SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Disciplina: Ciclo Vital I

Professor: Rodrigo Abreu

Aula 03

        A ORGANIZAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
A Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 04 de março de 2008, instituiu a
criação dos Núcleos de Apoio Saúde da Família (NASF), atendendo a uma das maiores
reivindicações dos profissionais da Saúde da Família: a inserção de áreas co-relatas às
atividades dos profissionais da Atenção Básica.


    1- O que é NASF ?
Estratégia instituída para assegurar a plena integralidade do cuidado físico e mental do
usuário do SUS;
Instância criada com a responsabilidade compartilhada com as equipes SF;
Revisar a prática de encaminhamento com base nos processos de referência e contra
referência, ampliando-a para um processo de acompanhamento longitudinal.
Fortalecer o papel de coordenação do cuidado prestado pela ABS/ESF no SUS.
2- Quais os Modelos Existentes
Foram concebidos, nos moldes da Portaria 154, os NASF 1 e 2 sendo que em nenhum
município   brasileiro   ou    no   Distrito   Federal    poderão   existir   os   dois   modelos
concomitantemente.
As características dos modelos 1 e 2 são:
       NASF 1 - Introduzidos com repasses de R$ 20 mil mensais e compostos por, no
        mínimo, cinco profissionais de ocupações n ã o - coincidentes, entre elas:
Médico acupunturista; assistente social; Profissional de        Educação Física; farmacêutico;
fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista; médico homeopata; nutricionista;
médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra e terapeuta ocupacional.
Cada NASF 1 servirá de referência para no mínimo oito ESF. Exceto nos municípios com menos
de 100 mil habitantes da Região Norte, nos quais, o mínimo poderá ser de cinco Equipes de
Saúde da Família.
       NASF 2 - Esta modalidade será introduzida somente nos municípios que tenham
        densidade populacional abaixo de dez habitantes por quilômetro quadrado, de acordo
        com dados (IBGE), ano base 2007, com repasse de R$ 6 mil mensais.
Comporá esta equipe um mínimo de três profissionais de ocupações não coincidentes, entre
elas:
Assistente social; profissional de Educação Física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo,
nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional.


O número máximo de NASF 1 aos quais o Município e o Distrito Federal podem fazer jus para
recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pelas fórmulas:
I- para Municípios com menos de100.000 habitantes de Estados da Região Norte = número de
ESF do Município/5;
II- para Municípios com100.000 habitantes ou mais da Região Norte e para Municípios das
demais unidades da Federação =número de ESF do Município/8;
O número máximo de NASF 2 aos quais o Município pode fazer jus para recebimento de
recursos financeiros específicos será de 1 (um) NASF 2;


       Incentivo Financeiro
I -NASF 1:o valor de R$ 20.000,00(vinte mil reais) em parcela única para cada um ; e
II- NASF2:o valor de R$6.000,00(seis mil reais)em parcela única para cada um.
Receberá no mês subsequente à competência do SCNES com a informação do cadastro inicial
de cada NASF,que será repassado diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos
Municipais de Saúde.
       Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se
        que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um)
        profissional da área de saúde mental;
       Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde,
        localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da
        Família às quais estão vinculados.


       Suspensão do Repasse
I -inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou;
II - ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90(noventa)
dias, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por
legislação específica e/ou;
III - descumprimento da carga horária mínima prevista para os profissionais dos NASF e/ou;
IV - inexistência do número mínimo de Equipes de Saúde da Família vinculadas ao NASF, sendo
consideradas para esse fim as Equipes de Saúde da Família completas e as Equipes de Saúde da
Família incompletas por período de até 90 dias.


    3- Atribuições comuns aos Profissionais do NASF
Participar das reuniões semanais com todos os profissionais do NASF e mensal com as ESF;
Identificar, em conjunto com as ESF e comunidade, o rol de atividades;
Contribuir para elaboração dos planos terapêuticos dos casos referenciados;
Atuar de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e pelos demais
profissionais do NASF;
       Prestar atenção domiciliar, atendimento individual e acompanhamento na sede do
        NASF; realizar atividades coletivas e encaminhamento para outros serviços e/ou
        equipamentos sociais;
       Sensibilizar e capacitar as ESF quanto aos cuidados em Reabilitação de forma contínua,
        institucionalizada, em uma abordagem interdisciplinar, caracterizando um processo de
        educação permanente em saúde;
       Avaliar o impacto das ações realizadas.
4- Jornada de Trabalho
Os NASF devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de Saúde da
Família, e que a carga horária dos profissionais do NASF considerados para repasse de recursos
federais seja de, no mínimo,40 horas semanais, observando o seguinte:
I- Para os profissionais médicos,em substituição a um profissional de 40horas semanais,
podem ser registrados 2(dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20 (vinte) horas
semanais cada um, sendo permitido o cadastro de profissionais de CBO diferentes;
II- Para os profissionais fisioterapeutas, devem ser registrados 2 (dois) profissionais que
cumpram um mínimo de 20 (vinte) horas semanais cada um;
III - Para os profissionais terapeutas ocupacionais, devem ser registrados 2(dois) profissionais
que cumpram um mínimo de 20(vinte) horas semanais cada um.




    PORTARIA Nº 2.281, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009
Altera a Portaria Nº 154/GM, de 4 de março de 2008, que Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família – NASF:
    "Art. 4º
§ 5º Tendo em vista a necessidade de que sejam priorizadas ações para diminuição da
Mortalidade Infantil nos Municípios das Regiões Nordeste e da Amazônia Legal, recomenda-se
que cada Núcleo de Apoio à Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) médico pediatra,
nas referidas Regiões." (NR).


        INTEGRALIDADE NA ATENÇÃO E O TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM EQUIPE
                                 MULTIPROFISSIONAL NO PSF


Ações de saúde realizadas em equipe promovem a formação de redes de relações e rompem
visões individualistas, além de permitirem o estabelecimento do respeito, vínculo entre
profissionais e uma abordagem resolutiva.


A multidisciplinaridade mostrou-se benéfica, pois permite criar ideias que serão discutidas por
diferentes visões, levando a crer que essa modalidade é útil para a atual condição de saúde no
País.


A multidisciplinaridade é capaz de gerar organização social e um desempenho profissional
mais adequado;
A inserção de novos profissionais nas equipes básicas ainda não é fundamentada pela
literatura, o que demonstra carência de projetos neste âmbito.


     Objetivos: Verificar a contribuição da equipe multiprofissional no PSF e discutir
        dificuldades apresentadas por essa interação.


Dificuldades:
     Falta de propostas e investimento para mudança da graduação e dos serviços de saúde
        visando à construção de políticas públicas que viabilizem a integralidade na atenção e
        o trabalho interdisciplinar em equipe multiprofissional ;
     A resistência à mudança que os profissionais, com seus saberes e ciências arraigados,
        têm para efetivarem novas práticas, criando estigmas na prática da saúde;
     Resistência à mudança e reedificação de velhas práticas leva ao individualismo como
        forma primordial de trabalho, não se fazendo valer das novas prerrogativas que
        amparam os princípios norteadores do SUS, como o trabalho de proteção básica e em
        equipes multidisciplinares;
     Passagem de um modelo curativo-assistencial e biomédico para um modelo de
        promoção, prevenção e mais humanizado de saúde uma das grandes dificuldades
        encontradas;
       A visão do usuário pontual, visto apenas como portador de uma patologia;
     Falta a mudança dos locais de prática (dos hospitais para a comunidade);
     Serviços Públicos vistos como serviços para pobres e pobres não são vistos como
        sujeitos de direito;
     A falta de integração entre os profissionais extrapola-se para os serviços,
        impossibilitando a intersetorialidade, comprometida também pela falta de
        engajamento dos profissionais envolvidos bem como pela burocratização e ineficiência
        dos aparelhos estatais;
     Falta de planejamento para estes trabalhos na área da saúde;
     Faltam espaços coletivos de discussão permanente;
     Limitação das Equipes de Saúde da Família, que não têm entre seus profissionais o
        psicólogo, nutricionista e educador físico, fisioterapeuta, por exemplo;
     Desconhecimento pela rede/usuários de certos serviços oferecidos pelas diferentes
        clínicas;

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Diretrizes do nasf
Diretrizes do nasfDiretrizes do nasf
Diretrizes do nasf
 
Ouvidoria Ativa do SUS
Ouvidoria Ativa do SUSOuvidoria Ativa do SUS
Ouvidoria Ativa do SUS
 
6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnab6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnab
 
Falando de Ouvidoria no SUS
Falando de Ouvidoria no SUSFalando de Ouvidoria no SUS
Falando de Ouvidoria no SUS
 
Ppt0000136
Ppt0000136Ppt0000136
Ppt0000136
 
Folder nasf
Folder nasfFolder nasf
Folder nasf
 
Aula nasf
Aula nasfAula nasf
Aula nasf
 
Política municipal de pics aprovada pelo cms em 04 04 2017
Política municipal de pics   aprovada pelo cms em 04 04 2017Política municipal de pics   aprovada pelo cms em 04 04 2017
Política municipal de pics aprovada pelo cms em 04 04 2017
 
Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]
 
Diretrizes do nasf
Diretrizes do nasfDiretrizes do nasf
Diretrizes do nasf
 
Texto 1 pnab
Texto 1   pnabTexto 1   pnab
Texto 1 pnab
 
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de SaúdeCurso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
 
Pacto pela vida
Pacto pela vidaPacto pela vida
Pacto pela vida
 
A Ouvidoria como instrumento de participao cidada
A Ouvidoria como instrumento de participao cidadaA Ouvidoria como instrumento de participao cidada
A Ouvidoria como instrumento de participao cidada
 
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnabPortaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
 
Ética e Ouvidoria
Ética e OuvidoriaÉtica e Ouvidoria
Ética e Ouvidoria
 
Oficina Qualificacao NASF
Oficina Qualificacao NASFOficina Qualificacao NASF
Oficina Qualificacao NASF
 
PNAB principais ações
PNAB principais açõesPNAB principais ações
PNAB principais ações
 
Sp4 hupe-psf
Sp4 hupe-psfSp4 hupe-psf
Sp4 hupe-psf
 
Manual ACS
Manual ACSManual ACS
Manual ACS
 

Destaque (20)

Ciclo i 02
Ciclo i 02Ciclo i 02
Ciclo i 02
 
Genero 03
Genero 03Genero 03
Genero 03
 
Genero 08
Genero 08Genero 08
Genero 08
 
Genero 05
Genero 05Genero 05
Genero 05
 
Ciclo iii 03
Ciclo iii 03Ciclo iii 03
Ciclo iii 03
 
Ciclo ii 02
Ciclo ii 02Ciclo ii 02
Ciclo ii 02
 
Genero 07
Genero 07Genero 07
Genero 07
 
Genero 04
Genero 04Genero 04
Genero 04
 
Ciclo i 03
Ciclo i 03Ciclo i 03
Ciclo i 03
 
Ciclo ii 01
Ciclo ii 01Ciclo ii 01
Ciclo ii 01
 
Genero 06
Genero 06Genero 06
Genero 06
 
Ciclo iii 02
Ciclo iii 02Ciclo iii 02
Ciclo iii 02
 
Ciclo iii 04
Ciclo iii 04Ciclo iii 04
Ciclo iii 04
 
Ciclo iii 01
Ciclo iii 01Ciclo iii 01
Ciclo iii 01
 
Aula 3 pesquisas eletrônicas
Aula 3   pesquisas eletrônicasAula 3   pesquisas eletrônicas
Aula 3 pesquisas eletrônicas
 
Saude mental
Saude mentalSaude mental
Saude mental
 
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
 
Oficina qualificação NASF
Oficina qualificação NASFOficina qualificação NASF
Oficina qualificação NASF
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentes
 
Saude adolescente
Saude adolescenteSaude adolescente
Saude adolescente
 

Semelhante a Ciclo i 04

Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSSebástian Freire
 
Caderno atencao basica_n1_p1
Caderno atencao basica_n1_p1Caderno atencao basica_n1_p1
Caderno atencao basica_n1_p1Sara Américo
 
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdfAula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdfGiza Carla Nitz
 
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaApresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaMarcos Nery
 
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptx
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptxAula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptx
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptxGiselleJulianadeJesu
 
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaNasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaAbrato-SC
 
Saúde mental no sus os centros de atenção psicossocial
Saúde mental no sus   os centros de atenção psicossocialSaúde mental no sus   os centros de atenção psicossocial
Saúde mental no sus os centros de atenção psicossocialArley Melo
 
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noite
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noiteSm sus.pdf caps saude mental iraja-noite
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noiteEdison Santos
 
Saúde mental na atenção básica
Saúde mental na atenção básicaSaúde mental na atenção básica
Saúde mental na atenção básicamulticentrica
 
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)Guia prático do programa saúde da família (parte 2)
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)Camila Rodrigues
 
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaV
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaVaulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaV
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaVpamelacastro71
 
6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnab6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnabLeonardo Savassi
 

Semelhante a Ciclo i 04 (20)

Unidade14
Unidade14Unidade14
Unidade14
 
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
 
Caderno atencao basica_n1_p1
Caderno atencao basica_n1_p1Caderno atencao basica_n1_p1
Caderno atencao basica_n1_p1
 
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdfAula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
 
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaApresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
 
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptx
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptxAula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptx
Aula Política Nacional da Atenção BásicaPNAB (ESF).pptx
 
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaNasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
 
Saúde mental no sus os centros de atenção psicossocial
Saúde mental no sus   os centros de atenção psicossocialSaúde mental no sus   os centros de atenção psicossocial
Saúde mental no sus os centros de atenção psicossocial
 
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noite
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noiteSm sus.pdf caps saude mental iraja-noite
Sm sus.pdf caps saude mental iraja-noite
 
Manual do caps
Manual do capsManual do caps
Manual do caps
 
Saúde mental na atenção básica
Saúde mental na atenção básicaSaúde mental na atenção básica
Saúde mental na atenção básica
 
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)Guia prático do programa saúde da família (parte 2)
Guia prático do programa saúde da família (parte 2)
 
Programa psf
Programa psfPrograma psf
Programa psf
 
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaV
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaVaulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaV
aulapnab (1).pptxkgsbzkhcxba\csvj\az nxbcv nbaV
 
Palestra PNAB
Palestra PNABPalestra PNAB
Palestra PNAB
 
Apresentação atenção básica esf
Apresentação atenção básica   esfApresentação atenção básica   esf
Apresentação atenção básica esf
 
Slides grupo8
Slides grupo8Slides grupo8
Slides grupo8
 
Programa de Saúde da Família (PSF
Programa de Saúde da Família (PSFPrograma de Saúde da Família (PSF
Programa de Saúde da Família (PSF
 
Trabalho sobre o Programa de Saúde da Família
Trabalho sobre o Programa de Saúde da FamíliaTrabalho sobre o Programa de Saúde da Família
Trabalho sobre o Programa de Saúde da Família
 
6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnab6. novas legislações port nova pnab
6. novas legislações port nova pnab
 

Mais de Rodrigo Abreu

Aula 2 elaboração trabalhos científicos
Aula 2   elaboração trabalhos científicosAula 2   elaboração trabalhos científicos
Aula 2 elaboração trabalhos científicosRodrigo Abreu
 
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
Aula 1   elaboração de trabalhos científicosAula 1   elaboração de trabalhos científicos
Aula 1 elaboração de trabalhos científicosRodrigo Abreu
 
Aula 10 termoterapia e crioterapia
Aula 10  termoterapia e crioterapiaAula 10  termoterapia e crioterapia
Aula 10 termoterapia e crioterapiaRodrigo Abreu
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapiaRodrigo Abreu
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraquealRodrigo Abreu
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINAEVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINARodrigo Abreu
 
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇAGÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇARodrigo Abreu
 
Terapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisTerapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisRodrigo Abreu
 
Terapias Complementares
Terapias ComplementaresTerapias Complementares
Terapias ComplementaresRodrigo Abreu
 

Mais de Rodrigo Abreu (11)

Aula 2 elaboração trabalhos científicos
Aula 2   elaboração trabalhos científicosAula 2   elaboração trabalhos científicos
Aula 2 elaboração trabalhos científicos
 
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
Aula 1   elaboração de trabalhos científicosAula 1   elaboração de trabalhos científicos
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
 
Aula 10 termoterapia e crioterapia
Aula 10  termoterapia e crioterapiaAula 10  termoterapia e crioterapia
Aula 10 termoterapia e crioterapia
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapia
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraqueal
 
Puericultura
PuericulturaPuericultura
Puericultura
 
Ciclo i 01
Ciclo i 01Ciclo i 01
Ciclo i 01
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINAEVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM E A INSERÇÃO MASCULINA
 
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇAGÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
GÊNERO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 
Terapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisTerapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentais
 
Terapias Complementares
Terapias ComplementaresTerapias Complementares
Terapias Complementares
 

Ciclo i 04

  • 1. Disciplina: Ciclo Vital I Professor: Rodrigo Abreu Aula 03 A ORGANIZAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA A Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 04 de março de 2008, instituiu a criação dos Núcleos de Apoio Saúde da Família (NASF), atendendo a uma das maiores reivindicações dos profissionais da Saúde da Família: a inserção de áreas co-relatas às atividades dos profissionais da Atenção Básica. 1- O que é NASF ? Estratégia instituída para assegurar a plena integralidade do cuidado físico e mental do usuário do SUS; Instância criada com a responsabilidade compartilhada com as equipes SF; Revisar a prática de encaminhamento com base nos processos de referência e contra referência, ampliando-a para um processo de acompanhamento longitudinal. Fortalecer o papel de coordenação do cuidado prestado pela ABS/ESF no SUS.
  • 2. 2- Quais os Modelos Existentes Foram concebidos, nos moldes da Portaria 154, os NASF 1 e 2 sendo que em nenhum município brasileiro ou no Distrito Federal poderão existir os dois modelos concomitantemente. As características dos modelos 1 e 2 são:  NASF 1 - Introduzidos com repasses de R$ 20 mil mensais e compostos por, no mínimo, cinco profissionais de ocupações n ã o - coincidentes, entre elas: Médico acupunturista; assistente social; Profissional de Educação Física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra e terapeuta ocupacional. Cada NASF 1 servirá de referência para no mínimo oito ESF. Exceto nos municípios com menos de 100 mil habitantes da Região Norte, nos quais, o mínimo poderá ser de cinco Equipes de Saúde da Família.  NASF 2 - Esta modalidade será introduzida somente nos municípios que tenham densidade populacional abaixo de dez habitantes por quilômetro quadrado, de acordo com dados (IBGE), ano base 2007, com repasse de R$ 6 mil mensais. Comporá esta equipe um mínimo de três profissionais de ocupações não coincidentes, entre elas: Assistente social; profissional de Educação Física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional. O número máximo de NASF 1 aos quais o Município e o Distrito Federal podem fazer jus para recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pelas fórmulas: I- para Municípios com menos de100.000 habitantes de Estados da Região Norte = número de ESF do Município/5; II- para Municípios com100.000 habitantes ou mais da Região Norte e para Municípios das demais unidades da Federação =número de ESF do Município/8; O número máximo de NASF 2 aos quais o Município pode fazer jus para recebimento de recursos financeiros específicos será de 1 (um) NASF 2;  Incentivo Financeiro I -NASF 1:o valor de R$ 20.000,00(vinte mil reais) em parcela única para cada um ; e II- NASF2:o valor de R$6.000,00(seis mil reais)em parcela única para cada um.
  • 3. Receberá no mês subsequente à competência do SCNES com a informação do cadastro inicial de cada NASF,que será repassado diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde.  Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) profissional da área de saúde mental;  Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde, localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da Família às quais estão vinculados.  Suspensão do Repasse I -inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou; II - ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90(noventa) dias, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação específica e/ou; III - descumprimento da carga horária mínima prevista para os profissionais dos NASF e/ou; IV - inexistência do número mínimo de Equipes de Saúde da Família vinculadas ao NASF, sendo consideradas para esse fim as Equipes de Saúde da Família completas e as Equipes de Saúde da Família incompletas por período de até 90 dias. 3- Atribuições comuns aos Profissionais do NASF Participar das reuniões semanais com todos os profissionais do NASF e mensal com as ESF; Identificar, em conjunto com as ESF e comunidade, o rol de atividades; Contribuir para elaboração dos planos terapêuticos dos casos referenciados; Atuar de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e pelos demais profissionais do NASF;  Prestar atenção domiciliar, atendimento individual e acompanhamento na sede do NASF; realizar atividades coletivas e encaminhamento para outros serviços e/ou equipamentos sociais;  Sensibilizar e capacitar as ESF quanto aos cuidados em Reabilitação de forma contínua, institucionalizada, em uma abordagem interdisciplinar, caracterizando um processo de educação permanente em saúde;  Avaliar o impacto das ações realizadas.
  • 4. 4- Jornada de Trabalho Os NASF devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de Saúde da Família, e que a carga horária dos profissionais do NASF considerados para repasse de recursos federais seja de, no mínimo,40 horas semanais, observando o seguinte: I- Para os profissionais médicos,em substituição a um profissional de 40horas semanais, podem ser registrados 2(dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20 (vinte) horas semanais cada um, sendo permitido o cadastro de profissionais de CBO diferentes; II- Para os profissionais fisioterapeutas, devem ser registrados 2 (dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20 (vinte) horas semanais cada um; III - Para os profissionais terapeutas ocupacionais, devem ser registrados 2(dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20(vinte) horas semanais cada um. PORTARIA Nº 2.281, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009 Altera a Portaria Nº 154/GM, de 4 de março de 2008, que Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF: "Art. 4º § 5º Tendo em vista a necessidade de que sejam priorizadas ações para diminuição da Mortalidade Infantil nos Municípios das Regiões Nordeste e da Amazônia Legal, recomenda-se que cada Núcleo de Apoio à Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) médico pediatra, nas referidas Regiões." (NR). INTEGRALIDADE NA ATENÇÃO E O TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO PSF Ações de saúde realizadas em equipe promovem a formação de redes de relações e rompem visões individualistas, além de permitirem o estabelecimento do respeito, vínculo entre profissionais e uma abordagem resolutiva. A multidisciplinaridade mostrou-se benéfica, pois permite criar ideias que serão discutidas por diferentes visões, levando a crer que essa modalidade é útil para a atual condição de saúde no País. A multidisciplinaridade é capaz de gerar organização social e um desempenho profissional mais adequado;
  • 5. A inserção de novos profissionais nas equipes básicas ainda não é fundamentada pela literatura, o que demonstra carência de projetos neste âmbito.  Objetivos: Verificar a contribuição da equipe multiprofissional no PSF e discutir dificuldades apresentadas por essa interação. Dificuldades:  Falta de propostas e investimento para mudança da graduação e dos serviços de saúde visando à construção de políticas públicas que viabilizem a integralidade na atenção e o trabalho interdisciplinar em equipe multiprofissional ;  A resistência à mudança que os profissionais, com seus saberes e ciências arraigados, têm para efetivarem novas práticas, criando estigmas na prática da saúde;  Resistência à mudança e reedificação de velhas práticas leva ao individualismo como forma primordial de trabalho, não se fazendo valer das novas prerrogativas que amparam os princípios norteadores do SUS, como o trabalho de proteção básica e em equipes multidisciplinares;  Passagem de um modelo curativo-assistencial e biomédico para um modelo de promoção, prevenção e mais humanizado de saúde uma das grandes dificuldades encontradas;  A visão do usuário pontual, visto apenas como portador de uma patologia;  Falta a mudança dos locais de prática (dos hospitais para a comunidade);  Serviços Públicos vistos como serviços para pobres e pobres não são vistos como sujeitos de direito;  A falta de integração entre os profissionais extrapola-se para os serviços, impossibilitando a intersetorialidade, comprometida também pela falta de engajamento dos profissionais envolvidos bem como pela burocratização e ineficiência dos aparelhos estatais;  Falta de planejamento para estes trabalhos na área da saúde;  Faltam espaços coletivos de discussão permanente;  Limitação das Equipes de Saúde da Família, que não têm entre seus profissionais o psicólogo, nutricionista e educador físico, fisioterapeuta, por exemplo;  Desconhecimento pela rede/usuários de certos serviços oferecidos pelas diferentes clínicas;