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Acumulações e Origem do
Petróleo
A Terra
Núcleo, Manto e a Crosta (30 Km de
espessura).
Geologia: É a ciência que estuda a Terra, sua
composição, estrutura e história, sendo
parcialmente descritiva e parcialmente
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Idade: 4.5 bilhões de anos – divididos em três
Eons:
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Rochas
Agregado natural de um ou mais minerais.
ÍGNEAS: solidificação do magma. Granito e
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Arenitos, Siltitos, Folhelhos, Coquinas, Carbonatos (Cálcareos e
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METAMÓRFICAS: oriundas de ações físicas
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TERRÍGENAS (processos mecânicos)
Arenitos: grãos de quartzo sedimentados e
consolidados por compressão ou por cimento; não gera
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Carbonatos: Cálcareo e Dolomitas.
Transporte e Sistemas Deposicionais
Transporte: Ventos, rios, correntes
marinhas e geleiras.
– Correntes de turbidez: fortes correntes
marinhas que deslocam grandes massas no
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Sistemas Deposicionais: Continental
(glacial, fluvial, lacustre, eólico);
Transicionais (deltaico); Marinhos (leques
submarinos, turbidíticos).
Transporte e Sistemas Deposicionais
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Movimentos Tectônicos
A Deriva Continental: posição dos continentes
mudou ao longo do tempo, por translações
horizontais. Pangéia.
São movimentos internos da terra (deriva
continental e expansão dos oceanos) que
causam alterações na crosta terrestre, como
dobras, fraturas e falhas. Vulcões, terremotos,
tremores.
São os responsáveis pela formação de
armadilhas estruturais que armazenam
petróleo.
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Geologia Estrutural
Estruturas Tectônicas: Dobras Anticlinais ou
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Estruturas Sedimentares: Intrusões de sal
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Origem do Petróleo
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– O petróleo é encontrado em muitos lugares
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– A composição química do petróleo pode
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Origem do Petróleo
Teoria Inorgânica: petróleo é originado a
partir de materiais que foram incorporados
quando a terra foi formada, resultado de
ações químicas. As ocorrências estão mais
associadas a macro características da crosta
terrestre do que a depósitos sedimentares.
Origem do Petróleo
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processo térmico. Não pode sofrer processos de
oxidação (sedimentos de baixa permeabilidade,
inibidor da água circulante).
– Se fitoplâncton -> HC líquido
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Estágios de geração
Diagênese: T até 65oC, atividade bacteriana
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Catagênese: T até 165oC, quebra das
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Estágios de geração
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Condições necessárias à acumulação
Rocha Geradora: rica em matéria orgânica num
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matéria orgânica). O petróleo sai da rocha geradora
devido às altas pressões de compactação, migrando
para formações porosas e permeáveis. Folhelhos e
Calcilutitos.
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Rocha Capeadora: impermeável. Folhelhos, sais, basaltos.
Migração Primária e Secundária.
Condições necessárias à acumulação
Armadilhas ou Trapas: associação adequada de
rochas formando uma estrutura adequada ao
confinamento do óleo, formada antes da
migração primária.
– Estruturais: resultado de movimentos tectônicos
que originaram dobras e falhas, deformando as
camadas.
– Estratigráficas: resultado de mudanças nas
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Temperatura: 20 a 75 0C.
Condições necessárias à acumulação
Modelos de geração,
acumulação e migração de
óleo da Bacia de Campos.
Propriedades da rocha reservatório
Porosidade: espaço dentro da estrutura da
rocha que contém óleo ou gás. Expresso como
a percentagem do espaço aberto em relação
ao volume total através do símbolo φ.
– Porosidade inter-granular, vugular e fratura.
Permeabilidade: é a medição da interconexão
dos poros. Expressa em darcys e pela letra K.
Sofre efeito da cimentação.
Propriedades da rocha reservatório
Saturação dos Fluidos (Sw, So, Sg)
– a água salgada ocupava o espaço poroso no início do
soterramento,
– o processo de migração do petróleo deslocou
parcialmente a água.
– a água ocupa parte do volume poroso.
Permeabilidade Relativa (Krw, Kro, Krg)
– as fases óleo e água coexistem no espaço poroso.
– Kr estabelece a proporção de cada fase no fluxo
em função da saturação.
Propriedades da rocha reservatório
Microfotografia de uma rocha-reservatório contendo óleo.
Seção Geológica
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Seção Geológica
Seção geológica do Campo de Pampo, Bacia de Campos
Seção Geológica
Seção Geológica
Seção Sísmica
Bacias Brasileiras
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Referências
The Petroleum Industry - A Nontechnical Guide - Charles F. Conaway –
PennWell: 1999.
Modern Petroleum - A Basic Primer of the Industry - Bill D. Berger,
Kenneth E. Anderson – PennWell: 1992.
Searching For Oil and Gas in the Land of Giants – Schlumberger: 1998;
Fundamentos de engenharia de petróleo / José Eduardo Thomas,
organizador – Interciência: PETROBRÁS, 2001.
Decifrando a Terra / organizadores: Wilson Teixeira....[et al.] – São
Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Avaliação de Formações no Brasil / organizadores: Eduardo José
Viro....[et al.] – Schlumberger: 1985.

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Origem e Acumulação do Petróleo nas Bacias Brasileiras

  • 1. Acumulações e Origem do Petróleo
  • 2. A Terra Núcleo, Manto e a Crosta (30 Km de espessura). Geologia: É a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura e história, sendo parcialmente descritiva e parcialmente histórica. Geofísica; Sismologia. Idade: 4.5 bilhões de anos – divididos em três Eons: – Eon Arqueano; – Eon Proterozóico; – Eon Fanerozóico. Animais e Vegetais: 600 milhões de anos.
  • 8. Rochas Agregado natural de um ou mais minerais. ÍGNEAS: solidificação do magma. Granito e Basalto SEDIMENTARES: fragmentos de rochas, animais e vegetais; processos de erosão e sedimentação; apresenta estratificação. Arenitos, Siltitos, Folhelhos, Coquinas, Carbonatos (Cálcareos e Dolomitas). METAMÓRFICAS: oriundas de ações físicas ou químicas sobre outros tipos de rochas. Mármore, Ardósia.
  • 9. Rochas Sedimentares TERRÍGENAS (processos mecânicos) Arenitos: grãos de quartzo sedimentados e consolidados por compressão ou por cimento; não gera petróleo Folhelhos: decomposição de feldspatos; laminados devido a compressão. Impermeável e rico em matéria orgânica. Coquinas: solidificação de conchas, com permeabilidade muito boa. ENDOGÊNICAS (processos químicos) Carbonatos: Cálcareo e Dolomitas.
  • 10. Transporte e Sistemas Deposicionais Transporte: Ventos, rios, correntes marinhas e geleiras. – Correntes de turbidez: fortes correntes marinhas que deslocam grandes massas no oceano. Sistemas Deposicionais: Continental (glacial, fluvial, lacustre, eólico); Transicionais (deltaico); Marinhos (leques submarinos, turbidíticos).
  • 11. Transporte e Sistemas Deposicionais Modelo deposicional de turbiditos do Cretáceo na Bacia de Campos Modelo deposicional de turbiditos do Cretáceo na Bacia de Campos
  • 12. Movimentos Tectônicos A Deriva Continental: posição dos continentes mudou ao longo do tempo, por translações horizontais. Pangéia. São movimentos internos da terra (deriva continental e expansão dos oceanos) que causam alterações na crosta terrestre, como dobras, fraturas e falhas. Vulcões, terremotos, tremores. São os responsáveis pela formação de armadilhas estruturais que armazenam petróleo.
  • 15. Geologia Estrutural Estruturas Tectônicas: Dobras Anticlinais ou Sinclinais, Falhas Normais (distensão), Inversas (compressão) ou Transcorrentes. Estruturas Sedimentares: Intrusões de sal (Halocinese), Diápiros de Folhelhos (movimento ascendente das argilas devido a disposição diferencial), Discordâncias (descontinuidades).
  • 17. Origem do Petróleo Fatos a serem explicados: – O petróleo é encontrado em muitos lugares da crosta terrestre e em grandes quantidades; – O petróleo é encontrado em regiões cujo subsolo é constituído de grande quantidade de rochas sedimentares; – O petróleo é constituído basicamente por hidrocarbonetos, muito pouco comuns na natureza; sua composição química varia bastante e tem-se sempre grande acúmulo de gás presente;
  • 18. Origem do Petróleo – Quase todos os petróleos conhecidos mostram atividade ótica, sendo a maioria dextrógero. (Apenas organismos vivos são oticamente ativos); – No petróleo bruto estão presentes compostos que se decompõem acima de 200 ºC, o que leva a admitir que esta temperatura não tenha sido ultrapassada no processo de formação do petróleo; – A composição química do petróleo pode variar até mesmo de poço para poço em um mesmo campo produtor.
  • 19. Origem do Petróleo Teoria Inorgânica: petróleo é originado a partir de materiais que foram incorporados quando a terra foi formada, resultado de ações químicas. As ocorrências estão mais associadas a macro características da crosta terrestre do que a depósitos sedimentares.
  • 20. Origem do Petróleo Teoria Orgânica: – O tipo de petróleo é determinado pela constituição da matéria orgânica original e pela intensidade do processo térmico. Não pode sofrer processos de oxidação (sedimentos de baixa permeabilidade, inibidor da água circulante). – Se fitoplâncton -> HC líquido – Se material vegetal lenhoso -> HC gasoso.
  • 21. Estágios de geração Diagênese: T até 65oC, atividade bacteriana => querogêneo (metano bioquímico). Catagênese: T até 165oC, quebra das moléculas => hidrocarbonetos líquidos e gás Metagênese: T até 210oC, quebra das moléculas de HC líquidos => gás leve.
  • 23. Energia do Petróleo Resultado da captação da energia solar e transformação da matéria orgânica por temperatura e pressão (T e P).
  • 24. Condições necessárias à acumulação Rocha Geradora: rica em matéria orgânica num ambiente de baixa oxigenação (preservação da matéria orgânica). O petróleo sai da rocha geradora devido às altas pressões de compactação, migrando para formações porosas e permeáveis. Folhelhos e Calcilutitos. Rocha Reservatório: Rocha porosa e permeável. Arenitos, Calcarenitos, Coquinas. Rocha Capeadora: impermeável. Folhelhos, sais, basaltos. Migração Primária e Secundária.
  • 25. Condições necessárias à acumulação Armadilhas ou Trapas: associação adequada de rochas formando uma estrutura adequada ao confinamento do óleo, formada antes da migração primária. – Estruturais: resultado de movimentos tectônicos que originaram dobras e falhas, deformando as camadas. – Estratigráficas: resultado de mudanças nas disposição das camadas. Pinch-outs e truncamento. – Combinadas. Temperatura: 20 a 75 0C.
  • 26. Condições necessárias à acumulação Modelos de geração, acumulação e migração de óleo da Bacia de Campos.
  • 27. Propriedades da rocha reservatório Porosidade: espaço dentro da estrutura da rocha que contém óleo ou gás. Expresso como a percentagem do espaço aberto em relação ao volume total através do símbolo φ. – Porosidade inter-granular, vugular e fratura. Permeabilidade: é a medição da interconexão dos poros. Expressa em darcys e pela letra K. Sofre efeito da cimentação.
  • 28. Propriedades da rocha reservatório Saturação dos Fluidos (Sw, So, Sg) – a água salgada ocupava o espaço poroso no início do soterramento, – o processo de migração do petróleo deslocou parcialmente a água. – a água ocupa parte do volume poroso. Permeabilidade Relativa (Krw, Kro, Krg) – as fases óleo e água coexistem no espaço poroso. – Kr estabelece a proporção de cada fase no fluxo em função da saturação.
  • 29. Propriedades da rocha reservatório Microfotografia de uma rocha-reservatório contendo óleo.
  • 30. Seção Geológica Seção geológica do Campo de Badejo, Bacia de Campos
  • 31. Seção Geológica Seção geológica do Campo de Pampo, Bacia de Campos
  • 37. Referências The Petroleum Industry - A Nontechnical Guide - Charles F. Conaway – PennWell: 1999. Modern Petroleum - A Basic Primer of the Industry - Bill D. Berger, Kenneth E. Anderson – PennWell: 1992. Searching For Oil and Gas in the Land of Giants – Schlumberger: 1998; Fundamentos de engenharia de petróleo / José Eduardo Thomas, organizador – Interciência: PETROBRÁS, 2001. Decifrando a Terra / organizadores: Wilson Teixeira....[et al.] – São Paulo: Oficina de Textos, 2000. Avaliação de Formações no Brasil / organizadores: Eduardo José Viro....[et al.] – Schlumberger: 1985.