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Universidade inovadora: desafios e
oportunidades para a educação superior - 5i´s
para IES contemporâneas.
Roberto C. S. Pacheco
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
Universidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSC
Instituto Stela – Pesquisador fundador
pacheco@egc.ufsc.br
30 de novembro de 2015.
Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ
João Pessoa – PB
Agenda
Quem somos
Histórico e Tendências nos sistemas universitários (UE e EUA)
 Interdisciplinaridade
 Inovação
 Inter-institucionalização
 Internacionalização
 Informação
Quem somos – EGC/UFSC
Programa de PG em Engenharia e
Gestão do Conhecimento
EGC/UFSC - 1995-2005
Criado em 2004
35 Doutores de diversas áreas
(Psicologia, Administração, Engenharias, Computação, Semiótica, Educação)
700 candidatos para 60 ingressantes por ano
(30 mestrado e 30 doutorado)
Conceito 5 na CAPES
+ de 200 doutores e + de 200 mestres
CAInter
AVALIAÇÃO
Quem somos – Instituto Stela
Grupo Stela
PPGEP/UFSC
1995-2005
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2001-2003
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1290 – 1350
Encontros acadêmicos
1810 – Humboldt
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1963
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Prática é indissociável do ensino e da
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http://www.educationengland.org.uk/documents/robbins/robbins1963.html
Espaço europeu de ensino superior
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Encontros acadêmicos
1810 – Humboldt
Universidade de Berlim
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As políticas nacionais permanecem muito importantes, mesmo depois de muito
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Deve haver foco na definição de prioridades, uso de TIC, políticas coordenadas,
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70% das IES europeias consideram a internacionalização sua principal política: mobilidade, colaboração, atração
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MOOCs (2014). Gamefication (2016); 3D Printing (2018). Exames online são uma grande tendência
Openness – open data, open content and transparency
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Aplicabilidade do aprendizado e empregabilidade do aluno
http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web
Estruturas organizacionais
Preparação e avaliação de docentes.
Criação de espaços comuns (coworking).
Suporte constante aos estudantes
1290 – 1350
Encontros acadêmicos
1810 – Humboldt
Universidade de Berlim
1963
Robbins Report
1999
Acordo de Bolonha
5 Higher-Ed Trends for
2014
Queda de investimento público, mudanças demográficas, tecnologias avançadas e
um Mercado de trabalho cada vez mais complex..
Sophie Quinton, Dezembro de 2013
Redução de recursos impacta na demanda por resultados
Administração Obama solicita o “aprendizado baseado em competências”. Estudantes trocam de espaço da sala de
aula para seu próprio espaço de aprendizagem com acesso a emprego durante o processo de aprendizagem
Tendências (EUA - Cenários)
Carreira e Habilidades Técnicas
High Schools, Colleges e empresas estão se unindo para ampliar as habilidades dos estudantes. Aprendizagem e
acesso a emprego convergiram
Excesso de empréstimos estudantis
Estudantes americanos devem 1 trilhão de dólares. Houve grande queda em credito disponível para a formação.
Colleges devem ser mais efetivo e menos custosos
http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web
Efetividade docente
Professores começarão a ser recompensados pela efetividade de seu aprendizado.
Debate: o quanto a avaliação docente deve estar ligada à performance do aluno x segurança de emprego.
Cuidados redobrados com o recrutamento de docentes.
Tendências (EUA - Reflexões)
1290 – 1350
Encontros acadêmicos
1810 – Humboldt
Universidade de Berlim
1963
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Universidades Inovadoras
Hoje o Desafio da Universidade Tradicional é mudar de modo a
diminuir seu preço e a crescer sua contribuição para os estudantes
e para a sociedade.
Christensen e Eyring, 2014
Liberdade e utilidade
Não são escadas e sim cenários.
IES não podem ficar sujeitas a um modelo único e
hierárquico de avaliação.
Reconhecimento estará na qualidade do egresso
Otimismo cauteloso
É muito difícil para IES tradicionais realizar
inovações disruptivas. Professores motivados são
agentes-chave
Poda e foco
Somente sobreviverão as IES que reconhecerem
seus pontos fortes e realizarem inovações com
otimismo, com desempenho reconhecido por seus
estudantes e comunidade
Interdisciplinaridade
1º “I” para Universidades contemporâneas
The world has problems, but universities have departments
Garry D Brewer (1999)
Reconhecimento à Disciplinaridade
Disciplinaridade
Foi uma resposta
fundamental à visão
secular de que fé e razão
eram inseparáveis.
Fonte: Pacheco 2014
http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
Reconhecimento à Disciplinaridade
Disciplinaridade
Foi responsável por
diversas conquistas:
Expectativa de vida
Alimentação
Acesso à informação
...
Esta última já fruto da
multidisciplinaridade
Fonte: Pacheco 2014
http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
Limites da Disciplinaridade
Fonte: Pacheco 2014
http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
Complexidade
A disciplinaridade é
incapaz de resolver os
problemas complexos
que gerou
Mobilidade
Poluição e clima
Pobreza e desigualdade
...
Ampliando os limites da Disciplinaridade
Fonte: Pacheco 2015
http://pt.slideshare.net/rpacheco/coproduo-e-cocriao-em-cincia
Níveis de integração e atores
de conhecimento
diferenciam os três tipos de
interdisciplinaridade
Exemplos de IES Interdisciplinares
Montana University Learning Commons
http://www.lib.umt.edu/commons/#tour9
Learning Lab
University of Queensland
https://www.pinterest.com/pin/474074298246476402/
Media Production Center – Columbia College
https://www.pinterest.com/duboisclaire/media/
Implicações da Interdisciplinaridade na
Educação Superior
No Plano pedagógico
 Novos currículos
 Aprendizado não linear (quebra de requisitos)
 Aprendizado e Resolução de Problemas
 Convivência de múltiplos docentes
 Uso intensivo de Web 3.0
 Formação empreendedora
Nas estruturas organizacionais
 Fim das estruturas departamentalizadas
 Fim da hierarquia e da ortodoxia
 Mobilidade discente e docente
 Contração baseada em competência
https://twitter.com/NewPedagogies
Implicações da Interdisciplinaridade na
Educação Superior
Na Pesquisa
 Novos frameworks
(ex. Ground Theory, Pesquisa-ação)
 Coprodução em ciência
Ciência com a sociedade e não para ela
 Avaliação de saída, resultados e impactos
Nas relações com a sociedade
 Transdisciplinaridade e Extensão
 Relações universidade-empresa
 Avaliação de impacto sócio-econômico
 Capital relacional da universidade (ex. Portal de Egressos)
Interdisciplinaridade no Brasil
 CAInter CAPES
 370 cursos
 Mais de 5% dos formados de PG
 PNPG 2011-2020
• Capítulo dedicado à ID
 REUNI
• Bacharelados Interdisciplinares
 Universidades Interdisciplinares
• UFABC
• UFFS
Interdisciplinaridade no Brasil
 FOPROP 2015
 Interdisciplinaridade entrou na
agenda das IES do País:
1. Identificar avanços e desafios para
ID no EnsPesqExt
2. Papel das agências de fomento na
promoção da ID
3. Evitar exigir diploma disciplinar em
processos seletivos
4. Promover ID em diversos níveis
5. Avaliação deve valorizar
experiências ID
6. Inter-institucionalização
Inovação
2º “I” para Universidades contemporâneas
Inovação: O que é?
Inovação
Curtis Carlson
SRI - Stanford Research Institute
Definição completa de inovação que destaca que:
• Inovar é criar e entregar valor
• Quem avalia o valor é beneficiário
• Só há inovação com modelo de negócio sustentável associado
Criação e entrega de um novo valor a um
mercado, com um modelo de negócios
sustentável para produzi-lo.
Inovação: Papel da Universidade
Na criação de valor
 Recursos humanos qualificados
 Conhecimento científico de ponta
 Conhecimento tecnológico
 Aplicabilidade e resolução de problemas
 Mudança de patamares tecnológicos
 Formação empreendedora
Na valoração e sustentabilidade
 Comunicação com a sociedade
 Confiança do consumidor (prestígio)
 Relações com setor empresarial
 Impacto social da inovação
Empresas
Governo
Academia
Fonte: Pacheco et. al, 2013
Inovação: Universidade como beneficiária
Onde inovar na universidade?
 Nas estruturas curriculares
 Nas estruturas organizacionais
 Nos mecanismos de mobilidade docente e discente
 Na forma de integração entre docentes e cursos
 Nos instrumentos de cooperação (capital relacional)
 No ambiente e na cultura organizacional
 Nos instrumentos de contratação docente
 Na comunicação com a sociedade (marketing, redes sociais)
Fatores impeditivos
 Cultura e tradição
 Regulação (excessiva) ou Insuficiente (ex. Lei de Inovação x PEC 77)
 Supervalorização de seu papel no sistema de CT&I
 Impacto social da inovação
Innovation is today the crucial source of effective
competition of economic development and the
transformation of the society. Does this renaissance
extended to educational sector? The answer must
be “not yet”.
OECD Report 2004
Inter-institucionalização
3º “I” para Universidades contemporâneas
Inter-institucionalização: O que é?
Inter-institucionalização
Interligação de saberes via parcerias entre as
universidades, organizações do setor público,
empresas e sociedade civil, com benefícios e
impactos à forma com que cada parceiro cumpre
sua missão.
 Qual é a missão e que responsabilidades cada ator de nossos
sistemas regionais e nacional de CT&I devem assumir?
 Suas estruturas e operações atuais estão adequadas?
 Como devem ser as relações:
 G2B G2U G2G
 B2B B2U B2B
 U2G U2B U2U
Governo Academia Empresas
B2U Que competências as empresas esperam
receber de egressos das universidades?
Inter-institucionalização: Como fazer?
“Não queremos funcionários que façam apenas o que mandam. Eles
podem até se negar a realizar alguma atividade quando avaliam que
não há condições de segurança”,
http://www.elektro.com.br/Default.aspx
Carlos Alberto dos Santos
Gerente executivo de recursos humanos
(...) algo na Perkins já faz parte de sua cultura há tempos: a
capacidade que a organização tem de ouvir os profissionais. (...)
Os líderes são obrigados a responder a todas elas, mesmo as que
não forem aplicadas.
“Nenhuma opinião pode ser ignorada”.
Lucas Rossi, Revista VoceSA 01/09/2012
Tudo é comemorado: do Dia do Operador de Call Center ao
Natal. As mulheres ocupam 30% dos cargos de liderança, um
percentual alto no setor.
Ursula Alonso Manso, Revista VoceSA 01/09/2012
Exemplo U-B: que competências as empresas esperam?
Críticas: universidade no banco dos réus
 Parcerias requerem que todos
sejam efetivos.
 Em que pese críticas que possam
ser dirigidas a governo e mesmo
ao setor empresarial, é
fundamental que a universidade
tenha autocrítica sobre como
vem desempenhando seu papel
na percepção dos demais atores
sociais.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=89555
http://oglobo.globo.com/economia/universidade-falha-no-preparo-profissional-6474340
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/09/1339699-baixa-internacionalizacao-de-universidades-e-
falha-gritante-diz-pesquisador.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,discriminacao-entre-cursos-presenciais-e-a-distancia-tende-
a-se-tornar-obsoleta,650177,0.htm
http://www.howtobeadad.com/wp-content/uploads/2012/06/Wrong-101-Header.jpg
Onde melhorar: exemplos de fatores que devem ser
superados (reforçados) no ambiente acadêmico
Internacionalização
4º “I” para Universidades contemporâneas
Today a good internationasation strategy positions a
university in the global knowledge production networks.
Andree Sursock (2015)
Internacionalização: O que é?
Internacionalização
Processo que visa tornar a universidade uma instituição
internacional tanto em sua formação como na produção
e aplicação de conhecimentos.
Internacionalização das IES européias
 Intercâmbios de alunos e
professores
 Redes internacionais
 Atuar em outras regiões
(principalmente Africa)
 E-learning, incluindo
MOOCS devem crescer
Internacionalização: Como fazer?
Desafio atual
 Alto custo econômico
 Redução de credibilidade do País
 Compreender que resultados vêm no médio e longo
prazos
Mecanismos ágeis
 Participação de docentes estrangeiros em aulas por
videoconferência
 Participação virtual em eventos internacionais
 Internacionalização de eventos por uso da
videoconferência para palestrantes estrangeiros
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parcerias com empresas e outras universidades
(“talent share”)
No Brasil, o maior desafio da internacionalização
surge agora com a crise econômica que se abate
sobre o País. Indicadores de mobilidade, participação
em eventos internacionais, comissões, entre outros.
Será necessário criatividade.
Informação
5º “I” para Universidades contemporâneas
Informação: O que e por que
Gestão da Informação
Planejar, desenvolver e utilizar informação são desafios e
necessidades à efetiva tomada de decisão e à operação de uma
universidade. As questões centrais são:
1. Que informações são necessárias?
2. Que informações deve-se gerar e quais se deve acessar?
3. Como gerar, manter, evoluir e descartar?
4. Que soluções devem ser adquiridas/criadas?
5. Que condições de contexto devo respeitar
(ex. MEC/INEP, CAPES, CNPq, FINEP, etc)?
Considerações Finais
Síntese e mensagem final
Considerações finais
Fatores indutores de mudanças
Interdisciplinaridade
integração de saberes
Inovação
Protagonista do desenvolvimento
socioeconômico
Inter-institucionalidade
Relacionamentos entre universidades,
com empresas, governo e com
sociedade
Internacionalização
Partícipe da rede global de
conhecimento
Informação
Insumo estratégico para que a
universidade realize
adequadamente sua operação e
seu posicionamento estratégico
Efeitos em planejamento estratégico: IES devem considerar o impacto destas 5 dimensões em se
planejamento estratégico, de modo transversal. Como cada “i” afeta o ensino, a pesquisa e a extensão e
de que maneira seus projetos e indicadores fortalecerão e se valerão destas tendências.
Considerações finais
Uma universidade inovadora é:
Mantém-se
conectada às
tendências
internacionais em
educação,
pesquisa e
extensão (ex.
Interdisciplinarida
Está sempre
disposta a buscar
melhoria em seus
processos
pedagógicos,
institucionais,
metodológicos e
instrumentais.
Respeita seu
contexto
regulatório, mas
não o utiliza como
bloqueio a
avanços em áreas
ainda não
regulamentadas (e
Busca sempre
desenvolver sua
agenda ensino,
pesquisa e
extensão em
efetiva parceria e
coprodução com
todos os demais
Forma egressos com
competências e
fundamentos
alinhados com as
demandas
contemporâneas de
visão sistêmica e
geradora de valor.
Universidade inovadora: desafios e
oportunidades para a educação superior - 5i´s
para IES contemporâneas.
Roberto C. S. Pacheco
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
Universidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSC
Instituto Stela – Pesquisador fundador
pacheco@egc.ufsc.br
MUITO OBRIGADO!
30 de novembro de 2015.
Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ
João Pessoa – PB

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Universidades Inovadoras

  • 1. Universidade inovadora: desafios e oportunidades para a educação superior - 5i´s para IES contemporâneas. Roberto C. S. Pacheco Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Universidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSC Instituto Stela – Pesquisador fundador pacheco@egc.ufsc.br 30 de novembro de 2015. Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ João Pessoa – PB
  • 2. Agenda Quem somos Histórico e Tendências nos sistemas universitários (UE e EUA)  Interdisciplinaridade  Inovação  Inter-institucionalização  Internacionalização  Informação
  • 3. Quem somos – EGC/UFSC Programa de PG em Engenharia e Gestão do Conhecimento EGC/UFSC - 1995-2005 Criado em 2004 35 Doutores de diversas áreas (Psicologia, Administração, Engenharias, Computação, Semiótica, Educação) 700 candidatos para 60 ingressantes por ano (30 mestrado e 30 doutorado) Conceito 5 na CAPES + de 200 doutores e + de 200 mestres CAInter AVALIAÇÃO
  • 4. Quem somos – Instituto Stela Grupo Stela PPGEP/UFSC 1995-2005 Instituto Stela Desde 2005 11 países 2001-2003 201220082007
  • 5. Breve Histórico 1290 – 1350 Encontros acadêmicos 1810 – Humboldt Universidade de Berlim 1963 Robbins Report 1999 Acordo de Bolonha Universidade = Ensino + Pesquisa Veículo de avanço do conhecimento e de investigação crítica e não somente lugar de transmissão de conhecimentos do passado. Prática é indissociável do ensino e da pesquisa Universidades britânicas deveriam ser menos elitistas. Pesquisa e educação são indissociáveis. Necessidade de múltiplos investimentos e planejamento http://www.educationengland.org.uk/documents/robbins/robbins1963.html Espaço europeu de ensino superior Compatibilidade e comparabilidade entre os sistemas de ES Sistema com graus acadêmicos de fácil equivalência Baseado em pré-licenciatura e a pós-licenciatura Incentivar a mobilidade de estudantes De professores, investigadores e pessoal administrativo Cooperação inter-governamental Será o suficiente para as gerações X e Y?
  • 6. 1290 – 1350 Encontros acadêmicos 1810 – Humboldt Universidade de Berlim 1963 Robbins Report 1999 Acordo de Bolonha Learning and Teaching in European Universities Trends 2015 As políticas nacionais permanecem muito importantes, mesmo depois de muito esforço de integração como o do acordo de Bolonha. Deve haver foco na definição de prioridades, uso de TIC, políticas coordenadas, instrumentos e abordagens comuns (…) com confiança construída entre os atores. Sursock, 2015 Internacionalização do aprendizado 70% das IES europeias consideram a internacionalização sua principal política: mobilidade, colaboração, atração de estudantes, aulas em inglês, financiamento adicional, Tendências (Europa) Estratégias de e-Learning Oferecer flexibilidade e oportunidade aos alunos MOOCs (2014). Gamefication (2016); 3D Printing (2018). Exames online são uma grande tendência Openness – open data, open content and transparency Mudanças conceituais no ensino Metas de Aprendizagem. Cooperação entre docentes. Aplicabilidade do aprendizado e empregabilidade do aluno http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web Estruturas organizacionais Preparação e avaliação de docentes. Criação de espaços comuns (coworking). Suporte constante aos estudantes
  • 7. 1290 – 1350 Encontros acadêmicos 1810 – Humboldt Universidade de Berlim 1963 Robbins Report 1999 Acordo de Bolonha 5 Higher-Ed Trends for 2014 Queda de investimento público, mudanças demográficas, tecnologias avançadas e um Mercado de trabalho cada vez mais complex.. Sophie Quinton, Dezembro de 2013 Redução de recursos impacta na demanda por resultados Administração Obama solicita o “aprendizado baseado em competências”. Estudantes trocam de espaço da sala de aula para seu próprio espaço de aprendizagem com acesso a emprego durante o processo de aprendizagem Tendências (EUA - Cenários) Carreira e Habilidades Técnicas High Schools, Colleges e empresas estão se unindo para ampliar as habilidades dos estudantes. Aprendizagem e acesso a emprego convergiram Excesso de empréstimos estudantis Estudantes americanos devem 1 trilhão de dólares. Houve grande queda em credito disponível para a formação. Colleges devem ser mais efetivo e menos custosos http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web Efetividade docente Professores começarão a ser recompensados pela efetividade de seu aprendizado. Debate: o quanto a avaliação docente deve estar ligada à performance do aluno x segurança de emprego. Cuidados redobrados com o recrutamento de docentes.
  • 8. Tendências (EUA - Reflexões) 1290 – 1350 Encontros acadêmicos 1810 – Humboldt Universidade de Berlim 1963 Robbins Report 1999 Acordo de Bolonha Universidades Inovadoras Hoje o Desafio da Universidade Tradicional é mudar de modo a diminuir seu preço e a crescer sua contribuição para os estudantes e para a sociedade. Christensen e Eyring, 2014 Liberdade e utilidade Não são escadas e sim cenários. IES não podem ficar sujeitas a um modelo único e hierárquico de avaliação. Reconhecimento estará na qualidade do egresso Otimismo cauteloso É muito difícil para IES tradicionais realizar inovações disruptivas. Professores motivados são agentes-chave Poda e foco Somente sobreviverão as IES que reconhecerem seus pontos fortes e realizarem inovações com otimismo, com desempenho reconhecido por seus estudantes e comunidade
  • 9. Interdisciplinaridade 1º “I” para Universidades contemporâneas The world has problems, but universities have departments Garry D Brewer (1999)
  • 10. Reconhecimento à Disciplinaridade Disciplinaridade Foi uma resposta fundamental à visão secular de que fé e razão eram inseparáveis. Fonte: Pacheco 2014 http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
  • 11. Reconhecimento à Disciplinaridade Disciplinaridade Foi responsável por diversas conquistas: Expectativa de vida Alimentação Acesso à informação ... Esta última já fruto da multidisciplinaridade Fonte: Pacheco 2014 http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
  • 12. Limites da Disciplinaridade Fonte: Pacheco 2014 http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira Complexidade A disciplinaridade é incapaz de resolver os problemas complexos que gerou Mobilidade Poluição e clima Pobreza e desigualdade ...
  • 13. Ampliando os limites da Disciplinaridade Fonte: Pacheco 2015 http://pt.slideshare.net/rpacheco/coproduo-e-cocriao-em-cincia Níveis de integração e atores de conhecimento diferenciam os três tipos de interdisciplinaridade
  • 14. Exemplos de IES Interdisciplinares Montana University Learning Commons http://www.lib.umt.edu/commons/#tour9 Learning Lab University of Queensland https://www.pinterest.com/pin/474074298246476402/ Media Production Center – Columbia College https://www.pinterest.com/duboisclaire/media/
  • 15. Implicações da Interdisciplinaridade na Educação Superior No Plano pedagógico  Novos currículos  Aprendizado não linear (quebra de requisitos)  Aprendizado e Resolução de Problemas  Convivência de múltiplos docentes  Uso intensivo de Web 3.0  Formação empreendedora Nas estruturas organizacionais  Fim das estruturas departamentalizadas  Fim da hierarquia e da ortodoxia  Mobilidade discente e docente  Contração baseada em competência https://twitter.com/NewPedagogies
  • 16. Implicações da Interdisciplinaridade na Educação Superior Na Pesquisa  Novos frameworks (ex. Ground Theory, Pesquisa-ação)  Coprodução em ciência Ciência com a sociedade e não para ela  Avaliação de saída, resultados e impactos Nas relações com a sociedade  Transdisciplinaridade e Extensão  Relações universidade-empresa  Avaliação de impacto sócio-econômico  Capital relacional da universidade (ex. Portal de Egressos)
  • 17. Interdisciplinaridade no Brasil  CAInter CAPES  370 cursos  Mais de 5% dos formados de PG  PNPG 2011-2020 • Capítulo dedicado à ID  REUNI • Bacharelados Interdisciplinares  Universidades Interdisciplinares • UFABC • UFFS
  • 18. Interdisciplinaridade no Brasil  FOPROP 2015  Interdisciplinaridade entrou na agenda das IES do País: 1. Identificar avanços e desafios para ID no EnsPesqExt 2. Papel das agências de fomento na promoção da ID 3. Evitar exigir diploma disciplinar em processos seletivos 4. Promover ID em diversos níveis 5. Avaliação deve valorizar experiências ID 6. Inter-institucionalização
  • 19. Inovação 2º “I” para Universidades contemporâneas
  • 20. Inovação: O que é? Inovação Curtis Carlson SRI - Stanford Research Institute Definição completa de inovação que destaca que: • Inovar é criar e entregar valor • Quem avalia o valor é beneficiário • Só há inovação com modelo de negócio sustentável associado Criação e entrega de um novo valor a um mercado, com um modelo de negócios sustentável para produzi-lo.
  • 21. Inovação: Papel da Universidade Na criação de valor  Recursos humanos qualificados  Conhecimento científico de ponta  Conhecimento tecnológico  Aplicabilidade e resolução de problemas  Mudança de patamares tecnológicos  Formação empreendedora Na valoração e sustentabilidade  Comunicação com a sociedade  Confiança do consumidor (prestígio)  Relações com setor empresarial  Impacto social da inovação Empresas Governo Academia Fonte: Pacheco et. al, 2013
  • 22. Inovação: Universidade como beneficiária Onde inovar na universidade?  Nas estruturas curriculares  Nas estruturas organizacionais  Nos mecanismos de mobilidade docente e discente  Na forma de integração entre docentes e cursos  Nos instrumentos de cooperação (capital relacional)  No ambiente e na cultura organizacional  Nos instrumentos de contratação docente  Na comunicação com a sociedade (marketing, redes sociais) Fatores impeditivos  Cultura e tradição  Regulação (excessiva) ou Insuficiente (ex. Lei de Inovação x PEC 77)  Supervalorização de seu papel no sistema de CT&I  Impacto social da inovação Innovation is today the crucial source of effective competition of economic development and the transformation of the society. Does this renaissance extended to educational sector? The answer must be “not yet”. OECD Report 2004
  • 23. Inter-institucionalização 3º “I” para Universidades contemporâneas
  • 24. Inter-institucionalização: O que é? Inter-institucionalização Interligação de saberes via parcerias entre as universidades, organizações do setor público, empresas e sociedade civil, com benefícios e impactos à forma com que cada parceiro cumpre sua missão.
  • 25.  Qual é a missão e que responsabilidades cada ator de nossos sistemas regionais e nacional de CT&I devem assumir?  Suas estruturas e operações atuais estão adequadas?  Como devem ser as relações:  G2B G2U G2G  B2B B2U B2B  U2G U2B U2U Governo Academia Empresas B2U Que competências as empresas esperam receber de egressos das universidades? Inter-institucionalização: Como fazer?
  • 26. “Não queremos funcionários que façam apenas o que mandam. Eles podem até se negar a realizar alguma atividade quando avaliam que não há condições de segurança”, http://www.elektro.com.br/Default.aspx Carlos Alberto dos Santos Gerente executivo de recursos humanos (...) algo na Perkins já faz parte de sua cultura há tempos: a capacidade que a organização tem de ouvir os profissionais. (...) Os líderes são obrigados a responder a todas elas, mesmo as que não forem aplicadas. “Nenhuma opinião pode ser ignorada”. Lucas Rossi, Revista VoceSA 01/09/2012 Tudo é comemorado: do Dia do Operador de Call Center ao Natal. As mulheres ocupam 30% dos cargos de liderança, um percentual alto no setor. Ursula Alonso Manso, Revista VoceSA 01/09/2012 Exemplo U-B: que competências as empresas esperam?
  • 27. Críticas: universidade no banco dos réus  Parcerias requerem que todos sejam efetivos.  Em que pese críticas que possam ser dirigidas a governo e mesmo ao setor empresarial, é fundamental que a universidade tenha autocrítica sobre como vem desempenhando seu papel na percepção dos demais atores sociais.
  • 29. Internacionalização 4º “I” para Universidades contemporâneas Today a good internationasation strategy positions a university in the global knowledge production networks. Andree Sursock (2015)
  • 30. Internacionalização: O que é? Internacionalização Processo que visa tornar a universidade uma instituição internacional tanto em sua formação como na produção e aplicação de conhecimentos.
  • 31. Internacionalização das IES européias  Intercâmbios de alunos e professores  Redes internacionais  Atuar em outras regiões (principalmente Africa)  E-learning, incluindo MOOCS devem crescer
  • 32. Internacionalização: Como fazer? Desafio atual  Alto custo econômico  Redução de credibilidade do País  Compreender que resultados vêm no médio e longo prazos Mecanismos ágeis  Participação de docentes estrangeiros em aulas por videoconferência  Participação virtual em eventos internacionais  Internacionalização de eventos por uso da videoconferência para palestrantes estrangeiros  Atração de talentos internacionais com programas em parcerias com empresas e outras universidades (“talent share”) No Brasil, o maior desafio da internacionalização surge agora com a crise econômica que se abate sobre o País. Indicadores de mobilidade, participação em eventos internacionais, comissões, entre outros. Será necessário criatividade.
  • 33. Informação 5º “I” para Universidades contemporâneas
  • 34. Informação: O que e por que Gestão da Informação Planejar, desenvolver e utilizar informação são desafios e necessidades à efetiva tomada de decisão e à operação de uma universidade. As questões centrais são: 1. Que informações são necessárias? 2. Que informações deve-se gerar e quais se deve acessar? 3. Como gerar, manter, evoluir e descartar? 4. Que soluções devem ser adquiridas/criadas? 5. Que condições de contexto devo respeitar (ex. MEC/INEP, CAPES, CNPq, FINEP, etc)?
  • 36. Considerações finais Fatores indutores de mudanças Interdisciplinaridade integração de saberes Inovação Protagonista do desenvolvimento socioeconômico Inter-institucionalidade Relacionamentos entre universidades, com empresas, governo e com sociedade Internacionalização Partícipe da rede global de conhecimento Informação Insumo estratégico para que a universidade realize adequadamente sua operação e seu posicionamento estratégico Efeitos em planejamento estratégico: IES devem considerar o impacto destas 5 dimensões em se planejamento estratégico, de modo transversal. Como cada “i” afeta o ensino, a pesquisa e a extensão e de que maneira seus projetos e indicadores fortalecerão e se valerão destas tendências.
  • 37. Considerações finais Uma universidade inovadora é: Mantém-se conectada às tendências internacionais em educação, pesquisa e extensão (ex. Interdisciplinarida Está sempre disposta a buscar melhoria em seus processos pedagógicos, institucionais, metodológicos e instrumentais. Respeita seu contexto regulatório, mas não o utiliza como bloqueio a avanços em áreas ainda não regulamentadas (e Busca sempre desenvolver sua agenda ensino, pesquisa e extensão em efetiva parceria e coprodução com todos os demais Forma egressos com competências e fundamentos alinhados com as demandas contemporâneas de visão sistêmica e geradora de valor.
  • 38. Universidade inovadora: desafios e oportunidades para a educação superior - 5i´s para IES contemporâneas. Roberto C. S. Pacheco Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Universidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSC Instituto Stela – Pesquisador fundador pacheco@egc.ufsc.br MUITO OBRIGADO! 30 de novembro de 2015. Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ João Pessoa – PB

Notas do Editor

  1. Objetivos: discutir tópicos fundamentais para as IES contemporâneas, incluindo Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade, Inovação, Extensão e relação com a sociedade, Formação empreendedora, Inter-institucionalidade e a necessidade das IES estarem conectadas aos sistemas institucionais regional, nacional e internacional (onde mencionarei os sistemas MEC/INEP e CAPES), Estruturas e Cultura acadêmicas que facilitam (ou dificultam) esses elementos.
  2. Atualmente coordenamos o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (EGC/UFSC). O Programa foi fundado em 2004 na área interdisciplinar da CAPES e é composto por três áreas de concentração – Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento. É formado por quadro docente com professores de 10 departamentos de 7 centros da universidade e trabalha com três paradigmas de conhecimento – autopoietico, conexionista e cognitivista. Em relação à visão que apresentamos sobre inovação e universidade, salientamos a oportunidade que o EGC/UFSC nos trouxe em fazer parte da equipe de avaliação de diferentes organizações, particularmente na CAPES.
  3. Em 2002 fomos o pesquisador instituidor do Instituto Stela, organização sem fins econômicos de pesquisa e desenvolvimento de soluções em sistemas de informação e conhecimento. A exemplo do EGC/UFSC, o Instituto Stela também é originário do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSC (PPGEP/UFSC). Naquele programa o Grupo Stela criou um sistema de secretaria de pós-graduação que integrou os sistemas de CAPES e CNPq e chamou a atenção desse último, que firmou parceria que levou à concepção e criação da Plataforma Lattes do CNPq, que chegou a ser levada a 11 países. O Instituto foi criado com o objetivo era criar uma organização que mantivesse a missão ligada à P&D, mas com a capacidade de governança e profissionalismo que os novos projetos exigiam. Passados 13 anos, o Instituto mantém soluções próprias, ampliou seus projetos com o Estado e tem sistemas de inovação aberta com o setor empresarial.
  4. A história das universidades pode ser divida no período pré e pós a visão Humboldtiana de ensino superior. Na geração anterior, incluindo o período escolástico e as primeiras universidades (como a de Coimbra, de 1290), o ensino se baseava na reunião de pessoas detentoras de conhecimento e na transferência desses conhecimentos em processo de tutoria e aprendizado direto. A partir de Humboldt, na Universidade de Berlim, o ensino superior se fundamentou na tríplice missão da universidade de não só transmitir conhecimentos (ensino), mas também cria-los (via pesquisa) e leva-lo à sociedade (extensão), como parte do ciclo de aprendizagem e formação. Em 1963 o Relatório Robbins criticou o sistema acadêmico inglês vigente que se tornara elitista e caro. Ele redefiniu o papel do ensino universitário no desenvolvimento da nação e garantiu investimentos e ampliação do acesso. Em 1999, como parte do processo integração da Europa, propõe integração de currículos, mobilidade e comparabilidade, entre diversos outros instrumentos de integração.
  5. A EUA (Associação Européia de Universidades) acaba de publicar atualização de seu relatório de tendências no sistema universitário europeu, deduzidas a partir de questionário a cerca de 300 universidades de todo o continente. Entre os diversos resultados desta pesquisa, destacamos a busca pela internacionalização (mais de 70% das IES), as diferentes estratégicas adotadas para o avanço do e-learning, as mudanças conceituais no ensino que estão em curso na Europa e o impacto nas estruturas organizacionais das universidades.
  6. Nos Estados Unidos, além de diversos estudos acadêmicos que discutem o quadro de tendências para o ensino universitário, o tema é de interesse da sociedade e da mídia. Um exemplo está na visão apresentada pela jornalista Sophie Quinton, em dezembro de 2013, que destaca os impactos da redução do financiamento público na necessidade de avaliação de resultados da educação superior, que exige a formação de profissionais de carreira com habilidades técnicas, os efeitos do excesso de empréstimo estudantil passado sobre esta mesma exigência por resultados e, entre as mudanças necessárias, a avaliação docente baseada nos resultados dos alunos.
  7. Entre as obras que discutem os pontos de Sophie e v´´arios outros na universidade contemporânea americana destacamos o livro “Universidade Inovadora” de Christensen e Eyring (2014). Ao analisarem a evolução do sistema acadêmico americano e quase obsessiva busca por padrões de qualidade em instituições como Harvard, os autores chegam à conclusão que o sistema se tornou caro e de difícil expansão e resultados. A partir da análise de uma gama de experiências contemporâneas de inovações nas estruturas e missões universitárias, os autores concluem pela necessidade de mudanças. Seu quadro resumo é que o novo sistema só surgirá a partir da mudança de cada universidade, sem um modelo único e hierárquico de avaliação. Indicam ter um otimismo cauteloso em relação à capacidade das IES de aceitarem inovações disruptivas e indicam a necessidade de que as IES se mantenham focadas e criem sistemas de avaliação baseados na percepção de qualidade de sua própria comunidade-alvo.
  8. Interdisciplinaridade pode ser entendida como inter-relações entre distintos campos, disciplinas ou ramos do conhecimento, na busca por novas respostas para problemas prementes (Graff, 2015).
  9. O primeiro ponto que a Interdisciplinaridade deve fazer em relação à organização disciplinar do conhecimento científico está no reconhecimento de seu mérito, relevância e, principalmente, necessidade para a efetiva Interdisciplinaridade. A este reconhecimento chamamos de alteridade (Phillip, Pacheco e Fernandes 2016).
  10. As disciplinas permitiram o avanço do conhecimento científico, foram a base da revolução industrial
  11. Por outro lado, a Interdisciplinaridade não acredita que nenhum problema complexo possa ser resolvido de forma unidisciplinar. Ao contrário, a falta de visão sistêmica está na causa das principais consequências negativas do desenvolvimento tecnológico e científico da sociedade industrial.
  12. A integração de saberes científicos se dá em diferentes níveis e, no caso de uma das visões de Transdisciplinaridade, com novos atores, para além dos científicos. A abordagem multidisciplinar envolve a combinação de saberes de diferentes fontes, sob coordenação e busca de soluções conjuntas. Essas soluções, no entanto, têm pouco impacto sobre as próprias disciplinas, que não chegam a interagir e a se beneficiar em seus próprios fundamentos e métodos.. Quando isso ocorre, tem-se a Interdisciplinaridade, onde as disciplinas não somente resolvem problemas, mas se combinam na criação de novos métodos e visões de conhecimento cientifico. Finalmente, no plano da Transdisciplinaridade, não se tem uma definição de consenso. Frodeman nos oferece uma definição que tem na coprodução entre atores científicos e não científicos uma nova forma de produzir conhecimento e resolver problemas complexos.
  13. Diversas universidades já se utilizam de novos instrumentos, novas formas de ensino e novas estruturas pedagógicas para realizarem suas atividades. Nos exemplos apresentamos três casos de uso do conceito de ambientes de coworking para que alunos e professores convivam em espaços comuns, com múltiplos e concorrentes dispositivos para realização de aulas, bem como atividades de pesquisa e trocas de conhecimento.
  14. As implicações da Interdisciplinaridade são diversas. Entre elas destacamos as mudanças nos planos pedagógico e organizacional. No primeiro caso, é necessário rever a estrutura linear de disciplinas e pré-requisitos, bem como a formação baseada na oferta expositiva de conteúdos, para modelos baseados na resolução de problemas, com currículos dinâmicos e fundamentados no ensino por competências, com uso intensivo de tecnologias da informação e conectividade de alunos com o mundo, buscando uma formação empreendedora na resolução de problemas. Estes e outros aspectos causam impacto nas estruturas organizacionais convencionais, que devem se abrir para a redução de silos departamentais, foco na missão (e não nos meios) e ter seu quadro docente contratado e avaliado sob bases de competências e não de titulação. Diversas comunidades de professores, educadores, pesquisadores e interessados mantém portais de criação e divulgação de métodos e meios de promover a educação superior contemporânea.
  15. A Interdisciplinaridade traz diversas implicações para uma instituição de ensino superior. Na pesquisa, significa estar aberta à combinação de métodos e visões, bem como à adoção de novos e recentes frameworks para realização de pesquisa interdisciplinar. Também significa mudar a posição quanto à relação da ciência com a sociedade. Na visão transdisciplinar baseada na coprodução, a academia não deve apenas fazer ciência para a sociedade, mas também abrir espaço para fazer ciência com a sociedade. Isso implica, também, mudar as relações da universidade com a sociedade em suas atividades de Extensão e nas relações universidade-empresa. A universidade deve ter meios de avaliar o impacto socioeconômico do que desenvolve e, com o tempo, estabelecer mecanismos de criação e avaliação de seu capital relacional institucional.
  16. No Brasil, a Interdisciplinaridade tem encontrado atores e fatores em todas as dimensões do arranjo institucional de seus sistemas nacional e regionais de educação superior, ciência, tecnologia e inovação (Philippi, Pacheco e Fernandes, 2016). O caminho percorrido tem destaques como os 12 anos da área Interdisciplinar na CAPES, que chegou a mais de 370 cursos e já forma 5% dos mestres e doutores do País, o destaque a Multi e Interdisciplinaridade no REUNI, que permitiu novos currículos e formatos de curso, bem como a criação de universidades despartamentalizadas. Mas ainda um longo percurso a traçar para sua consolidação. O Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020) tem a ID
  17. Neste ano, o Fórum Nacional de Pró-reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (FOPROP) dedicou-se à análise da Interdisciplinaridade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Entre 18 e 20 de novembro o FOPROP publicou suas conclusões sobre como se pode avançar ainda mais na Interdisciplinaridade, em sintonia com os objetivos do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020).
  18. Não há um conceito de consenso para inovação. A mais aceita é a definição da OCDE, que identifica produtos, processos, elementos da estrutura organizacional e o mercado como principais fontes de inovação (ou novidades aplicadas na organização com efetiva melhora percebida por seus beneficiários). Curtis Carlson oferece uma definição mais pragmática e completa para inovação, segundo a qual a inovação visa entregar novo valor para um mercado, mas faz isso com base em modelo de negócios sustentável. Esta caracterização inclui exigências que diferem inovação de invenção e dão ênfase à complexidade do processo de inovar.
  19. Inovação é resultado de um sistema complexo de atores e fatores, que incluem os setores acadêmico e de pesquisa, governamental, empresarial e a sociedade civil organizada. Cada setor tem um papel principal a cumprir para dar ao sistema de inovação condições de produzir resultados de impacto socioeconômico. A universidade cumpre papel central, pois é formadora de recursos humanos e produtora de conhecimentos. Quanto mais conectada aos demais atores cumprir sua missão, melhor será sua contribuição para o sistema de inovação em que atua. Com base na definição de Curtis Carlson, sugerimos fatores que ajudam a universidade a cumprir seu papel na criação de valor e na valoração e sustentabilidade da inovação.
  20. Um fato muito importante a ser observado é que a Universidade não é apenas protagonista do sistema de inovação, como também deve ela ser uma organização inovadora, preocupada em rever processos, melhorar estruturas, reavaliar resultados e a implementar mudanças necessárias ao cumprimento de sua missão sob parâmetros contemporâneos de efetividade. Em 2004 a OCDE publicou um estudo relacionando a sociedade do conhecimento e a inovação e concluiu que o setor acadêmico está entre os que mais necessitam absorver as mudanças em curso na sociedade da informação e conhecimento. Destacamos aqui tanto oportunidades de inovar na universidade como os fatores que têm impedido que isso ocorra.
  21. A inter-institucionalização é um processo pelo qual uma organização amplia os laços de parceria e contratos com outras instituições, podendo ser tanto organizações congêneres (i.e., de seu mesmo setor) como atuantes em outros setores ou espaços geográficos. Para universidades a inter-institucionalização significa ligar saberes com outras organizações e gerar benefícios e impactar positivamente na forma com que essas organizações realizam sua missão.
  22. Novamente, destacamos aqui as missões complementares que universidades, governo e empresa cumprem em um sistema socioeconômico. Desta feita, o fazemos não para destacar a questão da inovação, mas para lembrar que estas relações implicam em expectativas, demandas e ofertas de parte a parte. A criação, manutenção e gestão de boas relações inter-institucionais é um desafio contemporâneo para as organizações universitárias. Demandas de parte a parte podem ser mal-compreendidas ou gerar falsas expectativas sobre o papel de cada um.
  23. Contudo, quando estas expectativas dos parceiros são compreendidas, pode-se ter oportunidades de reflexão sobre que características cada parceiro utiliza para avaliar a qualidade do cumprimento da missão do outro. No exemplo discutimos o caso de 3 empresas eleitas em ranking brasileiro quanta a melhor empresa para trabalhar. Em cada explicação para estes postos verificamos uma característica de competência esperada pela empresa para egressos da universidade que venham a ser contratados.
  24. Quando a universidade é cobrada por resultados que ajudem o sistema social, econômico, cultural e ambiental em que vive, pode ocorrer de que algumas cobranças não estejam conectadas à missão estratégica de uma universidade. No entanto, é sempre aconselhável conhecer a opinião dos demais setores sobre o papel da universidade e sobre os resultados que ela cumpre em seu sistema socioeconômico. Na apresentação destacamos que este aspecto é denotado por uma autocrítica, que a universidade deve manter em seus sistemas de autoavaliação.
  25. A apresentação destaca exemplos encontrados na mídia sobre a visão que outros atores têm da universidade. Entre os problemas apontados estão um exemplo de conservadorismo com relação a novas tecnologias (EaD), sua autossuficiência como impeditivo à internalização, bem como expectativas frustradas em perfis de competência esperados de seus egressos no mercado (sendo que neste caso, é bom lembrar que nem todas as competências profissionais devem ser criadas exclusivamente na universidade e, principalmente, que nem todas podem ter relação com o ensino superior – um exemplo é o empresário que esperava da universidade a formação de programadores para a linguagem que sua empresa utiiza).
  26. Nesta parte tratamos agora de uma tendência e, também, uma necessidade sobre o processo de avanço das universidades: a internacionalização de seu ensino, de sua pesquisa e, também, de sua extensão.
  27. Consideramos internacionalização o processo que tem por objetivo levar a instituição universitária a um patamar de comparabilidade internacional em seus métodos, processos e instrumentos de ensino, pesquisa e extensão. Trata-se do processo que visa conectar a universidade a uma rede global de produção e distribuição de conhecimentos.
  28. O relatório da Associação Européia de Universidades indica que a ampla maioria das organizações de ensino da Europa mantém ações de internacionalização, que incluem os intercâmbios de alunos e professores com universidades estrangeiras, a participação em redes internacionais de produção de conhecimento, bem como a intenção de atuar em outras regiões para além de seu país. Há muito espaço, ainda, para o avanço de e-learning e uso de MOOCs.
  29. Em tempos de crise econômica, será necessário que as agências de fomento e de acreditação considerem novos parâmetros de internacionalização que não exijam tanto investimento financeiro de parte das universidades, como a viabilização de ida de alunos ao exterior, porque haverá muita dificuldade geral em viabilizar isso.
  30. Nosso último “i” refere-se a um dos principais insumos para a gestão estratégica organizacional de universidades: a INFORMAÇÃO. A questão central refere-se aos processos de Planejamento, Desenvolvimento e Utilização de Sistemas de Informação para o apoio desde a tomada de decisão estratégica até a automação e efetivação e processos da universidade.
  31. GSI – Gestão de Sistemas de Informação é o conjunto de processos de planejamento, desenvolvimento e utilização de sistemas de informação de uma organização, que visa colocar em sinergia sua operação com sua visão e posicionamento estratégico. Especificamente em relação ao contexto de sistemas externos à IES, é importante não somente assumir a integridade de regras e exigências, mas também se ter uma atitude crítica de como melhorar estes sistemas sob a perspectiva de uma coprodução sociedade-governo. É importante que tenhamos um senso crítico de custo e de duplicação de esforços que a grande massa de sistemas de informação tem exigido da comunidade acadêmica e científica brasileira. As IES podem contribuir com sugestões e críticas e com sua representatividade em associações como ANDIFES, ABRUC, ABRUEM colocando na agenda a simplificação e racionalização dos sistemas de informação pela interoperabilidade e cooperação entre eles.
  32. Em síntese, a universidade inovadora e conectada às demandas contemporâneas deve estar informada, ser aberta, empreendedora, parceira e potencializadora tanto de seus egressos como de seus parceiros.
  33. Agradecemos à Universidade UNIPÊ pela oportunidade da reflexão e participação em evento com a presença da Diretora de Avaliação do INEP/MEC, bem como especialistas em temas contemporâneos sobre a construção de visões estratégicas para a universidade inovadora.