência de jazidas
petrolíferas (cerca de 60% de todo petróleo produzido no mundo está em estruturas deste tipo)
como as existentes no Golfo Pérsico.
Somente a camada de sal possui uma extensão que pode chegar a 2 km de espessura. A
camada pré-sal brasileira fica a mais de 7 mil metros de profundidade e já foram encontrados
vários campos e poços de petróleo na região, dentre eles estão os campos batizados de Tupi,
com uma estimativa de conter de 5 a 8 bilhões de barris, o Carioca, o campo de Jubarte e o de
Júpiter, entre outros.
A descoberta do Pré-sal e suas vantagens e desvantagens
Com a descoberta do pré-sal, surgem várias vantagens e desvantagens, que ocasionam
muitos debates e questionamentos sobre sua exploração. Nesse trabalho, é descrito como o
pré-sal é formado e suas vantagens e desvantagens.
Reservas de petróleo de pré-sal também chamadas de subsal são grandes reservas de óleo e
gás encontradas em áreas profundas dos oceanos. Elas são consideradas as reservas de
petróleo menos exploradas e menos conhecidas do fundo, principalmente por estarem
localizadas em áreas de difícil acesso e por serem muito difíceis de serem encontradas.
As empresas de petróleo nos últimos 100 anos deram preferência sempre à procura de
petróleo em desertos, áreas continentais e também em águas rasas que são locais de mais
fácil acesso. A tecnologia para explorar petróleo nessas áreas já é bem conhecida há décadas
ao contrário do que acontece com o Pré-Sal. Explorar essa nova fonte de petróleo vai ser um
grande desafio para o Brasil, já que quase toda a tecnologia é nova, experimental ou ainda
nem foi desenvolvida.
Plataforma de Petróleo
Descoberta do pré-sal
A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobrás em 2006. A
existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré-
sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobrás em 2007.
Em 2008 a Petrobrás confirmou a descoberta de óleo leve na camada subsal e extraiu pela
primeira vez petróleo do pré-sal.
Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em
todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas
de sal nas camadas profundas do subsolo marinho.
Atualmente, as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis
já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a
grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal
em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no
Congo e no Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do
Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de
petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão.
Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de
exploração, desenvolvidas pela Petrobrás, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm
sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em
formações geológicas parecidas em outros locais do mundo.
Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo
pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobrás, nos campos que exploram como
sócias da Petrobrás no Brasil.
Origem do Pré-sal
O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizada abaixo de uma camada de sal
nas profundezas do leito marinho. Entre 300 e 200 milhões de anos havia um único continente,
a Pangeia, que há cerca de 200 milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há
aproximadamente 140 milhões de anos teve início o processo de separação entre as duas
placas tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os atuais
continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o afastamento da África e
América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul. Nos primórdios, formaram-se vários
mares rasos e áreas semipantanosas, algumas de água salgada e salobra do tipo mangue,
onde proliferaram algas e microrganismos chamados de fitoplâncton e zooplâncton. Estes
microrganismos e depositavam continuamente no leito marinho na forma de sedimentos,
misturando-se a outros sedimentos, areia e sal, formando camadas de rochas impregnadas de
matéria orgânica, que dariam origem às rochas geradoras. A partir delas, o petróleo migrou
para cima e ficou aprisionado nas rochas reservatórios, de onde é hoje extraído. Ao longo de
milhões de anos e sucessivas eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no nível dos
oceanos, inclusive com a deposição de grandes quantidades de sal, que formaram as camadas
de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação da água nestes mares rasos.
Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo oceano e por novas camadas de
sedimentos quando o gelo das calotas polares voltou a derreter nos períodos interglaciais.
Estes microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com
oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e, com o passar do tempo,
transformaram-se em petróleo, como o que é encontrado atualmente no litoral do Brasil. O
conjunto de descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-tevi,
Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como "Cluster
Pré-Sal", pois o termo genérico “Pré-Sal” passou a ser utilizado para qualquer descoberta em
reservatórios sob as camadas de sal em bacias sedimentares brasileiras. Ocorrências similares
sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano Superior), Sergipe-Alagoas,
Camamu, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espírito Santo, no litoral das ilhas Malvinas, mas
também já foram identificadas no litoral atlântico da África, no Japão, no Mar Cáspio e nos
Estados Unidos, na região do Golfo do México. A grande diferença deste último é que o sal é
alóctone (vindo de outras regiões), enquanto o brasileiro e o africano são autóctones (formado
nessas regiões). Os nomes que se anunciam das áreas do Pré-Sal possivelmente não
permanecerão, pois, se receberem o status de "campo de produção", deverão ser rebatizados
segundo o artigo 3° da Portaria ANP nº 90, com nomes ligados à fauna marinha.
Camadas até ao Pré-sal e suas respectivas profundidades
1) Antes de qualquer coisa, é preciso descobrir onde está o petróleo. Para isso, existe a
sísmica. Um navio percorre milhares de quilômetros rebocando cilindros com ar
comprimido e dispara rajadas de tempos em tempos. É como uma explosão, que gera
ondas sonoras que batem no solo e voltam.
2) Os hidrofones, rebocados pelo navio, recebem as ondas sonoras e as decodificam,
transformandoas em imagens. São representações das camadas do solo. Através delas
os especialistas descobrem se há petróleo incrustado entre as rochas e, se houver,
onde está. Aí perfuram o poço para tentar chegar ali.
3) A perfuração começa com a instalação do BOP no poço. É um conjunto de válvulas para
controlar a pressão da perfuração e impedir que o óleo vaze. Quando a perfuração
termina, o BOP é trocado por uma estrutura parecida com uma árvore de natal, que
controla a extração.
4) No início da perfuração são usadas brocas largas, com cerca de 20 polegadas (50 cm)
de diâmetro. Elas são feitas de aço e, na ponta, têm pedacinhos de diamante, o minério
mais duro que existe. Durante a perfuração elas são resfriadas por uma lama especial,
que, além de lubrificar, leva pedaços de rocha para a superfície, onde são analisados.
5) As perfurações são interrompidas para troca de brocas ou injeção de cimento, que
reveste o duto, sustentando as paredes do poço. Isso é feito assim: o cimento desce
pelo tubo por onde passa a broca e sobe pelos vãos laterais, formando a parede. Em
seguida, uma broca menor continua a perfuração.
6) O petróleo de Tupi está em uma camada geológica acumulada antes do sal: o pré-sal.
Para chegar lá, o desafio é atravessar a espessa camada de sal pastoso, que se
movimenta e pode até tapar os poços. A saída é fazer uma perfuração horizontal. Assim,
evita-se furar vários poços verticais para explorar todo o pré-sal, que tem “só” 120 m de
espessura.
7) Quando se alcança o óleo, um minicanhão é usado para provocar uma explosão entre
as rochas. Em seguida, gases ou líquidos são injetados para abrir as fissuras formadas.
É por essas fissuras que o petróleo e o gás natural chegam ao poço. A partir daí, eles
sobem graças à pressão do reservatório natural.
8) Para minimizar a diferença de temperatura entre o petróleo que sobe (63°C) e a água do
oceano (2°C), o tubo flexível que liga o poço até a plataforma de produção tem
revestimento térmico e temperatura controlada por fios elétricos e fibra óptica. Tudo isso
para evitar que surjam coágulos, capazes de entupir a tubulação.
9) Antes de chegar ao continente, o petróleo de Tupi - mais leve e valioso do que o
explorado atualmente no Brasil - será processado e armazenado em navios plataforma.
Se a construção de oleodutos ligando essas embarcações ao continente ficar cara
demais, é provável que o transporte seja feito com navios mesmo.
Obs.: Com a tecnologia atual, no máximo 30% do petróleo e do gás natural de Tupi
serão extraídos.
Pontos positivos e negativos
Pontos positivos do Pré-Sal (prováveis):
1. Para administrar a riqueza do pré-sal o governo criou uma nova empresa separada da
Petrobrás: a PPSA, que vai cuidar da administração, da exploração e vai também
gerenciar o fundo que vai receber os lucros da exploração do pré-sal.
2. As riquezas geradas devem melhorar e construir obras de infraestrutura em todo o país
tais como estradas, ferrovias, portos, aeroportos e também escolas e hospitais.
3. Se o dinheiro ganho no pré-sal for bem utilizado, ele pode trazer as seguintes
vantagens:
 O Brasil vai ter dinheiro suficiente para investir na infraestrutura e realizar grandes
obras como rodovias, ferrovias e hidrelétricas, sem precisar emprestar dinheiro no
exterior.
 Como o Brasil vai ter mais petróleo com a descoberta do pré-sal, o preço da
gasolina deve cair.
 Como ainda não existe tecnologia para explorar petróleo tão fundo, o Brasil vai ter
que evoluir muito sua ciência para fazer esta exploração.
 Devem ser gerados também mais de 500.000 empregos em indústrias ligadas ao
petróleo e a exploração do pré-sal, muitas empresas vão crescer junto com a
Petrobrás (que deve dobrar de tamanho).
 O petróleo um dia vai acabar, e se a Petrobrás, usar parte do dinheiro ganho no pré-
sal para desenvolver novas energias renováveis (que não acabam), vai ser tornar
uma das maiores empresas do mundo.
 O dinheiro ganho no pré-sal pode ser usado para revolucionar a Educação e a
Saúde no Brasil.
Pontos negativos do Pré-Sal (prováveis):
1. Com a descoberta desta enorme massa de petróleo do pré-sal, foi descoberta junto uma
enorme massa de CO2 para ser jogada na atmosfera, através de toda a gasolina que vai
ser produzida.
2. Outro aspecto que pode ocorrer é que um vazamento nas plataformas de petróleo pode
causar um desastre gigantesco, já que é muito difícil conter óleo vazando no meio do
mar (embora aqui, não precise se preocupar muito, pois a tecnologia utilizada hoje em
dia já garante quase 100% de segurança nas operações, e também porque parte do
dinheiro ganho vai ser investido na descoberta de energias não poluentes,
compensando o estrago inicial).
3. Se o dinheiro ganho no pré-sal for mal utilizado, pode acontecer o seguinte:
 O governo pode criar milhares de empregos de cabide (improdutivos), que seriam
apenas ilusão, pois iriam acabar junto com o petróleo.
 Se o dinheiro do pré-sal não for bem controlado e auditorado, pode ser desviado
para o bolso de políticos e enriquecer líderes corruptos.
 O dinheiro pode ser gasto em obras inúteis.
 Se parte desse dinheiro não for investido em infraestrutura, algumas cidades podem
se tornar dependentes do petróleo para sobreviver e podem entrar em colapso
quando o petróleo acabar (deve acabar em uns 20-30 anos).
Pré-Sal – Desafios
As reservas petrolíferas descobertas na camada pré-sal, localizada em uma área de 200
quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, que vai do Espírito Santo a Santa
Catariana, estão a 7 mil metros abaixo do nível do mar. A exploração desse petróleo poderá
triplicar a produção nacional, no entanto, existem muitas dúvidas sobre como e quais as
consequências desse processo.
A existência e a boa qualidade desse petróleo já foram confirmadas pela Petrobras, que já
realizou a perfuração de aproximadamente 30 poços (de acesso mais fácil). Porém, não se
sabe, ao certo, o volume do produto nas profundezas do mar. Outro fator a ser superado se
refere à forma de ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2 quilômetros, uma camada de
mais de 1 quilômetro de sedimentos e outra superior a 2 quilômetros de sal para que se possa
retirar o petróleo com segurança sem que haja acidentes ambientais.
Os gastos com investimentos em tecnologia são altíssimos e devem apresentar resultados
eficazes. Nesse sentido, foi criado o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da
Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), que desenvolve pesquisas com o apoio de
universidades. As condições encontradas para a exploração do petróleo na camada pré-sal
apresenta situações como pressão da coluna de água, a acidez e as baixas temperaturas que
podem danificar componentes, prejudicando e encarecendo a extração.
Outro fator complicador é a distância entre a costa e os poços de perfuração da camada pré-
sal (300 quilômetros), necessitando, portanto, de alternativas que realizem o transporte rápido
e eficiente de pessoas, materiais e equipamentos.
Mas um dos maiores desafios é o ambiental. Os depósitos do pré-sal contêm uma grande
concentração de dióxido de carbono, bem superior à de reservas em águas mais rasas.
Portanto, sua exploração, de forma inadequada, pode contribuir para o aquecimento global,
visto que o dióxido de carbono é um dos grandes vilões desse processo.
A Petrobras garante que a exploração da camada pré-sal é extremamente viável. Estima-se
que serão gastos cerca de 600 bilhões de dólares em investimentos e desenvolvimento de
tecnologia para a extração do produto de forma segura, e que os retornos financeiros deverão
ocorrer a partir de 2020. Caso se confirme as expectativas da Petrobras, em 2016 o Brasil será
auto-suficiente em petróleo. Outras estimativas apontam para uma expectativa ainda melhor:
100 milhões de boes (barris equivalentes de petróleo) no total. Se esta estimativa estiver
correta o Brasil entraria para o grupo dos dez maiores produtores de petróleo do mundo.
Vantagens
Segundo Machado, além dos subsídios, as companhias internacionais têm ainda outra série de
vantagens sobre as concorrentes nacionais exatamente porque as brasileiras operam no
mercado interno. Segundo ele, mesmo quando há mais incentivos às empresas locais, eles
não abrangem todo o setor produtivo no qual atua uma organização. “Esse setor não tem, em
muitos casos, o incentivo permeando toda a cadeia. Às vezes, esse incentivo fica só no
primeiro ou no segundo nível”, explica. E exemplifica: “O fundo de marinha mercante empresta
para o armador, o armador compra no estaleiro, mas nem sempre os benefícios do empréstimo
do Fundo de Marinha Mercante, que têm condições especiais e até compatíveis com as
condições existentes no mundo, migram para a cadeia produtiva. Então, o fornecedor dos
equipamentos, o fornecedor das partes e peças que vão para os equipamentos acabam não
tendo competitividade para participar desse crescimento”.
Questiona-se, obedecidas essas condições, a indústria nacional tem condições de atender à
demanda do pré-sal, Machado é assertivo. “Sem dúvida alguma. Não é nenhum problema para
a indústria atender à demanda. É claro que nenhum país do mundo é autossuficiente. Nenhum
país do mundo quer vender 100%, mas ter uma participação representativa, significativa dos
montantes que a Petrobras e as outras empresas de petróleo vão adquirir é muito importante”,
ressaltou. Em 2008, as vendas dos associados da Abimaq para o setor de petróleo e gás
somaram cerca de R$ 9 bilhões, entre 10% e 15% de faturamento de R$ 72 bilhões do
segmento. Machado estima que esse percentual pode, no mínimo, dobrar.
As profissões do pré-sal
O país precisará de mão de obra em todos os níveis, de soldadores a engenheiros de
formação sofisticada, passando por geólogos, especialistas em logística, saúde e ambiente. A
exploração de petróleo da camada pré-sal vai gerar mais de 240 mil empregos até 2016. A
previsão é do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que participou ontem, em Brasília,
de um debate sobre a proposta do novo marco regulatório do petróleo e os desafios
tecnológicos para a exploração do petróleo em águas ultraprofundas. “Essas pessoas serão
treinadas não para a Petrobras, mas para a cadeia de suprimentos que irá nos atender”,
explicou Gabrielli. Segundo o executivo, o treinamento desses profissionais envolve instituições
de ensino brasileiras com 29 redes temáticas e mais de 500 pesquisadores. A iniciativa da
Petrobras de capacitar mão de obra para o pré-sal está alinhada ao pacote de incentivos que
governo está preparando para a indústria nacional.
“Isso cria, fora da Petrobras, laboratórios de alto nível, capacitação de análise e interpretação e
capacitação das áreas de ciência básica e aplicada, tendo um impacto não somente sobre a
Petrobras, mas também sobre a engenharia brasileira, sobre o desenvolvimento dos projetos e
a pesquisa em geral do nosso país”, definiu Gabrielli.
A previsão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encarregado
de elaborar a política industrial para a cadeia produtiva do pré-sal, é de que dois terços dos
equipamentos para extrair o pré-sal sejam produzidos no Brasil no período de três anos. Para
isso, será necessário oferecer condições de financiamento e tributação semelhantes aos
principais concorrentes do Brasil nessa área, em especial, a Coreia do Sul, líder na indústria
naval. A estimativa é de investimento de US$ 80 bilhões em 10 anos. Fora isso, a Petrobras
tem um plano de investimentos de US$ 174 bilhões para os próximos cinco anos.
Para que o pacote de incentivos tenha os resultados esperados, Alberto Machado, diretor
executivo da área de petróleo e gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), defende que as isenções tributárias e condições de financiamento
especiais sejam estendidas para todos os elos da cadeia produtiva. “As empresas brasileiras
têm uma grande produtividade, mas, em alguns casos, acabam perdendo. Primeiro porque,
quando tem uma concorrência em que participam empresas brasileiras e estrangeiras, as
estrangeiras são exportadoras, e todo país quando exporta incentiva suas empresas com
redução de impostos e taxas de juros às vezes até subsidiadas”, justifica.
Tecnologia
Alguns setores já têm participação expressiva da indústria nacional, a exemplo da área de
materiais submarinos (75%) e da fabricação de navios (65%). O executivo pondera que alguns
equipamentos têm uma complexidade tecnológica restrita a poucos fornecedores e continuarão
sendo importados. “Mas aquilo que puder ser feito no Brasil e tiver condições, vai ser feito. E o
que o empresário precisa, de alguma forma, é ter uma noção de que forma esses
investimentos vão ser distribuídos no tempo. Se tem uma possibilidade e uma probabilidade
clara de o investimento existir, aí é risco do negócio investir ou não. E eu não tenho dúvida que
o empresário vai investir.”
“Essas pessoas serão treinadas não para a Petrobras, mas para a cadeia de suprimentos que
irá nos atender”. José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras.
O setor de petróleo e gás deve continuar abrindo novos empregos no Brasil a cada ano, seja
por meio de concursos públicos da Petrobras ou nas empresas privadas que vão participar dos
projetos na camada do pré-sal, como avalia o presidente do Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro.
“A perspectiva é que, somando os setores público e privado, a gente deve ter pelo menos 2 mil
a 3 mil empregos nos próximos dois anos a três anos na área tecnológica, que envolve
engenheiros e geólogos.” Segundo Guerreiro, a maior parte da mão de obra para atender à
demanda do pré-sal será encontrada dentro do próprio país, “porque aumentou muito o ritmo
de formação de engenheiros.”
Até uma década atrás o nível de abandono em profissões da área tecnológica era elevado,
sobretudo da engenharia. “Chegava a 50% e, em casos extremos, até 60% ou mais." Agora,
como as perspectivas em relação ao futuro são boas, sinalizando bons empregos e salários, o
índice de evasão caiu para 20% ou 25%, que é o de países de primeiro mundo, explicou
Guerreiro.
Já para o professor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Ricardo Cabral de Azevedo, o número
de profissionais necessários para atender aos projetos do pré-sal é elevado e exigirá a
importação de mão de obra estrangeira.
“Está tendo um verdadeiro apagão de profissionais da área, devido à demanda muito
grande.” O curso de engenharia de petróleo da Poli-USP está quintuplicando o número de
vagas este ano. “E mesmo assim a gente sabe que não vai conseguir atender ao mercado”,
disse Azevedo.
Embora não exista um estudo em relação à demanda de mão de obra para a área de petróleo
e gás, os alunos que estão se formando têm propostas de emprego antes de terminarem a
graduação, segundo o coordenador do curso de Petróleo e Gás da Universidade Federal
Fluminense (UFF), Geraldo Ferreira.
Várias empresas do setor estão procurando estreitar contatos com as universidades para, por
meio de convênios, terem acesso mais rápido e facilitado à mão de obra que está se formando.
“Isso para a área de petróleo em geral. E, como o pré-sal a gente ainda está estudando,
ampliando, eu acho que a demanda vai ser cada vez maior”, disse Ferreira.
Sarah Tabosa Henrique, aluna do curso de engenharia de petróleo da UFF, disse que ao
prestar vestibular sua ideia era encontrar um curso que fosse do seu interesse e que, ao
mesmo tempo, garantisse um bom emprego ao se formar.
“Sabemos que há demanda por profissionais e que eles têm remunerações e planos de
carreira muito bons. Ainda faltam dois anos pra eu me formar, mas não estou com pressa.
Tenho muito o que aprender, tanto na faculdade como no estágio, e ainda pretendo publicar
artigos e apresentá-los em congressos internacionais. É um ramo muito técnico e todo o
conhecimento agregado é importante.”
Do mesmo modo, Raphael Huber optou pelo curso de engenharia na UFF, em 2006. “Sabia
que o petróleo era uma área promissora para engenheiros. Portanto, a opção parecia boa.” Já
formado, trabalha em Aracaju (SE) e acredita que o pré-sal, no momento, representa um
enorme desafio.
Extrair petróleo a 7 mil metros de profundidade, a 300 quilômetros da costa, em condições
geológicas que os especialistas ainda não mapearam completamente. Esse é, provavelmente,
o desafio tecnológico de uma geração de brasileiros. A recompensa é tentadora. Nas
estimativas mais otimistas, a camada pré-sal, faixa subterrânea de 800 quilômetros, pode
guardar o equivalente a 100 bilhões de barris, o que tornaria o Brasil dono da sexta maior
reserva de petróleo do mundo.
"O pré-sal é um projeto de desenvolvimento brasileiro, assim como a ida à Lua foi para os
americanos. Não dá para mensurara quantidade de emprego necessária", diz o
superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, Caio Pimenta.
Só os investimentos aprovados pela Petrobras até 2013, dos quais o pré-sal é um dos carros-
chefes, vão exigir a qualificação de 207 mil pessoas em 185 categorias diferentes.
Para atender à demanda por pessoal qualificado, o governo federal criou o Programa de
Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Nos últimos três anos, 43 mil
pessoas foram treinadas pelo programa.
A maioria delas é de nível técnico e básico, mas quem vai comandar o processo de exploração
do pré-sal são os profissionais de nível superior, dos quais depende a geração de
conhecimento e tecnologia.
Cabe ao Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras, que fica no campus da UFRJ na Ilha do
Fundão, no Rio, a missão de desenvolver soluções tecnológicas. "O profissional que nos
interessa tem um perfil inovador e viés para pesquisa", explica Maria de Fátima Duarte Mattos,
gerente de Recursos Humanos do Cenpes. O centro tem 2.110 funcionários. Destes, 1.274 são
de nível superior: 506 têm mestrado e 215, doutorado.
Este mês, a Petrobras e a Schlumberger, empresa franco-americana que desenvolve
tecnologia para a indústria de petróleo e gás, assinaram acordo que prevê a criação pela
multinacional, em 2010, de um centro de pesquisas ligadas ao pré-sal na Ilha do Fundão. A
Schlumberger estima que serão abertas 300 vagas para brasileiros no projeto.
"As áreas de geologia, geofísica e engenharia serão de extrema importância para o sucesso
dos projetos do pré-sal", diz a gerente de Planejamento de Recursos Humanos da Petrobras,
Mariângela Mundim. As duas primeiras são essenciais à exploração porque determinam onde
pode haver petróleo e quais poços devem ser perfurados - o custo de cada perfuração chega a
US$ 100 milhões.
Carreiras ligadas à engenharia são fundamentais para toda a cadeia produtiva do petróleo.
Uma das prioridades da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que tem seu próprio programa de
formação de pessoal, é a engenharia de reservatórios.
"São esses profissionais que, baseados nos estudos geofísicos, fazem cálculos para identificar
se há óleo no reservatório, a capacidade e o tipo", diz Florival Carvalho, superintendente de
Pesquisa e Planejamento da ANP.
Carvalho comanda 36 programas que envolvem 23 universidades em 16 Estados. O projeto
acaba de incorporar mais dois perfis profissionais. "Queremos incentivar a formação nas áreas
de segurança operacional e saúde ocupacional", diz o superintendente.
Outra área que tem merecido atenção da indústria é a de logística. "A capacidade dos
estaleiros, as condições das embarcações e o transporte de pessoas já preocupam hoje,
porque é um custo elevadíssimo levar trabalhadores às plataformas", diz Heltom de Paulo,
consultor de perfuração de poços da gigante empresa de engenharia e serviços americana
Halliburton, outra fornecedora da Petrobras.
Todos os meses, a estatal transporta 40 mil pessoas para suas plataformas. Não é só a
demanda pelo serviço que vai crescer com o pré-sal. A distância, por exemplo, vai dobrar, já
que hoje a empresa opera unidades a 150 km da costa, em média.
Há também um esforço gigantesco a ser feito em terra, como a construção de gasodutos para
transportar o gás extraído como petróleo. O setor petroquímico, de onde saem de gasolina a
matérias-primas para todos os setores da indústria, está investindo pesado na ampliação de
refinarias. Engenheiros químicos e civis são peças-chave na construção e operação das
refinarias e no transporte desses produtos.
"A Petrobras é a mãe, em última instância todo o setor trabalha para ela. Mas até um padeiro
que esteja fornecendo para essa área vai se dar bem", compara o empresário Gabriel Pinton,
da WDT Engenharia, que presta serviços para a estatal na área de controle de qualidade.
Quando comprou a WDT, há dois anos e meio, ele tinha um funcionário. Agora tem 200, entre
eles advogados, profissionais de marketing e jornalistas.
Uma das maiores dificuldades hoje, segundo o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo
Bellelis, é contratar gente de nível superior em meio de carreira. Dos 148 profissionais com
diploma universitário do estaleiro, que fica em Suape (PE), a maioria é sênior ou júnior.
"Temos as duas pontas. Entre os mais experientes, muitos estavam afastados do mercado e
não acompanharam a evolução da tecnologia e das normas de segurança ou ambientais."
Contribuições do pré-sal para o desenvolvimento da indústria brasileira
Os desafios do pré-sal trazem também uma grande oportunidade de mercado para o
desenvolvimento de uma nova geração de tecnologias de produção de óleo e gás em alto-mar,
com escala de aplicação significativa.
O volume de negócios gerado pelo pré-sal para fornecedores de bens e serviços e para
operadores da indústria de óleo e gás é o fator impulsionador para a consolidação, no Brasil,
de um dos principais polos tecnológicos dessa indústria no século XXI.
Grandes fornecedores de bens e serviços instalam no país suas unidades de produção e
também encontram espaço para gerar tecnologia localmente junto com os centros de pesquisa.
A inovação direciona nossos esforços para a gestão de uma grande rede de desenvolvimento
de tecnologias, baseada em território nacional e, ao mesmo tempo, articulada com os principais
polos de excelência tecnológica da indústria de energia no mundo.
Desde 2003, o Governo Federal vem implementando uma política de conteúdo local no setor
de petróleo e gás natural com o objetivo de ampliar a participação da indústria nacional no
fornecimento de bens e serviços.
Para atender a esta política, nossa demanda de navios, plataformas, sondas e tudo que
envolve a exploração e produção na área do pré-sal conta com nosso compromisso de
aproveitarmos ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços.
O investimento com a indústria nacional também é feito através de ações como o Prominp. A
mão de obra qualificada é um desafio, mas também uma oportunidade. O Programa Nacional
de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo (Prominp) já qualificou mais de 88 mil
profissionais. A previsão é de que este número ultrapasse os 200 mil.
Conclusão
O pré-sal foi umas das maiores descobertas do Brasil, pois a sua área de exploração é bem
ampla e também é um petróleo de boa qualidade. Essa descoberta gerará lucro tanto para o
povo brasileiro quanto para a economia, pois está previsto que a população pagará mais barato
pela gasolina utilizada nos veículos automotores, já que a quantidade de petróleo no Brasil
aumentará, e também terá mais emprego e melhoria na qualidade de vida.
A vantagem é que esse petróleo vai gerar um avanço imenso para o país, pois se as coisas
evoluírem de uma maneira correta, o Brasil irá deixar de ser um país emergente para ser um
país desenvolvido.
Referências:
Globo G1.
Guia da carreira.
Mundo Estranho.
Wikipédia.
Correio Braziliense.
Agência Brasil.
Equipe Brasil Escola.

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Pré Sal

  • 1. Pesquisa: Camada Pré-Sal do Brasil A “camada pré-sal” é uma espécie de bolsão onde ficam acumulados hidrocarbonetos como petróleo e gás metano e que fica localizada logo abaixo da “camada de sal” em regiões de bacias sedimentares que contém grandes estruturas halocinéticas (locais onde há a ascensão de corpos salinos). Este é o caso da “camada pré-sal” localizada na bacia sedimentar litorânea brasileira, mais precisamente, entre os litorais do Espírito Santo e Santa Catarina em uma extensão de cerca de 800 quilômetros abrangendo a região de três bacias sedimentares: as bacias do Espírito Santo, Campos e Santos. As bacias sedimentares deste tipo sempre tiveram grande importância para a indústria petrolífera, pois sua existência está quase sempre relacionada com a ocorrência de jazidas petrolíferas (cerca de 60% de todo petróleo produzido no mundo está em estruturas deste tipo) como as existentes no Golfo Pérsico. Somente a camada de sal possui uma extensão que pode chegar a 2 km de espessura. A camada pré-sal brasileira fica a mais de 7 mil metros de profundidade e já foram encontrados vários campos e poços de petróleo na região, dentre eles estão os campos batizados de Tupi, com uma estimativa de conter de 5 a 8 bilhões de barris, o Carioca, o campo de Jubarte e o de Júpiter, entre outros. A descoberta do Pré-sal e suas vantagens e desvantagens Com a descoberta do pré-sal, surgem várias vantagens e desvantagens, que ocasionam muitos debates e questionamentos sobre sua exploração. Nesse trabalho, é descrito como o pré-sal é formado e suas vantagens e desvantagens. Reservas de petróleo de pré-sal também chamadas de subsal são grandes reservas de óleo e gás encontradas em áreas profundas dos oceanos. Elas são consideradas as reservas de petróleo menos exploradas e menos conhecidas do fundo, principalmente por estarem localizadas em áreas de difícil acesso e por serem muito difíceis de serem encontradas. As empresas de petróleo nos últimos 100 anos deram preferência sempre à procura de petróleo em desertos, áreas continentais e também em águas rasas que são locais de mais fácil acesso. A tecnologia para explorar petróleo nessas áreas já é bem conhecida há décadas ao contrário do que acontece com o Pré-Sal. Explorar essa nova fonte de petróleo vai ser um grande desafio para o Brasil, já que quase toda a tecnologia é nova, experimental ou ainda nem foi desenvolvida.
  • 2. Plataforma de Petróleo Descoberta do pré-sal A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobrás em 2006. A existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré- sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobrás em 2007. Em 2008 a Petrobrás confirmou a descoberta de óleo leve na camada subsal e extraiu pela primeira vez petróleo do pré-sal. Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas de sal nas camadas profundas do subsolo marinho. Atualmente, as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo e no Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão. Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobrás, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobrás, nos campos que exploram como sócias da Petrobrás no Brasil. Origem do Pré-sal O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizada abaixo de uma camada de sal nas profundezas do leito marinho. Entre 300 e 200 milhões de anos havia um único continente, a Pangeia, que há cerca de 200 milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há aproximadamente 140 milhões de anos teve início o processo de separação entre as duas placas tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os atuais continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul. Nos primórdios, formaram-se vários
  • 3. mares rasos e áreas semipantanosas, algumas de água salgada e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e microrganismos chamados de fitoplâncton e zooplâncton. Estes microrganismos e depositavam continuamente no leito marinho na forma de sedimentos, misturando-se a outros sedimentos, areia e sal, formando camadas de rochas impregnadas de matéria orgânica, que dariam origem às rochas geradoras. A partir delas, o petróleo migrou para cima e ficou aprisionado nas rochas reservatórios, de onde é hoje extraído. Ao longo de milhões de anos e sucessivas eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no nível dos oceanos, inclusive com a deposição de grandes quantidades de sal, que formaram as camadas de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação da água nestes mares rasos. Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo oceano e por novas camadas de sedimentos quando o gelo das calotas polares voltou a derreter nos períodos interglaciais. Estes microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e, com o passar do tempo, transformaram-se em petróleo, como o que é encontrado atualmente no litoral do Brasil. O conjunto de descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-tevi, Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como "Cluster Pré-Sal", pois o termo genérico “Pré-Sal” passou a ser utilizado para qualquer descoberta em reservatórios sob as camadas de sal em bacias sedimentares brasileiras. Ocorrências similares sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano Superior), Sergipe-Alagoas, Camamu, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espírito Santo, no litoral das ilhas Malvinas, mas também já foram identificadas no litoral atlântico da África, no Japão, no Mar Cáspio e nos Estados Unidos, na região do Golfo do México. A grande diferença deste último é que o sal é alóctone (vindo de outras regiões), enquanto o brasileiro e o africano são autóctones (formado nessas regiões). Os nomes que se anunciam das áreas do Pré-Sal possivelmente não permanecerão, pois, se receberem o status de "campo de produção", deverão ser rebatizados segundo o artigo 3° da Portaria ANP nº 90, com nomes ligados à fauna marinha. Camadas até ao Pré-sal e suas respectivas profundidades 1) Antes de qualquer coisa, é preciso descobrir onde está o petróleo. Para isso, existe a sísmica. Um navio percorre milhares de quilômetros rebocando cilindros com ar comprimido e dispara rajadas de tempos em tempos. É como uma explosão, que gera ondas sonoras que batem no solo e voltam. 2) Os hidrofones, rebocados pelo navio, recebem as ondas sonoras e as decodificam, transformandoas em imagens. São representações das camadas do solo. Através delas os especialistas descobrem se há petróleo incrustado entre as rochas e, se houver, onde está. Aí perfuram o poço para tentar chegar ali.
  • 4. 3) A perfuração começa com a instalação do BOP no poço. É um conjunto de válvulas para controlar a pressão da perfuração e impedir que o óleo vaze. Quando a perfuração termina, o BOP é trocado por uma estrutura parecida com uma árvore de natal, que controla a extração. 4) No início da perfuração são usadas brocas largas, com cerca de 20 polegadas (50 cm) de diâmetro. Elas são feitas de aço e, na ponta, têm pedacinhos de diamante, o minério mais duro que existe. Durante a perfuração elas são resfriadas por uma lama especial, que, além de lubrificar, leva pedaços de rocha para a superfície, onde são analisados. 5) As perfurações são interrompidas para troca de brocas ou injeção de cimento, que reveste o duto, sustentando as paredes do poço. Isso é feito assim: o cimento desce pelo tubo por onde passa a broca e sobe pelos vãos laterais, formando a parede. Em seguida, uma broca menor continua a perfuração. 6) O petróleo de Tupi está em uma camada geológica acumulada antes do sal: o pré-sal. Para chegar lá, o desafio é atravessar a espessa camada de sal pastoso, que se movimenta e pode até tapar os poços. A saída é fazer uma perfuração horizontal. Assim, evita-se furar vários poços verticais para explorar todo o pré-sal, que tem “só” 120 m de espessura. 7) Quando se alcança o óleo, um minicanhão é usado para provocar uma explosão entre as rochas. Em seguida, gases ou líquidos são injetados para abrir as fissuras formadas. É por essas fissuras que o petróleo e o gás natural chegam ao poço. A partir daí, eles sobem graças à pressão do reservatório natural. 8) Para minimizar a diferença de temperatura entre o petróleo que sobe (63°C) e a água do oceano (2°C), o tubo flexível que liga o poço até a plataforma de produção tem revestimento térmico e temperatura controlada por fios elétricos e fibra óptica. Tudo isso para evitar que surjam coágulos, capazes de entupir a tubulação. 9) Antes de chegar ao continente, o petróleo de Tupi - mais leve e valioso do que o explorado atualmente no Brasil - será processado e armazenado em navios plataforma. Se a construção de oleodutos ligando essas embarcações ao continente ficar cara demais, é provável que o transporte seja feito com navios mesmo. Obs.: Com a tecnologia atual, no máximo 30% do petróleo e do gás natural de Tupi serão extraídos. Pontos positivos e negativos Pontos positivos do Pré-Sal (prováveis): 1. Para administrar a riqueza do pré-sal o governo criou uma nova empresa separada da Petrobrás: a PPSA, que vai cuidar da administração, da exploração e vai também gerenciar o fundo que vai receber os lucros da exploração do pré-sal. 2. As riquezas geradas devem melhorar e construir obras de infraestrutura em todo o país tais como estradas, ferrovias, portos, aeroportos e também escolas e hospitais. 3. Se o dinheiro ganho no pré-sal for bem utilizado, ele pode trazer as seguintes vantagens:
  • 5.  O Brasil vai ter dinheiro suficiente para investir na infraestrutura e realizar grandes obras como rodovias, ferrovias e hidrelétricas, sem precisar emprestar dinheiro no exterior.  Como o Brasil vai ter mais petróleo com a descoberta do pré-sal, o preço da gasolina deve cair.  Como ainda não existe tecnologia para explorar petróleo tão fundo, o Brasil vai ter que evoluir muito sua ciência para fazer esta exploração.  Devem ser gerados também mais de 500.000 empregos em indústrias ligadas ao petróleo e a exploração do pré-sal, muitas empresas vão crescer junto com a Petrobrás (que deve dobrar de tamanho).  O petróleo um dia vai acabar, e se a Petrobrás, usar parte do dinheiro ganho no pré- sal para desenvolver novas energias renováveis (que não acabam), vai ser tornar uma das maiores empresas do mundo.  O dinheiro ganho no pré-sal pode ser usado para revolucionar a Educação e a Saúde no Brasil. Pontos negativos do Pré-Sal (prováveis): 1. Com a descoberta desta enorme massa de petróleo do pré-sal, foi descoberta junto uma enorme massa de CO2 para ser jogada na atmosfera, através de toda a gasolina que vai ser produzida. 2. Outro aspecto que pode ocorrer é que um vazamento nas plataformas de petróleo pode causar um desastre gigantesco, já que é muito difícil conter óleo vazando no meio do mar (embora aqui, não precise se preocupar muito, pois a tecnologia utilizada hoje em dia já garante quase 100% de segurança nas operações, e também porque parte do dinheiro ganho vai ser investido na descoberta de energias não poluentes, compensando o estrago inicial). 3. Se o dinheiro ganho no pré-sal for mal utilizado, pode acontecer o seguinte:  O governo pode criar milhares de empregos de cabide (improdutivos), que seriam apenas ilusão, pois iriam acabar junto com o petróleo.  Se o dinheiro do pré-sal não for bem controlado e auditorado, pode ser desviado para o bolso de políticos e enriquecer líderes corruptos.  O dinheiro pode ser gasto em obras inúteis.  Se parte desse dinheiro não for investido em infraestrutura, algumas cidades podem se tornar dependentes do petróleo para sobreviver e podem entrar em colapso quando o petróleo acabar (deve acabar em uns 20-30 anos). Pré-Sal – Desafios As reservas petrolíferas descobertas na camada pré-sal, localizada em uma área de 200 quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, que vai do Espírito Santo a Santa Catariana, estão a 7 mil metros abaixo do nível do mar. A exploração desse petróleo poderá triplicar a produção nacional, no entanto, existem muitas dúvidas sobre como e quais as consequências desse processo. A existência e a boa qualidade desse petróleo já foram confirmadas pela Petrobras, que já realizou a perfuração de aproximadamente 30 poços (de acesso mais fácil). Porém, não se sabe, ao certo, o volume do produto nas profundezas do mar. Outro fator a ser superado se refere à forma de ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2 quilômetros, uma camada de mais de 1 quilômetro de sedimentos e outra superior a 2 quilômetros de sal para que se possa retirar o petróleo com segurança sem que haja acidentes ambientais.
  • 6. Os gastos com investimentos em tecnologia são altíssimos e devem apresentar resultados eficazes. Nesse sentido, foi criado o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), que desenvolve pesquisas com o apoio de universidades. As condições encontradas para a exploração do petróleo na camada pré-sal apresenta situações como pressão da coluna de água, a acidez e as baixas temperaturas que podem danificar componentes, prejudicando e encarecendo a extração. Outro fator complicador é a distância entre a costa e os poços de perfuração da camada pré- sal (300 quilômetros), necessitando, portanto, de alternativas que realizem o transporte rápido e eficiente de pessoas, materiais e equipamentos. Mas um dos maiores desafios é o ambiental. Os depósitos do pré-sal contêm uma grande concentração de dióxido de carbono, bem superior à de reservas em águas mais rasas. Portanto, sua exploração, de forma inadequada, pode contribuir para o aquecimento global, visto que o dióxido de carbono é um dos grandes vilões desse processo. A Petrobras garante que a exploração da camada pré-sal é extremamente viável. Estima-se que serão gastos cerca de 600 bilhões de dólares em investimentos e desenvolvimento de tecnologia para a extração do produto de forma segura, e que os retornos financeiros deverão ocorrer a partir de 2020. Caso se confirme as expectativas da Petrobras, em 2016 o Brasil será auto-suficiente em petróleo. Outras estimativas apontam para uma expectativa ainda melhor: 100 milhões de boes (barris equivalentes de petróleo) no total. Se esta estimativa estiver correta o Brasil entraria para o grupo dos dez maiores produtores de petróleo do mundo. Vantagens Segundo Machado, além dos subsídios, as companhias internacionais têm ainda outra série de vantagens sobre as concorrentes nacionais exatamente porque as brasileiras operam no mercado interno. Segundo ele, mesmo quando há mais incentivos às empresas locais, eles não abrangem todo o setor produtivo no qual atua uma organização. “Esse setor não tem, em muitos casos, o incentivo permeando toda a cadeia. Às vezes, esse incentivo fica só no primeiro ou no segundo nível”, explica. E exemplifica: “O fundo de marinha mercante empresta para o armador, o armador compra no estaleiro, mas nem sempre os benefícios do empréstimo do Fundo de Marinha Mercante, que têm condições especiais e até compatíveis com as condições existentes no mundo, migram para a cadeia produtiva. Então, o fornecedor dos equipamentos, o fornecedor das partes e peças que vão para os equipamentos acabam não tendo competitividade para participar desse crescimento”. Questiona-se, obedecidas essas condições, a indústria nacional tem condições de atender à demanda do pré-sal, Machado é assertivo. “Sem dúvida alguma. Não é nenhum problema para a indústria atender à demanda. É claro que nenhum país do mundo é autossuficiente. Nenhum país do mundo quer vender 100%, mas ter uma participação representativa, significativa dos montantes que a Petrobras e as outras empresas de petróleo vão adquirir é muito importante”, ressaltou. Em 2008, as vendas dos associados da Abimaq para o setor de petróleo e gás somaram cerca de R$ 9 bilhões, entre 10% e 15% de faturamento de R$ 72 bilhões do segmento. Machado estima que esse percentual pode, no mínimo, dobrar. As profissões do pré-sal O país precisará de mão de obra em todos os níveis, de soldadores a engenheiros de formação sofisticada, passando por geólogos, especialistas em logística, saúde e ambiente. A exploração de petróleo da camada pré-sal vai gerar mais de 240 mil empregos até 2016. A previsão é do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que participou ontem, em Brasília, de um debate sobre a proposta do novo marco regulatório do petróleo e os desafios tecnológicos para a exploração do petróleo em águas ultraprofundas. “Essas pessoas serão
  • 7. treinadas não para a Petrobras, mas para a cadeia de suprimentos que irá nos atender”, explicou Gabrielli. Segundo o executivo, o treinamento desses profissionais envolve instituições de ensino brasileiras com 29 redes temáticas e mais de 500 pesquisadores. A iniciativa da Petrobras de capacitar mão de obra para o pré-sal está alinhada ao pacote de incentivos que governo está preparando para a indústria nacional. “Isso cria, fora da Petrobras, laboratórios de alto nível, capacitação de análise e interpretação e capacitação das áreas de ciência básica e aplicada, tendo um impacto não somente sobre a Petrobras, mas também sobre a engenharia brasileira, sobre o desenvolvimento dos projetos e a pesquisa em geral do nosso país”, definiu Gabrielli. A previsão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encarregado de elaborar a política industrial para a cadeia produtiva do pré-sal, é de que dois terços dos equipamentos para extrair o pré-sal sejam produzidos no Brasil no período de três anos. Para isso, será necessário oferecer condições de financiamento e tributação semelhantes aos principais concorrentes do Brasil nessa área, em especial, a Coreia do Sul, líder na indústria naval. A estimativa é de investimento de US$ 80 bilhões em 10 anos. Fora isso, a Petrobras tem um plano de investimentos de US$ 174 bilhões para os próximos cinco anos. Para que o pacote de incentivos tenha os resultados esperados, Alberto Machado, diretor executivo da área de petróleo e gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), defende que as isenções tributárias e condições de financiamento especiais sejam estendidas para todos os elos da cadeia produtiva. “As empresas brasileiras têm uma grande produtividade, mas, em alguns casos, acabam perdendo. Primeiro porque, quando tem uma concorrência em que participam empresas brasileiras e estrangeiras, as estrangeiras são exportadoras, e todo país quando exporta incentiva suas empresas com redução de impostos e taxas de juros às vezes até subsidiadas”, justifica. Tecnologia Alguns setores já têm participação expressiva da indústria nacional, a exemplo da área de materiais submarinos (75%) e da fabricação de navios (65%). O executivo pondera que alguns equipamentos têm uma complexidade tecnológica restrita a poucos fornecedores e continuarão sendo importados. “Mas aquilo que puder ser feito no Brasil e tiver condições, vai ser feito. E o que o empresário precisa, de alguma forma, é ter uma noção de que forma esses investimentos vão ser distribuídos no tempo. Se tem uma possibilidade e uma probabilidade clara de o investimento existir, aí é risco do negócio investir ou não. E eu não tenho dúvida que o empresário vai investir.” “Essas pessoas serão treinadas não para a Petrobras, mas para a cadeia de suprimentos que irá nos atender”. José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras. O setor de petróleo e gás deve continuar abrindo novos empregos no Brasil a cada ano, seja por meio de concursos públicos da Petrobras ou nas empresas privadas que vão participar dos projetos na camada do pré-sal, como avalia o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro. “A perspectiva é que, somando os setores público e privado, a gente deve ter pelo menos 2 mil a 3 mil empregos nos próximos dois anos a três anos na área tecnológica, que envolve engenheiros e geólogos.” Segundo Guerreiro, a maior parte da mão de obra para atender à demanda do pré-sal será encontrada dentro do próprio país, “porque aumentou muito o ritmo de formação de engenheiros.” Até uma década atrás o nível de abandono em profissões da área tecnológica era elevado, sobretudo da engenharia. “Chegava a 50% e, em casos extremos, até 60% ou mais." Agora, como as perspectivas em relação ao futuro são boas, sinalizando bons empregos e salários, o índice de evasão caiu para 20% ou 25%, que é o de países de primeiro mundo, explicou Guerreiro.
  • 8. Já para o professor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Ricardo Cabral de Azevedo, o número de profissionais necessários para atender aos projetos do pré-sal é elevado e exigirá a importação de mão de obra estrangeira. “Está tendo um verdadeiro apagão de profissionais da área, devido à demanda muito grande.” O curso de engenharia de petróleo da Poli-USP está quintuplicando o número de vagas este ano. “E mesmo assim a gente sabe que não vai conseguir atender ao mercado”, disse Azevedo. Embora não exista um estudo em relação à demanda de mão de obra para a área de petróleo e gás, os alunos que estão se formando têm propostas de emprego antes de terminarem a graduação, segundo o coordenador do curso de Petróleo e Gás da Universidade Federal Fluminense (UFF), Geraldo Ferreira. Várias empresas do setor estão procurando estreitar contatos com as universidades para, por meio de convênios, terem acesso mais rápido e facilitado à mão de obra que está se formando. “Isso para a área de petróleo em geral. E, como o pré-sal a gente ainda está estudando, ampliando, eu acho que a demanda vai ser cada vez maior”, disse Ferreira. Sarah Tabosa Henrique, aluna do curso de engenharia de petróleo da UFF, disse que ao prestar vestibular sua ideia era encontrar um curso que fosse do seu interesse e que, ao mesmo tempo, garantisse um bom emprego ao se formar. “Sabemos que há demanda por profissionais e que eles têm remunerações e planos de carreira muito bons. Ainda faltam dois anos pra eu me formar, mas não estou com pressa. Tenho muito o que aprender, tanto na faculdade como no estágio, e ainda pretendo publicar artigos e apresentá-los em congressos internacionais. É um ramo muito técnico e todo o conhecimento agregado é importante.” Do mesmo modo, Raphael Huber optou pelo curso de engenharia na UFF, em 2006. “Sabia que o petróleo era uma área promissora para engenheiros. Portanto, a opção parecia boa.” Já formado, trabalha em Aracaju (SE) e acredita que o pré-sal, no momento, representa um enorme desafio. Extrair petróleo a 7 mil metros de profundidade, a 300 quilômetros da costa, em condições geológicas que os especialistas ainda não mapearam completamente. Esse é, provavelmente, o desafio tecnológico de uma geração de brasileiros. A recompensa é tentadora. Nas estimativas mais otimistas, a camada pré-sal, faixa subterrânea de 800 quilômetros, pode guardar o equivalente a 100 bilhões de barris, o que tornaria o Brasil dono da sexta maior reserva de petróleo do mundo. "O pré-sal é um projeto de desenvolvimento brasileiro, assim como a ida à Lua foi para os americanos. Não dá para mensurara quantidade de emprego necessária", diz o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, Caio Pimenta. Só os investimentos aprovados pela Petrobras até 2013, dos quais o pré-sal é um dos carros- chefes, vão exigir a qualificação de 207 mil pessoas em 185 categorias diferentes. Para atender à demanda por pessoal qualificado, o governo federal criou o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Nos últimos três anos, 43 mil pessoas foram treinadas pelo programa. A maioria delas é de nível técnico e básico, mas quem vai comandar o processo de exploração
  • 9. do pré-sal são os profissionais de nível superior, dos quais depende a geração de conhecimento e tecnologia. Cabe ao Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras, que fica no campus da UFRJ na Ilha do Fundão, no Rio, a missão de desenvolver soluções tecnológicas. "O profissional que nos interessa tem um perfil inovador e viés para pesquisa", explica Maria de Fátima Duarte Mattos, gerente de Recursos Humanos do Cenpes. O centro tem 2.110 funcionários. Destes, 1.274 são de nível superior: 506 têm mestrado e 215, doutorado. Este mês, a Petrobras e a Schlumberger, empresa franco-americana que desenvolve tecnologia para a indústria de petróleo e gás, assinaram acordo que prevê a criação pela multinacional, em 2010, de um centro de pesquisas ligadas ao pré-sal na Ilha do Fundão. A Schlumberger estima que serão abertas 300 vagas para brasileiros no projeto. "As áreas de geologia, geofísica e engenharia serão de extrema importância para o sucesso dos projetos do pré-sal", diz a gerente de Planejamento de Recursos Humanos da Petrobras, Mariângela Mundim. As duas primeiras são essenciais à exploração porque determinam onde pode haver petróleo e quais poços devem ser perfurados - o custo de cada perfuração chega a US$ 100 milhões. Carreiras ligadas à engenharia são fundamentais para toda a cadeia produtiva do petróleo. Uma das prioridades da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que tem seu próprio programa de formação de pessoal, é a engenharia de reservatórios. "São esses profissionais que, baseados nos estudos geofísicos, fazem cálculos para identificar se há óleo no reservatório, a capacidade e o tipo", diz Florival Carvalho, superintendente de Pesquisa e Planejamento da ANP. Carvalho comanda 36 programas que envolvem 23 universidades em 16 Estados. O projeto acaba de incorporar mais dois perfis profissionais. "Queremos incentivar a formação nas áreas de segurança operacional e saúde ocupacional", diz o superintendente. Outra área que tem merecido atenção da indústria é a de logística. "A capacidade dos estaleiros, as condições das embarcações e o transporte de pessoas já preocupam hoje, porque é um custo elevadíssimo levar trabalhadores às plataformas", diz Heltom de Paulo, consultor de perfuração de poços da gigante empresa de engenharia e serviços americana Halliburton, outra fornecedora da Petrobras. Todos os meses, a estatal transporta 40 mil pessoas para suas plataformas. Não é só a demanda pelo serviço que vai crescer com o pré-sal. A distância, por exemplo, vai dobrar, já que hoje a empresa opera unidades a 150 km da costa, em média. Há também um esforço gigantesco a ser feito em terra, como a construção de gasodutos para transportar o gás extraído como petróleo. O setor petroquímico, de onde saem de gasolina a matérias-primas para todos os setores da indústria, está investindo pesado na ampliação de refinarias. Engenheiros químicos e civis são peças-chave na construção e operação das refinarias e no transporte desses produtos. "A Petrobras é a mãe, em última instância todo o setor trabalha para ela. Mas até um padeiro que esteja fornecendo para essa área vai se dar bem", compara o empresário Gabriel Pinton, da WDT Engenharia, que presta serviços para a estatal na área de controle de qualidade. Quando comprou a WDT, há dois anos e meio, ele tinha um funcionário. Agora tem 200, entre eles advogados, profissionais de marketing e jornalistas. Uma das maiores dificuldades hoje, segundo o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo
  • 10. Bellelis, é contratar gente de nível superior em meio de carreira. Dos 148 profissionais com diploma universitário do estaleiro, que fica em Suape (PE), a maioria é sênior ou júnior. "Temos as duas pontas. Entre os mais experientes, muitos estavam afastados do mercado e não acompanharam a evolução da tecnologia e das normas de segurança ou ambientais." Contribuições do pré-sal para o desenvolvimento da indústria brasileira Os desafios do pré-sal trazem também uma grande oportunidade de mercado para o desenvolvimento de uma nova geração de tecnologias de produção de óleo e gás em alto-mar, com escala de aplicação significativa. O volume de negócios gerado pelo pré-sal para fornecedores de bens e serviços e para operadores da indústria de óleo e gás é o fator impulsionador para a consolidação, no Brasil, de um dos principais polos tecnológicos dessa indústria no século XXI. Grandes fornecedores de bens e serviços instalam no país suas unidades de produção e também encontram espaço para gerar tecnologia localmente junto com os centros de pesquisa. A inovação direciona nossos esforços para a gestão de uma grande rede de desenvolvimento de tecnologias, baseada em território nacional e, ao mesmo tempo, articulada com os principais polos de excelência tecnológica da indústria de energia no mundo. Desde 2003, o Governo Federal vem implementando uma política de conteúdo local no setor de petróleo e gás natural com o objetivo de ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços. Para atender a esta política, nossa demanda de navios, plataformas, sondas e tudo que envolve a exploração e produção na área do pré-sal conta com nosso compromisso de aproveitarmos ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços. O investimento com a indústria nacional também é feito através de ações como o Prominp. A mão de obra qualificada é um desafio, mas também uma oportunidade. O Programa Nacional de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo (Prominp) já qualificou mais de 88 mil profissionais. A previsão é de que este número ultrapasse os 200 mil. Conclusão O pré-sal foi umas das maiores descobertas do Brasil, pois a sua área de exploração é bem ampla e também é um petróleo de boa qualidade. Essa descoberta gerará lucro tanto para o povo brasileiro quanto para a economia, pois está previsto que a população pagará mais barato pela gasolina utilizada nos veículos automotores, já que a quantidade de petróleo no Brasil aumentará, e também terá mais emprego e melhoria na qualidade de vida. A vantagem é que esse petróleo vai gerar um avanço imenso para o país, pois se as coisas evoluírem de uma maneira correta, o Brasil irá deixar de ser um país emergente para ser um país desenvolvido. Referências: Globo G1. Guia da carreira. Mundo Estranho. Wikipédia. Correio Braziliense. Agência Brasil. Equipe Brasil Escola.